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28 fevereiro 2007

Provisão em Banco

Sobre a provisão em bancos norte-americanos, uma reportagem do Wall Street Journal que é uma lição contábil:

Os bancos estabelecem provisões para cobrir a parte de sua carteira de crédito que, estimam, pode não ser paga. As provisões garantem que os bancos tenham capital suficiente para cobrir essa perda.

Mas cada aumento das provisões representa uma despesa que reduz os lucros.

Normalmente, investidores e autoridades do mercado financeiro se queixam de que os bancos exageram nas provisões durante os bons anos para poderem ter uma reserva em tempos de vacas magras. Agora, porém, a preocupação é que eles não tenham reservado dinheiro suficiente para cobrir empréstimos de recebimento duvidoso, porque faz tempo que não precisam disso e porque eles não querem sufocar o crescimento do lucro.

Homem x Mulher

(...) Nós encontramos que as mulheres cobrem aproximadamente 9 ações na média comparada a 10 para homens. As estimativas de lucro das mulheres tendem a ser menos acuradas. (...) Apesar disso, nós encontramos mulheres são significativamente mais prováveis ser designados como All-Stars


Clique aqui para artigo (inglês e PDF) e aqui para crítica (inglês)

10 Stocks to Last the Decade

Esse é o título de um artigo publicado em 2000 pela Fortune. Listava dez empresas que estavam prontas para ... vencer. Segundo o artigo, com essas ações era possível proteger o patrimônio contra a volatilidade do mercado. Quais eram as ações?

O sítio Fool relembra as dicas da Fortune. Ao lado, o retorno desde agosto de 2000. Muito interessante a previsão:

Broadcom (Nasdaq: BRCM) = (78%)
Charles Schwab (Nasdaq: SCHW) = (51%)
Enron = Sem Palavras!!!
Genentech (Nasdaq: DNA) = 121%
Morgan Stanley (NYSE: MS)= 0%
Nokia (NYSE: NOK) = (45%)
Nortel Networks (Nasdaq: NT) = (96%)
Oracle (Nasdaq: ORCL) = (53%)
Univision = (42%)
Viacom = !!

Uma das possíveis explicações para o desastre da Fortune: a revista olhou o passado, não o futuro. Se for verdade, temos um típico caso de regressão à média, um fenômeno muito conhecido pelos estatísticos e financistas.

Um exemplo muito conhecido de regressão à média ocorre nos esportes. Quando um atleta se destaca numa competição seu nome vai para as manchetes. Mas o destaque do atleta ocorreu em razão do seu desempenho estar muito acima da sua média histórica de desempenho. Na próxima competição seu padrão volta ao normal - regride à média. É muito conhecido o azar da capa da Sports Illustrated, onde o atleta que aparece na capa piora o desempenho. Explicado pela regressão à média.

Rir é o melhor remédio - 49

Desafios da Profissão Contábil

Esses são os desafios da profissão contábil no México (originalmente publicado no El Economista, 27/02)

Desafíos de la profesión contable
Blanca Tapia Sánchez*

En la ponencia titulada "Análisis del problema y propuesta de solución" que se presentó en el Instituto Mexicano de Contadores Públicos (IMCP) en el 2001, se dieron a conocer los resultados de una encuesta que mostraba algunas de las razones y los motivos respecto con la disminución en la matrícula de la licenciatura en contaduría. Del total de los entrevistados, un 31% contestó que los salarios iniciales de los egresados eran bajos, 29% refirió que no tenían clara la función del contador hoy en día, 23% mencionó que la contaduría no es una profesión que ofrezca oportunidades reales de crecimiento y 16% percibió a esta carrera como menos retadora y gratificante que otras del área de ciencias sociales o administrativas.

En el pasado, las actividades del contador se centraban principalmente en preparar estados financieros, llevar los registros contables y resumir la información financiera para la dirección de la empresa, así como cumplir con los requerimientos fiscales, conocer y aplicar las reglas, criterios, procedimientos y principios contables.

Actualmente, además de elaborar, analizar e interpretar información financiera, también debe tomar decisiones que tengan impacto en las entidades y en la sociedad. A su vez, debe cubrir áreas no sólo de contabilidad, sino de contraloría, tesorería, auditoría, finanzas e impuestos. También debe entender y aplicar la normatividad financiera y contable nacional e internacional, no quedándose atrás en el uso de las tecnologías de información. Además, tiene que conocer las áreas funcionales de las entidades y la administración de recursos financieros.

No debemos olvidar que una encuesta realizada por el Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey (ITESM) revela que el contador es el profesional que más fácilmente accede a la dirección de la empresa tras 10 años de haber egresado de su carrera.

Las acciones para fortalecer la carrera de contador público, entre otras, pueden ser: diferenciar al técnico del profesional en todos los ámbitos, enfatizar sobre la importancia de las acreditaciones y las certificaciones en las instituciones educativas, reestructurar y modernizar el proceso enseñanza-aprendizaje, estar al tanto de nuevos requerimientos del mercado y de diferentes perfiles de los estudiantes que ingresan, utilizar a nuestro favor las nuevas tecnologías y vincularse con los agentes productivos, realizando investigación relevante que apoye su desarrollo. Los retos son: reivindicar la imagen profesional, impulsar la investigación sobre temas contables, actualizar y certificar constantemente a cuerpos docentes y a las instituciones mismas, además de flexibilizar los planes de estudio, ya sea con un grupo de materias comunes e indispensables en cualquier plan de estudios, pero dejando margen amplio para que haya un sello distintivo del profesional egresado de cada institución.

Puede concluirse que la disminución en la matrícula se debe a movimientos normales del mercado por factores independientes a la demanda de contadores públicos.

Entre los factores podemos mencionar la aparición de nuevas carreras con un perfil aproximado o semejante, aunque con un ámbito de acción más reducido y, en algunos casos, diferente. Además, se presenta una disminución en el interés y una mala percepción de la carrera en los alumnos potenciales debido a:

a) La falta de información sobre las posibilidades de desarrollo de la carrera.

b) Proliferación de universidades e instituciones de calidad cuestionable, lo cual merma el valor de la profesión.

El cuidado de la calidad educativa debe ser la premisa que guíe a todas las instituciones de educación superior y a cada uno de los profesores. Además, es muy importante y necesario realizar cambios en el proceso de enseñanza-aprendizaje para formar personas con conocimientos, habilidades, actitudes y comportamientos éticos.

*Blanca Tapia Sánchez es profesora de planta del Tecnológico de Monterrey, campus ciudad de México. Su correo electrónico es btapia@itesm.mx


Seria possível traduzir e publicar como desafios da profissão contábil no Brasil?

Governança: Centena

Segundo o Valor Econômico de hoje (28/02/2007)

Com a chegada da companhia de telecomunicações GVT ao Novo Mercado, o número de empresas listadas em algum dos níveis diferenciados de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a 101. Criados em dezembro de 2000 pela Bovespa, os segmentos especiais de listagem de empresas oferecem aos acionistas garantias relacionadas às práticas de governança corporativa. O objetivo da bolsa com a criação dos níveis foi ampliar os direitos societários dos acionistas minoritários e aumentar a transparência das companhias, com divulgação de maior volume de informações com melhor qualidade, facilitando o acompanhamento da performance da empresa.

Atualmente, 36 companhias estão no Nível 1. Elas se comprometem com a prestação de informações mínimas ao mercado e com a manutenção de pelo menos 25% das ações em circulação no mercado (o chamado "free float"). Já no Nível 2, há hoje 14 empresas listadas que, além de preencherem os quesitos do Nível 1, também estendem a todos os acionistas detentores de ações preferenciais (PN, sem direito a voto) 80% do prêmio pago aos controladores no caso de venda da companhia. A maior parte das empresas está, no entanto, no Novo Mercado, com 51 companhias. Nesse segmento, o mais elevado em exigências, as empresas se comprometem a ter apenas ações ordinárias (ON, com voto).

Nome da área

No dia 20 de fevereiro foi publicada a portaria 13 da CAPES alterando o nome da área "Administração e Turismo" para "Administração, Ciências Contábeis e Turismo"

27 fevereiro 2007

Universidades

Notícia do Estado de hoje informa que as universidades federais apresentaram a conta para que o número de matrículas noturnas fosse igual aos cursos diurnos:

O estudo calcula o custo dessa expansão com base no quanto é gasto hoje por aluno em cada instituição, excluindo-se o pagamento de inativos, pensionistas e precatórios e dando pesos relativos aos alunos de pós-graduação e das escolas de ensino médio. A conta é que seriam necessários mais 30% dos gastos atuais para suprir as necessidades da expansão.


Ou seja, não se considerou a economia de escala, a economia de escopo, o custo de mais instalações.

Rir é o melhor remédio - 48

Custos de extração

É natural que quando o preço de um produto aumenta, os fornecedores busquem alternativas para lucrar com esse movimento de preço. Isso significa lançar mão de possibilidades que anteriormente não eram viáveis.

Custos de extração explodem no mundo
Valor Econômico - 27/02/2007

A explosão de custos é tão forte que a maior parte dos analistas ouvidos pelo Valor descartam qualquer redução no curto prazo, mesmo que o preço do petróleo ceda nas bolsas de valores de Nova York e de Londres. "Isso significa que para uma empresa de petróleo ter hoje o mesmo lucro de quando a commodity era negociada a US$ 22, é preciso que a cotação do barril fique acima de US$ 40", afirma Alexandre Oliveira, sócio-diretor da Accenture para área de recursos naturais.

(...) o petróleo assumiu um novo patamar de referência e que isso viabilizará de uma vez áreas antes consideradas não-rentáveis ou pouco lucrativas. "Hoje, com a disparada do preço no mundo, o valor de referência para que se coloque um campo de petróleo em águas profundas em funcionamento é ao redor de US$ 35 por barril extraído, contra US$ 11 no início da década", afirma Saul Suslick, diretor do Centro de Estudos de Petróleo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No ano passado, a estatal [Petrobrás] viu seu custo médio de extração subir 15% e alcançar US$ 6,59 por barril de óleo equivalente. E esse aumento se deveu à valorização do real frente ao dólar em 11%, aos reajustes nos contratos (principalmente os de sondas) e à entrada em operação de algumas plataformas, como a P-50 e a P-34. A meta da companhia, contudo, é que seu custo unitário de extração alcance US$ 5,60 por barril em 2011.

No entanto, essa conta e mesmo a previsão da estatal ainda não embutem as participações governamentais. Se colocadas na contabilidade, o custo de extração da companhia dá um salto significativo.

Lei contábil

Segundo o jornal Expansión de 27/02/2007:

La Comisión de Economía y Hacienda del Congreso de los Diputados debate hoy las enmiendas presentadas al proyecto que reforma la legislación mercantil en materia contable, cinco meses después de que el texto se viera en el Pleno de la Cámara.


Bem diferente do Brasil, onde um projeto de alteração contábil aguarda discussão no legislativo. Um projeto que faz alterações na atual lei societária, na sua parte contábil.

26 fevereiro 2007

Fluxo de Caixa da Google

A Google teve um lucro de 3 bilhões em 2006. Comparando o período inicial com o final, o caixa da empresa reduziu em $330 milhões, conforme análise de Paul DeMartino. Isso é um problema? Claro que não.

É necessário comparar o lucro com o fluxo de caixa das atividades operacionais. Nesse item a empresa teve um fluxo de 3.6 bilhões. A relação entre o lucro e o fluxo das atividades operacionais informa a capacidade da empresa de transformar o lucro em dinheiro. E nesse ponto não existe nada a objetar.

Rir é o melhor remédio 47

Previsões 2

Uma comparação entre o previsto pelo Intrade e o que ocorreu no Oscar:

Diretor - Scorsese (Os infiltrados) 86% e Alejandro Gonzalez Inarritu (Babel) com 7%
Ator Coadjuvante - Murhy (DreamGirls) 60,5% e Arkin (Little Miss Sunshine) 27%
Atriz Coadjuvante - Hudson (DreamGirls) 76,3% e Breslin 11%
Atriz - Helen Mirren (A Rainha) 93,8% e Meryl Streep (O Diabo Veste Prada) 3%
Ator - Forest Whitaker (O último Rei da Escócia) 82,5% e Peter OToole (Venus) 13,5%
Melhor Filme - Os Infiltrados(44,2%), Babel (21,6%) e Little Miss Sunshine (21,2%)

25 fevereiro 2007

Rir é o melhor remédio - 46

Termina a guerra Holanda e Inglaterra

Notícia do NY Times informa que terminou a guerra da Holanda com a Inglaterra pela posse da Ilhas Scilly. As Ilhas Scilly estão localizadas perto da Cornualha, próximo a Inglaterra. Possuem cerca de 2 mil habitantes numa área de 16 km2.

A guerra terminou com a proclamação do embaixador da Holanda após 335 anos do seu início.

Efeito do Futebol

Segundo a revista alemã Spiegel os hospitais da Alemanha estão constatando um aumento no número de nascimentos logo após a Copa do mundo.

Os especialistas consultados pela revista dizem que isso não é surpresa pois a felicidade tende a produzir hormônios, tornando mais fácil a fertilidade humana. Isso é uma boa notícia para a Alemanha, que possui uma baixa de nascimento abaixo da União Européia. A reportagem acredita na possibilidade de aumento no número de crianças com nome de Bastian (Schweinsteiger), Jens (Lehmann) ou Lukas (Podolski).

24 fevereiro 2007

Mais ainda sobre o Custo do Pan

O que leva um país com sérios problemas sociais a fazer uma proposta para realizar um evento esportivo? Quais são as vantagens de se ter esse evento?

Para a segunda resposta podemos imaginar ganhos com turismo, maior visibilidade do país, aumento na taxa de emprego para a região que está sediando os jogos, além da melhoria técnica dos atletas. E, para os políticos, uma maior visibilidade nos meios de comunicação. Mas será que isso é suficiente para compensar os gastos? Provavelmente não.

Mesmo assim o Brasil decidiu por candidatar-se a sediar os jogos de 2007 no Rio de Janeiro. Como é praxe nesse tipo de proposta, a estimativa inicial de custo é facilmente ultrapassada. E em nome das obras, que não podem parar, uma grande quantidade de dinheiro público é comprometida.

O sítio Terra informa hoje sobre o custo da Olimpíadas de Londres, onde o custo inicial deverá ser quadruplicado. Parte desse erro de estimativa foi realmente proposital, como já comentando anteriormente aqui nesse blog (clique aqui). Essas olimpíadas significa um custo de oportunidade de 300 hospitais (clique aqui)

Os jogos Pan-americanos tem um custo previsto de 5 bilhões (clique aqui e aqui).

Recentemente foi revelado que mais dinheiro público seria destinado ao jogos (clique aqui).

No Estado de hoje duas novas notícias. A primeira, que a liberação do dinheiro do governo federal feita há uma semana foi de mentirinha. A segunda, que na área de segurança, o contrato foi vencido pela Motorola sem concorrência. A razão alegada é de que a segurança é muito sensível para revelar os termos do contrato (sic).

A primeira reportagem é a seguinte:

Rio proibido de usar os R$ 53 mi

Dinheiro foi bloqueado porque Tesouro Nacional quer receber mais pela dívida da prefeitura

Michel Castellar

A Prefeitura do Rio não pode usar os R$ 53 milhões “liberados” na quarta-feira da semana passada pelo governo federal para acelerar as obras atrasadas dos Jogos Pan-Americanos. A “liberação” foi feita pelo ministro Orlando Silva (Esportes) em solenidade no Palácio do Planalto e dentro de um pacote de investimentos na infra-estrutura da competição, que será realizada entre 13 e 29 de julho.

Ao todo, foram anunciados investimentos de R$ 103 milhões, o que incluiu dinheiro dos governos estadual e municipal.
Os R$ 53 milhões da União estão bloqueados porque a prefeitura do Rio foi inscrita pelo Tesouro Nacional, no dia 21 de dezembro do ano passado, no Cadastro Único de Exigências para a Transferência de Valores (Cauc). O dinheiro é necessário para o término de algumas obras, como a construção de uma estação de tratamento de água perto da Vila Pan-Americana, na Barra da Tijuca.

O Estado apurou que, apesar de tanto a União como o município saberem que a solenidade de liberação seria inócua, o Ministério dos Esportes anunciou o falso investimento de R$ 53 milhões, com restos do Orçamento de 2006, “para criar um fato político”. Segundo fonte da prefeitura do Rio, o governo federal “vai ter de arrumar dinheiro no Orçamento deste ano para que as obras do Pan sejam concluídas no prazo mínimo necessário”.

O imbróglio que impede o Rio de botar a mão nos recursos começou em julho de 2006, quando a prefeitura carioca fez uma licitação para saber que banco passaria a operar as contas-salário do funcionalismo público. Nessa licitação, vencida pelo banco Santander, a prefeitura arrecadou R$ 365 milhões, e o Tesouro Nacional mandou que esse dinheiro fosse incluído entre os itens que compõem o blolo da chamada receita líquida do município.

É com base nesse total de receita líquida que o Tesouro Nacional e a Prefeitura calculam os 13% que o Rio paga todo mês à União para abater na dívida federalizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O prefeito César Maia (PFL) se recusou a incluir essa receita extra no cálculo, e a União, a partir de 29 de novembro, passou a bloquear o dinheiro das transferências voluntárias a que o município tem direito.

Um recurso judicial, na 22ª Vara do Distrito Federal, deu razão à prefeitura e obrigou a União a liberar o dinheiro que havia sido retido. Em represália, porém, o Tesouro inscreveu o Rio no tal Cadastro Único (Cauc), proibindo assim a cidade de movimentar recursos da União. O Tesouro não reconhece os R$ 365 milhões da licitação como receita extra do município.

O secretário de Turismo do Rio, Rubem Medina, admite o problema, mas acha que tudo será resolvido. “Todos estão com boa vontade para a realização dos Jogos’’, disse Medina ao Estado.

Além dos R$ 53 milhões para as obras de infra-estrutura, estão trancados outros R$ 2 milhões para um projeto de instalação de placas de sinalização turística. Valor semelhante deveria ser investido na capacitação de profissionais para a recepção de turistas.

No Rio, onde participou ontem de encontro com o colega dos Esportes, o ministro Walfrido dos Mares Guia (Turismo) minimizou o problema: “É rotina (burocrática), que será resolvida.” Mas é mais um problema no já atrasado cronograma do Pan.


E a segunda:

Contrato de R$ 161 mi sem licitação é mantido

O governo federal vai manter a compra de R$ 161,3 milhões em equipamentos para a infra-estrutura de segurança e serviços de inteligência dos Jogos Pan-Americanos do Rio (13 a 29 de julho). Apesar de o Pan estar em fase de organização há quatro anos, e de haver pelo menos outras duas grandes empresas interessadas na licitação, a Alcatel-Lucent e a EADS, o Ministério da Justiça entregou o contrato à Motorola do Brasil.

O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, disse ao Estado que a compra sem licitação, fechada no último dia 12, se justifica porque vários dos equipamentos a comprar obrigam a preservar dados sobre o esquema de segurança dos Jogos. Corrêa afirmou que só a revelação do nome do software ou de um pacote tecnológico bastaria para deixar o sistema vulnerável ao ataque de hackers, por exemplo. “Licitar é a nossa regra. Só não licitamos aquilo que é sensível.”

Por causa das crises de segurança pública do Rio, e pelo fato de que os Jogos terão atletas de países que são alvos potenciais de ataques terroristas, como os dos EUA, a organização do Pan está sendo obrigada a adquirir desde câmeras e detetores de metais, até sensores especiais de temperatura e um sofisticado aparelho chamado Guardião, de interceptação e escuta telefônica.

A Wikipedia como fonte de informação

Será a Wikipedia uma fonte aceitável para citação em artigos científicos? Essa pergunta tem sido feita por diversos pesquisadores.

Em primeiro lugar, tem sido provado que de uma maneira geral que a Wikipedia é uma enciclopédia razoavelmente precisa. Em alguns casos mais precisa que a própria Britannica, considerada a melhor enciclopédia do mundo.

Além disso, o formato Wiki tem sido adotado em diversas situações, com resultados interessantes. A prestigiosa revista Nature, por exemplo, já experimentou esse formato, mas as participações foram reduzidas. (clique aqui, por exemplo) Mas a também conhecida Scientific American usou o formato Wiki para uma reportagem sobre Lucy e os resultados foram positivos. (clique aqui). Outras experiências têm procurado usar o conceito da Wikipedia de forma mais controlada, como é o caso da enciclopéida Verda (clique aqui)

Entretanto, em alguns verbetes, o resultado da Wikipedia pode ser enviesado. É o caso por exemplo dos verbetes de empresas (clique aqui) ou de pessoas famosas.

Algumas universidades decidiram não aceitar a Wikipedia como referência nos trabalhos acadêmicos em razão dos erros encontrados. (clique aqui).

No entanto, quando consideramos o dinamismo da Wikipedia, a grande quantidade de informações disponíveis, o cuidado que se tem com os verbetes polêmicos (avisando ao leitor que aquele ponto está sujeito a críticas e contestações), não podemos deixar de considerar como um fator importante de pesquisa. Entretanto, assim como em demais situações de pesquisas, o uso de Wikipedia deve ser visto com cuidado. A Wikipedia pode ser uma interessante fonte de partida para esclarecer certos aspectos e conceitos. Mas certamente não pode ser uma referência crucial num trabalho acadêmico.

1 bilhão por dia

Em 1955 a GM foi a primeira empresa com um faturamento de 1 bilhão por ano. Em 2006 tivemos a Wal-Mart e a Exxon com um faturamento de 1 bilhão por dia. Apesar da comparação ser prejudicada pela inflação do período e pelo fato da economia ter crescido no período. (Clique aqui para ler mais)

SEC condena executivos brasileiros

Do Estado de ontem:

Ex-diretores da Sadia e do ABN Amro fecham acordo com a SEC, xerife do mercado americano
Agnaldo Brito Mônica Ciarelli


SEC: A Securities and Exchange Comission (SEC) americana, equivalente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários, entrou com ações civis contra o ex-diretor da Sadia, Luiz Murat, e o ex-funcionário do banco ABN Amro Real, Alexandre Ponzio de Azevedo, por terem comprado ações da Perdigão com informações sigilosas.

A primeira reunião: No dia 7 de abril de 2006, representantes de um banco de investimentos, Luiz Murat e outros diretores da Sadia discutiram a possibilidade de que a empresa fizesse uma oferta pela Perdigão. Neste mesmo dia, segundo a SEC, em detrimento do sigilo e da confiança que devia à Sadia, Murat adquiriu ações da Perdigão. Repetição: No dia 29 de junho, Murat adquiriu mais ações. No total, foram 45,9 mil, a US$ 20,57 por ação.

A oferta: No dia 16 de julho, a Sadia fez sua oferta de R$ 3,7 bilhões pela Perdigão. No dia seguinte, as ações da Perdigão subiram, fechando a US$ 24,5 - valor 21% acima da semana anterior. No dia 18, a Perdigão rejeitou a oferta, e no dia 20 a Sadia anunciou uma proposta revisada de US$ 3,88 bilhões. A queda: No dia 21 de julho, às 13h50, Murat telefonou para seu corretor e pediu que vendesse todas as ações da Perdigão. Porém, voltou atrás e vendeu apenas um terço das ações (15,3 mil papéis). Neste dia, a Perdigão recusou a oferta e a Sadia desistiu do negócio. Murat já fizera a venda, e nas horas seguintes as ações caíram de US$ 26,57 para US$ 22,75.

Lucro: Com a venda das ações baseadas em informações sigilosas, Murat obteve US$ 180,4 mil.

Banco: No caso de Alexandre Ponzio deAzevedo, a compra foi de 14 mil ações no dia 20 de junho. O ex-funcionário do banco fazia parte da equipe que estruturava o financiamento da proposta da Sadia. No dia 17 de julho, ele vendeu 10,5 mil ações e obteve ganhos de US$ 52,2 mil. O ex-diretor financeiro da Sadia, Luiz Gonzaga Murat Junior, e o ex-funcionário do ABN Amro Real, Alexandre Ponzio de Azevedo, fecharam acordo com a Securities and Exchange Comission (SEC, responsável pela vigilância do mercado de ações americano) e pagarão, juntos, US$ 364 mil em penalidades. Os dois são acusados de usar informações privilegiadas, que não eram de acesso público, para negociar ações quando a Sadia tentou comprar a Perdigão, em julho do ano passado.


O gráfico da cotação da Perdigão na bolsa de Nova Iorque encontra-se abaixo.

Uma Universidade na Bolsa

A AESA é a primeira empresa de educação com ações na Bovespa. Segundo a Gazeta News

Ao final de 2006 a companhia controlava 13 unidades universitárias, com cerca de 24.527 estudantes, no interior de São Paulo, entre elas Campinas, Jundiaí, Valinhos, Leme, Jacareí e Taubaté. Outras seis unidades estão em fase de implementação, com previsão de abertura durante o ano de 2007. Recentemente a companhia passou a atuar na capital, com a compra da Yanchep Participações e sua subsidiária integral Centro Hispano-Brasileiro de Cultura, mantenedora do Centro Universitário Ibero-Americano (Unibero), por R$ 15,96 milhões.

Sanyo investigada

A empresa Sanyo está sendo investigada por problemas contábeis. Segundo notícia do periódico Cinco Días, de Madri,


La empresa confirmó la revisión de su contabilidad, y aseguró que cooperará con la Comisión de Supervisión Bursátil del país. No obstante, no precisó el contenido de la investigación. El diario Asahi Shimbun publicó que la empresa no habría contabilizado unas pérdidas de 190.000 millones de yenes (unos 1.200 millones de euros) procedentes de sus filiales en 2003, ejercicio fiscal en el que reconoció unos números rojos de 316 millones de euros. En principio, Sanyo habría estado aflorando estas pérdidas en los últimos ejercicios. La investigación de las autoridad bursátil supone un varapalo para el plan de rescate puesto en marcha por un grupo de inversores encabezado por Goldman Sachs. El banco de inversión estadounidense pagó 1.100 millones de dólares (unos 846 millones de euros) por un paquete de acciones preferentes de Sanyo convertibles en títulos comunes. Una participación que daría a Goldman Sachs en torno a un 25% del capital de la empresa japonesa. Al mismo tiempo, Sanyo se une a la lista de empresas japonesas que en los últimos meses se ha visto envueltas en situaciones similares de posible manipulación contable tras los casos de la compañía de internet Livedoor, el broker Nikko Cordial y el fabricante de maquinaria industrial Komatsu.

Previsões

Falando em Predictions Markets (vide postagem anterior), as previsões para o Oscar do Intrade:

Diretor - Scorsese (Os infiltrados) 86% e Alejandro Gonzalez Inarritu (Babel) com 7%
Ator Coadjuvante - Murhy (DreamGirls) 60,5% e Arkin (Little Miss Sunshine) 27%
Atriz Coadjuvante - Hudson (DreamGirls) 76,3% e Breslin 11%
Atriz - Helen Mirren (A Rainha) 93,8% e Meryl Streep (O Diabo Veste Prada) 3%
Ator - Forest Whitaker (O último Rei da Escócia) 82,5% e Peter OToole (Venus) 13,5%
Melhor Filme - Os Infiltrados(44,2%), Babel (21,6%) e Little Miss Sunshine (21,2%)

Pelas projeções, a grande disputa está no melhor filme.

23 fevereiro 2007

Prediction Markets


As mudanças que estão ocorrendo na contabilidade nos últimos anos provocam a necessidade do contador de trilhar os caminhos profundos e incertos da previsão. Como avaliar um ativo a valor justo sem considerar a sua projeção pelo mercado. Além disso, novas tarefas, como gerenciamento de risco, orçamento e outras demandam deixar um pouco de lado o passado e arriscar a fazer projeções. Tendo dito aos meus alunos que projetar é uma atividade muito interessante e que os contadores deveriam interessar mais sobre isso. Afinal, a cartomante faz advinhações estranhas e não é cobrada pelo seu resultado; o mesmo ocorre com o pai de santo que joga búzios.

A tarefa de fazer projeções tem sido facilitada nos últimos tempos pela grande quantidade de dados, pelos pacotes estatísticos com modelos preditivos e pelos mercados que recebem o nome de Prediction Markets.

Esses mercados concentram pessoas que apostam sobre o futuro de tudo: quem deve ganhar o Oscar, quem vencerá um torneio de futebol, que será o próximo presidente, entre outras questões.

Em 2003 o Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), do governo norte-americano, chegou a propor o uso desse mercado para previsão do risco geopolítico. A proposta foi muito criticada, chegando a ser denominada de "terrorism futures", e derrubada.

Mas a existência desses mercados é real e interessante para o analista. A principal pergunta é: até que ponto podemos confiar nesse tipo de mercado para fazer/ajudar nas projeções?

A resposta , segundo Justin Wolfers e Eric Zitzewitz, é que esse tipo de mercado pode ser muito útil e preciso nas suas projeções.(clique aqui, para artigo em inglês e PDF)

Uma análise da literatura mostra que esses mercados podem ser ferramentas preditivas. A figura, retirada do trabalho citado, mostra um caso em que o mercado funciona de forma adequada. Observe que a diferença entre projeção e realizado é muito pequena, indicando que o mercado tem acertado nas projeções do sucesso de um filme de Hollywood.

Entretanto, os próprios autores alertam que esse mercado é enviesado para situações onde os eventos possuem probabilidades pequenas.

Competência x Desempenho

Recebi o seguinte e-mail de um ex-aluno, Vinicius Alves Dos Santos Pereira, :


Foram públicados na revista época duas pesquisas sobre gestão. O paradoxo da execência e outra sobre recursos humanos, essa última nem tão interessante
assim.

Um trecho da reportagem : '' Os executivos americanos David Mosby e Michael Weissman têm uma tese curiosa: quando uma empresa realiza um trabalho excelente, os clientes
simplesmente não percebem. Ao contrário. A melhora contínua leva a um aumento de
expectativa do cliente. "O desempenho positivo se torna invisível, por já ser esperado", diz Weissman, presidente da consultoria Fresh Perspectives. "O cliente começa então a fazer cobranças freqüentes, por motivos sem importância", diz Mosby, executivo-chefe da empresa de informática InterWorks Software. Essa é a idéia principal do livro O Paradoxo da Excelência, que os dois escreveram em conjunto. Segundo eles, o único modo de evitar a armadilha é gerenciar a expectativa dos clientes e aprender a comunicar o valor que a empresa tem para eles..''

A pesquisa sobre recursos humanos comprova que empresas que motivam seus funcionários tem maiores retornos financeiros. Essa parece não ser muito atual, é verdade?
A primeira eu achei interessante, nunca havia pensado nisso!


Mais recentemente li uma pesquisa sobre as empresas mais admiradas da revista Fortune. Mas estas empresas tem o problema do Winner´s Curse quando se analisa seu desempenho financeiro. Ou seja, as empresas mais admiradas possuem baixo retorno no mercado acionário. (Clique aqui para um link sobre isso)

Ano do porco

Iniciou-se o ano do porco do calendário chinês. Isso significa mais chineses no mundo.

De fato, o número de nascimentos na China tem uma relação com o ano. Em 2000, no ano do Dragão, o número de novos filhos duplicou em certas cidades na China. Em 2004, no ano do Macaco, esse número também aumentou.

Espera-se que o ano do porco, que é considerado um bom ano para os chineses, tenha um aumento nos nascimentos.

Fonte The Economist, 10/2, The Golden Pig Cohort

Custo de um país

Recentemente postei um comentário que o principal custo para se fazer negócios nos Estados Unidos talvez não fosse mais a Sarbox (clique aqui). A The Economist de 10/2, que terminei de ler somente agora, fala o mesmo ponto. A indústria de viagem tem problemas com os visitantes nos Estados Unidos, o que tem levado a uma queda no turismo naquele país.

Um informação interessante é que a "crise de viagem" (travel crisis), conforme a The Economist, foi um dos fatores citados para que os Estados Unidos perdessem os jogos Pan-Americanos para o Brasil. Que pena!

As maiores empresas

A maior empresa do mundo, em faturamento, é a Exxon Mobil, com 340 bilhões de dólares e lucro de 36 bilhões. A segunda maior é a Wal-Mart, com 316 bilhões. Depois, duas outras petrolíferas, Shell e BP, e GM.

Um dado interessante é o número de empresas por habitantes. Suiça possui um pouco mais de duas empresas por milhão de habitantes (16 no total) e é o país com maior número de grandes empresas per capita. Depois Estados Unidos (423 das mil empresas maiores), Escandinávia (24), Grã-Bretanha (73), Bélgica (10), Holanda (15) e França (44).

Fonte: The Economist, 10/02/2007. Tomorrow the World.

Rir é o melhor remédio 45

Filantropia

Segundo notícia do Valor Econômico de hoje (STJ restringe isenção à filantropia) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a isenção tributária para as entidades filantrópicas tem que ser comprovada. Analisando o caso do Instituto São José, o STJ foi contrário a tese defendida pela instituição.

A entidade alegou que possuía certificados de utilidade pública e de filantropia desde os anos 60 e requeria na Justiça o reestabelecimento de seu certificado de entidade beneficente junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para poder obter a isenção à contribuição patronal à Previdência. A primeira seção do STJ negou a concessão por entender que a imunidade não é um direito adquirido, e portanto precisa ser comprovada.

Balanço Social das Teles

Artigo da Gazeta de ontem:

O balanço social das teles

22 de Fevereiro de 2007 - Na Telecom 2006, do final do ano, foi apresentado o 4º Balanço Social do setor de Telecomunicações, com dados de 2005. O documento é uma pesquisa realizada online. Esta leva em consideração itens da DBSI (Demonstração do Balanço Social Ibase). O setor não tem nenhuma empresa listada no ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa, e foi o grupo com mais "não manifestação" ao convite para preencher o questionário do CDP-4 (Carbon Disclosure Project).

Um dos resultados interessantes é que apenas 45% das empresas tornaram público seu balanço social. Destas, 35% publicaram a DBSI e 7%, a GRI (Global Reporting Initiative) e informaram que, para os dados de 2006, a meta é 28% DBSI e 10% GRI. Como a GRI não tem a DBSI, que é uma demonstração de fácil compreensão e já utilizada por uma parcela do mercado financeiro, recomendo que as companhias que almejam a utilização das diretrizes da GRI não abram mão de publicar também a DBSI.

Um dado que merece reflexaão é a possível ampliação do uso da tecnologia pelo setor, o que geralmente traz diminuição do total da força de trabalho e a valorização do conhecimento existente, com a manutenção de profissionais mais antigos. Isto ocorreu: o quadro de profissionais, que era de 94.074 em 2004, caiu 32,10% ao final de 2005, como também caíram (59,25%) as admissões durante o ano. Mas o total de profissionais acima de 45 anos subiu 10,09%.

Outro aspecto interessante: as mulheres, que representavam 43,53% da força de trabalho em 2004, tornaram-se apenas 25,52% em 2005. Os homens tiveram uma redução de 10,44%, enquanto as mulheres, de 60,20%. Apesar do número maior de demissões, a participação das mulheres subiu no percentual de mulheres em cargos de chefia (dado mais digno de nota se o número dos cargos de chefia continuou o mesmo em 2004 e 2005).

Já no que se refere ao total de profissionais negros, estes tiveram uma ampliação de 27,58%. Ampliaram-se também os cargos de chefia ocupados por negros.

Em relação aos dados financeiros, há deficiências reconhecidas pela própria coordenação da pesquisa, o que prejudica a análise. Afinal, 35% das empresas não quiseram informar a receita líquida de 2005, 48%, o resultado operacional e 41%, a folha de pagamento bruta.

O mesmo se passa com os indicadores ambientais: em 2004, o valor do investimento em meio ambiente relacionado com a produção/operação das empresas do setor foi de R$ 3,7 milhões; em 2005, de R$ 314 milhões - é relevante o fato de mais de 70% das empresas não terem respondido a esta pergunta. Então, a questão que fica é: qual foi o grande investimento no setor de telecomunicações em meio ambiente em 2005? No documento, as informações descritivas dos projetos ambientais não abordam questões financeiras, e seria leviano deduzir se os projetos destinavam-se a atender à resolução n.º 274/2001 da Anatel, que está relacionada à infra-estrutura das antenas instaladas, ou se se referiam ao controle de emissões radioelétricas e de gases tóxicos, ou aindas a outras operações que talvez tenham merecido altos volumes financeiros em 2005. O importante seria saber se foi um recurso de exigência legal; pontual; de um projeto especifico; se o investimento terá continuidade, etc.

O documento Balanço Social Telecomunicações 2006 não aborda governança corporativa, considerada um "calcanhar de Aquiles" por fonte do próprio setor, talvez pelo modelo de privatização executado. Pode-se dizer que a transparência não está fortemente presente e as informações da área de recursos humanos deveriam ser melhor abordadas nos relatórios das empresas.

A meu ver, este setor necessita de uma evolução em sustentabilidade e a primeira empresa do setor que enxergar isso se destacará e terá o reconhecimento dos públicos estratégicos - entre eles, os investidores socialmente responsáveis.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 8)(Roberto Gonzalez - Administrador com MBA em Mercado de Capitais na USP, profissional de investimento com CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento) e professor na Trevisan Escola de Negócios.roberto@mediagroup.com.br)

Petrobrás em 2o. em sustentabilidade

Segundo notícia de hoje da Gazeta Mercantil, a empresa brasileira Petrobrás ficou em segundo lugar no levantamento feito pela Management & Excellence (M&E), empresa de consultoria espanhola, atrás da Shell.

O estudo da consultoria utilizou 386 indicadores para medir o desempenho das empresas nos quesitos ética, responsabilidade socioambiental, transparência, governança corporativa e sustentabilidade. Padrões e critérios internacionais foram utilizados para desenvolver indicadores em escala de zero a 100 e, pela quarta vez consecutiva, a Shell foi a mais bem colocada, com 90,16 pontos, com a estatal brasileira somando 89,64 pontos. Cox resumiu a visão da consultoria sobre a estatal brasileira: é evolução "impressionante", porque, como lembrou o consultor, até alguns anos atrás a Petrobras era conhecida como "empresa suja".

Uma das explicações para esse desempenho, explica Cox, foi a entrada da companhia, em 2006, no DJSI da Bolsa de Nova York, que reúne empresas comprometidas com boas práticas sócio-ambientais.

A despeito do progresso acelerado, a Petrobras também foi alvo de críticas. Em ética, por exemplo, a companhia foi censurada pela ausência de um monitoramento externo do código de conduta de seus funcionários. Em governança corporativa, categoria em que teve a pior performance, o levantamento apontou a ausência de um comitê de ética no Conselho de Administração. Confrontada com suas concorrentes no exterior, a Petrobras também perdeu pontos por ter parte do capital distribuído em ações preferenciais, o que tira de seus detentores o tag along e o direito a voto.

22 fevereiro 2007

Normas internacionais para PME

Notícia do jornal Expansion, de 20/2/2007, anteriormente divulgada aqui:

Las normas contables internacionales para pymes serán "un 85% más sencillas"
P.GONZÁLEZ. Madrid

Economía publica el borrador del Plan General de Contabilidad, que recogerá un régimen simplificado para las pequeñas empresas. El organismo internacional regulador ya ha presentado su propuesta para estas sociedades.

Las pequeñas y medianas empresas contarán con reglas de contabilidad sustancialmente más sencillas que las de las empresas de mayor tamaño o las que cotizan en Bolsa. Esa es la propuesta del organismo internacional que regula esta materia, el IASB (según sus siglas en inglés), que acaba de publicar su borrador de normas contables para pymes. Se trata de una propuesta simplificada de las Normas Internacionales de Contabilidad (NIC) adaptadas para las compañías de menor dimensión.

"Quitando opciones en el tratamiento de la contabilidad, eliminando los asuntos que no son relevantes para las pymes y simplificando los métodos de reconocimiento y valoración, el borrador reduce las normas aplicables a las pequeñas empresas en un 85% comparado con las NIC al completo", señala el IASB. Estas normas no serán de aplicación para las compañías que coticen en Bolsa -aunque sean de reducido tamaño- para las que ya existen unas reglas, que son precisamente las NIC.

El organismo internacional señala que la adopción de las normas para pymes será una decisión que deberá adoptar cada país. Con la publicación de su borrador, el IASB abre un proceso de debate, al que invita a participar a empresas, entidades financieras, auditores y Administraciones, que durará hasta el 1 de octubre.

Información pública

En España, el Ministerio de Economía y Hacienda abrió ayer el proceso de información pública del borrador del nuevo Plan General de Contabilidad (PGC) que debe ser la plasmación de la reforma de la legislación contable -todavía en trámite parlamentario-, y que supone la generalización de las NIC a todas las empresas. Por eso, fuentes del Instituto de Contabilidad y Auditoría de Cuentas (ICAC) advirtieron de que este "primer texto" será previsiblemente modificado tras las enmiendas que se introduzcan a la reforma contable en el Congreso y el Senado.

Una de estas enmiendas recogerá el compromiso del Gobierno de mantener un régimen simplificado para las pymes, que el proyecto eliminaba -ver EXPANSIÓN del pasado 21 de septiembre-. Además, el ICAC trabaja en un texto para la aplicación "más sencilla" de las NIC para las pymes.

El borrador del PGC incorpora nuevas normas de registro y valoración sobre transacciones y elementos patrimoniales, como las denominadas "combinaciones de negocios" -las fusiones y escisiones-, los pagos basados en acciones, los derivados financieros y las coberturas contables. El plan recoge dos nuevos documentos -del estado de cambios en el patrimonio neto, y del estado de flujos de efectivo-, que se suman a los tres actuales -balance, cuenta de pérdidas y ganancias y la memoria-. Además, el PGC exige que las memorias de las grandes empresas recojan más información, con mayor detalles de todas sus transacciones.

Las fuentes del ICAC rechazaron que el nuevo plan contable vaya a suponer nuevas obligaciones para las empresas ni más carga de trabajo.

El Plan establece que las empresas deberán detallar en la memoria sus transacciones de forma más precisa

Los auditores acusan al ICAC de no cumplir sus compromisos

Los auditores se muestran extremadamente críticos respecto a cómo está llevando el proceso de reforma contable el organismo responsable, el ICAC. La publicación del borrador de plan contable es un ejemplo. La pasada semana, el presidente del ICAC, José Ramón González, participó en unas jornadas organizadas por AECA en las que comentó que el PGC estaba muy verde y que su publicación se retrasaría hasta que se aclarase la tramitación parlamentaria de la ley contable. Pero el borrador del plan se publicó ayer. "Es una llamativa tomadura de pelo", declaró a EXPANSIÓN Rafael Cámara, presidente del Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España. Según Cámara, a comienzos de diciembre el ICAC se comprometió a consensuar con las empresas y los profesionales el texto del PGC antes de su publicación, y no se ha cumplido. "Se está jugando con la credibilidad de una herramienta tan decisiva como la información financiera de las empresas, y, si se sigue por ese camino, la reforma contable va a encontrarse con el rechazo frontal de toda la comunidad de negocio", subrayó Cámara.

Contabilidade oficial

Um novo termo aparece: Contabilidade Oficial. Notícia do O Globo de 18/2/2007:

Cada escola gastará, em média, R$4,5 milhões. Na contabilidade oficial, o carnaval do Grupo Especial custará R$58,5 milhões em alegorias e fantasias.

Contabilidade dos EUA baixam lucro das empresas européias

Segundo a Agência Lusa (21/02/2007),

As regras contabilísticas dos Estados Unidos (US GAAP) reduzem os resultados das empresas europeias, contabilizados segundo as normas internacionais de contabilidade (que entraram em vigor em 2005), revela um estudo da JP Morgan.

O banco norte-americano, numa nota divulgada hoje, revela que analisou um conjunto de 80 empresas europeias de grande capitalização bolsista e que estão listadas na Securities and Exchange Commission (SEC) e harmonizou os relatórios de contas publicados em IFRS com os princípios de contabilidade dos Estados Unidos.

Em termos agregados, "os ganhos reportados são 19 por cento mais baixos quando alterados para uma base US GAAP", referem os analistas da JP Morgan.

"Excluindo não-recorrentes, que são habitualmente ajustados pelos investidores, estimamos que os resultados das empresas europeias possam ser superiores em aproximadamente quatro por cento face às empresas norte-americanas, devido sobretudo à contabilidade das pensões e a alguns aspectos da contabilização das aquisições", especifica a JP Morgan.

Como exemplo, o banco menciona o caso da WPP, empresa britânica de serviços de comunicação, cujos lucros são 30 a 40 por cento mais baixos em base US GAAP.

Os Estados Unidos têm estado a discutir a forma de aproximar as suas regras contabilísticas com as vigentes na Europa, dadas as grandes diferenças existentes e as consequentes dificuldades na comparação de contas, algo que assume grande importância devido à listagem de muitas empresas europeias nos Estados Unidos.

A IASB e a FASB, duas organizações que definem regras de reporte financeiro, "estão empenhadas em convergir as normas IFRS e GAAP, e, como tal, as diferenças de contabilidade deverão reduzir-se ao longo do tempo", acrescenta a JP Morgan.

20 fevereiro 2007

Rir é o melhor remédio - 44

Mike é um personagem da PhComics. É preguiçoso e tem uma mulher grávida, que espera ansiosamente sua defesa. Um dia surge a notícia...

18 fevereiro 2007

FGTS é um péssimo investimento

Um reportagem do Estado (18/2/2007) confirma o que se esperava:

FGTS é o pior investimento do País

Fernando Dantas

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) rendeu quase 20 vezes menos que as aplicações mais seguras do mercado financeiro desde o Plano Real e foi, disparado, o pior investimento no período. A diferença é a que existe entre o rendimento do FGTS e o da Selic, a taxa básica que remunera os títulos públicos federais.

Em outras palavras, se o governo desse à poupança dos trabalhadores a mesma remuneração que reserva para os investidores do mercado financeiro, os ganhos acima da inflação nas contas do fundo seriam multiplicados precisamente por 19,01 desde julho de 1994.

Do lançamento do Plano Real, em 1994, a janeiro de 2006, o rendimento do FGTS acima do IPCA, índice oficial de inflação, foi de apenas 22,2%, comparado com 442,2% da Selic e 78,8% da poupança.

Nos anos mais recentes, a rentabilidade do FGTS piorou e entrou em território negativo. Desde o ano 2000, o rendimento real médio é de menos 1,5%, acumulando uma perda de capital de 11% em sete anos. As contas do FGTS rendem TR mais 3% ao ano, comparado com TR mais 6% para as cadernetas de poupança.

Instrumento de poupança compulsória criado em 1966, o FGTS é alvo de muitas críticas. 'É uma poupança forçada, com taxas de juros muito mais baixas que as do mercado, e ainda gera uma enorme rotatividade da força de trabalho', ataca o economista José Márcio Camargo, da PUC-Rio e da Consultoria Tendências.

Segundo cálculos do economista Renato Fragelli, diretor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio, se o FGTS tivesse um rendimento nada excepcional de 6% acima da inflação oficial, ele poderia bancar uma aposentadoria próxima do valor integral do último salário.

Os trabalhadores sentiram o gosto de poder investir os recursos no FGTS na compra de ações da Petrobrás e da Vale do Rio Doce, para as quais foi permitido o uso de parcela dos recursos acumulados no fundo.

Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e deputado pelo PDT paulista, foi o primeiro a usar uma parcela do FGTS para comprar ações da Petrobrás em 2000 e o garoto-propaganda da operação montada no governo de Fernando Henrique Cardoso. 'Fui muito criticado na época, apanhei bastante', lembra Paulinho.

O exemplo dos seus rendimentos atesta bem o contraste entre a baixa rentabilidade do FGTS e o sucesso da aplicação nas ações. Segundo o líder sindical, de um saldo de R$ 36 mil, metade foi aplicada em papéis da estatal, parte que hoje vale R$ 118 mil. A outra parcela valorizou-se para apenas R$ 27 mil.

É claro que a valorização dos papéis da Vale e da Petrobrás deveu-se a um período excepcional para as duas empresas e para a Bolsa brasileira como um todo.

Base de dados

O blog Data Mining: Text Mining, Visualization and Social Media diz que o volume de acesso tende a crescer quando são publicados listas de dez mais. Não sei se isso é relevante, mas temos aqui os maiores banco de dados do mundo:

1. World Data Centre for Climate
2. National Energy Research Scientific Computing Center
3. AT&T
4. Google
5. Sprint
6. ChoicePoint
7. YouTube
8. Amazon
9. Central Intelligence Agency
10. Library of Congress

17 fevereiro 2007

Senhas mais comuns

10. Thomas
9. arsenal
8. monkey
7. charlie
6. qwerty
5. 123456
4. letmein
3. liverpool
2. password
1. 123

Fonte: Intechnology

Notícias Breves

1. O Iasb tenta simplificar suas normas para pequenas e médias empresas, propondo um rascunho (exposure draft) para essas empresas. A idéia é simplificar a enorme quantidade de normas das empresas, geralmente baseadas em empresas com ações negociadas em bolsa, eliminando tópicos que não são importantes e simplificando o reconhecimento e mensuração.

2. Notícia da Reuters informa que a GM concluiu uma revisão na sua contabilidade, abrangendo o período de 2002 a 2006. O foco são os impostos e derivativos.

(clique aqui para sobre esse assunto)

Um passeio pela internet

Algumas coisas interessantes que encontrei na internet:

1. Manolo Millares foi um pintor abstrato espanhol. Sua vida foi contada num documentário denominado Cuadernos de contabilidad de Manolo Millares (Clique aqui também)

2. Num blog sobre o escritor Gil Vicente, Auto do Inferno tem uma "entrevista" com esse escritor português. Num determinado ponto afirma que

"Como homem de gosto dediquei-me um pouco a todas as artes… incluindo a ourivesaria… a joalharia… porém também me dediquei à contabilidade assi como às artes da pesca."


3. Outro blog, Bacharelado em Administração, uma piadinha sobre contador:

O ADMINISTRADOR manda chamar o chefe da contabilidade.
Não está - diz a secretária. - Ele foi jogar na quina.
No dia seguinte, o ADMINISTRADOR manda chamar o chefe da contabilidade outra vez.
Não está - diz a secretária. - Ele foi jogar na megasena.
No outro dia, a mesma coisa:
Hoje, ele foi fazer uma fezinha no bicho.
O ADMINISTRADOR fica furioso.
Mas o que há com esse irresponsável que fica saindo todo dia durante o expediente pra jogar?
E a secretária responde:
Sabe, doutor, é que ele tem que fechar a contabilidade até a semana que vem.


4. Não estamos só - Tenho percebido uma grande quantidade de material na internet vinculado à economia, mas pouco sobre contabilidade. Encontrei outro blog sobre contabilidade no Brasil. Chama-se Conjuntura Contábil e traz notícias sobre a contabilidade. Já adicionei a minha conta no Reader

16 fevereiro 2007

Quantos "Cesar Silva" existem nos Estados Unidos?

Através do How many of me descobri que existem 50.995 "César" e 125.987 "Silva". César ocupa a 774 posição nos nomes preferidos dos norte-americanos. "Tibúrcio" é mais raro: são 720 felizardos que possuem esse nome.

Regime de Caixa x Competência

Na Revista de Administração Municipal no final de 2006 um artigo interessante de Heraldo da Costa Reis, professor da UFRJ e consultor do IBAM, sobre o regime de caixa e o regime de competência na contabilidade pública. Na opinião do autor,

"não apenas as receitas de transferências constitucionais mas também as demais receitas governamentais, tenham o tratamento do regime de competência"


(Clique aqui. Arquivo em PDF)

Inteligência artificial

Já postei anteriormente comentário sobre o fato dos computadores estarem derrotando os seres humanos no xadrez (clique aqui). Fiquei sabendo, através da The Economist (27/01/2007, Winning Ways, p.80) que ainda existe um jogo onde o homem derrota a máquina: o Go (clique aqui para ler sobre esse jogo).

Os programas batem os humanos no xadrez através da "força bruta". Ao analisar uma posição, o computador verifica todas as possibilidades nos próximos lances e escolhe a alternativa mais adequada. Ou seja, é realizado um cálculo de milhares de possibilidades. O ser humano trabalha pensando somente nas alternativas mais viáveis.

"Infelizmente, a força bruta não funciona no Go. Primeiro, o jogo tem muito mais possíveis posições do que o xadrez. Segundo, o número de possíveis movimentos para uma posição típica do Go é cerca de 200, comparado com cerca de doze no xadrez. Finalmente, avaliar uma posição do Go é difícil. Os mais rápidos programas podem estudar cerca de 50 posições por segundo, comparado com mais de 500 mil do xadrez."

Entretanto, a The Economist informa que os programadores estão fazendo melhorias com uma técnica denominada de análise de Monte Carlo. Essa técnica é mais rápida do que a força bruta. O resultado já está aparecendo: um programa desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Paris já ocupa a posição 2323 no mundo no Go.

Super

“O setor de contabilidade está passando por uma transformação muito grande. A empresa de contabilidade deixa de ser um executor e passa a fornecer consultoria estratégica”. É o que afirma José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de São Paulo (Sescon-SP). Segundo o executivo, para atender as exigências, as empresas de contabilidade terão que buscar a especialização em consultoria tributária. Para ele, o setor está com a demanda aquecida e o mercado está aumentando fortemente, com perspectivas de novos negócios. Um dos pilares é a profissionalização dos governos, que criam novos órgãos, como a Super Receita, e adotam novas ferramentas de controle.


Fonte: Super Receita aquece mercado contábil, Maurício Araújo, Panorama Brasil.

Governança também na internet

Segundo notícia da Gazeta (16/02/2007, Estudo aponta melhores sites em governança, Aluísio Alves) o banco Itaú foi considerado a empresa brasileira, de uma amostra de 47 com ações negociadas em bolsa, que melhor informa seu desempenho na internet. O estudo é da consultoria espanhola Management & Excellence (M&E) e da Grow Associates. Em seguida temos a Petrobrás, o Bradesco, a Votorantim e a Aracruz. O lanterna é o Submarino.

Os autores do estudo explicam que as notas não se referem às práticas em si, mas à forma como as informações sobre esses temas são disponibilizados pelas companhias em seus sites na internet.

Cidadania

Deseja obter a cidadania de outro país? É muito simples; basta ter dinheiro, conforme apurou a The Economist (3/2/2007, p.61-62, Pledge of allegiance). Comparando três países, Austria, St. Kitts e Dominica, esses dois últimos ilhas do Caribe, a revista encontrou boas oportunidades.

Para um estrangeiro que deseja o visto parece bem tentador. Obter um visto da Austria significa ter acesso a 125 países. Das ilhas do Caribe, mais de 50. Na Austria, se fizer um investimento acima de 2.5 milhões de dólares ou se for um profissional com 300 mil, em 9 a 12 meses, sem necessidade de entrevista e sem precisar falar alemão, pode-se obter o passaporte. Em St Kitts, um investimento de 200 mil dólares ou 15 mil para profissionais, em 3 a 14 meses, também sem entrevista e necessidade de falar uma língua estrangeira, é possível obter o visto. Dominica não exige investimento e o tempo de obter o documento varia de 5 a 12 meses. Mas é necessário entrevista e saber inglês.

Era uma vez...

Era um vez, há muitos séculos, um pobre continente. Seu nome era Europa. Então descobriu-se três coisas: o mercado, o papel das leis e a tecnologia baseada na ciência. Agora é um continente rico. É um pouco simplista, mas o mesmo aconteceu com os Estados Unidos, com as mesmas conseqüências, e agora está acontecendo com a Ásia.


The Economist, 3/2/2007, p. 13

15 fevereiro 2007

Links

1. Petrobrás e o meio ambiente - clique aqui

2. O que fazem os economistas - clique aqui

Teoria da Agência

A Teoria da Agência é um importante instrumento para explicar certas questões que ocorre na prática empresarial. No link a seguir, um interessante exemplo de teoria da agência na Varig, onde os dirigentes usaram do seu posto em benefício próprio. Clique aqui para ler

Mais dinheiro público para o PAn

Pan: CO-Rio vai receber mais R$ 103 milhões de governos
O governo federal vai mandar a metade: R$ 53 milhões
Leonencio Nossa

BRASÍLIA - A organização dos Jogos Pan-Americanos 2007, no Rio de Janeiro, vai receber mais R$ 103 milhões, que serão fornecidos pelo Governo Federal, Governo do Estado e Prefeitura carioca, informou há pouco o ministro do Esporte, Orlando Silva, em entrevista no Palácio do Planalto.

A decisão de liberar essa verba foi tomada nesta quarta-feira, em reunião de Orlando Silva e dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, com o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e com secretários da Prefeitura carioca.

Do total de R$ 103 milhões - destinados à conclusão da montagem da infra-estrutura dos jogos -, R$ 53 milhões serão liberados pelo Governo Federal, R$ 10 milhões pelo Governo do Estado e R$ 40 milhões pela municipalidade.


Fonte: Estado

Chile e as normas internacionais

Expertos analizan demoras en aplicación de normas contables internacionales
Magdalena Winter (El Mercurio, 14/02/2007) Entrevista com Juan Francisco Martínez, socio de Ernst & Young:

-¿Por qué es urgente hoy que las empresas se pongan al día con las normas IFRS?
"El 2009 va a ser el año de implementación, lo que significará que las compañías tendrán que presentar estados financieros comparativos, lo cual se establece en las mismas normas IFRS. Por ello, deberán presentar sus estados financieros 2009 comparados con los de 2008, y para poder determinar el estado de resultados del ejercicio 2008, las empresas deberán conocer su situación financiera bajo IFRS ya al 31 de diciembre de 2007. Entonces, es un tema de urgencia".

-¿Qué impactos tuvieron las normas IFRS en el exterior?
"Nosotros hicimos un estudio sobre lo que implicó la implementación para los bancos en Europa durante 2005 y los efectos fueron dispares. Por ejemplo, el BBVA se vio afectado por la medición del goodwill (mayor valor pagado al adquirir otras empresas). Esto y otros factores le significaron al banco evidenciar una disminución patrimonial de un 18%. Por otro lado, el banco que más se benefició fue el francés Groupe Banques Populaires, cuyo patrimonio se incrementó en un 22%".

-¿Cuáles son los principales costos para las firmas locales?
"Primero, este tema va a significar cierta inversión a las compañías en términos de entrenar a su gente. No sólo a la gente operativa de contabilidad, sino un entrenamiento a los niveles ejecutivos de las empresas. También se deberá invertir en estudios sobre los impactos de IFRS en las diferentes sociedades que están inscritas en la SVS con los correspondientes diagnósticos e implicancias de sus efectos. También hay costos por la adecuación de sistemas y procedimientos, ya que corresponden a cambios permanentes en los reportes financieros de las compañías. Tengo la impresión de que el sector financiero hasta ahora es el que mejor preparado está para asumir estos desafíos; es el que tiene más conciencia del gran cambio que se avecina".

-¿Qué fue lo más difícil?
"Digamos que se ha necesitado un cambio profesional importante. Son criterios nuevos, que han dado lugar a una modificación de sistemas informáticos acomodados a las nuevas normativas y ha supuesto un reto y un costo importante para las empresas. Pero se ha superado bastante bien y todas han cumplido en tiempo y forma".

-¿El cambio ha sido favorecedor para las empresas o desfavorecedor?
"Como cambian los criterios de valoración de los activos y pasivos, esto ha supuesto un cambio en patrimonio y un cambio en resultados. Por lo general, he visto que el cambio en resultados ha sido favorecedor. La mayor parte de las empresas cotizadas españolas ha tenido mayores beneficios en 2005. Es posible que la economía haya crecido y sea beneficiosa, pero no tanto como ha supuesto el cambio. Ha sido más fruto del cambio en las normas contables".

-¿Por qué sucedió esto?
"El fondo de comercio, que es el mayor importe del precio pagado por la adquisición de otra compañía sobre el valor contable de lo adquirido, lo que aquí llaman el goodwill, hasta la fecha de implantación de las IFRS se reconocía en el activo y se amortizaba en 20 años. Quiere decir que cada año, una vigésima parte de ese importe incidía a la baja sobre los resultados. Ahora ha dejado de ser amortizable. Sólo se contabiliza el deterioro si existe, pero si no ha existido no impacta. Y claro, eso puede suponer importes muy cuantiosos para las grandes compañías".

-¿Qué lecciones se desprenden de este proceso para Chile?
"Primero, las compañías internacionales de auditoría y consultoría han hecho una apuesta muy fuerte por ayudar y contribuir a la implantación de estas novedades en el ámbito de las empresas. Y luego, las compañías lo han considerado como un reto estratégico, implicando a los primeros niveles de los ejecutivos, porque era una apuesta muy importante en el que en una determinada fecha produjeran esa nueva información, con arreglo a un patrón internacional en el cual confiaban los mercados. Si Chile da ese paso, pues tiene que asumir el reto".

-¿Algún factor clave a tener en cuenta?
"Las empresas deben prepararse de antemano, cuanto antes para el cambio".
"El cambio en resultados ha sido favorecedor. La mayor parte de las empresas cotizadas españolas ha tenido mayores beneficios en 2005".

Contabilidade em Cuba

Do El Cronista Comercial

La economía cubana padece desorganización crónica y baja productividad; precios estatales altos y salarios estatales bajos; contabilidad mala; disciplina laxa y corrupción.


(Cuba se acerca al modelo económico chino, tradução do texto de Marc Frank, originalmente publicado no Financial Times, 15/02/2007)

14 fevereiro 2007

Oscar

Em época de Oscar, as Dez Melhores Atrizes:

10. Jane Fonda (Klute)
9. Katharine Hepburn (The Lion in Winter)
8. Holly Hunter (The Piano)
7. Olivia de Havilland (The Heiress)
6. Frances McDormand (Fargo)
5. Diane Keaton (Annie Hall)
4. Elizabeth Taylor (Who's Afraid of Virginia Woolf?)
3. Vivien Leigh (A Streetcar Named Desire)
2. Meryl Streep (Sophie's Choice)
1. Vivien Leigh (Gone With the Wind)

E as piores:

10. Mary Pickford (Coquette)
9. Loretta Young (The Farmer's Daughter)
8. Hilary Swank (Million Dollar Baby)
7. Katharine Hepburn (Guess Who's Coming to Dinner)
6. Nicole Kidman (The Hours)
5. Halle Berry (Monster's Ball)
4. Julia Roberts (Erin Brockovich)
3. Elizabeth Taylor (Butterfield 8)
2. Gwyneth Paltrow (Shakespeare in Love)
1. Helen Hunt (As Good As It Gets)

Sarbox e outros custos

Conforme Daniel Gross (4/2/2007), um dos maiores problemas para se fazer negócios nos Estados Unidos não é a Sarbanes Oxley, mas o tratamento dado os viajantes estrangeiros. Alguns executivos estão sendo destratados em longas filas nos aeroportos. Algumas pesquisas têm mostrado os Estados Unidos como o pior país do mundo para esses executivos.

Rir é o melhor remédio 42

Guidance

O guidance no IBRX
Gazeta Mercantil - 14/02/2007

Em estudo elaborado em janeiro pela MZ Consult pode-se verificar que apenas 18 das 88 empresas que têm seus papéis listados no IBRX (índice que mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bovespa) passam de alguma forma um guidance ao mercado. O guidance é uma estimativa de resultados que a empresa fornece ao mercado, que serve em muitos casos como balizador para analistas fazerem suas projeções.

Embora empresas não provedoras de guidance sejam maioria no IBRX, as provedoras representam cerca de 38% da composição do mesmo. Em outras palavras, as empresas que de alguma forma disponibilizam guidance vêm tendo seus papéis mais comercializados do que as demais. (...)

Duas empresas se destacaram em estudo, apresentando modelos de guidance bastante interessantes. São elas: Gol e AmBev. Essas empresas, além de divulgar seu guidance de forma exemplar, possuem um formato direto e esclaceredor. Vale a pena conferir seus websites www.voegol.com.br/ri/ [http://www.voegol.com.br/ri/] e www.ambev-ir.com [http://www.ambev-ir.com]. (...)

A relação do guidance com o IBRX traz mais segurança para investidores. A certeza de um bom investimento parte de um consenso entre estimativas de analistas. Contudo, o guidance passa a assumir um papel de "sanity check" que facilita o cálculo do desempenho futuro, diminuindo então o desvio padrão entre as opiniões dos analistas e tendo como conseqüência uma maior confiabilidade.

Fica implícito que o guidance deve procurar ser o mais realista o possível. Traçar uma meta inatingível ou dar pouca relevância à informação pode atrapalhar ou retardar o crescimento de uma empresa, além de comprometer sua credibilidade diante do mercado.

Vinicius Tomé - Consultor

Leonardo DiCaprio e um filme sobre Enron

Leonardo DiCaprio poderá ser o produtor e ator numa adaptação do livro de Kurt Eichenwald, Conspiracy of Fools. Eichenwald foi co-autor de O Informante, também transformado em filme.

O livro é sobre a Enron. Segundo a agência de notícias Notimex, DiCaprio será um novato que chega na empresa em Houston e descobre a corrupção da gestão, revelando as fraudes.


En 2001 Enron se declaró en bancarrota, defraudando a cientos de accionistas y empleados, tras haber dando información falsa y sobredimensionando los valores reales de los títulos de la compañía.

Tras varias investigaciones, el 25 de mayo de 2006, fueron declarados culpables de fraude el presidente de Enron, Kenneth Lay, y ex director ejecutivo, Jeffrey SKilling; Lay murió casi dos meses después de un infarto, y Skilling fue condenado a 24 años de prisión.

La película, cuyo guión será escrito por Sheldon Turner, estará producida por la compañía de DiCaprio, Appian Way y los estudios Warner Bros, quienes produjeron las últimas dos cintas del actor, "Infiltrados" y "Diamante de sangre".

El escándalo de Enron ya fue recreado en el documental "Enron: The Smartest Guys In The Room", de Alex Gibney, basado en el libro de los periodistas de la revista "Fortune", Bethany McLean y Peter Elkind, cinta que fue candidata al Oscar en 2005.

(Clique aqui e aqui para ler sobre essa notícia em inglês)

Petrobrás tem lucro de R$25,9 bilhões

Lucro de R$ 25,9 bi da Petrobrás em 2006 é recorde latino-americano

Resultado é 9% maior do que o de 2005, mas mercado financeiro esperava desempenho ainda melhor

Nicola Pamplona, RIO

A Petrobrás teve lucro de R$ 25,919 bilhões em 2006, o melhor resultado da história de empresas latino-americanas. O valor é 9% superior ao verificado pela companhia no ano anterior e reflete os melhores preços de venda de petróleo e derivados, além do aumento da produção nacional de petróleo. A estatal anunciou que vai distribuir R$ 7,9 bilhões a seus acionistas, dos quais 32,2% - ou R$ 2,54 bilhões - serão pagos à União.

(...) Apesar da soma gigantesca, o resultado foi recebido com frieza pelo mercado financeiro, que esperava desempenho ainda melhor, principalmente no quarto trimestre. As ações da estatal fecharam o pregão de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com alta de 1,8%, abaixo do índice Bovespa (2,82%).

“A despeito das vendas fortes, com contribuição cada vez maior do mercado internacional, os custos situaram-se acima do esperado, o que comprometeu o resultado da companhia”, avaliou o analista Felipe Cunha, da Brascan Corretora, em relatório a clientes. A opinião é a mesma dos analistas da Ativa Corretora, que citam ainda o forte aumento de 28% das despesas corporativas entre os fatores negativos do balanço.


Fonte: Estado de S. Paulo, 14/02/2007

Itaú lucra menos

Com BankBoston, Itaú lucra menos

Amortização de ágio faz ganho cair 18%, para R$ 4,3 bi; sem operação, resultado seria de R$ 6,2 bi, mais um recorde

Leandro Modé

A compra do BankBoston teve forte impacto sobre os resultados de 2006 do Banco Itaú. O lucro, por exemplo, caiu 18%, para R$ 4,3 bilhões, por causa da amortização integral do ágio pago pelas operações do banco americano no Brasil, Chile e Uruguai. Excluído esse efeito extraordinário, os ganhos sobem 13,8% em relação a 2005, para o recorde de R$ 6,2 bilhões.

Outras rubricas do balanço do Itaú também foram afetadas pela aquisição. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio recuou de 35,3% em 2005 para 22,7% no ano passado. O retorno sobre o ativo médio caiu de 3,6% para 2,4% no período.

“O investimento que fizemos (no BankBoston) ainda não deu retorno”, reconheceu Roberto Setubal, presidente do Itaú. Ele ressaltou, porém, que os resultados positivos já aparecerão em 2007 e lembrou que o impacto já era esperado pelo mercado. “Já havíamos divulgado isso em setembro”, disse ao Estado. As ações preferenciais do Itaú fecharam estáveis na Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto os papéis ordinários caíram 0,13%.

Setubal explicou que em março os sistemas operacionais dos dois bancos serão “tombados”, ou seja, as duas instituições passarão a operar na mesma plataforma tecnológica. “Isso resultará em uma redução importante dos custos com o Boston.”

De acordo com analistas, o que ocorreu com o balanço do Itaú de 2006 é normal em casos como este. “O BankBoston é um ativo relevante para ser absorvido, mesmo por um banco grande como o Itaú”, observou Marcel Artoni de Marco, analista do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad). Em março do ano passado, pouco antes da venda para o Itaú, o BankBoston era o 13º maior banco do Brasil, com ativos totais de R$ 23 bilhões.

Na avaliação de de Marco, os números do Itaú foram muito bons, apesar do BankBoston. Um levantamento realizado por ele mostra que as receitas brutas da instituição cresceram 46%, bem acima dos 13,4% do Bradesco, por exemplo.


Fonte: Estado de S. Paulo, 14/02/2007

13 fevereiro 2007

Correções das demonstrações continuam aumentando

Conforme reportagem do The Wall Street Journal (12/02/2007, Restatements Still Bedevil Firms), o número de correções(refazimentos) das demonstrações financeiras no mercado norte-americano aumentou em 2006, continuando uma tendência desde 2001. No ano passado foram 1.876 casos.

Entretanto, entre as grandes empresas o número de correções diminuiu pela primeira vez, de 242 (em 2005) para 196, no ano passado. Para Mark Cheffers, da AuditAnalytics, fonte dos dados e entrevistado do jornal, talvez a redução nas grandes empresas seja conseqüência dos melhores controles internos.

Onde você estava ...

Em entrevista do jornal Gaceta de los Negocios de hoje César Maia afirmou sobre sua passagem no Chile, no tempo de exílio:

Entonces trabajaba haciendo la contabilidad de empresas de materiales de construcción, y una parte consistía en poner las empresas en un punto más bajo del equilibrio y así facilitar la nacionalización. El Gobierno acababa presionando el mercado para promover la intervención. Así que cuando salí de Chile me sentía más keynesiano que marxista.

Links

1. Origem do Caduceu

2. Tarô e Contabilidade

3. Nova fase da convergência FASB e IASB

12 fevereiro 2007

País do passivo trabalhista

Notícia do Estado de S. Paulo de hoje:

País tem 2 milhões de ações por ano

Gasto com reclamações é de R$ 1.300 para cada R$ 1.000 julgados; média é de 1 processo a cada 100 habitantes

Renée Pereira

O Brasil conseguiu abocanhar mais um título para a sua extensa lista de conquistas negativas. Com cerca de 2 milhões de processos por ano, o País é campeão mundial em ações trabalhistas, segundo levantamento do sociólogo José Pastore, especialista em relações do trabalho há mais de 40 anos. Segundo ele, nos Estados Unidos o número de processos não passa de 75 mil; na França, 70 mil; e no Japão, 2,5 mil processos.

Resultado disso é uma conta astronômica para o País. Para cada R$ 1.000 julgados, a Justiça do Trabalho gasta cerca de R$ 1.300, calcula Pastore. Para ter idéia, em 2005 foram pagos aos reclamantes R$ 7,19 bilhões e, em 2006, R$ 6,13 bilhões até setembro. Na média mensal, o volume de 2006 ficou 13% superior ao do período anterior, segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST).


Não entendi o que significa a palavra "gasta". Corresponde ao custo da justiça trabalhista? Ou seria o valor das causas?

Links

1. Dez perguntas para se fazer a um defensor da astrologia - clique aqui - Algo como, se astrologia funciona, por que os astrólogos não são ricos?

2. Como aprender cálculo? (Via Mahalanobis) - Clique aqui

3. Esse sítio não caiu na pegadinha de Fama e French (clique aqui, aqui e aqui)

10 fevereiro 2007

Lucros

Os resultados começam a ser divulgados na imprensa:

a) O lucro do BNDES é R$ 6,3 bilhões, quase o dobro de 2005, sendo que quase 3 bilhões são de recuperação de devedores.

b) Lucro da Fiat é de R$800 milhões no Brasil. A empresa é a única montadora que evidencia o balanço com resultado no Brasil. O resultado da Fiat significa uma demonstração de recuperação, depois das dificuldades da empresa.

09 fevereiro 2007

Rir é o melhor remédio - 41

Risco Tributário

Preocupação das empresas brasileiras com risco tributário cresce, diz pesquisa
Do Valor Econômico - 09/02/2007

As empresas brasileiras estão mais cautelosas em operações de planejamento fiscal. A preocupação com o risco tributário aumentou nos últimos dois anos e também tornou-se muito maior do que a média de outros países. Uma pesquisa da Ernst & Young feita com 474 executivos da área de impostos em 14 países mostra que 92% dos profissionais das áreas de impostos que atuam no Brasil estão mais avessos hoje a riscos tributários em operações de planejamentos do que há dois anos. Nos demais países, a apreensão atinge 54%. A China e a África do Sul seguem o Brasil, com 84% e 80%, respectivamente. A Alemanha é o país que exibe a menor preocupação, com apenas 24% dos executivos.

Para o consultor Eliézer Serafini, a maior preocupação dos executivos brasileiros não acontece à toa. Sob influência da Sarbanes-Oxley, conjunto de normas que busca garantir um maior controle de dados dentro das empresas, e da governança corporativa, as normas brasileiras tornaram-se mais rígidas e as empresas começam a fazer um acompanhamento mais rigoroso de seus procedimentos. "Elas iniciaram um processo de controle maior de seus dados, com emissão de relatórios, documentação detalhada, além de estabelecer responsabilidades por graus hierárquicos nas operações tributárias."

Por isso mesmo, ressalta ele, os executivos declaram que suas organizações deverão se tornar cada vez mais cautelosas em relação a operações de planejamento tributário nos próximos anos. Pela pesquisa da Ernst & Young, 73% dos executivos brasileiros ouvidos declaram que a preocupação com o risco tributário deve aumentar ainda mais nos próximos dois anos, enquanto na média mundial o aumento de cautela foi apontado por 34% dos profissionais.

Serafini também chama a atenção para a "mudança de ambiente" resultante das normas mais rígidas. "Atualmente muitas operações tributárias recomendadas quase que por unanimidade pelos consultores são vistas com muito mais cautela ou são consideradas inviáveis", diz. Um reflexo disso, afirma, é a mudança consolidada no Conselho de Contribuintes, tribunal administrativo responsável pela análise das autuações da Receita Federal. "Antes o tribunal analisava somente se as operações afrontavam a lei ou não. Hoje os conselheiros analisam a fundamentação econômica e o propósito negocial das operações." Outro aspecto que influencia também a área tributária, diz Serafini, é a tendência cada vez maior de responsabilização pessoal do administrador em processos criminais.

Apesar da maior estabilidade de normas, a ainda complexa estrutura tributária brasileira continua fazendo com que as companhias nacionais tenham mais profissionais para o setor. No Brasil, 38% dos executivos declaram empregar mais de 50 funcionários em tempo integral para a área fiscal. Nos demais países, o índice é de 13%.

Poder das palavras

As empresas usam as palavras para fazer um resultado parecer melhor do que realmente é ou para minimizar um resultado ruim. Da Espanha, a Renault anunciou que seus resultados. Segundo o jornal ABC de hoje:

El resultado de Renault en España fue el pasado año «menos bueno» que en 2005, según destacó ayer en París el responsable financiero del grupo automovilístico francés, Thierry Moulonguet, que no quiso cifrarlo ni dar cuenta de la magnitud de la caída.

07 fevereiro 2007

Rir é o melhor remédio - 39

McDonald´s deixa de operar lojas no Brasil

Os acionistas do McDonald’s já foram alertados: a venda das operações da América Latina não garantirá a recuperação dos investimentos nem dos prejuízos acumulados ao longo dos anos. Segundo o Estado apurou, as perdas somam de US$ 2,2 bilhões a US$ 2,4 bilhões.

O alerta consta do último balanço enviado pela rede em 24 de janeiro à Securities Exchange Commission, a CVM americana. No balanço, a rede diz que a decisão, tomada no ano passado, de vender 2300 restaurantes - que passarão a ser operados sob o modelo de licenciamento - não deverá se traduzir na recuperação da “maior parte” dos investimentos e prejuízos dessas operações. O valor citado no balanço, de US$ 3 bi, inclui as perdas do McDonald’s com a venda de ativos na América Latina e outras regiões.

O balanço não cita nominalmente os países em que as operações estão à venda. Mas a principal divisão à venda hoje é a da América Latina, com 1656 restaurantes. Os 644 restantes, segundo fontes do mercado,são pequenas operações do Leste Europeu e Ásia. (...)

Depois de enfrentar uma série de problemas judiciais e fiscais no Brasil, a empresa começou a comprar restaurantes dos franqueados. Segundo fontes ligadas à empresa, esse processo foi o primeiro passo para preparar a rede para a venda. Hoje a América Latina é a região onde a empresa tem o maior porcentual de lojas próprias em relação a franquias. São 477 franquias, contra 1162 lojas próprias e 17 lojas operadas no modelo de licenciamento. No mundo, a rede conta com 18687 restaurantes franqueados, contra 8785 próprios e 4195 operados sob licença.

Quando anunciou seu balanço do 3º trimestre do ano passado, em 30 de setembro, a rede classificou o Brasil como um país de risco operacional. Segundo a empresa, os riscos se devem a “incertezas significativas, incluindo no que diz respeito à aplicação de requerimentos legais e o cumprimento de leis e obrigações contratuais.


fonte: Estado, 07/02/2007

IR Global Ranking

A próxima sexta-feira, 09 de fevereiro, marca o início dos workshops e cerimônias de premiação dos melhores websites de RI, governança corporativa e divulgação de resultados do mundo. A premiação IR Global Rankings já está em sua 9ª edição e como nos anos anteriores contou com a presença de grandes empresas, totalizando 145 inscrições de 33 países. (...)

Seguindo essa tendência de maior preocupação com a complexidade dos serviços de RI, a organização do IR Global Rankings avalia pelo segundo ano consecutivo Governança Corporativa e Divulgação de Resultados, somados as já tradicionais avaliações de Websites e Relatórios Anuais On-line. A análise de todos esses quesitos converge para uma minuciosa avaliação de como cada empresa se posiciona em relação a seus pares, possibilitando uma evolução do mercado como um todo.

No contexto brasileiro foi uma surpresa positiva a inscrição de empresas que abriram o capital recentemente, já que esse é um sinal da preocupação com a qualidade e busca por sugestões de aprimoramento desde o início.


Fonte: Governança Corporativa - Nova eleição do Prêmio Global de RI - Gazeta Mercantil - 07/02/2007

Uma figura interessante



Essa figura é interessante. Mostra o consumo de energia comparando os estados "republicanos" e "democratas" (segundo a última eleição nos Estados Unidos) e a Califórnia (que tem um governador republicano, mas possui uma população muito comprometida com as questões ambientais).

Fonte: The Economist via Captain Capitalism

06 fevereiro 2007

Rir é o melhor remédio - 38

Oferta de ações

A oferta inicial de ações acontece quando uma empresa decide abrir seu capital. Tivemos no Brasil recentemente diversos casos de sucesso de oferta inicial, onde as ações da empresa apresentaram uma grande valorização.

Historicamente diversos são os casos de sucesso de oferta inicial (IPO em inglês). Se um 1970 você tivesse comprado um dólar de ação da WalMart seu valor hoje seria de 5.809 dólares. Em 1981 quem gastou o mesmo dólar para a Home Depot atingiu a $1153 hoje. Cinco anos depois a Microsoft abriu seu capital; quem acreditou e investiu $1 dólar tem hoje 374. Mais recente ainda foi o caso da Yahoo: quem investiu teve um retorno de 72 dólares para cada um dólar gasto em 1996.

Contabilidade do Desporto em Portugal

Um blog interessante sobre futebol e a contabilidade em Portugal - clique aqui
Mineradoras adotam padrão global de contabilidade
Gazeta Mercantil - 04/02/2007

São Paulo, 5 de Fevereiro de 2007 - Tendência é a favor do IFRS, diz KPMG, ainda há grande diversidade de critérios. O IFRS (International Financial Reporting Standards) está se tornando o padrão contábil das mineradoras. É o que aponta um levantamento que acaba de ser divulgado pela KPMG com as 44 maiores companhias mundiais do setor (incluindo a Vale do Rio Doce) sobre práticas contábeis, governança corporativa e sustentabilidade.

Do universo da pesquisa, 21 empresas já tinham o IFRS como padrão no final de 2006, sendo que 11 adotaram o modelo nos últimos três anos. Esse número deve subir até 33 até o final da década, já que outras 12 mineradoras canadenses já avisaram que também devem migrar para este padrão.

Segundo Ulysses Magalhães, diretor de auditoria da KPMG no Brasil, essa tendência resulta da demanda de investidores e analistas. Assim, em seus relatórios financeiros as empresas podem apresentar relatórios mais confiáveis e uniformes. Não é preciosismo. Para se ter uma idéia da confusão provocada pela babel contábil que ainda impera entre as mineradoras, metade das novatas em IFRS teve uma variação superior a 10% no lucro líquido, somente pela mudança de padrão contábil.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)