Valores médios numa amostra de 243 empresas.
Usando os dados de 30 empresas, disponibilizados no site G1, é possível tentar fazer uma breve análise entre a remuneração e o desempenho de cada empresa. Num primeiro momento, calculei esta relação usando todas as variáveis disponíveis: remuneração média, mínima e máxima, além de uma constante. Somente a maior remuneração apresentou significância. Assim, há uma relação entre a maior remuneração de cada empresa e o resultado líquido obtido no período. Usando a maior remuneração, o coeficiente angular foi de 87,915: o resultado da empresa corresponde ao maior salário multiplicado por 88.
Uma razão para o valor da remuneração média não ter sido significado é o fato de cada empresa ter um número diferente de diretorias, que pode ter afetado o resultado.
30 setembro 2017
Reshma Saujani:Ensine às meninas coragem, não perfeição
Estamos criando as meninas para serem perfeitas, e os meninos para serem corajosos, diz Reshma Saujani, fundadora do "Girls Who Code". Saujani assumiu a tarefa de educar as jovens para assumir riscos e aprender a programar, duas habilidades de que elas precisam para fazer a sociedade avançar. Para inovar verdadeiramente, não podemos deixar para trás metade da nossa população, diz ela. "Eu preciso que cada um de vocês diga às jovens que conhecem para sentirem-se bem com a imperfeição".
29 setembro 2017
Valor do clube de futebol
A empresa de consultoria BDO anunciou os resultados dos clubes mais valiosos do Brasil. O Flamengo é considerado o clube mais valioso, com um valor “da marca” de R$ 1.693,8 milhões ou US$ 529 milhões, seguindo pelo Corinthians (1.594), Palmeiras (1.124), São Paulo (995), Grêmio (707), Internacional (627) e Atlético Mineiro (503).
Segundo o Valor Econômico, para “estimar esse valor, a consultoria BDO considera quase 40 indicadores, como receitas, tamanho e perfil da torcida e características econômicas da cidade-sede, por exemplo”.
O valor deveria corresponde a possibilidade de geração de valor. Sabemos que os clubes brasileiros não são gerenciados com essa finalidade.
Usando os dados da Forbes, que também possui um cálculo de valor e divulga a receita de cada clube, fiz uma relação entre receita e valor. O resultado foi o seguinte:
Valor = 3,91158 Receita R2 = 0,923 Fc = 228,368
Para os dois clubes temos:
Valor Flamengo = 624 milhões de dólares
Valor Corinthians = 593 milhões
Um pouco acima do valor encontrado pela BDO (+17% e +19% do valor). Parece existir uma coerência entre os resultados da Forbes e da BDO, imaginando que a diferença encontrada pode ser resultado do mercado consumidor brasileiro, que é menor que o Europeu.
O valor de 3,912 seria o múltiplo ou 3,25, considerando um “desconto” do mercado brasileiro.
Segundo o Valor Econômico, para “estimar esse valor, a consultoria BDO considera quase 40 indicadores, como receitas, tamanho e perfil da torcida e características econômicas da cidade-sede, por exemplo”.
O valor deveria corresponde a possibilidade de geração de valor. Sabemos que os clubes brasileiros não são gerenciados com essa finalidade.
Usando os dados da Forbes, que também possui um cálculo de valor e divulga a receita de cada clube, fiz uma relação entre receita e valor. O resultado foi o seguinte:
Valor = 3,91158 Receita R2 = 0,923 Fc = 228,368
Para os dois clubes temos:
Valor Flamengo = 624 milhões de dólares
Valor Corinthians = 593 milhões
Um pouco acima do valor encontrado pela BDO (+17% e +19% do valor). Parece existir uma coerência entre os resultados da Forbes e da BDO, imaginando que a diferença encontrada pode ser resultado do mercado consumidor brasileiro, que é menor que o Europeu.
O valor de 3,912 seria o múltiplo ou 3,25, considerando um “desconto” do mercado brasileiro.
28 setembro 2017
Geraldo Rufino: o catador de sonhos
Ele já quebrou seis vezes e saiu de todas elas mais sábio – e mais rico.
É comum que as pessoas se abalem com mais facilidade quando enfrentam os revezes da vida, e, ainda pior, quando enfrentam uma crise muitas vezes desistem sem sequer tentar virar o jogo. De onde vem tanto desânimo, tanta falta de fé?
Geraldo Rufino é o exemplo de que basta mudar o modo de pensar e todos os caminhos podem se abrir. Não sem trabalhar muito, é claro. Trabalhar muito com o espírito e a mente é a formula do sucesso que Rufino conseguiu desenvolver. O homem que começou a vida como catador de lixo reciclável nunca perdeu o sucesso de vista, e hoje é presidente da JR Diesel, cujo faturamento é superior a 60 milhões de reais por ano.
Resolução do CFC sobre lavagem de dinheiro e outros assuntos
O Conselho Federal de Contabilidade estava “calado” diante das denúncias de corrupção e da participação de profissionais contábeis nas falcatruas divulgadas pela imprensa (por exemplo aqui). A Resolução 1530/2017, divulgada hoje no Diário Oficial, trata dos “procedimentos a serem observados pelos profissionais e organizações contábeis para cumprimento das obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações posteriores”.
O texto começa com um frase interessante: “Considerando a necessidade de regulamentar o disposto nos artigos 9º, 10 e 11 da Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações”. Quase vinte anos depois. Logo a seguir, parece tirar o corpo fora: “Considerando que o profissional da contabilidade não participa da gestão e das operações e transações praticadas pelas pessoas jurídicas e físicas; Considerando que os serviços profissionais contábeis devem estar previstos em contratos de acordo com a Resolução CFC n.º 987/2003; Considerando a diversidade dos serviços de contabilidade, que devem observar os princípios e as normas profissionais e técnicas específicas; Considerando a amplitude de valores constantes nas demonstrações contábeis geradas pelas diversas entidades, em decorrência de seu porte e volume de transações” E aí começa 19 artigos, separados em sete (??) seções:
II (não tem a seção I) política de prevenção
III - do cadastro de clientes
IV - do registro das operações
V - da análise de riscos
VI - da guarda e conservação de registro e documentos
VII - das disposições finais
Destaco o seguinte:
“As operações e propostas de operações, nos termos do Art. 1º, que se enquadrarem nas situações listadas a seguir, devem ser analisadas com especial atenção:
I - operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio;
II - operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não seja claramente aferível;
III - operação incompatível com o patrimônio, com a capacidade econômica financeira, com a atividade ou ramo de negócio do cliente;
IV - operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar;
V - operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, ou países ou dependências consideradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VI - operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo Gafi de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VII - operação, injustificadamente, complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objetivo da operação;
VIII - operação que vise adulterar ou manipular características das operações financeiras ou a identificação do real objetivo da operação;
IX - operação aparentemente fictícia ou com indícios de superfaturamento ou subfaturamento;
X - operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado;
XI - qualquer tentativa de fracionamento de valores com o fim de evitar a comunicação em espécie a que se refere o Art. 6º; e
XII - quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n.° 9.613/1998 ou com eles relacionar-se.
A norma também estabelece um prazo de cinco anos para guarda da documentação.
O texto começa com um frase interessante: “Considerando a necessidade de regulamentar o disposto nos artigos 9º, 10 e 11 da Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações”. Quase vinte anos depois. Logo a seguir, parece tirar o corpo fora: “Considerando que o profissional da contabilidade não participa da gestão e das operações e transações praticadas pelas pessoas jurídicas e físicas; Considerando que os serviços profissionais contábeis devem estar previstos em contratos de acordo com a Resolução CFC n.º 987/2003; Considerando a diversidade dos serviços de contabilidade, que devem observar os princípios e as normas profissionais e técnicas específicas; Considerando a amplitude de valores constantes nas demonstrações contábeis geradas pelas diversas entidades, em decorrência de seu porte e volume de transações” E aí começa 19 artigos, separados em sete (??) seções:
II (não tem a seção I) política de prevenção
III - do cadastro de clientes
IV - do registro das operações
V - da análise de riscos
VI - da guarda e conservação de registro e documentos
VII - das disposições finais
Destaco o seguinte:
“As operações e propostas de operações, nos termos do Art. 1º, que se enquadrarem nas situações listadas a seguir, devem ser analisadas com especial atenção:
I - operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio;
II - operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não seja claramente aferível;
III - operação incompatível com o patrimônio, com a capacidade econômica financeira, com a atividade ou ramo de negócio do cliente;
IV - operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar;
V - operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, ou países ou dependências consideradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VI - operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo Gafi de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VII - operação, injustificadamente, complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objetivo da operação;
VIII - operação que vise adulterar ou manipular características das operações financeiras ou a identificação do real objetivo da operação;
IX - operação aparentemente fictícia ou com indícios de superfaturamento ou subfaturamento;
X - operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado;
XI - qualquer tentativa de fracionamento de valores com o fim de evitar a comunicação em espécie a que se refere o Art. 6º; e
XII - quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n.° 9.613/1998 ou com eles relacionar-se.
A norma também estabelece um prazo de cinco anos para guarda da documentação.
Eldorado
Dois fatos sobre a Eldorado, empresa de celulose da J e F. Demonstrações contábeis publicadas sem o parecer do auditor mostram um prejuízo no segundo trimestre de 2017 de 1 milhão. Parte do resultado deveu-se a variação cambial no trimestre.
Os valores divulgados podem ser alterados já que o auditor, a BDO, não deu seu parecer. A empresa também não apresentou os dados do primeiro trimestre. O problema com o auditor diz respeito as apurações de corrupção envolvendo a empresa e o atual grupo controlador, dos irmãos Batista. Especificamente com a empresa de celulose, há problemas com respeito a fraudes com os fundos de pensão.
O segundo fato refere-se ao andamento do processo de venda da empresa para o grupo Paper Excellence. A empresa da Indonésia pagou 1 bilhão de reais por 13% da empresa, num dos primeiros estágios para controlar a fábrica de celulose. O valor da operação deve chegar a R$15 bilhões em um ano.
Os valores divulgados podem ser alterados já que o auditor, a BDO, não deu seu parecer. A empresa também não apresentou os dados do primeiro trimestre. O problema com o auditor diz respeito as apurações de corrupção envolvendo a empresa e o atual grupo controlador, dos irmãos Batista. Especificamente com a empresa de celulose, há problemas com respeito a fraudes com os fundos de pensão.
O segundo fato refere-se ao andamento do processo de venda da empresa para o grupo Paper Excellence. A empresa da Indonésia pagou 1 bilhão de reais por 13% da empresa, num dos primeiros estágios para controlar a fábrica de celulose. O valor da operação deve chegar a R$15 bilhões em um ano.
Leilão do Petróleo
O Brasil ofereceu às companhias petrolíferas do mundo a possibilidade de explorar os direitos de perfuração nas suas águas na quarta-feira, e considerou os resultados encorajadores.
O lance, a primeira das nove rodadas, foi considerado um teste de confiança dos investidores nas iniciativas pró-mercado do presidente Michel Temer. Mas também foi uma medida do interesse da indústria em explorar os campos de petróleo em águas profundas, entre os mais caros de explorar, em um momento de preços baixos.
Mais de 30 companhias de petróleo inicialmente manifestaram interesse na licitação para 287 blocos de exploração que detêm até 10 bilhões de barris de reservas comprovadas. Mas no final, apenas 20 empresas de oito países fizeram lances. Dezessete empresas ganharam 37 blocos, incluindo a Exxon Mobil , que ganhou oito blocos, principalmente em parceria com a Petrobras , a empresa nacional de petróleo. A China National Offshore Oil Corporation e Repsol da Espanha também fizeram ofertas vencedoras. O governo levantou cerca de US $ 1,2 bilhão em pagamentos iniciais para direitos de exploração.
(...) Mas o resultado estava longe do potencial que as empresas petrolíferas viram para o Brasil há uma década, quando grandes reservas offshore foram descobertas. O preço do petróleo naquela época havia subido acima de US $ 100 por barril, a turbulência política atingiu o norte da África e o Oriente Médio, e as empresas petrolíferas buscaram novas reservas em países politicamente estáveis.
O Brasil decidiu em 2010 designar a Petrobras como o único operador nos principais campos offshore. A exploração despencou quando as empresas internacionais procuraram em outros lugares produzir. Então veio um frenesi de perfuração em campos de xisto americanos (...) Para tornar o Brasil ainda menos atraente, o México, a Guiana e vários países africanos abriram seus ricos campos de águas profundas para empresas estrangeiras, levando à expectativa de uma nova produção em grande escala na próxima década. E a Petrobras, paralisada por uma série de escândalos de corrupção , está agora endividada.
O leilão segue uma série de reformas iniciadas no ano passado, deixando a Petrobras de ser única operadora e reduzindo os requisitos para o conteúdo brasileiro atribuído em máquinas e construção para exploração e produção.
"O Brasil agora enfrenta concorrência", disse Jorge R. Piñon, ex-presidente da Amoco Oil Latin America. "Essa é uma boa notícia para as companhias de petróleo, porque o Brasil não pode mais exigir ser o operador, e eles precisam ser conscientes de que as companhias de petróleo têm capital limitado com o preço atual do petróleo em cerca de US $ 50".
O leilão não ofereceu as áreas mais cobiçadas, que ainda aguardam leilão. (...)
Fonte: Aqui
O lance, a primeira das nove rodadas, foi considerado um teste de confiança dos investidores nas iniciativas pró-mercado do presidente Michel Temer. Mas também foi uma medida do interesse da indústria em explorar os campos de petróleo em águas profundas, entre os mais caros de explorar, em um momento de preços baixos.
Mais de 30 companhias de petróleo inicialmente manifestaram interesse na licitação para 287 blocos de exploração que detêm até 10 bilhões de barris de reservas comprovadas. Mas no final, apenas 20 empresas de oito países fizeram lances. Dezessete empresas ganharam 37 blocos, incluindo a Exxon Mobil , que ganhou oito blocos, principalmente em parceria com a Petrobras , a empresa nacional de petróleo. A China National Offshore Oil Corporation e Repsol da Espanha também fizeram ofertas vencedoras. O governo levantou cerca de US $ 1,2 bilhão em pagamentos iniciais para direitos de exploração.
(...) Mas o resultado estava longe do potencial que as empresas petrolíferas viram para o Brasil há uma década, quando grandes reservas offshore foram descobertas. O preço do petróleo naquela época havia subido acima de US $ 100 por barril, a turbulência política atingiu o norte da África e o Oriente Médio, e as empresas petrolíferas buscaram novas reservas em países politicamente estáveis.
O Brasil decidiu em 2010 designar a Petrobras como o único operador nos principais campos offshore. A exploração despencou quando as empresas internacionais procuraram em outros lugares produzir. Então veio um frenesi de perfuração em campos de xisto americanos (...) Para tornar o Brasil ainda menos atraente, o México, a Guiana e vários países africanos abriram seus ricos campos de águas profundas para empresas estrangeiras, levando à expectativa de uma nova produção em grande escala na próxima década. E a Petrobras, paralisada por uma série de escândalos de corrupção , está agora endividada.
O leilão segue uma série de reformas iniciadas no ano passado, deixando a Petrobras de ser única operadora e reduzindo os requisitos para o conteúdo brasileiro atribuído em máquinas e construção para exploração e produção.
"O Brasil agora enfrenta concorrência", disse Jorge R. Piñon, ex-presidente da Amoco Oil Latin America. "Essa é uma boa notícia para as companhias de petróleo, porque o Brasil não pode mais exigir ser o operador, e eles precisam ser conscientes de que as companhias de petróleo têm capital limitado com o preço atual do petróleo em cerca de US $ 50".
O leilão não ofereceu as áreas mais cobiçadas, que ainda aguardam leilão. (...)
Fonte: Aqui
Leilão no setor elétrico
Sucesso? - No dia de ontem o presidente da República comentou em rede social o seguinte:
Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil. Leilão das usinas da Cemig rendeu R$12,13 bi, acima da expectativa do mercado
Afirmar que o leilão rendeu acima da expectativa do mercado é questionável. Afinal a comparação é feita sobre o lance mínimo, que não possui nenhuma relação com o “mercado”. Somente para lembrar, o preço mínimo é determinado por empresas de consultoria que observam o fluxo de caixa descontado previsto e determinam o valor a partir deste ponto. Mais ainda, num processo de leilão, o comprador mais otimista leva. Assim, tanto o preço mínimo não é mercado, como o leilão tende a trazer com ele a maldição do vencedor ou vitória de Pirro.
Quando analisamos o contexto, talvez as palavras do presidente não sejam descabidas. O setor elétrico brasileiro passou por um terremoto em 2012 quando o ex-mandatário decidiu baixar as tarifas e promoveu uma mudança estrutural. A medida eleitoreira foi muito ruim para o setor (1). Cinco anos depois, talvez possamos dizer que o investidor está voltando e novos participantes estão aparecendo. Mais ainda, existia uma certa incerteza jurídica já que as usinas leiloadas eram da Cemig, que brigou pela “renovação” do contrato. A empresa estatal mineira talvez tenha sido a grande perdedora: apostou que o leilão não iria ocorrer, não participou dos lances, tentou obstruir o processo e perdeu boa parte do parque.
Múltiplo - O leilão apresentou um resultado médio de R$4,175 milhões por megawatt de capacidade instalada. A usina de Jaraguá teve um resultado de R$5,189 milhões por megawatt e foi a mais cara. A de Miranda foi vendida por R$3,431 milhões por megawatt e foi a mais barata em termos de capacidade instalada, mas que teve o maior ágio (2).
(1) Além disto, como já mostramos aqui no blog, as empresas estatais do setor são destruidoras de valor. Os recursos alocados nestas empresas elétricas possuem um custo de oportunidade elevado.
(2) Considerando a capacidade instalada da Eletrobras de quase 47 mil megawatt, isto poderia gerar quase 200 bilhões de reais pela empresa. Entretanto duas ressalvas importantes: provavelmente nem toda empresa será privatizada; o valor elevado reduz o número de candidato, o que pode abaixar o valor ofertado.
27 setembro 2017
SEC e os hackers
O presidente da SEC, Jay Clayton, esteve no Senado dos Estados Unidos. Originalmente estava programado para falar sobre a reforma do mercado de capitais, mas o assunto foi outro. Clayton falou e foi questionado pelos senadores sobre a invasão de hackers no sistema de divulgação de informações da entidade que regula o mercado de capitais daquele país. Clayton, que foi nomeado pelo atual presidente dos Estados Unidos no início do ano, somente tomou conhecimento do fato em agosto, quando o assunto surgiu numa outra investigação. Segundo Clayton, quando soube do assunto, determinou uma investigação. A partir daí, ainda segundo o presidente da SEC, ficou claro que a invasão pode ter gerado lucro para os hackers. Clayton também declarou não saber se o ex-presidente da SEC, Mary Jo White, sabia do caso.
No final de semana, a SEC divulgou o problema de forma pouco detalhada. A investigação ainda prossegue na SEC para determinar a extensão da invasão e o quanto o problema foi explorado pelos hackers. Esta não seria a primeira vez que hackers invadem o sistema EDGAR: em 2015 foram publicadas informações falsas sobre uma possível aquisição da Avon. E no ano anterior, comprovou-se que alguns usuários tinham acesso a informações 30 segundos antes de estarem disponíveis.
O presidente da SEC também foi questionado sobre a recente invasão numa empresa de crédito dos Estados Unidos, a Equifax. Quando questionado sobre uma possível utilização de executivos de informação confidencial para vender suas ações, o regulador não quis comentar o assunto. O fato de ter acontecido uma invasão na SEC pode ser uma desculpa para as empresas que também sofreram com o mesmo problema, como é o caso da Equifax. E pode fazer com que a SEC seja mais complacente com os problemas de segurança que irão ocorrer nas empresas. Mais ainda, talvez seja necessário rever as normas de insider trading para estas situações.
Ah, Clayton aproveitou para pedir mais dinheiro para SEC.
No final de semana, a SEC divulgou o problema de forma pouco detalhada. A investigação ainda prossegue na SEC para determinar a extensão da invasão e o quanto o problema foi explorado pelos hackers. Esta não seria a primeira vez que hackers invadem o sistema EDGAR: em 2015 foram publicadas informações falsas sobre uma possível aquisição da Avon. E no ano anterior, comprovou-se que alguns usuários tinham acesso a informações 30 segundos antes de estarem disponíveis.
O presidente da SEC também foi questionado sobre a recente invasão numa empresa de crédito dos Estados Unidos, a Equifax. Quando questionado sobre uma possível utilização de executivos de informação confidencial para vender suas ações, o regulador não quis comentar o assunto. O fato de ter acontecido uma invasão na SEC pode ser uma desculpa para as empresas que também sofreram com o mesmo problema, como é o caso da Equifax. E pode fazer com que a SEC seja mais complacente com os problemas de segurança que irão ocorrer nas empresas. Mais ainda, talvez seja necessário rever as normas de insider trading para estas situações.
Ah, Clayton aproveitou para pedir mais dinheiro para SEC.
Contabilidade da Federação Espanhola de Futebol foi maquiada
Um dos mais proeminentes dirigentes do futebol na Europa, Ángel María Villar, presidente da federação de futebol da Espanha, vive dias complicados. Preso junto com seu filho, Gorka Villar, desde julho por diversas irregularidades, entre elas pagamentos irregulares e desvio de dinheiro da Federação Espanhola (RFEF), a história ganhou mais um capítulo nefasto nesta semana. Em uma ligação gravada, Gorka admite que a contabilidade da federação foi maquiada para esconder prejuízos.
Segundo o jornal El País, as contas foram maquiadas para mostrar lucro de € 2 milhões, quando na verdade deveriam mostrar um saldo negativo de seis ou sete milhões de euros. O filho do dirigente ajuda a organizar um esquema de pagamentos para compra de apoio a Ángel Maria Villar, que tinha inclusive o cargo de um dos vice-presidentes da Uefa.
Villar foi suspenso por um ano do cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol, mas se recusa a abdicar do cargo, mesmo tendo passado alguns dias preso, antes de pagar fiança para responder ao processo em liberdade. As acusações que pesam sobre o dirigente são parecidas com o que se faz na CBF, no Brasil: distribuição de dinheiro para dirigentes regionais para garantir o apoio, que fez Ángel María Villar estar no cargo por 29 anos.
Além da compra do apoio, o filho do dirigente, Gorka Villar, também era responsável por articular contratos com fornecedores que, sem nenhuma surpresa, geravam dinheiro que não ia para a federação. Basicamente, pagamento de propina. A polícia espanhola está desmantelando a operação que é feita dentro da entidade que dirige o futebol espanhol.
Por lá, o presidente da federação de futebol acabou na cadeia por uma investigação interna – ainda que ele se recuse deixar o cargo. Aqui, temos Marco Pólo Del Nero, presidente da CBF, que não sai do Brasil com medo de ser preso pelo FBI. Como já mostramos por aqui, ele está citado nos documentos do Fifagate.
Fonte: Aqui
Segundo o jornal El País, as contas foram maquiadas para mostrar lucro de € 2 milhões, quando na verdade deveriam mostrar um saldo negativo de seis ou sete milhões de euros. O filho do dirigente ajuda a organizar um esquema de pagamentos para compra de apoio a Ángel Maria Villar, que tinha inclusive o cargo de um dos vice-presidentes da Uefa.
Villar foi suspenso por um ano do cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol, mas se recusa a abdicar do cargo, mesmo tendo passado alguns dias preso, antes de pagar fiança para responder ao processo em liberdade. As acusações que pesam sobre o dirigente são parecidas com o que se faz na CBF, no Brasil: distribuição de dinheiro para dirigentes regionais para garantir o apoio, que fez Ángel María Villar estar no cargo por 29 anos.
Além da compra do apoio, o filho do dirigente, Gorka Villar, também era responsável por articular contratos com fornecedores que, sem nenhuma surpresa, geravam dinheiro que não ia para a federação. Basicamente, pagamento de propina. A polícia espanhola está desmantelando a operação que é feita dentro da entidade que dirige o futebol espanhol.
Por lá, o presidente da federação de futebol acabou na cadeia por uma investigação interna – ainda que ele se recuse deixar o cargo. Aqui, temos Marco Pólo Del Nero, presidente da CBF, que não sai do Brasil com medo de ser preso pelo FBI. Como já mostramos por aqui, ele está citado nos documentos do Fifagate.
Fonte: Aqui
Resposta da Deloitte
"Em resposta a um incidente cibernético, a Deloitte implementou seu protocolo de segurança abrangente e iniciou uma análise intensiva e completa, incluindo a mobilização de uma equipe de especialistas em segurança e confidencialidade dentro e fora da Deloitte. Como parte da revisão, a Deloitte esteve em contato com os poucos clientes afetados e notificou autoridades governamentais e reguladores ".
Fonte: Aqui. Leia mais aqui e aqui. Imagem: da Deloitte Holandesa
Fonte: Aqui. Leia mais aqui e aqui. Imagem: da Deloitte Holandesa
Aprendendo um idioma
A tecnologia moderna tem feito incrivelmente fácil para as pessoas conectarem e comunicarem uma com as outras. (...) Esses avanços tornam mais próximos o tradutor universal de Star Trek, onde podemos entender o que outra pessoa (ou aliem) está dizendo (...). Nós podemos pensar que aprender uma língua como nós conhecemos pode se tornar obsoleto. No Reino Unido, por exemplo, o número de estudantes que estão fazendo uma língua moderna caiu. Pesquisadores acreditam que é por causa do aumento de ferramentas como o Google Translate.
No entanto, ao mesmo tempo que os adolescentes estão virando as costas para línguas europeias tradicionalmente apreciadas, como alemão, francês e espanhol, na Grã-Bretanha está ocorrendo uma forte onda de interesse pelos idiomas locais. Houve uma aceitação de crianças aprendendo línguas como gaélico irlandês e escocês nos últimos cinco anos (...)
No entanto, esses fenômenos aparentemente contraditórios estão realmente relacionados: são simplesmente reações diferentes à automação e à globalização (...) À medida que nos tornamos mais conscientes do mundo que nos rodeia, também queremos voltar para as raízes locais (...)
Uma pesquisa recente de 15 países mostrou que uma linguagem comum é o fator mais importante na definição da identidade de uma nação. (...) Esta noção atrai muitas culturas, particularmente aquelas que foram oprimidas por serem negadas o acesso à sua língua
Continue lendo aqui
No entanto, ao mesmo tempo que os adolescentes estão virando as costas para línguas europeias tradicionalmente apreciadas, como alemão, francês e espanhol, na Grã-Bretanha está ocorrendo uma forte onda de interesse pelos idiomas locais. Houve uma aceitação de crianças aprendendo línguas como gaélico irlandês e escocês nos últimos cinco anos (...)
No entanto, esses fenômenos aparentemente contraditórios estão realmente relacionados: são simplesmente reações diferentes à automação e à globalização (...) À medida que nos tornamos mais conscientes do mundo que nos rodeia, também queremos voltar para as raízes locais (...)
Uma pesquisa recente de 15 países mostrou que uma linguagem comum é o fator mais importante na definição da identidade de uma nação. (...) Esta noção atrai muitas culturas, particularmente aquelas que foram oprimidas por serem negadas o acesso à sua língua
Continue lendo aqui
Links
Uma discussão sobre o candidato ideal a um PhD na área de artes e humanidades
A presença dos humanos no mercado acionário
Maior banco francês e o genocídio de 1994 em Ruanda
O efeito da liberalização do trabalho sexual: experimento acidental
Taylor Swift está inovando na venda de ingressos e os economistas estão observando: é um tipo de leilão
Microsoft está associando Excel com AI
A presença dos humanos no mercado acionário
Maior banco francês e o genocídio de 1994 em Ruanda
O efeito da liberalização do trabalho sexual: experimento acidental
Taylor Swift está inovando na venda de ingressos e os economistas estão observando: é um tipo de leilão
Microsoft está associando Excel com AI
Rir é o melhor remédio
Gostei desta citação, pois lembrou o dilema do pesquisador, ao fazer um referencial teórico de um trabalho.
26 setembro 2017
Novas normas de contabilidade do setor público
O CFC informa que foram aprovadas cinco normas de contabilidade aplicada ao setor público:
NBC TSP 06 – Propriedade para Investimento - Esta norma define conceitos que abrangem terrenos e edifícios mantidos pelas entidades do setor público como forma de investimento, seja para fins de locação ou arrendamento. No conteúdo, são detalhados aspectos relacionados à mensuração, ao reconhecimento desse tipo de ativo e como o imóvel deve ser contabilizado como propriedade para investimento no balanço patrimonial da entidade pública.
NBC TSP 07 – Ativo Imobilizado - Trata dos ativos imobilizados, que são bens tangíveis e utilizados pela entidade com algum propósito. Exemplos de ativos imobilizados: terrenos, estradas, maquinário, pontes, viadutos, obras de arte e de engenharia, entre outros. Esses ativos englobam itens ligados à infraestrutura e abrangem também equipamentos militares especializados e ativos de contratos de concessão. A norma abrange, além das definições de ativos imobilizados, os critérios de reconhecimento, as formas e os modelos de mensuração e o que deve ser divulgado nas demonstrações contábeis.
NBC TSP 08 – Ativo Intangível - A norma trata do reconhecimento, mensuração e evidenciação de itens como softwares, direitos autorais, patentes, marcas, sistemas de licenças, propriedade intelectual e até itens do patrimônio cultural intangível. O conteúdo fornece subsídios aos profissionais da contabilidade no que tange ao correto reconhecimento e evidenciação do patrimônio público, ainda que esse patrimônio não tenha substância física.
NBC TSP 09 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa - Esta NBC determina como contabilizar ativos que não geram ingressos, ou seja, que não têm por finalidade gerar remuneração por sua utilização. Estabelece os procedimentos que devem ser aplicados para determinar se ocorreu perda por redução ao valor recuperável de um ativo não gerador de caixa, determinar seu valor, os critérios para reconhecer tal perda e revertê-la nas demonstrações contábeis.
NBC TSP 10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo Gerador de Caixa - Os ativos geradores de caixa são aqueles mantidos pela entidade pública com a finalidade principal, mas não única, de gerar retorno comercial. A norma define como mensurar a perda dos benefícios econômicos dos ativos, também chamada de redução ao valor recuperável, por meio do reconhecimento dos valores que excederem aos registros sistemáticos da depreciação, amortização ou exaustão do bem.
NBC TSP 06 – Propriedade para Investimento - Esta norma define conceitos que abrangem terrenos e edifícios mantidos pelas entidades do setor público como forma de investimento, seja para fins de locação ou arrendamento. No conteúdo, são detalhados aspectos relacionados à mensuração, ao reconhecimento desse tipo de ativo e como o imóvel deve ser contabilizado como propriedade para investimento no balanço patrimonial da entidade pública.
NBC TSP 07 – Ativo Imobilizado - Trata dos ativos imobilizados, que são bens tangíveis e utilizados pela entidade com algum propósito. Exemplos de ativos imobilizados: terrenos, estradas, maquinário, pontes, viadutos, obras de arte e de engenharia, entre outros. Esses ativos englobam itens ligados à infraestrutura e abrangem também equipamentos militares especializados e ativos de contratos de concessão. A norma abrange, além das definições de ativos imobilizados, os critérios de reconhecimento, as formas e os modelos de mensuração e o que deve ser divulgado nas demonstrações contábeis.
NBC TSP 08 – Ativo Intangível - A norma trata do reconhecimento, mensuração e evidenciação de itens como softwares, direitos autorais, patentes, marcas, sistemas de licenças, propriedade intelectual e até itens do patrimônio cultural intangível. O conteúdo fornece subsídios aos profissionais da contabilidade no que tange ao correto reconhecimento e evidenciação do patrimônio público, ainda que esse patrimônio não tenha substância física.
NBC TSP 09 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa - Esta NBC determina como contabilizar ativos que não geram ingressos, ou seja, que não têm por finalidade gerar remuneração por sua utilização. Estabelece os procedimentos que devem ser aplicados para determinar se ocorreu perda por redução ao valor recuperável de um ativo não gerador de caixa, determinar seu valor, os critérios para reconhecer tal perda e revertê-la nas demonstrações contábeis.
NBC TSP 10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo Gerador de Caixa - Os ativos geradores de caixa são aqueles mantidos pela entidade pública com a finalidade principal, mas não única, de gerar retorno comercial. A norma define como mensurar a perda dos benefícios econômicos dos ativos, também chamada de redução ao valor recuperável, por meio do reconhecimento dos valores que excederem aos registros sistemáticos da depreciação, amortização ou exaustão do bem.
Resenha: Design para quem não é designer
Este livro de Robin Williams, da editora Callis, é surpreendente pelo capricho da editora e pela qualidade do texto. Vamos começar comentando a qualidade gráfica do livro. Na sua quarta edição, a obra é colorida, com papel de boa qualidade e um design caprichado feito por Williams no InDesign da Abode. É um livro que o leitor tem que comprar a edição impressa. A tradução, de Bárbara Menezes, opta por colocar em português somente os textos relevantes, deixando alguns exemplos no seu original. No final, o preço do livro, em torno de R$50 reais, é muito barato.
Com respeito ao seu conteúdo, é uma obra ideal para quem deseja aprender um pouco sobre letras, formatação de texto, distribuição do texto numa página e até fazer um cartão de apresentação decente. A autora traz seus conceitos com uma grande quantidade de exemplos e situações: um cartaz de uma peça de teatro é usado para mostrar a distribuição do texto e como fazer com que uma peça de propaganda seja mais atrativa, chamando a atenção para os principais elementos. E ao longo do texto lança desafios para o leitor tentar aplicar os conceitos apresentados. A imagem apresentada aqui (fotografa a partir do livro impresso pelo autor da postagem) mostra uma aplicação de um mantra da autora: não seja covarde. Usando uma série de letras, Williams recomenda fugir do Times e do Arial, arriscando em novas formas. Indica que não se deve ter medo de usar uma letra tamanho 18 ou 8; tudo depende da finalidade.
Vale a pena? Se você deseja comunicar melhor, este livro é ponto de partida para tentar entender a razão de não escolher a Arial num texto longo ou o motivo para dar um espaço entre parágrafos. Mesmo que você não aplique e se torne um especialista na área, conhecer alguns segredos da área é realmente importante. Sim, vale a pena.
Com respeito ao seu conteúdo, é uma obra ideal para quem deseja aprender um pouco sobre letras, formatação de texto, distribuição do texto numa página e até fazer um cartão de apresentação decente. A autora traz seus conceitos com uma grande quantidade de exemplos e situações: um cartaz de uma peça de teatro é usado para mostrar a distribuição do texto e como fazer com que uma peça de propaganda seja mais atrativa, chamando a atenção para os principais elementos. E ao longo do texto lança desafios para o leitor tentar aplicar os conceitos apresentados. A imagem apresentada aqui (fotografa a partir do livro impresso pelo autor da postagem) mostra uma aplicação de um mantra da autora: não seja covarde. Usando uma série de letras, Williams recomenda fugir do Times e do Arial, arriscando em novas formas. Indica que não se deve ter medo de usar uma letra tamanho 18 ou 8; tudo depende da finalidade.
Vale a pena? Se você deseja comunicar melhor, este livro é ponto de partida para tentar entender a razão de não escolher a Arial num texto longo ou o motivo para dar um espaço entre parágrafos. Mesmo que você não aplique e se torne um especialista na área, conhecer alguns segredos da área é realmente importante. Sim, vale a pena.
Constrangimentos
Na semana passada e nesta semana tivemos a divulgação de dois ataques de hackers. O primeiro foi contra o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC. O segundo teve como alvo a Deloitte.
SEC - O ataque contra os computadores da SEC ocorreu em 2016. O atual presidente da SEC só empossado em maio e ficou sabendo do ataque em agosto. Deverá explicar o que ocorreu com a entidade. Segundo a Reuters, o ataque ocorreu no sistema onde as empresas postam suas informações financeiras, o EDGAR. Parece que as empresas “testam” o EDGAR, antes de colocar as informações; muitas empresas fazem os testes com dados fictícios, mas algumas usam os dados que serão divulgados logo após. Tudo leva a crer que o hackers tiveram acesso a estes dados de “testes”. Também existe a desconfiança que os hackers agiram a partir da Ucrânia.
Deloitte - A empresa de auditoria descobriu o ataque em março deste ano, mas o ataque pode ter ocorrido no final do ano passado. A empresa afirmou que muitos poucos clientes foram afetados. O ataque ocorreu no e-mail da empresa, na conta de administrador, o que permitiria, em tese, acesso a todas as áreas da empresa. Nesta conta existia um senha somente e não ocorria verificação em duas etapas. A empresa não sabe a origem e a autoria do ataque, mas provavelmente ocorreu a partir dos Estados Unidos. O Going Concern não descarta uma vingança contra a empresa: no ano passado foi acusada de manter uma equipe de espionagem para saber o que os concorrentes estavam fazendo.
🔻Constrangimento - Os dois casos causaram constrangimentos. A SEC tem investido contra empresas que possuem falhas de segurança nos sistemas de informação. A Deloitte vende soluções contra os ataques de harckers. Você adotaria uma solução de segurança de uma empresa onde o administrador do sistema não possui um requisito básico de segurança, como é a verificação em duas etapas? E o presidente da SEC, que só foi informado do problema meses depois?
SEC - O ataque contra os computadores da SEC ocorreu em 2016. O atual presidente da SEC só empossado em maio e ficou sabendo do ataque em agosto. Deverá explicar o que ocorreu com a entidade. Segundo a Reuters, o ataque ocorreu no sistema onde as empresas postam suas informações financeiras, o EDGAR. Parece que as empresas “testam” o EDGAR, antes de colocar as informações; muitas empresas fazem os testes com dados fictícios, mas algumas usam os dados que serão divulgados logo após. Tudo leva a crer que o hackers tiveram acesso a estes dados de “testes”. Também existe a desconfiança que os hackers agiram a partir da Ucrânia.
Deloitte - A empresa de auditoria descobriu o ataque em março deste ano, mas o ataque pode ter ocorrido no final do ano passado. A empresa afirmou que muitos poucos clientes foram afetados. O ataque ocorreu no e-mail da empresa, na conta de administrador, o que permitiria, em tese, acesso a todas as áreas da empresa. Nesta conta existia um senha somente e não ocorria verificação em duas etapas. A empresa não sabe a origem e a autoria do ataque, mas provavelmente ocorreu a partir dos Estados Unidos. O Going Concern não descarta uma vingança contra a empresa: no ano passado foi acusada de manter uma equipe de espionagem para saber o que os concorrentes estavam fazendo.
🔻Constrangimento - Os dois casos causaram constrangimentos. A SEC tem investido contra empresas que possuem falhas de segurança nos sistemas de informação. A Deloitte vende soluções contra os ataques de harckers. Você adotaria uma solução de segurança de uma empresa onde o administrador do sistema não possui um requisito básico de segurança, como é a verificação em duas etapas? E o presidente da SEC, que só foi informado do problema meses depois?
25 setembro 2017
Links
A expansão das Big Four no mercado jurídico
WalMart e o Big Brother "ajudando" você (assustador a proposta da empresa de entrar na sua casa, ver o que tem na geladeira ...)
Robô jornalista já escreveu mais de 800 artigo para Washington Post
Carro elétrico pode mudar o setor de automóveis
Três razões para nossa dependência do smartphone
Como a Guatemala e as Nações Unidas estão combatendo a corrupção
Mais injusto do que nunca: negócio da música
WalMart e o Big Brother "ajudando" você (assustador a proposta da empresa de entrar na sua casa, ver o que tem na geladeira ...)
Robô jornalista já escreveu mais de 800 artigo para Washington Post
Carro elétrico pode mudar o setor de automóveis
Três razões para nossa dependência do smartphone
Como a Guatemala e as Nações Unidas estão combatendo a corrupção
Mais injusto do que nunca: negócio da música
Hackers invadiram a Deloitte
A empresa de auditoria Deloitte descobriu em março que teve seus sistemas hackeados, informou o The Guardian (via aqui). Segundo a informação, os hackers tiveram acesso a mais de cinco milhões de e-mails e documentos da empresa, em todos os setores que opera. Isto inclui bancos, multinacionais, governo, entre outras entidades, clientes da Deloitte.
A empresa de auditoria manteve a notícia em segredo, informando somente alguns clientes, sócios e advogados. A Deloitte ainda não sabe a origem do ataque. Mas contratou, em abril, uma empresa de advocacia para analisar um “possível incidente de segurança cibernética”.
A empresa de auditoria manteve a notícia em segredo, informando somente alguns clientes, sócios e advogados. A Deloitte ainda não sabe a origem do ataque. Mas contratou, em abril, uma empresa de advocacia para analisar um “possível incidente de segurança cibernética”.
Risco e Retorno
A relação entre risco e retorno talvez a regra mais importante da teoria de finanças. Assim, quanto maior o risco, maior o retorno esperado. Quando nós usamos os dados dos últimos anos do mercado brasileiro esta regra parece não funcionar. Considerando um investidor que no passado estivesse na dúvida onde aplicar seus recursos, se no mercado acionário ou num título público, a decisão parecia ser deste tipo: se escolhe o mercado de ações optaria pelo maior risco e retorno; escolhendo o título público seria mais conservador, com menor retorno, mas menor risco.
Usando os dados dos últimos anos, entretanto, isto não seria correto. Escolhendo o mercado acionário, o investidor, além de assumir maior risco, teria menor retorno. Usando os dados mensais da Selic e do retorno do mercado acionário, obtidos no site do Banco Central, podemos comprovar isto. De janeiro de 2012 até julho de 2017 a diferença ainda foi maior para a Selic: 0,92% versus 0,33%. A diferença será sempre a maior para o título público, usando os últimos dez anos ou desde 2001. A exceção: a partir de 2016 esta situação inverte: nos últimos 18 meses o mercado acionário teve um desempenho melhor que o título público.
Usando os dados dos últimos anos, entretanto, isto não seria correto. Escolhendo o mercado acionário, o investidor, além de assumir maior risco, teria menor retorno. Usando os dados mensais da Selic e do retorno do mercado acionário, obtidos no site do Banco Central, podemos comprovar isto. De janeiro de 2012 até julho de 2017 a diferença ainda foi maior para a Selic: 0,92% versus 0,33%. A diferença será sempre a maior para o título público, usando os últimos dez anos ou desde 2001. A exceção: a partir de 2016 esta situação inverte: nos últimos 18 meses o mercado acionário teve um desempenho melhor que o título público.
ex-Auditor do Vaticano começa a explicar sua saída da Santa Sé
Em junho de 2017 o primeiro auditor-geral do Vaticano renunciou. Agora, Libero Milone disse que foi forçado a renunciar depois de descobrir possíveis atividades ilegais. Ele afirma não ser possível dar detalhes do que encontrou em razão de compromissos de confidencialidade. A Reuters informou que um representante da Santa Sé disse que as afirmações de Milone são falsas e que se ele não renunciasse, Milone seria processado. Segundo o arcebispo Giovanni Angelo Becciu, Milone estava espionando a vida privada dos superiores. Domenico Giani, da polícia do Vaticano, fala em evidências esmagadoras contra Milone.
Anteriormente Milone trabalhou na Deloitte da Itália, para Nações Unidas e Fiat. Segundo Milone afirmou seus problemas começaram em setembro de 2015 quando passou a suspeitar que seu computador tivesse sido invadido. Ele contratou uma empresa externa para fazer uma verificação e foi informador que seu computador tinha sido alvo de acesso não autorizado e que o computador da secretaria tinha um spyware.
Becciu, do Vaticano, afirma que a empresa contratada estava ajudando a espionar outras pessoas.
Anteriormente Milone trabalhou na Deloitte da Itália, para Nações Unidas e Fiat. Segundo Milone afirmou seus problemas começaram em setembro de 2015 quando passou a suspeitar que seu computador tivesse sido invadido. Ele contratou uma empresa externa para fazer uma verificação e foi informador que seu computador tinha sido alvo de acesso não autorizado e que o computador da secretaria tinha um spyware.
Becciu, do Vaticano, afirma que a empresa contratada estava ajudando a espionar outras pessoas.
24 setembro 2017
Fato da Semana: KPMG na África do Sul
Fato da Semana: KPMG na África do Sul
Data: 2016 e 2017
Contextualização - As grandes empresas de auditoria geralmente possuem filiais em muitos países do mundo. Há uma certa independência nestas filiais, mas as técnicas usadas são aproximadamente as mesmas e a matriz exerce algum tipo de controle sobre o desempenho. Eventualmente alguns problemas que ocorrem nas filiais podem prejudicar o nome da empresa em termos mundiais. Nos últimos anos vimos isto ocorrer na Índia, Moldávia, Espanha e até mesmo no Brasil. Agora chegou o momento da África do Sul.
A KPMG, uma destas grandes empresas mundiais, era responsável pela auditoria das empresas da família Gupta. Recentemente descobriu-se que a atuação da filial da África do Sul não agiu de maneira muito adequada. A principal acusação foi obter e usar informação contra um alto funcionário do governo que não estava atuando conforme os interesse dos Gupta. Esta informação tinha sua origem na receita do governo do país africano.
Relevância - A empresa tomou algumas medidas para reduzir o impacto do escândalo: demitiu os executivos, optou por doar para entidades que combatem a corrupção o dinheiro que ganhou na auditoria dos Gupta e renovou sua fé nos princípios éticos. Isto parece que não foi suficiente: há uma ameaça de expulsão da empresa do país.
Notícia boa - Não. Mais um escândalo para a lista das Big Four. É bem verdade, como destacamos várias vezes neste blog, que o processo é injusto com a empresa de auditoria: geralmente é revelado o erro cometido pela empresa, mas não é notícia as situações onde o auditor foi responsável por evitar algum tipo de problema, que talvez seja a grande maioria dos casos.
Desdobramento - Depende da situação política do atual presidente do país. Se houver uma caça às bruxas, a KPMG poderá ser punida de forma mais severa. De qualquer forma, alguns clientes da auditoria na África do Sul já anunciaram que estão trocando de auditor.
Mas a semana só teve isto? Semana muito movimentada com dados sobre desemprego do setor contábil (a crise continua), a informação que a SEC foi hackeada e informações podem ter sido usadas para especular no mercado acionário, as divulgação das notas da pós-graduação no Brasil e os problemas da Toy R Us nos Estados Unidos e da Ricardo Eletro no Brasil.
Data: 2016 e 2017
Contextualização - As grandes empresas de auditoria geralmente possuem filiais em muitos países do mundo. Há uma certa independência nestas filiais, mas as técnicas usadas são aproximadamente as mesmas e a matriz exerce algum tipo de controle sobre o desempenho. Eventualmente alguns problemas que ocorrem nas filiais podem prejudicar o nome da empresa em termos mundiais. Nos últimos anos vimos isto ocorrer na Índia, Moldávia, Espanha e até mesmo no Brasil. Agora chegou o momento da África do Sul.
A KPMG, uma destas grandes empresas mundiais, era responsável pela auditoria das empresas da família Gupta. Recentemente descobriu-se que a atuação da filial da África do Sul não agiu de maneira muito adequada. A principal acusação foi obter e usar informação contra um alto funcionário do governo que não estava atuando conforme os interesse dos Gupta. Esta informação tinha sua origem na receita do governo do país africano.
Relevância - A empresa tomou algumas medidas para reduzir o impacto do escândalo: demitiu os executivos, optou por doar para entidades que combatem a corrupção o dinheiro que ganhou na auditoria dos Gupta e renovou sua fé nos princípios éticos. Isto parece que não foi suficiente: há uma ameaça de expulsão da empresa do país.
Notícia boa - Não. Mais um escândalo para a lista das Big Four. É bem verdade, como destacamos várias vezes neste blog, que o processo é injusto com a empresa de auditoria: geralmente é revelado o erro cometido pela empresa, mas não é notícia as situações onde o auditor foi responsável por evitar algum tipo de problema, que talvez seja a grande maioria dos casos.
Desdobramento - Depende da situação política do atual presidente do país. Se houver uma caça às bruxas, a KPMG poderá ser punida de forma mais severa. De qualquer forma, alguns clientes da auditoria na África do Sul já anunciaram que estão trocando de auditor.
Mas a semana só teve isto? Semana muito movimentada com dados sobre desemprego do setor contábil (a crise continua), a informação que a SEC foi hackeada e informações podem ter sido usadas para especular no mercado acionário, as divulgação das notas da pós-graduação no Brasil e os problemas da Toy R Us nos Estados Unidos e da Ricardo Eletro no Brasil.
Auditoria e inteligência artificial
O Financial Times publicou um texto interessante a respeito de inteligência artificial (AI) no processo de auditoria. Entre as tarefas mais ingratas realizadas por trainees está checar meticulosamente o inventário no estabelecimento comercial do cliente. Mas lidar com trabalhos mundanos está fadado a se sofisticar, à medida que as auditorias testam drones especializados, utilizando a inteligência artificial e o reconhecimento de imagens para analisar informação e enviá-la à sede.
A nova tecnologia é parte de uma nova era de ferramentas digitais que as maiores empresas de contabilidade do Reino Unido estão explorando, enquanto buscam automatizar parte do processo de auditoria.
Uma tecnologia mais aprimorada pode melhorar a qualidade de um trabalho de auditoria ao realizar tarefas de forma mais rápida e, potencialmente, mais acurada que um humano poderia. Também possibilita a avaliação de uma grande quantidade de dados e gera novos tipos de insights.
As Big 4 estão aumentando o investimento nesta área enquanto procuram defender a sua participação no mercado. Acrescente-se a isso o fato de os reguladores assumirem uma postura cada vez mais rigorosa em relação a falhas na profissão.
A nova tecnologia é parte de uma nova era de ferramentas digitais que as maiores empresas de contabilidade do Reino Unido estão explorando, enquanto buscam automatizar parte do processo de auditoria.
Uma tecnologia mais aprimorada pode melhorar a qualidade de um trabalho de auditoria ao realizar tarefas de forma mais rápida e, potencialmente, mais acurada que um humano poderia. Também possibilita a avaliação de uma grande quantidade de dados e gera novos tipos de insights.
As Big 4 estão aumentando o investimento nesta área enquanto procuram defender a sua participação no mercado. Acrescente-se a isso o fato de os reguladores assumirem uma postura cada vez mais rigorosa em relação a falhas na profissão.
Neste mês o Financial Reporting Council (FRC), órgão regulador do Reino Unido,aplicou à PwC uma multa de £5.1m , a maior pena já aplicada, por extensiva má conduta na auditoria da RSM Tenon, a sétima maior empresa de contabilidade do mundo. Também neste ano o FRC começou a investigar a auditoria de empresas britânicas, incluindo Rolls-Royce (KPMG), BT (PwC) e Mitie (Deloitte).
Os auditores argumentam que podem aproveitar o poder da mineração de dados da AI para ajudar a evitar novas falhas. Automatizar algumas tarefas pode liberar os empregados para que foquem onde o julgamento humano é necessário.
A EY afirmou estar gastando milhões anualmente para aumentar suas capacidades digitais em auditoria e lançará, este ano, uma ferramenta de AI que ajudará os clientes a analisarem e classificarem todos os contratos de arrendamento. A KPMG planeja implantar iminentemente um sistema que poderá avaliar informações de crédito relacionadas a bancos, incluindo dados "não estruturados" das mídias sociais, por exemplo. Em vez de amostragem de dados, como tem sido a prática, os auditores pretendem usar o aprendizado da máquina para analisar populações inteiras de dados para destacar aparentes anomalias.
Claro que é necessário levar em consideração o custo de todo esse investimento em tecnologia e a capacidade de adaptação ao sistema para criação de novos tipos de fraudes. Ademais, críticos alertam que essa moda envolvendo a potencial revolução do mundo da auditoria por inteligência artificial pode estar sendo demasiadamente destacada.
Os auditores argumentam que podem aproveitar o poder da mineração de dados da AI para ajudar a evitar novas falhas. Automatizar algumas tarefas pode liberar os empregados para que foquem onde o julgamento humano é necessário.
A EY afirmou estar gastando milhões anualmente para aumentar suas capacidades digitais em auditoria e lançará, este ano, uma ferramenta de AI que ajudará os clientes a analisarem e classificarem todos os contratos de arrendamento. A KPMG planeja implantar iminentemente um sistema que poderá avaliar informações de crédito relacionadas a bancos, incluindo dados "não estruturados" das mídias sociais, por exemplo. Em vez de amostragem de dados, como tem sido a prática, os auditores pretendem usar o aprendizado da máquina para analisar populações inteiras de dados para destacar aparentes anomalias.
Claro que é necessário levar em consideração o custo de todo esse investimento em tecnologia e a capacidade de adaptação ao sistema para criação de novos tipos de fraudes. Ademais, críticos alertam que essa moda envolvendo a potencial revolução do mundo da auditoria por inteligência artificial pode estar sendo demasiadamente destacada.
Tudo que você e sua empresa precisam saber sobre a Reforma Trabalhista 2017
O assunto sobre as mudanças na CLT por meio da Reforma Trabalhista, tem deixado muitos profissionais preocupados, justamente porque esse é um assunto que influencia empresas e trabalhadores. Por isso, precisamos estar cientes e entender a proposta do Projeto de Lei 6787/2016.
A CLT, criada em 1943, vem passando por diversas alterações para acompanhar as novas formas de trabalho e relações entre empregado e empregador, mas sem dúvidas, a Reforma Trabalhista 2017 é a mais significativa até então. O conjunto de mudanças aprovado em Julho de 2017 é defendido pelo governo como uma prioridade para colocar as contas públicas em ordem, estimular a economia e criar empregos.
O que muda com a Nova Reforma Trabalhista? + Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF
Ok, mas o que realmente muda com a Nova Reforma Trabalhista na prática? Vamos então analisar os 12 pontos mais polêmicos na Reforma da CLT:
● Prevalência do Negociado sobre o Legislado:
○ Antes: a CLT prevalecia os acordos firmados no Sindicato entre empregado e empregador. Isso quer dizer que, os acordos coletivos de trabalho não poderiam alterar algum critério estipulado na CLT;
○ Depois: o que for negociado com o Sindicato passará a prevalecer a CLT. Ou seja, a nova legislação dá mais força para as convenções coletivas, que são os acordos feitos entre sindicatos de trabalhadores e empregadores.
● Férias:
○ Antes: as férias poderiam ser fracionadas no máximo em 2 vezes, sendo 10+20 ou 15+15, mas era preferencialmente 30 dias corridos;
○ Depois: as férias poderão ser fracionadas em até três períodos, contanto que um dos períodos não seja inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias cada um.
● Remuneração:
○ Antes: a Justiça do Trabalho considerava os prêmios concedidos pelo empregador, como viagens e gratificações, por exemplo, como parte do salário. Incidindo sobre o valor, encargos previdenciários e trabalhistas. O empregador precisava pagar um salário mínimo ou o teto da categoria;
○ Depois: o piso e o salário mínimo deixam de ser obrigatórios, ou seja, para cargos como vendas, a empresa pode (acordado com o sindicato) pagar apenas por produtividade. Remunerações habituais como auxílio alimentação, bônus e prêmios, não incorporam a base salarial e não incidem em qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
● Jornada de Trabalho:
○ Antes: jornada limite de até 8 horas diárias ou 44 horas semanais e 220 horas mensais;
○ Depois: possibilita acordos individuais de 12 horas diárias, desde que haja descanso ininterrupto de 36 horas, respeitando o limite de 44 horas semanais e 220 horas mensais.
● Banco de horas:
○ Antes: banco de horas só poderia ser compensado se pactuado em convenção coletiva;
○ Depois: poderá ser pactuado com acordo individual, banco de horas com compensação em até 6 meses.
● Trabalho Intermitente:
○ Antes: essa modalidade não existia anteriormente de forma legal;
○ Depois: trabalhador pode ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diárias.Tendo direitos preservados como de férias, FGTS, previdência e 13º salário.O funcionário deve ser convocado com antecedência de três dias para o serviço – e pode recusar.
● Home Office:
○ Antes: essa modalidade não existia anteriormente de forma legal;
○ Depois: essa medida possibilita que muitos profissionais trabalham em casa de forma regulamentada.
● Acerto informal:
○ Antes: sabe aquele pedido para ser mandado embora, fazendo um acordo informal com a empresa, no qual o colaborador nesse “acordo” devolvia a multa sobre o FGTS?
○ Depois: para evitar essa situação, o empregado e o empregador, em comum acordo, podem extinguir o acordo de trabalho. Nesse caso, o empregado tem direito a 80% do saldo do FGTS, mas não receberá o seguro-desemprego. Já o empregador pagará só metade do aviso prévio e metade da multa sobre o saldo do FGTS.
● Imposto sindical:
○ Antes: imposto sindical obrigatório pago uma vez ao ano, equivalente a um dia de trabalho;
○ Depois: contribuição passa a ser facultativa, o empregado que decide se quer contribuir ou não com seu sindicato.
● Pausa para almoços:
○ Antes: duração de no mínimo 1 hora;
○ Depois: pausa de no mínimo de 30 min desde que formalizada em acordo individual ou convenção coletiva. O tempo “economizado” no intervalo será descontado no final da jornada de trabalho, permitindo que o trabalhador deixe o serviço mais cedo.
● Serviço efetivo:
○ Antes: sabe aquele dia que por motivos climáticos você foi obrigado a ficar dentro da empresa depois do horário de trabalho? Ou que você ficou estudando? Isso poderia ser considerado como horas extras.
○ Depois: agora o período que exceder a jornada de trabalho, mas que o trabalhador decida passar dentro da empresa para realizar atividades particulares, como práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de relacionamento social, higiene pessoal, não são mais consideradas horas extras.
● Horas in itinere:
○ Antes: as horas de deslocamento de um funcionário que utiliza transporte fretado pelo empresa poderiam ser incorporado à jornada de trabalho;
○ Depois: agora essas horas não são consideradas como parte da jornada de trabalho.
Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF
Para deixar mais simples de entender e também para que você possa ter isto a mão para acessar quando precisar, preparamos um Quadro Comparativo para mostrar como funcionava antes e como será a partir de Novembro de 2017 as 12 principais leis, informando os impactos para a empresa e para os funcionários. Para baixar o material na íntegra gratuitamente, basta clicar no link: Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF.
Essas mudanças atingem tanto o departamento de Recursos Humanos quanto o departamento Financeiro, no qual é responsável pela análise do impacto no Fluxo de Caixa e também no Orçamento Empresarial, que provavelmente precisará ser revisto para contemplar as mudanças originadas pela Reforma Trabalhista. Justamente por isso, se faz importante executar e acompanhar o Orçamento com Gastos com Pessoal, sempre bem de perto e de forma contínua, identificando qualquer desvio a tempo de ser corrigido sem maiores estragos.
Esperamos que você tenha passado a entender melhor as mudanças que estão ocorrendo na CLT e que esse texto ajude a sua empresa e se preparar para essas alterações. Lembrando que apresentamos aqui apenas as 12 principais mudanças, mas o Projeto de Lei 6787/2016 contempla mais de 120 alterações. Fique a vontade em compartilhar conosco sua opinião sobre o assunto e comentar como sua empresa está se preparando para executá-las. Ah, não e não se esqueça de compartilhar o material com seus colegas!
Sobre o autor
Este artigo foi escrito pelo time da Treasy, especialmente para o blog da Contabilidade Financeira. O Treasy é a solução completa para Planejamento e Controladoria. Com ele é possível elaborar seu Orçamento Empresarial de forma colaborativa e confrontar os resultados mensalmente com o que foi planejado, identificando com facilidade onde estão os desvios e podendo realizar ajustes antes que sua empresa saia dos trilhos. Tudo isto 100% livre de planilhas!
Outras funcionalidades do Treasy englobam: Simulações e Cenários, Análises Gerenciais, Relatórios, Indicadores, e isso é só a ponta do iceberg. Além disso a equipe é super competente e pode ajudar sua empresa na implantação de uma política de Gestão Orçamentária.
A CLT, criada em 1943, vem passando por diversas alterações para acompanhar as novas formas de trabalho e relações entre empregado e empregador, mas sem dúvidas, a Reforma Trabalhista 2017 é a mais significativa até então. O conjunto de mudanças aprovado em Julho de 2017 é defendido pelo governo como uma prioridade para colocar as contas públicas em ordem, estimular a economia e criar empregos.
O que muda com a Nova Reforma Trabalhista? + Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF
Ok, mas o que realmente muda com a Nova Reforma Trabalhista na prática? Vamos então analisar os 12 pontos mais polêmicos na Reforma da CLT:
● Prevalência do Negociado sobre o Legislado:
○ Antes: a CLT prevalecia os acordos firmados no Sindicato entre empregado e empregador. Isso quer dizer que, os acordos coletivos de trabalho não poderiam alterar algum critério estipulado na CLT;
○ Depois: o que for negociado com o Sindicato passará a prevalecer a CLT. Ou seja, a nova legislação dá mais força para as convenções coletivas, que são os acordos feitos entre sindicatos de trabalhadores e empregadores.
● Férias:
○ Antes: as férias poderiam ser fracionadas no máximo em 2 vezes, sendo 10+20 ou 15+15, mas era preferencialmente 30 dias corridos;
○ Depois: as férias poderão ser fracionadas em até três períodos, contanto que um dos períodos não seja inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias cada um.
● Remuneração:
○ Antes: a Justiça do Trabalho considerava os prêmios concedidos pelo empregador, como viagens e gratificações, por exemplo, como parte do salário. Incidindo sobre o valor, encargos previdenciários e trabalhistas. O empregador precisava pagar um salário mínimo ou o teto da categoria;
○ Depois: o piso e o salário mínimo deixam de ser obrigatórios, ou seja, para cargos como vendas, a empresa pode (acordado com o sindicato) pagar apenas por produtividade. Remunerações habituais como auxílio alimentação, bônus e prêmios, não incorporam a base salarial e não incidem em qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
● Jornada de Trabalho:
○ Antes: jornada limite de até 8 horas diárias ou 44 horas semanais e 220 horas mensais;
○ Depois: possibilita acordos individuais de 12 horas diárias, desde que haja descanso ininterrupto de 36 horas, respeitando o limite de 44 horas semanais e 220 horas mensais.
● Banco de horas:
○ Antes: banco de horas só poderia ser compensado se pactuado em convenção coletiva;
○ Depois: poderá ser pactuado com acordo individual, banco de horas com compensação em até 6 meses.
● Trabalho Intermitente:
○ Antes: essa modalidade não existia anteriormente de forma legal;
○ Depois: trabalhador pode ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diárias.Tendo direitos preservados como de férias, FGTS, previdência e 13º salário.O funcionário deve ser convocado com antecedência de três dias para o serviço – e pode recusar.
● Home Office:
○ Antes: essa modalidade não existia anteriormente de forma legal;
○ Depois: essa medida possibilita que muitos profissionais trabalham em casa de forma regulamentada.
● Acerto informal:
○ Antes: sabe aquele pedido para ser mandado embora, fazendo um acordo informal com a empresa, no qual o colaborador nesse “acordo” devolvia a multa sobre o FGTS?
○ Depois: para evitar essa situação, o empregado e o empregador, em comum acordo, podem extinguir o acordo de trabalho. Nesse caso, o empregado tem direito a 80% do saldo do FGTS, mas não receberá o seguro-desemprego. Já o empregador pagará só metade do aviso prévio e metade da multa sobre o saldo do FGTS.
● Imposto sindical:
○ Antes: imposto sindical obrigatório pago uma vez ao ano, equivalente a um dia de trabalho;
○ Depois: contribuição passa a ser facultativa, o empregado que decide se quer contribuir ou não com seu sindicato.
● Pausa para almoços:
○ Antes: duração de no mínimo 1 hora;
○ Depois: pausa de no mínimo de 30 min desde que formalizada em acordo individual ou convenção coletiva. O tempo “economizado” no intervalo será descontado no final da jornada de trabalho, permitindo que o trabalhador deixe o serviço mais cedo.
● Serviço efetivo:
○ Antes: sabe aquele dia que por motivos climáticos você foi obrigado a ficar dentro da empresa depois do horário de trabalho? Ou que você ficou estudando? Isso poderia ser considerado como horas extras.
○ Depois: agora o período que exceder a jornada de trabalho, mas que o trabalhador decida passar dentro da empresa para realizar atividades particulares, como práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de relacionamento social, higiene pessoal, não são mais consideradas horas extras.
● Horas in itinere:
○ Antes: as horas de deslocamento de um funcionário que utiliza transporte fretado pelo empresa poderiam ser incorporado à jornada de trabalho;
○ Depois: agora essas horas não são consideradas como parte da jornada de trabalho.
Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF
Para deixar mais simples de entender e também para que você possa ter isto a mão para acessar quando precisar, preparamos um Quadro Comparativo para mostrar como funcionava antes e como será a partir de Novembro de 2017 as 12 principais leis, informando os impactos para a empresa e para os funcionários. Para baixar o material na íntegra gratuitamente, basta clicar no link: Quadro Comparativo da Reforma Trabalhista 2017 em PDF.
Essas mudanças atingem tanto o departamento de Recursos Humanos quanto o departamento Financeiro, no qual é responsável pela análise do impacto no Fluxo de Caixa e também no Orçamento Empresarial, que provavelmente precisará ser revisto para contemplar as mudanças originadas pela Reforma Trabalhista. Justamente por isso, se faz importante executar e acompanhar o Orçamento com Gastos com Pessoal, sempre bem de perto e de forma contínua, identificando qualquer desvio a tempo de ser corrigido sem maiores estragos.
Esperamos que você tenha passado a entender melhor as mudanças que estão ocorrendo na CLT e que esse texto ajude a sua empresa e se preparar para essas alterações. Lembrando que apresentamos aqui apenas as 12 principais mudanças, mas o Projeto de Lei 6787/2016 contempla mais de 120 alterações. Fique a vontade em compartilhar conosco sua opinião sobre o assunto e comentar como sua empresa está se preparando para executá-las. Ah, não e não se esqueça de compartilhar o material com seus colegas!
Sobre o autor
Este artigo foi escrito pelo time da Treasy, especialmente para o blog da Contabilidade Financeira. O Treasy é a solução completa para Planejamento e Controladoria. Com ele é possível elaborar seu Orçamento Empresarial de forma colaborativa e confrontar os resultados mensalmente com o que foi planejado, identificando com facilidade onde estão os desvios e podendo realizar ajustes antes que sua empresa saia dos trilhos. Tudo isto 100% livre de planilhas!
Outras funcionalidades do Treasy englobam: Simulações e Cenários, Análises Gerenciais, Relatórios, Indicadores, e isso é só a ponta do iceberg. Além disso a equipe é super competente e pode ajudar sua empresa na implantação de uma política de Gestão Orçamentária.
23 setembro 2017
Links
A adoção das IFRS não provocou no Brasil aumento do conteúdo informacional das demonstrações contábeis
Uso de vídeo no ensino de Teoria da Contabilidade
Pelé seria recordista do troféu Bola de Ouro
Miss Turquia perde o título por um tweet sobre menstruação e política
Processo de eliminar uma palavra do dicionário
Uso de vídeo no ensino de Teoria da Contabilidade
Pelé seria recordista do troféu Bola de Ouro
Miss Turquia perde o título por um tweet sobre menstruação e política
Processo de eliminar uma palavra do dicionário
Concentração da pesquisa científica
Uma possível resposta está aqui:
Boa governança que prioriza pesquisa, capacidade de atrair recursos públicos e privados, salários elevados, melhores instalações e contratação e promoção por meritocracia ajudam na concentração da melhor ciência nos Estados Unidos.
É interessante notar que a concentração também se encontra no próprio país. Somente algumas poucas instituições concentram os melhores pesquisadores. Em termos de qualidade, 50% da pesquisa é realizada nas Top 10 dos Estados Unidos. Um pouco mais de 15% da pesquisa de qualidade é feita no resto do mundo. Quando se considera o local de nascimento, um aspecto interessante aparece: um pouco mais de 60% dos pesquisadores nasceram nos Estados Unidos. Agora compare este percentual com aquele da qualidade da pesquisa (85% nos EUA). A explicação da diferença está na atração dos melhores profissionais para as universidades daquele país. Enquanto 15% das pesquisas de qualidade é feita no resto do mundo, que inclui a Europa, 40% dos pesquisadores são do “resto” do mundo.
Arrisco a indicar outra hipótese: geralmente a pesquisa depende da existência de proximidade entre os pesquisadores. A discussão e o contato com diversos pesquisadores ajuda no crescimento da ciência. Ao atrair cientistas de qualidade, as universidades Top conseguem melhorar a qualidade. Um bom cientista numa universidade do resto do mundo fica isolado, sem ter com quem discutir. Esta vantagem, contudo, talvez esteja reduzindo com o passar do tempo. O desenvolvimento dos meios modernos de comunicação (skype, e-mail etc) permitem um maior contato mundial entre os pesquisadores. Facilita também o acesso a base de dados e as pesquisas mais avançadas.
Mas os motivos citados acima (boa governança, atração de recursos financeiros e humanos, melhores salários e instalações) ainda estão distantes nas universidades do resto do mundo.
Sorte na loteria
Uma investigação conduzida nos Estados Unidos sobre os ganhadores na loteria mostrou algo interessante. Usando dados dos ganhadores, PennLive encontrou um pequeno número de “sortudos”: 1700 jogadores que já ganharam mais de 50 vezes. Um cálculo estatístico, baseado nas regras do jogo naquele país, mostra que um jogador deveria gastar uma grande quantidade de dinheiro para ter o padrão destes jogadores.
Uma possível explicação é atividade criminosa. Em 2006 se descobriu que donos de pontos de venda no Canadá estavam roubando os bilhetes premiados dos clientes. No Brasil, em 1994, um deputado, João Alves de Almeida (fotografia), justificou sua fortuna: ganhou mais de 200 vezes na loteria esportiva.
Uma possível explicação para a existência de “sortudos” é o fato de que um ganhador tenta evitar que certas obrigações, com uma pensão em atraso, seja reduzida dos seus ganhos. O ganhador vende seu bilhete para outra pessoa com um desconto. O comprador usa este artifício para lavar dinheiro, como foi o caso do deputado brasileiro.
Uma possível explicação é atividade criminosa. Em 2006 se descobriu que donos de pontos de venda no Canadá estavam roubando os bilhetes premiados dos clientes. No Brasil, em 1994, um deputado, João Alves de Almeida (fotografia), justificou sua fortuna: ganhou mais de 200 vezes na loteria esportiva.
Uma possível explicação para a existência de “sortudos” é o fato de que um ganhador tenta evitar que certas obrigações, com uma pensão em atraso, seja reduzida dos seus ganhos. O ganhador vende seu bilhete para outra pessoa com um desconto. O comprador usa este artifício para lavar dinheiro, como foi o caso do deputado brasileiro.
Posição impossível
New Scientist resolveu usar o xadrez entre o Kim Jong Un e Trump. O problema é que a posição do desenho é impossível num jogo de xadrez (detalhe: a ausência das torres na posição inicial)
22 setembro 2017
Auditoria: o quarteto fantástico
Fonte: Aqui |
Há muitos anos atrás a Price Waterhouse anunciou que queria se fundir com a Cooper Brothers. Alguns consideraram uma má ideia, pois reduziria significativamente o número de empresas de contabilidade internacionais, que já era pequeno. As autoridades não tiveram poder ou interesse em vetar o acordo.
Alguns anos depois a Enron explodiu, levando a Arthur Andersen com ela. Passaram então a haver apenas quatro grandes empresas de auditoria internacionais.
Esse grupo de quatro empresas, também conhecido como Big Four (PwC, KPMG, Deloitte e EY), roda as principais atribuições entre si. As empresas são trazidas para investigar as falhas umas dos outras, já que não há alternativa realista. Essas empresas são tão grandes que atualmente nenhuma quantidade de fusões criaria uma quinta empresa internacional para competir com elas. Elas estão tão longe da concorrência que dificilmente as grandes empresas se arriscam a nomear alguém fora do “quarteto fantástico”.
Nesta semana ficou claro que a KPMG não é fantástica. Ela deu à HBOS um parecer favorável meses antes de o banco ter que ser resgatado e ter que sofrer uma investigação pelo regulador do mercado britânico, o Financial Reporting Council (FRC). Felizmente, o órgão concluiu que a auditoria da empresa em 2008 estava dentro dos padrões esperados. Infelizmente, essa conclusão foi tão fora do senso comum que tornou o FRC motivo de piada.
A KPMG também foi a auditora dos interesses da família Gupta, na África do Sul. Alguns executivos já foram demitidos, mas se a KPMG fose uma empresa incorporada e listada, a combinação de duas grandes falhas como essas seria o suficiente para afetar os altos executivos e, talvez, ameaçar a sobrevivência da entidade.
As auditorias não são assim, mais parecendo franquias operando em cada país. A publicação das suas demonstrações financeiras sempre parece ser muito aquém da divulgação que a lei exige para os seus clientes e a sua compartimentalização quase à vácuo é o suficiente para suportarem até mesmo desastres tão grandes quanto aos que têm ocorrido.
No fim das contas, como a KPMG, PwC, Deloitte e EY poderiam dizer, elas são muito poucas para quebrarem.
No fim das contas, como a KPMG, PwC, Deloitte e EY poderiam dizer, elas são muito poucas para quebrarem.
Previsão do Nobel
Colin F. Camerer (Caltech) e George F. Loewenstein (Carnegie Mellon) - pesquisa em economia comportamental e neuroeconomia
Robert E. Hall (Stanford) - produtividade, recessão e desemprego
Michael C. Jensen (Harvard), Stewart C. Myers (MIT, fotografia) e Raghuram G. Rajan (Chicago) - finanças
Outras previsões aqui
Robert E. Hall (Stanford) - produtividade, recessão e desemprego
Michael C. Jensen (Harvard), Stewart C. Myers (MIT, fotografia) e Raghuram G. Rajan (Chicago) - finanças
Outras previsões aqui
Links
A expansão da Google em celular
Existe relação estatística entre liberdade de imprensa e crescimento econômico
Companhias aéreas geram cada vez mais "outras" receitas
A crise na Máquina de Vendas (leia-se Ricardo Eletro)
Wikipedia influencia nas pesquisas científicas
Uber está lançando serviço de ônibus no Egito
Na África do Sul, nem lobista quer a KPMG
Existe relação estatística entre liberdade de imprensa e crescimento econômico
Companhias aéreas geram cada vez mais "outras" receitas
A crise na Máquina de Vendas (leia-se Ricardo Eletro)
Wikipedia influencia nas pesquisas científicas
Uber está lançando serviço de ônibus no Egito
Na África do Sul, nem lobista quer a KPMG
Contabilidade no Esporte
Se você acha que a contabilidade dos clubes de futebol no Brasil é uma bagunça veja o que foi escrito sobre o basquete profissional nos Estados Unidos:
Apesar de uma inundação de dinheiro da televisão nacional, 14 das 30 equipes da NBA perderam dinheiro na temporada passada
Entretanto, parece que os jogadores desconfiam da contabilidade dos clubes:
as equipes usam técnicas contábeis para torná-las menos lucrativas do que realmente são
Apesar de uma inundação de dinheiro da televisão nacional, 14 das 30 equipes da NBA perderam dinheiro na temporada passada
Entretanto, parece que os jogadores desconfiam da contabilidade dos clubes:
as equipes usam técnicas contábeis para torná-las menos lucrativas do que realmente são
Frase
Os executivos da KPMG não estabeleceram nenhuma referência para a probidade, como afirmam alguns - eles simplesmente agiram quando foram pegos.
(David Everatt)
A KPMG está sendo acusada de atuar dentro do Serviço de Receita da África do Sul para obter informações contra os “inimigos’ da família Gupta. Agora a empresa demitiu alguns funcionários e fez doação dos honorários recebidos das empresas da família Gupta. E confirmou que atuou dentro da Receita.
(David Everatt)
A KPMG está sendo acusada de atuar dentro do Serviço de Receita da África do Sul para obter informações contra os “inimigos’ da família Gupta. Agora a empresa demitiu alguns funcionários e fez doação dos honorários recebidos das empresas da família Gupta. E confirmou que atuou dentro da Receita.
Desemprego continua aumentando no Setor Contábil
Ontem o Ministério do Trabalho disponibilizou os dados de agosto do Caged com informações sobre o emprego formal. Como tem sido praxe, este blog compilou os dados do setor contábil para verificar o comportamento do setor neste quesito. E como tem acontecido nos últimos meses, o número dos demitidos superou o número dos admitidos: de janeiro de 2015 até agosto de 2017, somente em três meses o sinal foi positivo. E o resultado do mês foi o segundo pior do ano, com uma diferença de 1266 postos de trabalho a menos. E tendo por base os dados dos anos anteriores, este quadro talvez mude somente em outubro.
Em termos acumulados, de janeiro de 2014 até o último mês, foram reduzidas quase 38 mil vagas. Os dados são ruins mesmo. Enquanto a economia como um todo já encontra-se no quinto mês seguido de recuperação, agosto representou o sétimo mês seguido onde as demissões foram maiores que as admissões. No gráfico a seguir fizemos uma comparação entre o setor contábil e a economia. A linha azul mostra que a relação entre admissão e demissão do setor contábil continua uma tendência decrescente. A linha vermelha é esta relação para o geral da economia, dividido por cem para permitir a comparação. É nítida que o mercado de trabalho formal no Brasil melhorou nos últimos meses, revertendo uma tendência de queda.
Como tem acontecido, o salário médio dos demitidos é superior ao dos admitidos. Mas a diferença é a menor do ano, podendo indicar que o processo de demissão para contratar com salário menor já não ocorre com tanta intensidade. Em agosto a diferença foi de 20,6%.
O tempo de emprego dos trabalhadores demitidos no setor foi de quase 38 meses (versus 25 na economia), o segundo maior número da série, mas menor que o recorde do mês anterior. Tanto o fato da diferença salarial ter diminuído, quando a queda no tempo de emprego, são notícias boas, que podem sinalizar uma reversão futura no mercado de trabalho.
A análise por gênero, instrução e tipo de ocupação permite detalhar onde o problema do emprego é mais elevado: nas mulheres, pessoas com o ensino médio completo e nos escriturários. Para finalizar, 74% das demissões foram sem justa causa.
Em termos acumulados, de janeiro de 2014 até o último mês, foram reduzidas quase 38 mil vagas. Os dados são ruins mesmo. Enquanto a economia como um todo já encontra-se no quinto mês seguido de recuperação, agosto representou o sétimo mês seguido onde as demissões foram maiores que as admissões. No gráfico a seguir fizemos uma comparação entre o setor contábil e a economia. A linha azul mostra que a relação entre admissão e demissão do setor contábil continua uma tendência decrescente. A linha vermelha é esta relação para o geral da economia, dividido por cem para permitir a comparação. É nítida que o mercado de trabalho formal no Brasil melhorou nos últimos meses, revertendo uma tendência de queda.
Como tem acontecido, o salário médio dos demitidos é superior ao dos admitidos. Mas a diferença é a menor do ano, podendo indicar que o processo de demissão para contratar com salário menor já não ocorre com tanta intensidade. Em agosto a diferença foi de 20,6%.
O tempo de emprego dos trabalhadores demitidos no setor foi de quase 38 meses (versus 25 na economia), o segundo maior número da série, mas menor que o recorde do mês anterior. Tanto o fato da diferença salarial ter diminuído, quando a queda no tempo de emprego, são notícias boas, que podem sinalizar uma reversão futura no mercado de trabalho.
A análise por gênero, instrução e tipo de ocupação permite detalhar onde o problema do emprego é mais elevado: nas mulheres, pessoas com o ensino médio completo e nos escriturários. Para finalizar, 74% das demissões foram sem justa causa.
21 setembro 2017
Links
Ninguém quer os Jogos Olímpicos
Epitáfio de Erdos (e para entender, que tal ler sobre o número de Erdos)
Polêmica com BNDES prejudica a JBS
PwC está ajudando empresas iranianas
Hostilidade com a Coréia do Norte é bom para os negócios ... de armas
Eleição do Quênia pode ter sido hackeada
Se você acha que não existe criatividade no mundo, eis que surge a fraude da diarreia na Inglaterra
Briga do executivo da Riachuelo contra o MPT
Epitáfio de Erdos (e para entender, que tal ler sobre o número de Erdos)
Polêmica com BNDES prejudica a JBS
PwC está ajudando empresas iranianas
Hostilidade com a Coréia do Norte é bom para os negócios ... de armas
Eleição do Quênia pode ter sido hackeada
Se você acha que não existe criatividade no mundo, eis que surge a fraude da diarreia na Inglaterra
Briga do executivo da Riachuelo contra o MPT
Uber e corrupção na Ásia
A empresa Uber está iniciando um processo de colaboração com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Parece que a empresa efetuou alguns pagamentos inadequados na Indonésia, Malásia e outros países. Nesta lista pode está incluso a China, a Índia e a Coréia do Sul. O DOJ, como é conhecido do departamento, iniciou a investigação em agosto.
A investigação diz respeito ao Foreign Corrupt Practices Act que proíbe que empresas dos EUA paguem subornos em países estrangeiros. Um dos pagamento foi para uma entidade da Malásia antes do governo do país asiático aprovar leis favoráveis para a empresa.
A investigação diz respeito ao Foreign Corrupt Practices Act que proíbe que empresas dos EUA paguem subornos em países estrangeiros. Um dos pagamento foi para uma entidade da Malásia antes do governo do país asiático aprovar leis favoráveis para a empresa.
KPMG e o Zupta
Fonte do Cartoon: Aqui
A família Gupta é uma das mais ricas da África do Sul. De origem indiana, os Gupta chegaram no país africano em 1993 e possuem negócios em computadores, imprensa e mineração. Agora, a família está no centro de um escândalo que envolve o presidente da África do Sul, negócios estranhos e uma empresa de auditoria.
O presidente da África do Sul é Jacob Zuma desde 2009, quando foi eleito. A relação de Zuma com a família Gupta é tão próxima que ficou conhecida como Zupta, junção de Zuma e Gupta. A proximidade tem levantado suspeitas de negócios escusos, envolvendo a família e o governo da África do Sul. A esposa do presidente recebeu um cargo numa das empresas do grupo, assim como um dos filhos foi contratado como diretor, mesmo cargo ocupado pela filha do presidente.
A relação entre o presidente e a família provocou uma série de protestos na África do Sul. Recentemente, algumas empresas com negócios com a família decidiram abandonar as relações comerciais. Entre as empresas envolvidas encontra-se a KPMG, que há 15 anos tinha um laço comercial com os Guptas . Hoje, a big four está ameaçada de ser expulsa do país, depois de anos trabalhando para a família Gupta.
Como reação as ameaças, a KPMG começou um expurgo na filial da África do Sul, demitindo oito executivos. Durante anos, a empresa de auditoria deixou passar problemas na auditoria das empresas da família. Um dos casos foi relatado pelo Financial Times:
o escritório da África do Sul [da KPMG] permitiu que uma empresa de propriedade dos Gupta, a Linkway Trading, contabilizasse gastos com o casamento de um mebro da família em 2013 como uma despesa comercial.
Ainda segundo o Financial Times, o grupo ativista Save South Africa acusou a KPMG de ter desempenhado um papel na captura do Estado pela família.
Morre a mulher mais rica do mundo
Fonte: aqui |
De acordo com o ranking de bilionários globais da Forbes, ela estava no topo da lista como a mulher mais rica pelo segundo ano consecutivo em 2017, com uma riqueza estimada de US$ 39,5 bilhões.
A família Bettercourt é a maior acionária da L’Oreal, com 33,1% das ações, de acordo com dados da Thomson Reuters.
SEC hackeada
O regulador do maior mercado de capitais do mundo, a SEC, afirmou que hackers invadiram sua base de dados. Esta invasão ocorreu em 2016, mas parece que somente agora a SEC descobriu; a entidade também afirmou que talvez os invasores possam ter usado informações privilegiadas para fazer transações no mercado de ações.
A base de dados da SEC, conhecida como EDGAR, possui informações públicas e também informações que não são divulgadas. A SEC afirma que corrigiu o problema no ano passado, mas somente agora verificou que a ação dos hackers pode ter conduzido ao uso das informações nas negociações.
Segundo informou a Reuters, um relatório do Congresso afirmou que nem sempre a SEC criptografava as informações confidenciais.
A base de dados da SEC, conhecida como EDGAR, possui informações públicas e também informações que não são divulgadas. A SEC afirma que corrigiu o problema no ano passado, mas somente agora verificou que a ação dos hackers pode ter conduzido ao uso das informações nas negociações.
Segundo informou a Reuters, um relatório do Congresso afirmou que nem sempre a SEC criptografava as informações confidenciais.
Assinar:
Postagens (Atom)