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31 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #286

Nos últimos dez anos, a OECD não admitiu nenhum membro novo. Esta organização congrega os países mais ricos do mundo. No final de maio, um novo país foi admitido na OECD. Qual país é este?

Chile
China
Rússia

Resposta do Anterior: A frase foi dita por Mick Jagger, cantor de rock e economista, formado pela prestigiosa London School. Fonte: aqui

Links

Conta em nome do filho e a poupança

Acunputura e o efeito placebo

A influencia das pequenas decisões

A relação entre sexo e bebida não é proporcional e pode aumentar o risco

O que as Princesas da Disney (Branca de NEve, Cinderela, Ariel, ...) ensinam para as crianças: figura

Efeito da crise

Os recursos usados para fazer frente à crise financeira já superam 25% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) dos países mais avançados, segundo relatório confidencial obtido pelo jornal espanhol “El País”. O documento foi elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Comissão Europeia a pedido do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) e mostra que já foram reservados mais de US$9,6 trilhões para socorrer bancos, embora parte desse montante não tenha sido usada ainda.

(...) O impacto da crise no setor público se concentra praticamente nos países ricos do G-20 — como EUA, França, Alemanha e Reino Unido — que consumiram um total de US$9,5 trilhões, segundo o relatório. Entre os países emergentes do G-20, o dinheiro dos contribuintes consumido no Brasil até agora, por exemplo, foi de 1,3% do PIB, e na Rússia, de 9,6% do PIB, de acordo com o documento. Já países como Arábia Saudita e Turquia não gastaram um centavo para resgatar bancos.(...)


FMI: socorro a bancos já passa de US$9,6 tri
O Globo - 31/5/2010 - p. 18

BP sabia do risco

Documentos internos da BP mostram que existiam problemas sérios na plataforma Deepwater Horizon, que explodiu, e que preocupações com segurança eram um tema constante.

Além disso, a agência federal responsável por fiscalizar a empresa permitiu que ela utilizasse materiais que não tinham sido testados como deveriam.

Em junho de 2009, por exemplo, os engenheiros da empresa se diziam preocupados com o material metálico utilizado para revestir a estrutura no fundo do mar. Ele precisa ser resistente pois a pressão do local é muito alta.

Um deles, Mark Hafle, dizia, em relatório interno, que o material poderia não aguentar e se partir. "Certamente esse seria um cenário pessimista", escreveu. "De qualquer forma, eu já vi isso acontecer antes."

A BP, porém, foi em frente com o material, apesar de ele violar as políticas de segurança e engenharia que a empresa segue. Os relatórios não explicam, porém, o motivo da exceção.

Além disso, em pelo menos três ocasiões, os registros mostram que o "blowout preventer", a válvula do poço que deveria ter impedido o vazamento após a explosão, não funcionava bem.

Após informar isso ao Serviço de Administração Mineral dos EUA, que serve de agência reguladora da exploração de petróleo no país, a empresa pediu para adiar os testes obrigatórios com a válvula, que o governo americano exige que se faça a cada dois meses. Eles achavam que ela não ser aprovada.

Primeiro, o pedido foi rejeitado. Mas a BP insistiu e então se permitiu que o "blowout preventer" fosse testado a uma pressão 35% menor do que a utilizada normalmente. Ela, então, passou nos testes.

BP sabia que plataforma tinha problemas, dizem relatórios
Folha de São Paulo - 31/5/2010 - DO "NEW YORK TIMES"

Risco da Propaganda


A propaganda mostra o risco da propaganda. O texto é da empresa BP, de 1999. A BP é a empresa britânica responsável por aquele que pode ser o maior desastre ambiental dos EUA: o derramamento de petróleo no golfo do México. Profético.

Fonte: Aqui

Receita e Despesa

Uma empresa de telefone assina um contrato com um cliente, onde o mesmo ganha um celular de graça, desde que permaneça na empresa pelos próximos meses. Como reconhecer a receita que será gerada por este cliente?

No momento do contrato, a empresa incorre em despesas que serão recompensadas com um fluxo de caixa futuro. Para a teoria contábil, o reconhecimento da receita e da despesa seria ao longo do período de fidelidade do cliente.

Nos Estados Unidos esta questão não estava muito clara e, por este motivo, o Fasb decidiu lançar um FASB Accounting Standards Update (ASU) 2009-13. Veja mais detalhes aqui

30 maio 2010

Rir é o melhor remédio




Três propagandas criativas do Mc Donalds

Estado na Economia

O jornal O Globo traz reportagem sobre a participação do governo nas empresas privadas. Esta participação inclui hotéis, centros de convenções, indústrias de bebidas, bancos, cooperativas agrícolas e até fábrica de lingerie, já fechada (Tentáculos do Governo, Gustavo Paul, 30/5/2010, p. 29). Na soma, são 330 empresas, segundo a ONG Contas Abertas, somando R$180,881 bilhões, além de R$4,9 bilhões que podem ser integralizados. Segundo a mesma fonte, este valor cresceu 50,9% desde 2005.

Uma parcela dessas participações deve-se ao confisco em 1942 dos bens dos “súditos do eixo”, cidadãos alemães, italianos e japoneses, a quem o Brasil declarou guerra. Quando foram anistiados, em 1950, uma parte dessas ações nunca chegou a ser reclamada. Nas décadas seguintes, por força de lei, foram incorporadas pela União e não podem mais ser retomadas.


Uma conseqüência deste fato é o aumento das participações societárias (Ação em alta e injeção de recursos, O Globo, 30 de maio de 2010, p. 29). Em 2005 eram 119 bilhões de reais; agora, R$180 bilhões (dados da ONG Contas Abertas). Quanto a este valor, existem divergências metodológicas:

A contabilidade do Tesouro sobre suas participações difere do método do Contas Abertas. Enquanto este, via Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Ministério da Fazenda, considera o valor de mercado das ações, o governo adota o valor do capital social das suas ações depositadas. Por isso, registra a participação na Petrobras em R$25,3 bilhões, em dezembro de 2009. Paiva também questiona a informação de que o governo teria recursos a integralizar em empresas privadas. Para ele, a denominação usada pelo Contas Abertas está tecnicamente equivocada e o Tesouro só tem alocado recursos em empresas públicas.


O jornal ouviu a opinião de analistas sobre esta participação (Tesouro afirma que dividendos cobrem despesas, O Globo, 30/5/2010, p. 30, Gustavo Paul).

Segundo eles [os analistas], o ideal seria se desfazer desses ativos, para poupar a máquina pública. Em contrapartida, a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, alega que não há praticamente custo algum em deter esse patrimônio, que acaba revertendo dividendos para os cofres públicos. (...)

Para o economista Gil Castelo Branco, coordenador da ONG Contas Abertas, surpreende a pouca informação existente sobre tantas participações. Ele argumenta que o ideal seria a União dar mais transparência a esses ativos, para melhorar o controle e até facilitar sua negociação:

— São quase sociedades ocultas, que têm registro contábil, mas a maioria dos órgãos não sabe explicar como chegaram ali e por que permanecem.

Fazer uma faxina nessas participações seria uma forma de evitar o desperdício de recursos públicos. É o que diz o economista Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios. Para ele, não é função do Estado ter participações acionárias de empresas privadas:

(...) O professor José Matias Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), especialista em contas públicas, afirma que a posse de participações acionárias é resquício dos anos 1960, quando o Estado brasileiro representava mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos). Nos anos 1990, com as privatizações, o governo federal se livrou de boa parte dessas participações.

Para ele, o risco é haver uma volta ao passado, cuja conta cairá no colo do contribuinte:

— O governo atual sempre quis fortalecer a presença do Estado na economia. Mas o dinheiro injetado nas empresas vem dos impostos. O Estado não gera riquezas.

Futebol

Os clubes de futebol do Brasil já não dependem tanto da venda de jogadores para faturar e têm diversificado suas fontes de receitas, que estão em ascensão. Só que continuam gastando demais.

Essas são algumas conclusões tiradas de um estudo feito pela consultoria Crowe Horwath RCS, que também projetou a evolução do mercado da bola para os próximos sete anos, a começar por 2010, que deverá movimentar mais de R$ 2,1 bilhões.

Parece muito? Para se ter uma ideia, os 20 times da Premier League, a badalada divisão de elite inglesa, geraram cerca de R$ 5,3 bilhões só na temporada 2008-09.

"Estamos muito longe do ideal", afirma Amir Somoggi, diretor da Esporte Total da consultoria, que prevê para 2014, ano de Copa do Mundo no país, um faturamento na ordem dos R$ 3 bilhões.

O estudo mostra que em 2003, ano da introdução dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, 26% das receitas das equipes vinha da transferência de atletas. O ápice aconteceu em 2007 (37%) até despencar para 19% no ano passado.

Outras fontes, como bilheterias (de 7% para 13%) e patrocínio e publicidade (9% para 14%) vêm ajudando os times a reduzir a dependência do mercado externo.

Já os rankings dos mais ricos e endividados foram feitos com base nos balanços que os clubes publicam no "Diário Oficial" dos Estados.


Quanto vale o futebol brasileiro - Folha de São Paulo - 30/5/2010 - RENAN CACIOLI

29 maio 2010

Rir é o melhor remédio



Maradona, Aspirador. Veja também esta notícia.

Transbrasil


Uma reportagem da Isto É Dinheiro (Falência Turbinada, Hugo Cilo) informa que o Tribunal de Justiça de São Paulo fez felizes os antigos donos da Transbrasil. O Tribunal considerou que uma dívida de US$22,5 milhões, cobrada pela GE, eram indevidos.

Estranho, muito estranho. Além da devolução do valor em dobra da quantia cobrada, o tribunal decidiu cobrar uma indenização referente ao lucro cessante. Segundo o texto, o valor da indenização é de US$190 milhões. Estranho, muito estranho.

Prossegue o texto:

Às vésperas da falência, quando a empresa aérea ensaiava uma fusão com a americana Continental, a Merrill Lynch calculou em US$ 250 milhões o preço da Transbrasil – quantia que, segundo a consultoria Economática, em valores atuais seria de US$ 1,047 bilhão.

Vamos verificar este valor. Entre 2001, data da falência, e 2010 são nove anos. Como não sabemos como foi feita a correção, vamos obter a taxa anual usada. Para isto basta dividir o valor corrigido atual, de US$1,047 bilhão, pelo valor da empresa na época, US$250 milhões. Do resultado, para encontrar a taxa anual, é necessário extrair a raiz nove. Fazendo os cálculos, encontramos 17,25% ao ano. Se pesquisarmos no Wolfram Alpha, a inflação média dos Estados Unidos no período foi de 2,473% ao ano. Ou seja, o valor corrigido pela Economática está muito acima do razoável. Usando a taxa de inflação dos Estados Unidos, o valor final seria US$311 milhões.

O texto prossegue afirmando que quando a empresa faliu, administrava espaços nos aeroportos do país que valiam R$1,5 bilhão em direito de uso. Isto é questionável, já que os contratos talvez não possam ser considerados ativos (vide um exercício sobre isto no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, capítulo Ativo).

Outro aspecto interessante da questão é que o STJ, em 2009, tinha confirmado a falência da empresa.

Finalmente, cabe perguntar: para onde irá o dinheiro recebido da indenização? Será usado para pagar as dívidas trabalhistas e fiscais?

Foto: Carlos NAscimento

Gisele...


Quando criou o índice Gisele Bündchen de ações, em 2007, o economista e professor americano Fred Fuld queria medir o efeito da top model brasileira sobre as ações das empresas que a contratavam para promover suas marcas. O resultado, para quem é fã de Gisele, não poderia ser outro: o desempenho do indicador, que reúne companhias como Volkswagen, Polo Ralph Lauren e Vivo Participações, superou o do Dow Jones Industrial, principal termômetro da bolsa nos EUA.

De janeiro de 2007 a setembro de 2009 (última vez que foi medido), o Dow Jones caiu 23% e o índice da beldade perdeu somente 2%. (...)


Gisele é a Isca - Por Juliana Schincariol - Isto é Dinheiro. Foto: Fffound

28 maio 2010

Rir é o melhor remédio



Todo cuidado com as ações

Fonte: aqui

Links

Iasb começa a discutir impairment

Portal da Transparência com informações atualizadas diárias sobre a execução das receitas e despesas dos governos federal, estaduais e municipais

BMF & Bovespa recebem nota A1 e Aaa.br da Moody´s

Iasb e outros resultados abrangentes

Minuta do Fasb para instrumentos financeiros

Teste #285

As pessoas só ganharam dinheiro com gravações [de música] num período de tempo muito curto.

Houve um pequeno período, de 1970-1997, onde todos fizeram muito dinheiro. Mas agora esse período já passou.

Então, se você olhar para a história da música gravada a partir de 1900 para cá, houve um período de 25 anos, onde os artistas se saíram muito bem, mas no resto do tempo não.


Esta análise acurada da indústria da música foi feita por um economista muito famoso. Seu nome é:

Gary Becker
Mick Jagger
Paul Samuelson

Resposta do Anterior: 500 mil dólares. Fonte: Wall Street Journal

BP e o Golfo do México


A fotografia acima mostra um diretor da BP, empresa de petróleo responsável pelo vazamento de óleo no Golfo do México. Ele está explicando o que a empresa está fazendo para resolver o problema. No gráfico, a quantidade de petróleo recolhida pela empresa. Parece positivo, não é mesmo?

Mas Laura Conaway notou um ponto interessante. O gráfico apresenta o volume em termos cumulativos. É obvio que os valores terão uma tendência crescente no tempo. Seria uma tentativa de manipulação?

Custo da corrupção


Custo da corrupção no Brasil chega a R$ 69 bi por ano
por FinancialWeb - 14/05/2010

Renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual, segundo pesquisa da Fiesp

Além dos incalculáveis prejuízos sociais, conhecidos por todos os brasileiros, que a corrupção acarreta, os econômicos também são enormes, com a diferença de que podem ser minuciosamente medidos. De acordo com estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o custo médio anual da corrupção no País gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões. O montante é equivalente a 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

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No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do Brasil era de US$ 7.954. Contudo, a pesquisa constatou que se o País estivesse entre os menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184. Ou seja, um aumento de 15,5%, equivalente a 1,36% ao ano.

No ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional, que contempla 180 países, o Brasil está na 75ª colocação. Numa escala de zero a 10, sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7, ficando abaixo da média mundial de 4,03 pontos.

Prejuízos

Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada.

Educação: o número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.

Saúde: Nos hospitais públicos do Sistema único de Sáude (SUS), a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.

Habitação: o número de moradias populares cresceria consideravelmente. A perspectiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.

Saneamento: a quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.

Infraestrutura: os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%. Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%.


Encaminhado por Ronaldo Schimidt G. de Almeida
Foto Design you

Custo do vulcão

A erupção do vulcão islandês provocou prejuízos de 5 bilhões de dólares. Esta é a conclusão de um estudo divulgado num congresso de turismo ocorrido em Pequim (via Agencia Estado, Interrupção de vôos por vulcão islandês custa US$ 5 bi, Michelly Teixeira)

Entre os prejudicados, o estudo lista os passageiros, as empresas aéreas e os que dependem do comércio exterior. Um exemplo são os produtores de rosas, geralmente exportadas por avião. Neste caso, por ser um produto perecível, o custo corresponde ao produto que não foi vendido.

Basiléia 3

A revista The Economist da semana discute a questão do acordo de Basiléia. Este acordo, com o nome da cidade suíça, resulta da discussão dos bancos centrais dos principais países do mundo. O acordo da Basiléia representa uma tentativa dos bancos centrais de regular as instituições financeiras em termos mundiais.

O atual acordo é denominado de Basiléia 2. Os estudos para reformar o atual acordo devem ser concluídos no final do ano, e corresponderia ao Acordo da Basiléia 3.
E pelo que já se sabe as instituições financeiras não são favoráveis ao acordo. Algumas estimativas falam do aumento do custo dos empréstimos. (Bare-Knuckle in Basel, The Economist, 27 de maio de 2010).

A chegada do Basiléia 3 representa uma resposta a crise financeira. É sempre bom lembrar que o nascimento da SEC, a CVM dos EUA, ocorreu após a crise de 1929. E que a SEC foi um dos primeiros órgãos preocupados com o mercado e seus usuários, o que inclui as informações contábeis.


Fonte da foto aqui


Outras propostas de reforma incluem impostos sobre transações financeiras e mudanças na contabilização dos empréstimos, usando o valor justo.

Algumas previsões destas mudanças já aparecem. Analistas do Credit Suisse, uma instituição financeira, estima que os resultados dos bancos europeus daqui a dois anos podem cair 37% (The Banks battle back, 27 de maio de 2010). Se isto tornar-se real, as reformas podem enfrentar o poderoso lobby dos banqueiros.

Variação da Receita e Risco

O analista Saj Karsan chama a atenção (Understanding Risk on the Revenue Side: Wal-Mart vs. Apple) para a importância da receita estável na avaliação do risco de uma empresa.

1) As empresas que são influenciadas por ciclos econômicos podem apresentar maior risco. Imagine se ocorrer uma recessão prolongada; seus os efeitos serão piores nestas empresas.

2) As empresas que conseguem proteger-se da competição possuem receitas mais estáveis. Neste caso, receitas seriam sintomas desta vantagem. Isto inclui situações onde a empresa não depende de um produto.

3) Provavelmente receitas estáveis representam uma capacidade de manutenção de criatividade.

Karsan faz uma comparação entre a Apple e a Wal-Mart. A estabilidade da receita da Wal-Mart seria uma garantia de menor risco. Para Karsan, o desempenho futuro da Apple depende de inovação constante.

Saúde financeira nos clubes


O Comitê Executivo da União de Associações Europeias de Futebol (Uefa) adotou nesta quinta-feira o 'jogo limpo' financeiro, que prevê o impedimento de clubes sem equilíbrio em suas contas e cujas sanções devem entrar em vigor a partir de 2014, informou seu secretário-geral, Gianni Infantino.

(...) O 'jogo limpo' estipula que, para participar das competições europeias de futebol, os clubes não poderão gastar mais dinheiro do que arrecadam, para evitar a chamada "vitória dos gastos", quando os clubes se endividam para formar grandes equipes.


Uefa adota 'jogo limpo' nas finanças dos clubes - Isto é Dinheiro

Alguns clubes estavam fazendo inversões elevadas, sem ter o devido suporte de médio e longo prazo. Isto aquecia o mercado de salários, com efeitos perversos sobre os outros clubes. O termo "jogo limpo" diz respeito ao investimento sem ter condições no médio e curto prazo.

Foto: Design you

27 maio 2010

Rir é o melhor remédio

"Às vezes, quando se está furioso com alguém, sentar e pensar sobre o problema pode ajudar bastante!"



(Grato, Alexandre Alcântara)

Links

CIA e o plano do vídeo falso de Bin Laden e Hussein

Intensidade turística (baseado nas fotos do Panoramio)

Mitos da comunicação visual

Faça um cartoon de você mesmo (software)

Transforme uma fotografia num desenho de lápis (software)

Humor: os 123 passos para publicar um artigo num periódico

Custo de Oportunidade da Espera

No teste de ontem, foi apresentado o caso de um posto de gasolina que vendeu o produto por R$1,59, versus um preço normal de R$2,64. O comportamento dos consumidores provocou uma fila enorme. Muitas pessoas levaram muitas horas (quatro ou mais) para abastecer.

Um comentário ao teste levantou três questões sobre o preço praticado:

Quem irá recolher os impostos?
A gasolina tem a mesma qualidade?
Qual o custo de quatro, cinco ou nove horas de espera?


Admite-se que os impostos sejam recolhidos pelo posto. Sobre a segunda questão, diante do intenso impacto da promoção, a venda de gasolina de baixa qualidade poderia provocar um efeito contrário intenso.

O terceiro aspecto talvez seja o mais importante. Admitindo um tanque de 40 litros, a diferença de preço por litro é de R$1,05. Isto corresponde a uma economia de 42 reais. Supondo cinco horas de espera na fila, o custo de oportunidade seria de R$8,40 por hora.

Só podemos dizer que vale a pena em cada caso individual. Para algumas pessoas, provavelmente não é interessante. Um cálculo aproximado pode ser feito da seguinte forma:

Um trabalhador que recebe R$2.000 de remuneração e trabalha 180 horas por mês terá uma remuneração de R$11,11 por hora. Neste caso, talvez a espera não seja adequada.
(Mas observe que estamos supondo que esta pessoa passaria cinco horas do seu tempo somente numa fila de espera. Ele não faria nenhuma atividade produtiva neste período, o que pode ser irreal)

Dono da Parmalat condenado

O escândalo da Parmalat foi um dos mais famosos dos últimos anos. A empresa italiana, então com atuação no Brasil na área de laticínios, fraudou suas demonstrações contábeis. Agora a condenação do dono. Eis a notícia:

O Tribunal de Apelações de Milão confirmou nesta quarta-feira (26) a condenação a dez anos de prisão do ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, no processo de falência do grupo agroalimentar italiano, informou a agência de notícias Ansa.

A Corte, no entanto, não acatou o pedido do Ministério Público de uma pena mais alta, de 11 anos e um mês de prisão.

Acusado de especulação na bolsa, de dificultar a atividade dos órgãos de vigilância e de ser cúmplice de falsificações em relatórios, Calisto Tanzi, fundador e ex-dono do grupo, foi condenado no fim de 2008.

O advogado de Tanzi, Giampiero Biancolella, informou que seu cliente irá recorrer.

O tribunal ainda condenou Giovanni Bonici, ex-presidente da Parmalat da Venezuela, a dois anos e meio de prisão e Luciano Silingardi, antigo administrador independente do grupo, a três anos, mesmo com os dois tendo sido absolvidos em primeira instância.

Por outro lado, as absolvições de três antigos dirigentes do banco americano Bank of America e de dois administradores do grupo foram confirmadas, apesar de irem contra a solicitação do Ministério Público, que queria as condenações.

Tanzi deve ainda pagar € 100 milhões para ressarcir 32 mil investidores afetados pela falência da Parmalat.

O processo de Milão começou em 2005 e é o primeiro de uma longa série de problemas com a Parmalat.

O maior processo, relativo à falência, em número de prejuízos e penas aplicadas foi aberto em março de 2008 em Parma, cidade sede do grupo. Tanzi foi julgado por falência fraudulenta.

Referência da economia italiana, a Parmalat empregava, na época, 36 mil pessoas em 30 países, reunia diversas empresas e estava presente no futebol, com o clube Parma, e no turismo.

Sua falência em 2003 representou um dos escândalos financeiros mais graves da Europa e engoliu as economias de 135 mil investidores, deixando um buraco de cerca de € 14 bilhões
.


Ex-dono da Parmalat é condenado a 10 anos de prisão
Brasil Econômico - Por AFP - 26/05/10 14:39

Todas as notícias da Parmalat deste blog aqui

TCU e o trem-bala

Exigência do TCU pode atrasar trem-bala - O Globo - 26 de maio de 2010

Gustavo Paul

BRASÍLIA. Já atrasado em relação ao cronograma previsto pelo governo no início do ano, a licitação para construção do trem de alta velocidade (TAV) ligando o Rio a São Paulo esbarrou nas últimas semanas em uma polêmica entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e o governo. Os técnicos do tribunal só querem liberar o edital se o Ministério dos Transportes elaborar um projeto básico para a nova ferrovia, e o governo se recusa a fazê-lo. O argumento é que o Executivo estará contratando um serviço público e não uma obra pública.

Caso seja obrigado a entregar o projeto, a licitação poderá demorar mais um ano, avalia uma fonte ligada à licitação.

Para tentar chegar a um acordo, as conversas com o TCU têm se intensificado em vários níveis hierárquicos — ministros, secretários e técnicos do Executivo estão permanentemente em contato com o tribunal. O argumento oficial é que um projeto básico não faz sentido nesta fase do processo, pois a tecnologia vencedora é que decidirá o trajeto definitivo e as soluções técnicas para a obra.

Estão em disputa várias tecnologias diferentes para o trem — entre elas a alemã, a japonesa, a coreana, a francesa e, mais recentemente, a chinesa.

Para o governo, este é o último entrave a ser contornado para colocar a licitação na rua. Ao custo de R$ 34,6 bilhões, o trem de alta velocidade é a mais cara obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deveria ficar pronto até 2015, antes dos Jogos Olímpicos de 2016. A expectativa é que a pendência se resolva até o início de junho — o caso do TAV não está previsto na pauta do TCU de hoje.


(Enviado por Caio Tibúrcio)

Intangíveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem aumentado o peso dos chamados ativos intangíveis na avaliação de empresas que buscam financiamento. A experiência do banco na medição do potencial econômico de fatores que não aparecem nos balanços será apresentada a representantes de bancos de fomento e agentes econômicos de vários países que se reunirão na semana que vem em Paris em torno do tema.

O diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Eduardo Rath Fingerl, apresentará a metodologia do banco, desenvolvida em parceria com a Coppe/UFRJ, numa reunião do chamado Novo Grupo de Paris, que reúne líderes empresariais, governamentais e acadêmicos de 20 países.

Rath Fingerl integra a equipe que estuda formas e normas internacionais para agregar aos demonstrativos de empresas e aos sistemas de contas nacionais o valor de itens como inovação, capital intelectual, marca, reputação, sustentabilidade e uso de tecnologia em processos e gestão. Isso pode ampliar a capacidade das empresas de atrair investimentos e financiamentos.

“Cada vez mais, o que realmente gera valor nas companhias são os ativos intangíveis. É o que faz com que, entre duas empresas com mesmo parque industrial, uma tenha sucesso e a outra não”, define Rath Fingerl.

Como exemplo, cita a aposta da petroquímica Braskem no “plástico verde”. Apesar do preço 30% mais alto, a companhia já vendeu a produção inicial da fábrica de Triunfo (RS), que começa a operar em agosto produzindo resina plástica de cana-de-açúcar. O projeto foi apoiado pelo banco, que é sócio da companhia por meio da BNDESPar, comandada por Rath Fingerl.

“O maior ativo ali não são os equipamentos, mas a tecnologia e a pesquisa que deve fazer com que a empresa iguale o custo com um produto sustentável, que tem demanda crescente.”


BNDES tenta valorizar ativos intangíveis - Alexandre Rodrigues / RIO - Estado de São Paulo - 27 de maio de 2010

Ainda o Lehman

O Lehman Brothers Holdings iniciou ontem uma ação contra o JPMorgan Chase, acusando o segundo maior banco dos EUA de subtrair ilegalmente bilhões em ativos desesperadamente necessitados no período que culminou com sua histórica falência. Na ação, apresentada na Corte de Falências de Manhattan, o JPMorgan é acusado de usar o seu “acesso sem paralelo” aos detalhes dos problemas do Lehman para cobrar US$8,6 bilhões em garantias nos quatro dias anteriores ao colapso do banco, no dia 15 de setembro de 2008, inclusive US$1 bilhão no último dia de funcionamento do banco.

O JPMorgan foi o banco responsável pela “compensação” do Lehman, funcionando como um mediador das operações do banco com outras partes. O Lehman quer US$5 bilhões em indenização.

Segundo a ação, o JPMorgan sabia, graças ao acesso especial, que a viabilidade do Lehman se deteriorava rapidamente, e usou o “poder de sua posição” como mediador, ameaçando deixar o Lehman sem serviços de compensação a não ser que ele colocasse um volume excessivo em caução. Paro o Lehman, isso precipitou a falência.

“Com essa pistola financeira contra a cabeça do Lehman, o JPMorgan conseguiu extrair um acordo unilateral do Lehman da noite para o dia”, afirma a ação apresentada ontem. “Esses bilhões de dólares em caução por direito pertencem aos bens do Lehman e de seus credores.”

Já o Tesouro dos Estados Unidos anunciou ontem que vai vender mais 1,5 bilhão de ações do Citigroup. O governo dos EUA quer diminuir gradualmente sua participação de 27% na instituição financeira, assumida na crise financeira global.

Lehman processa JPMorgan por danos - O Globo - 27 de maio de 2010

Azar do futuro

A França anunciou ontem o aumento da idade mínima de aposentadoria, que era 60 anos. A Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, que são países ricos, estão elevando a idade mínima. O Brasil não tem esse piso; aqui aposenta-se contando o tempo de serviço. E na prática estará reduzindo a idade se não for vetado o fim do fator previdenciário.

Em apenas quatro anos a previsão do IBGE sobre os idosos de 2050 aumentou 20%. Parece longe 2050, mas em previdência é assim que se trabalha. Essa mudança da projeção mostra como é dinâmica a demografia brasileira. O Brasil está mudando mais rápido do que os especialistas previam. Isso torna a questão previdenciária mais aguda e urgente. (...)

Na Inglaterra, o Partido Conservador ganhou a eleição dizendo que elevaria a idade de aposentadoria e cortaria gastos. Mas o Brasil em plena temporada da demagogia prefere aprovar o fim do único instrumento que reduziu o ritmo de crescimento das despesas, poupando os cofres públicos de R$40 bilhões de gastos nos anos da vigência do fator previdenciário. E os políticos fazem isso pensando em capturar votos. Devem pensar assim: azar do futuro.


Azar do futuro - Miriam Leitão - O Globo (via Diário de Pernambuco) - 27/5/2010

Valor Justo para Bancos dos EUA

O Fasb, órgão normatizador da contabilidade nos Estados Unidos, está propondo uma discussão sobre a ampliação da adoção do valor justo para as instituições financeiras daquele país, informou o New York Times (Mark-to-Market in Proposed Accounting Standards Overhaul, 27/5/2010) e o Wall Street Journal ('Fair Value' Plan Could Cost Banks, Michael Rapoport, 27/5/2010).

O centro da discussão diz respeito a influencia sobre uma potencial crise financeira. As instituições financeiras já usam o valor justo em alguns títulos. A proposta é expandir para os empréstimos.

Para os bancos, isto poderia significar grandes perdas em momentos de dificuldades da economia. Por este motivo, a entidade que defende os interesses dos banqueiros, a American Bankers Association, é totalmente contra a mudança proposta e divulgou um comunicado sobre os efeitos das mudanças, informou o New York Times.

Já o Fasb acredita que a mudança poderá aumentar a confiança dos investidores, ao exigir o reconhecimento imediato das perdas.

Municípios e Transparência

Amanhã, todas as prefeituras de cidades com mais de cem mil habitantes deverão evidenciar as receitas e despesas na internet. A chamada "Lei de Transparência" foi assinada em maio de 2009 e estabeleceu um ano de prazo para que as pessoas tenham acesso as contas públicas.

Os estados e municípios devem publicar, por exemplo, o órgão responsável pela despesa, a pessoa física ou jurídica beneficiada, o serviço prestado, os contratos e, no caso de licitações, a descrição do trabalho realizado. Os municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes terão dois anos para publicar as informações, enquanto que as cidades com até 50 mil terão quatro anos de prazo.

Quem não cumprir prazo pode ficar sem recursos da União

Segundo o texto, qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato poderá denunciar ao Tribunal de Contas e Ministério Público o descumprimento da lei. Aqueles que não cumprirem os prazos podem deixar de receber recursos da União.

Conta pública tem que estar na internet - Diário Catarinense - 27/5/2010


Naturalmente que para justificar o atraso, algumas prefeituras reclamam da legislação:

A maior reclamação das prefeituras quanto à Lei Capibaribe está na indefinição de qual é o prazo limite para divulgar receitas e despesas após elas serem realizadas, uma vez que o texto da medida não especifica o que exatamente quer dizer publicação “em tempo real”.

Apesar de garantir que o município cumprirá o que diz a legislação, o secretário de Controle Interno de Maringá, Zanoni Luiz Fávero, afirmou que, para ele, tempo real corresponde ao balanço mensal dos gastos feitos pela prefeitura. “É o tempo suficiente para fechar o balancete de gastos e apresentar essas informações”, argumentou. Já o secretário da Fazenda de Foz do Iguaçu, Reginaldo Adriano da Silva, afirmou que o município irá computar as receitas e despesas a cada 15 dias, seguindo orientações do Tribunal de Contas do Estado.

Diante das cobranças de prefeitos de todo o país, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) deverá publicar hoje no Diário Oficial da União a regulamentação da lei. Pelo texto, o tempo real ficará definido como “o primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil”.

Apenas 4 prefeituras do PR já se adaptaram à Lei da Transparência - Gazeta do Povo - 27/5/2010

26 maio 2010

Teste #284

Durante o torneio de tênis de Roland Garros, o número dois do ranking, o espanhol Nadal, estava usando um relógio criado por Richar Mille. O relógio, de nome RM027, é feito de carbono, titânio e Lital, um composto de contém lítio, alumínio, cobre, magnésio e zircônio. Além disto, possui engrenagens para maior precisão na sua função. A produção foi limitada em 50 unidades. Pesa 20 gramas, que para um tenista é importante. Image, caso leitor, quanto deve custar este relógio, pela descrição acima? (Ou então, se você fosse rico como Nadal, quanto pagaria por este relógio?)

100 mil dólares
250 mil dólares
500 mil dólares

Resposta do Anterior: R$1,59. Fonte: aqui

Auditores e a Crise

Auditores entram na mira das autoridades europeias
Autor(es): Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres
Valor Econômico - 26/05/2010

Michel Barnier, o novo comissário de Mercado Interno da Comissão Europeia, recentemente colocou as firmas de auditoria em alerta vermelho no Reino Unido.

Os bancos, fundos hedge e agências de avaliação de crédito foram apontados como alguns dos responsáveis pelo desencadeamento da crise financeira, mas Barnier agora está "convencido" de que é a vez das firmas de auditoria serem colocadas sob o microscópio das autoridades reguladoras europeias. "Essa convicção é reforçada pelas dúvidas levantadas recentemente no contexto da auditoria do banco americano Lehman Brothers", disse.

Até a publicação do relatório do promotor público americano Anton Valukas sobre o colapso do Lehman, alguns auditores vinham dizendo que comparado às turbulências pós-Enron, os dois últimos anos foram uma "crise boa".

Mas desde a publicação do relatório de Valukas em março, que criticou os auditores do Lehman Brothers, a Ernst & Young, as atenções reguladoras e políticas sobre o setor de auditoria no Reino Unido e outros países se intensificaram. Os auditores agora enfrentam investigações da Comissão Europeia, do Comitê de Informações Financeiras britânico e da nova coalizão entre os conservadores e os liberais no Reino Unido. Uma investigação desencadeada por críticas do comitê legislativo do Tesouro do governo britânico anterior também está chegando ao fim.

Além disso, num caso não relacionado à crise financeira, mas que provavelmente vai intensificar as atenções sobre a profissão, o Joint Disciplinary Scheme do Reino Unido deverá apresentar em breve seu esperado veredito sobre uma das mais contenciosas e duradouras sagas empresariais já registradas no país: o colapso da Equitable Life uma década atrás e o papel desempenhado por seus auditores, mais uma vez a Ernst & Young.

Como resultado, executivos graduados dos quatro maiores grupos de contabilidade do mundo - PwC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young -, que juntos auditam mais de 90% das maiores empresas do mundo, dizem estar esperando uma atenção maior sobre suas atividades nos próximos meses do que em qualquer outro período desde os escândalos contábeis da Enron, WorldCom e Parmalat.

Jeremy Newman, presidente da BDO International, um dos seis maiores grupos de contabilidade do mundo, diz que esse "escrutínio renovado" também deverá reviver as discussões anteriores sobre o que os usuários podem esperar de uma auditoria e a chamada "lacuna de expectativa" que existe entre os auditores e muitos investidores. "Precisamos reconhecer que a natureza do negócio mudou. Ele está mais rápido, mais conectado e mais globalizado, e muito diferente da natureza que tinha no século passado, e sendo assim é correto perguntar se a auditoria vem acompanhando essa mudança. A resposta pode ser 'sim' ou 'não', mas é uma pergunta válida a ser feita."

A questão mais ampla a ser debatida hoje é parecida com a da era pós-Enron. Será que os auditores, assim como as agências de avaliação de crédito, sofrem de um potencial conflito de interesses pelo fato de serem pagos por aqueles que julgam, que podem lhes conceder outros trabalhos?

Essa questão foi levantada pelo relatório do examinador do Lehman Brothers, que revelou o agora infame truque contábil chamado Repo 105, que permitiu ao Lehman maquiar suas contas. A E&Y, que ganhou US$ 31 milhões do Lehman, nega qualquer irregularidade e parece ter seguido as normas contábeis dos Estados Unidos.

Com honorários desse porte disponíveis, políticos e autoridades reguladoras estão avaliando se esses auditores são tentados a partir para práticas que atendem as regras, mas podem apresentar um quadro enganoso sobre a saúde financeira de um cliente.

A falha da profissão em mostrar problemas no setor bancário vêm levantando dúvidas sobre qual é a real utilidade das auditorias, e se todo o parecer de auditoria não exigiria uma reorganização para ser mais prospectivo.

Os auditores respondem afirmando que fazem o que é exigido deles pelas leis que governam sua profissão e a discussão surgiu de um mal-entendido fundamental sobre o que uma auditoria envolve. Segundo afirmam eles, não se trata de uma previsão detalhada do futuro.

Michael Izz, executivo-chefe do Instituto dos Auditores Independentes da Inglaterra e País de Gales, diz: "Acho que há coisas que podemos fazer melhor. O valor da auditoria nos mercados de capitais modernos ainda é muito importante, mas se há algo que podemos discutir para tornar os serviços de auditoria mais úteis, então o diálogo precisa ser aberto".

Os contadores também estão cientes de que se ficar provado que o setor não está sendo eficiente, desta vez ele poderá enfrentar por uma regulamentação internacional ou pan-regional mais rígida, uma medida que a Comissão Europeia vê com bons olhos.

Especialistas não descartam isso, mas afirmam que o resultado mais provável é que nos auditores acabarão fornecendo mais informações aos investidores, em troca de algum relaxamento nas leis de responsabilidade.

Guy Jubb, da Standard Life Investment, que gerencia 138,7 bilhões em ativos, diz que se as forças do mercado não conseguirem uma mudança, "então o caso da intervenção reguladora para resolver o problema da estrutura do mercado de auditoria se tornará ainda mais premente".


Enviado por Caio Tibúrcio

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Links

De contabilidade:

Auditoria: garantia razoável

Localizando as demonstrações contábeis

Valor justo, Fasb, nível 2, nível 3

Os pequenos bancos, não os grandes, são mais arriscados

A fragilidade das Cajas da Espanha: a crise no sistema financeiro espanhol

Teste #283


Um posto de gasolina do Distrito Federal resolveu fazer uma campanha contra a elevada carga tributária na gasolina. Em geral o litro de gasolina no DF é de 2,64 reais, mas sem os impostos o preço ficou:

R$2,24
R$1,89
R$1,59

Resposta do Anterior: Wyclef Jean. Fonte: Making one key-stroke too many. The Economist

Fonte da Foto: Ffffound

Custo da Produtividade

A empresa Google, ao comemorar o 30o. aniversário do Pac-Man, colocou o jogo na sua página. Muitas pessoas rememoraram (ou conheceram) o jogo viciante. Uma estimativa feita nos Estados Unidos mostrou uma perda econômica de 120,4 milhões de dólares em razão da redução da produtividade.

No El Blog Salmon os seguintes comentários pertinentes sobre esta medida:

=> Parte da premissão que todos os usuários são produtivos no tempo que estão jogando o Pac-Man

=> Nem todos os trabalhadores possuem a mesma qualificação ou o mesmo custo por hora

Adicionaria um outro aspecto: em muitos trabalhos, uma pequena pausa, com uma distração, pode ser relevante para a produtividade. Isto ocorre principalmente nos trabalhos intelectuais. Assim, em lugar de prejudicar, o Pac-Man pode ter ajudado a aumentar a produtividade.

De qualquer forma, este é um exemplo interessante de como a questão da mensuração pode ser muito mais complexa do que parece.

Frase

Ao analisar o fato de que policiais de Nova Iorque estão se aposentando com salários superiores ao que recebiam na ativa, Edward Glaeser, economista de Harvard, em Transparency for the Public Sector (New York Times, 25 de maio de 2010), afirmou

Os políticos não são somente a favor de atrasar a remuneração; eles também são favoráveis a formas de remuneração que são particularmente muito difíceis das pessoas avaliarem. Governantes adoram ofuscação.

Imobilizado

Num artigo para o jornal Valor Econômico (A difícil tarefa de mensurar o ativo imobilizado), Paulo Cesar Silva apresenta alguns aspectos que pode tornar mais complexa a medição dos valores dos ativos imobilizado de uma empresa. Basicamente, Silva destaca dois aspectos: a questão da depreciação e a redução do valor dos ativos pelo valor recuperável.

Com respeito ao primeiro aspecto,

As diferenças entre os valores calculados [da depreciação] pelas taxas obtidas tecnicamente e aquelas admitidas pelas autoridades fiscais deverão ser ajustadas na apuração do lucro real.

Tenho dúvidas se na prática isto será relevante. Talvez somente em grandes empresas, para ativos de elevado valor, este processo seja realizado. Já no segundo aspecto, Silva considera

A norma prevê que anualmente, diante de indicadores de desvalorização, a entidade deve apurar o valor de realização por venda ou uso e comparar o maior destes valores com o valor contábil. Se o valor contábil for superior a provisão a ser reconhecida, tendo como contrapartida o resultado do exercício.


Aqui devemos levar em consideração que o processo de cálculo é razoavelmente complexo, o que poderá inibir que o teste de impairment seja realizado.

A seguir, Silva afirma que

No Brasil convivemos com uma inflação controlada, no entanto, não se pode ignorar que o efeito acumulado após alguns anos pode ainda ser significativo.

Ora, atualmente a inflação brasileira está realmente controlada. Então, os efeitos da inflação talvez seja uma história de um fantasma: alguns irão acreditar, mesmo sem uma base científica.

Adiante, um problema real: a eliminação da reavaliação de ativos.

Até o advento da Lei nº 11.638, de 2007, essas distorções eram minimizadas através da reavaliação de ativos. Todavia, o artigo 1º deste dispositivo legal deu nova redação ao artigo 182 da Lei nº 6.404, de 1976, eliminando a previsão legal para a constituição de reserva de reavaliação de ativos.


Em resumo, dos problemas apresentados, somente a questão da reavaliação talvez seja efetivamente um problema.

AICPA e Iasb

Sir David Tweedie, presidente do Iasb, dirigindo-se ao American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) (...) afirmou que a adoção de normas internacionais de contabilidade é um elemento-chave da agenda da reforma financeira global e os benefícios a longo prazo que proporciona usar um conjunto de normas contábeis com elevado nível de qualidade mais que compensam as dificuldades de curto prazo envolvidos na transição.

"O mundo tende a adotar um conjunto uniforme de normas contábeis, e esta é uma área muito importante para que os E.U.A fiquem de fora", disse Tweedie. "Depois de quase uma década de trabalho para melhorar a International Financial Reporting Standards (IFRS) e Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (GAAP), buscando a convergência dos dois sistemas, é hora de terminar o trabalho." (...)


Comunicado de prensa de Business Wire : American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) - 26 de maio de 2010 - Agence France Presse

O AICPA é a organização dos contadores do EUA, com mais de 360 mil membros.

Mapas que mudaram a história


A figura acima representa o mapa da URSS em 1921, logo após o levante comunista. Foi o mapa escolhido como aquele que mais mudou o mundo pelo Daily Mail (Ten of the greatest: maps that changed world). A surpresa da lista: em quinto lugar, Google Earth.

Custo de ter um automóvel


É bem verdade que os dados da figura acima são válidos para a realidade dos EUA. Mas alerta para um fato interessante: ter um automóvel significa custos além do combustível. Na figura, os custos mais relevantes são:

Depreciação = 37,49%
Combustível = 16,33%
Seguro = 15,78%
Financiamento = 12,60%

Custo Brasil

O estudo da associação avaliou apenas oito componentes do Custo Brasil, a saber: a relação da política monetária com o capital de giro; o preço de insumos básicos; impostos não recuperáveis na cadeia produtiva; encargos sociais e trabalhistas; logística; burocracia e custos de regulamentação; custos de investimento e custos de energia.


Reformas e Custo Brasil - Murillo de Aragão - Brasil Econômico - 25 de maio

Uma ausência relevante: a garantia os direitos de propriedade.

Petróleo e Estado

Poder estatal volta com força no petróleo
Ian Bremmer, Especial para o Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 25/05/2010

Qual é a maior empresa petrolífera do mundo? ExxonMobil? British Petroleum? Royal Dutch Shell? Na realidade, hoje as 13 maiores petrolíferas do planeta, de acordo com as reservas que elas controlam, pertencem e são operadas por governos. Saudi Aramco, Gazprom (Rússia), Corporação Nacional de Petróleo da China, National Iranian Oil Co., Petróleos de Venezuela, Petrobras e Petronas (Malásia) são maiores que a ExxonMobil, a maior entre as multinacionais. Coletivamente, as multinacionais de petróleo produzem apenas 10% das reservas de petróleo e gás natural. As estatais hoje controlam mais de 75% de toda a produção de petróleo.

O poder do Estado está de volta.

Com o fim da Guerra Fria, a crença de que os governos poderiam administrar áreas da economia e gerar prosperidade parecia morta. A China comunista vinha testando o capitalismo desde 1978. As burocracias marxistas da União Soviética e do Leste Europeu tinham se curvado ao peso de sistemas econômicos insustentáveis. O dinamismo e o poder de mercado de Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão — alimentados pelo capital privado, pelo investimento privado e pelas empresas privadas — pareciam ter consolidadado o domínio do modelo econômico liberal. Os governos privatizaram empresas e fundos de pensão num momento em que ExxonMobil, Wal-Mart, Toyota e Microsoft elaboravam de forma febril planos de expansão global.

Mas o capital público, o investimento público e a empresa pública voltaram com força total. Uma era de capitalismo dirigido pelo Estado voltou a despertar, e nela os governos estão novamente conduzindo enormes fluxos de capital — mesmo além das fronteiras das democracias capitalistas — com implicações profundas sobre o livre mercado e a política internacional.

China e Rússia lideram o desenvolvimento estratégico das empresas estatais e outros governos já começaram a fazer o mesmo. Nos setores de defesa, geração de energia, telecomunicações, siderurgia, mineração, aviação e outros, um número crescente de governos de países emergentes, não satisfeitos em simplesmente regulamentar mercados, está se movimentando para dominá-los. A atividade das empresas públicas é estimulada pelo surgimento de uma nova classe de fundos soberanos, veículos criados pelos governos com um grande volume de reservas internacionais e que têm como objetivo maximizar o retorno do investimento público.

Os governos usam esses instrumentos para criar riqueza que pode ser usada como os dirigentes públicos quiserem. O principal motivo não é econômico (maximizar o crescimento) mas político (maximizar o poder governamental e as chances de sobrevivência de suas lideranças). Isso pode distorcer o desempenho dos mercados. Empresas estatais e fundos de investimento sofrem com a mesma burocracia, desperdício e camaradagem política que assolam os governos (muitas vezes autoritários) que os controlam.

Dentro das fronteiras dos países capitalistas, empresas e investidores descobrem que regras e regulamentos nacionais e locais são cada vez mais voltados para favorecer firmas domésticas às suas custas. Multinacionais se veem como nunca competindo com estatais que estão armadas com substancial suporte financeiro e político dos seus governos.

Em dezembro de 2006, o governo russo informou a Shell, a Mitsubishi e a Mitsui que tinha revogado suas licenças ambientais como gerentes do projeto de desenvolvimento de petróleo e gás Sakhalin 2, de US$ 22 bilhões, forçando as empresas a reduzir suas respectivas participações à metade e a dar uma fatia majoritária à russa Gazprom, que detém o monopólio do gás natural no país. Isso, instantaneamente, reduziu em 2,5% as reservas mundiais da Shell. Em junho de 2007, o consórcio privado russo-britânico TNK-BP concordou, sob pressão, a vender a participação de 63% que tinha na Rusia Petroleum, companhia que detinha a licença para desenvolver o enorme campo de gás Kovykta, no leste da Sibéria, assim como uma participação de 50% na East Siberian Gas Co.

Foi dessa forma que a Gazprom se tornou a maior produtora de gás natural do mundo, com direitos sobre cerca de um quarto das reservas mundiais conhecidas. A Gazprom dá ao governo russo o controle sobre um dos recursos mais valiosos do país. Também oferece ao Kremlin maior influência política sobre a Ucrânia, pobre em energia, assim como sobre outros países vizinhos.

A Rússia não tem o monopólio da recente onda de nacionalismo em recursos naturais. Em 2006, o Equador acusou a Occidental Petroleum, dos EUA, de espionagem e danos ao ambiente e mandou as tropas do exército tomarem posse das instalações dela. Em 2007, o governo boliviano nacionalizou os campos de petróleo e gás do país. O Cazaquistão suspendeu o desenvolvimento do campo de Kashagan, no Mar Cáspio, até então a maior descoberta de petróleo em muitos anos. Em 2009, a estatal KazMunaiGas tinha dobrado sua participação para mais de 16%, tirando ações dos seis principais membros privados do consórcio.

Nos próximos anos, essa tendência, provavelmente, será repetida diversas vezes em outros setores da economia. Em 2009, a Coca-Cola esperava que seu papel de principal patrocinador da Olimpíada de Pequim, no ano anterior, pudesse influenciar a posição das autoridades em relação à oferta de US$ 2,4 bilhões pela fabricante chinesa de sucos Huiyuan. O governo chinês decidiu que a proposta violava a lei antitruste e a Coca-Cola acabou de mãos vazias.

A crise financeira e a recessão global tornaram ainda mais difícil para os proponentes do capitalismo de livre mercado convencer aqueles que não acreditam no sistema. A forte recuperação econômica chinesa, o alto desemprego americano e a volatilidade financeira na Europa colocaram em xeque o modelo do livre mercado.

As autoridades americanas podem responder a esses desafios com a criação de novas barreiras ao investimento estrangeiro, particularmente o de empresas estatais. E isso pode provocar uma onda de nacionalismo entre alguns desses mercados emergentes. À medida que sua participação no mercado mundial cresce, os países que contam com o capitalismo estatal para ampliar sua influência política e econômica podem começar a fazer negócios quase exclusivamente entre eles, às custas das multinacionais.

Os EUA, a União Europeia, o Japão, o Canadá e a Austrália devem ter na próxima década a causa comum de se proteger contra os piores efeitos dessa tendência. Países que favorecem o capitalismo estatal vão ampliar os negócios entre si. Esses dois blocos econômicos vão competir por melhores relações comerciais e políticas com países como o Brasil, a Índia e o México, que têm elementos dos dois modelos. Serão essas as rivalidades que vão definir a próxima geração da política internacional.

Para as empresas americanas, é tentador acreditar que elas podem contar com o acesso a centenas de milhões de novos consumidores na China e em outros mercados emergentes para a fatia mais substanciosa dos lucros futuros. Mas elas têm que estar preparadas para uma série de barreiras inesperadas. A maioria das multinacionais que opera em países de mercado emergente já sabe que tem que diversificar a sua exposição ao risco — que não pode apostar tudo em um ou dois países. Mas as multinacionais precisam estar preparadas caso uma mudança nos ventos políticos as levem em direção à porta de saída.

Aqueles que acreditam no capitalismo de livre mercado precisam continuar a praticar o tipo de capitalismo que eles pregam. Nos próximos anos, Washington também vai enfrentar tentações protecionistas, particularmente se as taxas de crescimento da China e as estatísticas de desemprego nos EUA continuarem altas. Hoje, as ideias, a informação, as pessoas, o dinheiro, os bens e serviços atravessam fronteiras em uma velocidade sem precedentes. Mas esse trânsito não tornou as fronteiras irrelevantes, e ninguém esqueceu como os muros são construídos.

25 maio 2010

Rir é o melhor remédio




Na montanha russa

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Lendas e Folclore da Internet (dica de Alexandre Alcantara)

Pessoa com mais amizade podem pegar mais cedo uma doença

O que passa na mente do investidor (dica de Vladmir Almeida)

Efeito da IFRS

Pesos pesados no IFRS
Por Fernando Torres, de São Paulo
24/05/2010

Desaparece um prejuízo de R$ 5,8 milhões. Surge um lucro de R$ 1,26 bilhão. Esse foi o efeito no resultado do primeiro trimestre de 2009 da Fibria, maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, com a adoção do novo padrão de contabilidade.

O exemplo da empresa ilustra bem como o novo sistema contábil brasileiro, que tem como base o padrão internacional IFRS, pode alterar os números dos balanços. O patrimônio líquido da Fibria ao final de dezembro saltou de R$ 9,9 bilhões para R$ 15,1 bilhões com a utilização das novas práticas.

"Foi uma mudança impressionante", resume Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young, que participou do processo de transição para o IFRS na Europa.

Conforme a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as companhias abertas só serão obrigadas a divulgar o balanço fechado de 2010 pelo novo padrão contábil. Mas algumas anteciparam as mudanças.

Um estudo feito pela E&Y com as cem maiores empresas do país, em conjunto com um levantamento realizado pelo Valor, mostra que, ao lado da Fibria, pelo menos outras 20 companhias abertas já adotaram antecipadamente o novo receituário da contabilidade.

O grupo é formado, em sua maioria, por grandes empresas. Formam a lista Petrobras, Vale, Gerdau, Metalúrgica Gerdau, AmBev, Souza Cruz, JBS, TAM, Gol, Telesp, Vivo, Net, Natura, Lojas Renner, Copasa, Cielo, Totvs, BR Malls, Grendene e Indústrias Romi.

O valor de mercado somado dessas empresas é de R$ 777,8 bilhões, o que representa quase 40% do total da Bovespa, cerca de R$ 2 trilhões.

Na Petrobras, o lucro líquido do primeiro trimestre do ano passado subiu de R$ 6,2 bilhões para R$ 6,7 bilhões. O patrimônio líquido de dezembro de 2009, por sua vez, subiu R$ 4,7 bilhões, para R$ 164,2 bilhões [1].

A Vale teve o mesmo ajuste no patrimônio, que também aumentou R$ 4,7 bilhões, só que para R$ 103,3 bilhões [1]. Já em termos de resultado, quase não houve diferença. O lucro do primeiro trimestre de 2009 caiu de R$ 3,15 bilhões para R$ 3,04 bilhões.

Conforme esperado, nem todas tiveram um impacto tão grande no lucro e no patrimônio líquido. No caso da Cielo, por exemplo, Sutcliffe menciona que não houve nenhuma mudança com a adoção das novas normas.

De acordo com o especialista da Ernst & Young, a regra que gerou mais mudanças entre as companhias foi o pronunciamento CPC 15, que trata do que os contabilistas chamam de "combinação de negócios", o que inclui fusões, aquisições, cisões e incorporações de empresas.

Foi o CPC 15 que gerou a principal diferença no resultado da Fibria. Pelo novo critério, a empresa reconheceu a valor de mercado a participação de 12,5% que possuía no capital da Aracruz antes da incorporação. Esse ajuste representou um ganho contábil de quase R$ 1,4 bilhão no lucro da empresa no primeiro trimestre de 2009.

Esse efeito também se repetiu no patrimônio da Fibria, que foi turbinado pelo registro de um ganho de R$ 1,8 bilhão decorrente da troca de ativos feita com a International Paper. Ao avaliar os ativos recebidos a valor justo, a empresa percebeu essa diferença e reconheceu isso como uma compra vantajosa (deságio).

Segundo a Fibria, o aumento do lucro e patrimônio líquido decorrente da mudança contábil não tem a ver com a decisão da companhia de pagar antecipadamente a dívida restante de US$ 511 milhões relacionada às perdas com derivativos. O que permitirá o pagamento da dívida remanescente, segundo a empresa, é a emissão recente de US$ 750 milhões em bônus.

Na análise das empresas que saíram na frente no processo de mudança contábil, a expectativa de Sutcliffe é que haja maior padronização na divulgação dos efeitos dos ajustes pelas demais companhias, que devem adotar as novas ao longo dos próximos trimestres.

O Valor notou que existe uma variação importante no nível de detalhamento do impacto das mudanças apresentado em notas explicativas. A norma do IFRS diz apenas que a companhia deve apresentar a conciliação dos dados publicados no período anterior e como eles ficam com as novas regras. Mas não há uma descrição de como isso deve ser feito, o que abre espaço para maneiras mais ou menos claras de apresentar as diferenças

Até a própria adoção das normas não tem sido divulgada com muito destaque. Na maioria dos casos, somente olhando as notas explicativas dos balanços é possível saber que a empresa de fato usou as novas regras.

A adoção antecipada do IFRS no resultado trimestral é voluntária. De qualquer forma, mesmo aquelas que só deixarem a divulgação para o último momento terão que reapresentar os balanços trimestrais para comparação, inclusive com os dados referentes a 2009.


Valor Econômico, 24 de maio de 2010 (via blog de Vladmir Almeida)

[1] Este valor parece elevado demais. Não tive condições de verificar. P.S., SEgundo o Paulo Athaide Sobrinho, os valores estão corretos.

Atletas de Elite

Um artigo da Discover magazine mostra um pesquisa recente na área de neurociência com atletas de elite. Estes atletas são diferentes fisicamente da média das pessoas; mas a descoberta interessante da pesquisa é que o cérebro dos atletas também funcionam de forma diferenciada.

"Os atletas pode desempenhar melhor que o restante de nós por causa do cérebro que pode encontrar soluções melhores que nós podemos"


Mais ainda

"as ações de um atleta é muito mais do que um conjunto de respostas automáticas, elas fazem parte de uma estratégia dinâmica para lidar com uma mudança de situação"


(Fonte: International Journal of Sports)

Documentos fiscais


A certificação digital tornou muito mais simples o dia a dia dos contadores. Aqueles que já a adotaram deixaram para trás as extenuantes e demoradas tarefas de enfrentar filas e trânsito para buscar documentos em órgãos como a Receita Federal, tirar cópias, autenticá-las em cartório, reconhecer firma, dar entrada em processos e esperar por tempo indefinido pelo resultado. O fim dessas maratonas significa redução de tempo e de custos, o que se traduz em melhor qualidade do serviço prestado ao cliente.


Fonte: Valor Econômico (Gleise de Castro - São Paulo ), - Redução de tempo e de custos mudam rotina dos contadores - Valor Econômico (via Análise de Balanços) (Fonte da foto: Ffffound

O artigo tece comentários positivos para a certificação digital. Entretanto, nas atividades diárias de um pequeno escritório de contabilidade, o papel de "despachante" representava uma razoável fonte de receita. O progresso apresenta ganhos para alguns e perdas para outros. (Não estou defendendo esta função, mas destacando que a mudança de rotina poderá implicar em "perda de receita")

Outra questão que deixou de ser abordada é o fato de que no nosso país algumas atividades comerciais são extremamente complexas. Cito, como exemplo, o fechamento de uma empresa.

Resista a Caretice





Fonte: Aqui

Onde o Turismo é relevante


Baseado no conjunto de fotos postadas no sítio Panoramio, construiu-se o mapa acima. A relação é quanto maior o número de fotos postadas, mais turístico será o local. É possível perceber a intensidade do turismo na Europa (o mapa está mais amarelado). Observe que no Brasil o foco é a região Rio-São Paulo. Mas será que o mapa não é enviesado, apresentado os lugares mais populosos/mais desenvolvidos e onde o acesso a internet é maior?

Seguro para o contador


O volume cada vez maior de complexas normas e obrigações tributárias - como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) - e o perigo de terem de indenizar por falhas de seus empregados têm levado os contadores a contratar seguros de responsabilidade civil. As vendas do produto cresceram 27% no primeiro trimestre, comparativamente a igual período do ano passado, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).


Seguro livra contadores de indenizar empresas - Valor Econômico, via Alexandre Alcantara - Laura Ignacio, de São Paulo - 24/05/2010 (Foto: Ffffound)

24 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #282

Esta celebridade contratou uma empresa para gerenciar sua vida pessoal, inclusive a conta do Twitter. A razão está na fundação de caridade que criou, e que arrecadava fundos para vítimas do Haiti. Entretanto, um sítio chamado Smoking Gun fez uma varredura na contabilidade da empresa e descobriu que parte do dinheiro era usado para pagar suas despesas pessoais. Após o escândalo afirmou:

"Eu não conheço nenhuma celebridade que senta com seu contador..."

Pela forma como conduzia sua fundação, deveria conhecer. Esta celebridade é:

Black Alex
Shakira
Wyclef Jean

Resposta: Nike = 1971 = $35 dólares; Olimpíadas = 2007 = 400 mil libras; Enron = década de 1990; 33 mil dólares. Fonte: aqui

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A razão da tatuagem

Lendas e Folclore da Internet (dica de Alexandre Alcantara)

Pessoa com mais amizade podem pegar mais cedo uma doença

O que passa na mente do investidor (dica de Vladmir Almeida)

Blogueiros economistas mais influentes

1. Becker, Gary S. - U of Chicago - Becker-Posner Blog
2. Mankiw, Gregory - Harvard U - Greg Mankiw's Blog
3. Posner, Richard - U of Chicago - Becker-Posner Blog
4. Roubini, Nouriel- New York U - RGE Monitor
5. Samuelson, Paul A.- MIT - Inside the Economist's Mind (Já falecido)
6. Foss, Nicolai J. - Copenhagen Bus School - Organizations & Markets
7. Wolfers, Justin - U of Pennsylvania - Freakonomics
8. Hamermesh, Daniel - U of Texas - Freakonomics
9. Langlois, Richard B. - U of Connecticut - Organizations & Markets
10. Levitt, Steven D. - U of Chicago - Freakonomics

Fonte: Blogometrics

Reguladores e Regulados

Empresas têm relação íntima com reguladoras
Folha de São Paulo - 23/5/2010
JULIO WIZIACK e PEDRO SOARES

Está prestes a voltar à pauta do Congresso Nacional o projeto que pretende reformar as dez agências reguladoras. A CPI das Tarifas Elétricas e a reativação da Telebrás aceleraram o processo.

O objetivo é fechar as brechas que hoje permitem tráfico de influência e conflitos de interesse entre reguladores e concessionários.

Recentemente, 20 diretores da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) foram acusados de favorecimento às empresas privadas pela CPI das Tarifas de Energia Elétrica.

"Os cálculos das tarifas estavam errados, o TCU [Tribunal de Contas da União] já tinha informado a Aneel sobre isso e, mesmo assim, nada foi feito", afirma o deputado federal Alexandre Santos (PMDB-RJ), relator da CPI.

"Comprovamos a existência de uma rede de favorecimentos formada por pessoas que já atuaram na agência e migraram para as concessionárias," diz Santos.

Quatro dos sete presidentes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) foram trabalhar em operadoras que antes fiscalizaram.

No sentido inverso, três dos cinco diretores da ANS (Agência Nacional de Saúde) atuaram em companhias que hoje regulam.

CREDIBILIDADE EM BAIXA

Recentemente, a reativação da Telebrás trouxe à tona conflitos de interesse. Funcionários da Anatel, que têm informações das teles, agora competirão com elas ao retornarem à estatal.

"As agências correm o risco de ficarem mais fracas", diz o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), autor do projeto da reforma.

Em 2003, um dos conselheiros da Anatel deixou seu posto para ajudar a fundar a operadora "Primeira Opção" no sul do país. O processo para obtenção da autorização foi um dos mais ágeis.

Diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Victor Martins teve seu nome envolvido numa suposta ação para beneficiar prefeituras que teriam contratado a consultoria de sua mulher.

Martins conduziu, em 2007, o trabalho de recálculo de participações especiais (espécie de royalty por campos de petróleo de alta produtividade), que gerou um pagamento extra de R$ 1,3 bilhão pela Petrobras.

Um dossiê indicou que prefeituras foram beneficiadas com parte desse pagamento extra.

Em outros países, o que resolveu o problema foi a implementação de políticas de transparência. Todas as reuniões das agências foram abertas ao público, documentos, colocados na internet, abertos aos cidadãos.

Criaram-se comissões com representantes do governo e da sociedade civil que monitoram todas as decisões.