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14 setembro 2015

Finanças Pessoais: Poupar ou dar uma festa? Dar uma festa ou ir a um show? Viajar ou estudar?

Continuando as lições de Garman e Forgue (Personal Finance) hoje vamos conversar sobre custo de oportunidade na tomada de decisão. Na próxima semana falaremos sobre custos marginais e utilidade marginal, tudo isso com o propósito de auxiliar a tomada de decisão racional e, consequentemente, aprimorar as finanças pessoais.

O custo de oportunidade de uma decisão é o valor da próxima melhor alternativa da qual se abre mão. Exemplos de custo de oportunidade pessoais são tempo, esforço, saúde e exemplos de custos de oportunidade financeiros são juros, segurança, liquidez. Utilizar o conceito de custo de oportunidade te permite se dirigir às consequências pessoais das escolhas já que toda decisão envolve trocas.
Por exemplo, suponha que ao invés de estar lendo esta postagem você estivesse no cinema ou assistindo televisão. Provavelmente você gostaria mesmo é de estar dormindo. E o benefício dessa perda de sono – a próxima melhor alternativa – é o custo de oportunidade de você ter escolhido ler. Saber os custos de oportunidade alternativos auxilia a tomada de decisões porque indica se a decisão que tomamos é realmente a melhor.

Em finanças pessoais, custo de oportunidade reflete a melhor alternativa em relação a o que uma determinada pessoa poderia ter feito ao invés de escolher gastar, poupar, investir o dinheiro. Todo mês você recebe o seu salário e aquele montante, quando desconsideramos as despesas fixas (a não ser que você opte por não pagar as suas obrigações!), te dá certa flexibilidade. Poupar ou comprar ingressos para um show? Comprar ingressos para um show ou fazer uma festa para os amigos? Fazer uma festa para os amigos, ou doar para a campanha de emergência na Síria?

Por exemplo, ao decidir colocar $2.000 em um fundo mútuo de ações para a aposentadoria ao invés de manter esse montante prontamente disponível em uma conta poupança, você está abrindo mão da oportunidade de usar o dinheiro para dar entrada em um carro novo. Manter o dinheiro em uma conta poupança tem o custo de oportunidade de um investimento com retornos maiores que o fundo mútuo de ações possa pagar, por exemplo. Essa oportunidade de ganhar uma taxa maior de retorno é uma consideração fundamental ao se tomar decisões de investimento de baixo risco.

Outras decisões desafiantes de custo de oportunidade são alugar versus comprar um apartamento, comprar um carro novo ou usado, trabalhar ou tomar um empréstimo para pagar a faculdade, ter ou não um seguro de vida, começar cedo ou mais tarde a poupar para a aposentadoria. Se esses custos são subestimados, então as decisões serão tomadas com base em informações defeituosas e os julgamentos podem provar-se errados. Avaliar de forma apropriada os custos e benefícios das alternativas representa um passo chave no processo racional de tomada de decisão.


Quais decisões você tomou ultimamente que podem nos ajudar a entender o custo de oportunidade?

18 setembro 2014

Custo de Oportunidade

Apesar de ser um conceito muito conhecido e citado na literatura, o custo de oportunidade geralmente não é mensurado, por uma série de razões. Uma delas é a falta de oportunidade de se ter uma situação prática onde seria possível medir, claramente, a escolha que uma pessoa faz em termos das alternativas disponíveis.

Num trabalho que fiz em co-autoria com dois professores da Universidade Federal de Goiás, Michelle Machado e Lúcio Machado, foi possível obter o custo de oportunidade numa situação prática. A situação acontece na justiça, mais especificamente na Procuradoria da União em Goiás, onde as pessoas são chamadas a aceitar ou não os cálculos realizados pela PU. Aceitar significa receber mais cedo; contestar pode trazer um valor maior no futuro, mas o tempo de espera é maior. Para medir esta diferença, utilizou-se a taxa interna de retorno, que produziu um valor de 3,23% para 654 processos. Este seria o custo de oportunidade desta situação.

Além disto, a pesquisa observou que aqueles que recebem um grande valor tendem a ser atraídos pelo fluxo de caixa mais imediato, aceitando o acordo. Outro aspecto interessante é que o gênero influencia: o homem recebe mais, mas com um prazo de recebimento maior.

Leia mais aqui o texto.

22 março 2013

Custo de oportunidade e Custo Perdido

A Petrobrás desistiu de vender a refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), em processo desencadeado depois de o Grupo Estado, revelar, no ano passado, que o negócio geraria cerca de US$ 1 bilhão de prejuízo à estatal. A presidente da empresa, Graça Foster, disse nesta terça-feira, 19, que será necessário investir na refinaria para que seja valorizada e tenha melhor retorno na venda.(...)

Segundo Graça, para entrar ou sair do plano de venda de ativos os projetos passam por escrutínio e uma equipe especializada precisa provar se vale a pena manter a venda ou suspendê-la. No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente a Pasadena, valor que já reconhece como perdido.(...)

Fonte: Aqui

A decisão racional da empresa deveria ser comparar o volume de investimento e o ganho que isto possibilitaria no valor de mercado da refinaria. O investimento deve ser menor que o aumento no valor de mercado. Mas mesmo assim, e como a empresa possui hoje falta de recursos para investimento, seria necessário levar em consideração o custo de oportunidade. Isto dificilmente tornaria a decisão adequada.

O investimento já realizado corresponde ao conceito de custo perdido. A empresa não revela quanto irá investir para que a refinaria seja comercializada, mas insistir no projeto corresponde a denominada falácia do custo perdido: insistir no erro, numa abordagem mais popular.

Mas talvez exista uma outra razão na decisão de desistir de vender a refinaria: a investigação do TCU. A venda irá forçar o reconhecimento do péssimo negócio feito pela empresa.

13 março 2012

Romário dá aula de Economics 101

No texto a seguir,Romário, deputado federal pelo PSB-RJ, ensina o conceito de custo de oportunidade:


Minha relação com o futebol é conhecida no Brasil e no exterior. Desde meus tempos de jogador do Estrelinha, time fundado pelo meu pai na Vila da Penha, alimentei, como muitos meninos brasileiros, dois grandes sonhos: jogar uma Copa do Mundo pela nossa Seleção e ver o Brasil sediar um Mundial.

O primeiro eu realizei em 94, ajudando o Brasil na conquista do tetra. O segundo será agora, se Deus quiser, em 2014.

Esse amor pelo futebol e o desejo de ver nosso país realizar uma Copa extraordinária contribuíram para que a fiscalização dos preparativos para o Mundial se tornasse uma das bandeiras do meu mandato de deputado federal. Não posso assistir calado aos mesmos abusos que já vimos tantas vezes no Brasil, inclusive na organização de eventos esportivos.

Como tenho dito em diversas oportunidades, sei que o dinheiro despejado em obras superfaturadas, em elefantes brancos (o TCU já denunciou que quatro das 12 arenas se tornarão elefantes brancos), vai fazer falta na Saúde, na Educação, na Segurança, na acessibilidade etc. Não podemos aceitar.

Aliás, não posso aceitar calado que se gaste mais de R$ 1 bilhão para descaracterizar um estádio como o Maracanã. Essa dinheirama poderia, com certeza, ter sido gasta de outra forma, sem transformar em poeira o grande templo do nosso futebol.

Como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, visitei cada uma das cidades-sedes. Vi de perto o que estava sendo feito e, em muitas cidades, o que NÃO estava sendo feito, ou havia começado com muito atraso.

Pude observar que, se muita coisa não mudar, e rápido, não teremos a mobilidade urbana, que era um dos principais legados previstos.
Continua aqui

16 fevereiro 2012

Teste 541

Você ganhou um ingresso para assistir um show do João Gilberto. Este ingresso não possui valor de revenda. No mesmo dia e na mesma noite o cantor Criolo está fazendo um show e para você é a melhor alternativa para diversão. O custo do ingresso do show de Criolo custa R$40. Num outro dia, você pagaria R$50 para ver o cantor Criolo. Considere que não existe nenhum outro custo adicional. Baseado nisto, qual o custo de oportunidade em assistir João Gilberto? (a) 0; (b) 10; c) 40 d) 50

19 janeiro 2012

Custo de Oportunidade

Os economistas compreendem o conceito de custo de oportunidade? Veja este artigo:

Abstract: Ferraro and Taylor (2005) asked 199 professional economists a multiple-choice question about opportunity cost. Given that only 21.6 percent answered “correctly,” they conclude that professional understanding of the concept is “dismal.” We challenge this critique of the profession. Specifically, we allow for alternative opportunity cost accounting methodologies—one of which is derived from the term’s definition as found in Ferraro and Taylor— and rely on the conventional relationship between willingness to pay and substitute goods to demonstrate that every answer to the multiple-choice question is defensible. The Ferraro and Taylor survey question suggests difficulties in framing an opportunity cost accounting question, as well as a lack of coordination in opportunity cost accounting methodology. In scope and logic, we conclude that the survey question does not, however, succeed in measuring professional understanding of opportunity cost. A discussion follows as to the concept’s appropriate role in the classroom.

28 setembro 2011

Ciclismo: custo e custo de oportunidade

Uma notícia do Estadão sobre ciclismo no cidade:

Desistir da ideia de comprar um carro e usar uma bicicleta para ir ao trabalho todos os dias pode significar economia de até R$ 2.700 por ano, segundo estudo da Coppe, o programa de pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Cálculos dos pesquisadores mostram que pedalar consome R$ 0,12 por km - um sexto da despesa referente a veículos movidos a gasolina, que chega a R$ 0,76. 


O levantamento, coordenado pelo aluno de mestrado Marcelo Daniel Coelho, levou em conta o preço de uma bicicleta nova, a compra de acessórios, a depreciação e a manutenção do equipamento. A pesquisa foi feita com base em percursos de 20 km por dia no Rio e em Porto Alegre, simulando os trajetos de ida e volta ao trabalho durante a semana. (...)


Três aspectos relevantes não abordados no texto (e talvez na pesquisa):

a) quem utiliza a bicicleta para ir ao trabalho "perde tempo" já que este meio de transporte é mais lento. Mas imaginando que o motorista deveria ir para uma academia, o "tempo" economizado no automóvel pode ser compensado pelas horas na academia. Além disto, haveria uma economia com gastos com atividade física.

b) para alguns trabalhadores o ciclismo pode ser inviável pelos problemas na transição entre o uso da bicicleta e estar pronto para o trabalho. Basicamente o burocrata que tem que trabalhar de terno terá problemas em usar a bicicleta.

c) talvez o principal inibidor do uso de bicicleta seja o risco do seu uso frente ao automóvel. Neste sentido duas medidas poderiam ser tomadas para reduzi-lo: (1) aumentar o número de ciclistas, pois isto reduz o potencial de acidentes (vide o livro O Gorila Invisível que explica este fato) e (2) criar condições mais favoráveis para este meio de transporte.

Foto: Aqui

27 maio 2010

Custo de Oportunidade da Espera

No teste de ontem, foi apresentado o caso de um posto de gasolina que vendeu o produto por R$1,59, versus um preço normal de R$2,64. O comportamento dos consumidores provocou uma fila enorme. Muitas pessoas levaram muitas horas (quatro ou mais) para abastecer.

Um comentário ao teste levantou três questões sobre o preço praticado:

Quem irá recolher os impostos?
A gasolina tem a mesma qualidade?
Qual o custo de quatro, cinco ou nove horas de espera?


Admite-se que os impostos sejam recolhidos pelo posto. Sobre a segunda questão, diante do intenso impacto da promoção, a venda de gasolina de baixa qualidade poderia provocar um efeito contrário intenso.

O terceiro aspecto talvez seja o mais importante. Admitindo um tanque de 40 litros, a diferença de preço por litro é de R$1,05. Isto corresponde a uma economia de 42 reais. Supondo cinco horas de espera na fila, o custo de oportunidade seria de R$8,40 por hora.

Só podemos dizer que vale a pena em cada caso individual. Para algumas pessoas, provavelmente não é interessante. Um cálculo aproximado pode ser feito da seguinte forma:

Um trabalhador que recebe R$2.000 de remuneração e trabalha 180 horas por mês terá uma remuneração de R$11,11 por hora. Neste caso, talvez a espera não seja adequada.
(Mas observe que estamos supondo que esta pessoa passaria cinco horas do seu tempo somente numa fila de espera. Ele não faria nenhuma atividade produtiva neste período, o que pode ser irreal)

03 maio 2010

Imposto de Renda e o investidor racional

"Em alguns casos, o rendimento supera o da poupança - hoje em 4,07%. É o que explica o coordenador da consultoria IOB, Edino Garcia.

Considerando a atual taxa de juros básica da economia brasileira, elevada esta semana pelo Banco Central para 9,5% ao ano, o contribuinte que receber sua restituição no primeiro lote, em 15 de junho, terá o rendimento da Selic mensal efetiva relativa a maio, acrescida de 1%, o que totaliza juros de 1,76%.

Já sobre o último lote, a ser restituído em 15 de dezembro, incidirão a Selic mensal efetiva de maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro, além de 1%, o que resultaria em rendimento de 6,36%.

Até o pagamento do último lote, no entanto, ainda estão previstas mais seis reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), e entre os economistas o consenso é de que o ciclo de aperto monetário iniciado na quarta-feira está apenas começando.

"Para quem não precisa desse dinheiro agora e quer fazer um investimento, o ideal é entregar a declaração na última semana para receber a restituição no penúltimo ou último lote." Para Edino Garcia, a restituição é muito bem-vinda em dezembro, pois pode se tornar um "14º salário", destinado às despesas de início de ano, como matrícula escolar, IPTU e IPVA.

Ele recomenda, no entanto, que o contribuinte tenha o cuidado de providenciar os documentos com antecedência, para evitar erros e, consequentemente, a retenção da declaração na malha fina.

Já na avaliação do economista Bruno Lembi, da M2 Investimentos, essa escolha oferece retorno muito baixo e vale a pena só para o contribuinte que tem apenas a poupança como opção de investimento.

"Como estratégia de investimento, é mais vantajoso receber o quanto antes o valor e escolher uma opção mais rentável", recomenda."

Contribuinte que deixou declaração para última hora pode se dar bem (Brasil Econômico, Ana Luísa Westphalen, 30/abril/2010)


 

O grande problema desta análise é o que o coordenador de consultoria do IOB considera o custo de oportunidade da pessoa. Com efeito, comparando Selic e Caderneta de Poupança, a análise está correta. Mas e se o investidor tem como alternativa a aplicação no mercado financeiro, que pode render mais que o valor da Selic? Neste caso, é óbvio que a análise não faz sentido.

14 março 2008

Trade-off

Os economistas gostam de usar o termo trade-off. Refere-se a necessidade de abrir mão de alguma coisa em troca de outra. O trade-off está vinculado ao conceito de custo de oportunidade (mas não é a mesma coisa). Uma reflexão sobre o escândalo do governador e o conceito de trade-off pode ser a seguinte:

Se Governador Spitzer queria ter relações sexuais com uma mulher mais jovem, então, em vez de contratar uma prostituta que ele poderia ter conseguido divórcio e casado novamente, tal como tantos outros homens ricos e poderosos. Ou ele poderia ter tido um "caso". Destas opções, contratar uma prostituta é menos ameaçadora para o casamento, mas ela é a única que é ilegal. Em contraste, obtendo um divórcio e casar novamente com uma jovem mulher é tão comum que nem sequer impede um homem de concorrer para presidente de um país.

Fonte: Aqui

06 dezembro 2007

Custo de Oportunidade

Sempre haverá um custo de oportunidade nas decisões humanas? Esta questão está relacionada com a aposta de Pascal: nós devemos acreditar em Deus, pois se ele existe, os benefícios serão infinitos. Se não existir, nós não perdemos. Mas a aposta de Pascal ignora a possibilidade de Deus existir e, apesar de nossa crença, não gostar daqueles que acreditam nele.