31 agosto 2014
Testando População na Auditoria
Um alto funcionário da KPMG defendeu, na revista Forbes (The Future of Audit, James Liddy), que as auditorias, que hoje testam pequenas amostras de transações para extrapolar para o universo dos dados, podem, no futuro, examinar 100% das transações:
Today, in many cases we perform procedures over a relatively small sample of transactions – as few as 30 or 40 – and extrapolate conclusions across a much broader set of data. In the future, using high powered analytics, auditors will have the capacity to examine 100 percent of a client’s transactions. We will be able to sort, filter and analyze tens of thousands or millions of transactions to identify anomalies, making it easier to focus in on areas of potential concern and drill down on those items that may have the highest risks.
Realmente uma ideia ousada na auditoria.
Today, in many cases we perform procedures over a relatively small sample of transactions – as few as 30 or 40 – and extrapolate conclusions across a much broader set of data. In the future, using high powered analytics, auditors will have the capacity to examine 100 percent of a client’s transactions. We will be able to sort, filter and analyze tens of thousands or millions of transactions to identify anomalies, making it easier to focus in on areas of potential concern and drill down on those items that may have the highest risks.
Realmente uma ideia ousada na auditoria.
O brasileiro é conservador?
O que é aceitável ou não para as pessoas? Isto depende do lugar onde você mora. Uma pesquisa com mais 40 mil pessoas, de 40 países diferentes, incluindo o Brasil, questionou as pessoas sobre temas polêmicos: casos fora do casamento, jogo, homossexualidade, aborto, sexo antes do casamento, consumo de álcool, divórcio e uso de contraceptivos. As respostas variaram de acordo com o país.
O Brasil pode ser considerado, em geral, um país nem conservador nem liberal. Os brasileiros responderam contrários a ter um caso fora do casamento, o jogo, o aborto e o uso de álcool (!); as respostas obtidas nestes itens foram superiores do que a média mundial. Mas foram mais liberais nas restrições a homossexualidade, o sexo antes do casamento, o divórcio e o uso de contraceptivos.
O Brasil pode ser considerado, em geral, um país nem conservador nem liberal. Os brasileiros responderam contrários a ter um caso fora do casamento, o jogo, o aborto e o uso de álcool (!); as respostas obtidas nestes itens foram superiores do que a média mundial. Mas foram mais liberais nas restrições a homossexualidade, o sexo antes do casamento, o divórcio e o uso de contraceptivos.
30 agosto 2014
Fato da Semana
Fato: A perda de Massayuki Nakagawa
Qual a relevância disto? O professor Massayuki não jogava para plateia, mas foi importante para a contabilidade brasileira em pelo menos dois pontos. Em primeiro lugar, pelo pioneirismo em defender o custeamento por atividades, logo após seu surgimento nos Estados Unidos. Não é preciso dizer que este método de custeio foi a grande inovação dos últimos anos na área de custos. Como presenciei este momento, posso dizer que esta defesa não foi fácil, já que existiam proponentes de sistemas alternativos dominando o pensamento acadêmico de então. Obviamente que este papel o conduziu na liderança da Associação Brasileira de Custos.
Em segundo lugar, pelo papel na comissão de especialistas do MEC, que na década de noventa reformulou o ensino de contabilidade no Brasil.
Pouco a escrever. Muito a lamentar.
Qual a relevância disto? O professor Massayuki não jogava para plateia, mas foi importante para a contabilidade brasileira em pelo menos dois pontos. Em primeiro lugar, pelo pioneirismo em defender o custeamento por atividades, logo após seu surgimento nos Estados Unidos. Não é preciso dizer que este método de custeio foi a grande inovação dos últimos anos na área de custos. Como presenciei este momento, posso dizer que esta defesa não foi fácil, já que existiam proponentes de sistemas alternativos dominando o pensamento acadêmico de então. Obviamente que este papel o conduziu na liderança da Associação Brasileira de Custos.
Em segundo lugar, pelo papel na comissão de especialistas do MEC, que na década de noventa reformulou o ensino de contabilidade no Brasil.
Pouco a escrever. Muito a lamentar.
30 maiores bilionários do Brasil
A revista americana Forbes divulgou ontem (27/08) uma nova lista com os maiores bilionários do Brasil em 2014. No topo, de novo, está Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país. O empresário, que possui uma fortuna avaliada em R$ 49,85 bilhões, criou o fundo de private equity 3G Capital.
Em segundo e terceiro lugar estão Joseph Safra, co-fundador do banco que leva seu sobrenome, com uma fortuna avaliada em R$ 35,98 bilhões, e Marcel Herrmann Telles companheiro de Lemann na 3G com R$ 25,58 bilhões.
Apenas quatro mulheres aparecem entre os 30 mais ricos. Maria Helena Moraes Scripilliti (17º) é quem tem a maior fortuna, de R$ 7,33 bilhões. Ela é filha de José Ermírio de Moraes, fundador do Grupo Votorantim, que faleceu na última segunda-feira (25/08). Veja a lista completa aqui:
Nome | Fortuna | |
---|---|---|
1º | Jorge Paulo Lemann | R$ 49,85 bilhões |
2º | Joseph Safra | R$ 35,98 bilhões |
3º | Marcel Herrmann Telles | R$ 25,58 bilhões |
4º | Carlos Alberto Sicupira | R$ 22,30 bilhões |
5º | Roberto Irineu Marinho | R$ 15,93 bilhões |
6º | José Roberto Marinho | R$ 15,86 bilhões |
7º | João Roberto Marinho | R$ 15,86 bilhões |
8º | Marcelo Bahia Odebrecht & família | R$ 14 bilhões |
9º | José Batista Sobrinho & família | R$ 11,92 bilhões |
10º | Francisco Ivens de Sá Dias Branco | R$ 10,99 bilhões |
11º | Walter Faria | R$ 9,80 bilhões |
12º | André Esteves | R$ 9,55 bilhões |
13º | Eduardo Saverin | R$ 9,52 bilhões |
14º | Ermírio Pereira de Moraes | R$ 9,15 bilhões |
15º | Abilio dos Santos Diniz | R$ 8,90 bilhões |
16º | Aloysio de Andrade Faria | R$ 7,52 bilhões |
17º | Maria Helena Moraes Scripilliti | R$ 7,33 bilhões |
18º | Pedro Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
19º | João Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
20º | Fernando Roberto Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
21º | Walter Moreira Salles Júnior | R$ 7,17 bilhões |
22º | David Feffer & família | R$ 6,93 bilhões |
23º | Miguel Krigsner | R$ 6,45 bilhões |
24º | Regina de Camargo Pires Oliveira Dias | R$ 6,27 bilhões |
25º | Rosana Camargo de Arruda Botelho | R$ 6,27 bilhões |
26º | Renata de Camargo Pires Oliveira Dias | R$ 6,27 bilhões |
27º | Edson de Godoy Bueno | R$ 5,79 bilhões |
28º | Cesar Beltrão de Almeida & família | R$ 5,58 bilhões |
29º | Nevaldo Rocha & família | R$ 5,36 bilhões |
30º | Antonio Luiz Seabra | R$ 5,05 bilhões |
29 agosto 2014
Massayuki Nakagawa
Massayuki Nakagawa foi meu professor durante o doutorado. Recordo bem quando, após uma apresentação de um trabalho para sua disciplina, nos aconselhou a aproveitar devidamente o tempo disponível - ainda faltavam dez minutos. O trabalho apresentado deveria ter duas horas de apresentação.
Depois fomos colegas na comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) responsável pela mudança na estrutura curricular, incluindo a obrigatoriedade da disciplina de Teoria da Contabilidade. Ele convidou doutores jovens para compor esta comissão e permitia uma discussão livre e inclusiva dos assuntos. O incentivo a participação de todos era estimulante.
Minha admiração por sua trajetória cresceu em razão das suas posições firmes: quando todos na sua universidade eram partidários xiitas de certo sistema de custo, Massayuki ousou defender o ABC. Formou-se em Contabilidade pela Fecap em 1952, tendo concluído o mestrado em 1976 e o doutorado em 1987. Foi chefe de Departamento de Contabilidade da USP.
Quando montamos o curso com a UFRN e UFPB, Massayuki sempre esteve presente nos convites de banca. Jovem, eternamente jovem.
Pena.
Massayuki Nakagawa 1928-2014
Curso de Contabilidade Básica: O lado direito
Quando a contabilidade prepara as demonstrações contábeis, o
usuário pode fazer destas informações “o que bem entender”. Ou seja, o usuário
pode, por exemplo, mudar as contas de lugar. Vamos mostrar como isto ocorre com
o capital de terceiros. Parte deste passivo é proveniente das operações da
empresa. É o caso dos fornecedores, de salários a pagar, de impostos a pagar,
entre outras contas. E existem os empréstimos e financiamentos, que irão gerar
despesas financeiras, e dizem respeito a decisão de captação de recursos.
Assim, alguns analistas consideram adequado considerar no lado direito do “seu”
balanço somente os empréstimos e financiamentos. E o que é feito das outras
contas do passivo? Estes analistas “reclassificam” como se fosse uma subtração
do ativo.
Veja o balanço patrimonial da Marcopolo, uma empresa que atua na área de transportes. Destacamos na figura os
empréstimos e financiamentos, de curto e de longo prazo. Os demais valores seriam “transferidos” para
o ativo com o sinal negativo.
Com isto, o lado direito ficaria da seguinte forma:
Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo = 382.831
Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo = 1.490.414
Patrimônio Líquido = 1.481.624
Participação dos não controladores = 18.408
Total = 3.373.277
Ou seja, reduziu o lado direito em 680.803. O valor do ativo
seria subtraído também neste valor. Observe que esta alteração no balanço para
fins de análise modifica uma série de índices, como o endividamento. Mas
ideia aqui é considerar no passivo somente aquilo que gera despesa
financeira. Pode parecer estranho, mas
quanto mais usamos um instrumento, maior a chance de querermos customizá-lo.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Desvendando o lucro do BNDES
O real resultado do BNDES
Sérgio Lazzarini *
O Estado de S.Paulo, 27 de agosto de 2014
O BNDES reportou um lucro recorde de R$ 5,4 bilhões referente ao primeiro semestre deste ano, valor 67,8% superior ao obtido em 2013. Ao cidadão sem tempo para entrar nos detalhes do que gerou esse resultado, a impressão que fica é de um banco público de extraordinário desempenho e que refuta, com seus resultados, as críticas à acelerada expansão das suas operações nos últimos anos. Ao cidadão que decide investigar os números, entretanto, a realidade é outra.
"A transparência é um dos princípios que o BNDES preza no seu relacionamento com a sociedade", diz um trecho da sua página de internet. De fato, na seção denominada relação com investidores, o cidadão pode ver detalhes das demonstrações financeiras e diversas explicações sobre os resultados.
Especificamente sobre o resultado do primeiro semestre de 2014, o banco atribuiu o lucro recorde, entre outros fatores, à melhoria no desempenho do seu braço de investimentos, o BNDESPAR, que aplica sua carteira em participações societárias de empresas, muitas delas negociadas em Bolsa, e outros ativos financeiros.
Na página, o banco conclui ressaltando "a boa gestão das operações da carteira da BNDESPAR". A afirmação, contudo, merece ressalvas, uma vez que no primeiro semestre de 2013 o próprio relatório do BNDESPAR reportou perda de valor de sua carteira, que impactou negativamente o resultado naquele período. Essa mesma provisão para perda já havia ocorrido ao longo de 2012. Ao comentar o mau resultado daquele ano, o banco pôs a culpa no mercado, dizendo que sua carteira é "sensível a mudanças na situação econômica do País e do mundo".
E o que o fez o resultado do último semestre melhorar? A resposta está no próprio mercado: enquanto a Bolsa despencou ao longo do primeiro semestre de 2013, o inverso ocorreu este ano, permitindo ao banco reduzir as provisões para perda de valor dos seus ativos. Ou seja: quando sua carteira vai mal, o BNDES põe a culpa no mercado; quando vai bem, o mérito é da sua "boa gestão"! Ironicamente, o que acabou animando o mercado acionário neste ano foi justamente a queda de popularidade do atual governo, controlador do BNDES, aumentando as chances de segundo turno nas eleições.
Ainda seguindo com a sua explicação sobre o resultado do semestre, o BNDES diz que "outro fator que influenciou positivamente o lucro de junho foi o aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira". Essa rubrica engloba os repasses de crédito do BNDES e o resultado de rendimentos dos seus ativos. Porém, do total de receitas consolidadas com intermediação financeira no período, R$ 8,4 bilhões vieram não das operações de repasse de crédito em si (a atividade central do banco), mas de aplicações em títulos e rendas com operações vinculadas ao Tesouro. Esses itens representaram nada menos que 43% das receitas com intermediação do banco.
O que são essas operações? Como todo banco, o BNDES tem ativos e pode aplicá-los no mercado, rendendo juros. Não menos importante, como já detectado por especialistas em contas públicas como Mansueto Almeida e José Roberto Afonso, parte dos títulos do BNDES é de transferências do próprio governo, que se tem endividado para capitalizar o banco. Ocorre que o governo empresta ao BNDES dinheiro atrelado a uma taxa subsidiada, a TJLP, atualmente em 5% ao ano, muito inferior às taxas de mercado. E o contexto foi mais uma vez favorável: a taxa de referência do mercado, a Selic, saltou de 7,25% para 11% ao ano do começo de 2013 para cá.
Com isso, o governo se endivida e repassa ao BNDES ativos que rendem muito mais que a taxa subsidiada do governo. Ao aumentar o lucro da sua controlada, o governo pode, então, usar parte desse lucro como dividendos e inflar o seu superávit. Convenhamos: com tantas manobras, fica difícil de acreditar que a atual gestão do BNDES e o seu controlador realmente tenham transparência como um de seus pilares.
*Sérgio Lazzarini é professor titular do Insper, autor de 'Capitalismo de Laços' e de 'Reinventing State Capitalism'. Email: sergiogl1@insper.edu.br -
Sérgio Lazzarini *
O Estado de S.Paulo, 27 de agosto de 2014
O BNDES reportou um lucro recorde de R$ 5,4 bilhões referente ao primeiro semestre deste ano, valor 67,8% superior ao obtido em 2013. Ao cidadão sem tempo para entrar nos detalhes do que gerou esse resultado, a impressão que fica é de um banco público de extraordinário desempenho e que refuta, com seus resultados, as críticas à acelerada expansão das suas operações nos últimos anos. Ao cidadão que decide investigar os números, entretanto, a realidade é outra.
"A transparência é um dos princípios que o BNDES preza no seu relacionamento com a sociedade", diz um trecho da sua página de internet. De fato, na seção denominada relação com investidores, o cidadão pode ver detalhes das demonstrações financeiras e diversas explicações sobre os resultados.
Especificamente sobre o resultado do primeiro semestre de 2014, o banco atribuiu o lucro recorde, entre outros fatores, à melhoria no desempenho do seu braço de investimentos, o BNDESPAR, que aplica sua carteira em participações societárias de empresas, muitas delas negociadas em Bolsa, e outros ativos financeiros.
Na página, o banco conclui ressaltando "a boa gestão das operações da carteira da BNDESPAR". A afirmação, contudo, merece ressalvas, uma vez que no primeiro semestre de 2013 o próprio relatório do BNDESPAR reportou perda de valor de sua carteira, que impactou negativamente o resultado naquele período. Essa mesma provisão para perda já havia ocorrido ao longo de 2012. Ao comentar o mau resultado daquele ano, o banco pôs a culpa no mercado, dizendo que sua carteira é "sensível a mudanças na situação econômica do País e do mundo".
E o que o fez o resultado do último semestre melhorar? A resposta está no próprio mercado: enquanto a Bolsa despencou ao longo do primeiro semestre de 2013, o inverso ocorreu este ano, permitindo ao banco reduzir as provisões para perda de valor dos seus ativos. Ou seja: quando sua carteira vai mal, o BNDES põe a culpa no mercado; quando vai bem, o mérito é da sua "boa gestão"! Ironicamente, o que acabou animando o mercado acionário neste ano foi justamente a queda de popularidade do atual governo, controlador do BNDES, aumentando as chances de segundo turno nas eleições.
Ainda seguindo com a sua explicação sobre o resultado do semestre, o BNDES diz que "outro fator que influenciou positivamente o lucro de junho foi o aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira". Essa rubrica engloba os repasses de crédito do BNDES e o resultado de rendimentos dos seus ativos. Porém, do total de receitas consolidadas com intermediação financeira no período, R$ 8,4 bilhões vieram não das operações de repasse de crédito em si (a atividade central do banco), mas de aplicações em títulos e rendas com operações vinculadas ao Tesouro. Esses itens representaram nada menos que 43% das receitas com intermediação do banco.
O que são essas operações? Como todo banco, o BNDES tem ativos e pode aplicá-los no mercado, rendendo juros. Não menos importante, como já detectado por especialistas em contas públicas como Mansueto Almeida e José Roberto Afonso, parte dos títulos do BNDES é de transferências do próprio governo, que se tem endividado para capitalizar o banco. Ocorre que o governo empresta ao BNDES dinheiro atrelado a uma taxa subsidiada, a TJLP, atualmente em 5% ao ano, muito inferior às taxas de mercado. E o contexto foi mais uma vez favorável: a taxa de referência do mercado, a Selic, saltou de 7,25% para 11% ao ano do começo de 2013 para cá.
Com isso, o governo se endivida e repassa ao BNDES ativos que rendem muito mais que a taxa subsidiada do governo. Ao aumentar o lucro da sua controlada, o governo pode, então, usar parte desse lucro como dividendos e inflar o seu superávit. Convenhamos: com tantas manobras, fica difícil de acreditar que a atual gestão do BNDES e o seu controlador realmente tenham transparência como um de seus pilares.
*Sérgio Lazzarini é professor titular do Insper, autor de 'Capitalismo de Laços' e de 'Reinventing State Capitalism'. Email: sergiogl1@insper.edu.br -
Frase
Vânia Borgerth, assessora em Contabilidade e Transparência do Mercado do BNDES, sobre a metodologia proposta pelo relato integrado, ao Valor Econômico. O BNDES está sendo obrigado a divulgar informações sobre empréstimos realizados.
Petrobrás e Vaca Muerta
Apesar dos diversos erros cometidos pela empresa Petrobrás nas decisões de investimento no exterior, a empresa continua apoiando o risco. Segundo o El País, a empresa estatal brasileira decidiu investir na região de Vaca Muerta na exploração de petróleo e gás. Onde fica Vaca Muerta? Na estável Argentina, que atualmente vive uma crise da dívida e possui um governo imprevisível.
Listas: Jovens Economistas brilhantes
Segundo o FMI:
1. Nicholas Bloom, 41, British, Stanford University, uses quantitative research to measure and explain management practices across firms and countries. He also researches the causes and consequences of uncertainty and studies innovation and information technology.
2. Amy Finkelstein, 40, American, MIT, researches the impact of pub- lic policy on health care systems, government intervention in health insurance markets, and market failures.
3. Raj Chetty, 35, Indian and American, Harvard University, received his Ph.D. at age 23. He combines empirical evidence and economic theory to research how to improve government pol- icy decisions in areas such as tax policy, unemployment insurance, education, and equality of opportunity.
4. Melissa Dell, 31, American, Harvard, examines poverty and insecurity through the relationship between state and non-state actors and economic development, and studies how reforms such as government crackdowns on drug violence can influence economic outcomes.
5. Kristin Forbes, 44, American, Bank of England and MIT, has held positions in both academia and the economic policy sphere, where she applies her research to policy questions related to international macroeconomics and finance.
6. Roland Fryer, 37, American, Harvard, focuses on the social and political economics of race and inequality in the United States. His research investigates economic disparity through the development of new economic theory and the implementation of randomized experiments.
7. Xavier Gabaix, 43, French, New York University (NYU), has researched behavioral economics, finance, and macro- economics, including corporate executives' compensation levels and asset pricing.
8. Gita Gopinath, 42, American and Indian, Harvard, studies international macroeconomics and trade with a focus on sovereign debt, the response of international prices to exchange rate movements, and the rapid shifts in relative value among world currencies.
9. Esther Duflo, 42, French and American, Massachusetts Institute of Technology (MIT) and the Jameel Poverty Action Lab, focuses on microeconomic issues in developing economies, including household behavior, education, access to finance, health, and policy evaluation.
10. Matthew Gentzkow, 39, American, University of Chicago, applies micro- economic empirical methods to the economics of the news media, including the economic forces driving the creation of media products, the media and the digital environment, and the media's effect on education and civic engagement.
11. Emmanuel Farhi, 35, French, Harvard, is a macroeconomist who focuses on monetary economics, international economics, finance and public finance, including research on global imbalances, monetary and fiscal policy, and taxation.
12. Oleg Itskhoki, 31, Russian, Princeton University, specializes in macroeconomics and international economics with a focus on globalization, inequality and labor market out- comes, international relative prices and exchange rates, and macroeconomic policy in open economies.
13. Hélène Rey, 44, French, London Business School, focuses on the determinants and consequences of external trade and financial imbalances, the theory of financial crises, and the organization of the international monetary system.
14. Emmanuel Saez, 41, French and American, University of California, Berkeley, is recognized for using both theoretical and empirical approaches to income inequality and tax policy.
15. Jonathan Levin, 41, American, Stanford, is an expert on industrial organization and microeconomic theory, specifically on the economics of contracting, organizations, and market design.
16. Atif Mian, 39, Pakistani and American, Princeton, studies the connections between finance and the macro economy. He is coauthor of the critically acclaimed House of Debt, which builds on powerful new data to describe how debt precipitated the Great Recession and continues to threaten the global economy.
17. Emi Nakamura, 33, Canadian and American, Columbia University, is a macroeconomist whose fields of research include monetary and fiscal policy, business cycles, finance, exchange rates, and macreconomic measurement.
18. Nathan Nunn, 40, Canadian, Harvard, focuses his research on economic history, economic development, political econ- omy and international trade. Of particular interest is the long-term impact of historic events such as slave trade and colonial rule on economic development.
19. Parag Pathak, 34, American, MIT, played a role in apply- ing engineering approaches to microeconomics. His research focuses on market design, education and urban economics.
20. Thomas Philippon, 44, French, NYU, studies the interactions of finance and macroeconomics: risk premia and corporate investment, financial crisis and systemic risk, and the evolution of financial intermediation.
21. Amit Seru, 40, Indian, University of Chicago, researches financial intermediation and regulation as well as issues related to corporate finance, including resource allocation within and between firms, and organizational incentives.
22. Amir Sufi, 37, American, University of Chicago, is coauthor of House of Debt. He studies links between finance and the macro economy, including the effect of house prices on spending and the effect of corporate finance on investment.
23. Iván Werning, 40, Argentine, MIT, is a macroeconomist who aims to improve tax and unemployment insurance policies via theoretical economic models. As well as optimal taxation, he studies stabilization and monetary policy, including macroprudential policy.
24. Justin Wolfers, 41, Australian and American, Peterson Institute for International Economics and University of Michigan (on leave), studies labor economics, macroeconomics, political economy, law and economics, social policy, and behavioral economics. In addition to his research, Wolfers is a columnist for The New York Times.
25. Thomas Piketty, 43, French, Paris School of Economics, is known for his research, with Emmanuel Saez, on the distribution of income and wealth. His bestseller, Capital in the Twenty-First Century, argues that global inequality will increase because the rate of capital return in developed economies is higher than the rate of economic growth, exacerbating wealth inequality.
1. Nicholas Bloom, 41, British, Stanford University, uses quantitative research to measure and explain management practices across firms and countries. He also researches the causes and consequences of uncertainty and studies innovation and information technology.
2. Amy Finkelstein, 40, American, MIT, researches the impact of pub- lic policy on health care systems, government intervention in health insurance markets, and market failures.
3. Raj Chetty, 35, Indian and American, Harvard University, received his Ph.D. at age 23. He combines empirical evidence and economic theory to research how to improve government pol- icy decisions in areas such as tax policy, unemployment insurance, education, and equality of opportunity.
4. Melissa Dell, 31, American, Harvard, examines poverty and insecurity through the relationship between state and non-state actors and economic development, and studies how reforms such as government crackdowns on drug violence can influence economic outcomes.
5. Kristin Forbes, 44, American, Bank of England and MIT, has held positions in both academia and the economic policy sphere, where she applies her research to policy questions related to international macroeconomics and finance.
6. Roland Fryer, 37, American, Harvard, focuses on the social and political economics of race and inequality in the United States. His research investigates economic disparity through the development of new economic theory and the implementation of randomized experiments.
7. Xavier Gabaix, 43, French, New York University (NYU), has researched behavioral economics, finance, and macro- economics, including corporate executives' compensation levels and asset pricing.
8. Gita Gopinath, 42, American and Indian, Harvard, studies international macroeconomics and trade with a focus on sovereign debt, the response of international prices to exchange rate movements, and the rapid shifts in relative value among world currencies.
9. Esther Duflo, 42, French and American, Massachusetts Institute of Technology (MIT) and the Jameel Poverty Action Lab, focuses on microeconomic issues in developing economies, including household behavior, education, access to finance, health, and policy evaluation.
10. Matthew Gentzkow, 39, American, University of Chicago, applies micro- economic empirical methods to the economics of the news media, including the economic forces driving the creation of media products, the media and the digital environment, and the media's effect on education and civic engagement.
11. Emmanuel Farhi, 35, French, Harvard, is a macroeconomist who focuses on monetary economics, international economics, finance and public finance, including research on global imbalances, monetary and fiscal policy, and taxation.
12. Oleg Itskhoki, 31, Russian, Princeton University, specializes in macroeconomics and international economics with a focus on globalization, inequality and labor market out- comes, international relative prices and exchange rates, and macroeconomic policy in open economies.
13. Hélène Rey, 44, French, London Business School, focuses on the determinants and consequences of external trade and financial imbalances, the theory of financial crises, and the organization of the international monetary system.
14. Emmanuel Saez, 41, French and American, University of California, Berkeley, is recognized for using both theoretical and empirical approaches to income inequality and tax policy.
15. Jonathan Levin, 41, American, Stanford, is an expert on industrial organization and microeconomic theory, specifically on the economics of contracting, organizations, and market design.
16. Atif Mian, 39, Pakistani and American, Princeton, studies the connections between finance and the macro economy. He is coauthor of the critically acclaimed House of Debt, which builds on powerful new data to describe how debt precipitated the Great Recession and continues to threaten the global economy.
17. Emi Nakamura, 33, Canadian and American, Columbia University, is a macroeconomist whose fields of research include monetary and fiscal policy, business cycles, finance, exchange rates, and macreconomic measurement.
18. Nathan Nunn, 40, Canadian, Harvard, focuses his research on economic history, economic development, political econ- omy and international trade. Of particular interest is the long-term impact of historic events such as slave trade and colonial rule on economic development.
19. Parag Pathak, 34, American, MIT, played a role in apply- ing engineering approaches to microeconomics. His research focuses on market design, education and urban economics.
20. Thomas Philippon, 44, French, NYU, studies the interactions of finance and macroeconomics: risk premia and corporate investment, financial crisis and systemic risk, and the evolution of financial intermediation.
21. Amit Seru, 40, Indian, University of Chicago, researches financial intermediation and regulation as well as issues related to corporate finance, including resource allocation within and between firms, and organizational incentives.
22. Amir Sufi, 37, American, University of Chicago, is coauthor of House of Debt. He studies links between finance and the macro economy, including the effect of house prices on spending and the effect of corporate finance on investment.
23. Iván Werning, 40, Argentine, MIT, is a macroeconomist who aims to improve tax and unemployment insurance policies via theoretical economic models. As well as optimal taxation, he studies stabilization and monetary policy, including macroprudential policy.
24. Justin Wolfers, 41, Australian and American, Peterson Institute for International Economics and University of Michigan (on leave), studies labor economics, macroeconomics, political economy, law and economics, social policy, and behavioral economics. In addition to his research, Wolfers is a columnist for The New York Times.
25. Thomas Piketty, 43, French, Paris School of Economics, is known for his research, with Emmanuel Saez, on the distribution of income and wealth. His bestseller, Capital in the Twenty-First Century, argues that global inequality will increase because the rate of capital return in developed economies is higher than the rate of economic growth, exacerbating wealth inequality.
28 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 3
A provisão para crédito de liquidação duvidosa ou provisão de
devedores duvidosos deve levar em consideração a probabilidade da empresa não
receber os valores prometidos pelos seus clientes (Apesar de existir uma
controvérsia com respeito da denominação desta provisão, o certo é que o termo
é amplamente utilizado, inclusive por grandes empresas). É uma estimativa da
chance de transformação de um ativo menos líquido, no caso os valores a
receber, em caixa. Existem dois setores onde a constituição, as baixas e os
saldos da Provisão são fundamentais no desempenho das empresas: as empresas com
elevadas comercialização a prazo e as instituições financeiras.
As chances de recebimento podem variar conforme as
características e qualidades do crédito. Assim, um cliente com caráter, capacidade
de pagamento, com capital, com condições e garantias (colateral) – os cinco C´s
do crédito – terá uma chance maior de pagamento do que um cliente com um
histórico de atrasos. Cada empresa deve fazer uma análise da sua carteira antes
de proceder a classificação.
Considere o exemplo do Bradesco. Este
banco divide sua carteira de crédito, classificando seus clientes como AA
(menor risco), A, B, até H, sendo estes de maior risco. Uma carteira com mais
clientes H será uma carteira com maior risco; maior concentração nas primeiras
letras do alfabeto representa menos risco. Os clientes AA possuem grande
qualidade e o Bradesco não constitui provisão para eles. Os clientes A possuem
um risco maior e no mínimo a provisão é de 0,5% do valor do crédito. No final
do primeiro trimestre a carteira destes clientes era de R$138 bilhões e por
este motivo a provisão mínima deveria ser de 691 milhões de reais ou 0,5% x 138
bilhões. Fazendo um saldo, os clientes F não são tão confiáveis e por este
motivo a provisão deste grupo é de 50% do valor. Como o Bradesco tinha R$2,8
bilhões de títulos com estes clientes, a provisão mínima para estes clientes
seria de 1,4 bilhão. E os clientes H? Este grupo é tão questionável que a
provisão é integral. Ou seja, os 10,5 bilhões de reais devem ser considerados
como totalmente provisionados.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
FMI e Fraude
Magistrados franceses colocaram a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, sob investigação formal por negligência em um caso de fraude política datado de 2008, quando ela era ministra das Finanças, disse o advogado de Lagarde nesta quarta-feira (27). O advogado Yves Repiquet disse à Reuters que Lagarde, que nesta semana foi interrogada por magistrados em Paris pela quarta vez sob seu status atual de testemunha na longa saga, declarou que a medida é infundada. "Estamos entrando com um recurso contra isso", disse Repiquet por telefone, acrescentando que Lagarde, que deveria retornar à sede do FMI em Washington ainda nesta quarta-feira, não tem planos de renunciar ao cargo.
Folha de S Paulo
Folha de S Paulo
Listas: Onde temos muitos contabilistas
Unidades da federação: relação entre número de habitantes e número de contabilistas
1. Distrito Federal = 162
2. Rio de Janeiro = 298
3. Santa Catarina = 307
4. Rio Grande do Sul = 309
5. São Paulo = 312
6. Rondônia = 314
7. Paraná = 345
8. Espírito Santo = 351
9. Mato Grosso = 361
10. Mato Grosso do Sul = 365
Fonte: Aqui
A relação elevada do DF talvez seja explicada pelo serviço público, onde é obrigatório o registro do profissional para assumir certas funções. A surpresa é Rondônia (assim como MT e MS). Valores de 31 de outubro de 2010.
1. Distrito Federal = 162
2. Rio de Janeiro = 298
3. Santa Catarina = 307
4. Rio Grande do Sul = 309
5. São Paulo = 312
6. Rondônia = 314
7. Paraná = 345
8. Espírito Santo = 351
9. Mato Grosso = 361
10. Mato Grosso do Sul = 365
Fonte: Aqui
A relação elevada do DF talvez seja explicada pelo serviço público, onde é obrigatório o registro do profissional para assumir certas funções. A surpresa é Rondônia (assim como MT e MS). Valores de 31 de outubro de 2010.
27 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Contrato como Intangível
Quando se fala em intangível geralmente pensamos em marca ou
ponto comercial. Mas um intangível importante para certos tipos de empresas é o
contrato de concessão. Este contrato é usualmente firmado entre uma empresa e o
poder público para prestar certos serviços. Neste tipo de contrato, não existe
a garantia de receber certa quantia em dinheiro, já que o montante recebido
depende do uso do serviço da empresa. Ao final do contrato, os ativos retornam
para a concedente, tendo a empresa direito a receber os saldos não amortizados
ou não depreciados destes itens.
Um exemplo de contrato de concessão é aquele firmado entre
uma prefeitura e uma empresa que irá explorar o serviço de metrô. O contrato
possui uma duração de anos, e até décadas, e irá gerar receita no futuro para a
empresa concessionária. A seguir temos o extrato do balanço patrimonial da
MetroRio, a empresa que explora o serviço metroviário na cidade do Rio de Janeiro.
Observe que o intangível corresponde a grande parte do ativo
total, num valor maior que os trens ou os ativos de curto prazo. Como foi calculado o valor deste intangível? A empresa
apresenta, nas notas explicativas, um pequeno detalhamento da metodologia
utilizada:
Basicamente a empresa faz uma estimativa do fluxo de caixa
futuro e traz a valor presente usando uma taxa (o “custo de capital” do texto).
(Existem detalhes técnicos nesta mensuração, mas é interessante notar que
utiliza cinco anos, apesar do contrato de ser até 2034).
Outro aspecto importante é que o valor do contrato é
amortizado ao longo do tempo, sendo levado a resultado.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Novo contador da SEC
A Securities and Exchange Commission nomeou James Schnurr como contador-chefe para o lugar de Paul A. Beswick. Schnurr começa no seu novo cargo em outubro e será responsável pela política de auditoria contábil e do desempenho dos auditores das grandes empresas dos Estados Unidos.
James trabalhou durante muitos anos na Deloitte (mais de dez anos), tendo chegado a vice-presidente.
James trabalhou durante muitos anos na Deloitte (mais de dez anos), tendo chegado a vice-presidente.
Problemas que devemos tentar resolver
Os problemas que valem a pena são os que você pode realmente resolver ou ajudar a resolver, que você pode realmente contribuir com algo. Um problema é grande na ciência se está diante de nós sem solução e vemos alguma forma para fazermos algum progresso nisso. Eu aconselho você a tornar ainda mais simples, ou como você diz, humilde, os problemas até encontrar algum que você pode realmente resolver facilmente, não importa o quão trivial. Você vai ter o prazer de sucesso e de ajudar o próximo, mesmo que seja somente para responder a uma pergunta de um colega menos capaz do que você.
(...) eu tinha um outro aluno de doutorado (Albert Hibbs) cuja tese foi sobre como os ventos constroem ondas soprando a água no mar. Aceitei-o como um aluno porque ele veio até mim com o problema que queria resolver. Com você eu cometi um erro, eu dei-lhe o problema, em vez de deixá-lo encontrar o seu próprio; e você ficou com uma ideia errada do que é interessante ou agradável ou importante para trabalhar (...). Sinto muito, me desculpe. (...)
Nenhum problema é muito pequeno ou muito trivial se podemos realmente fazer algo sobre isso.
Meio milhão
O Conselho Federal anunciou que o Brasil atingiu a marca de 500 mil profissionais registrados. São Paulo é o estado com maior número de profissionais, com 139 mil; depois Minas (55 mil) e Rio de Janeiro (54,7 mil).
Do total, quase 70% são técnicos e 60% homens.
Do total, quase 70% são técnicos e 60% homens.
Listas: Os Estados e os Contadores
1 – São Paulo =138811
2 – Minas Gerais = 54920
3 – Rio de Janeiro = 54704
4 – Rio Grande do Sul = 37801
5 – Paraná = 32100
6 – Bahia =21379
7 – Santa Catarina = 20196
8 – Distrito Federal = 14955
9 – Pernambuco =
13703
10 – Ceará = 12478
As dez unidades da federação com maior número de contadores registrados. Fonte: CFC
26 agosto 2014
Rir é o melhor remédio
O ser humano pode viver sem: alimento, água, dormir, internet...
Ferramentas do Facebook: disponíveis e úteis.
A evolução digital: conteúdo e propaganda
Fonte: Aqui
Ferramentas do Facebook: disponíveis e úteis.
A evolução digital: conteúdo e propaganda
Fonte: Aqui
Curso de Contabilidade Básica: Sem fins lucrativos 2
A contabilidade possui muitas utilidades. Em geral quando
aprendemos os primeiros passos na área concentramos nossa atenção nas empresas
de serviço ou comercial, com fins lucrativos. E o uso que fazemos das
informações obtidas geralmente está associado a uma decisão financeira:
emprestar dinheiro para empresa, investir em ações, verificar a chance de
falência, etc.
Iremos tratar hoje de uma entidade sem fim lucrativo. E
nosso objetivo é um pouco diferente das situações usuais. Vamos observar as
informações contábeis do Instituto Ronald McDonald, uma entidade associada à
empresa de fast-food McDonald´s. E nosso objetivo é tentar ajudar você a tomar
uma decisão bem simples: você deve ajudar ou não o Instituto? Geralmente em
agosto a rede de sanduíche promove o “McDia Feliz”, onde o cliente pode
consumir um Big Mac, o principal sanduíche da rede, e o recurso arrecadado,
exceto alguns impostos, é revertido para instituições de apoio e combate ao
câncer infanto-juvenil no Brasil.
O Instituto Ronald McDonald disponibiliza um Relatório deAtividades desde 2004.
Isto é um ponto positivo, já que a entidade está disposta a mostra o que faz
com o dinheiro obtido nas campanhas. Vamos analisar somente o último relatório,
mas você poderá notar que não existe muita diferença entre eles.
O relatório de atividades possui 72 páginas e é muito bem
produzido. Mostramos a seguir a primeira página, com um desenho feito por uma
criança de Santa Catarina. O objetivo do relatório de atividades já aparece
muito claro aqui: comover o doador. O texto é dividido em Conselhos, Mensagem
do Presidente, Quem somos, Programas, Projetos, Fontes de Recursos,
Solidariedade traduzida em números, Transparência, Mensagem do Superintendente
e Ficha Técnica. Cada um destes capítulos possui uma cor diferente, mas o
padrão de apresentação é basicamente o mesmo: uma apresentação bonita, com
muitas fotografias de crianças e um texto agradável.
No capítulo de Fontes de Recursos ficamos sabendo que foram
vendidas 1,8 milhão de unidades em 2013, com uma arrecadação de 20,4 milhões de
reais. Isto equivale a 11,33 reais por unidade vendida e fez com que o ano de
2013 batesse o recorde da campanha.
Vamos olhar as informações contábeis, que estão no capítulo
Transparência. Este item começa com a “carta de auditoria”, assinada pela EY,
uma das grandes empresas de auditoria, o que daria uma tranquilidade para o
doador. Logo no segundo parágrafo a EY fala que examinou as “demonstrações
financeiras” que “compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e
as respectivas demonstrações do resultado das atividades sociais, das mutações
do patrimônio social e dos fluxos de caixa (...) assim como o resumo das
principais práticas contábeis e demais notas explicativas”. E esta carta afirma que está tudo certo com
as informações. Isto parece ser um alívio para o leitor que deseja consumir seu
Big Mac para ajudar as criancinhas.
Vamos então olhar as demonstrações financeiras do Instituto.
Na página seguinte temos o balanço patrimonial, que se encontra reproduzido
abaixo. A entidade possui um “caixa e equivalentes de caixa” de 13,7 milhões,
que corresponde a 55% do ativo. (Volte no texto e veja que em 2013 o instituto
vendeu 20,4 milhões de reais durante a promoção; parece que quase 70% estão “descansando”
no caixa). A figura mostra que os detalhes desta conta estão na nota
explicativa “4”. Existem 10,4 milhões de recursos repassados, que é explicado
na nota 5.
No passivo existem 5,5 milhões de recursos a repassar e o “fundo
social”, que corresponde ao capital social numa empresa, é de 16,4 milhões ou
dois terços do lado direito. Observe o leitor que destacamos a seguinte informação:
“as notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras”.
Bom, então vamos para as notas explicativas. Se o leitor
tiver a curiosidade de acompanhar este texto com as demonstrações financeiras irá
perceber que a carta do auditor está na página 67, o balanço patrimonial na
página 68 e página seguinte é outro capítulo, qual seja, a “mensagem do
supervisor”. É isto mesmo: a “transparência” limita-se a duas páginas! E as
notas explicativas – conforme a carta e a figura acima? Não são apresentadas
para o leitor. E as outras demonstrações financeiras que o auditor disse que
analisou? Também não são apresentadas. Ou melhor, parece que é de uso e análise
exclusiva da EY, a empresa de auditoria.
Ficamos curiosos em saber quem era o contador do Instituto.
Mas isto também não é objeto do Relatório de Atividades. Se o leitor for mais
curioso ainda poderá verificar que em nenhum dos relatórios anteriores as
demonstrações são apresentadas completas.
Para finalizar encaminhamos a seguinte mensagem para o
Instituto:
Estava lendo o
relatório de atividades do Instituto e percebi que o auditor comenta sobre
"notas explicativas" e "outras demonstrações". Entretanto,
o relatório só apresenta o Balanço Patrimonial. É isto mesmo?
Vamos ver se teremos uma resposta.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Casamento e felicidade
Um relatório do National Marriage Project, dos Estados Unidos, mostrou que ter um grande casamento, com uma grande festa, aumenta a chance de ter mais felicidade conjugal. Os pesquisadores analisaram 418 casamentos durante cinco anos, a partir de 2007 e 2008. Os casais que convidaram mais de 150 pessoas foram mais felizes em 47% do tempo. Casais que tiveram menos de 50 pessoas relataram felicidade em 31% do tempo.
Uma análise é que mais convidados aumenta o incentivo para manter o compromisso. Além disto, mais pessoas indicaria uma maior sustentação de amigos e familiares.
Uma análise é que mais convidados aumenta o incentivo para manter o compromisso. Além disto, mais pessoas indicaria uma maior sustentação de amigos e familiares.
Contrabando e o Senhor Mercado
O governo, ao tentar fazer "política econômica" dando incentivos a determinados setores da sociedade, termina por gerar distorções. Estes efeitos colaterais da intervenção do governo são imediatamente aproveitados pelo mercado. Na Venezuela temos a gasolina mais barata do mundo graças a presença forte da PDVSA e do excesso de petróleo. A distorção em manter o preço abaixo do praticado em outros países provoca efeitos. No texto a seguir apresenta-se o "contrabando" de gasolina para outros países:
(Fotografia, aqui)
O contrabando de gasolina produzida na Venezuela para países vizinhos é atualmente um dos maiores problemas que o governo do presidente Nicolás Maduro enfrenta. Analistas econômicos estimam que, na fronteira com a Colômbia, esse mercado ilegal movimente mais dinheiro que o narcotráfico.
"Esses lucros são tão grandes que se estima que o contrabando de gasolina produza mais lucro do que o tráfico de drogas", disse ontem ao Estado o economista Rafael Quiroz, especialista em petróleo e professor da Universidade Central da Venezuela. Entre 2002 e 2003, Quiroz dirigiu o escritório da presidência da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a estatal que controla a produção do insumo no país.
De acordo com o analista, os contrabandistas de combustível conseguem lucros de "mais de 10.000%" ao comercializar ilegalmente o produto venezuelano na Colômbia. "Temos a gasolina mais barata do mundo (em termos de vendas ao consumidor)", disse Quiroz, explicando que a extrema depreciação do bolívar em relação ao dólar e o baixo valor da moeda venezuelana em relação ao peso colombiano - que vale cerca de 40 vezes mais do que o dinheiro da Venezuela - contribui para que os ganhos dos traficantes seja tão alto.
Alertando que "faltam fontes confiáveis", o economista Juan Socías, diretor do Grupo Soluciones, calcula que até 400 mil pessoas - cerca de 300 mil do lado colombiano da fronteira e "pouco menos de 100 mil" do lado venezuelano - vivam atualmente do contrabando de gasolina.
O especialista explicou que a discrepância entre o preço do combustível praticado na Venezuela e no restante da América Latina, que em média chega a US$ 1,29 por litro, é responsável "essa distorção natural".
"O contrabando de gasolina é evidente. Nas estradas da Colômbia (próximo à fronteira com a Venezuela) é possível encontrar pessoas vendendo gasolina colombiana durante todo o dia. Essa magnitude do tráfico é realmente muito grande", disse Socías.
Apreensão. Segundo Quiroz, "no eixo fronteiriço" entre as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio del Táchira e a região de Cúcuta, no Departamento (Estado) colombiano de Norte de Santander, "pode haver desemprego, mas não há desocupação".
De acordo com ele, no entanto, o contrabando de gasolina venezuelana não se destina somente à Colômbia, mas também para países caribenhos e ilhas vizinhas, principalmente Curaçau, Aruba, Bonaire, Jamaica e as Ilhas Cayman. O analista afirmou que, dos cerca de 150 mil barris de gasolina contrabandeados diariamente para fora da Venezuela, 70 mil vão para a Colômbia e os 80 mil restantes, para o Caribe.
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, informou no sábado que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) apreendeu 63 mil litros de combustível e 10 toneladas de alimentos durante uma operação realizada na região da fronteira, no município venezuelano de Mara, no Estado de Zulia, na divisa com o território colombiano.
De acordo com Arreaza, um major do Exército venezuelano foi morto na noite da sexta-feira quando dava apoio às operações contra o contrabando na região da fronteira entre os dois países.
Desde o dia 11, o governo da Venezuela tem fechado as passagens fronteiriças com a Colômbia com a intenção de coibir a passagem ilegal de diversos produtos para o país vizinho, principalmente gasolina e alimentos. Segundo o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o chavista Diosdado Cabello, as operações contra esse tipo de crime têm ocorrido diariamente.
Confrontos. O vice-presidente afirmou ainda que os alimentos apreendidos nas operações da semana passada eram, principalmente, gêneros de primeira necessidade, como arroz, óleo e açúcar. De acordo com Arreaza, os produtos, com preços subsidiados, foram encontrados em 20 casas e seriam redistribuídos em mercados particulares de Zulia com valores reajustados.
Segundo o general Vladimir Padrino López, 111 pessoas já foram detidas desde o início das operações contra o contrabando - 61 delas tiveram prisões preventivas decretadas e deverão aguardar pelo início do julgamento na cadeia. De acordo com as autoridades venezuelanas, a última operação na região apreendeu na região de fronteira quase 200 mil cápsulas de diclofenaco sódico (anti-inflamatório) e mais de 102 mil pílulas de amoxicilina (antibiótico) - duas pessoas foram presas.
No sábado, houve um confronto entre contrabandistas e forças militares na cidade de Guajira. Os criminosos queimaram um carro da FANB. Foi o segundo ataque a unidades do Exército, que foram enviadas à fronteira com a Colômbia para combater o contrabando.
(Fotografia, aqui)
O contrabando de gasolina produzida na Venezuela para países vizinhos é atualmente um dos maiores problemas que o governo do presidente Nicolás Maduro enfrenta. Analistas econômicos estimam que, na fronteira com a Colômbia, esse mercado ilegal movimente mais dinheiro que o narcotráfico.
"Esses lucros são tão grandes que se estima que o contrabando de gasolina produza mais lucro do que o tráfico de drogas", disse ontem ao Estado o economista Rafael Quiroz, especialista em petróleo e professor da Universidade Central da Venezuela. Entre 2002 e 2003, Quiroz dirigiu o escritório da presidência da Petróleos de Venezuela (PDVSA), a estatal que controla a produção do insumo no país.
De acordo com o analista, os contrabandistas de combustível conseguem lucros de "mais de 10.000%" ao comercializar ilegalmente o produto venezuelano na Colômbia. "Temos a gasolina mais barata do mundo (em termos de vendas ao consumidor)", disse Quiroz, explicando que a extrema depreciação do bolívar em relação ao dólar e o baixo valor da moeda venezuelana em relação ao peso colombiano - que vale cerca de 40 vezes mais do que o dinheiro da Venezuela - contribui para que os ganhos dos traficantes seja tão alto.
Alertando que "faltam fontes confiáveis", o economista Juan Socías, diretor do Grupo Soluciones, calcula que até 400 mil pessoas - cerca de 300 mil do lado colombiano da fronteira e "pouco menos de 100 mil" do lado venezuelano - vivam atualmente do contrabando de gasolina.
O especialista explicou que a discrepância entre o preço do combustível praticado na Venezuela e no restante da América Latina, que em média chega a US$ 1,29 por litro, é responsável "essa distorção natural".
"O contrabando de gasolina é evidente. Nas estradas da Colômbia (próximo à fronteira com a Venezuela) é possível encontrar pessoas vendendo gasolina colombiana durante todo o dia. Essa magnitude do tráfico é realmente muito grande", disse Socías.
Apreensão. Segundo Quiroz, "no eixo fronteiriço" entre as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio del Táchira e a região de Cúcuta, no Departamento (Estado) colombiano de Norte de Santander, "pode haver desemprego, mas não há desocupação".
De acordo com ele, no entanto, o contrabando de gasolina venezuelana não se destina somente à Colômbia, mas também para países caribenhos e ilhas vizinhas, principalmente Curaçau, Aruba, Bonaire, Jamaica e as Ilhas Cayman. O analista afirmou que, dos cerca de 150 mil barris de gasolina contrabandeados diariamente para fora da Venezuela, 70 mil vão para a Colômbia e os 80 mil restantes, para o Caribe.
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, informou no sábado que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) apreendeu 63 mil litros de combustível e 10 toneladas de alimentos durante uma operação realizada na região da fronteira, no município venezuelano de Mara, no Estado de Zulia, na divisa com o território colombiano.
De acordo com Arreaza, um major do Exército venezuelano foi morto na noite da sexta-feira quando dava apoio às operações contra o contrabando na região da fronteira entre os dois países.
Desde o dia 11, o governo da Venezuela tem fechado as passagens fronteiriças com a Colômbia com a intenção de coibir a passagem ilegal de diversos produtos para o país vizinho, principalmente gasolina e alimentos. Segundo o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o chavista Diosdado Cabello, as operações contra esse tipo de crime têm ocorrido diariamente.
Confrontos. O vice-presidente afirmou ainda que os alimentos apreendidos nas operações da semana passada eram, principalmente, gêneros de primeira necessidade, como arroz, óleo e açúcar. De acordo com Arreaza, os produtos, com preços subsidiados, foram encontrados em 20 casas e seriam redistribuídos em mercados particulares de Zulia com valores reajustados.
Segundo o general Vladimir Padrino López, 111 pessoas já foram detidas desde o início das operações contra o contrabando - 61 delas tiveram prisões preventivas decretadas e deverão aguardar pelo início do julgamento na cadeia. De acordo com as autoridades venezuelanas, a última operação na região apreendeu na região de fronteira quase 200 mil cápsulas de diclofenaco sódico (anti-inflamatório) e mais de 102 mil pílulas de amoxicilina (antibiótico) - duas pessoas foram presas.
No sábado, houve um confronto entre contrabandistas e forças militares na cidade de Guajira. Os criminosos queimaram um carro da FANB. Foi o segundo ataque a unidades do Exército, que foram enviadas à fronteira com a Colômbia para combater o contrabando.
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