30 abril 2008
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1. Propaganda em búlgaro com o campeão de xadrez Topolov
2. Temas de fotografia
3. Campanha ecologista Foto
4. Um navio que estourou os custos
5. Algumas empresas estão fazendo hedge para proteger das mudanças climáticas
Para evitar a destruição da marca, destruir o produto
A Mazda, subsidiária da Ford, decidiu destruir milhares de automóveis Mazda 3, para evitar prejuízos para a marca Mazda. Tudo começou quando o navio com uma carga de mais de quatro mil automóveis naufragou, mas parte da carga de veículos foi salva. O que fazer com o produto que sofreu os danos da água do mar? Vender mais barato para consumidores dispostos a correr riscos, deixar que Hollywood use o veículo em filmagens ou destruir. A empresa preferiu destruir os veículos. Aqui a reportagem completa do WS Journal. Aproveite para assistir o vídeo.
Valor Justo: ainda a discussão
Mas o que é a contabilidade verdadeira? Nunca é, e nunca pode ser, simplesmente os fatos. Trata-se de fatos tratados de acordo com alguma teoria para calcular o que a teoria define como seus resultados, por exemplo, a definição dos conceitos "lucro" e "capital".
Em outras palavras, não existe tal coisa como a contabilidade chegou a uma verdade de forma simples - só há fatos (e estimativas, projeções, suposições) que se transformou em resultados contábeis, tal como definido por alguma teoria.
(...)
Teoria contábeis são como os da política e filosofia: elas são debatidas durante anos sem uma clara demonstração de serem corretas (...) Isso as torna intelectualmente intrigante (pelo menos para alguns de nós) e aptas a inspirar ardente defesa e oposição, bem como deixá-los sob reserva de modismos. Por exemplo, a Securities and Exchange Commission exigiu a contabilização a custo histórico por várias décadas, mas agora a teoria da moda é o valor justo contábil. Quão boa uma teoria é?
Teorias podem ser julgadas sobre fundamentos conceituais e de política pública. Os opositores do valor justo salientam as suas muitas dificuldades práticas, tais como a incerteza do que pode ser um preço justo quando não existem traders nem ofertas. Mas, dada a prevalência das estimativas de contabilidade, esta não é uma objeção que impressiona os proponentes do valor justo.
Seguem-se três [falhas conceituais da teoria do valor justo]:
* O justo valor teórico trata de forma inadequada as empresas cuja atividade é gerar fluxos de caixa líquido ao longo do tempo como se fosse corretoras de valores mobiliários, cuja atividade diária é a compra e venda de valores mobiliários. (...)
* O valor justo significa que a deterioração da qualidade da dívida de uma empresa, que reduz o preço de mercado da dívida, seja comunicado ao público, bem como um aumento nos lucros e no capital da entidade. Por outro lado, uma melhoria na qualidade do crédito da empresa resulta numa dívida mais valiosa, que cria uma perda contábil e uma redução do capital. (...) é um absurdo. Quando um absurdo natural de uma teoria, temos que perguntarmos sobre a teoria.
* O valor justo contábil foi particularmente perverso nos resultados quando aplicado em meio a um mercado em pânico (...) Qual é o significado de um "preço de mercado" quando não há mercado? Mais ainda, os preços devem ser estimados ao projetar fluxos de caixa e pela aplicação de uma taxa de desconto. Sim, mas qual taxa de desconto?
Aqui o texto completo
Mais sobre o assunto, aqui
Em outras palavras, não existe tal coisa como a contabilidade chegou a uma verdade de forma simples - só há fatos (e estimativas, projeções, suposições) que se transformou em resultados contábeis, tal como definido por alguma teoria.
(...)
Teoria contábeis são como os da política e filosofia: elas são debatidas durante anos sem uma clara demonstração de serem corretas (...) Isso as torna intelectualmente intrigante (pelo menos para alguns de nós) e aptas a inspirar ardente defesa e oposição, bem como deixá-los sob reserva de modismos. Por exemplo, a Securities and Exchange Commission exigiu a contabilização a custo histórico por várias décadas, mas agora a teoria da moda é o valor justo contábil. Quão boa uma teoria é?
Teorias podem ser julgadas sobre fundamentos conceituais e de política pública. Os opositores do valor justo salientam as suas muitas dificuldades práticas, tais como a incerteza do que pode ser um preço justo quando não existem traders nem ofertas. Mas, dada a prevalência das estimativas de contabilidade, esta não é uma objeção que impressiona os proponentes do valor justo.
Seguem-se três [falhas conceituais da teoria do valor justo]:
* O justo valor teórico trata de forma inadequada as empresas cuja atividade é gerar fluxos de caixa líquido ao longo do tempo como se fosse corretoras de valores mobiliários, cuja atividade diária é a compra e venda de valores mobiliários. (...)
* O valor justo significa que a deterioração da qualidade da dívida de uma empresa, que reduz o preço de mercado da dívida, seja comunicado ao público, bem como um aumento nos lucros e no capital da entidade. Por outro lado, uma melhoria na qualidade do crédito da empresa resulta numa dívida mais valiosa, que cria uma perda contábil e uma redução do capital. (...) é um absurdo. Quando um absurdo natural de uma teoria, temos que perguntarmos sobre a teoria.
* O valor justo contábil foi particularmente perverso nos resultados quando aplicado em meio a um mercado em pânico (...) Qual é o significado de um "preço de mercado" quando não há mercado? Mais ainda, os preços devem ser estimados ao projetar fluxos de caixa e pela aplicação de uma taxa de desconto. Sim, mas qual taxa de desconto?
Aqui o texto completo
Mais sobre o assunto, aqui
Sobre a reforma
Sobre a reforma trabalhista (aqui) e a proposta que os empregados tenham acesso a contabilidade das empresas:
A proposta de agenda mínima para promover mudanças no regime trabalhista, apresentada pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, foi recebida com surpresa por instituições que representam as indústrias. Procuradas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) informaram que não tinham conhecimento do documento. (...)
Para Coelho [Luiz Eduardo Moreira Coelho, do Coelho, Morello e Bradfield], as empresas devem resistir à abertura de sua contabilidade na hora de traçar os planos para a participação em lucros. "Muitas vezes estão em jogo dados estratégicos. As companhias sempre vão preferir atrelar esses pagamentos a metas que fogem dos lucros contábeis", acredita. Como exemplo, cita o aumento de unidades produzidas ou a redução na taxa de retrabalho. Cordeiro acha que a resistência poderá vir principalmente das empresas que pagam a participação como forma de driblar os encargos trabalhistas sobre a elevação de salários.
Indústria desconhecia propostas de reforma
Valor Econômico - 30/4/2008
Custo no setor público
A prefeitura abre licitações, contrata empreiteiras e inicia as obras, mas nem sempre consegue concluí-las no prazo previsto. O principal motivo para isso (50% dos casos) é a falta de recursos para prosseguir com os projetos, que acabam tendo que ser paralisados por vários meses, segundo relatórios recém-aprovados pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). A conseqüência é o aumento de custos para reformar ou construir creches, postos de saúde e praças, entre outros projetos.
O conselheiro Nestor Rocha, que relatou uma das auditorias, criticou o município por deixar o planejamento financeiro em segundo plano: “Em se tratando de obra pública, a disponibilidade e suficiência dos recursos não são meros cuidados e deveres do administrador. São mandamentos legais e o devido planejamento do empreendimento torna-se imprescindível no cumprimento dos princípios da eficiência e da economicidade”.
(...) Depois da falta de verba, o principal motivo para os atrasos é a demora de concessionárias de serviços públicos (como Light e Cedae) para realocar cabos e tubulações.
Obras paradas custam mais - O Globo - 30/4/2008
Relatórios do TCM mostram que interrupção de contratos da prefeitura eleva custos
Luiz Ernesto Magalhães
Contabilidade de seguros
Segundo notícia da Reuters (IASB's Jones: Insurance accounting is broken, Emily Chasan, 29/4/2008) o vice-chairman do Iasb, Tom Jones, declarou que as regras contábeis para seguro estão "quebradas".
As regras atuais para as seguradoras são diferentes das outras empresas e "não tem mostrado a realidade econômica das empresas", afirmou Jones.
Ao contrário de outros setores, o Iasb está optando por usar o "current exit value" para contratos de seguros, em lugar do valor justo.
Tanto o Iasb quanto o Fasb possuem projetos para discutir as regras contábeis desse setor.
Falência da Arthur Andersen beneficiou as big four
Uma pesquisa que deverá ser publicada hoje conclui que a redução para quatro grandes empresas após o colapso da Arthur Andersen, em 2002, levou a uma média 2,4 por cento em aumento nas taxas pagas - excluindo o impacto de outros fatores, tais como mudanças na regulamentação.
(...) [A existência] uma ligação direta (...) é potencialmente explosiva dado o debate sobre os riscos de se ter tão poucas empresas responsáveis pela verificação das contas de todas as maiores empresas.
(...) O relatório foi patrocinado pela BDO Stoy Hayward, um rival para o Big Four, mas realizados de forma independente pela London School of Economics. (...)
Intrigante, a LSE estudo não encontrou provas de uma relação entre a concentração e honorários antes do colapso da Andersen.(...)
O forte aumento dos honorários de auditoria desde 2002 tem sido, até agora, em grande parte atribuída aos efeitos da nova regulamentação, tais como a passagem para as normas internacionais de contabilidade e da introdução nos Estados Unidos da Sarbanes-Oxley.
Andersen's collapse results in a fee bonus for Big Four rivals - JENNIFER HUGHES -
29 April 2008 - Financial Times - London Ed1
29 abril 2008
Rir é o melhor remédio
Essa foto foi tirada quando a bola de beisebol estava perto de atingir o seu objetivo (veja se você consegue localizar. Aqui a foto em tamanho maior).
Musica e Contabilidade
Recebi um e-mail de uma estudante de Teresina sobre a possibilidade de fazer um trabalho de conclusão de curso sobre música e contabilidade. "Gostaria de saber se existe um ramo da contabilidade voltada as orquestras assim como existe contabilidade rural, ambiental..."
Aqui o link com as postagens sobre o assunto do blog .
Fiz uma rápida pesquisa em alguns jornais e não encontrei muita coisa. Meu conselho: aborde o assunto de uma orquestra que faz ensaios durante meses para apresentações e precisa contabilizar os custos.
Custos e Agronegócios
Saiu o novo número da revista Custos e @gronegócio, de janeiro/abril de 2008 (clique aqui). Os artigos são os seguintes:
1. Como as empresas classificadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial evidenciam os custos e investimentos ambientais?
2. Custos ocultos e agronegócio
3. Custos de produção, expectativas de retorno e de risco do agronegócio mel no Planalto norte de Santa Catarina
4. Estudo dos fatores determinantes para a variação do curso dos insumos e do preço da soja no Estado do Rio Grande do Sul após o Plano Real
5. Uma análise da estrutura de custos do setor sucroalcooleiro brasileiro
6. Produção conjunta e decisões gerenciais: O caso de uma empresa de exportação de madeira tropical
7. Custos do cultivo do melão amarelo na safra 2006/2007: Um estudo de caso na empresa Santa Júlia Agro Comercial Exportadora de Frutas Tropicais Ltda
1. Como as empresas classificadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial evidenciam os custos e investimentos ambientais?
2. Custos ocultos e agronegócio
3. Custos de produção, expectativas de retorno e de risco do agronegócio mel no Planalto norte de Santa Catarina
4. Estudo dos fatores determinantes para a variação do curso dos insumos e do preço da soja no Estado do Rio Grande do Sul após o Plano Real
5. Uma análise da estrutura de custos do setor sucroalcooleiro brasileiro
6. Produção conjunta e decisões gerenciais: O caso de uma empresa de exportação de madeira tropical
7. Custos do cultivo do melão amarelo na safra 2006/2007: Um estudo de caso na empresa Santa Júlia Agro Comercial Exportadora de Frutas Tropicais Ltda
Impostos concentrados
Petróleo, energia elétrica e comunicações recolheram R$ 150 bilhões aos cofres de Estados e da União em 2007
Os setores de petróleo, energia elétrica e comunicações se transformaram no principal alvo das máquinas de arrecadação federal e estadual e recolheram em 2007 quase R$ 150 bilhões aos cofres públicos. Esse volume foi apurado pelo Estado com base em relatórios do Tesouro Nacional, da Receita Federal e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e já equivale a mais de 16% da carga tributária nacional.
Apelidados de blue chips da arrecadação, por seu potencial de gerar ganhos volumosos e fáceis para o Fisco, da mesma forma que na Bolsa de Valores, esses três setores carregam uma carga tributária em média duas vezes maior do que a maioria dos outros setores da economia. Para cada litro de gasolina, ao preço de R$ 2,50, o consumidor paga cerca de R$ 1,30 de imposto, ou seja, 60% do valor final. Isso sem contar tributos pagos pelas empresas sobre o lucro e, no caso da Petrobrás, pela produção do petróleo.
O mesmo ocorre com as contas de telefone e luz: de cada real pago para às operadoras e distribuidoras, quase metade é tributo. O mais famoso é o ICMS, arrecadado pelos governos estaduais. Não por acaso, a maior alíquota do ICMS, 25% (em alguns Estados, 30%), é cobrada sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
Atualmente, 43% da arrecadação de ICMS provêm desses impostos blue chips. Há 11 anos, em 1997, a fatia dos três setores correspondia a 26%. A mudança, segundo técnicos, pode se explicar pela guerra fiscal (que isentou de tributo outras mercadorias) e pela decisão dos Fiscos estaduais de se especializar na tributação e combate à sonegação nesses segmentos.
O imposto sobre combustíveis é cobrado bem antes do consumidor abastecer seu carro. Os 25% do ICMS são calculados sobre um valor de tabela do Confaz e recolhidos pelas refinarias diretamente aos cofres estaduais. O mesmo ocorre com o PIS/Cofins e a Cide - nesse caso, tributos federais. “Petróleo e derivados já são tributados pesadamente no Brasil”, diz o economista José Roberto Afonso, contrapondo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na semana passada, sugeriu aumento da taxação do petróleo.
Segundo ele, a tributação dos combustíveis era, pela Constituição de 1988, uma atribuição dos Estados. Tanto que o texto constitucional extinguiu os impostos únicos sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações, minerais e transportes (cobrados pela União) e os transferiu para dentro do ICMS (antigo ICM).
Entretanto, na gestão de Fernando Henrique Cardoso, o governo federal aprovou uma emenda constitucional trocando a palavra “tributos” por “impostos”, que abriu a porta para a cobrança de contribuições sobre gasolina e álcool. Combustíveis passaram a ser tributados pela PIS/Cofins e, desde 2002, por uma contribuição especial, a Cide, criada para financiar infra-estrutura de transportes, mas que serviu mesmo para reduzir a dívida do governo.
Agora, a estratégia do governo é aumentar a tributação do setor petrolífero por outro canal, os royalties. Há dois tipos de royalties: o comum, de 10% sobre o volume de produção, e a participação especial, de até 40% sobre o lucro das empresas. Essa participação especial que pode aumentar, sob o argumento de que é baixa no Brasil.
Levantamento feito pelo secretário da Fazenda do Rio, Joaquim Levy, mostra que a fatia do valor da produção petrolífera apropriada pelo governo brasileiro por meio de royalties e tributos é de 47%, abaixo da média mundial, de 60%.
“A questão precisa ser analisada olhando-se não só para o petróleo, mas também para a cadeia produtiva”, avalia Afonso. Embora os tributos sobre o petróleo sejam mais baixos no Brasil, na comercialização do combustível se incorporam outros que pesam para o consumidor.
Três setores viram alvo da Receita
Sérgio Gobetti - Estado de São Paulo 28/4/2008
Implantação da lei
O diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Eli Loria, disse nesta segunda-feira que o órgão e outras entidades correm contra o tempo para se adequar ao cronograma de implementação da nova lei contábil que regerá as empresas no país. Loria explicou que uma das principais dificuldades está na adaptação dos cerca de 400 mil contadores registrados às novas regras.
"É difícil, o cronograma está apertado, porque no final de 2008, os balanços têm que refletir a nova lei. Mas o Conselho Federal está engajado nesse processo educacional. São 400 mil registrados no Conselho. Temos um comitê de educação, focado no investidor. Pode haver também um esforço na formação de contadores, sempre em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade", afirmou, após participar de almoço na Amcham (Câmara de Comércio Americana), no Rio. (...)
CVM manifesta preocupação com cronograma de nova lei
Cirilo Junior - FolhaNews - 28/4/2008
Contabilidade e a crise: defesa do custo histórico
Después de la crisis de la deuda de 1982, la crisis de las sociedades de ahorro y préstamo de finales de los ochenta en Estados Unidos y la crisis financiera de Asia de 1997, la crisis de las hipotecas subprime es la cuarta crisis importante desde la Segunda Guerra Mundial y, por mucho, la mayor. (...)
¿Por qué suceden las crisis bancarias? ¿Acaso los banqueros son ignorantes? ¿Por qué aseguran riesgos que llevan a sus bancos al borde de la bancarrota? La respuesta está en una combinación de un sistema de contabilidad malo y varios efectos de riesgo moral que los sistemas normativos existentes no pudieron limitar.
El sistema de contabilidad malo son las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) que actualmente utilizan las grandes empresas de todo el mundo. El defecto de las NIIF es que no mitigan el contagio sistémico que resulta de los movimientos de precios de los activos. Cuando los precios de los activos se mueven, las empresas propietarias de esos activos se ven obligadas a reevaluarlos en sus balances trimestre tras trimestre. La información oportuna de las ganancias y pérdidas no realizadas hace que las acciones de la compañía tenedora sean volátiles, lo que envía ondas de choque por todo el sistema financiero.
Una alternativa sería un sistema de contabilidad cautelar, como el que las empresas alemanas utilizaban antes de que empezara la transición a las NIIF. En el sistema tradicional alemán, los activos de una empresa se evaluaban de acuerdo con el "principio del valor inferior": a efectos contables, se debía utilizar el precio histórico más bajo de un activo y su precio en el mercado en ese momento. Esto permitía a los banqueros buscar objetivos a más largo plazo y demostró ser efectivo para bloquear los efectos de contagio. En efecto, fue una de las razones principales de la estabilidad del sistema financiero alemán.(...)
Malas prácticas bancarias - Hans-Werner Sinn - Expansión - 29/4/2008
¿Por qué suceden las crisis bancarias? ¿Acaso los banqueros son ignorantes? ¿Por qué aseguran riesgos que llevan a sus bancos al borde de la bancarrota? La respuesta está en una combinación de un sistema de contabilidad malo y varios efectos de riesgo moral que los sistemas normativos existentes no pudieron limitar.
El sistema de contabilidad malo son las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF) que actualmente utilizan las grandes empresas de todo el mundo. El defecto de las NIIF es que no mitigan el contagio sistémico que resulta de los movimientos de precios de los activos. Cuando los precios de los activos se mueven, las empresas propietarias de esos activos se ven obligadas a reevaluarlos en sus balances trimestre tras trimestre. La información oportuna de las ganancias y pérdidas no realizadas hace que las acciones de la compañía tenedora sean volátiles, lo que envía ondas de choque por todo el sistema financiero.
Una alternativa sería un sistema de contabilidad cautelar, como el que las empresas alemanas utilizaban antes de que empezara la transición a las NIIF. En el sistema tradicional alemán, los activos de una empresa se evaluaban de acuerdo con el "principio del valor inferior": a efectos contables, se debía utilizar el precio histórico más bajo de un activo y su precio en el mercado en ese momento. Esto permitía a los banqueros buscar objetivos a más largo plazo y demostró ser efectivo para bloquear los efectos de contagio. En efecto, fue una de las razones principales de la estabilidad del sistema financiero alemán.(...)
Malas prácticas bancarias - Hans-Werner Sinn - Expansión - 29/4/2008
Contabilidade e Reforma Trabalhista
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, bateram o martelo numa agenda mínima para promover "mudanças radicais" nas relações entre capital e trabalho no Brasil, após reunião de quase três horas, na noite de quinta-feira, com a participação dos dirigentes de seis centrais sindicais. (...)
Para isso, algumas das medidas propostas são: desonerar a folha de salários das empresas da contribuição patronal; tornar compulsória a participação dos empregados nos lucros e resultados, assegurando o acesso dos trabalhadores à contabilidade das empresas; e criar uma espécie de Consolidação das Leis do Trabalho para os trabalhadores temporários e terceirizados e instituir a representação sindical desses trabalhadores por meio dos empregados permanentes. (...)
Lula aprova novo modelo para reforma trabalhista
Valor Econômico - 29/4/2008 (Grifo meu)
A seguir, dois trechos do documento onde o termo contabilidade é citado:
Já a partir do topo da pirâmide salarial, a iniciativa recomendada é a efetivação do princípio constitucional de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas. Princípio que até hoje permanece letra morta. É natural começar a dar-lhe efetividade a partir dos níveis mais altos do assalariados, em círculos concêntricas que incluam parcelas cada vez mais amplas da força de trabalho. É entre os assalariados melhor remunerados que se entende e se abraça com mais facilidade a idéia de que empresa e empregado podem e devem ser, de alguma maneira, sócios. Os participantes nessas discussões preocuparam-se em não deixar que a participação nos lucros ou resultados servisse apenas para converter salário regular em remuneração variável. Indícios de tal conversão devem ser considerados sinais presuntivos de violação da lei. E insistiram que a integridade do princípio requer, como garantia indispensável, o acesso dos representantes dos trabalhadores à contabilidade das empresas. Tal acesso pode surtir benefícios adicionais ao servir para instigar padrões mais exigentes de " governança corporativa " nas grandes e médias empresas em que costumam trabalhar os assalariados mais bem remunerados.
A desoneração radical da folha de salários é reivindicação quase unânime dos empresários. Ela não deve ser instaurada, contudo, se não em troca de outras medidas a que muitos empresários tenderão a resistir, como a organização e representação dos trabalhadores terceirizados, a amplicação progressiva do princípio de participação nos lucros e resultados e o resguardo dessa participação por meio do acesso que precisam ter os sindicatos à contabilidade das empresas. Tratar a proposta alinhada nessa minuta como conjunto de ações separadas, sob o pretexto de espírito prático, seria, pelo contrário, afundar em pragmatismo antipragmático.
28 abril 2008
Executivos canadenses ignoram IFRS
O Canadá adotou o IFRS recentemente (janeiro de 2006. Vide p. 52 do livro de Teoria da Contabilidade, recém lançado pela Atlas). Entretanto, notícia do Financial Post (Canadians Not Ready For New Accounting; International Rules, Peter Brieger, 26/4/2008, FP7), muitas empresas ainda não estão prontas para adotar as regras internacionais em 2011.
Pesquisa (The IFRS Readiness: Executive Research feita pela Ernst & Young, Canadian Financial Executives Research Foundation e Financial Executives International Canada) com 510 executivos mostrou que poucos sabem as diferenças entre as novas regras e os Canadian accounting principles.
Pesquisa (The IFRS Readiness: Executive Research feita pela Ernst & Young, Canadian Financial Executives Research Foundation e Financial Executives International Canada) com 510 executivos mostrou que poucos sabem as diferenças entre as novas regras e os Canadian accounting principles.
"a majority don't know what the new rules will cost them or whether their systems can easily adopt the new rules. (...)
While advocates of the new rules say it will cut costs for firms, executives surveyed in the Ernst & Young report cited costs and time constraints as two key concerns in adopting the new rules."
Intangíveis em audiência pública
Intangíveis estão em audiência pública
Gazeta Mercantil - 28/4/2008
São Paulo, 28 de Abril de 2008 - A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) colocou em período de audiência pública o 4 pronunciamento para alinhar a contabilidade do País às normas previstas pelo IFRS (International Financial Reporting Standards).
O conteúdo do documento detalha o novo tratamento a que serão submetidos os ativos intangíveis no novo desenho que terão o balanços das empresas. A minuta ficará à disposição e poderá receber sugestões e eventuais alterações até o dia 26 de maio.
O documento, cuja divulgação integra uma série de futuros pronunciamentos em conjunto com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), traz algumas alterações em relação à maneira como as empresas brasileiras identificam os intangíveis.
Uma dessas mudanças é a que estabelece a centralização em uma conta própria desses ativos nos balanços. Integram os intangíveis marcas e valores gerados dentro ou fora das organizações.
Isso significa, por exemplo, que as empresas terão de reconhecer e identificar ativos desse tipo sempre que puderem mensurar, de forma segura, vanta
gens financeiras futuras com eles.O órgão regulador do mercado de capitais brasileiro optou agregar à redação do texto colocado em audiência pública, algumas questões que ultrapassam o conteúdo do IAS 38. À norma, editada pelo IASB (International Accounting Standards Board ) e cujo conteúdo trata de forma genérica o reconhecimento e classificação dos intangíveis, a autarquia brasileira somou outros temas considerados relevantes. O principal deles é o que se refere à apuração e à mensuração adequadas de ágios gerados em hipotéticos processos de aquisição de empresas.
Nesses casos, a mescla entre valores intangíveis gerados pelas companhias envolvidas formam o que as normas definem como "combinação de negócios".
"Achamos que seria adequado trazer à minuta, de forma específica, clara e bem definida, essa discussão", explica o analista da superintendência de normas contábeis da CVM, Paulo Roberto Gonçalves. "O texto, porém, está contemplado em outros capítulos do IFRS", afirma o executivo.
Empresas brasileiras cujos papéis são negociados em bolsa terão até 2010 para divulgar balanços consolidados em IFRS.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Feltrin)
Conforme Alexandre Alcantara:
A CVM e o CPC esperam receber comentários em geral sobre a minuta de pronunciamento, além de contribuições específicas sobre:
1.Conceituação de concentração (ou combinação) de atividades empresariais (Business Combinations)
2. Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill)
3. Subvenções Governamentais
4. Custos relacionados ao início das operações
5. Reavaliação de ativos intangíveis
6. Ajustes decorrentes da aplicação inicial do Pronunciamento
7.Interpretação técnica sobre o tratamento contábil dos custos relacionados ao desenvolvimento de Websites.
A audiência é realizada em conjunto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, nos termos da Deliberação CVM nº 520/07, e as sugestões e os comentários deverão ser encaminhados até 26 de maio de 2008.
27 abril 2008
Rir é o melhor remédio
"Sim, nós podemos ler o seu blog. Ou você pode simplesmente contar como foi seu dia na escola", diz o pai para seu filho.
Fonte: Aqui
26 abril 2008
Petróleo e democracia
Para Thomas Friedman, colunista do NY Times, "o preço do petróleo e a liberdade movem em direções opostas". Zubin Jelveh, em seu blog publicado no Seeking Alpha, lembra essa idéia para enfatiza a idéia de que em países com recursos naturais abundante existe mais chance de se ter uma regime autoritário.
A discussão entre o petróleo e a democracia é controversa, mas vale a pena dar uma olhada no texto de Jelveh, em tempos de otimismo em razão das descobertas de petróleo no Brasil.
A discussão entre o petróleo e a democracia é controversa, mas vale a pena dar uma olhada no texto de Jelveh, em tempos de otimismo em razão das descobertas de petróleo no Brasil.
25 abril 2008
Escritórios e normas internacionais
Escritórios se preparam para mudanças no mercado contábil
Gazeta Mercantil
São Paulo, 23 de Abril de 2008 - Depois de passar dois anos em Londres, entre 1999 e 2001, o sócio da PricewaterhouseCoopers no Brasil, Fábio Cajazeira, voltou para o País determinado a disseminar as normas internacionais de contabilidade, conhecidas como IFRS (do inglês International Financial Reporting Standards) na empresa. Na Europa para um curso de especialização na central inglesa da Price, Cajazeira pôde estudar mais profundamente as normas editadas pelo órgão independente Iasb (International Accounting Standards Board), também localizado em Londres. "Naquela época a firma já entendia que a globalização do IFRS tinha uma probabilidade muito grande", conta o sócio. Logo com sua volta, em 2001, a empresa passou a promover cursos de aprimoramento para seus profissionais sobre as normas internacionais.
Hoje mantém um grupo especializado que chega a quase 300 pessoas, prontas para auxiliar a demanda já crescente de empresas com dúvidas quanto ao IFRS, padrão já utilizado por mais de cem países e que deverá ser usado por todas companhias brasileiras de capital aberto a partir de 2010.
Também tem colaborado para a movimentação a aprovação em dezembro da nova Lei das S.A., que padroniza as demonstrações financeiras das empresas de grande porte, já a partir de 2008, tendo em vista as normas internacionais. O assunto já rendeu três seminários organizados pela Price desde fevereiro em São Paulo, com mais de 400 participantes cada. Os eventos se repetiram em outras cidades onde a Price tem filial, como Rio , Porto Alegre e Salvador.
Na Deloitte Touche Tohmatsu, o ambiente para a chegada do IFRS no Brasil também vem sendo preparado há algum tempo. "Estes conceitos sempre estiveram na nossa carga de treinamento, mais massivamente nos últimos seis anos. Não adianta fazer um curso intensivo, em inglês. Isso tem que ser ensinados desde quando o profissional entra na empresa", conta o sócio Edimar Facco. "O que nós, auditores, entendemos é que, com as novas leis, nosso mercado aumenta. Mais informações precisam ser divulgadas e auditadas", diz.
Empresas buscam auxílio
Não são apenas os contadores e auditores que precisam se atualizar. "Os empresários estão com muitas dúvidas, o que traz até uma certa inatividade, já que eles não sabem como agir", conta Ramon Jobels, sócio da KPMG responsável pela recém-criada área de IFRS. Todos os dois mil funcionários da empresa vem recebendo treinamento básico para familiarização às normas padronizadas, enquanto os cerca de 300 gerentes, diretores e sócios têm cursos especiais.
"O esforço adicional que nossos clientes precisam é de tempo. Trata-se de um investimento de dinheiro e de horas", conta Jobels. "O que vamos ganhar só vai dar para saber no final do ano. Estimamos um crescimento de 30% para nosso escritório, e, pelo menos nesse primeiro ano, os custos vão acompanhar essa receita", estima o executivo quanto aos investimento em qualificação da equipe.
"Os contadores vão ter que se adaptar. Nós não estamos preparados para estas novas normas, as faculdades não ensinavam", explica o sócio da Baker Tilly Brasil, Paolo Giuseppe de Araújo. "Os auditores precisam continuar estudando. Pela lei, inclusive, temos que nos atualizar a cada três anos". Ele conta que entidades da classe, como a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), já vêm realizando seminários para a formação dos profissionais nas mudanças recentes do mercado contábil brasileiro. Os preços, conta ele, variam entre R$ 300 e R$ 600, podendo chegar até R$ 1 mil.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Juliana Elias)
Enviado por Alexandre Alcântara (grato)
Gazeta Mercantil
São Paulo, 23 de Abril de 2008 - Depois de passar dois anos em Londres, entre 1999 e 2001, o sócio da PricewaterhouseCoopers no Brasil, Fábio Cajazeira, voltou para o País determinado a disseminar as normas internacionais de contabilidade, conhecidas como IFRS (do inglês International Financial Reporting Standards) na empresa. Na Europa para um curso de especialização na central inglesa da Price, Cajazeira pôde estudar mais profundamente as normas editadas pelo órgão independente Iasb (International Accounting Standards Board), também localizado em Londres. "Naquela época a firma já entendia que a globalização do IFRS tinha uma probabilidade muito grande", conta o sócio. Logo com sua volta, em 2001, a empresa passou a promover cursos de aprimoramento para seus profissionais sobre as normas internacionais.
Hoje mantém um grupo especializado que chega a quase 300 pessoas, prontas para auxiliar a demanda já crescente de empresas com dúvidas quanto ao IFRS, padrão já utilizado por mais de cem países e que deverá ser usado por todas companhias brasileiras de capital aberto a partir de 2010.
Também tem colaborado para a movimentação a aprovação em dezembro da nova Lei das S.A., que padroniza as demonstrações financeiras das empresas de grande porte, já a partir de 2008, tendo em vista as normas internacionais. O assunto já rendeu três seminários organizados pela Price desde fevereiro em São Paulo, com mais de 400 participantes cada. Os eventos se repetiram em outras cidades onde a Price tem filial, como Rio , Porto Alegre e Salvador.
Na Deloitte Touche Tohmatsu, o ambiente para a chegada do IFRS no Brasil também vem sendo preparado há algum tempo. "Estes conceitos sempre estiveram na nossa carga de treinamento, mais massivamente nos últimos seis anos. Não adianta fazer um curso intensivo, em inglês. Isso tem que ser ensinados desde quando o profissional entra na empresa", conta o sócio Edimar Facco. "O que nós, auditores, entendemos é que, com as novas leis, nosso mercado aumenta. Mais informações precisam ser divulgadas e auditadas", diz.
Empresas buscam auxílio
Não são apenas os contadores e auditores que precisam se atualizar. "Os empresários estão com muitas dúvidas, o que traz até uma certa inatividade, já que eles não sabem como agir", conta Ramon Jobels, sócio da KPMG responsável pela recém-criada área de IFRS. Todos os dois mil funcionários da empresa vem recebendo treinamento básico para familiarização às normas padronizadas, enquanto os cerca de 300 gerentes, diretores e sócios têm cursos especiais.
"O esforço adicional que nossos clientes precisam é de tempo. Trata-se de um investimento de dinheiro e de horas", conta Jobels. "O que vamos ganhar só vai dar para saber no final do ano. Estimamos um crescimento de 30% para nosso escritório, e, pelo menos nesse primeiro ano, os custos vão acompanhar essa receita", estima o executivo quanto aos investimento em qualificação da equipe.
"Os contadores vão ter que se adaptar. Nós não estamos preparados para estas novas normas, as faculdades não ensinavam", explica o sócio da Baker Tilly Brasil, Paolo Giuseppe de Araújo. "Os auditores precisam continuar estudando. Pela lei, inclusive, temos que nos atualizar a cada três anos". Ele conta que entidades da classe, como a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), já vêm realizando seminários para a formação dos profissionais nas mudanças recentes do mercado contábil brasileiro. Os preços, conta ele, variam entre R$ 300 e R$ 600, podendo chegar até R$ 1 mil.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Juliana Elias)
Enviado por Alexandre Alcântara (grato)
Links
1. O ex-vice-presidente sênior da Bristol-Myers Squibb foi indiciado por negociação de um acordo secreto entre a empresa e um fabricante de medicamento genérico
2. Governo português cria o Conselho Nacional de Supervisão da Auditoria
3. Como a Fiat deu a volta por cima
4. Como o ser humano comete erros
5. A comida da mãe pode influenciar o gênero do filho
Ford e Custos
Ford avança em recuperação e prepara mais cortes de custos
Mike Spector, The Wall Street Journal, de Dearborn, EUA
The Wall Street Journal Americas - 24/4/2008
Há muito tempo considerada a mais doente das três grandes montadoras dos Estados Unidos, a Ford Motor Co. está mostrando sinais de uma surpreendente recuperação.
Quando Alan Mulally assumiu a presidência executiva, em 2006, a Ford rumava para o pior prejuízo anual — US$ 12,6 bilhões — em seus 105 anos de história. A debilitada economia americana e o alto preço da gasolina estavam dilacerando as vendas.
Mas ao longo dos últimos 12 meses Mulally, um ex-executivo da Boeing Co. sem experiência no setor automobilístico, melhorou os resultados trimestrais da empresa. Em 2007, a Ford surpreendeu a indústria ao divulgar um fluxo de caixa positivo de US$ 400 milhões, algo que as rivais General Motors Corp. e Chrysler LLC têm sido pressionadas a igualar.
Ao mesmo tempo, o índice de qualidade dos veículos da Ford aumentou muito e agora se aproxima dos elevados níveis da rival japonesa Toyota Motor Corp. Isso cortou US$ 1 bilhão dos seus custos com garantia no ano passado.
A empresa ainda não parou de cortar custos. Segundo pessoas próximas de Mulally, ele está analisando a venda da Volvo, apesar das repetidas afirmações da Ford de que pretende manter a marca. Da mesma forma, ele espera fechar a enferma marca Mercury.
Mais cortes de empregos podem estar por vir. Apenas cerca de 4.000 trabalhadores assinaram a mais recente proposta de demissão voluntária feita pela Ford, em torno da metade do número desejado, segundo uma pessoa familiarizada com a questão. É provável que Mulally faça uma nova rodada, podendo então recorrer às demissões forçadas, dizem pessoas familiarizadas com o assunto.
“É claro que temos muitos mecanismos para continuar eliminando custos fixos”, diz Mulally. Ele prefere não comentar a possibilidade de venda da Volvo e tem insistido que a Ford mantém compromisso com a Mercury.
Hoje, os resultados trimestrais da Ford vão dar novas pistas das chances de Mulally cumprir sua promessa de a empresa ser lucrativa até 2009, uma meta que muitos tinham como improvável um ano atrás. Executivos da Ford têm repetido que o objetivo deles continua o de obter resultados trimestrais melhores do que no exercício precedente.
Como a GM e a Chrysler, a Ford fez cortes grandes e pequenos nos custos. Nos últimos anos, ela eliminou mais de 46.000 empregos na América do Norte, o equivalente a um terço de sua força de trabalho. Também freou o nível de personalização de veículos, que aumentava os custos. Até há pouco tempo, o Lincoln Navigator, por exemplo, oferecia 128 opções apenas no seu painel.
“Você sabe qual é o fatorial de 128 — são muitas combinações”, brincou Mulally numa conferência recente, zombando do número de designs que teoricamente resultaria da mistura de opções. (Resposta: 3,85620482 x 10215.)
Diferentemente da Chrysler e da GM, a Ford também reduziu o número de marcas que oferece para poder se concentrar no principal da linha Ford. Mulally vendeu a Aston Martin, a Jaguar e a Land Rover — compradas nos últimos 20 anos — para canalizar investimento na própria Ford e acelerar a produção de novos carros pequenos, cujas vendas estão subindo. Vender a Volvo e a Mercury deixaria a Ford com apenas duas linhas, a Ford e a Lincoln, mais uma participação de controle na Mazda Motor Corp.
Em comparação, a GM está mantendo suas oito marcas. A Chrysler, uma empresa bem menor, ainda está decidindo como posicionar suas três.
“Este é um exemplo clássico de como se pode encolher para crescer”, diz Peter Nesvold, analista da Bear Stearns. Mulally “está tomando muitas decisões difíceis num ciclo de baixa, o que deve beneficiar a empresa quando eles entrarem na próxima fase de alta.”
A reestruturação da Ford ainda pode perder força. A alta do petróleo, os problemas do mercado de crédito em Wall Street e o declínio do setor imobiliário residencial dos Estados Unidos também estão prejudicando as vendas de veículos. Este ano, as vendas anuais podem chegar ao nível mais baixo em mais de dez anos, segundo a J.D. Power & Associates.
E embora a Ford esteja bem agora com o pequeno utilitário esportivo Edge, o sedã Fusion e o Focus, os compradores de carro podem ser volúveis. Poucos anos atrás, a Chrysler teve grande sucesso de vendas com o sedã 300, com um poderoso motor de oito cilindros, mas o charme do carro se esvaneceu à medida que o preço da gasolina passou dos US$ 0,79 por litro nos EUA, um valor bastante alto pelos padrões históricos.
Além disso, a Ford ainda precisa da cooperação do sindicato de metalúrgicos United Auto Workers para substituir empregados antigos por novos contratados com salários menores.
Mesmo assim, Mulally, de 62 anos, conseguiu melhorar os resultados durante o período de maior retração nas vendas de veículos nos EUA em mais de dez anos, ao mesmo tempo em que mudou o mix da Ford, reduzindo a importância de picapes e utilitários esportivos beberrões de combustível. Em 2004, 70% das vendas da empresa foram representadas por aqueles tipos de veículos; em março último, o número foi de 43%.
Mulally chegou à Ford vindo da Boeing, a fabricante de aviões, onde ele havia passado toda sua carreira. Por duas vezes a Boeing o preteriu para a presidência executiva, apesar do trabalho dele na reabilitação da divisão de aviões comerciais, tomando emprestado idéias de eficiência da Toyota.
No segundo semestre de 2006, os problemas da Ford estavam aumentando. William C. Ford Jr., o presidente então, decidiu que a montadora precisava de um novo diretor- presidente. Um dos membros do conselho da Ford sugeriu Mulally.
Um grande motivo do problema da Ford logo ficou claro para o novo diretor-presidente. A Ford, como a GM e a Chrysler, lucrou muito com caminhonetes nos anos 90, mas cedeu terreno às montadoras japonesas em carros de passeio. A Ford tinha apenas um carro menor, o Focus, em comparação com seis da Toyota.
Mulally também se espantou ao descobrir que as várias operações regionais da Ford atuavam independentemente uma da outra. Depois de uma análise de desenvolvimento de produto, ficou sabendo que a Ford monta dois Focus, com peças diferentes, dependendo do mercado — um esportivo, que vende bem na Europa, e uma versão mais barata e simples nos EUA.
Mulally acelerou o plano de reestruturação da Ford, reduzindo entre outras coisas as grandes vendas com baixas margens de lucro para frotas de locadoras. A medida era arriscada e faria a participação de mercado da montadora cair abaixo de 15%. Mas Mulally queria que a participação de mercado da Ford atingisse seu “nível natural” — o volume no qual os carros são vendidos sem grandes descontos. “Não me importa qual seja o nível da participação de mercado”, afirma Mulally. O objetivo é “voltar à rentabilidade”.
Exportadores
O gráfico mostra os maiores exportadores do mundo (Fonte: aqui). Em primeiro lugar, a Alemanha, com 9,5% do comércio mundial. Depois China, Estados Unidos e Japão.
Regras ou Princípios
Em Parsing Paulson, James Surowiecki (New Yorker, 28/04/2008) (autor de Sabedoria das Multidões, aqui postagem anterior) faz uma comparação interessante entre a filosofia baseada em regras (contabilidade norte-americana) e a baseada em princípios (contabilidade do Iasb). A contabilidade baseada em regras seria como o football, que possui muitas regras que limita o que os jogadores podem fazer ou não no campo. Já a contabilidade baseada em princípios corresponde ao soccer (nosso esporte bretão), onde existem poucas regras e o juiz tem autoridade para interpretar durante o jogo. Por exemplo, o juiz pode determinar, ao final do jogo, acréscimos no tempo baseado no seu julgamento.
O autor conclui dizendo que
"A experiência européia sugere que o sistema baseado em princípios tem virtudes reais. Ele pode tornar a vida mais fácil para empresas honestas, que não precisam gastar muito tempo estudando regras complexas, e também frustar os desonestos já que os reguladores irão gastas mais tempo olhando a substância, do que as minúcias do mau comportamento das empresas"
O autor conclui dizendo que
"O sistema baseado em princípios oferece potencial para regulação mais esperta - o tipo que ajuda o mercado a trabalhar mais eficientemente."
Plágio nas Revistas
Aqui mostra que a The Republic copiou a capa da Time, que por sua vez copiou da Newsweek, que inspirou em Pablo Picasso. Nada se cria, tudo se copia.
Passivo Atuarial de Furnas
Uma questão interessante sobre a contabilização do passivo atuarial
Aposentados contestam balanço de Furnas
Valor Econômico - 25/04/2008
A Associação dos Aposentados de Furnas (Após Furnas) entrou com ação na Justiça pedindo a reinclusão, no passivo de Furnas, de R$ 1 bilhão referente à dívida da empresa com o fundo de pensão dos funcionários, a Fundação Real Grandeza. O dinheiro que vinha sendo contabilizado como passivo até 2006 transformou-se em receita no ano passado. O valor vem de dois acertos de contas da patrocinadora com o fundo de pensão assinados em 2001 e 2003, com prazo para pagamento de 12 anos e que vêm sendo efetivados normalmente. (...)
A contabilização do dinheiro como receita foi providencial porque a estatal teve como resultado de serviços (venda de energia) um prejuízo de R$ 35,6 milhões em 2007, contra um ganho de R$ 748,8 milhões em 2006 nesta mesma rubrica.
O superintende de contabilidade e controle de Furnas, José Luiz Oliveira Aguiar, explicou que a medida foi adotada em 2007 porque foi quando a Fundação Real Grandeza apresentou ativo atuarial líquido positivo de R$ 24,3 milhões, contra um resultado negativo de R$ 149,5 milhões em 2006. "Levando-se em conta a Instrução 371 (2000) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as premissas atuariais da Real Grandeza, nós adequamos o balanço de Furnas dentro do que está estabelecido na regra e também ao que foi adotado pelo sistema Eletrobrás como um todo", informou Aguiar. "Para nós, isso está claro [no balanço]. A obrigação [de pagar] não sumiu, ela continua", frisou o superintendente de Furnas.
A regra da CVM dá duas opções às empresas: amortizar os ganhos ou perdas com fundo de pensão em diversas parcelas ou fazer o reconhecimento imediato. O mais comum é parcelar, já que evita a volatilidade no caso de oscilações muito expressivas nos déficits ou superávits.
"O reconhecimento dos resultados obtidos pelas 21 empresas investidas da Eletrobrás (...) impactou de forma positiva e determinante o resultado", diz uma nota que acompanha o balanço da empresa. O resultado, continua a nota, foi influenciado pelo reconhecimento do superávit das fundações patrocinadas pelas empresas do Sistema Eletrobrás, em cerca de R$ 1,2 bilhão, "com destaque para a Fundação Real Grandeza", que, isoladamente, contribuiu com R$ 1,1 bilhão. No passivo de curto prazo de Furnas aparecia, em 2006, o valor de R$ 137,6 milhões referentes a "entidade de previdência complementar" e no passivo de longo prazo a cifra era de R$ 942,3 milhões. Esses desaparecem do passivo em 2007, transformados em uma receita financeira de R$ 1 bilhão referente a "ajuste no passivo atuarial". Em nota explicativa do balanço, Furnas explica que aplicou a resolução da CVM. Mas os aposentados dizem que esse não é o caso, já que a dívida de R$ 1 bilhão seria um compromisso financeiro.
Para um aposentado que prefere não ser identificado, esse valor é resultado dos contratos com a Fundação Real Grandeza para pagamentos de dívidas não-atuariais, que originalmente eram cálculos atuariais e que, no momento em que foram calculados e estipulados, se transformaram em compromisso, uma dívida. Por isso, o valor não poderia ser enquadrado na regra da CVM. Para Tânia Vicente, a empresa não pode se apropriar de um patrimônio que pertence a 10 mil funcionários na ativa e aposentados. A Eletronuclear também fez a mesma leitura sobre seus passivos com a Real Grandeza.
24 abril 2008
Evidenciação e Lei 11 638
Alexandre Alcântara (grato) envia este artigo sobre a necessidade de grandes empresas fechadas divulgarem suas demonstrações. É certo que a proposta original era incluir um artigo específico sobre isso, mas a pressão fez com que não fosse possível.
A divulgação de balanços das S.A.
Gazeta Mercantil
22 de Abril de 2008 - A análise da Lei 11.638, de 28 dezembro de 2007, que estende às sociedades grande porte disposições relativas à divulgação de demonstrações financeiras tem sido um ponto muito debatido nas últimas semanas.
A dúvida recai sobre o artigo 3º da aludida Lei, que aplica às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei 6.404, de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras.
Em outras palavras, trata-se da obrigatoriedade ou não das sociedades do tipo limitada, que tiverem no exercício social anterior, ativo total superior a R$240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, efetuarem as publicações legais. Via de regra, o tipo societário das limitadas, segundo as regras do Código Civil, estaria isento desta obrigatoriedade; contudo, diante da publicação da nova legislação, alguns pontos merecem certa reflexão.
Em primeiro lugar, vejamos a função social das publicações legais as quais se prestam para dar garantia a terceiros e para impedir fraudes nos negócios empresarias - motivo pelo qual a lei estabeleceu o regime da publicidade.
O Código Civil de 2002, em seus artigos 1052 e 1053, dá conta da regularidade das publicações determinadas em lei, como forma de preservar e manter a divulgação daquilo que deve ser conhecido. Aliás, o artigo 1.152 do Código Civil de 2002 atende ao preceito contido no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, que trata do princípio da publicidade.
Ora, para que este princípio seja atendido, as publicações serão efetuadas no Diário Oficial do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade empresária, e em jornal de grande circulação - as publicações visam evitar prejuízos aos sócios e a terceiros interessados.
Segundo os preceitos jurídicos, o registro de empresa sempre teve como sua principal função a aquisição da personalidade jurídica. Todavia é preciso evidenciar que o registro de empresa, na era da globalização, não se limita a arquivar documentos societários, anotar dados básicos e emitir certidões subsidiariamente (aqui compreendido a aquisição da personalidade jurídica). O registro de empresa, materializado na execução de seus serviços pelas Juntas Comerciais, passou a ser um "termômetro" das variações econômicas do grupo social onde opera, detectando tendências, isolando novos problemas e sugerindo soluções jurídicas.
Por fim, não obstante a obrigatoriedade das aludidas publicações das demonstrações financeiras, entendo, ainda, que as Juntas Comerciais devem proceder a fiscalização do arquivamento dos jornais onde foram efetuadas as publicações da Lei nº 11.638, de 28 dezembro de 2007.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10) (Armando Luiz Rovai - Doutor em direito pela PUC-SP; professor de direito comercial do Mackenzie e da Universidade Ibirapuera; professor convidado do programa de educação continuada e especialização em direito GVlaw; ex-presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo.)
Contabilidade padronizada nas juntas comerciais
Esta é a proposta de um senador. A notícia foi enviada por Jomar (grato):
Adelmir quer regra para registro contábil Jornal do Senado
Brasília, 14 a 20 de abril de 2008
As regras para publicação ou não de balanços contábeis no registro de empresas nas juntas comerciais podem ser padronizadas. É o que propõe o senador Adelmir Santana (DEM-DF), que anunciou a idéia na última sexta-feira. O objetivo, diz, é corrigir uma omissão na Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que alterou a legislação das sociedades anônimas. Para Adelmir Saltana, a lei trouxe incerteza jurídica às empresas ao não estabelecer a obrigatoriedade, ou não, da publicação das demonstrações contábeis das sociedades de grande porte para fins de registro nas juntas comerciais.
– Diante da lacuna, é possível, por exemplo, que a Junta Comercial de São Paulo exija a publicação dos balanços e a Junta Comercial do Rio de Janeiro diga que não há essa necessidade. É possível ainda que algumas empresas levem o assunto ao Judiciário, o que é absolutamente indesejável e fonte de aumento de custos, com efeitos negativos para o próprio consumidor – explica.
Segundo o parlamentar, essa incerteza já se tem manifestado concretamente nas consultas formuladas pelas empresas junto aos escritórios de advocacia e às juntas comerciais. Tal situação, lembrou, nem sempre é percebida e acaba não ocupando os noticiários porque envolve "temas complexos".
O parlamentar foi enfático ao afirmar que o Senado, por ser a Casa da Federação, "tem o dever de enfrentar essa questão".
– Estou convicto de que este é o verdadeiro papel do Poder Legislativo: trabalhar em consonância com as reais necessidades da sociedade organizada – ressalta.
Adelmir quer regra para registro contábil Jornal do Senado
Brasília, 14 a 20 de abril de 2008
Sabedoria das multidões
Já postamos sobre a utilização da projeção feita pelo "mercado" para fazer estimativas (aqui e aqui. Aqui na Wiki). A idéia é interessante e está baseada no livro "Sabedoria da Multidão", de James Surowiecki. O texto a seguir é uma tentativa de aplicar esses conceitos no mercado brasileiro de ações. Somente no futuro podemos ter uma idéia se funciona para o Brasil, mas é importante esclarecer que um dos supostos para que isso seja possível é a possibilidade de muitos participantes.
A seguir um texto (enviado por Ricardo Viana, grato) sobre o assunto:
Site permite votar em ação para comprar ou vender
Por Angelo Pavini, de São Paulo
15/04/2008
Diz o velho ditado que a voz do povo é a voz de Deus. Mas será que isso vale para o mercado de ações? É o que vai ser possível observar no recém-criado site VoteBolsa. Nele, os investidores se registram e podem indicar as ações que acham que vão subir mais ou cair. A inscrição é grátis. As mais votadas para compra ou venda aparecerão no site diariamente. Mensalmente, será feita uma seleção dos investidores que acertaram mais e eles passarão a ter mais prestígio nos fóruns de discussão.
O site é baseado na teoria da Sabedoria da Multidão, diz Otavio Sampaio, organizador do VoteBolsa. Economista formado pela Universidade Federal do Rio (UFRJ), Sampaio é sócio de uma empresa de informática que trabalha com gestão financeira e de risco. Apesar de nunca ter trabalhado no mercado, ele sempre teve investimento em ações, pela influência do pai, que trabalhou em diversos bancos como Econômico e Boavista.
Pela sabedoria da multidão, a opinião média deve estar direcionada para o acerto. E, no site, os expoentes vão mudando mês a mês. Isso dá a mesma chance de quem está começando no mercado ter a opinião avaliada junto com a de quem está há anos. Haverá um histórico com a evolução de cada participante ao longo dos meses.
O site oferece também informações sobre cada empresa de maneira rápida e fácil de acessar. "Hoje, muitos investidores usam os fóruns dos blogs, mas acaba sendo uma coisa desorganizada, não dá para tirar uma conclusão do que se está falando ou quem realmente entende de mercado", diz.
Sampaio chegou a submeter o site à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de quem recebeu a orientação de colocar um aviso sobre a necessidade de quem dá recomendações de compra de maneira profissional ter registro de analista no órgão regulador. "Isso trouxe mais conforto para nós e para o usuário", diz.
Toda vez que um participante vai dar uma opinião, o sistema orienta a pessoa a separar uma opinião de uma notícia. E dizer se possui aquele papel que está recomendando. "Os outros precisam saber se a pessoa tem algum interesse naquela opinião", diz. "Além disso, alertamos para o exercício ilegal da atividade de analista e fornecemos o link para a definição da profissão". Outro ponto é que o site é meramente informativo, ninguém faz operações por meio dele. "Não somos corretora", explica.
José Alexandre Cavalcante Vasco, superintendente de proteção e orientação ao investidor da CVM, esclarece que o órgão não endossa nenhum site. "Recebemos, sim, muitas denúncias contra sites que oferecem serviços de intermediação ou opinião sobre valores mobiliários", diz. Vasco explica que dar opinião ou palpite não configura atividade de analista. "Mas isso não exime o site de outras irregularidades", diz ele, lembrando que houve casos em que grupos de pessoas se juntavam para incentivar a compra de determinado ativo. "Em um dos casos, os funcionários da empresa que vendia certificados de investimento se faziam passar por investidores felizes com a aplicação", diz. Vasco orienta os investidores a tomar cuidado com as opiniões em blogs e sites e consultar a CVM antes de negociar por um site desconhecido.
Valor Econômico
Gecon e ABC
Um leitor desse blog está discuntindo na sua empresa a implantação de sistema de custo e as alternativas Gecon e ABC. Perguntou-me se sabia de alguma empresa que tinha implantado um dos sistemas e respondi com algumas sugestões. Alguém poderia ajudar com alguma dica sobre empresas que implantaram um desses sistemas?
Grato
César
Grato
César
Quem é esse pintor
Perda de tempo
Para aqueles que não gostam de perder tempo (no consultório, nas reuniões chatas, no trânsito), a foto é do artigo Not One Minute Wasted: Compelled to Work During Downtime, do WSJ.
Embraer é modelo
Para driblar a forte competição do mercado e reduzir custos, Boeing e Airbus estão seguindo o caminho da Embraer e terceirizando parte significativa de sua produção dentro de um modelo de parceria de riscos.
Boeing e Airbus copiam Embraer para reduzir custos - Mariana Barbosa - Estado de S Paulo, 23/04/2008
Boeing e Airbus copiam Embraer para reduzir custos - Mariana Barbosa - Estado de S Paulo, 23/04/2008
Caso do Guggenheim e as lições de controle
O caso do desvio de recurso do Guggenheim, em Bilbao, Espanha, é uma lição do que não se deve fazer com respeito ao controle interno. (aqui, link anterior).
Num texto do El Diario Vasco, La mano negra del Guggenheim, de Inaki Esteban (21 de abril de 2008), isso fica muito claro.
Descoberta ao acaso do problema
Según la versión aportada por el Guggenheim, el agujero se descubrieron de forma casual. El Tribunal Vasco de Cuentas Públicas había solicitado información el 3 de abril para abrir una auditoría por la pérdida de al menos seis millones de euros en una operación de cambio de divisas realizada por el museo en 2002.
En su calidad de director de Administración y Finanzas, Cearsolo era quien solía responder a los auditores. Pero esta vez se encontraba casualmente de baja desde el día anterior y la petición fue a parar a manos del subdirector del área, Andoni Dobaran, que empezó a sospechar al examinar unas transferencias bancarias y la emisión de unos cheques.
Aparência pode não ser importante
Abiertamente nacionalista y fiel a la cita anual del Alderdi Eguna, Cearsolo logró sin problemas la plaza gracias a su currículum, al conocimiento de la iniciativa desde su origen y a la consideración de que su labor en el control del gasto había sido buena. «Me pareció un hombre cumplidor, serio, un buen profesional», recuerda una persona que vivió de cerca los primeros tiempos del proyecto. Muestra de su vinculación con el nacionalismo, Cearsolo ejerció como tesorero de la ikastola Lauaxeta durante dos años.
Acumulação de função
En la selección de personal quedó vacante la plaza de director artístico y Vidarte pasó de ser gerente a director general y a asumir más competencias, entre ellas la organización de las exposiciones. Cearsolo acaparó el poder económico de la institución y se hizo un tipo casi imprescindible en el corazón operativo del museo: llevaba finanzas, seguridad, mantenimiento e instalaciones, información y nuevas tecnologías. En los últimos tiempos parecía que su influencia disminuía.
Sinais exteriores de riqueza
Una vecina suya de Soraluze, en Guipúzcoa, le recuerda por el «sentimiento de superioridad» que desplegaba frente a ella. En este sentido rememora cómo, en 2005, hablaba de una «casona» en Usansolo en la que iba vivir, valorada según él en 100 millones de pesetas. También se le atribuye la compra reciente de un vehículo por unos 60.000 euros. [O salário era de 68.520 euros brutos]
Falta de regra para valores elevados
En el primer informe que emitió el Tribunal de Cuentas sobre el Guggenheim, referente a la edificación del museo y a su puesta en marcha y que cubre el periodo de 1992 a 1998, el órgano fiscalizador no advirtió que en ese último ejercicio Cearsolo había emitido tres cheques por más de 160.000 euros, sus primeras prácticas irregulares.
Num texto do El Diario Vasco, La mano negra del Guggenheim, de Inaki Esteban (21 de abril de 2008), isso fica muito claro.
Descoberta ao acaso do problema
Según la versión aportada por el Guggenheim, el agujero se descubrieron de forma casual. El Tribunal Vasco de Cuentas Públicas había solicitado información el 3 de abril para abrir una auditoría por la pérdida de al menos seis millones de euros en una operación de cambio de divisas realizada por el museo en 2002.
En su calidad de director de Administración y Finanzas, Cearsolo era quien solía responder a los auditores. Pero esta vez se encontraba casualmente de baja desde el día anterior y la petición fue a parar a manos del subdirector del área, Andoni Dobaran, que empezó a sospechar al examinar unas transferencias bancarias y la emisión de unos cheques.
Aparência pode não ser importante
Abiertamente nacionalista y fiel a la cita anual del Alderdi Eguna, Cearsolo logró sin problemas la plaza gracias a su currículum, al conocimiento de la iniciativa desde su origen y a la consideración de que su labor en el control del gasto había sido buena. «Me pareció un hombre cumplidor, serio, un buen profesional», recuerda una persona que vivió de cerca los primeros tiempos del proyecto. Muestra de su vinculación con el nacionalismo, Cearsolo ejerció como tesorero de la ikastola Lauaxeta durante dos años.
Acumulação de função
En la selección de personal quedó vacante la plaza de director artístico y Vidarte pasó de ser gerente a director general y a asumir más competencias, entre ellas la organización de las exposiciones. Cearsolo acaparó el poder económico de la institución y se hizo un tipo casi imprescindible en el corazón operativo del museo: llevaba finanzas, seguridad, mantenimiento e instalaciones, información y nuevas tecnologías. En los últimos tiempos parecía que su influencia disminuía.
Sinais exteriores de riqueza
Una vecina suya de Soraluze, en Guipúzcoa, le recuerda por el «sentimiento de superioridad» que desplegaba frente a ella. En este sentido rememora cómo, en 2005, hablaba de una «casona» en Usansolo en la que iba vivir, valorada según él en 100 millones de pesetas. También se le atribuye la compra reciente de un vehículo por unos 60.000 euros. [O salário era de 68.520 euros brutos]
Falta de regra para valores elevados
En el primer informe que emitió el Tribunal de Cuentas sobre el Guggenheim, referente a la edificación del museo y a su puesta en marcha y que cubre el periodo de 1992 a 1998, el órgano fiscalizador no advirtió que en ese último ejercicio Cearsolo había emitido tres cheques por más de 160.000 euros, sus primeras prácticas irregulares.
Abrir uma empresa no Brasil é difícil
Uma reportagem de Gilmara Santos para Gazeta Mercantil de 22 de abril de 2008 revela algo impensável: existe um mercado paralelo de CNPJ. Caso uma empresa necessite de um cadastro, basta comprar no mercado paralelo um "fantasma" existente:
Diante disso, muitas empresas recorrem ao mercado paralelo para conseguir um cadastro. Alguns contabilistas criam "empresas de prateleiras" ou "fantasmas" e as deixam prontas com todas as obrigações em dia para vender a clientes quando eles precisam. "Há casos de contabilistas que abrem empresas e deixam disponíveis para ser utilizada", diz o advogado Ruben Fonseca e Silva, do Thiollier Advogados. "Esse mercado existe por conta da burocracia na constituição de uma empresa no Brasil", afirma Coelho. Como a empresa está pronta, o empreendedor dá andamento a sua atividade enquanto alterações contratuais são feitas.
Um contabilista, que prefere não se identificar, conta que há poucos dias uma multinacional o procurou para comprar um CNPJ no segmento de farmácia. "Eu não tinha, mas indiquei um colega que forneceu para eles." Uma empresa pronta pode custar entre R$ 2,5 mil e R$ 30 mil, dependendo da atividade. "Se for uma empresa simples, prestadora de serviço ou comércio, fica entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil", diz o contador. "Se for uma atividade mais complexa, ramo farmacêutico ou telecom, que depende de mais autorizações, pode chegar a R$ 30 mil", complementa a fonte.
Burocracia para abrir empresa cria mercado paralelo de CNPJ - Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10 - (Gilmara Santos)
Estimativas dos analistas
Um texto muito interessante do jornal português Jornal de Negócios, de 23 de abril de 2008. O texto, de Peter Robinson, da Bloomberg, comenta a questão da previsão dos lucros pelos analistas. Pelo texto, a margem de erro aumento nos últimos anos.
Estimativas dos analistas não valem um cêntimo por acção
Peter Robison Bloomberg
Jornal de Negócios 23 /04/2008
Esta nova "época de apresentação de resultados" poderá mostrar até que ponto é que os analistas de Wall Street se baseiam nas orientações das empresas que analisam para fazerem as suas estimativas. Isto porque com a crise do crédito e o abrandamento económico, as empresas terão mais dificuldade em apresentar resultados que estejam em linha ou superem os números previstos. Ou seja, se os resultados começarem a ficar muito aquém do estimado... é porque algo se passa, já que a norma não tem sido essa.
Com efeito, em todos os trimestres que decorreram desde o ano 2000, pelo menos 27 empresas apresentaram resultados que coincidiram ou excederam as previsões de Wall Street. A Coach e a Starbucks estão nessa lista. A General Electric (GE) também esteve até ao passado dia 11, data em que deu por terminada essa façanha, ao divulgar números aquém do esperado.
A Goldman Sachs considera que este revés da GE e de outras empresas que não corresponderam às expectativas dos analistas é "um sinal do que está para vir". Isto porque prevê que mais empresas falhem as estimativas para o primeiro trimestre.
Nos "bons velhos tempos", as empresas aproveitavam frequentemente a flexibilidade das normas contabilísticas para escolherem quando é que registavam as receitas e os custos, criando uma sensação de lucros previsíveis, diz Thomas Russo, "partner" na Gardner Russo & Gardner. Só que o abrandamento económico dos EUA e o congelamento dos mercados do crédito estão a dificultar estas manobras.
Voltando aos analistas e à sua independência, ou falta dela, o que intriga verdadeiramente Shiva Rajgopal, professor de contabilidade da Universidade de Washington, é o facto de a GE não ter falhado as estimativas entre 2000 e 2007. Mais surpreendente é o facto de 26 desses 32 resultados trimestrais terem ficado em linha com as previsões. Se os analistas fizessem as suas contas sem se basearem nas previsões das próprias empresas (que funcionam como "guiders"), a probabilidade daquele recorde com a GE seria de uma em cem mil milhões, isto com base numa equação-padrão estatística, salientou aquele professor.
Os Estados Unidos introduziram três novas leis em três anos, destinadas a tornar a análise em Wall Street mais independente: uma norma SEC em 2000, a Lei de Sarbanes-Oxley em 2002 e um acordo da SEC com casas de investimento em 2003. A Sarbanes-Oxley, além de combater a fraude contabilística, veio também obrigar os analistas a divulgar conflitos de interesse e impedir que as entidades patronais retaliem contra os analistas que escrevam relatórios negativos. Em 2003, o Citigroup, Merrill Lynch e oito outras casas de investimento pagaram uma multa de 1,4 mil milhões de dólares por manipulação das análises e concordaram em deixar de compensar os analistas com base no volume de negócio que eles ajudaram a gerar para os seus segmentos da banca de investimento.
Com estas leis, as análises podem ter ficado mais independentes, mas a margem de erro também aumentou. No quarto trimestre de 2007, os quase 1.800 analistas deste sector sobrestimaram os resultados finais em 33,5 pontos percentuais, o que correspondeu ao maior desvio de sempre. Ainda assim, 62% das empresas listadas no Standard & Poor's 500 bateram as estimativas médias – porque os analistas reviram em baixa as suas projecções ao longo do trimestre. Os números deste primeiro trimestre de 2008 apresentam uma tendência semelhante: das 111 empresas que já divulgaram os seus resultados, 55% superaram as previsões médias.
Mas será sempre positivo para as empresas superarem as estimativas? À primeira vista, tudo indica que sim, pelos previsíveis reflexos altistas em bolsa. No entanto, há excepções. A General Electric teve um desempenho inferior ao S&P500 nos últimos cinco anos. Nos 32 trimestres consecutivos em que os seus resultados coincidiram ou superaram as estimativas, os títulos da GE caíram 39%, ao passo que o índice bolsista de referência se manteve inalterado.
Rajgopal, que estudou o chamado "jogo dos lucros" diz que a pressão para atingir os objectivos trimestrais pode prejudicar os investidores. Aquele professor participou em 2005 num inquérito a 400 executivos sobre opções de gestão e diz ter ficado supreendido ao descobrir que 78% sacrificariam investimentos de longo prazo só para poderem aliviar os seus resultados. "Estão todos tão focalizados num número que esquecem que o mais importante é o crescimento de longo prazo da empresa", sublinha Yuan Zhang, professor na Graduate School of Business da Universidade de Columbia.
Apesar de as novas leis evitarem que as empresas façam anúncios selectivos, obrigando-as a declarar tudo o que é considerado informação relevante, a verdade é que estas continuam a poder orientar os analistas para uma determinada estimativa que sabem que pode ser excedida. Os analistas também recebem incentivos para evitarem escrever "researches" negativos, pois isso pode prejudicar o seu relacionamento com a empresa ou o objectivo do seu patrão de incentivar os clientes a comprarem acções da referida empresa.
23 abril 2008
A questão da qualidade das empresas aéreas
Essa é a discussão semanal do blog de Gary Becker e Posner. Apesar da abordagem ser do mercado norte-americano, as conclusões podem ser extrapoladas para o Brasil (podemos acrescentar somente a questão da ineficiência administrativa dos reguladores, que não é tão evidente nos EUA).
Posner inicia constatando o declínio da qualidade do setor, com aumento no atraso nos vôos. Posner considera que os custos fixos são elevados, mas o custo marginal de colocar mais um passageiro é muito baixo. Por um preço acima do custo marginal, para a empresa é melhor vender a passagem do que ter um vôo com assento vazio. Além disso, a competição faz com que o preço seja reduzido. Além disso, os preços baixos terminam por dificultar o financiamento de novas aeronaves e a manutenção daquelas existentes.
A análise comparativa não permite distinguir entre as empresas, o que faz com que os passageiros sejam sensíveis ao preço.
Becker lembra que os clientes das aéreas são passageiros com baixa renda e famílias com crianças que preferem baixo preço a um serviço de melhor qualidade (e preço elevado). Além disso, os clientes que gostam do luxo e preferem o horário não são suficientes para criar um mercado específico. Assim, os clientes preferem baixo preço e atrasos do que elevados preços e baixo atraso. Becker lembra que isso é similar ao que acontece numa loja de roupas: se o cliente que variedade, o preço numa loja de roupas deve ser maior. Mas Becker não considera que o preço baixo, o custo fixo elevado e o baixo custo variável sejam justificativas para o prejuízo no setor. Becker usa outra analogia: do setor hoteleiro, que possui as mesmas características (e um pouco mais de competição, mas com mais facilidade de entrada no setor).
P.S. Aqui uma reportagem mostrando os efeitos da alta do petróleo nas empresas
Subsídios e Preço dos produtos agrícolas
O aumento do preço dos produtos agrícolas tem gerado preocupação mundial. Basta lembrar que a capa da última The Economist compara o efeito dos elevados preços com um tsunami.
Sardenberg acredita que o Brasil possui parcela de culpa na história em razão do cultivo de cana para combustível.
Outra conseqüência é o aumento na volatilidade do preço de produtos agrícolas, que tem preocupado os agricultores dos países desenvolvidos. Aqui uma reportagem do New York Times que mostra esse efeito.
Uma análise sob a ótica do investidor, aqui um link, que analisa a empresa Cosan (CZZ).
A riqueza traz felicidade?
É interessante notar que a resposta desta questão tem sido discutida intensamente pela economia. Seria o dinheiro o caminho necessário para que as pessoas sejam felizes ou dinheiro não traz a felicidade?
Se a resposta for afirmativa, os países mais ricos são aqueles onde o povo é mais feliz. Aqui, na coluna Freakonomics para o New York Times, a questão é discutida. E, tudo leva a crer, que dinheiro traz felicidade, sim.
Governça no mundo
Canadá é o país onde a governança corporativa é melhor, entre os países desenvolvidos, seguindo dos Estados Unidos e Finlândia. O gráfico é resultado da pesquisa de Aggarwal, Erel, Stulz e Williamson (Differences in governance practice between US and foreign firms: measurement, causes, and consequences).
O modelo leva em consideração medidas vinculadas ao controle, mas também considera a questão da remuneração dos executivos.
Basileia e a Crise Financeira
O Comitê da Basiléia (ou Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia) é uma organização com os presidentes dos bancos centrais, com o objetivo de fortalecer a solidez dos sistemas financeiros.
O Comitê estabeleceu algumas regras para que as instituições financeiras.
Até recentemente existia um certo consenso sobre essas regras. Entretanto, a recente crise financeira levantou dúvidas sobre a necessidade (e a oportunidade) de adotar tais regras. Entretanto, existe hoje um questionamento se a adoção das normas - conhecidas como Basiléia II - não irá fazer com que a crise seja agravada.
Em "How New Global Banking Rules Could Deepen the US Crisis", Peter Coy, da Business Week discute algumas das questões envolvidas com o Comitê e suas regras. Coy discute se as regras da Basiléia II não seria um típico caso de uma lei com conseqüências inesperadas, uma "bad public policy".
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