A hierarquia das necessidades do indivíduo, de Maslow, nos novos tempos:
30 junho 2012
Teto salarial do servidor público
Valor Econômico - 25/06/2012
Opinião
Página A14
O país foi surpreendido na semana passada com a notícia de que uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de emenda constitucional que acaba com o teto salarial dos servidores públicos brasileiros. A proposta ainda será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovada, passará também pela apreciação do Senado. Há, portanto, um longo percurso pela frente. É importante observar, no entanto, que o limite remuneratório para os funcionários públicos, na prática, não existe.
A Constituição estabelece, em seu artigo 37, que o subsídio mensal do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o teto da remuneração de todos os servidores públicos, incluídas no cálculo as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza. Como esse dispositivo nunca foi regulamentado, cada um dos Poderes interpreta o texto constitucional à sua maneira.
No Senado e na Câmara, por exemplo, uma gratificação por exercício de função não entra no cálculo do limite. Os servidores com essa gratificação, e são centenas deles, podem ultrapassar o teto, que hoje está em R$ 26,7 mil. Os senadores podem também acumular a remuneração pelo exercício do mandato com uma aposentadoria. Muitos deles foram governadores e possuem aposentadoria pelo cargo que exerceram.
No Legislativo, numerosos servidores se aposentam e retornam à ativa para exercer cargo em função comissionada. Eles passam a acumular os proventos da aposentadoria com a remuneração do cargo que assumiram. Muitas vezes eles trocam apenas de Casa: os que eram servidores da Câmara ocupam cargo em comissão no Senado, e vice-versa. Com a entrada em vigor da lei de acesso à informação, as mesas da Câmara e do Senado anunciaram que divulgarão os salários de seus servidores, o que poderá explicitar essa situação.
No Judiciário, o assunto é regulado pelas resoluções 13 e 14 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pelas regras em vigor, o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal poderá ultrapassar o limite remuneratório se estiver no exercício de função no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela qual recebe uma gratificação. Um servidor aposentado do Judiciário pode, por exemplo, fazer um concurso para juiz. A remuneração no cargo de magistrado não será somada aos proventos da aposentadoria para o cálculo do teto.
O entendimento do Executivo é diverso, pois o governo federal não aceita a acumulação dos proventos de aposentadoria com o de remuneração por exercício de função comissionada. É pedido ao funcionário que declare se tem outra fonte de renda. Os computadores são programados para fazer o cruzamento com outras fontes de informação, de tal forma que a situação irregular é identificada. O corte é feito automaticamente.
No Executivo, a ultrapassagem do teto se dá de uma forma mais sutil, que beneficia apenas os funcionários do escalão superior, aqueles que participam dos conselhos de administração e fiscal de empresas públicas e de economia mista. Essas empresas pagam jetons pelas participações nos conselhos, o que leva esses funcionários - ministros, secretários-executivos de ministérios, secretários e subsecretários - a acumular supersalários, alguns deles mais do que o dobro do subsídio de ministro do STF.
A proposta aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados acaba com o teto remuneratório porque permite que os proventos de aposentadorias possam ser acumulados com a remuneração do exercício de cargo em comissão. Acaba também com os subtetos para os servidores dos Estados e dos municípios, que foram estabelecidos pela emenda constitucional 41, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de evitar a farra dos supersalários.
Em vez de propor mudanças no texto constitucional, o Congresso Nacional deveria regulamentar o dispositivo da Constituição que estabelece o teto remuneratório e, desta forma, padronizar o entendimento entre os três Poderes. Quando ainda estava no Senado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou um projeto de lei propondo essa regulamentação. No projeto, ela especificava tudo o que seria considerado no cálculo do teto e aquilo que ficaria fora. O projeto de Gleisi dorme na gaveta de alguma comissão do Senado, pois não interessa aos senadores que acumulam aposentadoria e remuneração pelo exercício do mandato dar seguimento a ele.
Opinião
Página A14
O país foi surpreendido na semana passada com a notícia de que uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de emenda constitucional que acaba com o teto salarial dos servidores públicos brasileiros. A proposta ainda será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovada, passará também pela apreciação do Senado. Há, portanto, um longo percurso pela frente. É importante observar, no entanto, que o limite remuneratório para os funcionários públicos, na prática, não existe.
A Constituição estabelece, em seu artigo 37, que o subsídio mensal do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o teto da remuneração de todos os servidores públicos, incluídas no cálculo as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza. Como esse dispositivo nunca foi regulamentado, cada um dos Poderes interpreta o texto constitucional à sua maneira.
No Senado e na Câmara, por exemplo, uma gratificação por exercício de função não entra no cálculo do limite. Os servidores com essa gratificação, e são centenas deles, podem ultrapassar o teto, que hoje está em R$ 26,7 mil. Os senadores podem também acumular a remuneração pelo exercício do mandato com uma aposentadoria. Muitos deles foram governadores e possuem aposentadoria pelo cargo que exerceram.
No Legislativo, numerosos servidores se aposentam e retornam à ativa para exercer cargo em função comissionada. Eles passam a acumular os proventos da aposentadoria com a remuneração do cargo que assumiram. Muitas vezes eles trocam apenas de Casa: os que eram servidores da Câmara ocupam cargo em comissão no Senado, e vice-versa. Com a entrada em vigor da lei de acesso à informação, as mesas da Câmara e do Senado anunciaram que divulgarão os salários de seus servidores, o que poderá explicitar essa situação.
No Judiciário, o assunto é regulado pelas resoluções 13 e 14 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pelas regras em vigor, o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal poderá ultrapassar o limite remuneratório se estiver no exercício de função no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela qual recebe uma gratificação. Um servidor aposentado do Judiciário pode, por exemplo, fazer um concurso para juiz. A remuneração no cargo de magistrado não será somada aos proventos da aposentadoria para o cálculo do teto.
O entendimento do Executivo é diverso, pois o governo federal não aceita a acumulação dos proventos de aposentadoria com o de remuneração por exercício de função comissionada. É pedido ao funcionário que declare se tem outra fonte de renda. Os computadores são programados para fazer o cruzamento com outras fontes de informação, de tal forma que a situação irregular é identificada. O corte é feito automaticamente.
No Executivo, a ultrapassagem do teto se dá de uma forma mais sutil, que beneficia apenas os funcionários do escalão superior, aqueles que participam dos conselhos de administração e fiscal de empresas públicas e de economia mista. Essas empresas pagam jetons pelas participações nos conselhos, o que leva esses funcionários - ministros, secretários-executivos de ministérios, secretários e subsecretários - a acumular supersalários, alguns deles mais do que o dobro do subsídio de ministro do STF.
A proposta aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados acaba com o teto remuneratório porque permite que os proventos de aposentadorias possam ser acumulados com a remuneração do exercício de cargo em comissão. Acaba também com os subtetos para os servidores dos Estados e dos municípios, que foram estabelecidos pela emenda constitucional 41, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de evitar a farra dos supersalários.
Em vez de propor mudanças no texto constitucional, o Congresso Nacional deveria regulamentar o dispositivo da Constituição que estabelece o teto remuneratório e, desta forma, padronizar o entendimento entre os três Poderes. Quando ainda estava no Senado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou um projeto de lei propondo essa regulamentação. No projeto, ela especificava tudo o que seria considerado no cálculo do teto e aquilo que ficaria fora. O projeto de Gleisi dorme na gaveta de alguma comissão do Senado, pois não interessa aos senadores que acumulam aposentadoria e remuneração pelo exercício do mandato dar seguimento a ele.
Risco País
Uma listagem de países com maior risco. A presença excessiva de países europeus, entre os 15 com maior risco, é interessante. Mas a listagem é muito polêmica ao incluir países como Coréia do Sul:
1.) Hungria
2.) Itália
3.) Austria
4.) Suécia
5.) Polônia
6.) Finlandia
7.) Espanha
8.) Alemanha
9.) França
10.) Rússia
11.) Noruega
12.) Coréia do Sul
13.) Turquia
14.) Holanda
15.) Brasil
1.) Hungria
2.) Itália
3.) Austria
4.) Suécia
5.) Polônia
6.) Finlandia
7.) Espanha
8.) Alemanha
9.) França
10.) Rússia
11.) Noruega
12.) Coréia do Sul
13.) Turquia
14.) Holanda
15.) Brasil
Santander
O Santander (SANB11) não está em situação confortável, mas consegue evitar o pior exatamente por evitar associar-se extremamente à Espanha, que está com seu rating próximo da condição de lixo, aponta a Empiricus. As recentes declarações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, reforçam a recomendação de venda das ações do banco, enfatizam os analistas Rodolfo Amstalden e Roberto Altenhofen. Segundo o ministro, o Santander não vai quebrar porque a Espanha não vai deixar. O que levanta a questão: o governo espanhol deixou o Bankia quebrar? Não, mas talvez o Bankia deixe a Espanha quebrar. Para os analistas, o grupo Santander tem conseguido conservar seu rating acima da nota soberana, exatamente porque possui diversificação geográfica e ser capaz de aliviar o impacto das dívidas espanholas em seu balanço.
Fonte: Aqui
Fonte: Aqui
Mãe das bandeiras
Olha que interessante: da bandeira da Noruega é possível tirar as bandeiras de diversos países: Indonésia, Polônia, Finlândia, França, Holanda e Tailândia.
29 junho 2012
Rir é o melhor remédio
O tabloide alemão Bild fez uma chamada criativa informando a listagem dos jogadores italianos e desejou uma feliz viagem. A lista, reproduzindo a posição dos jogadores em campo na distribuição dos assentos de um avião, mostrava a confiança na vitória germânica no jogo de ontem pela Eurocopa. Faltou combinar com os italianos, especialmente Balotelli !
Gasto em Educação 2
Uma pesquisa que acaba de ser divulgada mostra que o
problema da educação no Brasil não é a
quantidade de recursos: a qualidade do gasto é muito mais relevante.
Claudio Ferraz (PUC RJ), Diana Moreira (Harvard) e Frederico
Finan (University of California) mostram em CorruptingLearning: Evidence from missing federal education funds in Brazil um
vínculo estreito entre a corrupção e o desempenho escolar do aluno brasileiro.
A figura 1, a seguir, mostra um indicativo interessante
entre uma medida de corrupção e as notas obtidas no PISA. A linha reta é a
relação linear existente entre estas duas variáveis: os países com maiores
notas no PISA, uma prova internacional de avaliação, são os países com menores
níveis de corrupção. Os alunos brasileiros tinham em 2006 uma das piores notas
no PISA e o país era um dos mais corruptos da amostra (no gráfico, em destaque,
BRA).
A figura 2 é mais reveladora ainda. Novamente as notas do
PISA para o ano de 2006 e o volume de gastos na educação primária por criança
em relação do PIB per capita. Aparentemente, países que gastam mais com
educação apresentam melhores notas nos testes internacionais. É de se notar, no
entanto, que o Brasil está muito longo da linha reta: os gastos do país com educação
primária estão no meio termo da amostra, mas o desempenho está muito abaixo da
média.
Isto significa que países com o mesmo volume de gastos que o
Brasil, como o México ou a Lituânia, ou até países que gastam menos que o
Brasil, como a Tailândia ou a Turquia, apresentam um desempenho melhor. A
figura 3 confirma isto.
Não existe uma relação, no Brasil, entre os municípios que
gastam mais em educação e o resultado nos testes de desempenho. Se isto não
ocorre, o que explicaria o desempenho do país nos testes?
Pela pesquisa de Ferraz, Moreira e Finan tudo leva a crer
que a corrupção possui um papel importante na explicação. Veja a figura a
seguir, também retirada da pesquisa destes autores:
Na linha tracejada, o desempenho dos municípios onde não
foram constatados problemas na aplicação dos recursos públicos: são os
municípios “sem corrupção”. Na linha vermelha, os municípios onde ocorreram
problemas no uso do dinheiro do contribuinte. Visualmente é possível notar que
os alunos dos municípios onde não foram constatados problemas na aplicação dos
recursos tiveram um desempenho superior aos dos lugares com problemas de
corrupção.
A pesquisa destaca que não somente a corrupção é a única
variável para o desempenho nos testes de desempenho. Outros fatores, como a
riqueza do município, o tamanho da população
e a desigualdade de renda também são relevantes na explicação.
Entretanto, os diversos testes realizados pelos autores sugerem a existência do
vínculo entre aprendizagem e corrupção. Os autores arriscam as seguintes
explicações: primeiro, a corrupção pode gerar atraso no pagamento dos salários
dos professores; segundo, o desvio de recursos pode comprometer a construção de
novas salas de aula ou a aquisição de materiais escolares; e terceiro, a
corrupção pode comprometer a merenda escolar, que nas áreas carentes representa
um fator importante para os alunos.
Assim, em lugar de batalhar pelo aumento nos gastos na
educação, as entidades que estão realmente interessadas no futuro da educação
no país deveriam lutar pelo aumento da qualidade nos gastos.
Gastos em Educação
O congresso nacional está em fase de aprovação de uma proposta que fixa uma meta de 10% do PIB para investimento em educação pública nos próximos dez anos (vide aqui para mais detalhes).
Eis alguns dos cenários possíveis caso a proposta também seja aprovada pelo Senado:
Cenário 1 – A proposta é ignorada na prática – Corresponde a uma lei que não “pegou”, como inúmeras outras existentes no país. Isto ajuda a desmoralizar o poder legislativo. A proposta não seria implantada pelo fato de ser irreal.
Cenário 2 – A proposta é implantada com deslocamento de recursos de outras áreas – O governo cumpre a proposta, mas para isto necessita realocar recursos que atualmente são de outras áreas. O cálculo é de uma realocação de R$85 bilhões para a Educação. Aqui teremos resistência política dos outros ministros. Uma solução paliativa é outros ministérios também efetuarem gastos em educação, para serem computados no total previsto.
Cenário 3 – A proposta é implantada com aumento nos impostos – Uma solução mágica, que os governos gostam. Cria-se uma “Contribuição” para obter recursos para educação, a exemplo das existentes em outras áreas. O contribuinte, já bastante onerado, pagaria mais esta conta. Aqui existe a possibilidade de que os recursos sejam arrecadados, mas não investidos na educação.
Cenário 4 – A proposta é alterada pelo Senado ou é vetada pela presidência – O Senado promove uma redução na proposta original ou então a proposta é vetada pela presidência. No último caso, o Congresso Nacional fica com uma imagem de “bonzinho” para os grupos de pressão.
Conforme postagem a seguir, o problema não é o patamar do gasto em educação, mas a qualidade do mesmo.
Eis alguns dos cenários possíveis caso a proposta também seja aprovada pelo Senado:
Cenário 1 – A proposta é ignorada na prática – Corresponde a uma lei que não “pegou”, como inúmeras outras existentes no país. Isto ajuda a desmoralizar o poder legislativo. A proposta não seria implantada pelo fato de ser irreal.
Cenário 2 – A proposta é implantada com deslocamento de recursos de outras áreas – O governo cumpre a proposta, mas para isto necessita realocar recursos que atualmente são de outras áreas. O cálculo é de uma realocação de R$85 bilhões para a Educação. Aqui teremos resistência política dos outros ministros. Uma solução paliativa é outros ministérios também efetuarem gastos em educação, para serem computados no total previsto.
Cenário 3 – A proposta é implantada com aumento nos impostos – Uma solução mágica, que os governos gostam. Cria-se uma “Contribuição” para obter recursos para educação, a exemplo das existentes em outras áreas. O contribuinte, já bastante onerado, pagaria mais esta conta. Aqui existe a possibilidade de que os recursos sejam arrecadados, mas não investidos na educação.
Cenário 4 – A proposta é alterada pelo Senado ou é vetada pela presidência – O Senado promove uma redução na proposta original ou então a proposta é vetada pela presidência. No último caso, o Congresso Nacional fica com uma imagem de “bonzinho” para os grupos de pressão.
Conforme postagem a seguir, o problema não é o patamar do gasto em educação, mas a qualidade do mesmo.
Superendividamento
Valor Econômico - 25/06
Superendividamento
Jairo Saddi, pós-doutor pela Universidade de Oxford, professor de Direito do Insper
(...)O tema do superendividamento é ainda mais relevante em razão da proposta de reforma do Código de Defesa do Consumidor (CDC) elaborada por uma comissão de juristas do Senado Federal e que, de forma minudente, trata do tema. Primeiro, é importante ressaltar que o CDC, ainda que, como afirmou o Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2591, tenha seu "valor constitucionalmente fixado, como cláusula pétrea, garantido como direito fundamental pelo Art. 5º, XXXII da Constituição Federal de 1988", causou profundas mudanças no ordenamento jurídico (e econômico) brasileiro, ampliando direitos (e o contencioso) de consumidores e fornecedores.
Nessa mesma toada, é inegável que o CDC adotou o princípio da "vulnerabilidade do consumidor" (art. 4º), reforçando a ideia de assimetria informacional entre consumidor e bancos ofertantes de crédito, e protegeu os hipossuficientes, compreendidos como a parte fraca da relação de consumo, desinformados e alvos do poder econômico dos bancos.
É ainda imperioso que exista o fortalecimento do contrato e das obrigações que foram ali assumidas
O citado projeto da comissão de juristas estabelece algumas vertentes sobre o superendividamento que valem o debate. Destacam-se os seguintes temas ali estabelecidos: "1) Proibição de promover publicidade de crédito com referência a "crédito gratuito", "sem juros", "sem acréscimo", com taxa zero ou expressão de sentido ou entendimento semelhante; 2) Para a prevenção do superendividamento, impõe a concessão responsável de crédito, em que o fornecedor, além de informar, deve aconselhar o consumidor e avaliar de forma leal as condições deste repagar suas dívidas, sob pena de redução dos juros; 3) Criação da figura do assédio de consumo, definido como pressão ao consumidor, em especial se idoso, analfabeto, doente ou em estado de vulnerabilidade agravada, para contratar o fornecimento de produto, serviço ou crédito, em especial se a distância, por meio eletrônico ou por telefone, ou se envolver prêmios; 4) Criação de procedimento intitulado "da conciliação em caso de superendividamento", de forma a estimular a repactuação das dívidas em audiências conciliatórias com todos os credores, onde se elabora plano de pagamento de até cinco anos para quitar as dívidas, preservado o mínimo existencial".
Enquanto a teoria da responsabilidade do banqueiro pela concessão de empréstimo é antiga na Europa, só agora está se sedimentando no Brasil (vide, por exemplo, Clarissa Costa de Lima, "Empréstimo responsável: os deveres de informação nos contratos de crédito e a proteção do consumidor contra o superendividamento" (dissertação de mestrado em Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006) e constitui um tema espinhoso. Por exemplo, o que seria ideal como "aconselhamento" de forma "leal" ao consumidor, ou será que se pode definir "assédio" ao consumidor como o esforço mercadológico de vendas? Em outras palavras, até onde vai a liberdade de iniciativa e a livre concorrência, valores tão caros à democracia e ao desenvolvimento e à legítima proteção ao consumidor?
Além disso, o grande risco de proteção ao superendividamento é literalmente acabar com o acesso ao crédito a quem mais precisa dele. Bancos, como quaisquer agentes econômicos, operam com o objetivo de lucro. Se a expectativa de oferta de crédito acabar na inadimplência, o crédito seca. Por maior que seja a necessidade de ofertar informação e responsabilidade que se pretenda outorgar ao banqueiro, é ainda imperioso que exista o fortalecimento do contrato e das obrigações ali assumidas. Como afirma Enzo Roppo, deveria haver "responsabilidade pelos compromissos assumidos, configurados como um vínculo tão forte e inderrogável que poderia equiparar-se à lei: os contratos legalmente firmados têm força de lei para aqueles que os celebraram" (Enzo Roppo, O contrato (Trad. Ana Coimbra e M. Januário C. Gomes. Coimbra: Almedina, 1988, p. 34-35). O que se pode perceber pelo horizonte vislumbrado é que o debate sobre o assunto está apenas começando.
Superendividamento
Jairo Saddi, pós-doutor pela Universidade de Oxford, professor de Direito do Insper
(...)O tema do superendividamento é ainda mais relevante em razão da proposta de reforma do Código de Defesa do Consumidor (CDC) elaborada por uma comissão de juristas do Senado Federal e que, de forma minudente, trata do tema. Primeiro, é importante ressaltar que o CDC, ainda que, como afirmou o Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2591, tenha seu "valor constitucionalmente fixado, como cláusula pétrea, garantido como direito fundamental pelo Art. 5º, XXXII da Constituição Federal de 1988", causou profundas mudanças no ordenamento jurídico (e econômico) brasileiro, ampliando direitos (e o contencioso) de consumidores e fornecedores.
Nessa mesma toada, é inegável que o CDC adotou o princípio da "vulnerabilidade do consumidor" (art. 4º), reforçando a ideia de assimetria informacional entre consumidor e bancos ofertantes de crédito, e protegeu os hipossuficientes, compreendidos como a parte fraca da relação de consumo, desinformados e alvos do poder econômico dos bancos.
É ainda imperioso que exista o fortalecimento do contrato e das obrigações que foram ali assumidas
O citado projeto da comissão de juristas estabelece algumas vertentes sobre o superendividamento que valem o debate. Destacam-se os seguintes temas ali estabelecidos: "1) Proibição de promover publicidade de crédito com referência a "crédito gratuito", "sem juros", "sem acréscimo", com taxa zero ou expressão de sentido ou entendimento semelhante; 2) Para a prevenção do superendividamento, impõe a concessão responsável de crédito, em que o fornecedor, além de informar, deve aconselhar o consumidor e avaliar de forma leal as condições deste repagar suas dívidas, sob pena de redução dos juros; 3) Criação da figura do assédio de consumo, definido como pressão ao consumidor, em especial se idoso, analfabeto, doente ou em estado de vulnerabilidade agravada, para contratar o fornecimento de produto, serviço ou crédito, em especial se a distância, por meio eletrônico ou por telefone, ou se envolver prêmios; 4) Criação de procedimento intitulado "da conciliação em caso de superendividamento", de forma a estimular a repactuação das dívidas em audiências conciliatórias com todos os credores, onde se elabora plano de pagamento de até cinco anos para quitar as dívidas, preservado o mínimo existencial".
Enquanto a teoria da responsabilidade do banqueiro pela concessão de empréstimo é antiga na Europa, só agora está se sedimentando no Brasil (vide, por exemplo, Clarissa Costa de Lima, "Empréstimo responsável: os deveres de informação nos contratos de crédito e a proteção do consumidor contra o superendividamento" (dissertação de mestrado em Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006) e constitui um tema espinhoso. Por exemplo, o que seria ideal como "aconselhamento" de forma "leal" ao consumidor, ou será que se pode definir "assédio" ao consumidor como o esforço mercadológico de vendas? Em outras palavras, até onde vai a liberdade de iniciativa e a livre concorrência, valores tão caros à democracia e ao desenvolvimento e à legítima proteção ao consumidor?
Além disso, o grande risco de proteção ao superendividamento é literalmente acabar com o acesso ao crédito a quem mais precisa dele. Bancos, como quaisquer agentes econômicos, operam com o objetivo de lucro. Se a expectativa de oferta de crédito acabar na inadimplência, o crédito seca. Por maior que seja a necessidade de ofertar informação e responsabilidade que se pretenda outorgar ao banqueiro, é ainda imperioso que exista o fortalecimento do contrato e das obrigações ali assumidas. Como afirma Enzo Roppo, deveria haver "responsabilidade pelos compromissos assumidos, configurados como um vínculo tão forte e inderrogável que poderia equiparar-se à lei: os contratos legalmente firmados têm força de lei para aqueles que os celebraram" (Enzo Roppo, O contrato (Trad. Ana Coimbra e M. Januário C. Gomes. Coimbra: Almedina, 1988, p. 34-35). O que se pode perceber pelo horizonte vislumbrado é que o debate sobre o assunto está apenas começando.
Qualidade do lucro
EARNINGS QUALITY: ANÁLISE EMPÍRICA DOS ACCRUALS CONTÁBEIS APLICADA AO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO
O lucro é utilizado como fonte principal dos usuários de informações contábeis. Assim, a qualidade do lucro tem relevância no cenário nacional, principalmente no auxílio ao processo decisório. Nesse sentido, o artigo busca verificar a relação entre os níveis de accruals (proxy para qualidade do lucro) e fluxos de caixa de empresas brasileiras, baseando-se na premissa de que maiores accruals acompanhados pormaiores lucros sugerem baixa qualidade dos mesmos. Para isso, foi utilizada estatística descritiva e regressão linear simples. Os resultados indicam que os aumentos nos lucros, acompanhados de aumentos nos accruals sugerem baixa earnings quality. Foi observado, ainda, que empresas com grandes accruals apresentam uma relação inversa com os fluxos de caixas e, também, lucros elevados. Esses resultados sugerem que os valores podem estar sendo influenciados por manipulação dos componentesdiscricionários dos accruals.
Isabel Cristina Henriques Sales, Pedro Henrique Duarte Oliveira, Luciana Miyuki Ikuno, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda, Jomar Miranda Rodrigues
Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 17, n. 1, 2012
O lucro é utilizado como fonte principal dos usuários de informações contábeis. Assim, a qualidade do lucro tem relevância no cenário nacional, principalmente no auxílio ao processo decisório. Nesse sentido, o artigo busca verificar a relação entre os níveis de accruals (proxy para qualidade do lucro) e fluxos de caixa de empresas brasileiras, baseando-se na premissa de que maiores accruals acompanhados pormaiores lucros sugerem baixa qualidade dos mesmos. Para isso, foi utilizada estatística descritiva e regressão linear simples. Os resultados indicam que os aumentos nos lucros, acompanhados de aumentos nos accruals sugerem baixa earnings quality. Foi observado, ainda, que empresas com grandes accruals apresentam uma relação inversa com os fluxos de caixas e, também, lucros elevados. Esses resultados sugerem que os valores podem estar sendo influenciados por manipulação dos componentesdiscricionários dos accruals.
Isabel Cristina Henriques Sales, Pedro Henrique Duarte Oliveira, Luciana Miyuki Ikuno, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda, Jomar Miranda Rodrigues
Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 17, n. 1, 2012
28 junho 2012
Dias
O chefe do International Accounting Standards Board disse nesta terça-feira que é "muito importante" que os EUA adotem as normais de contabilidade internacionais e que acredita que o regulador deve tomar logo uma posição sobre a possibilidade de adotá-las para as empresas estadunidenses.
Hans Hoogervorst disse acreditar que a Securities and Exchange Commission provavelmente irá adotar os padrões globais conhecidos como International Financial Reporting Standards, ou IFRS.
"Agora estamos ouvindo que é uma questão de semanas, senão de dias", disse ele, falando na conferência do The Wall Street Journal em Washington. "Precisamos que os EUA esteja à bordo para ser um padrão verdadeiramente global e eu realmente aprecio a experiência da SEC também."
Fonte: Aqui
Hans Hoogervorst disse acreditar que a Securities and Exchange Commission provavelmente irá adotar os padrões globais conhecidos como International Financial Reporting Standards, ou IFRS.
"Agora estamos ouvindo que é uma questão de semanas, senão de dias", disse ele, falando na conferência do The Wall Street Journal em Washington. "Precisamos que os EUA esteja à bordo para ser um padrão verdadeiramente global e eu realmente aprecio a experiência da SEC também."
Fonte: Aqui
Frase
O italiano Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS), fundado em 1472 e considerado o banco mais antigo do mundo [em funcionamento], anunciou nesta terça-feira que pedirá uma nova ajuda ao Estado italiano de 1,5 bilhão de euros e que fechará várias agências e demitirá funcionários para poder equilibrar seus balanços.
Banco mais antigo do mundo pedirá ajuda de 1,5 bi de euros à Itália
O balanço não é por definição equilibrado?
Banco mais antigo do mundo pedirá ajuda de 1,5 bi de euros à Itália
O balanço não é por definição equilibrado?
Corrupção e Contabilidade
Ao longo dos últimos anos a palavra contabilidade (além de auditoria e contador) está cada vez menos associada a notícias de corrupção. Em 2005 o número de vezes que estes termos apareciam em notícias vinculadas à corrupção chegou perto de 4 mil vezes. Entretanto, neste ano tivemos o noticiário sobre o "mensalão". A partir de 2009 a redução foi substancial (um pouco acima de 1200 textos), sendo 2010 o ponto mínimo no período (570 textos).
Estar associado com este tema é sempre ruim para a profissão. Mas pode ser positivo, quando a contabilidade é um instrumento de combate à corrupção, o que geralmente não é o caso da maioria das matérias.
Estar associado com este tema é sempre ruim para a profissão. Mas pode ser positivo, quando a contabilidade é um instrumento de combate à corrupção, o que geralmente não é o caso da maioria das matérias.
Agricultura e Câmbio
Com o dólar a R$ 2 a agricultura ganha ou perde?
De maneira geral ganha, porque boa parte de nossa produção rural -a de exportação- tem seus preços estabelecidos em dólar. Ora, como o produtor brasileiro recebe em reais, quanto mais valorizado o dólar, tanto mais reais ele receberá por unidade produzida. Em outras palavras, ganha mais.
Mas há um risco embutido nessa questão: os agricultores estão, exatamente neste momento, comprando seus insumos para o plantio da safra de verão. Grande parte deles é importada, e os preços já subiram em dólar, como é o caso das matérias-primas para fertilizantes. Portanto, os custos de produção vão aumentar. Qual é o risco? É comprar insumos com o dólar valorizado e vender a produção com o real valorizado: isso seria ruim, provocaria o descasamento da renda -como já aconteceu outras vezes no passado-, levando ao endividamento os produtores que estiverem muito alavancados.
Felizmente, a situação das dívidas rurais hoje é muito menor do que em anos anteriores, como em 2004, por exemplo, quando aconteceu um movimento parecido com esse. Os últimos três anos permitiram certa capitalização do campo, e os produtores estão usando mais capital próprio e menos crédito.
Mas mesmo que os preços em dólar não caiam muito e o dólar não desvalorize, a tendência para a safra 2012/2013 é de redução das margens em relação aos últimos anos.
A isso se soma outra incerteza: a crise europeia. Ela está durando mais do que se imaginava há alguns meses e se agravando em outros países além da Grécia. Com isso, especuladores caíram fora do mercado agrícola e trataram de procurar outros ativos de menor risco, como o próprio dólar. E este também se valoriza com isso.
Mas pior será se a crise atingir a economia de países emergentes, causando retração do comércio e queda da demanda por alimentos. Não é muito provável que isso aconteça, mas é possível. E, se acontecer, os preços das commodities agrícolas cairão de verdade, em dólar, logicamente, e isso teria reflexos negativos na renda rural de produtores do mundo todo, inclusive aqui.
É bem verdade que os preços estão em patamares tão acima das médias históricas que precisam cair bastante para voltar a níveis que não cubram os custos de produção no Brasil. Dessa forma, os riscos não são muito grandes. Mas o nível de incerteza é tanto neste mundo conturbado, a agricultura é por si mesma uma atividade tão arriscada que pode acontecer uma conjunção de fatores negativos, do tipo:
1) Os custos de produção sobem devido ao dólar valorizado;
2) O dólar desvaloriza na hora de vender a safra;
3) Os preços globais caem em dólar por causa da crise europeia aprofundada, reduzindo o consumo e a demanda por commodities agrícolas em geral.
Seria muito azar se isso tudo acontecesse, de modo que a probabilidade dessa conjunção é pequena. E seguramente não teremos La Niña na próxima safra. E como o nível de endividamento não é mais o que foi no passado, o setor está bem mais capitalizado. Juntando tudo, não há razão para ser pessimista, ainda.
Mas que as margens vão diminuir, vão. Então, também não há razão para nenhuma euforia.
É tempo de cautela e caldo de galinha, de não dar o passo maior que a perna, de não fazer muita onda. Ou, como se fala na roça: é tempo de botar as barbas de molho.
Até porque, os vetos colocados no projeto da Câmara dos Deputados sobre o Código Florestal -e mais a medida provisória editada para completar a legislação pertinente ao tema criaram alguma incerteza a mais. A medida provisória já está em vigor, mas poderá ser alterada ainda neste ano no Congresso, uma mecânica legislativa complexa. Mas, eventualmente, a legislação definitiva pode até demorar um pouco mais, sem falar em outras possibilidades já aventadas, como Adin, mandado de segurança etc.
Mais molho para as barbas...
Roberto Rodrigues, 69, é embaixador especial da FAO para o cooperativismo, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e professor de Economia Rural da Unesp -
Auditor
Buscar profissionais com apurado senso crítico e analítico e com experiência em gerenciamento de riscos são algumas das características que grandes corporações esperam de um profissional de auditoria. Quase 60% dos empresários brasileiros afirmam que este é o perfil mais desejado. Entre os americanos e canadenses o indicador é de 70%.
Os dados fazem parte da pesquisa mundial “O Pulso da Profissão”, realizado pelo The IIA Global - Institute of Internal Auditors, que ouviu mais de 1.200 executivos de auditoria de dezenas empresas com faturamentos anuais acima de um bilhão de dólares. Quase 200 brasileiros executivos participaram da pesquisa, dando ao país a segunda posição, atrás somente dos EUA.
Os resultados regionalizados mostram também algumas diferenças de prioridades pelos executivos em cada país. A fraude, por exemplo, mais de 40% dos entrevistados brasileiros apontaram como uma das principais preocupações e pretendem aumentar os investimentos nesta área para 2012, em comparação ao ano passado. A mesma questão é relevante apenas para 27% dos auditores da América do Norte.
“Os resultados revelam sinais de que o auditor interno necessita se preparar para ser um agente capaz de identificar os rumos a serem seguidos pela empresa e auxiliá-la na tomada de decisões, contribuindo para ganhos e economia de recursos significativos”, comenta o diretor-presidente do IIIA Brasil, (Instituto dos Auditores Internos do Brasil) filiada ao IIA Global, Braselino Silva.
Outras habilidades
A capacitação de informações estratégicas, foi eleita como outra capacidade essencial para os executivos da América do Norte, com 50%; conhecimentos em tecnologia e ferramentas de internet, com 49% e a visão de negócios, é importante para 46% dos entrevistados.
Fonte: Aqui
Os dados fazem parte da pesquisa mundial “O Pulso da Profissão”, realizado pelo The IIA Global - Institute of Internal Auditors, que ouviu mais de 1.200 executivos de auditoria de dezenas empresas com faturamentos anuais acima de um bilhão de dólares. Quase 200 brasileiros executivos participaram da pesquisa, dando ao país a segunda posição, atrás somente dos EUA.
Os resultados regionalizados mostram também algumas diferenças de prioridades pelos executivos em cada país. A fraude, por exemplo, mais de 40% dos entrevistados brasileiros apontaram como uma das principais preocupações e pretendem aumentar os investimentos nesta área para 2012, em comparação ao ano passado. A mesma questão é relevante apenas para 27% dos auditores da América do Norte.
“Os resultados revelam sinais de que o auditor interno necessita se preparar para ser um agente capaz de identificar os rumos a serem seguidos pela empresa e auxiliá-la na tomada de decisões, contribuindo para ganhos e economia de recursos significativos”, comenta o diretor-presidente do IIIA Brasil, (Instituto dos Auditores Internos do Brasil) filiada ao IIA Global, Braselino Silva.
Outras habilidades
A capacitação de informações estratégicas, foi eleita como outra capacidade essencial para os executivos da América do Norte, com 50%; conhecimentos em tecnologia e ferramentas de internet, com 49% e a visão de negócios, é importante para 46% dos entrevistados.
Fonte: Aqui
Mortalidade
O gráfico mostra a mudança na saúde da população nos últimos anos. Em 1990 1900 as pessoas morriam de pneumonia, tuberculose e infecções gastro-intestinais, nesta ordem. Em 2010, coração e câncer são as doenças que mais causam morte nos países desenvolvidos. A medicina evoluiu bastante em um século de história.
A contabilidade e seus escritores
Hoje em dia está absurdamente mais fácil publicar um livro. Nem editora é necessário caso você queira se aventurar por aí... Há sim editores e agentes literários, como também sites que incentivam a publicação de livros eletrônicos pelo próprio escritor. Isso me torna ainda mais crítica ao comprar algo - acho muito bom quando disponibilizam o primeiro capítulo da obra para que saibamos o nível da peça que estamos pensando em adquirir.
Enfim... recebi um e-mail de um leitor que me fez rir um bocado. Agradeço a contribuição e divido o momento "paciência zero" com vocês:
Ordem do dia: Tomem cuidado com os livros que utilizam! E senso crítico é um "must have".
Enfim... recebi um e-mail de um leitor que me fez rir um bocado. Agradeço a contribuição e divido o momento "paciência zero" com vocês:
Pérola 1:
"MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
Como podemos notar, os fatos contábeis provocam aumentos e diminuições nos componentes patrimoniais. Para melhor entender esse mecanismo, vamos retornar à equação contábil: ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Ora, se sempre haverá igualdade entre o Ativo e o Passivo + Patrimônio Líquido, podemos também afirmar matematicamente que
ATIVO - (PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO) = ZERO.
Ou seja: ATIVO - PASSIVO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ZERO.
Isso nos leva a concluir que o Ativo é o lado dos componentes positivos do patrimônio e o Passivo e Patrimônio Líquido, o lado dos componentes negativos.
[Comentário crítico: Se eu inverter a lógica matemática do amigo, e colocar que Passivo + Pl - Ativo é igual a zero, eu desconstruo o raciocínio do rapaz, né não!?]
Vejamos o exemplo a seguir: (desenho de um balanço patrimonial simples, com caixa e contas a pagar e capital). Sendo o ativo o lado positivo do patrimônio, as suas contas são positivas, isto é, os seus saldos são sempre positivos (denominados devedores). [Comentário crítico: Pronto, deu o nó geral na cabeça dos coleguinhas...] As contas do Passivo e Patrimônio Líquido, por sua vez, são negativas, isto é, seus saldos são sempre negativos (credores)."
Pérola 2:
"Lembre-se: Toda vez que tiver uma despesa, debitar a conta, toda vez que tiver uma receita, creditar a conta!"
[Comentário crítico: Tá, mas e o coleguinha que ler isso e pegar a conta "Despesa de assinatura paga antecipadamente"... ou "Receita antecipada de serviços"?????]
Ordem do dia: Tomem cuidado com os livros que utilizam! E senso crítico é um "must have".
27 junho 2012
Nortel
A Nortel era uma multinacional, com sede no Canadá, que atuava na área de equipamentos de telecomunicações. Era, pois desde 2009 a empresa decretou falência, tendo anunciado logo após que iria encerrar suas atividades.
Os problemas contábeis da empresa aconteceram a partir da crise da internet, que fez com que seu executivo principal comandasse uma reestruturação, incluindo a demissão de dois terços dos empregados, além de baixas contábeis. Em 2003 a empresa apresentou novamente lucro, o que contribuiu para remuneração dos administradores, incluindo o presidente, o diretor financeiro e o controller. Os problemas contábeis forçaram a demissão dos três executivos em 2004 e provocaram uma acusação de fraude.
Em 2007 a empresa precisou refazer suas demonstrações contábeis pela terceira vez desde 2003. Naquele ano a empresa tinha fechado um acordo com a SEC para pagar 35 milhões de dólares pela fraude. Anos mais tarde, a empresa consegue recuperar parte do dinheiro dos acionistas através de um leilão das suas patentes.
O que ocorreu com a empresa foi uma decepção para os investidores. Em 2000 a revista Forbes listava dez empresas que estavam preparadas para vencer na década que esta iniciando. A Nortel, ao lado da Enron e outros micos, estava nesta lista.
Agora os detalhes da fraude contábil ocorrida na empresa canadense estão sendo divulgadas, com o julgamento dos executivos da empresa. O antigo controller afirmou que ameaçou demitir-se do cargo quando descobriu que seu chefe fez três registros contábeis, transformando o prejuízo do segundo trimestre de 2003 num lucro. Após esta ameaça, a empresa apresentou um prejuízo de 14 milhões de dólares. Mas o clima entre os executivos ficou muito tenso.
Resta entender a razão pela qual o controller recebeu o bônus pelo resultado naquele ano.
Honestidade
Dan [Ariely] [foto] também é professor de psicologia e economia comportamental na Universidade Duke. Nesta entrevista ele fala sobre porque as pessoas mentem em algumas situações, mas não em outras, porque os estudantes colam nas provas quando eles sabem que podem sofrer mais tarde na vida, e muito mais.
O que faz alguém mentir às vezes e dizer a verdade outras vezes?
Quando as pessoas enfrentam essa questão sobre por que as pessoas as vezes mentem e outras vezes não, a resposta comum tem a ver com algo sobre o estado interno sobre a pessoa. A pessoa está com fome, está cansado, está esgotado e há alguma verdade nisso.
(...) Então, voltando à pergunta sobre por que as pessoas as vezes mentem e outras vezes não, é evidente que existem mudanças que acontecem dentro de uma pessoa ao longo do tempo, mas o que vemos é que um efeito ainda maior tem a ver com as circunstâncias ambientais que estão ao nosso redor . Então, muitas vezes pensamos sobre as pessoas como agente, então nós decidimos e agimos, e agimos de acordo com nossas preferências e que é uma espécie de execução de nosso próprio estado interno, mas a realidade é que muitas vezes as decisões que as pessoas fazem são mais bem descritas pelo ambiente em que eles são colocados. Quando colocamos as pessoas em alguns ambientes eles são capazes de enganar a um grau mais elevado e quando eles são colocados em um ambiente diferente, essa mesma pessoa com a mesma mentalidade acaba traindo a um grau muito menor.
Então, quais são as influências ambientais?
Uma delas tem a ver com o grau ao qual se pode justificar a nossa desonestidade e, em particular, a distância do ato desonesto do dinheiro. Assim, por exemplo, em um de nossos experimentos, descobrimos que a experiência básica parecia isso; as pessoas tinham uma folha de papel com 20 problemas de matemática simples que podem resolver todos eles se eles tivessem tempo suficiente, mas nós não damos as pessoas o tempo suficiente. Damos às pessoas apenas cinco minutos, nós damos uma folha de papel, dizemos "trabalhe tanto quanto você puder" e quando passam os cinco minutos dizemos “por favor pare e conte quantas perguntas corretas você obteve, lembre-se deste número; vá lá trás e rasgue a folha de papel. Depois volte e diga-nos quantas perguntas você resolveu corretamente e nós vamos pagá-lo um dólar por questão [correta]. O que as pessoas não sabem é que nós mexemos com o triturador e o triturador apenas fragmenta um pedaço da página, mas não a página completa e podemos entrar e descobrir quantas perguntas as pessoas realmente resolveram corretamente.
Então, o que encontramos? Descobrimos que em média as pessoas fizeram em torno de quatro problemas e afirmaram ter resolvido seis. (...) Mas, em outra condição, o que fazemos é pedir às pessoas para triturar o pedaço de papel e quando elas chegam até nós para não dizer "Mr. Experimentador, eu resolvi X problemas, dá-me X dólares", mas dizer "Mr. Experimentador, eu resolvi X problemas no X, dá-me X fichas". Agora, as pessoas olham em nossos olhos e mentem por peças de plástico e não por dinheiro e o que encontramos foi que as pessoas basicamente duplicaram a sua trapaça. O que isto significa é que quando temos um ambiente no qual as pessoas podem distanciar-se do ato de traição, eles não estão enganando por dinheiro, eles estão enganando por um pedaço de plástico, de repente, este ambiente pode facilitar a uma grau muito mais elevado. Existem muitas outras influências como este e o que isso significa é que precisamos pensar sobre o meio ambiente, precisamos pensar sobre a regulamentação, precisamos pensar sobre as regras, precisamos pensar sobre a ética profissional, porque essas coisas eventualmente ter muito mais a ver com a forma como as pessoas se comportam do que a personalidade individual.
Por que os alunos colar nas provas, quando irá trará efeito mais tarde em suas vidas?
Primeiro de tudo eu acho que os alunos, e a maioria das pessoas em geral, não pensam muito sobre o que vai acontecer na vida mais tarde; temos este problema geral de pensar no curto prazo e não pensar no longo prazo e isso é em toda parte: é sobre comer em excesso e exercício físico, digitar um texto enquanto dirigimos, não tomar os remédios no momento correto, ter relações sexuais desprotegidas; todos esses comportamentos são devido ao fato de não se pensar no longo prazo.
No âmbito racional, é claro as pessoas sempre pensam sobre o longo prazo e no quadro racional da fraude as pessoas pensam no longo prazo, mas, na realidade, descobrimos que as pessoas não pensam muito sobre o longo prazo. E isso significa, a propósito, que as regras e regulamentos e leis que dependem do longo prazo, que dependem de penas de prisão e a probabilidade de que algum dia alguém pode te pegar são muito menos eficaz do que pensamos, porque quando estamos criando regras e regulamentos que temos em mente um agente racional que pensa nos seres de longo prazo; e os seres humanos não são assim.
(...) Com base em sua pesquisa, o que motiva as pessoas a se comportar de forma desonesta?
O que basicamente se encontra é que as pessoas são uma boa combinação de incentivos econômicos e incentivos psicológicos. Nosso lado econômico de nós quer se beneficiar de fazer um rolo porque os benefícios nos engana a curto prazo. Agora, ele pode não funcionar para nós no longo prazo, mas porque não pensamos no longo prazo, vamos nos concentrar no curto prazo. Por outro lado, temos o lado da psicologia, que nos faz querer sentir que somos pessoas honestas e morais. Queremos ser capazes de olhar para nós mesmos no espelho e se sentir bem sobre nós mesmos. (...)
O que seu livro nos ensina sobre como devemos gerir as nossas carreiras?
Bem, é sobre a gestão da nossa carreira e da carreira de outras pessoas. Você pode especular que existem basicamente maçãs podres lá fora, que algumas pessoas são más e algumas pessoas são boas. A única coisa que você quer fazer é certificar-se você é uma maçã boa e não uma maçã podre e que a sua empresa não contrata maçãs podres e que você não tem maçãs podres como amigos. Mas, a realidade o que mostra a pesquisa é que todos nós temos a capacidade de tornar maçãs podres. Claro, existem alguns psicopatas lá fora, mas fora esses indivíduos, todos nós, basicamente, têm a capacidade de começar a portar mal e com o tempo aumentar nosso mau comportamento passo a passo até que nos tornemos muito podre. (...)
É como se, eu vou te dar um exemplo de um contador que eu falei que em algum momento, que foi o CFO de uma grande empresa e sua companhia estava fazendo dinheiro, mas um pouco abaixo da expectativa de Wall Street. O CEO veio e conversou com ele e disse: "oh, você sabe, nós estamos tão perto, estamos quase, você pode fazer os números um pouco melhor?" e sem pensar muito, sem pensar que eles estavam fazendo alguma coisa ruim, porque eles realmente estavam obtendo caixa, eles estavam ganhando dinheiro, eles estavam próximos, eles estavam quase lá, era apenas uma questão de como gerenciar as contas e pensar sobre isso. Claro, eles encontraram uma justificativa para isso, mas é claro que no próximo trimestre foi mais difícil de justificar, até as coisas se tornaram muito ruim. Ele acabou na cadeia. (...)
Adaptado daqui
O que faz alguém mentir às vezes e dizer a verdade outras vezes?
Quando as pessoas enfrentam essa questão sobre por que as pessoas as vezes mentem e outras vezes não, a resposta comum tem a ver com algo sobre o estado interno sobre a pessoa. A pessoa está com fome, está cansado, está esgotado e há alguma verdade nisso.
(...) Então, voltando à pergunta sobre por que as pessoas as vezes mentem e outras vezes não, é evidente que existem mudanças que acontecem dentro de uma pessoa ao longo do tempo, mas o que vemos é que um efeito ainda maior tem a ver com as circunstâncias ambientais que estão ao nosso redor . Então, muitas vezes pensamos sobre as pessoas como agente, então nós decidimos e agimos, e agimos de acordo com nossas preferências e que é uma espécie de execução de nosso próprio estado interno, mas a realidade é que muitas vezes as decisões que as pessoas fazem são mais bem descritas pelo ambiente em que eles são colocados. Quando colocamos as pessoas em alguns ambientes eles são capazes de enganar a um grau mais elevado e quando eles são colocados em um ambiente diferente, essa mesma pessoa com a mesma mentalidade acaba traindo a um grau muito menor.
Então, quais são as influências ambientais?
Uma delas tem a ver com o grau ao qual se pode justificar a nossa desonestidade e, em particular, a distância do ato desonesto do dinheiro. Assim, por exemplo, em um de nossos experimentos, descobrimos que a experiência básica parecia isso; as pessoas tinham uma folha de papel com 20 problemas de matemática simples que podem resolver todos eles se eles tivessem tempo suficiente, mas nós não damos as pessoas o tempo suficiente. Damos às pessoas apenas cinco minutos, nós damos uma folha de papel, dizemos "trabalhe tanto quanto você puder" e quando passam os cinco minutos dizemos “por favor pare e conte quantas perguntas corretas você obteve, lembre-se deste número; vá lá trás e rasgue a folha de papel. Depois volte e diga-nos quantas perguntas você resolveu corretamente e nós vamos pagá-lo um dólar por questão [correta]. O que as pessoas não sabem é que nós mexemos com o triturador e o triturador apenas fragmenta um pedaço da página, mas não a página completa e podemos entrar e descobrir quantas perguntas as pessoas realmente resolveram corretamente.
Então, o que encontramos? Descobrimos que em média as pessoas fizeram em torno de quatro problemas e afirmaram ter resolvido seis. (...) Mas, em outra condição, o que fazemos é pedir às pessoas para triturar o pedaço de papel e quando elas chegam até nós para não dizer "Mr. Experimentador, eu resolvi X problemas, dá-me X dólares", mas dizer "Mr. Experimentador, eu resolvi X problemas no X, dá-me X fichas". Agora, as pessoas olham em nossos olhos e mentem por peças de plástico e não por dinheiro e o que encontramos foi que as pessoas basicamente duplicaram a sua trapaça. O que isto significa é que quando temos um ambiente no qual as pessoas podem distanciar-se do ato de traição, eles não estão enganando por dinheiro, eles estão enganando por um pedaço de plástico, de repente, este ambiente pode facilitar a uma grau muito mais elevado. Existem muitas outras influências como este e o que isso significa é que precisamos pensar sobre o meio ambiente, precisamos pensar sobre a regulamentação, precisamos pensar sobre as regras, precisamos pensar sobre a ética profissional, porque essas coisas eventualmente ter muito mais a ver com a forma como as pessoas se comportam do que a personalidade individual.
Por que os alunos colar nas provas, quando irá trará efeito mais tarde em suas vidas?
Primeiro de tudo eu acho que os alunos, e a maioria das pessoas em geral, não pensam muito sobre o que vai acontecer na vida mais tarde; temos este problema geral de pensar no curto prazo e não pensar no longo prazo e isso é em toda parte: é sobre comer em excesso e exercício físico, digitar um texto enquanto dirigimos, não tomar os remédios no momento correto, ter relações sexuais desprotegidas; todos esses comportamentos são devido ao fato de não se pensar no longo prazo.
No âmbito racional, é claro as pessoas sempre pensam sobre o longo prazo e no quadro racional da fraude as pessoas pensam no longo prazo, mas, na realidade, descobrimos que as pessoas não pensam muito sobre o longo prazo. E isso significa, a propósito, que as regras e regulamentos e leis que dependem do longo prazo, que dependem de penas de prisão e a probabilidade de que algum dia alguém pode te pegar são muito menos eficaz do que pensamos, porque quando estamos criando regras e regulamentos que temos em mente um agente racional que pensa nos seres de longo prazo; e os seres humanos não são assim.
(...) Com base em sua pesquisa, o que motiva as pessoas a se comportar de forma desonesta?
O que basicamente se encontra é que as pessoas são uma boa combinação de incentivos econômicos e incentivos psicológicos. Nosso lado econômico de nós quer se beneficiar de fazer um rolo porque os benefícios nos engana a curto prazo. Agora, ele pode não funcionar para nós no longo prazo, mas porque não pensamos no longo prazo, vamos nos concentrar no curto prazo. Por outro lado, temos o lado da psicologia, que nos faz querer sentir que somos pessoas honestas e morais. Queremos ser capazes de olhar para nós mesmos no espelho e se sentir bem sobre nós mesmos. (...)
O que seu livro nos ensina sobre como devemos gerir as nossas carreiras?
Bem, é sobre a gestão da nossa carreira e da carreira de outras pessoas. Você pode especular que existem basicamente maçãs podres lá fora, que algumas pessoas são más e algumas pessoas são boas. A única coisa que você quer fazer é certificar-se você é uma maçã boa e não uma maçã podre e que a sua empresa não contrata maçãs podres e que você não tem maçãs podres como amigos. Mas, a realidade o que mostra a pesquisa é que todos nós temos a capacidade de tornar maçãs podres. Claro, existem alguns psicopatas lá fora, mas fora esses indivíduos, todos nós, basicamente, têm a capacidade de começar a portar mal e com o tempo aumentar nosso mau comportamento passo a passo até que nos tornemos muito podre. (...)
É como se, eu vou te dar um exemplo de um contador que eu falei que em algum momento, que foi o CFO de uma grande empresa e sua companhia estava fazendo dinheiro, mas um pouco abaixo da expectativa de Wall Street. O CEO veio e conversou com ele e disse: "oh, você sabe, nós estamos tão perto, estamos quase, você pode fazer os números um pouco melhor?" e sem pensar muito, sem pensar que eles estavam fazendo alguma coisa ruim, porque eles realmente estavam obtendo caixa, eles estavam ganhando dinheiro, eles estavam próximos, eles estavam quase lá, era apenas uma questão de como gerenciar as contas e pensar sobre isso. Claro, eles encontraram uma justificativa para isso, mas é claro que no próximo trimestre foi mais difícil de justificar, até as coisas se tornaram muito ruim. Ele acabou na cadeia. (...)
Adaptado daqui
Honestidade 2
Com respeito a questão da honestidade, discutida na entrevista de Ariely, participei como co-autor de uma pesquisa com profissionais e estudantes de contabilidade, através de um experimento, onde foi simulado um processo de contratação. [A pesquisa possui como co-autoria os professores Erivan Borges, da UFRN, e Eduardo Vieira, da UnB.] Eis um trecho relevante do artigo:
De modo geral, essas constatações evidenciam que para estudantes e profissionais de contabilidade, no contexto estudado, a decisão e o ato moral sofrem influência direta dos incentivos financeiros, alterando-se a percepção das conseqüências do comportamento mais digno, mais elevado moralmente, uma vez que os indivíduos estariam dispostos, em níveis de intensidade calculados a partir indicador desenvolvido para o trabalho, a desobedecer regras e preceitos de natureza ética e fiscal, contrariando, de certa forma, o referencial utilizado. Estes achados também evidenciam três situações preocupantes: a) as atitudes profissionais têm impacto direto na sociedade, independentemente do nível de decisão tomada na sua atuação, além de refletir imagem, estereótipos negativos em relação à classe e aos demais colegas, desobedecendo às exigências do código de ética da profissão; b) a maior representatividade dos indivíduos é de estudantes, o que presume a ausência de fundamento ético e social na formação desses indivíduos durante a realização do curso, seja pela ausência dos temas nas estruturas curriculares, seja pela falta de associação ou aprofundamento desses temas nas discussões de natureza técnica; e, c) o baixo nível de preparação técnica dos respondentes, pela eventual falta de entendimento das questões de varreduras propostas.
O artigo completo está aqui
De modo geral, essas constatações evidenciam que para estudantes e profissionais de contabilidade, no contexto estudado, a decisão e o ato moral sofrem influência direta dos incentivos financeiros, alterando-se a percepção das conseqüências do comportamento mais digno, mais elevado moralmente, uma vez que os indivíduos estariam dispostos, em níveis de intensidade calculados a partir indicador desenvolvido para o trabalho, a desobedecer regras e preceitos de natureza ética e fiscal, contrariando, de certa forma, o referencial utilizado. Estes achados também evidenciam três situações preocupantes: a) as atitudes profissionais têm impacto direto na sociedade, independentemente do nível de decisão tomada na sua atuação, além de refletir imagem, estereótipos negativos em relação à classe e aos demais colegas, desobedecendo às exigências do código de ética da profissão; b) a maior representatividade dos indivíduos é de estudantes, o que presume a ausência de fundamento ético e social na formação desses indivíduos durante a realização do curso, seja pela ausência dos temas nas estruturas curriculares, seja pela falta de associação ou aprofundamento desses temas nas discussões de natureza técnica; e, c) o baixo nível de preparação técnica dos respondentes, pela eventual falta de entendimento das questões de varreduras propostas.
O artigo completo está aqui
Sem auditoria
Há pouco mais que quatro anos, a legislação determina a obrigatoriedade da auditoria externa para empresas que têm capital aberto, atividades reguladas ou faturamento acima de R$ 300 milhões ou patrimônio maior que R$ 240 milhões. Mas um universo de companhias—notadamente do último grupo, as que são enquadradas na lei por faturamento ou patrimônio — não segue a norma. Parte delas, por desconhecimento. Outras tantas, porque não se sentem coagidas, já que a legislação não prevê punições.
Na ponta das que cumprem as determinações da lei, estão as empresas que têm papéis negociados na bolsa de valores ou que desejam se financiar por meio da emissão de debêntures ou notas promissórias. Também são muito cobradas as que têm atividades reguladas por Banco Central,Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) ou Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
As regras sobre auditoria externa levamo número de empresas obrigadas a se submeter ao serviço a algo entre 3.000 e 4.000, sem contar as 500 que são monitoradas pela CVM, diz Eduardo Augusto Rocha Pocetti, presidente do Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil (Ibracon). Além disso, diz, há muitas companhias que, surfando no crescimento econômico, estão passando a marca d’água da exigência legal e nem sabem que precisarão contratar auditores. Assim, esse mercado tem potencial de crescimento de até 20% ao ano no Brasil.
A exigência legal, contudo, não é o único motivador de uma auditoria externa, frisa Pocetti. “Ela também serve para ajustar a contabilidade a padrões internacionais, que o Brasil segue, hoje emdia. Isso é essencial para atrair parceiros e participar de projetos de investimento.”
Edmar Facco, sócio da Deloitte, concorda: “Hoje, todos entendem que a auditoria aumenta a credibilidade junto a bancos e fornecedores, sem falar nas concorrências públicas e nas oportunidades de compra por empresas maiores.”
A auditoria também favorece o negócio por agregar uma visão externa sobre o setor, o modelo de gestão e a exposição ao risco da companhia, seja em virtude da estrutura de capital e da alavancagem, seja devido ao perfil dos executivos gestores. “Ao fim do trabalho, é apresentada uma carta de gerência, também chamada de carta de recomendações, que é para controle interno e tem o valor de uma consultoria, com um olhar independente, que ajuda a companhia a se tornar mais eficiente e a mitigar riscos”, diz Sérgio Romani, sócio-líder de auditoria da Ernst & Young Terco.
Para ter essa performance, os auditores tratam de conhecer a fundo a mercado em que a empresa auditada está inserida e seu negócio, concordam os auditores ouvidos pela reportagem.
Sem fins lucrativos
Entidades filantrópicas que arrecadam mais do que R$ 2,4 milhões também estão obrigadas a a contratar auditoria externa, lembra Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers. “E outras tantas organizações não-governamentais se submetem ao escrutínio porque recebem verbas de exterior e precisam comprovar a aplicação e a adequação das contas.”
Além disso, afirma Iavelberg, fundações e sociedades que fazem rodízio de seus dirigentes contratam auditorias para evitar problemas com a avaliação que os gestores subsequentes farão de suas gestões.
Custos
As empresas de auditoria ficam tímidas quando se fala no custo de seus serviços. “A auditoria é cobrada por hora e seu preço depende do porte da empresa, e do seu histórico”, explica Pocetti. “Os 120 filiados do Ibracon cobram valores são muito parecidos.”
Iavelberg afirma que nas grandes firmas de auditoria, o serviço custa algo entre R$ 40 mil e R$ 60 mil para empresas que estão no piso da obrigatoriedade (faturamento acima de R$ 300 milhões ou patrimônio acima de R$ 240 milhões). Pode ser interessante para companhias que têm negócios nos Estados Unidos e França, onde as grandes firmas são reconhecidas.
Em firmas menores, como a própria Blue Numbers, o serviço pode sair por um terço ou até metade. “E o serviço é igualmente bom, pois seguimos as melhores práticas e temos pessoas oriundas das maiores firmas”, explica.
Empresas ignoram lei sobre auditoria externa - 13 de Junho de 2012 - Brasil Econômico - Juliana Garçon
Na ponta das que cumprem as determinações da lei, estão as empresas que têm papéis negociados na bolsa de valores ou que desejam se financiar por meio da emissão de debêntures ou notas promissórias. Também são muito cobradas as que têm atividades reguladas por Banco Central,Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) ou Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
As regras sobre auditoria externa levamo número de empresas obrigadas a se submeter ao serviço a algo entre 3.000 e 4.000, sem contar as 500 que são monitoradas pela CVM, diz Eduardo Augusto Rocha Pocetti, presidente do Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil (Ibracon). Além disso, diz, há muitas companhias que, surfando no crescimento econômico, estão passando a marca d’água da exigência legal e nem sabem que precisarão contratar auditores. Assim, esse mercado tem potencial de crescimento de até 20% ao ano no Brasil.
A exigência legal, contudo, não é o único motivador de uma auditoria externa, frisa Pocetti. “Ela também serve para ajustar a contabilidade a padrões internacionais, que o Brasil segue, hoje emdia. Isso é essencial para atrair parceiros e participar de projetos de investimento.”
Edmar Facco, sócio da Deloitte, concorda: “Hoje, todos entendem que a auditoria aumenta a credibilidade junto a bancos e fornecedores, sem falar nas concorrências públicas e nas oportunidades de compra por empresas maiores.”
A auditoria também favorece o negócio por agregar uma visão externa sobre o setor, o modelo de gestão e a exposição ao risco da companhia, seja em virtude da estrutura de capital e da alavancagem, seja devido ao perfil dos executivos gestores. “Ao fim do trabalho, é apresentada uma carta de gerência, também chamada de carta de recomendações, que é para controle interno e tem o valor de uma consultoria, com um olhar independente, que ajuda a companhia a se tornar mais eficiente e a mitigar riscos”, diz Sérgio Romani, sócio-líder de auditoria da Ernst & Young Terco.
Para ter essa performance, os auditores tratam de conhecer a fundo a mercado em que a empresa auditada está inserida e seu negócio, concordam os auditores ouvidos pela reportagem.
Sem fins lucrativos
Entidades filantrópicas que arrecadam mais do que R$ 2,4 milhões também estão obrigadas a a contratar auditoria externa, lembra Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers. “E outras tantas organizações não-governamentais se submetem ao escrutínio porque recebem verbas de exterior e precisam comprovar a aplicação e a adequação das contas.”
Além disso, afirma Iavelberg, fundações e sociedades que fazem rodízio de seus dirigentes contratam auditorias para evitar problemas com a avaliação que os gestores subsequentes farão de suas gestões.
Custos
As empresas de auditoria ficam tímidas quando se fala no custo de seus serviços. “A auditoria é cobrada por hora e seu preço depende do porte da empresa, e do seu histórico”, explica Pocetti. “Os 120 filiados do Ibracon cobram valores são muito parecidos.”
Iavelberg afirma que nas grandes firmas de auditoria, o serviço custa algo entre R$ 40 mil e R$ 60 mil para empresas que estão no piso da obrigatoriedade (faturamento acima de R$ 300 milhões ou patrimônio acima de R$ 240 milhões). Pode ser interessante para companhias que têm negócios nos Estados Unidos e França, onde as grandes firmas são reconhecidas.
Em firmas menores, como a própria Blue Numbers, o serviço pode sair por um terço ou até metade. “E o serviço é igualmente bom, pois seguimos as melhores práticas e temos pessoas oriundas das maiores firmas”, explica.
Empresas ignoram lei sobre auditoria externa - 13 de Junho de 2012 - Brasil Econômico - Juliana Garçon
Cortina de Burrice
Eis um trecho do texto " A má educação isola o país", mais conhecido como Cortina de Burrice, de autoria do economista Cláudio de Moura e Castro:
Revolução Russa propôs-se a criar o "paraíso socialista", cujo cardápio foi parido por intelectuais europeus. Na teoria, todos tinham direito a habitação, emprego, comida, escola e ópera. Mas a dieta era parca e o povão queria consumir mais. Daí a necessidade do que Churchill chamou de Cortina de Ferro, para não deixar que os russos bisbilhotassem o que consumia o mundo capitalista decadente. Para os xeretas, punições ferozes. Mas os seus líderes cometeram um erro, criaram também um estupendo sistema educativo para todos. Foi uma besteira, pois não houve maneiras de impedir um povo educado de ver o que acontecia do lado de fora. O resultado foi a estrepitosa queda do Muro de Berlim.
Os governantes brasileiros fizeram muito melhor. Abriram tudo, viaja-se à vontade. Mas não cometeram o erro dos russos. A garantia de isolamento do país está em uma educação de péssima qualidade e a conta-gotas. Assim nasceu uma Cortina de Burrice, muito mais eficaz, pois somos um país isolado do resto do mundo. Os que se aventuram ao exterior vão à Disneylândia, um mero parque de diversões, ou a Miami, uma sucursal do Brasil.
A garantia de nosso isolamento do resto do mundo está na educação de péssima qualidade. Há pouco, em uma universidade de elite, pedi que levantassem as mãos os que confortavelmente liam inglês. Não vi nem um quinto das mãos do auditório. Eis a Cortina de Burrice em ação! Na Europa, a mesma pergunta levantaria todas as mãos. Os europeus passaram do bilingüismo para o trilinguismo, Na Islândia, são quatro idiomas. E o nosso controlador de vôo que não sabia inglês!
Nossas universidades estão fora das listas das melhores, resultado da Cortina de Bilinguitice, pois perdem pontos nos quesitos de internacionalização. Nas europeias, muitos cursos são oferecidos em inglês. Conheci um sueco que fez seu doutorado em Estocolmo, há quatro décadas. Quando entregou o primeiro trabalho, no seu idioma, foi interpelado pelo professor: "O senhor não terá futuro acadêmico, se continuar a escrever nesta língua!". Visitei a fábrica Seiko (japonesa) na China. A língua oficial era o inglês. O mesmo em Toulouse, na fábrica do Airbus.(...)
Revolução Russa propôs-se a criar o "paraíso socialista", cujo cardápio foi parido por intelectuais europeus. Na teoria, todos tinham direito a habitação, emprego, comida, escola e ópera. Mas a dieta era parca e o povão queria consumir mais. Daí a necessidade do que Churchill chamou de Cortina de Ferro, para não deixar que os russos bisbilhotassem o que consumia o mundo capitalista decadente. Para os xeretas, punições ferozes. Mas os seus líderes cometeram um erro, criaram também um estupendo sistema educativo para todos. Foi uma besteira, pois não houve maneiras de impedir um povo educado de ver o que acontecia do lado de fora. O resultado foi a estrepitosa queda do Muro de Berlim.
Os governantes brasileiros fizeram muito melhor. Abriram tudo, viaja-se à vontade. Mas não cometeram o erro dos russos. A garantia de isolamento do país está em uma educação de péssima qualidade e a conta-gotas. Assim nasceu uma Cortina de Burrice, muito mais eficaz, pois somos um país isolado do resto do mundo. Os que se aventuram ao exterior vão à Disneylândia, um mero parque de diversões, ou a Miami, uma sucursal do Brasil.
A garantia de nosso isolamento do resto do mundo está na educação de péssima qualidade. Há pouco, em uma universidade de elite, pedi que levantassem as mãos os que confortavelmente liam inglês. Não vi nem um quinto das mãos do auditório. Eis a Cortina de Burrice em ação! Na Europa, a mesma pergunta levantaria todas as mãos. Os europeus passaram do bilingüismo para o trilinguismo, Na Islândia, são quatro idiomas. E o nosso controlador de vôo que não sabia inglês!
Nossas universidades estão fora das listas das melhores, resultado da Cortina de Bilinguitice, pois perdem pontos nos quesitos de internacionalização. Nas europeias, muitos cursos são oferecidos em inglês. Conheci um sueco que fez seu doutorado em Estocolmo, há quatro décadas. Quando entregou o primeiro trabalho, no seu idioma, foi interpelado pelo professor: "O senhor não terá futuro acadêmico, se continuar a escrever nesta língua!". Visitei a fábrica Seiko (japonesa) na China. A língua oficial era o inglês. O mesmo em Toulouse, na fábrica do Airbus.(...)
O que pode aprender um jovem que vai ao Primeiro Mundo, a fim de conviver com o povo, não com o guia nem com o motorista do ônibus do pacote turístico? Vejamos:
O valor do futuro, de pensar no amanhã, ao invés do hoje (a essência da sustentabilidade do meio ambiente).O sentido de economia, de não esbanjar, de não se exibir, à custa do magro orçamento.(...)
PMEs
O International Accounting Standards Board (IASB) está abrindo para discussão a possibilidade de fazer alterações na norma para pequena e média empresa. Até 30 de novembro deste ano as opiniões podem ser feitas.
Quando emitiu a norma, em meados de 2009, o Iasb já imaginava um período de avaliação nos dois primeiros anos de existência da mesa.
O bom senso indica que norma contábil para pequena e média empresa não pode ter 300 páginas, como é o caso da atual norma.
Quando emitiu a norma, em meados de 2009, o Iasb já imaginava um período de avaliação nos dois primeiros anos de existência da mesa.
O bom senso indica que norma contábil para pequena e média empresa não pode ter 300 páginas, como é o caso da atual norma.
Stricto Sensu em contabilidade: formação de professores
Programas de pós-graduação Stricto Sensu em contabilidade: sua contribuição na formação de professores e pesquisadores
Os estudos sobre a formação de professores e pesquisadores em Contabilidade importam no processo de desenvolvimento do ensino. Com o aumento da demanda destes profissionais e da oferta de cursos de graduações, o docente e o pesquisador devem estar preparados para enfrentar novos desafios. Nesse sentido, o presente estudo foi desenvolvido com objetivo de verificar a contribuição dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade em nível de mestrado quanto à formação de professores e pesquisadores. A pesquisa foi desenvolvida sob as formas qualitativa e quantitativa, utilizando-se de dados secundários e de análise de conteúdo para atingir o objetivo proposto. A análise de dados pautou-se em 6 PPGs, contemplando 115 mestres em Contabilidade que concluíram o curso no ano de 2004. Foram analisadas as suas publicações e atuação profissional nos cinco anos subsequentes, ou seja, até 2009. Os resultados apontam que os PPGs no período em estudo estavam voltados basicamente para a formação de professores, pois 104 mestres atuam na docência. Ainda, demonstrou que o destino destes professores eram as instituições de ensino superior privadas e para o curso de Ciências Contábeis. No processo de formação pedagógica, todos os programas possuíam a disciplina de Metodologia do Ensino Superior, sendo alguns de forma obrigatória e outros, optativa. No entanto, os dados da pesquisa mostraram que no período estudado, os programas não contribuíram significativamente para a formação de pesquisadores, pois estes estavam centrados na formação de docentes, evidenciada pela baixa publicação dos egressos dos programas e pela concentração em determinados egressos.
André Luis Comunelo, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo, Simone Bernardes Voese, Emanoel Marcos Lima
Enfoque: Reflexão Contábil, v. 31, n. 1, 2012.
Os estudos sobre a formação de professores e pesquisadores em Contabilidade importam no processo de desenvolvimento do ensino. Com o aumento da demanda destes profissionais e da oferta de cursos de graduações, o docente e o pesquisador devem estar preparados para enfrentar novos desafios. Nesse sentido, o presente estudo foi desenvolvido com objetivo de verificar a contribuição dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade em nível de mestrado quanto à formação de professores e pesquisadores. A pesquisa foi desenvolvida sob as formas qualitativa e quantitativa, utilizando-se de dados secundários e de análise de conteúdo para atingir o objetivo proposto. A análise de dados pautou-se em 6 PPGs, contemplando 115 mestres em Contabilidade que concluíram o curso no ano de 2004. Foram analisadas as suas publicações e atuação profissional nos cinco anos subsequentes, ou seja, até 2009. Os resultados apontam que os PPGs no período em estudo estavam voltados basicamente para a formação de professores, pois 104 mestres atuam na docência. Ainda, demonstrou que o destino destes professores eram as instituições de ensino superior privadas e para o curso de Ciências Contábeis. No processo de formação pedagógica, todos os programas possuíam a disciplina de Metodologia do Ensino Superior, sendo alguns de forma obrigatória e outros, optativa. No entanto, os dados da pesquisa mostraram que no período estudado, os programas não contribuíram significativamente para a formação de pesquisadores, pois estes estavam centrados na formação de docentes, evidenciada pela baixa publicação dos egressos dos programas e pela concentração em determinados egressos.
André Luis Comunelo, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo, Simone Bernardes Voese, Emanoel Marcos Lima
Enfoque: Reflexão Contábil, v. 31, n. 1, 2012.
26 junho 2012
Como fazer uma tabela
Como apresentar uma tabela
Esta postagem trata de algumas dicas para apresentar uma
tabela mais legível para o leitor. Obviamente se sua intenção é evitar que o
leitor preste atenção nos seus números, siga o conselho oposto.
O primeiro conselho é bastante óbvio: use sempre algarismos
hindu-arábicos. Nunca utilize os algarismos romanos. A figura 1 ilustra isto:
Quanto tempo você levou para entender esta demonstração?
O segundo conselho é colocar os números do lado direito.
Veja a figura 2:
A forma que torna a leitura mais fácil é a da primeira
coluna. Centralizar os números ou alinhá-los à esquerda dificulta a leitura. O
alinhamento à direita permite que o leitor rapidamente possa enxergar quais as
contas mais relevantes.
A figura 3 exemplifica o tratamento da unidade de medida.
Na primeira coluna coloca a unidade de medida (real) somente
na primeira linha e na linha do total. A segunda coluna apresenta a unidade de
medida em cada linha. A terceira coluna não indica que os valores estão em
reais. O mais correto seria a segunda coluna. Mas observe que a coluna está poluída
com o símbolo do real em cada linha. A alternativa que torna a informação mais “limpa”
é a terceira. A ausência da unidade de medida não é tão grave se existir, em
algum lugar da tabela, uma informação para a unidade de medida. Na terceira
coluna, com uma rápida olhada, podemos distinguir quais as linhas mais
relevantes pelo valor apresentado.
O quarto conselho é aquele mais difícil de ser seguido. E o
mais fácil de ser encontrado em apresentações tediosas e trabalhos acadêmicos
com baixo nível de apresentação didática. Veja a figura a seguir e escolha a
melhor apresentação para a informação:
Qual você escolheu? Se você achou que a primeira opção é a
melhor forma de apresentar as informações, você realmente precisa repensar sua
posição. É muito tedioso imaginar alguém preocupado em informar que a receita
da empresa em 2009 foi de quatrocentos e cinquenta e três mil, oitocentos e
quarenta e seis reais e trinta e cinco centavos. Observe a relevância dos
centavos. (O leitor atento também que na última coluna a planilha fez um arredondamento
errado.) Apesar da exatidão dos valores, uma quantidade excessiva de números
numa tabela realmente desestimula qualquer leitor. A terceira tabela, em reais
mil, é muito mais informativa das variações do lucro.
Uma variação nesta apresentação encontra-se na figura a
seguir:
Trata-se de uma saída da planilha Excel para uma regressão.
Observe que o R-Quadrado é de 0,056168098, com 9 casas decimais. A figura está
muito poluída de números. Compare agora com uma nova figura:
A nova figura possui menos números, permitindo o leitor
identificar rapidamente a relevância dos números. Além disto, para uma pessoa
que terá que ler mais de dez páginas de um trabalho, menos números significa
leitura menos cansativa.
Sri Lanka
Anteriormente postamos que o futuro da contabilidade depende do Sri Lanka, uma ilha ao lado da Índia (também conhecido no passado como Ceilão). Agora, outra notícia interessante deste país, que adotou as IFRS (normas internacionais de contabilidade) este ano. Entretanto, sua adoção criou muita confusão nos negócios, em razão do atraso do governo em adequar as divergências da legislação fiscal com algumas das normas do Iasb (o instituto internacional responsável pela emissão das normas internacionais).
A questão do uso do valor justo para ativos financeiros, que sob as normas internacionais aproxima-se do valor de mercado, é uma das divergências. Pelos padrões de contabilidade do Sri Lanka utilizava-se o custo histórico. A solução adotada pode ser preparar duas demonstrações: uma conforme as normas internacionais e outra para o fisco do país.
A questão do uso do valor justo para ativos financeiros, que sob as normas internacionais aproxima-se do valor de mercado, é uma das divergências. Pelos padrões de contabilidade do Sri Lanka utilizava-se o custo histórico. A solução adotada pode ser preparar duas demonstrações: uma conforme as normas internacionais e outra para o fisco do país.
Sem noção
Aos 63 anos, Gene Morphis, CFO da rede de roupas Francesca Collections, foi demitido por causa do Twitter. Poucos dias antes de a empresa entregar seu relatório anual de resultados àSEC, ele postou na rede social: "Reunião do conselho. Bons números = conselho feliz". A atitude é uma violação das regras de disclosure, por divulgar informações relevantes para um número limitado de pessoas antes de elas serem públicas.
Bruna Maia - CFO sem noção - 8 de Junho de 2012 - Revista Capital Aberto
Bruna Maia - CFO sem noção - 8 de Junho de 2012 - Revista Capital Aberto
MF Global
A MF Global é uma empresa de negociação de derivativos. Era a principal negociante de títulos do tesouro dos Estados Unidos.
No final do mês de outubro de 2011 uma unidade da corretora informa um déficit de centenas de milhões de dólares. Logo após, a empresa apresenta um pedido de falência (oitava maior dos Estados Unidos). A empresa fez uso de acordos de recompra, muitos deles fora do balanço.
Onde se tem problemas de falência é quase certo encontrar problemas contábeis. Este é o caso da MF Global. A empresa usava os acordos de recompra – denominados “repos” para encontrar seus problemas financeiros. Uma repo é um empréstimo, com garantia de títulos, existindo um pacto de recompra destes títulos. Se o acordo de recompra é um empréstimo, deveria ser contabilizados como um passivo. Entretanto, algumas entidades registram como vendas, que são os “acordos de recompra para maturidade”, onde o repo não expira até o vencimento do título.
Eis o que diz a Wikipedia:
Some commentators have suggested the failure of MF Global highlights the difficulty in regulating complex global financial firms, the dangers of off-balance-sheet accounting as well touching on the European sovereign debt crisis
No final do mês de outubro de 2011 uma unidade da corretora informa um déficit de centenas de milhões de dólares. Logo após, a empresa apresenta um pedido de falência (oitava maior dos Estados Unidos). A empresa fez uso de acordos de recompra, muitos deles fora do balanço.
Onde se tem problemas de falência é quase certo encontrar problemas contábeis. Este é o caso da MF Global. A empresa usava os acordos de recompra – denominados “repos” para encontrar seus problemas financeiros. Uma repo é um empréstimo, com garantia de títulos, existindo um pacto de recompra destes títulos. Se o acordo de recompra é um empréstimo, deveria ser contabilizados como um passivo. Entretanto, algumas entidades registram como vendas, que são os “acordos de recompra para maturidade”, onde o repo não expira até o vencimento do título.
Eis o que diz a Wikipedia:
Some commentators have suggested the failure of MF Global highlights the difficulty in regulating complex global financial firms, the dangers of off-balance-sheet accounting as well touching on the European sovereign debt crisis
Efeito espectador
O efeito espectador refere-se à atitude passiva que as pessoas têm diante de certas situações. Em lugar de agir, as pessoas tendem a assistir as determinadas cenas urbanas.
Um estudo realizado na Universidade de Amsterdã mostrou que este efeito pode ser alterado diante da presença de câmeras de vigilância. Quando existe uma câmera por perto, as pessoas são mais propensas a ajudar estranhos que precisam de ajuda.
Este estudo é interessante já que algumas pesquisas mostraram que instalar câmeras de vigilância nas cidades não diminui a criminalidade. Mas parece ajudar a reduzir o efeito espectador.
Um estudo realizado na Universidade de Amsterdã mostrou que este efeito pode ser alterado diante da presença de câmeras de vigilância. Quando existe uma câmera por perto, as pessoas são mais propensas a ajudar estranhos que precisam de ajuda.
Este estudo é interessante já que algumas pesquisas mostraram que instalar câmeras de vigilância nas cidades não diminui a criminalidade. Mas parece ajudar a reduzir o efeito espectador.
25 junho 2012
Teste 567
O que é um “borrador” na contabilidade?
(a) um esboço de um trabalho
(b) um dos três livros usados pelo contador, segundo Pacioli (borrador, diário e razão)
(c) uma costaneira
(d) um memorial
Resposta do Anterior: Pacioli
(a) um esboço de um trabalho
(b) um dos três livros usados pelo contador, segundo Pacioli (borrador, diário e razão)
(c) uma costaneira
(d) um memorial
Resposta do Anterior: Pacioli
Filas
De acordo com [Dick] Larson [professor do MIT], a teoria de filas tem seu início há cerca de 100 anos na Dinamarca, exigência de uma tecnologia em expansão nova: o telefone.
Se o seu telefone fosse ligado apenas a outro telefone não seria muito útil. O que tornou a telefonia tão valiosa e popular foi a capacidade de conectar-se a milhares e milhares de outros telefones. (...) Voltemos em 1909, quando as chamadas eram encaminhadas pelos operadores que utilizam equipamento de comutação. Para maximizar os lucros, a empresa de telefonia precisava saber precisamente quantos operadores e interruptores eram necessárias para lidar com os volumes de chamadas. Poucos operadores e interruptores, e as chamadas seriam empilhadas, irritando os clientes em espera. Muitos, e a empresa estaria desperdiçando dinheiro em excesso de mão de obra e equipamentos. Um dinamarquês chamado Agner Krarup Erlang foi designado para estudar o problema. As equações que estabeleceu, diz Larson, ainda hoje são usadas (...)
De acordo com Larson, desde meados do século 20 a teoria das filas tem sido mais sobre sentimentos do que fórmulas. Por exemplo: o Midcentury New York contou com uma crise na hora rush nas torres de escritórios. Não havia elevadores suficientes para lidar com as multidões no pico. (...) "Uma solução teria sido construir mais elevadores", diz Larson. "Mas alguém descobriu o verdadeiro problema não é apenas a duração do atraso. É como você passa nesta duração." Alguns edifícios instalaram do chão ao teto espelhos perto dos elevadores e, entretidos por suas próprias imagens e pelo flerte que às vezes se segue, as pessoas pararam de reclamar muito do tempo de espera.
Há três dados da natureza humana que os psicólogos de fila devem abordar: 1) Nós ficamos entediados quando esperamos na fila. 2) Nós realmente odiamos quando esperamos um tempo pequeno e, em seguida, um tempo maior. 3) Nós realmente odiamos quando alguém aparece atrás de nós, mas é atendido antes de nós.
A questão tédio tem sido abordada de maneiras como espelhos próximos a elevadores até TVs em salas de espera do dentista. (...) "Mas Disney tem sido o senhor absoluto deste aspecto da psicologia fila", diz Larson. "Você pode esperar 45 minutos para um passeio de 8 minutos na Disney World. Mas eles vão fazer você se sentir como se o passeio tivesse começado enquanto você ainda está na fila. (...)
Como jogar o jogo das expectativas? Os estudos mostram que somos muito mais pacientes quando temos uma ideia de quanto tempo vamos esperar (...) Mas, novamente, Disney é mestre. Ele mandam mensagens estimando o tempo de espera ao lado de vários pontos de suas longas filas, mas, de acordo com Larson, os brinquedos sempre chegam mais rapidamente do que esperava: "Você pensa 'Nós estamos 10 minutos antes do previsto!' e assim que você fica feliz."
Talvez a questão mais emocional no mundo das filas é a busca humana pela justiça."Quando vemos as pessoas que chegam depois de nós e se servem antes de nós ficamos com muita raiva", diz Larson. (...)
Para resolver este problema, algum gênio (Wendy, a American Airlines, e Citibank estão entre as empresas que pretendem ser os originadores) inventou a fila única. (...)
What You Hate Most About Waiting in Line – Slate - 10 de junho de 2012
Se o seu telefone fosse ligado apenas a outro telefone não seria muito útil. O que tornou a telefonia tão valiosa e popular foi a capacidade de conectar-se a milhares e milhares de outros telefones. (...) Voltemos em 1909, quando as chamadas eram encaminhadas pelos operadores que utilizam equipamento de comutação. Para maximizar os lucros, a empresa de telefonia precisava saber precisamente quantos operadores e interruptores eram necessárias para lidar com os volumes de chamadas. Poucos operadores e interruptores, e as chamadas seriam empilhadas, irritando os clientes em espera. Muitos, e a empresa estaria desperdiçando dinheiro em excesso de mão de obra e equipamentos. Um dinamarquês chamado Agner Krarup Erlang foi designado para estudar o problema. As equações que estabeleceu, diz Larson, ainda hoje são usadas (...)
De acordo com Larson, desde meados do século 20 a teoria das filas tem sido mais sobre sentimentos do que fórmulas. Por exemplo: o Midcentury New York contou com uma crise na hora rush nas torres de escritórios. Não havia elevadores suficientes para lidar com as multidões no pico. (...) "Uma solução teria sido construir mais elevadores", diz Larson. "Mas alguém descobriu o verdadeiro problema não é apenas a duração do atraso. É como você passa nesta duração." Alguns edifícios instalaram do chão ao teto espelhos perto dos elevadores e, entretidos por suas próprias imagens e pelo flerte que às vezes se segue, as pessoas pararam de reclamar muito do tempo de espera.
Há três dados da natureza humana que os psicólogos de fila devem abordar: 1) Nós ficamos entediados quando esperamos na fila. 2) Nós realmente odiamos quando esperamos um tempo pequeno e, em seguida, um tempo maior. 3) Nós realmente odiamos quando alguém aparece atrás de nós, mas é atendido antes de nós.
A questão tédio tem sido abordada de maneiras como espelhos próximos a elevadores até TVs em salas de espera do dentista. (...) "Mas Disney tem sido o senhor absoluto deste aspecto da psicologia fila", diz Larson. "Você pode esperar 45 minutos para um passeio de 8 minutos na Disney World. Mas eles vão fazer você se sentir como se o passeio tivesse começado enquanto você ainda está na fila. (...)
Como jogar o jogo das expectativas? Os estudos mostram que somos muito mais pacientes quando temos uma ideia de quanto tempo vamos esperar (...) Mas, novamente, Disney é mestre. Ele mandam mensagens estimando o tempo de espera ao lado de vários pontos de suas longas filas, mas, de acordo com Larson, os brinquedos sempre chegam mais rapidamente do que esperava: "Você pensa 'Nós estamos 10 minutos antes do previsto!' e assim que você fica feliz."
Talvez a questão mais emocional no mundo das filas é a busca humana pela justiça."Quando vemos as pessoas que chegam depois de nós e se servem antes de nós ficamos com muita raiva", diz Larson. (...)
Para resolver este problema, algum gênio (Wendy, a American Airlines, e Citibank estão entre as empresas que pretendem ser os originadores) inventou a fila única. (...)
What You Hate Most About Waiting in Line – Slate - 10 de junho de 2012
24 junho 2012
Lealdade Cliente-Aluno
A Lealdade do estudante baseada na qualidade do relacionamento: uma análise em instituições de ensino superior
Resumo
A pesquisa tem como objetivo verificar a propensão à lealdade a instituições de ensino superior por parte de seus alunos. Para tanto, identificou-se que o marketing de relacionamento se mostra essencial para que a relação entre escolas e alunos seja efetuada e mantida, possibilitando o desenvolvimento de relacionamentos direcionados à retenção e à lealdade de seus clientes. A pesquisa foi realizada com 352 estudantes do curso de Administração, em três instituições do interior de São Paulo. A análise dos dados foi feita por meio da Análise de Regressão Linear Múltipla. Os resultados evidenciaram que há propensão dos clientes-alunos à lealdade para com a instituição de ensino superior. Os construtos que influenciaram a lealdade do cliente-aluno são: Qualidade Percebida, Satisfação, Comprometimento Emocional e Confiança, que foram responsáveis por 46% da variabilidade dos dados. A partir destes resultados, várias implicações acadêmicas e gerenciais foram discutidas, demonstrando que a lealdade do cliente-aluno se coloca como importante objetivo estratégico a ser buscado e alcançado por essas empresas.
Fábio Vinicius de Macedo Bergamo; Antonio Carlos Giuliani; Silvia Helena Carvalho; Ramos Valladao de Camargo; Felipe Zambaldi; Mateus Canniatti Ponchio
BBR Brazilian Business Review, v. 9, n. 2, 2012.
Resumo
A pesquisa tem como objetivo verificar a propensão à lealdade a instituições de ensino superior por parte de seus alunos. Para tanto, identificou-se que o marketing de relacionamento se mostra essencial para que a relação entre escolas e alunos seja efetuada e mantida, possibilitando o desenvolvimento de relacionamentos direcionados à retenção e à lealdade de seus clientes. A pesquisa foi realizada com 352 estudantes do curso de Administração, em três instituições do interior de São Paulo. A análise dos dados foi feita por meio da Análise de Regressão Linear Múltipla. Os resultados evidenciaram que há propensão dos clientes-alunos à lealdade para com a instituição de ensino superior. Os construtos que influenciaram a lealdade do cliente-aluno são: Qualidade Percebida, Satisfação, Comprometimento Emocional e Confiança, que foram responsáveis por 46% da variabilidade dos dados. A partir destes resultados, várias implicações acadêmicas e gerenciais foram discutidas, demonstrando que a lealdade do cliente-aluno se coloca como importante objetivo estratégico a ser buscado e alcançado por essas empresas.
Fábio Vinicius de Macedo Bergamo; Antonio Carlos Giuliani; Silvia Helena Carvalho; Ramos Valladao de Camargo; Felipe Zambaldi; Mateus Canniatti Ponchio
BBR Brazilian Business Review, v. 9, n. 2, 2012.
23 junho 2012
Pense Nerd
Essa é uma postagem light e rápida. E daquelas que não tem a ver com contabilidade – mas o nível geek permite que entre na pauta do blog. E não, não estamos recebendo nada por essa propaganda. A loja só é muito legal mesmo!
Eu “tropecei” nessa loja há algum tempo e fiquei apaixonada. Até fiz um pedido animado (coisa de brasileiro)... e já começo avisando da parte ruim. A DHL Express, empresa que cuida da entrega, vem até a sua porta trazer a caixinha junto com a cobrancinha dos impostos. Triste né? Acho errado porque diminui a sua animação em abrir aquela caixa e curtir seu dia de loucura.
O limite para não ter impostos é US$ 50,00. Isso não deveria incluir o frete, mas a nossa Receita Federal, supimpa como é, considera TUDO no bolo. É triste. Realmente triste. E ainda bem que os meus impostos são bem honestos porque depois dessa denúncia, me falaram que vou pra malha fina. ;)
Enfim, a loja é a ThinkGeek - para os fãs de séries, jogos e filmes, aqui é o céu das compras: Dexter, The Big Bang Theory, Doctor Who, Star Wars, Angry Birds, Harry Potter. Agora chegou esquema de The Hunger Game (Jogos Vorazes) também! (Claro que eu comprei o pin do Mockinjay – e não, não vi o filme. Mas os livros em inglês são um deleite!).
Vejam algumas coisas super nerdmente descoladas:
Telefones estilo retro que funcionam via Bluetooth. Achei engraçadinho...
Carregador solar portátil:
Camiseta “Não há lugar como o lar” e “princesa que se autossocorre”. (Há uma seleção interessantíssima de camisetas!)
Um anel? Sim. Um relógio solar? Também!!! Quem precisa de relógio quando tem o sol?
Dado com constantes matemáticas:
Bichinho de pelúcia do Android! S2
Uma gosminha para limpar eletrônicos (pelas especificações limpa super bem – teclados, celulares, periféricos – e pode ser reutilizado uma dúzia de vezes)
Boné detector de Wi-Fi (camisetas também dispponíveis):
Legal demais né? Espero que tenham gostado e que não tenham gastado muito dinheiro. ;)
E se possível, alguém pode me explicar por que há tanto ânimo com bacon? (Tem até sabonete!) Sei que americanos adoram. Mas num site geek, qual a motivação a mais? =/
Eu “tropecei” nessa loja há algum tempo e fiquei apaixonada. Até fiz um pedido animado (coisa de brasileiro)... e já começo avisando da parte ruim. A DHL Express, empresa que cuida da entrega, vem até a sua porta trazer a caixinha junto com a cobrancinha dos impostos. Triste né? Acho errado porque diminui a sua animação em abrir aquela caixa e curtir seu dia de loucura.
O limite para não ter impostos é US$ 50,00. Isso não deveria incluir o frete, mas a nossa Receita Federal, supimpa como é, considera TUDO no bolo. É triste. Realmente triste. E ainda bem que os meus impostos são bem honestos porque depois dessa denúncia, me falaram que vou pra malha fina. ;)
Enfim, a loja é a ThinkGeek - para os fãs de séries, jogos e filmes, aqui é o céu das compras: Dexter, The Big Bang Theory, Doctor Who, Star Wars, Angry Birds, Harry Potter. Agora chegou esquema de The Hunger Game (Jogos Vorazes) também! (Claro que eu comprei o pin do Mockinjay – e não, não vi o filme. Mas os livros em inglês são um deleite!).
Vejam algumas coisas super nerdmente descoladas:
Telefones estilo retro que funcionam via Bluetooth. Achei engraçadinho...
Carregador solar portátil:
Camiseta “Não há lugar como o lar” e “princesa que se autossocorre”. (Há uma seleção interessantíssima de camisetas!)
Um anel? Sim. Um relógio solar? Também!!! Quem precisa de relógio quando tem o sol?
Dado com constantes matemáticas:
Bichinho de pelúcia do Android! S2
Uma gosminha para limpar eletrônicos (pelas especificações limpa super bem – teclados, celulares, periféricos – e pode ser reutilizado uma dúzia de vezes)
Boné detector de Wi-Fi (camisetas também dispponíveis):
Legal demais né? Espero que tenham gostado e que não tenham gastado muito dinheiro. ;)
E se possível, alguém pode me explicar por que há tanto ânimo com bacon? (Tem até sabonete!) Sei que americanos adoram. Mas num site geek, qual a motivação a mais? =/
Assinar:
Postagens (Atom)