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29 abril 2025

Pesquisadores encontraram uma falha de segurança grave nas ferramentas de IA

Os investigadores da empresa IA HiddenLayer descobriram que existe uma maneira de fazer com que os modelos de IA, como Gemini, Claude e OpenAI, possam ser induzidos a gerar resultados prejudiciais ao ser humano. A estrategia combina técnicas que termina por induzir a ferramenta a gerar conteúdo perigoso. 

Em um dos prompts, as ferramentas de inteligência artificial geraram um roteiro para House, uma série de TV, onde existiam instruções sobre como enriquecer urânio ou cultivar amostras de neurotoxina. Obviamente os riscos são grandes aqui.

Fonte: aqui

Trump, Yale e Eficiência


Eis a notícia:

Yale tem aproximadamente um administrador para cada aluno de graduação. Anos de tensão latente sobre o crescimento da administração em relação ao corpo docente foram agora antecipados. O presidente Trump ameaçou cortar o financiamento para Yale, a administração de Yale ameaçou parar de contratar professores e alguns docentes agora estão ameaçando revolta.

Mais de 100 professores de Yale pedem que a administração da Universidade congele novas contratações administrativas e encomende uma auditoria independente liderada pelo corpo docente para garantir que a Universidade priorize os acadêmicos.

Na minha universidade, o número de funcionários administrativos é superior ao número de docentes, mas bem abaixo do número de alunos. Mas a discussão é mais complexa, já que conheço alguns funcionários administrativos que estão em sala de aula, assim como conheço professores que estão sentados na burocracia. Contando os terceirizados, a relação "funcionários administrativos e terceirizados / professores" deve superior a um, o que parece estranho. Agora, uma relação de um funcionário administrativo por aluno de graduação é ruim. 

28 abril 2025

Frase


Lucille Ball

Nem sempre é o que parece

 


Eis o resumo:

Durante a primeira metade do século vinte, muitos estados dos EUA promulgaram leis que restringem as oportunidades do mercado de trabalho das mulheres, incluindo restrições de horas máximas, leis de salário mínimo e proibições de turnos noturnos. A era das chamadas leis trabalhistas protetoras chegou ao fim na década de 1960, como resultado das reformas dos direitos civis. Neste artigo, investigamos a economia política por trás da ascensão e queda dessas leis. Argumentamos que o principal motor por trás das leis trabalhistas protetoras era o desejo dos homens de se protegerem da concorrência no mercado de trabalho. Definimos o mecanismo através de um modelo político-econômico em que solteiros e casais trabalham em diferentes sectores e votam em legislação protetora. As restrições são apoiadas por homens solteiros e casais com homens solteiros que competem com mulheres por empregos. Mostramos que as previsões da teoria sobre quando a legislação protetora será introduzida são bem apoiadas por evidências em nível estadual dos EUA.

Dez problemas contábeis e financeiros do Vaticano hoje


1. Estrutura Financeira Fragmentada

  • Os diversos órgãos do Vaticano (Secretaria de Estado, APSA, Banco do Vaticano, governo da Cidade do Vaticano) operam de maneira independente, dificultando a consolidação e controle das contas.
  • Não há um sistema unificado de gestão financeira, permitindo sobreposição, lacunas e feudos internos.

2. Falta de Prestação de Contas e Transparência

  • Resistência dos monsenhores e altos funcionários a mecanismos de accountability (ex.: reclamações sobre prestação de contas até de despesas pequenas como cappuccinos).
  • Suspensão arbitrária de auditorias (por exemplo, a auditoria comandada por George Pell foi interrompida pelo Cardeal Becciu).

3. Corrupção e Má Gestão de Recursos

  • Envolvimento de altos membros da Cúria em escândalos financeiros (ex.: caso do Cardeal Becciu e a compra suspeita do antigo depósito da Harrods).
  • Uso indevido de recursos do Vaticano em despesas pessoais (ex.: bolsas de luxo adquiridas com verbas destinadas à missão secreta, no caso de Cecilia Marogna).

4. Problemas com o Portfólio Imobiliário

  • Muitos imóveis do Vaticano são alugados a preços abaixo do mercado para funcionários, reduzindo a receita patrimonial.
  •  Falta de gestão ativa para maximizar o valor e rendimento dos ativos imobiliários.

5. Fontes de Receita em Queda

  • O Óbolo de São Pedro, principal fonte de arrecadação, está diminuindo drasticamente.
  • Algumas operações que deveriam gerar receita acumulam prejuízos (como a Rádio Vaticano).

6. Persistência de Práticas de Lavagem de Dinheiro

  • Apesar dos escândalos antigos (como o caso Roberto Calvi nos anos 1980), ainda persiste a suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o Banco do Vaticano.

7. Governança Deficiente

  • Nomeações diretas e pouco criteriosas de bispos e gestores, muitas vezes ignorando processos de verificação e diligência prévia.
  • Casos de má administração em dioceses e nas estruturas internas de governo, gerando instabilidade e escândalos.

8. Falha em Implementar Reformas Estruturais

  • Apesar das intenções de reforma e da criação do Dicastério para a Economia, houve falta de apoio interno, sabotagem e ausência de continuidade nas medidas propostas.
  • A prisão e o afastamento de reformadores como Libero Milone ilustram a resistência sistêmica.

9. Judicialização e Impunidade

  • Processos canônicos de figuras envolvidas em crimes (como Zanchetta e Rupnik) foram mal conduzidos, atrasados ou arquivados, perpetuando a percepção de impunidade dentro da Igreja.

10. Cultura Institucional de Feudos e Clientelismo

  • Prevalência de redes de proteção interna que dificultam a responsabilização individual e protegem membros comprometidos, enfraquecendo as tentativas de saneamento financeiro e administrativo.
Baseado, livremente, nos textos da Forbes, Unheard e Estadão

Os Cinco avanços do Vaticano - na área financeira - com o Papa Francisco


O Papa Francisco adotou algumas medidas interessantes durante o período que governou o Vaticano. Eis uma lista com os cinco avanços que ele obteve nesse período:

1. Criação do Dicastério para a Economia - Ele criou o Dicastério para a Economia para centralizar o controle financeiro, reunir os departamentos dispersos e promover auditorias e maior transparência. E então escolheu o cardeal George Pell, conhecido pela rigidez e disciplina, para liderar esse processo. 

2. Primeiras Tentativas de Prestação de Contas - Houve um esforço inicial para exigir justificativas detalhadas de despesas, mesmo para gastos pequenos. Pela primeira vez, monsenhores e cardeais foram obrigados a prestar contas formalmente de seus gastos.

3. Congelamento de salários - Francisco enfrentou um grave problema com a redução dos recursos (receitas) e o grande volume de despesas com pessoal. Para amenizar o problema, ele reduziu o salário dos cardeais, assim como congelou o salário de vários funcionários. Também não expandiu o seu pessoal, tentando equilibrar as contas com os recursos humanos através da redução natural do quadro. 

4. Melhoria na punição de escândalos financeiros - Isso incluiu o o julgamento e condenação do Cardeal Becciu. Isso trouxe a consciência de que era necessário uma melhor gestão patrimonial, incluindo a profissionalização de algumas áreas. Além disso, melhorou a qualidade do Banco do Vaticano, que já não é tão susceptível a fraudes e desvios como foi no passado.

5. Melhoria da contabilidade - O Vaticano ainda registra seus bens culturais por um euro, é verdade, mas a qualidade da contabilidade melhorou com a contratação de auditores e a tentativa de que todas as movimentações financeiras fossem registradas pela contabilidade. 

Baseado, livremente, nos textos da ForbesUnheard e Estadão

27 abril 2025

Cinco exemplos recentes que mostram que o Vaticano precisa de um bom gestor


1. Suspensão da Auditoria Geral de Pell - O cardeal George Pell, nomeado por Francisco para reformar as finanças, contratou uma auditoria profissional independente.  Em razão de denúncias, que parecem ter sido plantadas na imprensa, o cardeal teve que se afastar do cargo. O Cardeal Becciu (foto) suspendeu a auditoria arbitrariamente, alegando que a Secretaria de Estado não deveria ser auditada. Posteriormente esse Cardeal foi afastado de suas funções. 

2. Compra Irregular do Imóvel de Londres - A Secretaria de Estado usou recursos do Vaticano para investir na compra do antigo depósito da Harrods, em Londres, operação marcada por contratos confusos e suspeitas de superfaturamento. O prejuízo foi calculado em R$750 milhões. 

3. Desvios de Recursos por Cecilia Marogna - Cecilia Marogna (foto), ligada ao Cardeal Becciu, recebeu meio milhão de euros sob justificativa de "operações humanitárias secretas", mas gastou o dinheiro em artigos de luxo. Isso mostra que muitos gastos do Vaticano estão sem controle. 

4. Má Gestão do Patrimônio Imobiliário - O Vaticano possui uma carteira imobiliária extremamente valiosa, mas muitos imóveis são alugados a preços muito abaixo do mercado para funcionários. Em muitos casos, os valores estão contabilizados no balanço por 1 euro. 

5. Política de nomeação para área financeira - As pessoas responsáveis pela gestão financeira nem sempre possuem experiência e capacidade para lidar com as complexidades dos negócios. Somente recentemente o Vaticano contratou uma empresa de auditoria e começou a nomear gestores com melhor qualidade para fazer tarefas da administração. 

Baseado, livremente, nos textos da ForbesUnheard e Estadão