Encontrei essa notícia, de outubro desse ano, no site da Fundação IFRS:
IASB — devido à inflação e ao fato de algumas jurisdições terem reduzido ou encerrado suas contribuições nos últimos anos, o poder de gasto das jurisdições para apoiar o trabalho do IASB se contraiu em termos reais. A prioridade de curto prazo é trabalhar com as jurisdições para ajustar suas contribuições de acordo com a inflação e aumentar o número de jurisdições que contribuem. Atualmente, pouco mais de um quarto das jurisdições que exigem o uso das Normas de Contabilidade IFRS contribuem para o financiamento do IASB.
ISSB — os acordos de financiamento inicial que têm sustentado com sucesso a criação e os primeiros anos de trabalho do ISSB chegam ao fim em 2026. A prioridade de curto prazo é renovar ou estender esses acordos como uma etapa de transição rumo a um modelo de financiamento de longo prazo.
O objetivo de médio prazo para ambos os boards é implementar um modelo de financiamento de “parcela justa”, baseado em um aporte mais amplo por parte das jurisdições, no qual aqueles que se beneficiam da adoção ou do uso das normas contribuam para seu desenvolvimento e manutenção.
Nos últimos anos, a Fundação aumentou substancialmente o número de funcionários, os locais onde possui algum tipo de instalação física (Japão, China, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra são alguns dos países de que me lembrei) e ampliou os trabalhos realizados. O Accounting Today fala em um déficit de 5 milhões, mas, dependendo de como serão conduzidas as negociações para financiamento do ISSB, o valor pode ser bem maior.
O Brasil, que já teve um papel importante no financiamento, incluindo a participação expressiva do Conselho Federal de Contabilidade, tem feito doações ridículas. A venda de conteúdo é contraditória com o objetivo de expandir a adoção das normas: precificar o acesso ao site inibe a presença de usuários de países pobres, que não podem pagar.
Nos últimos anos, a dependência do dinheiro das grandes empresas de auditoria diminuiu, o que é positivo. Mas parece que os gestores da Fundação realmente exageram nos planos grandiosos do ISSB. Uma estratégia de contenção de gastos, fechando escritórios nos diversos países e reduzindo pessoal, pode ser uma sinalização importante para os doadores.















