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28 fevereiro 2013

Leilão: boneca inflável 'virgem'

Uma empresa brasileira está promovendo o leilão da virgindade de uma boneca inflável, com lance inicial de R$ 5.000. O vencedor ganhará também uma noite romântica (!!!) em um motel, com direito a jantar a luz de velas e banho aromático com pétalas de rosas. (!)

A ideia do leilão inusitado foi do site especializado em busca de itens eróticos Sexônico. A boneca inflável, chamada Valentina, é um modelo de luxo do segmento. Ela é feita de 'cyberskin', material que lembra a textura da pele humana, com articulações de PVC.

"A Valentina custou R$ 40 mil e já atraiu mais de 50 propostas de interessados. Os lances para a primeira noite não param de chegar", disse o fundador do site, Roberto Elsas.

Após a primeira noite de Valentina, a boneca será alugada para clientes do site por R$ 1.000 a diária. "Ela é um fenômeno e vai continuar trabalhando para nós por muito tempo", declarou o empresário.


Fonte: Aqui

Frase


Rir é o melhor remédio


Ambiente de negócios chileno

Quanto tempo é necessário para abrir uma empresa no Brasil? 119 dias. Se você acha muito, espere para ver quanto tempo leva para fechar uma empresa! 
O custo de abertura também é salgado. Em média, R$ 2.038. Isso é uma ducha fria para qualquer empreendedor, especialmente aqueles interessados em internet. 
Já nosso vizinho, o Chile, acaba de dar um olé no Brasil. Os hermanos aprovaram uma nova lei em que a abertura de empresas passa a ser feita em um único dia. Tudo pela internet, sem papelada. 


E, para completar, a custo zero. O Chile percebeu que a melhor forma de promover o desenvolvimento é apostar na dobradinha empreendedorismo e inovação. 
Outro exemplo de medida adotada por lá é o programa "Start-up Chile". Concede até R$ 80 mil para pessoas de qualquer lugar que queiram desenvolver uma boa ideia empresarial no país. 
Até a obtenção de vistos é facilitada, tudo para atrair talentos globais. Os resultados são eloquentes: 600 start-ups criadas, originadas em 50 países diferentes. 
Há alguns dias visitei a incubadora de empresas 21212 (o nome mistura o prefixo do Rio com o de Nova York), no Rio de Janeiro. 


Fiquei surpreso com garotos e garotas, muito jovens, todos mandando ver em suas pequenas empresas de tecnologia. Conversando com o fundador do projeto, Benjamin White, concordamos que os jovens brasileiros têm a ambição de empreender na internet. 
O problema é que ficam desapontados assim que percebem o tamanho da encrenca da burocracia do país. Nesse quesito, o Chile está ganhando de goleada do Brasil.


Os gastos para se abrir uma empresa no Brasil são absurdos diante da celeridade conferida pelo meio da internet nos dias de hoje. Além disso, muito bem lembrado que, não bastasse o tempo excessivo para a abertura de uma empresa, ainda se leva mais tempo para fechar a mesma. A combinação da promulgação do Marco Civil da Internet com a redução drástica da burocracia têm em muito a nos favorecer no quesito inovação e incentivo aos empreendedores brasileiros. Aqui têm muita gente precisando disso.


Fonte: aqui

Argentina: calote técnico?

Advogados, economistas e executivos de bancos estão preocupados com a decisão que a Justiça dos Estados Unidos vai tomar sobre a disputa entre a Argentina e os credores de títulos não reestruturados, denominados holdouts. O país se prepara para apresentar suas alegações em audiência nesta quarta-feira para três juízes da Câmara de Apelações do Segundo Distrito de Nova York. A decisão dos juízes de segunda instância pode definir o perfil da dívida argentina nos próximos anos e até levar o país a um calote técnico, depois da histórica moratória declarada em 2001.

A Argentina declarou moratória de uma dívida de US$ 122 bilhões em dezembro de 2001. O país apresentou então proposta de reestruturação com desconto de 67% no valor nominal dos títulos e prazo de 20 anos para pagamento. Obteve um nível de aceitação de 93% dos credores. Alguns detentores de títulos, no entanto, não aderiram.

Agora, fundos como NML Capital, Aurelius e Blue Angel, chamados pelo governo de "abutres", e outros 13 investidores tentam obter o pagamento integral da dívida por meio da Justiça e de embargos de ativos argentinos no exterior.

A Câmara de Apelações vai realizar audiência para tratar o assunto em uma causa no valor de US$ 1,3 bilhão movida por esses três fundos. O tribunal de apelações de Nova York terá de decidir se ratifica decisão anterior de que a Argentina precisa pagar 100% da dívida em títulos não repactuados. Essa decisão pode ter um efeito cascata e envolver o total da dívida não reestruturada, que é de US$ 6,5 bilhões de capital principal. Somado aos juros calculados pelo governo, o montante chegaria a US$ 11 bilhões, incluindo o valor do processo que será analisado hoje.

O governo de Cristina Kirchner se nega a pagar os chamados holdouts. Se a Justiça definir contra o governo argentino, os ativos que o país deposita para pagar os credores que aderiram à reestruturação sofrerão embargos para garantir o pagamento aos holdouts e isso se configuraria em calote técnico para a Argentina.

Apoio americano. Nessa causa, a Argentina tem o apoio de bancos emissores, de credores que aceitam a reestruturação de títulos, de corretoras e até do Tesouro e do Departamento de Estado americano, que se apresentaram como parte interessada no processo. O apoio visa à necessidade de preservar as emissões internacionais de bônus feitas com a legislação e sob a jurisdição de Nova York, um negócio que proporciona comissões aos bancos emissores e pagadores.

Se a Argentina for obrigada a pagar a esses credores o que negou aos que aceitaram a renegociação, todas as demais reestruturações de dívidas soberanas estariam comprometidas. "Ninguém mais verá sentido em aceitar uma reestruturação com desconto e prazos longos, enquanto a Justiça garante o pagamento de 100% do valor, imediatamente e em cash", ponderou recentemente o ministro de Economia da Argentina, Hernán Lorenzino. Após a audiência, o Tribunal de Apelações pode demorar entre dois e quatro meses para anunciar sua decisão, passível de recurso à Corte Suprema.


Fonte: Aqui

Capitalização do BNDES

A capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em negociação desde o ano passado, ganhou o consenso no governo com a queda do lucro da instituição em 2012. Para manter o ritmo de crescimento da carteira de crédito e dos desembolsos, o banco deve ter um reforço no patrimônio no segundo semestre. Segundo fontes do governo, o aporte deverá ficar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões. 

A capitalização faz parte de uma "conversa permanente" entre o banco e seu acionista integral, o Tesouro. Ao anunciar o resultado de 2012 anteontem, o BNDES revelou que um "plano de capital" de longo prazo estava em discussão com o governo. 


O valor da capitalização pode parecer pequeno diante dos recentes repasses do Tesouro ao banco (R$ 285 bilhões de 2009 a 2012), mas tem função e efeitos diferentes. Os repasses são empréstimos do Tesouro ao banco. E servem como fonte de recursos para o BNDES, criando uma alternativa ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 


Já uma capitalização é uma injeção direta de recursos no patrimônio líquido (soma de todos os bens, descontadas as obrigações da instituição), cujo saldo em 2012 foi de R$ 52,2 bilhões. O reforço, uma contribuição direta, não um empréstimo, permitiria ao banco manter uma base financeira sólida. Ou seja, o índice de Basileia, indicador internacional que mede a proporção de capital próprio e recursos emprestados, continuaria estável. 


[...]Além do recuo no índice de Basileia, o economista João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho, destacou a baixa participação, comparado com bancos privados, de fontes de recursos mais estáveis (capital nível 1) na composição do Patrimônio de Referência. "Quanto maior o capital de nível 1, mais bem-visto é o banco em termos de risco", disse Salles. 
Considerando apenas capital de nível 1, o índice de Basileia do BNDES está em 8,35%. O Itaú tem 10,9%; o Bradesco, 11%; e o Santander, 19,3%. Nos bancos públicos, considerando só o nível 1, o Banco do Brasil (BB) tem 10,55% e a Caixa, 6,6%. "O melhor seria alcançar 11% apenas com o nível 1", disse Salles. 

O mínimo de índice de Basileia exigido pelo Banco Central é 11%, considerando os dois níveis. Por isso, para o professor de Finanças da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto, da USP, Alberto Borges Matias, não há problemas quanto à solidez do BNDES. "O patrimônio do banco está em níveis bem acima dos exigidos."
Porém, no longo prazo e mantida a tendência de crescimento dos bancos públicos para "gerar desenvolvimento no País", disse Matias, "é natural que o índice (de Basileia) seja reduzido e haja necessidade de capitalizações". 

Fonte: aqui

Bud: Cerveja com água

Uma reportagem publicada pelo Portal G1 nesta quarta-feira (27) afirmou que consumidores americanos estão acusando a multinacional Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev), de controle belgo-brasileiro, de diluir com água dez de suas marcas de cerveja, entre elas a Budweiser e a Michelob. A denúncia é baseada em relatos de ex-funcionários.

De acordo com a reportagem, os consumidores acusam a empresa de ter intensificado a prática de adicionar água a bebidas após ser comprada por gigante belgo-brasileiro. O motivo seria a redução de custos. Por causa disso, eles pedem uma indenização de US$ 5 milhões. A justificativa é que o teor alcoólico das cervejas supostamente não é igual ao indicado em seus rótulos.

Fonte: Aqui.

Executivos do Banestado condenados pela CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou 11 ex-executivos e funcionários do antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado), de um total de 28 acusados por atos ilegais na instituição financeira, em operações realizadas entre maio de 1996 e novembro de 1998. As multas somam R$ 2,9 milhões.

[...]

A investigação na CVM foi aberta em 2000 a partir de denúncia apresentada por Marisa Stedile, conselheira de administração do Banestado, que apontou indícios de irregularidades na administração. As denúncias se dividiam em três grupos de operações: Algaci, DM e Xingu. A CVM condenou os acusados apenas no primeiro caso, por considerar que as operações para as construtoras DM e Xingu eram operações ordinárias.

Em relações às chamadas "Operações Algaci" a CVM considerou que os diretores violaram o dever de diligência da Lei das S.A., além de praticar desvio de poder e ato de liberalidade às custas da companhia. O caso envolve o favorecimento de quatro empresas ligadas ao radialista e então deputado estadual Algaci Túlio, por meio da liquidação irregular de dívidas com descontos excessivos e uso de precatórios do Estado do Paraná.

O problema envolveu 17 operações de crédito, somando R$ 3,3 milhões (a valores de 1998). Segundo a CVM, as operações foram negociadas pela Casa Civil do Estado do Paraná e o Banestado, apesar de as empresas não terem condições de honrar as obrigações assumidas. O objetivo era o financiamento de campanha política de Algaci.

Para Luciana Dias, diretora da CVM e relatora do caso, ficou provado que as operações não obedeciam a uma lógica comercial e subvertiam os trâmites internos do Banestado para aprovação de crédito - que incluíam aprovações por gerências regionais e uma série de comitês. "Nenhuma das operações Algaci foi realizada em benefício do Banestado", disse, o que configura desvio de poder.

Os outros dois grupos de operações investigadas supostamente visavam a favorecer a DM Construtora e a Xingu Construtora. As empresas amortizaram dívidas em troca de créditos originários de precatórios. O Banestado não exigiu garantias e avaliou os precatórios por seu valor de face, superior ao valor de mercado. As operações - de R$ 20 milhões para a DM e R$ 23 milhões para a Xingu - contrariavam pareceres do jurídico do Banestado.

Apesar disso, as duas empresas eram clientes do banco e as operações passaram por todo o rito de análise exigido. A CVM considerou que eram operações comuns do banco e que não caberia a ela questionar a qualidade das decisões comerciais da diretoria.

Em outubro de 2000, o Banestado entrou no rol de privatizações de bancos estaduais ao ser adquirido por R$ 1,6 bilhão pelo Itaú. Mais tarde, o Banestado foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou um esquema de evasão de divisas, com envio irregular de bilhões de dólares a paraísos fiscais por meio de contas CC5 - circular do Banco Central que permitia a abertura de contas especiais mantidas por brasileiros que moram no exterior. A CPI foi encerrada sem aprovações dos relatórios finais no Congresso.

27 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio


Nova controladora para a MPX

A alemã E.ON pode assumir uma participação controladora na companhia de energia elétrica MPX Energia, como parte de um acordo pelo qual o empresário Eike Batista planeja vender uma fatia significativa da empresa, segundo uma pessoa com conhecimento das negociações. "A venda está sendo discutida e a estrutura dela ainda não foi finalizada", disse a fonte. "Mas provavelmente ela vai envolver outros investidores", acrescentou.

Se o acordo der certo, a E.ON, que já possui 11,7% da MPX, pode ficar com uma fatia maior do que a do atual controlador, Eike Batista. O empresário tem 54% das ações da companhia, de acordo com o site da MPX. Na semana passada, a MPX afirmou em um comunicado que, embora esteja sempre estudando novas possibilidades, ainda não havia recebido uma oferta para compra do controle da empresa nem havia tomado qualquer decisão sobre o tema.

As empresas de Eike Batista sofreram uma queda no valor das ações nos últimos meses em razão de preocupações com uma receita futura mais baixa do que a prevista. A queda foi provocada principalmente pela OGX Petróleo & Gás, que anunciou números sobre produção aquém das expectativas do mercado.

A E.ON não respondeu imediatamente um pedido para comentar o assunto e a MPX não quis se pronunciar. A EBX, holding pela qual Eike Batista controla suas empresas, também não fez comentários.


Fonte: Aqui

A Maldição do Agente ou do Risco Moral


Todo preposto, representante ou corretor que não colocar o capital dele junto com o seu, vai roubar você. De forma reduzida e chula, essa maldição define um clássico da moderna teoria econômica da informação conhecido como “problema da agência” [...]. O problema está em toda parte e tem a ver com a lealdade entre um indivíduo e os que trabalham para ele, o dono do capital e os mandatados para administrá-lo, o acionista e os administradores, o empresário e os seus gerentes, ou gerentes e seus subgerentes, a dona de casa e seus auxiliares, e assim por diante. Toda vez que houver “assimetria de informação” haverá um problema de incentivos: o agente que não souber muito bem qual será sua remuneração pelo esforço a favor do principal, bem como os ganhos deste, tenderá a fazer justiça pelas próprias mãos em prejuízo dos interesses que representa.

Sobre os agentes, vale dar a palavra a Iago, um dos mais odiosos vilões da galeria shakespeariana, o ajudante de ordens de Otelo, a quem traiu de todas as formas possíveis: “Eu só o sirvo para servir-me dele! Nem todos são senhores, nem são todos os senhores seguidos lealmente.” A fórmula, segundo ensina, consiste em manter-se entre os “outros”, que se disfarçam sob “o aspecto do dever” e “servindo a seus amos na aparência lucram com eles e, enchida a bolsa, saem honrados. Esses, sim, têm alma e proclamo-me um deles”. Será este o paradigma de lealdade dos agentes?

“Agente” e “principal”, designações dos participantes desse jogo, são termos da legislação dos Estados Unidos, onde os tribunais julgam regularmente inúmeros casos envolvendo divergências entre um indivíduo, o principal e o agente, a quem delegou uma tarefa. Dois tipos de arranjo fornecem soluções para as disputas entre esses personagens: de um lado, é preciso alinhar interesses do agente e seu patrão, em geral com esquemas de remuneração variável que os torne parceiros em determinado esforço; de outro, é necessário demarcar as responsabilidades em caso de insucesso. Se o agente não é responsabilizado em nenhum grau pelo fracasso, terá amplos incentivos para correr riscos excessivos, pois será sócio do principal na prosperidade, com bônus, mas não terá ônus na adversidade. Essa é a forma de o agente “colocar seu capital” junto com o de seu empregador. A variedade mais comum de problemas decorrentes do desalinhamento de interesses entre agente e principal é conhecida como “risco moral”, uma reconhecida má tradução para moral hazard, cuja expressão mais exata seria, talvez, “tentação do imoral”. Trata-se, afinal, de comportamento vicioso, porém racional, e os exemplos mais comuns são oferecidos pelos indivíduos que, ao contratarem um seguro, passam a ficar mais desleixados. Mas há coisas piores. O leitor estará correto se tiver percebido aqui um elemento importante para explicar a crise financeira de 2008: as empresas que compravam, empacotavam e vendiam as chamadas hipotecas subprime (ou de qualidade inferior) não corriam, junto com o comprador, o risco que estavam vendendo. Eram como corretores de carros usados por cuja qualidade não se responsabilizavam. O “risco moral” ou as tentações, como as descritas por Iago, não foram mitigados pela estruturação aparentemente sofisticada das operações, nem pelo veredicto das agências de risco. As operações desse tipo se avolumaram, e quando veio uma piora no mercado habitacional, que trouxe consigo um tsunami de inadimplência, os prejuízos ficaram com os compradores de papéis e não com os seus fabricantes. Os agentes apunhalaram impiedosamente seus parceiros, aqueles a quem representavam.

Franco, Gustavo H. B. (2012-12-10). As leis secretas da economia. Zahar-Brasil. Kindle Edition.

Richard Feynman e a educação brasileira


Richard Feynman, Nobel critica o sistema educational brasileiro. Eis um excerto :

"[..]Por fim, eu disse que não conseguia entender como alguém podia ser educado neste sistema de 
autopropagação, no qual as pessoas passam nas provas e ensinam os outros a passar nas provas, mas ninguém sabe nada. "


Extraído do livro “Deve ser brincadeira, Sr. Feynman!” (título original: “Surely You’re Joking, Mr. Feynman!”), publicado originalmente em 1985, nos Estados Unidos. O autor, Richard P. Feynman,
nasceu no ano de 1918 no estado de Nova Iorque, nos EUA. Estudou física no M.I.T. e em
Princeton, e lecionou em Cornell e no Instituto de Tecnologia da California. Deu importantes contribuições à Física e foi considerado uma das mentes mais criativas de seu tempo. Ganhou o prêmio Nobel em 1965 e faleceu em 1988. Na década de 50 ele viveu e lecionou por quase um ano na cidade do Rio de Janeiro.

Dicas de apresentação de slides

Saber fazer boas apresentações é uma habilidade obrigatória para a ascensão de carreira da maioria dos profissionais. Por isso mesmo este quesito tira o sono de muita gente que, só de pensar em ser o centro das atenções de uma plateia, já começa a suar frio. O nervosismo atrapalha, mas não é o único calcanhar de Aquiles nas apresentações. Confira os 12 principais erros cometidos nessa hora, de acordo com Joyce Baena, sócia e diretora da La Gracia, escola que oferece cursos sobre o tema:

1 Falta de roteiro

O resultado de quem peca pela falta de roteiro é uma reunião de slides sem conexão, e, na maioria das vezes, faltando partes essenciais. “Isso leva à falta de compreensão, o público não entende”, diz Joyce.

Dica: Lance mão das técnicas de roteirização. “Você apresenta um cenário ou um conflito, resolve esse conflito, constrói a sua argumentação em cima disso e finaliza. Esse ‘fatiamento’ da informação é fundamental”, sugere Joyce.

2 Início “morno”

O começo de uma apresentação faz toda a diferença. Mas nem todo mundo se preocupa em captar “logo de cara” a atenção da plateia. “As pessoas geralmente começam agradecendo, dizendo quem são elas e já entram no assunto da apresentação”, diz Joyce.

Dica: “Pense em um roteiro de cinema, as primeiras cenas geralmente têm o objetivo de captar a atenção do espectador”, recomenda Joyce. Escolha uma frase de destaque. Tente - por meio da sua fala - deixar o público curioso e conquiste a atenção da sua plateia no começo da apresentação.

3 Ausência de imagens ou escolha sem critério

“As pessoas pouco usam imagens e quando as utilizam ainda é de maneira tímida”, diz Joyce. Ela conta também que é comum apresentações trazerem imagens esticadas ou sem redução proporcional.

Além disso, a escolha sem critério também é apontada como erro frequente. “As pessoas usam imagens que não têm nada a ver com o que está sendo dito”, diz Joyce.

Dica: A imagem deve estar presente na apresentação, mas tem que ter a sua “razão” de existir. A imagem pode ser linda, mas se ela não dialoga com o texto da sua apresentação deve ficar de fora.

“Tudo na apresentação tem que ter uma função”, explica Joyce. Lembre-se de que o próprio Power Point tem recursos para aumentar ou reduzir imagens. Atente também à proporção dos objetos na vida real antes de colocá-los um ao lado do outro no slide.

4 Texto “bengala”

Qual a função de um slide de Power Point usado em uma apresentação? Se você acha que é apontar e relembrá-lo do que você precisa dizer, errou. “As pessoas pensam nos slides como uma ‘bengala’ para elas se lembrarem do que precisam dizer”, diz Joyce.

Ao colocar um monte de texto na tela, o apresentador acaba ficando sem função, uma vez que o público vai prestar atenção ao texto e não em sua fala. “Ninguém consegue ler e ouvir ao mesmo tempo”, lembra Joyce.

Dica: O texto do slide tem a função de facilitar o entendimento do público a respeito do que está sendo abordado durante a apresentação. Se você tem receio de esquecer o que vai falar, mantenha fichas com o texto do que você vai apresentar, ao invés de jogar tudo no slide.

5 Siglas ininteligíveis

Presentes no dia a dia de muitos profissionais, principalmente do mercado financeiro e de área de tecnologia, a siglas fazem todo o sentido quando a apresentação é interna, para colegas já envolvidos no trabalho. No entanto, se o público é leigo no assunto, as siglas podem não ser compreendidas.

“O que é óbvio para você não é óbvio para os outros. Quando o público recebe uma informação que não entende, perde a compreensão e não sabe mais onde encaixar o resto do conteúdo transmitido”, diz Joyce.

Dica: Ao lidar com termos técnicos seja didático para facilitar a compreensão do público e evitar a perda de atenção.

6 Expressão oral comprometida

Elaborar slides impecáveis no Power Point não basta. É preciso saber como transmitir o conteúdo para o público. E, nesse momento, quem não sabe se expressar bem pode estragar tudo.

Falar devagar ou rápido demais, não saber o que fazer com as mãos, manter sempre a mesma entonação da voz e não olhar para as pessoas são os erros mais frequentes, de acordo com Joyce.“O medo de falar em público é tão grande que as pessoas não procuram um curso de expressão oral para encarar o receio”, diz Joyce.

Dica: Aposte em mudanças de entonação e ao ritmo da voz para não deixar a apresentação monótona. Atente à velocidade da fala. Se a sua fala é lenta o público terá sono e se for rápida demais vai atrapalhar o entendimento do público.

Há cursos e livros especializados na arte de se comunicar. Praticar, segundo Reinaldo Polito, especialista em oratória, é uma das maneiras de driblar o pavor de falar em público. Aproveite todas as oportunidades que você tiver para treinar e certifique-se de que você tem domínio sobre o assunto a respeito do qual você vai falar.

7 Tamanho da fonte do texto

Apertar os olhos para tentar enxergar o texto de uma apresentação deixa qualquer um irritado e as chances de ele deixar de prestar atenção são grandes. “As pessoas usam fonte 12 e ninguém consegue ler”, diz Joyce.

Dica: A especialista recomenda que o texto tenha fonte maior, tamanho 28. Assim, mesmo quem estiver no fundo da sala vai enxergar o que está escrito no slide.

8 Não fazer nada para manter a atenção do público

O renomado biólogo molecular John Medina diz que o cérebro humano perde a atenção de 10 em 10 minutos. Por isso, curta ou longa, a apresentação precisa contar com “ativadores” da atenção do público. “Pouca gente se preocupa com isso”, diz Joyce.

Dica: Traga uma inovação, fale uma frase com mais ênfase para captar a atenção. “A cada 5 ou 10 minutos lance algum ‘ativador’ para as pessoas acordarem”, recomenda Joyce.

9 Não aceitar ou não perceber a conexão com o público

Conforme explica Joyce, o objetivo principal de uma apresentação é criar uma conexão com o público para inspirá-lo a respeito do tema abordado. “Se não há essa conexão, o apresentador não vai atingir resultado”, diz a sócia e diretora da La Gracia.

Em relação a este aspecto, o erro cometido é considerar a interação do público uma interferência. “Muitas vezes a pessoa está tão focada nela mesma que não percebe ou não deixa que haja uma troca com o público”, diz Joyce. Então, muitas vezes, o apresentador faz uma pergunta à plateia, mas não a deixa responder.

Dica: Ao perceber o interesse do público em responder alguma pergunta ou em interagir em algum sentido, tente dar espaço. “Se você tentou criar uma conexão por meio da pergunta e o público responder, vá na onda”, recomenda a especialista, alertando, no entanto, que não é fácil. “Mas quando há a interação, você sai ganhando, quem consegue criar conexão é muito mais aplaudido”, diz Joyce.

10 Contraste

Há sempre uma informação que seja mais relevante e mereça destaque. “Muitas vezes as pessoas dão o mesmo peso às informações e o que é mais importante não é destacado”, diz Joyce.

O contrário também vale como erro. “Encher de imagens o slide e colocar cores fortes em tudo para chamar a atenção deixa tudo gritante e não destaca nada”, explica a especialista.

Dica: apenas as informações mais importantes devem ser destacadas. Use alguma forma de contraste para chamar a atenção para os dados mais relevantes.

11 Não deixar espaço em branco

Na ânsia de reunir o maior número de informações sobre o tema da apresentação, muita gente esquece a importância de um visual clean. “Parece que as pessoas acham que vão perder dinheiro ao deixar um espaço em branco no slide e o visual acaba ficando pesado”, diz Joyce.

Dica: Além de ser um respiro para o público, o espaço em branco no slide tem uma função importante, de acordo com a especialista. “Ajuda a direcionar o olhar do público para aquilo que merece destaque e isso faz toda a diferença”, explica. Uma apresentação com um design mais “limpo” e leve é muito mais elegante.

12 Nenhuma ou pouca análise

Reunir um sem número de informações e organizá-las no Power Point sem fazer qualquer tipo de análise é um erro grave e que mata o sentido da apresentação. “As pessoas pensam que a apresentação é feita só de dados, mas nós já somos inundados por informações o dia inteiro então as informações precisam ser novas, além de fazer sentido”, diz Joyce.

Dica: antes de fazer a apresentação reúna as informações e faça uma interpretação delas. “Sem análise a apresentação fica crua”, lembra Joyce.

Fonte: Aqui

Fato Relevante: Minerva

26 fevereiro 2013

Mudanças hormonais e enxaquecas

That no one dies of migraine
seems to someone deep in an attack
as an ambiguous blessing.
A alteração hormonal é uma das razões que explica o fato de as mulheres serem três vezes mais propensas a terem enxaquecas do que os homens, sugere uma nova pesquisa de Harvard. No Brasil, 20% da população tem a doença. Nos Estados Unidos, 30 milhões sofrem com as dores intensas na cabeça, segundo a National Headache Foundation.

Embora não haja cura, a enxaqueca pode ser administrada de forma eficaz com a ajuda de um médico. Muitos medicamentos estão disponíveis para prevenção e alívio da dor e as mudanças no estilo de vida podem eliminar alguns gatilhos que causam a dor de cabeça, ressalta Michael Moskowitz, professor de neurologia da Harvard Medical School, em Boston, em um comunicado da Sociedade de Pesquisa em Saúde da Mulher.

Mais: aqui e aqui.

Rir é o melhor remédio


Elétricas pesam mais no balanço do BNDES

Apesar de o BNDES ter sentido o impacto da LBR no balanço de 2012 apresentado hoje, o setor de energia acabou pesando mais, segundo o banco. A provisão total para potencial perda de valor de ativos chegou a 3,3 bilhões de reais, sendo que 2,4 bilhões de reais do setor de energia. O valor total equivale a cerca de 3% da carteira de participações societárias, segundo o BNDES.

[...]

O BNDES apresentou uma queda de 9,6% no seu lucro de 2012 (8,2 bilhões de reais) em relação ao do ano anterior. A explicação do BNDES para a queda é simples: as empresas foram afetadas pela desaceleração global, causando impacto negativo no resultado da BNDESPAR que, por sua vez, afetou o lucro do BNDES.

A BNDESPAR registrou um lucro liquido de 298 milhões de reais em 2012, o que indica uma queda de 93,1% em relação aos cerca de 4 bilhões de reais obtidos em 2012. Três fatores levaram a isso: a provisão para potencial perda de valor de ativos, o resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20% de participação e os dividendos de empresas em que o BNDES não tem mais de 20% de participação.

A LBR apresentou dois impactos: a baixa contábil de 657 milhões de reais e uma perda entre 100 e 200 milhões de reais no resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20%. Esse valor é calculado com base no balanço da empresa, levando em consideração o percentual de participação do BNDES no patrimônio da empresa. No caso, o patrimônio foi momentaneamente reduzido, segundo Carlos Frederico Rangel, chefe de departamento de contabilidade.


Fonte: Aqui

Lucro BNDES

Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de dezembro de 2012 elevou contabilmente o lucro anual do BNDES em R$ 2,380 bilhões. Mesmo assim, o ganho foi de R$ 8,183 bilhões, 9,6% inferior ao de 2011 (R$ 9,048 bilhões), na segunda queda consecutiva. Se a regra contábil do BNDES fosse a mesma dos demais bancos, o lucro teria sido de R$ 5,803 bilhões, 35,9% menor.

“O lucro líquido individual e consolidado do exercício e semestre, findos em 31 de dezembro de 2012, está aumentado em R$ 2.380 milhões, após os efeitos tributários”, diz nota da KPMG, que fez a auditoria do resultado do BNDES, considerando a regra geral. Mas a instituição afirma que, pela nova norma, os números do banco são corretos.

Com a resolução do CMN, 25% das ações que o BNDES tem em caixa e são classificadas como “disponíveis” não precisarão mais ter valores de referência atualizados quando houver variação grande nas cotações na Bolsa — o banco tem papéis de Petrobras e Eletrobrás, que sofreram muito em 2012. As ações disponíveis são investimentos de longo prazo, não negociadas no dia a dia do banco, mas servem para o cálculo do patrimônio líquido do BNDES e de referência para seus empréstimos.

Selmo Aronovich, superintende da Área Financeira do banco, lembra que o BNDES atende às normas do CMN e que a resolução se aplica só ao banco pois ele tem características diferentes dos demais, por focar no longo prazo. Ele conta que os papéis, que sempre representaram 40% dos lucros, geraram só 6% do resultado no ano passado.

— O resultado da BNDESPar (subsidiária de participações acionária), que não é afetado pela resolução do CMN, caiu de R$ 4,307 bilhões em 2011 para R$ 298 milhões no ano passado.
Senador quer explicação de Mantega

O banco passou de um lucro de R$ 700 milhões para um déficit de R$ 320 milhões na rubrica provisões financeiras, apesar da inadimplência cair de 0,14% para 0,06%, a mais baixa da história.

— Em 2011 tivemos forte recuperação de valores e na classificação de ativos. Em 2012 fizemos provimentos normais — disse Carlos Frederico Rangel, chefe do Departamento de Contabilidade do BNDES. Segundo ele, o resultado baseado em operações de crédito e repasse subiu 26% sobre 2011, atingindo R$ 9,5 bilhões antes de impostos.

Aronovich disse, ainda, que o BNDES repassou ao Tesouro R$ 12,4 bilhões como dividendos em 2012. Além de parte do lucro auferido em 2011, houve R$ 4,5 bilhões de antecipação do resultado de 2012. O BNDES pagou ao governo dividendos do ano enquanto o resultado final ainda não havia sido calculado, com base no lucro do primeiro semestre. Os recursos entram no caixa do governo e melhoram o seu superávit primário. E o Tesouro emitia dívida para capitalizar o banco, que no ano passado desembolsou R$ 156 bilhões.

Fonte: O Globo

Frase

“The IRS! They're like the Mafia, they can take anything they want!”
― Jerry Seinfeld

MP dos Portos

Porto de Paranagua
Os operadores portuários privados, a exemplo dos representantes das empresas exportadoras, demonstraram apoio ao governo em relação à Medida Provisória 595, a polêmica MP dos Portos, em tramitação no Congresso Nacional. “Elogiamos a medida porque ela estabeleceu algumas definições que pacificam as questões do setor portuário”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, nesta segunda-feira (25/2), ao sair do Palácio do Planalto depois de se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro titular da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino.

Enquanto os sindicalistas criticam a MP dos Portos e dizem que ela é um retrocesso nos direitos trabalhistas, na avaliação de Manteli, a nova lei não acarreta em perdas para os portuários uma vez que deixará facultativo aos operadores a obrigatoriedade da contratação dos trabalhadores pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Para ele, a MP permitirá que os operadores privados tenham mais liberdade para contratar a mão de obra avulsa e esta precisará ser mais bem qualificada. [...]

De acordo com o presidente da ABTP, entidade que reúne 85 empresas que operam 160 terminais privados e arrendados, o governo não vai ceder para os trabalhadores. “Temos uma situação atual que a MP repete todas as condições que regulam o trabalhador portuário que estão na Lei 8.630/93 (antiga Lei dos Portos, que foi revogada com a nova MP 595). Não tem nada que prejudique o trabalhador. Nenhum direito foi retirado da lei”, afirmou. “É preciso encontrar uma saída civilizada para esse trabalhador. Tanto a Lei dos Portos, embora revogada, quanto a convenção da OIT Organização Internacional do Trabalho), estabelecem os caminhos. O que não pode é criar no Ogmo um monopólio”, afirmou. “O mais importante é que para o terminal, a vantagem econômica é fantástica porque o custo é menor”, emendou.

Para Manteli, o importante, é que a isonomia entre os terminais privados antigos e os novos que serão contratados por meio das concessões tenham as mesmas regras. “Os marcos regulatórios têm que ser iguais para todos os investidores dos portos. Ele não pode estabelecer uma diferença”, declarou. Os operadores deverão se reunir na dentro de 15 dias com o presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do Governo Federal, Jorge Gerdau, e representantes de empresas exportadoras para alinharem o discurso e apresentarem uma proposta de emenda à MP dos Portos. “Viemos nos colocar à disposição para nos reunir com os demais setores da indústria para harmonizarmos o pleito empresarial para a MP”, disse. De acordo com fontes do governo, os atuais operadores e cujos contratos estão vencendo, poderão optar pelo novo regime no qual não pagarão outorga mas farão os contratos por menor preço e maior volume.

As concessões do setor portuário são as que mais preocupam o setor privado, segundo fontes palacianas. Enquanto o texto da MP 595 ainda precisa passar pelo Congresso, as primeiras licitações, dentro do novo modelo, começarão ainda neste semestre pelos portos de Santos, em São Paulo, e Belém, no Pará. Os estudos de viabilidade serão feitos em 159 terminais, sendo 42 novos e 117 em áreas cujos contratos de arrendamento já venceram ou estão para vencer até 2017.

Mandeli criticou a paralisação de seis horas dos trabalhadores portuários na última sexta-feira (22) e disse que ela foi antipatriótica e que os prejuízos ainda não foram calculados. “Não tem sentido parar os portos quando esta tramitando congresso nacional um verdadeiro processo democrático. Não tem razão de paralisação. O governo está aberto à negociação e, portanto, não tem sentido qualquer greve. Eu diria que a paralisação não foi patriótica”, afirmou. Segundo o empresário, já existem boatos de que os importadores chineses vão comprar soja de outros países porque aqui existe ameaça de greve no Brasil. “Hoje, a velocidade dos portos, o pleno funcionamento, o preço e qualidade do serviço são fundamentais para a competitividade”, afirmou ele acrescentando que os trabalhadores precisam pensar mais no Brasil. “O país precisa avançar muito e temos uma excelente oportunidade de aumentar o nosso comércio exterior, gerar mais riqueza e mais emprego. Não podemos perder essa oportunidade. Todos, e não é só empresário e o governo, mas os trabalhadores também precisam ser mais competitivos porque estamos em uma economia globalizada”, completou.

Os ministros Gleisi e Cristino se reúnem, às 19h desta terça-feira (26/2), com o relator da MP 595, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e o presidente da Comissão mista da MP dos Portos, deputado José Guimarães (PT-CE). A nova paralisação dos trabalhadores portuários, de seis horas e prevista para amanhã, foi suspensa. Na sexta-feira, 36 portos pararam entre públicos e privados. A próxima reunião do governo com os trabalhadores será na sexta-feira (1º).

Free float

Free float é a quantidade percentual de ações livres à negociação no mercado - não pertencem a acionistas estratégicos - como: controladores e diretores da companhia e acionistas que detenham mais de 5% do capital total da empresa.

A princípio, quanto maior o free float de uma companhia, maior sua liquidez no mercado e maior a facilidade com que os investidores minoritários podem adquirir e vender livremente suas ações.

Novo Mercado e Nível 1 de governança: manutenção em circulação de parcela mínima de ações, representando 25% do capital.



25 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio

Uma proposta de casamento sob a forma de um paper de física. Incrivelmente original. Clique na imagem para ver melhor.

1895 e a Educação Contábil no Brasil

O Annuario do Ensino foi publicado em 1895 e só teve um número publicado. Entretanto esta publicação revela como era o ensino de contabilidade no final do século XIX no Brasil. É verdade que não existia um curso específico, mas conteúdo de escrituração, que era ensino dentro de cursos relacionados ao comércio.

Em 1894 foi criado pelo prefeito do Distrito Federal, na época localizada na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Commercial. Este Instituto era destinado ao ensino teórico e prático dos que se dedicam ao comércio. Entre as aulas, “cadeiras” de escrituração mercantil, além de outras como caligrafia. A escrituração era ensinada no primeiro ano, juntamente com português, Francês, caligrafia e outras. Existia uma “cadeira” denominada de “terminologia, escripta e pratica commercial”, que era ministrada no primeiro e segundo ano. Como os dois primeiros anos era considerado o curso fundamental (e os dois últimos o curso integral), a parte contábil era ensinada logo de início.

O Instituto estava localizado na Rua Evaristo da Veiga 28, onde hoje funciona a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. As aulas eram ministradas pelo Bacharel Luiz Pedro Drago.

Década de 20 e a Revista Tico-Tico

Trinta anos depois, na revista Tico-Tico, destinada ao público infanto-juvenil, um anúncio informava que “o melhor livro de escripturação mercantil é o de Carlos de Carvalho”, além de outros livros de “outros autores de obras mais resumidas e, portanto, de menor preço”. Em 1924 apareceria o seguinte anúncio nesta revista:

É o precursor dos cursos à distância: o estudo por correspondência, que incluía, entre as matérias, a escrituração mercantil. Duas outras curiosidades da revista. A primeira, uma notícia internacional sobre a China, publicado em 1922:

Outra, de 1919, sobre o custo que Colombo teve para descobrir a América:

Marques de Sapucaí

As pessoas devem ter escutado falar do Marques de Sapucaí. É a denominação de Cândido José de Araújo Viana, nascido em Nova Lima em 1793 e morto no Rio de Janeiro, em 1875. Foi ministro da Fazenda, conselheiro de estado, deputado, presidente de província, senador, entre outros.

Mas contador que é contador sabe que o Marques de Sapucaí foi um importante nome para a contabilidade pública brasileira. Eis o que diz a revista Tico Tico de 1956:

Big four e política

Segundo uma notícia do The Guardian (Big four accountancy firms donate £1.9m in services to political parties since 2009, Maeve McClenaghan, 10 jul 2012), as grandes empresas de contabilidade (Big Four) doaram 1,9 milhões de libras para os partidos políticos ingleses desde 2009. Além de doar dinheiro, as empresas também "emprestam" recursos humanos para o governo. No caso inglês, 15 funcionários foram cedidos para o Tesouro inglês.

Esta informação naturalmente preocupa em razão de uma possível influência que estas empresas podem exercer sobre a regulação do setor, com acesso privilegiado na formulação de políticas públicas. O jornal cita especificamente a ligação da Deloitte com o Partido Conservador britânico. A empresa ganhou contratos lucrativos no valor de 774 milhões de libras.

Na última semana a Comissão de Concorrência do Reino Unido (Competition Commission), depois de suspense, afirmou que as empresas de auditoria e as empresas com ações negociadas na bolsa são interdependentes. Apesar de ser um relatório preliminar, a comissão está estudando alternativas para melhorar a concorrência do setor. Isto incluiria o rodízio obrigatório. Um levantamento da comissão mostrou que 31% das cem maiores empresas com ações na bolsa tiveram a mesma empresa de auditoria por mais de vinte anos. Segundo o Compliance Week:

Isso levanta uma preocupação de que a falta de concorrência pode levar a preços mais altos, de qualidade inferior, e menos inovação, para não mencionar um fracasso para cumprir o objectivo pretendido de proteger os interesses dos acionistas.

Avaliação Econômica de Projetos Sociais

Ainda não li o livro abaixo, mas a presença de Ricardo Paes de Barros sinaliza a excelência da pesquisa.


Autor: Betânia Peixoto, Cristine C. de Xavier Pinto, Lycia Lima, Miguel Nathan Foguel, Ricardo Paes de Barros. Organizador: Naércio Menezes Filho.Data: 2012-10-22


A Avaliação Econômica de Projetos Sociais tratada por alguns dos maiores especialistas sobre o tema no país. O livro estimula a realização de avaliações de impacto, para que possamos conhecer e replicar os projetos sociais e políticas públicas com maior retorno econômico, de forma a gerar o máximo de valor para a sociedade.


O livro pode ser baixado gratuitamente aqui.

Perfil dos aprovados no PAS: maioria feminina

A UnB divulgou o resultado do Processo de Avaliação Seriada (PAS) 2013. São 1.417 aprovados em 96 cursos, localizados nos quatro campi da Universidade. Este é o primeiro processo seletivo em que a Lei de Cotas foi aplicada, destinando 305 vagas (14,5% do total) para estudantes que fizeram todo o ensino médio em escola pública. O registro acadêmico dos aprovados em primeira chamada será realizado nos postos avançados da Secretaria de Administração Acadêmica entre os dias 28 de fevereiro e 1° de março. (A segunda chamada sairá no dia 6 de março).

Foram aprovados 69 alunos em Ciências Contábeis. 42% são homens e 58% mulheres. Ainda, 23 alunos optaram pelo curso diurno (16 mulheres) e 46 pelo noturno (24 mulheres). Quatro Registros Gerais são de fora: Minas Gerais, Goias, Bahia e São Paulo marcaram presença. Nós, do blog, não temos nenhum xará na nova turma. O nome mais comum é Matheus/Mateus, seguido por João. Para as futuras contadoras, o nome mais comum é Ana/Anna e Amanda.

O resultado do vestibular será publicado no dia 4 de março. Será que a maioria feminina se repetirá?

24 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio


Usando Métodos Quantitativos - Parte 1


A utilização de técnicas quantitativas é cada vez mais relevante. Felizmente nos dias de hoje temos uma série de ferramentas que permitem ao individuo comum não fazer feio. Nesta postagem iremos mostrar como usar um editor de texto.

Em alguns textos é pode aparecer a necessidade de escrever algo mais próximo de uma notação matemática. Tem sido comum, no entanto, que a anotação dos termos seja muito simplória. Isto, naturalmente, depõe contra o autor do texto. Seja o exemplo de escrever a raiz quadrada de 16. Uma maneira de escrever isto é fazendo a seguinte associação: raiz quadrada é o mesmo que elevar o número a 0,5. Assim, usando um editor de texto como o Word, poderíamos escrever da seguinte forma:

16 0,5

Agora basta fazer com que o “0,5” esteja sobre-escrito. No Word é necessário usar em fonte a função correspondente. Na minha versão do Word isto está destacado, conforme aparece na figura a seguir:

Marcando com o mouse o “0,5” e clicando no “xis” elevado a dois o resultado seria
16 0,5

No entanto, algumas notações matemáticas não ficam boas quando se usa estes recursos. O Word possui uma função que permite inserir fórmulas matemáticas de maneira fácil e o resultado é muito bom. Nas versões antigas do programa isto estava dentro de “inserir” “objeto”; depois era necessário escolher “Equation”. Na minha versão é muito mais fácil: aparece no canto direito da aba “inserir” com a denominação “Equação”.
Para inserir a raiz quadrada basta clicar no “PI” da figura acima. Irá aparecer uma grande gama de possibilidade, entre os quais o “radical”. Escolha o formato que será usado:
É possível, com esta função, fazer somatórios, matrizes, potencia e outras simbologias matemáticas. 

Bancos Públicos

Os dois grandes bancos públicos de varejo do país iniciaram em 2012 um processo de redução das taxas de juros determinado pelo seu controlador, o governo — e, remando contra a maré, aceleraram fortemente a concessão de crédito. O resultado dessa equação, segundo muitos analistas, era o aumento da inadimplência, o que até agora não apareceu. O lucro também vai bem, com crescimento em relação ao desempenho de 2011.

Tanto Banco do Brasil (BB) como a Caixa Econômica Federal mantiveram no ano passado os atrasos superiores a 90 dias nas operações de crédito em níveis abaixo da média do sistema financeiro. E mesmo que a estratégia de redução dos spreads — diferença entre o custo de captação e o juro efetivamente cobrado dos clientes — iniciada em abril tenha reduzido as margens, essa queda vem sendocompensada pelo aumento do volume das operações.

O presidente do BB, Aldemir Bendine, lembrou que a instituição nos últimos cinco anos entregou bons resultados. “Crítica a gente responde com resultado. Elevamos o crédito com seletividade, baixamos os níveis de inadimplência e temos um bom nível de provisões”, disse ontem em entrevista a jornalistas.

Em 2012, o banco lucrou R$ 12,205 bilhões, o maior resultado alcançado em um único ano pela instituição (ver reportagem na página ao lado). Recorde também registrou a Caixa, com lucro de R$ 6,066 bilhões e crescimento de 17%. A expansão é significativa, ainda mais quando se leva em conta que os concorrentes privados tiveram aumentos modestos no lucro ou até mesmo queda.

(...) A analista Karina Freitas, da Concórdia Corretora, afirma que havia uma preocupação com a inadimplência nos bancos públicos, mas que os resultados do quarto trimestre minimizaram esse temor. “Achávamos que o BB seria mais agressivo no crédito ao consumidor, que tem risco maior, mas o banco cresceu forte em todas as linhas, por isso a inadimplência baixa”, avalia. (...)

Juro baixo garante lucro recorde de bancos públicos - Brasil Econômico - Ana Paula Ribeiro | 22/02/2013

Uma análise mais crítica foi feita na Folha de S Paulo (Análise: Balanços mostram resultado da intervenção governamental
OTTO NOGAMI):

Entretanto, quando comparamos a evolução do lucro líquido dessas instituições com a expansão de suas carteiras de crédito, e consequente aumento na participação no mercado brasileiro de crédito, verifica-se que os lucros cresceram de forma relativamente modesta.

No caso do Banco do Brasil, a carteira de crédito (sem contar com as operações no exterior) aumentou 24,9%, contra um crescimento de 0,7% no lucro líquido em 2012, enquanto a carteira da CEF cresceu 42% no mesmo período, contra um aumento no lucro líquido de 17,1%.

Combinando esses resultados com o fato de essas duas instituições terem apresentado níveis de inadimplência menores que a média do setor no país, aparentemente a conta não fecha, pois o lucro líquido deveria ter sido muito maior.

Reino Unido rebaixado

A Moody's Investors Service rebaixou os ratings dos bônus governamentais em moeda local e em moeda estrangeira do Reino Unido para Aa1, de Aaa. A perspectiva dos ratings agora é estável.

A agência citou três fatores para sua decisão: "a debilidade contínua da perspectiva de crescimento do Reino Unido, com um período de crescimento fraco que a Moody's agora espera que vai se estender até a segunda metade da década", "os desafios que as perspectivas fracas de crescimento no médio prazo apresentam para o programa de consolidação fiscal do governo" e "como consequência da carga elevada e crescente da dívida, uma deterioração na capacidade do balanço patrimonial do governo para absorver choques, o que não deverá ser revertido antes de 2016".

A Moody's ressalvou que "a qualidade de crédito do Reino Unido permanece extremamente alta, com o rating Aa1", por causa de fatores como "uma economia altamente competitiva e bem diversificada, um histórico forte de consolidação fiscal e uma estrutura institucional robusta, uma estrutura de dívida favorável e com uma demanda doméstica forte por dívida do governo, com a estrutura de maturação média mais alta (15 anos) entre todos os soberanos de ratings elevados".

Moody's rebaixa rating do Reino Unido - Por Renato Martins

Frase


Novo membro do Iasb

A ameaça de retirar o poder dos Estados Unidos no International Accounting Standards Board (IASB) em razão do atraso da convergência parece que ainda irá demorar. Um novo membro, originário da Xerox, foi nomeado e irá assumir em Abril. O mandato terminará em 2017, podendo ser renovado por mais três anos. O novo membro chama-se Gary Kabureck.

Kabureck tem experiência já serviu no Fasb e PCAOB. Ele apoia as normas internacionais. Dos 16 membros do Board, quatro são dos Estados Unidos.

23 fevereiro 2013

Etiqueta e postura

Um toque de classe a mais na contabilidade – Publicado originalmente em 12 de maio de 2011.
Estar bem vestido é uma bela forma de cortesia.
Uma pessoa educada faz toda a diferença em qualquer ambiente, seja no mundo acadêmico ou no dos negócios. Eu trabalhei em uma empresa que ensinava etiqueta a todos os novos funcionários. Acho isso uma ideia fantástica. Não só porque teríamos lidar com muitos clientes, também porque conhecer um pouco mais de certas regras certamente deixa o convívio mais agradável. Que tal compartilharmos algumas dessas dicas? Para quem se interessar em ler mais, escrevo com base nos livros The Etiquette Edge: The Unspoken Rules for Business Success (Beverly Langford) e Classy (Derek Blasberg).

Em uma conversa:
- Olhe nos olhos.
- Não fique tão perto a ponto de sentir o desodorante do outro.
- Fale em um tom apropriado.
- Não boceje ou pareça cansado, mesmo se estiver.
- Só faça comentários inapropriados com as pessoas apropriadas. Quando em dúvida, espere.
- Saiba do que está falando.
- Não fale palavrões. Não use gírias. Exercite seu vocabulário e aprenda novas palavras.
- Saiba manter a conversa fluindo. Quando o assunto ficar exaltado, mude.
- Saiba encerrar educadamente uma conversa.
- Aprenda a querer ouvir: Para ouvir bem é necessário uma quantidade enorme de energia mental, concentração, vontade e certo grau de altruísmo. Evite aparentar-se superior. Não conclua que o que a outra pessoa diz é irrelevante ou que aquela pessoa não possa te dizer algo que você já não sabe.

Em uma apresentação (muitas são dicas feitas em sala de aula pelo professor Paulo Lustosa, a quem agradeço):
- Mantenha-se no centro do “palco” (ou da área específica para a apresentação). Fale olhando para todos os que estão presentes em sala.
- Não coloque a mão no bolso!
- Não “dance” (quando estamos apresentando temos mania de ficar nos mexendo pra frente e pra trás), não fique de costas, não passe em frente ao projetor.
- Não leia a sua apresentação no Power Point. Tenha domínio, saiba falar com naturalidade e de forma acessível.
- Use o tom correto. Não grite (por causa do nervosismo algumas pessoas elevam muito o tom de voz) nem sussurre. Caso a sua voz seja naturalmente baixa e você não consiga mudar isso de forma alguma, fale no meio da sala (ao invés de no centro do palco) ou utilize um microfone. Ou, em outras palavras, resolva o seu problema. Não se esconda atrás dele.
- Não dê desculpas como, por exemplo, “estou passando mal”, “estou nervosa”, “não dormi bem”, “não deu tempo de me preparar”. O espectador não precisa saber disso e, se você tiver sorte, nem irá perceber.
- Pronuncie bem, treine fonética (vale um treinamento digno de My Fair Lady).
- Se vista adequadamente. Valorize a sua apresentação.

Na mesa:
- Em um almoço, nunca deixe seu celular em cima da mesa. A não ser que tenha parentes no hospital, não há justificativa para isso.
- Guardanapos pertencem ao colo e devem ser colocados em seu lugar assim que você se sentar.
- Mantenha a comida no centro do prato.
- Enquanto você come, a faca pertence ao prato. E nunca coloque a faca na boca!
- Antigamente o correto era esperar que todos estivessem servidos para que se pudesse comer, hoje em dia desde que duas ou três pessoas já estejam servidas, não há problema.
- Nenhuma refeição deve ir diretamente da travessa para a sua boca.
- Não critique o modo de outros a mesa, não importa quão ruim seja.
- Se você encontrar um conhecido em um restaurante, apenas acene ou cumprimente rapidamente. Não fique na mesa dele batendo papo.

Gerais:
- Não estale os dedos. Não tenha má postura (sente-se direito). Sorria.
- É importante parecer calmo e centrado (principalmente se não estiver).
- Ser pontual é fundamental. Mesmo que os outros não sejam.
- Saiba a diferença entre elogiar e bajular. Elogios merecidos são bem vindos, o ser humano gosta de ser reconhecido. Para isso, seja específico (fuja do “bom trabalho pessoal!”) e sincero.
- Tenha conversas privadas em locais privados. Para isso, fique atento ao uso do celular.
- Em e-mails, seja cortês como seria em uma carta. Escreva “por favor”, “obrigada”, “boa dia”, “tenha uma ótima semana”. Aplique isso ao “mundo real”. Cumprimente as pessoas.

Para finalizar – 10 assuntos que devem ser evitados no ambiente profissional:
- Detalhes sobre problemas de saúde;
- Detalhes sobre a sua vida sexual;
- Problemas conjugais ou de relacionamento;
- Finanças pessoais (tanto positivas quanto negativas);
- Visões religiosas pessoais;
- Tópicos políticos que evoquem opiniões fortes;
- Vida pessoal de outros colegas;
- Fofoca sobre o chefe;
- Piadas preconceituosas;
- Compras excessivas.

Bom, todos nós sabemos bem sobre esses últimos pontos, mas não o praticamos constantemente. Aí, vira e volta, estamos insatisfeitos com o nosso ambiente de trabalho ou presenciamos amigos com tal desgosto.

Deixo aqui o meu toque “corrente do bem” e proponho que exercitemos essas atitudes diariamente. Um mundo em que as pessoas sabem respeitar seus semelhantes, tenham cordialidade e benevolência não te parece mais construtivo?

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Fato da Semana

Fato: Temporada dos balanços

Qual a relevância disto? Este é o período do ano onde as principais notícias das empresas estão nos números contábeis. Começam a surgir os casos de empresas com bom desempenho (em 2012, BB e CEF, por exemplo) e notícias ruins (Banco Votorantim é um dos casos).

Para quem acredita que a contabilidade não é relevante, pois não diz respeito a uma notícia nova, as discussões sobre os resultados mostram que a realidade não é bem esta. A contabilidade tem um papel relevante, seja confirmando as notícias (casos da Petrobras) ou trazendo surpresas.

Positivo ou Negativo? – Positivo. Este é o momento de mostrar a relevância das demonstrações contábeis. De ler notícias significativas no caderno de “economia” dos jornais. De discutir com amigos contadores as surpresas. De renovar nossos exemplos para sala de aula.

Desdobramentos – A temporada de balanços não acabou. Mais notícias ainda estão chegando nos próximos dias.

Outros candidatos a fato da semana? Os desdobramentos da aquisição da Heinz, com a investigação sobre informação privilegiada; a eterna escaramuça entre o Casino e Abílio Diniz; e a criação da malha fina para pessoas jurídicas.

Acordo de acionistas

Enquanto o estatuto social de uma companhia disciplina as regras que todos os sócios devem cumprir, o acordo de acionistas regula os interesses individuais que possam existir na sociedade. Suas consequências, contudo, não se restringem ao grupo de sócios signatários do acordo. Por disciplinar aspectos como o exercício do controle da empresa e o direito de voto, a escolha dos conselheiros de administração e a distribuição de lucros e dividendos, esse documento tem importância para todos os acionistas e potenciais investidores.

Por isso, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) recomenda que os acordos entre sócios que tratem de compra e venda de participações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto ou poder de controle estejam disponíveis e acessíveis a todos os acionistas tanto na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na internet, como no site da companhia.

Na opinião de Pedro Rudge, sócio da Leblon Equities, é fundamental que os investidores leiam os acordos de acionistas e avaliem suas cláusulas. Principalmente porque, no Brasil, é ainda mais comum a existência de blocos de acionistas que comandam a empresa por meio desse instrumento. “A transparência na divulgação é um indicativo de como a companhia se relaciona com a comunidade financeira. O aumento do disclosure só tende a melhorar a precificação dos ativos”, ressalta.

A Instrução 480/09 da CVM, que recentemente criou o Formulário de Referência, prevê que o emissor registrado na categoria A — autorizado, portanto, a negociar quaisquer valores mobiliários em mercados regulamentados — encaminhe à CVM, por meio do Sistema IPE, acordos de acionistas e outros pactos societários em até sete dias úteis contados do arquivamento na companhia. Além disso, estabelece que qualquer alteração de suas cláusulas, extinção em função de termo ou condição resolutiva, ou celebração de novo acordo de acionistas implique a atualização do documento na autarquia.


Revista Capital Aberto

Para acessar acordos de acionistas, clique para: Natura; Cemig; Ambev.

Biblioteca Subterrânea


The Underground Library from Keri Tan on Vimeo.

22 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio

Para uma avaliação justa todos devem realizar a mesma prova:
por favor, subam naquela árvore.

Balanços de bancos

Qual o tamanho dos maiores bancos dos EUA e qual o nível de segurança deles? Ao tentar entender isso faz uma grande diferença se você estiver analisando-os de acordo com os padrões contábeis norte-americanos ou os internacionais. Este último traz uma parcela maior de derivativos de risco para os balanços.

Considere o JPMorgan por exemplo. Segundo as regras contábeis americanas, o banco é apenas o quarto maior do mundo, com ativos totais de US $ 2,3 trilhões e um capital equivalente a cerca de 7% do total de ativos. Mas sob as regras internacionais, onde alguns ativos fora do balanço patrimonial, como os derivativos, são contabilizados, de acordo com a Bloomberg, o JPMorgan seria o maior do mundo, com ativos de US $ 4,5 trilhões e capital igual a menos de 4% dos ativos. Quanto maior as taxas de capital dos bancos, menos propensos a enfrentar problemas de liquidez e solvência.

Fonte: Aqui

Fraude na cooperativa

A Cooperativa dos Pecuaristas, Agricultores e Cafeicultores de Minas Gerais (Copacafé), com sede em Perdões e filiais em seis municípios do Estado, enfrenta o pior desafio de sua história de três décadas e meia. Os 3,7 mil cooperados, incluindo os produtores de café e de leite ligados à Copacafé-Leite, braço de lácteos da cooperativa criado em 2010, depararam-se desde o início do ano com denúncias de irregularidades que podem resultar em desvios de R$ 10 milhões a R$ 11 milhões, valor equivalente ao desaparecimento de 30 mil sacas de café, conforme Pedro Junqueira Ferraz, presidente da comissão provisória instalada para dirigir a cooperativa. (...)

O prejuízo a ser enfrentado por eles recai sobre denúncias de irregularidades praticadas pelo ex-diretor comercial e vice-presidente, Flávio Castello Branco, destituído em janeiro durante a assembleia que formou a comissão provisória, e desde então não foi mais encontrado na cidade. (...)

De acordo com a ata da assembleia de 14 de janeiro, a análise contábil de 2011 da cooperativa constatou um endividamento bancário da ordem de R$ 13 milhões e que a receita apurada de cerca de R$ 8 milhões somente poderia ser obtida com a venda de café. Porém, constatou-se que o produto era comercializado como se pertencesse à cooperativa e não aos cooperados. Ainda como consta na ata, o futuro loteamento que seria feito na área adquirida pela cooperativa pela compra da empresa Alimentos Rio Grande Indústria e Comércio, em Manhuaçu, seria suficiente para pagar o café dos cooperados que foi indevidamente usado.(...)


Denúncias de fraude agitam mineira Copacafé - 21 de Fevereiro de 2013 - Valor Econômico - Carine Ferreira e Janice Kiss

Custo Perdido


O custo perdido é um dos conceitos mais difíceis da área contábil financeira. Basicamente diz que devemos considerar somente o futuro no processo decisório. Entretanto, inúmeros exemplos mostram que as pessoas caem na falácia do custo perdido: consideram o que foi gasto no passado para suas decisões. Segundo James Surowiecki (The Sunk-cost Feeling, New Yorker, 21 de janeiro de 2013)

O dilema do custo perdido não é somente sobre desperdício. É sobre reputação. 

Ou seja, o tomador de decisão que cometeu o erro no passado fica com medo do seu erro. No texto é citado um exemplo interessante de situação onde ocorreu o problema do custo perdido. Trata-se da NFL, onde os atletas selecionados na seleção (draft) por valores melhores jogam consistentemente mais que aqueles que também foram escolhidos, mas por um valor menor. Isto mesmo depois de considerar seu desempenho.

James Buchanan

Mr Buchanan was an outlier in his field. He eschewed the profession’s embrace of complex models and maths in favour of serious reflection on political philosophy (leading some to dismiss him, wrongly, as a lightweight). A Tennessean by birth, he mistrusted north-eastern elites and spent most of his career at universities in Virginia. He challenged his profession’s casual treatment of variables such as economic cost, which he considered to be a deeply subjective matter. He adopted heterodoxies such as a 100% inheritance tax, on egalitarian grounds. Yet his greatest contribution was in the realm of political economy.


His interest in the workings of the state reflected its growing importance. From having only a minimal role in pre-industrial days, Leviathan came to control swathes of economic activity as the 20th century progressed. National-security demands were partly responsible. Government responses to market failures, from unscrupulous business practices to the trauma of the Depression, also played their part. As demands on the state grew, so too did the need to understand its behaviour.
Mr Buchanan was one of a small group of economists wondering whether the state was up to the task. Untrammelled markets may fail—by producing more pollution than society as a whole would prefer, for example. That creates the potential for welfare-improving government intervention, such as a tax on pollution. Yet there is no guarantee a state will get it right. Whether interventions are justified, Buchanan pointed out, depends on whether government officials are motivated by self-interest as well as a sense of public duty. Weighing up the pros and cons of policy choices requires an unsentimental view of government actions, a position he called “politics without romance”. In exploring this he helped create public-choice theory.
Public-choice economics assumes that government figures are merely human. They should be expected to look out for themselves rather than to act as saintly public stewards. It is a cynical (and, some might say, obvious) approach but a useful one. John Maynard Keynes may have been spot-on in concluding that big government deficits could boost a sagging economy. But Mr Buchanan reckoned such arguments led to a slow erosion of the “old-time fiscal religion” that taxes should be raised to meet government obligations. This made spending less politically costly, because politicians no longer felt under pressure to pair new spending with higher taxes. That, he rightly predicted, would lead to an era of persistent, big fiscal deficits and growing debt.
Public-choice analysis quickly provided the lens through which government action is now viewed. Legislators may “logroll”, for instance, striking deals with colleagues to pass measures that benefit small groups but are of dubious value to the general public. Governments are racked by “rent-seeking”, whereby firms aim to capture financial returns through special government privileges or monopoly rights. A construction company may spend its time lobbying for government contracts rather than courting private business, for example. That absorbs not only the resources of the firm eventually granted the privilege but also those of other firms competing for the same entitlement. As opportunities for rent-seeking expand, they siphon off resources from productive activities in the private sector and towards competition for government largesse. Public-choice theory counsels caution and care in expanding the role of the state.
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