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Mostrando postagens com marcador lucro. Mostrar todas as postagens
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12 maio 2020

Grandes perdedores

Eis uma listagem de algumas grandes empresas:
Na primeira coluna, o nome; logo a seguir, o setor de atuação. O valor de mercado está na terceira coluna e a mudança neste valor, em 2020, logo a seguir. O que estas empresas possuem em comum? Todas elas NUNCA geraram lucro anual.

Seria interessante guardar este lista e verificar em alguns anos se faz sentido o elevado valor destas empresas, mesmo sem lucro. 

12 fevereiro 2020

12 maio 2019

Esse negócio de dar lucro está ultrapassado

Um texto hilário, criativo e inteligente, indicado pelo professor Cláudio Santana.

Carlos Sandoval é um executivo fictício fruto da imaginação de Ricardo Mioto, que está lançando pela Record o livro "Breve História Bem-Humorada do Brasil". (Que pretendo ler em breve! Este texto foi muito bem escrito e espero que o livro seja tão prazeroso quanto.)

Meu nome é Carlos Sandoval e sou CEO de uma grande empresa brasileira. Venho a público pedir um pouco de paciência aos acionistas com os nossos prejuízos. A culpa é dos ‘não recorrentes’ — nossa não recorrência de vendas, por exemplo. Veja que houve imprevistos cambiais também. Tivemos azar. Se a cotação do dólar estivesse no patamar de 2016 na hora em que fechamos as vendas e no nível de 1995 quando compramos os insumos, teríamos ganhado um caminhão de dinheiro. Só um cego não enxerga o potencial deste negócio.

É verdade que estamos um pouco alavancados. Fizemos uma conta aqui. Pegue nosso prejuízo líquido de R$ 232 milhões, impactado pelo custo da dívida. Agora pense no que eu sempre digo para os nossos jovens talentos: temos que fazer benchmark com os melhores. No caso, o governo japonês. Se conseguíssemos renegociar os juros que pagamos, levando-os a valores negativos, podemos multiplicar nossa dívida por 40 e teremos lucro líquido de R$ 32 bilhões no próximo ciclo.

Sugeri apresentar esse número no balanço como o “lucro líquido ajustadíssimo”. Disseram que não é esse o conceito de ajuste. Propus então “lucro líquido projetado disruptivo”, porque “disruptivo”, “omnichannel” e “digital first” sempre pegam bem. Os auditores, chatíssimos, disseram que ficaria estranho. Estranho é o sujeito escolher passar a vida fuçando o balanço alheio.

Já o pessoal da nossa agência de publicidade, que estava aqui no dia, adorou a ideia. Quer dizer, tenho a impressão que não entenderam bem a coisa dos juros, mas apoiaram com entusiasmo — é assim que eu gosto, tem que estar no barco. Commitment! Agora estou sugerindo ao conselho que nossos balanços passem a ser auditados pela McCann.
[...]

Leia aqui o texto completo.

23 julho 2018

Lucro Perdido das Nações

Entre 1985 a 2018, a alíquota de imposto de renda mundial caiu de 49% para 24%. Recentemente, os Estados Unidos reduziram sua alíquota. Parece existir uma guerra tributária para atrair os investimentos das empresas.

As empresas multinacionais estão usando alguns países para fugir dos impostos que deveria arrecadar em outros locais. O problema da Apple, Irlanda e Comunidade Europeia diz respeito a isto. Um dado interessante mostra que a Google teve receita de 19 bilhões de dólares em Bermudas, onde a alíquota para empresa é de zero por cento.

Pelas nossas estimativas, cerca de 40% dos lucros das multinacionais foram artificialmente transferidos para paraísos fiscais em 2015. Essa evasão fiscal maciça - e a incapacidade de contê-la - estão, na verdade, levando cada vez mais países a desistir de tributar empresas multinacionais. O declínio da alíquota do imposto corporativo é o resultado de políticas falhas em países com impostos altos, não um subproduto necessário da globalização.

18 agosto 2014

Lucro, Pasadena, Decisão

Na recente divulgação do resultado da empresa Petrobras informou-se que a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi a única a registrar lucro no primeiro semestre, de US$130 milhões.  Os acusados de terem feito um negócio ruim na compra da refinaria indicaram que irão usar esta informação na defesa junto ao TCU. Isto não se sustenta por três fortes motivos, novamente relacionados à melhor técnica de decisão de investimento, que os gestores insistem em negar.

Em primeiro lugar, a informação refere-se ao lucro. Mas tradicionalmente neste tipo de decisão é utilizado o valor do caixa. Neste caso, deve-se verificar o montante de caixa que a unidade estaria gerando, nunca o lucro. Este é um erro muito grosseiro, que não deveria ser cometido por gestores e ex-gestores “qualificados”.  Espera-se que o Tribunal de Contas da União não seja tão inocente em aceitar este argumento.

Em segundo lugar, trata-se de uma informação pontual, de seis meses somente. Isto se torna mais grave quando sabemos que foi a primeira vez que a unidade registrou lucro, desde que a informação foi consolidada em 2012. Como existe o pressuposto do “valor do dinheiro no tempo”, a geração de um resultado positivo somente agora, muitos períodos depois da compra, depõe ainda mais contra a decisão.


Finalmente, e talvez mais importante, a análise do TCU deve focar no momento em que a decisão foi tomada pela empresa. Ou seja, há oito anos, quando a empresa adquiriu metade da refinaria por 360 milhões de dólares  e cujo contrato obrigava a compra do restante, que resultado no grande prejuízo para a empresa. Somente ao recuar no tempo é que o TCU poderá determinar a qualidade da decisão. É bem verdade que esta análise deverá ser mais probabilística do que determinista. A tarefa do TCU é inglória já que é muito difícil de comprovar, na prática, que a compra foi realizada com a intenção de provocar prejuízo na empresa. Erros no processo decisório podem ocorrer por várias razões, como acasos, informações incompletas, incompetência dos gestores e até por motivos escusos. 

08 agosto 2014

Lucro com Contabilidade

Uma empresa, a Sage Works, analisou a margem de lucro de diversos setores nos EUA e chegou a uma conclusão interessante: o setor mais lucrativo era o contábil, incluindo impostos, folha de pagamento e outros, com margem de quase 20%. Mais que médicos e advogados.

28 fevereiro 2014

Frase

Lucro da Petrobras é contábil

(Da manchete do Correio Braziliense, 27 de fevereiro de 2014, p. 11)

27 fevereiro 2014

Efeito Refis

A Vale registrou prejuízo de R$ 14,868 bilhões no quarto trimestre de 2013, após assumir (1) uma dívida de R$ 22 bilhões com o Refis, referente ao pagamento de Imposto de Renda de controladas no exterior. A perda (2) é maior do que a esperada pelo mercado e praticamente zerou os ganhos dos trimestres anteriores, levando a mineradora a um lucro de apenas R$ 115 milhões em 2013, contra um lucro de R$ 9,7 bilhões em 2012. Excluído o efeito do acordo com o governo para adesão no Refis, a Vale teria obtido um ganho (3) de R$ 26,47 bilhões em 2013 e um resultado positivo de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre –inferior ao registrado no terceiro trimestre (R$ 8,3 bilhões, usando o mesmo critério do chamado lucro básico, que desconta alguns efeitos atípicos). No quarto trimestre do ano passado, o lucro havia sido de R$ 7,95 bilhões

(1) ou seja, registrar o passivo
(2) prejuízo, não perda.
(3) ou seja, lucro

25 fevereiro 2014

Lucro do Bacen

Com reservas cambiais de US$ 377 bilhões, e uma desvalorização nominal da taxa de câmbio de 14,6% (a desvalorização real é estimada na Pesquisa Focus em 10,4%), em 2013, não é surpresa o resultado positivo do Banco Central (BC) de R$ 31,9 bilhões, dos quais R$ 17,7 bilhões obtidos no primeiro semestre e R$ 14,2 bilhões, no segundo. "Quando o valor das reservas (expressas) em real aumenta, a gente tem um ganho em reais", notou o chefe do Departamento de Contabilidade e Execução Financeira do BC, Eduardo Rocha.
Mas esse lucro do Banco Central é contábil. Decorre da administração das reservas internacionais e das operações com derivativos (swaps) cambiais. Embora sua transferência para o Tesouro Nacional já esteja marcada (ocorrerá até 2 de março), o lucro só pode ser empregado para abater dívida, segundo as regras oficiais. Não pode, portanto, ser empregado para elevar gastos fiscais.
A constatação não é novidade, mas se deve enfatizá-la num governo que tende a gastar mais do que arrecada e que acaba de anunciar um superávit primário ligeiramente mais elevado, neste ano, para enfrentar as desconfianças internas e externas.
O resultado do BC tem como origem a diferença entre receitas e despesas com juros que incidem sobre as operações em moeda local e com o reembolso do custo de captação das reservas internacionais. Assim como houve lucro, em 2013 - explicável pela valorização das reservas -, poderia ter havido prejuízo contábil, caso o real se tivesse valorizado. Foi o que ocorreu, por exemplo, em 2009. Houve uma expressiva desvalorização do dólar e o Banco Central teve, naquele ano, prejuízo contábil de R$ 4,86 bilhões no item moedas estrangeiras da demonstração de resultados do balanço.
Mais importante é que, ante o expressivo lucro contábil do ano passado, um recorde na história do Banco Central, não se ignore que a manutenção das reservas cambiais tem custos para o País. Um deles é que o governo tem de emitir títulos públicos para adquirir moeda estrangeira - e a remuneração que paga aos tomadores dos papéis governamentais é superior àquela que obtém aplicando as reservas no exterior.
Outro custo é o da venda de swaps no mercado local, para evitar oscilações excessivas do câmbio. No ano passado, o BC perdeu R$ 2,4 bilhões com essas operações de venda de dólares no mercado futuro. Evita-se, com o mecanismo dos swaps, o risco de perda de reservas, mas não o ônus fiscal.
Fonte: aqui

21 fevereiro 2014

Lucros no exterior

O prazo para que as empresas possam abater prejuízos obtidos em países estrangeiros do lucro apurado em outros pode ser aumentado pelo Congresso. A possibilidade foi aberta pelo governo pela primeira vez com a Medida Provisória 627, editada em novembro do ano passado, mas estava restrita a um período de teste de apenas quatro anos. Valeria, portanto, apenas até 2017. O relatório da MP, que será apresentado nesta quarta-feira (19) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), irá alongar o prazo para 2020

Fonte: Aqui

09 outubro 2013

Receita e Empresas

Segundo matéria do Estado de S Paulo, a "Disputa entre Receita e empresas está perto do fim". Refere-se a questão tributária dos lucros de subsidiárias no exterior.

O governo deve editar, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) que vai permitir, pelo prazo de quatro anos, que empresas brasileiras com subsidiárias no exterior consolidem seus resultados em um único país, desde que não seja em um paraíso fiscal.

Dessa forma, o governo espera resolver uma briga na Justiça, estimada em R$ 70 bilhões, sobre a cobrança do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre os ganhos obtidos no exterior. A operação, chamada de consolidação vertical dos resultados no exterior, é um pleito antigo das empresas. Ela possibilita uma espécie de compensação de prejuízos e lucros de controladas e coligadas em países distintos. Permitida nas economias avançadas, ela é proibida no Brasil.
O governo também determinará que, ao ingressar com o lucro no País, as empresas terão de pagar a eventual diferença de alíquota existente entre o IR e a CSLL paga no exterior e a cobrada aqui.

Assim, por exemplo, se a empresa recolher 25% lá fora, terá um adicional a pagar. A alíquota no Brasil é de 34%, considerando os dois tributos.(...)

A Receita Federal era contrária à compensação vertical proposta. Ela temia que as empresas fizessem o chamado planejamento tributário e pagassem menos imposto a partir da geração de prejuízos em outros países.(...)

A Receita Federal tem um histórico de inviabilizar algumas decisões de governo ao definir os critérios para aplicação da medida.

17 agosto 2013

Balanços do Segundo Semestre

A safra de balanços do segundo trimestre mostrou que os empresários estão se adequando rapidamente à nova realidade da economia. A receita das companhias abertas subiu apenas 5,5% em relação ao mesmo período de 2012, menos que a inflação acumulada no período. Ainda assim, o lucro (1) avançou 29,3%, para R$ 10,1 bilhões, considerando-se os balanços de 205 companhias de capital aberto apurados pelo Valor Data com base nos dados da Economática.

Empresas Freiam Expansão e Procuram Rentabilidade - Marina Falcão - Valor Econômico - 16/08/2013

(1) O texto não informa qual lucro. Provavelmente o lucro líquido.

Cartoon adaptado daqui

17 dezembro 2012

Imposto, Margem e Automóveis

O texto a seguir discute a questão do elevado preço dos automóveis no Brasil. É um bom exemplo para discutir a questão do custo Brasil, da margem praticada pela indústria e do peso dos impostos:

Os dirigentes das montadoras disseminam há décadas a tese de que a causa do alto preço do carro no Brasil é o imposto. O mantra pegou e é quase senso comum que a carga tributária é que faz o brasileiro pagar o carro mais caro do mundo.

Outro fator que costuma ser citado é o custo Brasil, um conjunto de dificuldades estruturais e burocráticas, destacando-se a falta de qualificação profissional e uma estrutura logística cara, insuficiente e arcaica.

As enormes dificuldades que o empresário enfrenta para produzir no Brasil explicam, em parte, o alto preço praticado --não apenas do carro, mas de em qualquer produto.

Mas impostos nem o custo Brasil justificam os US$ 37.636 que o brasileiro para por um Corolla, enquanto o seu colega americano paga US$ 15.450. Na Argentina, país mais próximo tanto geograficamente quanto em relação às dificuldades e problemas, o Corolla também custa mais barato: US$ 21.658.

No Paraguai, o consumidor paga pelo Kia Soul US$ 18 mil, metade do preço no Brasil. Ambos vêm da Coreia. Não há imposto que justifique tamanha diferença. O Volkswagen Jetta custa R$ 65 mil no Brasil, menos de R$ 40 mil no México e R$ 30 mil nos EUA (...)
(...) A chegada dos chineses desvendou o mistério. Equipados e baratos, ameaçaram as marcas tradicionais.

O QQ, da Chery, chegou recheado de equipamentos, alguns inexistentes mesmo em carros de categoria superior, como airbags, freio ABS, sistema de som e sensor de estacionamento. Preço: R$ 22.990. Mas daria pra vender por R$ 19,9 mil, segundo uma fonte da importadora, não fosse a pressão dos concessionários por uma margem maior.

Em março de 2011, a também chinesa JAC Motors começou a vender no Brasil o J3 por R$ 37,9 mil. Reação imediata: a Ford reposicionou o Fiesta hatch, passou a vender o carro pelos mesmos R$ 37,9 mil e instalou nele alguns dos equipamentos que o chinês trazia de série, mas apenas em São Paulo, Rio e Brasília --onde o J3 ameaçava o concorrente.

Mesmo assim, as montadoras instaladas no Brasil se sentiram ameaçadas e, argumentando a defesa do emprego na indústria nacional, pediram socorro ao governo, sendo prontamente atendidas: medida editada em setembro de 2011 impôs super IPI às empresas que não têm fábrica no país. Pela primeira vez, a Anfavea (associação das montadoras), cujos associados não foram atingidos pelo imposto extra, não se rebelou contra nova carga tributária. (...)


O "lucro Brasil" das montadoras - JOEL SILVEIRA LEITE - Folha de S Paulo

03 novembro 2012

Lucro no Terceiro Setor

Quando fundou o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), em 1995, o engenheiro agrônomo Luís Fernando Guedes Pinto tinha como desejo trazer ao Brasil o universo das certificações socioambientais, um terreno inexplorado à época. Não demorou muito para que a sigla FSC (Forest Stewardship Council), que certifica produtos florestais com manejo sustentável, se tornasse conhecida por aqui. Hoje o selo verde estampa de lápis a papel higiênico, passando pela madeira extraída de forma controlada na Amazônia - e ajuda a fortalecer a renda de 30 mil trabalhadores em 500 comunidades, de pequenos agricultores a ribeirinhos e indígenas.

(...) O esforço de mostrar que é possível produzir com baixo impacto ambiental e alto ganho social rendeu ao engenheiro agrônomo e seu Imaflora um lugar na lista de seis finalistas do Prêmio Empreendedor Social, iniciativa promovida no Brasil pela Fundação Schwab - organização com sede na Suíça, criada por Klaus Schwab, idealizador do Fórum Econômico Mundial - em parceria com o jornal " Folha de S.Paulo ".

(...) Uma tendência, porém, se destaca: o aumento da participação dos negócios sociais, que visam o lucro como qualquer outro negócio, mas acreditam que sua função primordial é causar impactos positivos na sociedade. (...)

Para especialistas, a eclosão dos negócios sociais aponta uma nova etapa na gestão das questões socioambientais no mundo empresarial. Agora, a responsabilidade social e a filantropia corporativa deixam de ser os principais canais de atuação e as ações individuais ganham espaço. "É uma nova visão da responsabilidade socioambiental. Há um modernismo de atitude na criação dos negócios sociais, uma capacidade ímpar de gerir os recursos para gerar um benefício maior", afirma Sheila Villas Boas Pimentel, presidente do Instituto Humanitare, organização que busca aproximar a sociedade civil dos temas propostos pela ONU e fez parte júri do Prêmio Empreendedor Social.


Empresa social também pode lucrar - 1 de Novembro de 2012 - Valor Econômico - Andrea Vialli

02 agosto 2012

Meta da Apple não é dinheiro


Durante uma conferência do grupo British Business, que reúne executivos do mundo todo, Sir Jonathan Ive declarou que a Apple está mais comprometida em “criar grandes produtos” do que em ganhar dinheiro.

“Nossa meta não é ganhar dinheiro. Isso pode soar petulante
[Ahn!? Nunca! Ha!], mas é verdade”, disse o chefe de design da empresa. “Nossa meta, e aquilo que nos empolga, é criar grandes produtos. Nós acreditamos que, se tivermos sucesso, as pessoas vão gostar deles, e se formos competentes nas nossas operações, teremos lucro, mas nossa meta é muito clara”.

Levando em conta que o valor estimado da
Apple ultrapassa $550 bilhões (mais de 1 trilhão de reais) e que, atualmente, a empresa está movendo um processo bilionário contra a Samsung, as declarações de Sir Ive devem gerar polêmica.

Crise e foco
Durante sua fala, ele relembrou a época em que entrou para a Apple, em 1992. Era um momento de crise e, segundo ele, de grande aprendizado. “A Apple estava muito perto da falência e da irrelevância, [mas] você aprende muito sobre a vida por meio da morte”, disse.

“Você pensaria que, quando o que há entre você e a falência é dinheiro, seu foco seria ganhar mais dinheiro, mas essa não era a preocupação [de Steve Jobs]“. De acordo com Ive, Jobs concluiu que os produtos da empresa não eram “bons o suficiente”, e que mudar esse quadro poderia evitar o fim da empresa.

Esse alto nível de exigência, curiosamente, quase evitou que o iPhone, um dos produtos mais vendidos da Apple, fosse às lojas. Um dos principais problemas do aparelho era que os usuários poderiam ativar acidentalmente a tela de toque com a orelha enquanto atendiam a uma ligação. Corrigir esta e outras falhas exigiu meses de testes e estudos.

Ive aproveitou para criticar a ideia de que realizar pesquisa de mercado é a chave para o sucesso. “Não fazemos pesquisa de mercado. Não focamos, absolutamente, em grupos. Isso seria uma negação de responsabilidade por parte do designer, e uma busca por política de seguros no caso de algo dar errado”.

Fontes: The Telegraph e HyperScience

29 junho 2012

Qualidade do lucro

EARNINGS QUALITY: ANÁLISE EMPÍRICA DOS ACCRUALS CONTÁBEIS APLICADA AO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

O lucro é utilizado como fonte principal dos usuários de informações contábeis. Assim, a qualidade do lucro tem relevância no cenário nacional, principalmente no auxílio ao processo decisório. Nesse sentido, o artigo busca verificar a relação entre os níveis de accruals (proxy para qualidade do lucro) e fluxos de caixa de empresas brasileiras, baseando-se na premissa de que maiores accruals acompanhados pormaiores lucros sugerem baixa qualidade dos mesmos. Para isso, foi utilizada estatística descritiva e regressão linear simples. Os resultados indicam que os aumentos nos lucros, acompanhados de aumentos nos accruals sugerem baixa earnings quality. Foi observado, ainda, que empresas com grandes accruals apresentam uma relação inversa com os fluxos de caixas e, também, lucros elevados. Esses resultados sugerem que os valores podem estar sendo influenciados por manipulação dos componentesdiscricionários dos accruals.

Isabel Cristina Henriques Sales, Pedro Henrique Duarte Oliveira, Luciana Miyuki Ikuno, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda, Jomar Miranda Rodrigues

Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 17, n. 1, 2012

19 janeiro 2012

Qualidade do lucro

Aqui um texto interessante sobre a qualidade do lucro. Como as empresas são muitas vezes pressionadas a ter determinado desempenho esperado pelo mercado, "jogos" contábeis, muitos deles legais, são feitos para aumentar o lucro.

O índice consiste basicamente em comparar o lucro obtido pelo regime de competência em relação ao seu fluxo de caixa. Empresas com valores elevados tendem a ter problemas no seu resultado no futuro, incluindo surpresas negativas nos lucros.

Ou seja, é um índice para indicar quais empresas você deve evitar ao fazer o investimento.

13 dezembro 2011

Caixa e Lucro


Mas analistas e especialistas em contabilidade estão também preocupados com uma tendência de longo prazo que eles dizem que acende um sinal vermelho: o caixa que a Avon tem disponível para coisas como pagar dividendos, recomprar ações e reduzir dívida ficou abaixo dos lucros que ela divulgou na maioria dos últimos dez anos. A ação da Avon já caiu mais de 40% este ano.


Analistas e contadores dizem que lacunas persistentes entre caixa e lucro geralmente indicam que os investimentos da empresa não estão dando muito retorno, ou que seu lucro líquido não reflete toda a depreciação e outros custos desses investimentos. O lucro líquido representa o faturamento menos custos e a depreciação dos ativos da empresa.


Como o fluxo de caixa disponível e o lucro líquido tendem a se equilibrar no longo prazo, hiatos persistentes entre os dois podem ser um arauto de futuras baixas contábeis ou queda no lucro.


"Há algo errado", diz Charles Mulford, um professor do Instituto de Tecnologia da Georgia especializado em fluxo de caixa. "Você vê nisso um sinal de uma futura queda no lucro", diz ele.


Embora investidores tendam a prestar atenção aos lucros, especialistas em contabilidade geralmente vão mais fundo para ver se o resultado final de uma empresa reflete o dinheiro que ela de fato pode gastar. Fluxo de caixa disponível — também conhecido como fluxo de caixa livre, ou operacional — é a quantidade de dinheiro gerado pelas operações menos os gastos de capital, tais como novas fábricas, equipamentos ou sistemas de distribuição.


O fluxo de caixa disponível muitas vezes fica abaixo do lucro líquido em empresas iniciantes, porque elas estão investindo muito em seu futuro. Mas ele geralmente começa a exceder o lucro líquido conforme a empresa amadurece e seus investimentos iniciais de capital começam a gerar retornos.


A Avon já disse que segue os princípios contábeis americanos estritamente, e que a lacuna entre seu fluxo de caixa livre e o lucro líquido decorre principalmente de uma má gestão de seu estoque, de uma série de despesas não recorrentes ao longo dos anos e de investimentos, a partir de 2007, em novos centros de distribuição no Estado americano de Ohio, no Brasil e na Colômbia.


Wall Street Journal

11 outubro 2011

TCU fiscaliza o lucro

O Tribunal de Contas da União (TCU) baixou um acórdão estabelecendo o teto de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) para serviços e obras públicas de engenharia. O BDI é a soma do lucro, dos impostos e das despesas indiretas que um empreendedor tem na obra. Junto com os custos diretos, ele compõe o preço global do empreendimento. (...) 

TCU aponta teto para lucro em obra pública - Valor Econômico (via aqui) - 7 out 2011 - Imagem aqui

O TCU adota uma estratégia errada. Em lugar de batalhar para aumentar o número de concorrentes participantes numa obra pública, a imposição de regras e tabelamentos de lucro é nociva. Parece uma visão arcaica de que o lucro é algo imoral.

10 agosto 2011

Lucro da Disney em 'tempos turbulentos'

A Walt Disney Company anunciou hoje que seu lucro líquido no terceiro trimestre fiscal (encerrado em 2 de julho) avançou 10,89%, para US$ 1,476 bilhão, de US$ 1,331 bilhão no mesmo período do ano passado. O lucro por ação foi de US$ 0,77, ante US$ 0,67.

Segundo a companhia, o lucro do trimestre inclui um encargo de US$ 34 milhões com reestruturação e deterioração. Sem esse item, o lucro por ação avançou 16%, para US$ 0,78, de US$ 0,67 no mesmo período do ano anterior. A receita teve alta de 6,73%, para US$ 10,675 bilhões. Economistas ouvidos pela Thomson Reuters previam lucro de US$ 0,73 e receita de US$ 10,46 bilhões.

"Nosso terceiro trimestre demonstra o contínuo fortalecimento do nosso segmento de mídia, incluindo a ESPN, além de parques, resorts e produtos para o consumidor", disse Robert Iger, presidente e executivo-chefe da Disney. "Nesses períodos turbulentos, nossa companhia e sua gama de fortes marcas estão bem posicionadas". As informações são da Dow Jones.

Por Álvaro Campos - Agência Estado