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Mostrando postagens com marcador bancos. Mostrar todas as postagens
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09 setembro 2020

IFRS 9 e a recessão


 

Eis um trecho de um artigo da PwC (grifo do blog):

Até agora, bilhões foram contabilizados em provisões incrementais, enquanto a inadimplência ainda está para aumentar. Em muitos casos, a inadimplência nem mesmo ocorreu graças aos feriados de pagamento e ao enorme apoio governamental. Tão enorme, na verdade, que alguns indivíduos se descobriram melhor do que antes. Para os bancos, isso significa algumas coisas. Em primeiro lugar, é provável que haja perdas. As provisões retiradas serão consumidas à medida que as inadimplências atrasadas se concretizarem. Em segundo lugar, o risco continuará a ser muito difícil de medir. Simplificando, as regras normais não se aplicam. Estar desempregado ou não lucrativo geralmente reduz a capacidade de pagamento, o que leva à inadimplência e, em última instância, à inadimplência - não é verdade (imediatamente, pelo menos) quando o dinheiro está de graça e os reembolsos estão em espera.

(Imagem: aqui)

27 março 2020

Contra a pandemia, adiamento da norma contábil

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou duas novas medidas com objetivo de garantir a capacidade de bancos de realizarem empréstimos empresas e famílias. Uma delas é a autorização para que instituições bancárias possam implementar a chamada “Abordagem Padronizada para Medição de Risco de Crédito”. O instrumento, que só entraria em vigor para os contratos firmados a partir de abril, consiste em uma série de mudanças na maneira pela qual os bancos devem classificar a exposição de derivativos. A autoridade monetária também anunciou o adiamento, em dois anos, da implementação da normal contábil conhecida como “Perda de Crédito Esperadas” (CECL, na sigla em inglês).

Fonte: aqui. Mais aqui

12 fevereiro 2020

29 junho 2018

Teste de Stress nos Bancos

Sobre o teste de stress (e após o resultado do Deutsche Bank nos EUA), comentários da Bloomberg:

Os bancos geralmente têm duas maneiras de absorver perdas - reservas para perdas de empréstimos, provisões e capital. Enquanto os bancos separam as contas em suas demonstrações financeiras e em registros regulatórios, o dinheiro é realmente o mesmo. As pessoas geralmente pensam em provisões e capital, como dinheiro que o banco escondeu para cobrir perdas, em um lugar seguro, sem ser tocado. Na realidade, nada é menos verdadeiro; todo esse dinheiro circula pelo banco. A grande diferença tem a ver com a contabilidade. (...)

Não obstante, os testes de estresse - na verdade, todo o regime regulatório da crise pós-financeira - enfatizaram muito o capital. Há uma razão para isso. O capital é mais flexível e pode ser aplicado a qualquer perda do banco. As provisões têm de ser designadas, não apenas para perdas com empréstimos, mas para os tipos específicos de empréstimos potencialmente ruins que foram reservados para cobrir.

Essa ênfase teve o efeito desejado. Os bancos têm muito mais capital do que antes da crise financeira. As contas provisionais, por outro lado, são tão superficiais quanto eram antes da crise. As regras contábeis também podem limitar a quantidade de bancos que podem receber provisões.

Uma conseqüência não intencional é que, embora os testes de estresse tenham tornado os bancos mais seguros em geral, eles podem estar tornando seus ganhos mais incertos para os investidores.

25 janeiro 2018

Solvência, Comparabilidade

A noção de solvência de uma instituição financeira é um dos pilares da regulação bancária do mundo atual. Basicamente, isto é derivado do acordo de Basileia II. Este acordo permitiu que os bancos usassem uma abordagem de risco interno para “quantificar seus requisitos de capital de risco”. O acordo de Basileia incluiu uma abordagem simplificada que poderia ser usada por instituições menores.

Ao optar por isto, prejudicou a comparabilidade e incentivou os bancos a usar suas estimativas de maneira favorável. Mais ainda: os índices extraídos desses modelos passaram a depender da origem da instituição. Este debate é importante para a contabilidade não somente pela discussão relacionada com a regulação, mas também pelo fato de que algumas normas contábeis caminham por usar modelos “internos” de risco, o que afetaria a comparabilidade. (Mas ajudaria na relevância e na representação fidedigna?)

Dois pesquisadores fizeram uma análise comparativa do risco na comunidade europeia para tentar verificar se a sede do banco (e a origem da supervisão bancária) afeta o resultado. E a resposta foi positiva, já que as próprias regras internas mudam. Os pesquisadores usaram dados de mais de 130 bancos, de 24 países europeus. E isto tem efeito sobre o risco bancário de cada país:

há diferenças estatisticamente significativas e economicamente importantes relacionadas ao país em que o banco está sediado. Isso fornece evidências de que os padrões são implementados de forma diferente da jurisdição para jurisdiç
ão.

29 novembro 2017

Setor financeiro na Rússia

QUANDO Elvira Nabiullina assumiu o governo do Banco Central da Rússia (CBR) em 2013, ela enfrentou um setor financeiro inchado e com mais de 900 bancos. Desde então, mais de 340 perderam suas licenças. Outros 35 foram resgatados, incluindo, nos últimos meses, Otkritie, o maior credor privado do país por ativos, e o B & N Bank, 12º maior. Os custos foram íngremes. De acordo com a Fitch, uma agência de rating, mais de 2,7 trn rublos (US $ 46 bilhões, cerca de 3,2% do PIB em 2016) foram gastos em empréstimos a bancos resgatados e pagamentos a depositantes segurados. A Fitch calcula que algumas centenas de bancos poderiam fechar antes do encerramento da limpeza. Os maiores bancos privados podem estar entre eles.

(Continue lendo aqui)

15 julho 2014

Devido à regulamentação, bancos encolhem operações

A sala de negociações do banco UBS AG em Stamford, Connecticut, costumava ser apinhada de operadores, ocupando um espaço igual a dois campos de futebol. O livro "Guinness World Records" reconheceu o lugar como a maior sala desse tipo do planeta. E o banco suíço costumava exibi-la como prova de sua forte presença em Wall Street.
Stu Taylor, um ex-diretor de negociações do UBS que agora dirige a empresa de tecnologia de negociação Algomi Ltd., lembra de convidados sendo levados até a galeria frequentemente. "Era um lugar para ser mostrado", diz ele.
Hoje, já não há operadores gritando em seus telefones ou monitorando terminais. A sala cavernosa do UBS agora está ocupada por funcionários dos setores administrativo, jurídico e de tecnologia, segundo pessoas próximas ao banco.
Uma porta-voz do UBS afirmou que o espaço foi construído para 1.400 operadores, mas não revelou o número de funcionários que hoje ocupa o local.
Uma redução profunda na atividade de negociação de todo tipo de ativos, de ações a títulos de dívida e até câmbio, está mudando o perfil de Wall Street. Operações que contribuíam desproporcionalmente com a receita dos maiores bancos do mundo agora estão cortando vagas e semeando temores de um declínio permanente.
Os mercados atuais são "um tédio", diz Thomas Thees, um ex-diretor de negociação de crédito para América do Norte do Morgan Stanley e ex-codiretor de renda fixa do Jefferies Group. "Isso está afetando as oportunidades de ganhar dinheiro, e consequentemente os lucros que esses negócios podem fornecer."
O faturamento global de operações de renda fixa, câmbio e commodities, ou FICC (na sigla em inglês), caiu para US$ 112 bilhões no ano passado, um recuo de 16% ante o ano anterior e de 23% ante 2010, segundo o Boston Consulting Group.
À medida que grandes bancos com volumosas operações de negociações comoJ.P. Morgan Chase & Co., Goldman Sachs Group Inc.e o Citigroup Inc. divulgam seus resultados do segundo trimestre nesta semana, investidores e analistas buscarão sinais que indiquem se a retração é temporária ou permanente.
As forças investidas contra as operações de negociação dos bancos são poderosas. Desde a crise financeira, reguladores limitam sua capacidade de tomar riscos com dinheiro próprio, o que elevou os custos do processo, levando muitos a recuar ou mudar de rota. Ao mesmo tempo, os mercados globais entraram numa trajetória de estabilidade inusual que amorteceu o desejo dos clientes de fazer negócios.
"Está absolutamente morto", diz Jarrod Dean, um operador de títulos de dívida municipal da Sierra Pacific Securities em Las Vegas. Os volumes negociados desses papéis caíram 30% desde agosto, diz ele, enquanto os lucros recuaram mais de 70%.
O mal-estar levou a um êxodo de operadores de grandes empresas para as pequenas firmas que são menos sujeitas a supervisão do governo. No fim do ano passado, a Sound Point Capital Management LP, uma administradora com uma carteira de US$ 5,2 bilhões focada no mercado de crédito, roubou cinco analistas e operadores de crédito da UBS.
O ambiente barulhento que costumava ser celebrado em Wall Street já estava sumindo quando a crise chegou, à medida que plataformas de negociação eletrônica começaram a trazer uma era mais silenciosa. Mas a crise e as novas regras que vieram depois esvaziaram as mesas e deixaram menos pessoas para realizar vendas e operações com títulos.
[...]
Fonte: aqui

24 abril 2014

5 crises que moldaram o sistema financeiro



What is mankind’s greatest invention? Ask people this question and they are likely to pick familiar technologies such as printing or electricity. They are unlikely to suggest an innovation that is just as significant: the financial contract. Widely disliked and often considered grubby, it has nonetheless played an indispensable role in human development for at least 7,000 years.

At its core, finance does just two simple things. It can act as an economic time machine, helping savers transport today’s surplus income into the future, or giving borrowers access to future earnings now. It can also act as a safety net, insuring against floods, fires or illness. By providing these two kinds of service, a well-tuned financial system smooths away life’s sharpest ups and downs, making an uncertain world more predictable. In addition, as investors seek out people and companies with the best ideas, finance acts as an engine of growth.

Yet finance can also terrorise. When bubbles burst and markets crash, plans paved years into the future can be destroyed. As the impact of the crisis of 2008 subsides, leaving its legacy of unemployment and debt, it is worth asking if the right things are being done to support what is good about finance, and to remove what is poisonous.

History is a good place to look for answers. Five devastating slumps—starting with America’s first crash, in 1792, and ending with the world’s biggest, in 1929—highlight two big trends in financial evolution. The first is that institutions that enhance people’s economic lives, such as central banks, deposit insurance and stock exchanges, are not the products of careful design in calm times, but are cobbled together at the bottom of financial cliffs. Often what starts out as a post-crisis sticking plaster becomes a permanent feature of the system. If history is any guide, decisions taken now will reverberate for decades.




This makes the second trend more troubling. The response to a crisis follows a familiar pattern. It starts with blame. New parts of the financial system are vilified: a new type of bank, investor or asset is identified as the culprit and is then banned or regulated out of existence. It ends by entrenching public backing for private markets: other parts of finance deemed essential are given more state support. It is an approach that seems sensible and reassuring.


But it is corrosive. Walter Bagehot, editor of this newspaper between 1860 and 1877, argued that financial panics occur when the “blind capital” of the public floods into unwise speculative investments. Yet well-intentioned reforms have made this problem worse. The sight of Britons stuffing Icelandic banks with sterling, safe in the knowledge that £35,000 of deposits were insured by the state, would have made Bagehot nervous. The fact that professional investors can lean on the state would have made him angry.

These five crises reveal where the titans of modern finance—the New York Stock Exchange, the Federal Reserve, Britain’s giant banks—come from. But they also highlight the way in which successive reforms have tended to insulate investors from risk, and thus offer lessons to regulators in the current post-crisis era.


Continua aqui

23 abril 2014

O Estado e o sistema financeiro



EVER since Lehman Brothers went bankrupt in 2008 a common assumption has been that the crisis happened because the state surrendered control of finance to the market. The answer, it follows, must be more rules. The latest target is American housing, the source of the dodgy loans that brought down Lehman. Plans are afoot to set up a permanent public backstop to mortgage markets (see article), with the government insuring 90% of losses in a crisis. Which might be comforting, except for two things. First, it is hard to see how entrenching state support will prevent excessive risk-taking. And, second, whatever was wrong with the American housing market, it was not lack of government: far from a free market, it was one of the most regulated industries in the world, funded by taxpayer subsidies and with lending decisions taken by the state.

Back in 1856 one of this newspaper’s editors, Walter Bagehot, blamed crashes on what he called “blind capital”—periods when credulous cash, ignoring risk, flooded into unwise investments. Given not only the inevitability of such moments of panic but also finance’s systemic role in the economy, a government had to devise some special rules to make finance safer. Bagehot invented one: the need for central banks to rescue banks during crises. But Bagehot’s rule had a sting in the tail: the bail-out charges should be punitive. That toughness rested on the view that governments should as far as they could treat financiers like any other industry, forcing bankers and investors to take as much of the risk as possible themselves. The more the state protected the system, the more likely it was that people in it would take risks with impunity.


That danger was amply illustrated in 2007-08. Having pocketed the gains from state-underwritten risk-taking during the boom years, bankers presented the bill to taxpayers when the bubble went pop. Yet the lesson has not been learnt. Since 2008 there has been a mass of new rules, from America’s unwieldy Dodd-Frank law to transaction taxes in Europe. Some steps to boost banks’ capital and liquidity do make finance more self-reliant: America’s banks face a tough new leverage ratio (see article). But overall the urge to regulate and protect leaves an industry that depends too heavily on state support.

Turning in his grave

The numbers would amaze Bagehot. In America a citizen can now deposit up to $250,000 in any bank blindly, because that sum is insured by a government scheme: what incentive is there to check that the bank is any good? Most countries still encourage firms and individuals to borrow by allowing them to deduct interest payments against tax. The mortgage-interest subsidy in America is worth over $100 billion.

Even Bagehot’s own financial long-stop has been perverted into a subsidy. Since investors know governments will usually bail out big financial firms, they let them borrow at lower rates than other businesses. America’s mortgage giants, Fannie Mae and Freddie Mac, used a $120 billion funding subsidy to line shareholders’ pockets for decades. The overall subsidy for banks is worth up to $110 billion in Britain and Japan, and $300 billion in the euro area, according to the IMF. At a total of $630 billion in the rich world, the distortion is bigger than Sweden’s GDP—and more than the net profits of the 1,000 biggest banks.

In many cases the rationale for the rules and the rescues has been to protect ordinary investors from the evils of finance. Yet the overall effect is to add ever more layers of state padding and distort risk-taking.

This fits an historical pattern. As our essay this week shows, regulation has responded to each crisis by protecting ever more of finance. Five disasters, from 1792 to 1929, explain the origins of the modern financial system. This includes hugely successful innovations, from joint-stock banks to the Federal Reserve and the New York Stock Exchange. But it has also meant a corrosive trend: a gradual increase in state involvement. Deposit insurance is a good example. Introduced in America in 1934, it protected the first $2,500 of deposits, a small multiple of average earnings then, reducing the risk of bank runs. Today America is an extreme case, but insurance of over $100,000 is common in the West. This protects wealth, and income, and means investors ignore creditworthiness, worrying only about the interest-rate offer, sending deposits flocking to flimsy Icelandic banks and others with pitiful equity buffers.

The overall effect is not just to enrich one industry, but to mute the beneficial effects of finance. Healthy financial markets speed up an economy, channelling credit to firms that need it. They can also make an economy fairer and more competitive, providing the funds for those without them to challenge incumbents. Modern finance is a more slanted system in which savings are drawn towards subsidies and tax distortions. Debt-fuelled housing goes wild while investment in machines and patents runs dry. All this dulls growth.

Blame the grandparents

How can the zombie-like shuffle of the state into finance be stopped? Deposit insurance should be gradually trimmed until it protects no more than a year’s pay, around $50,000 in America. That is plenty to keep the payments system intact. Bank bosses might start advertising their capital ratios, as happened before deposit insurance was introduced. Giving firms tax relief on financing costs is sensible, but loading it all onto debt rather than equity is not. And still more can be done to punish investors, not taxpayers, for failure. A start has been made with “living wills”, which describe how to wind down a megabank, and loss-absorbing bonds, which act as buffers in a crisis. But Europe is far behind America here, and the issue of how to resolve huge, cross-border banks remains.

The chances of politicians withdrawing from finance are sadly low. But they could at least follow Bagehot’s advice and make the cost of their support explicit. The safety net for finance now stretches well beyond banks to undercapitalised clearing-houses and money-market funds. Governments should report these liabilities in national accounts, like other subsidies, and exact a proper price for them. Otherwise, they have merely set up the next crisis.

From the print edition: Leaders

17 fevereiro 2014

Os verdadeiros titãs das finanças não são mais os bancos


[...]
What is really striking is the volume of non-bank financing that is quietly being supplied to western economies with minimal regulatory scrutiny – a trend on which my colleague Henny Sender has reported extensively. The “non-bankers” who provide it now matter as much as the bankers, and they appear to be having more fun. Results released in the past two weeks by asset management groups illustrate the point. Last decade, Goldman Sachs’ return on equity peaked at 40 per cent. Last year it was just 11 per cent. Meanwhile, KKR’s return on equity was 27.4 per cent in 2013 - a margin that the banks can only dream of.

These groups’ recent profits were boosted by sales of companies they acquired several years ago. But today they are branching out beyond turnround activity, partly because there are fewer new deals around, and jumping into areas that were the terrain of banks: credit and property.
The only reason non-banks can turn a profit by extending credit is that banks are no longer supplying credit to risky endeavours, such as small companies

Only a quarter of Apollo’s $160bn-odd business is now focused on private equity. It has recently gobbled up so many corporate loans and bonds that its credit portfolio has exploded to more than $100bn, compared to just $4bn seven years ago. At Blackstone and KKR the switch is less dramatic: according to Bloomberg’s calculations, credit is just a quarter of their portfolios. But they are shifting focus too. Just last week, Blackstone announced plans to start extending mortgage credit as part of its property business.

Of course, a $100bn credit book is still smaller than that of JPMorgan. It is bigger than many midsized American banks, however. And the asset managers’ economic footprint is expanding in other ways too. Blackstone’s portfolio companies, for example, now have 600,000 employees and $79bn of revenue. “The private equity houses today look like merchant banks were 100 years ago,” observes Jes Staley, formerly head of JPMorgan’s investment bank (who now works at BlueMountain Capital, an investment group). “They are very big and powerful.”

This may not be entirely desirable. Non-banks are swelling in size because they do not face the same regulatory burdens as banks, allowing them to turn a profit on business that banks now find uneconomic. This worries regulators. The US Office of the Comptroller of the Currency recently warned that the activities of non-banks has fuelled a boom in risky corporate loans – and warned banks not to “skirt rules” by teaming up with non-banks to create more credit.

But the good news about non-banks is that they are not plagued with the maturity mismatches of real banks; they do not take retail deposits but attract long-term funding instead. That reduces systemic risk; or so regulators hope. And what nobody can deny – even those who dislike this regulatory arbitrage – is that non-banks’ business has swelled due to unmet demand. After all, the only reason that non-banks can turn a profit by extending credit is that banks are no longer supplying enough credit to risky endeavours, such as small companies.

The great irony of the post-2008 regulatory clampdown is that by forcing established banks to become safer, regulators have given wings to a gaggle of new financial players – with potentially unpredictable consequences. Call it, if you like, a triumph of Wall Street’s entrepreneurial spirit; or testament to its unseemly ability to run rings around rules. Either way, financial arbitrage is once again the theme of the day, and it is producing the kind of profits that J Pierpont Morgan would have savoured.

Fonte: aqui


17 março 2013

Confisco no Chipre



The 10bn-euro ($13bn; £9bn) deal agreed by the EU was "a painful but controlled management of the crisis", he said.

Many Cypriots, shocked that the bailout imposes a levy on bank deposits of up to 10%, were seen queuing to withdraw cash.
The parliament is due to meet later on Sunday to vote on the measure.
Mr Anastasiades' Democratic Rally party - which has 20 seats in the 56-member assembly - needs support from other factions to ratify the bailout.
The deal - reached with eurozone partners and also the IMF in Brussels late on Friday - marks a radical departure from previous international aid packages.

[...]

People in Cyprus with less than 100,000 euros in their accounts will have to pay a one-time tax of 6.75%, Eurozone officials said after agreeing the deal.
Those with greater sums will pay 9.9% in tax.
Depositors will be compensated with the equivalent amount in shares in their banks.
Reports suggest that depositors will be able to access all of their money except the amount set by the levy.

Start Quote

This is robbery and we must get the EU to stop this”
Alan, a British expatriate saver in CyprusSpeaking to BBC News
The levy itself will not take effect until Tuesday, following a public holiday, but action is being taken to control electronic money transfers over the weekend.
Co-operative banks, the only ones which were open in Cyprus on Saturday, closed after people started queuing to withdraw their money.
At one bank in the Limassol district, a frustrated man parked his bulldozer outside and threatened to break in.
Alan, a British expatriate saver in Cyprus, told BBC News: "This is robbery and we must get the EU to stop this.
"We retire and bring our savings to a bank in Cyprus and they can just take our money away without permission and then say we have shares in a bankrupt bank."
Maria Zembyla, from Nicosia, said the levy would make a "big dent" in her family's savings and "erode the investor confidence".
"Russians that currently keep the economy afloat will leave the country along with their money," she added.
According to Reuters news agency, almost half of the depositors in Cyprus are believed to be non-resident Russians.
Russians reacted angrily to the news of the levy on social media.
International lenders are gambling that the risk of a bigger banking crisis elsewhere in the eurozone has receded, the BBC's business editor Robert Peston writes.
While Cyprus may be one of the eurozone's tiniest economies - its third-smallest - there could be serious repercussions for other financially over-stretched economies, such as those of Spain and Italy.
The point of the levy is to warn lenders to banks that they should take care where they place their funds, and avoid banks that overstretch themselves - as Cypriot banks did, he adds.
Cyprus is the fifth country after Greece, the Republic of Ireland, Portugal and Spain to turn to the eurozone for financial help during the region's debt crisis.
The country has been in financial difficulties since the collapse of the Greek economy, where Cypriot banks had huge investments.

Fonte: aqui

10 março 2013

Inadimplência dos bancos públicos x privados


Nas últimas semanas, foram divulgados os resultados dos balanços dos bancos referentes a 2012. O que torna esses números importantes é que estamos no meio de uma alteração na maneira de funcionamento desse mercado.

O mercado de bancos comerciais brasileiro é composto por cinco grandes instituições -além das pequenas e médias-, duas delas públicas, Banco do Brasil e Caixa, e três privadas, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander.

Um dos elementos da política econômica da presidente Dilma é reduzir os juros básicos da economia e reduzir os juros cobrados pelos bancos comerciais na concessão de crédito. Para tal é necessário reduzir o "spread" bancário, que é a diferença dada pela taxa com que os bancos remuneram seus depositantes, conhecida por taxa de captação e próxima da taxa básica de juros, e a taxa cobrada aos tomadores de empréstimos.

O Banco Central promoveu de agosto de 2011 até o segundo semestre de 2012 forte redução da taxa básica de juros, a Selic, trazendo-a para 7,25% ao ano após reduzir 5,25 pontos percentuais. Adicionalmente, instruiu a diretoria dos bancos públicos, BB e CEF, a iniciar um forte processo de redução dos "spreads" com vistas a reduzir o custo de crédito e estimular a demanda.

Subjacente a essa iniciativa há uma particular interpretação dos motivos dos elevados "spreads" observados em nossa economia. Normalmente, os economistas e os bancos atribuem os elevados "spreads" aos altos custos da intermediação bancária. Os "spreads" seriam elevados pois a carga tributária e os depósitos compulsórios são muito altos no Brasil, além da inadimplência e, principalmente, do custo jurídico de reaver um crédito não pago ser elevadíssimo no Brasil. Ou seja, os elevados "spreads" seriam consequência do ambiente institucional subjacente ao funcionamento do sistema financeiro nacional.

[ Meu comentário: no Brasil, os spreads bancários não são elevados. ]

Parece que a presidente, quando estimula os bancos públicos a baixarem "na marra" os "spreads", tem outro diagnóstico. Os "spreads" seriam elevados porque os bancos explicitamente ou tacitamente-se comportam como um cartel, reduzindo artificialmente a quantidade concedida de crédito e, consequentemente, elevando artificialmente o custo do crédito.

Se o diagnóstico da presidente estiver correto, o resultado será a forte elevação da participação dos bancos públicos no mercado de intermediação bancária, elevação dos lucros totais dos bancos públicos e redução da taxa de lucratividade dos bancos públicos e privados, fruto da redução do "spread".

O risco da política do governo é o primeiro diagnóstico ser o correto, e os bancos públicos, ao longo do tempo, colherem fortíssima elevação da inadimplência, reduzindo muito os lucros e, no limite, gerando forte prejuízo, que teria que ser coberto por recursos do Tesouro.

Dirigentes dos bancos públicos argumentam que a inadimplência é menor do que a dos bancos privados e, portanto, não há esse risco. A dificuldade com o argumento dos dirigentes dos bancos públicos é que em parte a inadimplência dessas instituições é baixa pois a maior parte de sua intermediação ocorre no segmento de crédito direcionado, principalmente crédito ao investimento, com o BNDES, crédito agrícola, com o BB, e crédito imobiliário, com a CEF.

Como os recursos que lastreiam créditos dessa natureza são compulsoriamente captados na sociedade, os bancos públicos concedem essa modalidade de crédito a taxas muito menores. E, de fato, as taxas de mercado são maiores devido em parte ao fato de essa "captação" ser compulsória.

Com dados do BC (e fazendo algumas hipóteses), calculamos a taxa de inadimplência dos bancos públicos no crédito livre, aquele que é concedido em condições de mercado. Nossas estimativas apontam para taxas de inadimplência nos créditos livres significativamente maiores que as dos bancos privados.
Essa constatação sugere que a forte elevação da participação da carteira de créditos livres nos créditos totais dos bancos públicos deve elevar em alguns anos a inadimplência (que hoje estaria artificialmente baixa pela elevada participação dos créditos direcionados).

O temor é que o Tesouro Nacional tenha que arcar com enormes prejuízos como foi o caso do empréstimo de R$ 700 milhões do BNDES ao Lácteos Brasil. Por outro lado, se o diagnóstico da presidente estiver correto, haverá queda permanente do custo do dinheiro no Brasil. Temos que aguardar.

Fonte: Competição entre bancos - SAMUEL PESSÔA é doutor em economia e pesquisador associado doInstituto Brasileiro de Economia da FGV. Escreve aos domingos nesta coluna.

09 março 2013

Inadimplência dos bancos privados





 [...]
Quer se concorde ou não com a explicação da referida autoridade, o fato é que ela levanta um tema pouco discutido pelos analistas econômicos. O que explica o fato de a inadimplência dos bancos oficiais ser mais baixa do que a dos privados? É improvável que os bancos públicos sejam mais eficientes que os privados ao avaliar o risco de crédito. Uma segunda explicação - que preferimos desconsiderar - seria a existência de uma falha na mensuração da inadimplência dos bancos oficiais que refinanciariam, por alguma razão obscura, devedores incapacitados de honrar dívidas antigas reduzindo a medida de inadimplência.

Embora não acreditemos ser este fator relevante, há que se levar em conta que no passado esse expediente já foi utilizado. Entre 2000 e 2001 os financiamentos em atraso do Fundo Constitucional do Nordeste, administrado pelo Banco do Nordeste (BNB), saltaram de 0,52% para 31,29% dos recursos aplicados, para R$ 2,7 bilhões em valores nominais. Não porque tenha ocorrido uma súbita onda de inadimplência na região, mas porque o Banco Central obrigou o BNB a lançar as "operações em atraso, passíveis de negociação" como de fato em atraso. Até então elas eram refinanciadas e não contabilizadas como inadimplentes.

Uma terceira e mais provável explicação está no dilema enfrentado por uma empresa devedora, diante de uma dificuldade de caixa. Tendo que escolher entre honrar um empréstimo junto a um banco que lhe fornece crédito subsidiado, e outro que lhe cobra uma taxa de mercado, ela sabe que as portas para novos financiamentos se fecharão no primeiro banco, caso ele sofra sua inadimplência. A decisão empresarial mais sensata, então, é priorizar o serviço da dívida de menor custo, preservando essa fonte barata de recursos para futuros empréstimos, e atrasar o serviço da dívida mais cara que será objeto de renegociações e brigas judiciais futuras.

O comportamento das empresas com dificuldade de caixa descrito acima implica que, num ambiente econômico em que alguns bancos concedem empréstimos a taxas subsidiadas, o risco corrido pelos demais bancos é maior do que seria na ausência dos subsídios. Conhecendo os incentivos econômicos à inadimplência, a taxa dos financiamentos não subsidiados embutirá um prêmio de risco de modo a estimular a concessão de empréstimos. Parte dos financiamentos será objeto de renegociação, mas a maior taxa compensa as perdas. O equilíbrio de mercado é uma segmentação na qual os bancos com taxas subsidiadas terão menor inadimplência.

A ampliação da presença estatal na intermediação financeira brasileira, desencadeada a partir da crise dos subprime de 2008, além de não conseguir elevar o investimento e de ampliar o custo fiscal dos subsídios ao crédito, tem elevado o risco corrido pelos bancos privados. Estes, a fim de se protegerem, tendem a ser mais seletivos na concessão de financiamentos aos investimentos. Se o passado for um bom previsor do futuro, a retração do setor privado deverá estimular a ampliação estatal. Essa espiral, que poderá agradar setores mais nacionalistas e de esquerda, provavelmente não implicará em aumento do investimento da economia como um todo, mas simples realocação entre os dois setores.

Pedro Cavalcanti Ferreira e Renato Fragelli Cardoso são professores da Escola de Pós-graduação em Economia (EPGE-FGV)

17 fevereiro 2013

Frase

Some people want to be bank presidents. Other people want to rob banks.

- Richard Ford

07 novembro 2012

Bancos Brasileiros

Um artigo publicado nesta terça-feira pelo diário econômico Financial Times afirma que os investidores estão preocupados com a saúde de bancos brasileiros e com as dificuldades que as instituições enfrentam em consequência do baixo crescimento da economia do país.

O texto, assinado por um dos editores do jornal especializado no setor bancário, Patrick Jenkins, cita a recente intervenção do Banco Central no banco BVA e diz que ela "aponta para um problema mais amplo - nos últimos meses, um punhado de outros bancos brasileiros vêm encontrando dificuldades na medida em que a economia do país patina".

Segundo o jornal, os bancos no Brasil, principalmente os pequenos, vêm sofrendo com uma redução nos lucros, por conta de uma demanda menor por empréstimos, e com o aumento da inadimplência.

Além disso, observa o artigo, o governo vem pressionando os bancos a reduzir suas taxas de juros para empréstimos - para níveis mais compatíveis com o mercado internacional. (...)


Via aqui

13 julho 2012

Spread Bancário e Retorno sobre Capital


(...)O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do BC é também uma leitura aborrecida. Ao contrário do Relatório de Inflação que, longe de ser um thriller, ainda pode oferecer algumas emoções no que diz respeito à trajetória esperada da inflação e da taxa de juros, o REF lida com temas como testes de estresse, sistema de pagamentos e outros capazes de por para dormir os economistas mais disciplinados. Talvez por isso, da mesma forma que ocorre com o livro dos Números, quase ninguém lê o REF, o que é uma pena, pois há lá uma riqueza de informação, disponível no sítio do BC.

Dentre eles, o que mais me chamou a atenção é sua medida do spread bancário. Conhecia, como todos, as estimativas do spread bancário publicadas mensalmente na nota à imprensa referente à política monetária e operações de crédito, cuja edição mais recente indica que o spread teria caído a 24,7% em maio, enquanto em dezembro de 2011 estaria em 26,9%. São estes dados que alimentam a visão sobre os ganhos do sistema bancário.

O que raramente é dito, porém, é que tais estimativas são baseadas numa amostra relativamente reduzida tanto das operações de crédito como das fontes de financiamento dos bancos. Baseiam-se, ademais, nas novas concessões: se determinado banco concedeu um crédito de 2 anos para uma empresa e um valor equivalente em empréstimos de um mês para consumidores, o spread, naquele momento, será a média dos dois tipos de operações; no mês seguinte, apenas as operações de um mês serão contabilizadas, apesar dos recursos emprestados para a empresa continuarem gerando o mesmo fluxo de receitas.

Os dados do REF contornam estes problemas. Por um lado, englobam todo o universo de crédito bancário, incluindo, entre outros, o imobiliário e os repasses de recursos do BNDES. Da mesma forma, capturam todas as formas de financiamento do setor, de depósitos a linhas do BNDES, tomando o cuidado de excluir os principais efeitos da variação cambial sobre ativos e passivos do sistema.

Adicionalmente, ao invés de se limitar às concessões, o REF estima receitas sobre o estoque de créditos, assim como os custos de captação sobre o estoque de financiamento do setor.

Desta forma, tais dados mostram uma estimativa do spread bancário mais compatível com a rentabilidade efetiva das operações de crédito, assim como o custo real de captação dos bancos (notando, por exemplo, que recursos do BNDES ou do SFH custam tipicamente menos do que um depósito a prazo). Os resultados são mostrados no gráfico (“spread total”), revelando uma realidade bastante distinta daquela sugerida pelas estimativas da nota à imprensa (“spread parcial”).




Com efeito, segundo o REF, o spread total teria ficado ao redor de 10% em 2011 (o último dado disponível), enquanto o spread parcial (acumulado em 12 meses, para fins de comparação) no mesmo período atingiu pouco mais de 27%, uma diferença da ordem de 17%. Entre junho de 2002 e dezembro de 2011 a diferença média entre as duas medidas de spread bancário foi pouco inferior a 14% ao ano.

Além disto, se é difícil discernir uma tendência clara do spread parcial (há momentos de queda assim como de elevação), a tendência do spread total desde o final de 2002 é inequívoca: redução persistente de pouco mais de 18% em 2002 para o supracitado 10% em 2011. Já o retorno dos bancos, segundo o REF, foi da ordem de 16,5% no ano passado, em linha com o observado nos anos anteriores e inferior os níveis que prevaleciam antes da crise. É bom, mas nada excepcional nos termos do setor corporativo brasileiro, principalmente se levarmos em conta que a alavancagem bancária costuma ser maior.

A imagem que emerge dos números é, pois, bem distinta (e mais entediante) do que a sugerida pela mitologia. Os spreads bancários não são tão gordos, nem crescentes, e o retorno dos bancos não é muito distinto do que se observa no restante da economia.

(...)Se queremos entender o setor bancário, também temos que nos ater ao que os números dizem, mesmo que eles não digam aquilo que gostaríamos de ouvir.

30 dezembro 2011

Mudanças à vista no FGC


O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) vai passar por uma profunda mudança no ano que vem. Os atuais conselheiros da instituição, executivos oriundos dos grandes bancos do País, serão substituídos por profissionais independentes contratados no mercado financeiro. O presidente do Conselho, Gabriel Jorge Ferreira, deixará o comando quando a reforma do estatuto estiver concluída.

E as regras para o socorro de bancos em dificuldades ficarão mais rígidas, para evitar casos como o do Panamericano, que terminou com um prejuízo de R$ 3,8 bilhões para o FGC, criado em 1995 para garantir depósitos dos correntistas brasileiros até determinado limite. Atualmente, a cobertura é de até R$ 70 mil por CPF na mesma instituição financeira e vale para dinheiro em conta corrente, caderneta de poupança, CDBs, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário.

O Estado apurou que as mudanças estão sendo discutidas com o Banco Central (BC) e já receberam o aval dos banqueiros. A origem da reforma remonta a 2009, quando a autoridade monetária colocou para discussão pública alterações no FGC. Na ocasião, o BC alertou para alguns problemas no funcionamento do Fundo. Um exemplo é o fato de os conselheiros terem acesso a informações confidenciais de concorrentes em dificuldades. Hoje em dia, vários bancos procuram o FGC se precisam de ajuda.

Quando isso ocorre, busca-se uma solução que, em alguns casos, precisa ter a anuência dos conselheiros para ser implementada. Só que, desde que o FGC foi criado, só os maiores do setor têm assento no conselho. Hoje, são Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Safra e Alfa (esses três últimos suplentes).

Como lembra uma fonte do setor, essa situação cria o que se chama de assimetria de informação. Em outras palavras, alguns bancos sabem quem são os concorrentes em dificuldades. Mas todos os outros do setor, não. Para evitar esse tipo de conflito de interesse, os conselheiros terão de ser independentes, sem vínculo algum com bancos.

O BC deve voltar à carga com o assunto no ano que vem. No entanto, os banqueiros decidiram antecipar-se à autoridade e já acertaram informalmente um novo estatuto, que será implementado nos primeiros meses de 2012. O objetivo é que tudo esteja pronto antes do fim de abril, quando está agendada a assembleia anual ordinária do Fundo. A partir daí é que as alterações práticas – como a saída de Ferreira – serão efetuadas.

O novo presidente do conselho ainda não foi escolhido. Hoje, o nome favorito é o do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. Há, porém, ao menos dois empecilhos para que essa solução vingue. O primeiro deles é a resistência do próprio Portugal em assumir novas funções. O segundo é o fato de que, em algumas situações, FGC e Febraban têm posições opostas. A entidade que representa os bancos, por exemplo, faz pressão para diminuir o porcentual dos depósitos dos correntistas (dinheiro que, afinal de contas, compõe o patrimônio do Fundo, atualmente próximo de R$ 28 bilhões).

O FGC, em compensação, entende que, em alguns momentos, é preciso elevar o porcentual para que as garantias possam se manter no nível corrente ou até serem elevadas. A outra grande mudança no estatuto decorre do caso Panamericano. A partir de 2012, em operações de salvamento de bancos, o FGC vai exigir que o banqueiro em questão coloque todo o patrimônio pessoal como garantia do empréstimo. Além disso, as condições do financiamento serão as de mercado. Ou seja, sem nenhum vantagem para o tomador.

Fonte: LEANDRO MODÉ – O Estado de S.Paulo