Translate

Mostrando postagens com marcador moeda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador moeda. Mostrar todas as postagens

23 fevereiro 2023

Um erro no processo de produção pode tornar um ativo mais valioso?

Há diversos exemplos esdrúxulos de ativo e este blog já citou alguns dos casos. Mas eis um exemplo para a coleção: um erro pode ser um ativo. 

O caso aqui relatado ocorreu com um nota de US$20 dólares, mas creio que também já ocorreu com moedas e com selos. O erro no processo de produção pode tornar um objeto mais valioso e buscado por colecionadores. A nota de vinte dólares foi recentemente vendida por quase 400 mil dólares. O caso mostra também que uma moeda ou nota pode ter um valor diferente do valor de face. 

No caso da nota, um adesivo Del Monte colorido apareceu no papel onde a nota foi impressa. O resultado foi um nota com todas as características normais, exceto o adesivo Del Monte. Esta nota ficou tão famosa que tem até um verbete na Wikipedia.

 

Um estudante universitário recebeu a nota em um caixa eletrônico. Ele preservou a nota e em 2003 fez um leilão no eBay, recebendo 10 mil dólares. Três anos depois, em novo leilão, a nota foi transferida por 25 mil dólares. Em 2020 a nota foi certificada como oriunda da Casa do Moeda dos Estados Unidos e em janeiro de 2021 um novo leilão obteve quase 400 mil dólares pela relíquia. 

04 fevereiro 2022

Facebook e o fracasso da sua criptomoeda


Há alguns meses, o Facebook anunciou com grande alarde a criação de uma moeda. Em parceria com algumas empresas com nome na área financeira, como Paypal e Visa, a empresa que possui uma grande participação nas redes sociais, parecia ser uma ameaça para os bancos tradicionais e os próprios bancos centrais.

Se o surgimento da moeda foi notícia, quase não se fala do seu fracasso. Um artigo do The Washington Post , de autoria de Elizabeth Dwoskin e Gerrit De Vynck, deixa claro que os problemas da moeda estão relacionados com conflitos internos e questões regulatórias:

Diem foi efetivamente condenado desde o início, disseram pessoas familiarizadas com o tema. Foi anunciado em 2019, com grande alarde, sob o nome de Libra. Os governos estrangeiros, os membros do legislativo e reguladores expressaram medos sobre o projeto de imediato, dizendo que o Facebook não estava preparado para resolver as preocupações com lavaem de dinheiro, proteção ao consumidor e outros riscos financeiros em potencial.

É bom lembrar que meses antes a empresa tinha sido um grande fracasso em controlar a manipulação da rede durante as eleições e existiam denúncias de venda de informações dos usuários para a Cambrigde Analitys. Afinal, como confiar um tema tão sensível à uma empresa com tão baixa credibilidade? Agora temos o seguinte:

Dois anos depois, após uma mudança de nome para Diem e uma revisão do projeto, para que fosse atrelado ao dólar dos Estados Unidos, criando mais estabilidade, [o projeto] enfrentou uma resistência maior dos reguladores, que disseram que a empresa agia de maneira arrogante. 

Alguns chegam a dizer que a reputação e confiança condenaram o projeto desde o início. Diversos episódios fortaleceram esta análise, como o ataque ao Capitólio e monitoramento da rede em diversos países. 

Foto: Kate Winegeart

20 junho 2020

O que aparece nas notas pelo mundo?

As notas que cada país emite possui uma cor e padrões específicos. Usando todas as notas dos países é possível perceber uma predominância da cor verde e, em menor grau, amarelo, azul e cinza.
O cinza predomina na Europa (zona do Euro), usando uma nota correspondente a 20 libras:
As notas servem para homenagear pessoas. Em 93% dos casos a figura é do sexo masculino. Há uma predominância por políticos (é irônico, já que a nota deveria ser a expressão do valor de uma nação), seguida da realeza (idem), escritores, militares, cientistas e assim por diante:

Quando estampa animais, os pássaros são os preferidos. Montarias, como cavalo, camelos e elefantes são bem cotados. Animais que indicam bravura, como leão, também aparece. Entre as estruturas, o castelo e algum monumento, são as escolhas mais óbvias:
Fonte: aqui

17 julho 2018

Maior nota em circulação

Recentemente a Índia resolveu retirar de circulação as notas de 500 e 1000 rúpias para combater a corrupção. (Parece estranho, mas faz sentido. Você poderia imaginar as malas encontradas em Salvador, em 2017, com muitas notas de R$100 e R$50. Se estas notas não existissem, o transporte físico deste dinheiro seria muito mais difícil)

Mas existe um país que possui a nota com maior valor de face. É o Brunei, um pequeno país da Ásia, que emitiu em 2006 notas de 10 mil dólares do Brunei, que corresponde a quase 7.500 dólares dos EUA. A nota tem o retrato do sultão. A Cingapura também chegou a ter uma nota com valor bastante elevado, mas não é mais emitida.

19 fevereiro 2018

Valor de Zero unidades monetárias

Nos tempos de discussão sobre o valor da moeda (e da moeda digital), a notícia de que um nota de ZERO euros é interessante. Segundo o Jornal Econômico, uma nota de zero euros, com a figura de Eusébio da Silva Ferreira, está sendo lançada, com uma tiragem de cinco mil exemplares. A nota de zero euros custa três euros e fez sucesso na Alemanha. Em Portugal, a nota corresponde a uma parceria com os clubes Sport Lisboa e Benfica, onde o jogador atuou.

04 dezembro 2017

Bitcoin na visão de quatro economistas

Quatro textos sobre o Bitcoin, numa visão de excelentes economistas. Primeiro, John Cochrane, que afirma que o que está ocorrendo com o Bitcoin é algo “normal”: uma demanda temporária especulativa, com uma oferta temporária reduzida e ausência temporária de substitutos. Para ele, Bitcoin não é um bom dinheiro (gráfico ao lado extraído da sua postagem).

Tyler Cowen, do Marginal Revolution, estima uma demanda por moeda digital em 600 bilhões de dólares; atualmente a capitalização do mercado é de 300 bilhões de dólares. O que significa que há espaço para crescimento.

Stiglitz associa o Bitcoin a evasão e a falta de fiscalização. Para ele, o Bitcoin deveria ser banido.

Jean Tirole, no Financial Times (e traduzido pelo Valor Econômico), pergunta se o Bitcoin é sustentável e se contribui para o bem comum. Segundo ele, as respostas seriam: provavelmente não (a conferir) e definitivamente não.

Finalmente, o grande "economista" Maduro, e também presidente da república, anuncia a criação de uma moeda digital na Venezuela.  

13 novembro 2017

Recolhendo os trocados

Com dívidas de mais de 13,6 mil milhões de euros (£ 12 bilhões), a cidade de Roma está considerando tomar as moedas jogadas na Fonte de Trevi. Tradicionalmente, o dinheiro jogado na fonte de 300 anos, estimado em cerca de € 1 milhão por ano, são para Caritas, uma instituição de caridade católica. Mas segundo a mídia italiana, Virginia Raggi, prefeito da cidade, está pensando em usar o dinheiro.

Fonte: Aqui

19 setembro 2014

Custo da moedinha


Reportagem da Quartz  mostra que, nos Estados Unidos, o custo de produzir uma moeda de um cent custa 1,6 cent. A razão é o custo do zinco (gráfico), que aumentou o custo total de produção. A decisão mais óbvia seria parar de produzir a moeda, a exemplo do que ocorreu no Canadá. Entretanto, existe uma questão simbólica: a moedinha expressa o esforço de economizar. 

04 abril 2014

Bitcoin é legalmente considerada propriedade


A Receita Federal dos Estados Unidos notificou, conforme noticiado pelo The Guardian, que a Bitcoin, assim como outras criptomoedas, devem ser tratadas como propriedade e não como moeda. Por um lado isso significa que as pessoas que compram Bitcoin e depois a vendem com um lucro estão passivas a taxas menores que estariam em outras circunstâncias.

Por outro será mais difícil usar o Bitcoin como moeda. Gastar Bitcoins em um produto conta como um resgate, então poderá haver um ganho de capital a ser registrado na conta do usuário. Em termos mais simples, se uma Bitcoin comprada por $5 apresenta valor o suficiente para ser utilizada na compra de um PC de $1.000, o cliente teria que declarar e pagar taxas sobre um lucro de $995.

Alguns analistas dizem que isso é preocupante, mas não é o fim do mundo para o Bitcoin como moeda. Todavia, alguns temem isso ser ainda mais nocivo do que inicialmente aparenta.

Adam Levitin, um professor de Direito da Georgetown University, acredita que a regulamentação significa que a Bitcoin nunca poderá ser tratada como fungível. Fungíveis são instrumentos ao portador, valores mobiliários ou bens que sejam equivalentes, substituíveis e intercambiáveis. Commodities como soja ou trigo, ações ordinárias da mesma companhia e moeda corrente são exemplos conhecidos de fungíveis. Por exemplo, o petróleo bruto é fungível - quando um negociador comprar barris de petróleo não se importará com quais barris especificamente estará lidando. Obras primas não são fungíveis porque o trabalho que o negociador receberá importa um bocado.

Levitin explica que, após a decisão da Receita, o preço pelo qual um Bitcoin em particular for adquirido (é rastreável) determina os ganhos de capital daquele Bitcoin quando gasto. Então se eu gastar o Bitcoin A, que eu comprei por $10 e agora vale $400, eu tenho um tratamento tributário muito diferente do que se eu utilizar a Bitcoin B, que eu comprei por $390. Isso significaria que uma Bitcoin não é fungível e, então, se tornaria inviável como moeda. Se eu tiver que adivinhar qual Bitcoin da minha carteira quero gastar e qual será o tratamento tributário, completa o professor, o Bitcoin simplesmente não funciona como um meio comercial de troca.

Na falta de mais esclarecimentos pela Receita, alguns consideraram tolas as afirmações de Levitin. Mesmo às ações e títulos, o arquétipo da propriedade financeira, são permitidas as contabilizações sobre um custo médio base, o que envolve pagar impostos sobre o lucro derivado do preço médio de aquisição do instrumento financeiro. Tal medida, se aplicada à Bitcoin, restauraria a fungibilidade da moeda.

No entanto a Bitcoin é única no sentido de que, mesmo se a contabilização com base em um custo médio não for permitida, poderia ser tecnologicamente forçada. Similar à forma como “tumblers” permitem que os usuários gastem Bitcoins sem serem rastreados ao misturar centenas de Bitcoins na mesma carteira antes de repassar aos comerciantes, é trivial trocar uma Bitcoin por outra.

Um usuário com duas Bitcoins, uma comprada por $5 e a outra por $10, poderia simplesmente entregar ambas ao pagar por um bem que vale uma Bitcoin e receber outra Bitcoim de troco. Isso forçaria tanto a Bitcoin gasta quanto a recebida como troco a serem contabilizadas pelo custo médio de $7,50, já que seria impossível distinguir uma da outra.

O tratamento da Bitcoin como uma propriedade ainda trará alguns efeitos irritantes para aqueles que quiserem utilizá-la como moeda, exigindo uma manutenção de registros muito bem feita e trazendo a perspectiva de ter que incluir a compra de um café na declaração de Imposto de Renda.

Leia mais aqui (em inglês).

07 março 2014

Real é mais sensível a mudanças globais

A moeda brasileira é uma das mais sensíveis às mudanças no mercado financeiro global. A conclusão é de um estudo inédito feito pelo Insper, que analisou o comportamento de 27 moedas de países emergentes e desenvolvidos entre 2001 e 2013.

O estudo conduzido pelo professor e pesquisador do Insper José Luiz Rossi Júnior mostrou, por exemplo, que o real é a moeda mais afetada quando há alteração na política monetária dos Estados Unidos. Para chegar a tal conclusão, Rossi analisou os impactos da mudanças nos títulos de dez anos do governo americano na cotação das moedas (ver mais no quadro).
De acordo com a pesquisa, usando outros parâmetros, a moeda brasileira também é mais afetada quando há alteração no humor dos investidores por apetite ao risco, e a segunda mais prejudicada nos casos de mudanças de volatilidade nos mercados globais - nesse caso, fica atrás somente da Turquia.
"Do ponto de vista de curto prazo, de influência global na taxa de câmbio, o Brasil é um dos países que mais sentem as mudanças dessas variáveis. É possível perceber claramente a fuga do investidor", afirma o professor do Insper. De acordo com ele, os países escolhidos para compor a pesquisa são considerados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como tendo regime de taxa de câmbio flexível.
Desde a recente crise financeira internacional, iniciada em 2008, fundamentos macroeconômicos, como inflação e crescimento, por exemplo, se tonaram insuficientes para explicar a variação das moedas. Por isso, a necessidade de entender qual a sensibilidade das moedas diante de alterações nas finanças mundiais.
Nos últimos 12 meses, com a normalização da política econômica dos Estados Unidos, o real deu mostras de como é sensível aos movimentos da economia global. A moeda brasileira acumula desvalorização de 18,16% no período até sexta-feira.
O mercado tem se mostrado mais desconfiado da condução da economia brasileira, sobretudo na área fiscal. Recentemente, o Brasil foi colocado no grupo dos chamados "Cinco Frágeis", ao lado da África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) também apontou o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis atualmente. No documento enviado ao Congresso americano, o "índice de vulnerabilidade" colocou o País na segunda posição de um total de 15 países. Nesse caso, a economia brasileira também ficou atrás novamente da Turquia.
Lado oposto. O levantamento do Insper também mostra que, do lado oposto do Brasil, estão o franco suíço e o iene (do Japão), o que mostra que nem sempre é possível explicar a variação da moeda brasileira com base apenas na liquidez atribuída ao real. "O franco suíço e o iene também são moedas líquidas e, na tabela, estão do lado oposto do real", afirma Rossi.
Segundo o professor do Insper, o que de fato ajuda a deixar o Brasil mais sensível está em algum fundamento da economia brasileira. "O investidor vê o Brasil como um país arriscado. A gente tem de entender qual é o motivo. É preciso olhar qual fundamento pesa nessa decisão do investidor de colocar o Brasil como o mais vulnerável", diz Rossi. Na avaliação dele, os fatores que pesam para essa forte sensibilidade da moeda brasileira são uma economia fechada e os desequilíbrio que estão aparecendo na área fiscal.
Fonte: aqui

08 julho 2013

Vende-se moeda do Irã


O Banco Central do Irã está vendendo sua moeda, o Rial, pela metade do preço. É uma tentativa de atrair investidores, já que existem sanções ocidentais ao investimento naquele país.

Esta é uma situação interessante, onde a moeda corrente não possui o valor de face.

16 novembro 2012

Dinheiro

O valor da moeda corrente é o próprio valor de face, correto? Nem sempre, sobre a questão da retirada da expressão "Deus seja louvado", o texto a seguir mostra que o valor de face de uma nota pode ser superior:

As primeiras séries da nova moeda antes mesmo de sua circulação, iniciada em 1.° de julho de 1994, saíram sem a frase "Deus seja louvado" no anverso. A frase só voltou a ser impressa na gestão de Rubens Ricupero na Fazenda. Ele assumiu em 30 de março de 1994. A maioria das cédulas sem a expressão é assinada por seu antecessor Fernando Henrique Cardoso e por Pedro Malan, presidente do Banco Central. O restante tem assinaturas de Ricupero, substituto de Cardoso, e Malan.

E aí que os colecionadores ficam atiçados, explica o numismata e autor do livro Cédulas do Brasil. Claudio Amato. A pouca quantidade de notas de R$ 100 sem a expressão e com assinatura de Ricupero mexe com o mercado numismático. Uma dessas notas em perfeito estado, sem dobras e marcas de uso, chega a valer até R$ 2.800, segundo Amato. O valor se explica também pela pouca quantidade de séries impressas com assinatura de Ricupero - apenas 3, ante 1.198 por Fernando Henrique. Cada série tem 100 mil notas.

Aqui uma situação inversa.

11 agosto 2009

Erro contábil

Uma notícia curiosa: uma empresa anunciou um erro contábil de 10 milhões de dólares, para menos. Segundo o eSource Canada Business News Network (Gammon discovers US$10-million accounting error, 10/8/2009) a empresa de mineração Gammon Gold, que possui duas minas no México, descobriu um erro nas demonstrações contábeis de 2008 e que representam boas novas.

O lucro da empresa é 10 milhões de dólares a mais do que foi divulgado anteriormente. Os contadores da empresa descobriram que certos itens foram convertidos para dólares dos EUA de maneira incorreta. Segundo a empresa, o erro ocorreu quando se adotou uma nova regra do Canadian Institute of Chartered Accountants Handbook referente a estoques.

Além da mudança no lucro, existia uma diferença nos estoques da empresa de 10.8 milhões (ou 62.3 milhões de dólares). O erro não afetou o caixa.

08 abril 2009

Vote no símbolo da Rúpia



O governo da Índia resolveu escolher um símbolo para a sua moeda, a rúpia. Duas sugestões acima.

Fonte: Aqui

Como a rúpia começa com a mesma letra do real, nossa moeda, poderíamos aproveitar e escolher também um símbolo para nossa moeda.