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28 novembro 2021

CMN aceita a IFRS 9


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira resolução que alinha critérios contábeis aplicáveis a instrumentos financeiros detidos pelas instituições financeiras às melhores práticas internacionais, mais especificamente ao chamado IFRS 9.

O novo arcabouço vem após consultas públicas sobre o tema abertas em 2017 e 2018 e representa, segundo o Banco Central, "passo relevante" em direção à finalização do processo de convergência das normas contábeis previstas no Padrão Contábil das Instituições Reguladas pelo Banco Central do Brasil (Cosif) em relação aos padrões internacionais de contabilidade.

As novas normas entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2025. O BC defendeu que, com o prazo, haverá tempo suficiente "para ajustes nos processos e rotinas das instituições financeiras, garantindo um processo de transição suave e eficiente".

O IFRS 9 é o padrão internacional de contabilidade para classificação, reconhecimento, mensuração e provisionamento de instrumentos financeiros.

Ele foi editado pelo International Accounting Standars Board (IASB) em 2014, em decorrência da crise financeira de 2008, passando a valer a partir de 2018.

Com seu advento, a provisão deve ser constituída pelas instituições financeiras com base na perda esperada, já na data da concessão do crédito e com reavaliação periódica sempre que houver indícios da deterioração da capacidade creditícia do tomador de crédito ou do emissor do instrumento.

Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, criticou o fato de a base de capital do sistema bancário brasileiro ser muito concentrada em crédito tributário, com a fórmula para um banco contabilizar perda esperada sendo muito diferente da que a contabilidade exige, e defendeu a inserção do IFRS 9 para eliminação desta distorção referente à criação de crédito tributário.

Uma fonte do governo, contudo, disse à Reuters que apenas o novo arcabouço não resolve a questão dos créditos tributários. Em condição de anonimato, a mesma fonte pontuou que um projeto de lei foi elaborado sobre o tema e ainda está em fase de avaliação interna pela equipe econômica.

Veja a diferença entre a data de validade da IFRS (2018) e nossa adoção. Processo lento para convencer as autoridades brasileiras, não?

Fonte: aqui

09 setembro 2020

IFRS 9 e a recessão


 

Eis um trecho de um artigo da PwC (grifo do blog):

Até agora, bilhões foram contabilizados em provisões incrementais, enquanto a inadimplência ainda está para aumentar. Em muitos casos, a inadimplência nem mesmo ocorreu graças aos feriados de pagamento e ao enorme apoio governamental. Tão enorme, na verdade, que alguns indivíduos se descobriram melhor do que antes. Para os bancos, isso significa algumas coisas. Em primeiro lugar, é provável que haja perdas. As provisões retiradas serão consumidas à medida que as inadimplências atrasadas se concretizarem. Em segundo lugar, o risco continuará a ser muito difícil de medir. Simplificando, as regras normais não se aplicam. Estar desempregado ou não lucrativo geralmente reduz a capacidade de pagamento, o que leva à inadimplência e, em última instância, à inadimplência - não é verdade (imediatamente, pelo menos) quando o dinheiro está de graça e os reembolsos estão em espera.

(Imagem: aqui)

05 maio 2020

Arte e ciência na regra contábil dos Bancos

A Reuters analisou a confusão que estabeleceu na contabilidade das instituições financeiras com a regra contábil IFRS9 e a crise do Covid-19. Basicamente, cada instituição está adotando uma regra. A IFRS 9, que deveria promover transparência e estabilidade nas instituições financeiras, parece que não está passando pelo teste.

Eis o texto integral:

Banks baffle investors as art meets science in accounting rule
Lawrence White, Sinead Cruise

LONDON (Reuters) - Like the myriad approaches governments are taking to tackle the coronavirus crisis, the way the world’s top banks are calculating their potential losses also differs widely, with puzzling outcomes for investors.

These discrepancies are rooted in the interpretation of new accounting rules called IFRS9, which have been designed to promote transparency and stability by making banks account for loan losses earlier.

But rather than solving problems seen during the 2008-9 financial crisis, when markets were blindsided by a sudden deterioration in bank balance sheet health, IFRS9 is confounding the same investors they are meant to help.

While the rules aim to provide a more realistic and timely picture of bank exposures, some have described their application as more art than science. Critics go further; complaining the system is complex, opaque and vulnerable to abuse.

“It makes a mockery of financial reporting if banks can report better numbers simply by assuming a more benign outlook -either intentionally or unintentionally,” Ed Firth, banking analyst at KBW, told Reuters.

A Reuters analysis of first quarter regulatory filings highlights the extent to which banks are basing their estimates of how bad loans will rise on differing economic forecasts.

For example, Barclays (BARC.L) used an 8% fall in UK GDP and 6.7% unemployment as its baseline scenario for 2020, while fellow British lender Lloyds Banking Group (LLOY.L) had a 5% contraction in GDP and 5.9% unemployment.

Barclays booked a larger-than-expected 2.12 billion pound ($2.63 billion) credit impairment charge, while Lloyds set aside 1.4 billion pounds. Diverging economic forecasts don’t explain all of that variation, but they make it harder for investors to understand the banks’ models.

Lloyds’ Chief Executive Antonio Horta-Osorio said last week that while his bank’s 2020 forecast was comparatively less gloomy, its prediction for 3% growth in 2021 was more realistic.

“We are assuming a prudent recovery in the second year of 3% only, so our combined impact on the two years is a negative 2% GDP,” Horta-Osorio said.

Barclays, which expects a 6.3% bounce back in 2021, said its forecast “reflects the most recent economic forecasts available in the market combined with internal assumptions”.

Filippo Alloatti, Senior Credit Analyst, International at Federated Hermes said he was undecided on whether IFRS9 was a help or a hindrance to bank investors.

“We knew IFRS9 was untested in a recessionary environment. It gets complicated when banks are using a ‘scenario cocktail’ and not disclosing the relative weighting of each scenario,” he said.

PORTFOLIO RISKS
With banks not obliged to provide full details of their models in the first quarter and little clarity over when and how lockdown measures will be eased, much hinges on how management opts to “overlay” economist forecasts with their own numbers.

This allows them to factor in the impact of measures not within normal GDP models, including the length of lockdowns, furlough schemes to protect incomes and loan guarantees.

“IFRS 9 requires management to come up with their best estimates, and if the models won’t capture that you can use other techniques but it is not an exact science,” said Karim Haji, Head of Financial Services UK at KPMG.

Deutsche Bank (DBKGn.DE), which provisioned 500 million euros for likely credit losses, based its calculation on a 6.9% fall in euro zone GDP, while Italy’s UniCredit (CRDI.MI) made a 900 million euro provision based on a 13% GDP decline.

James von Moltke, finance chief for Germany’s biggest bank, said last week he shared analysts’ concerns about comparability of provisions and had discussed the issue with regulators.

But the new accounting standards and changes in methodology did not undermine the ability to assess whether each bank had made appropriate provisions, he told analysts.

“You’ve got to start with how you compare each bank on the basis of the portfolio risks that they have,” von Moltke said, pointing to Deutsche Bank’s far smaller unsecured lending book.

“It’s entirely natural that you’d expect significant differences in the total provision level that we would take relative to some of our peers,” he added.

UniCredit said its loan loss provision reflected in-house macroeconomic assumptions on the impact of the coronavirus adjusted for mitigating actions by the government and ECB. It declined to comment further on the use of a management overlay.

PART ART, PART SCIENCE
U.S. banks, which reported earlier in April, generally presented a more bearish, conservative picture of the fallout of the coronavirus pandemic, analysts said.

Bank of America (BAC.N), JPMorgan Chase & Co (JPM.N), Citigroup Inc (C.N) and Wells Fargo & Co (WFC.N) set aside an aggregate $14.2 billion in loan loss provisions.

That is partly because U.S. banks use an accounting standard which requires them to book expected losses for a loan over its lifespan whereas IFRS9, which is used in Europe, recognises different ‘stages’ of troubled loans.

Europe’s biggest lender by assets, HSBC (HSBA.L), shocked markets with its $7 billion to $11 billion provision estimate for 2020, while Asia-focused rival Standard Chartered (STAN.L) provisioned $956 million for the quarter.

Finance chief Ewen Stevenson said HSBC’s provisions were “part art, part science”, as bankers faced the impossible task of predicting in models how bad the pandemic slowdown will be.

“I wouldn’t try and say, ‘Look, here’s a GDP forecast, a GDP recovery profile; and that gets you to X,’ I think that’s too simplistic,” Stevenson added.

Bankers said IFRS9 can exacerbate crises by having a ‘pro-cyclical’ effect in which recognising losses earlier paints a darker picture, leading to a worsening of economic sentiment.

Regulators have tried to provide clarity on how banks should report early signs of coronavirus distress among borrowers, amid fears that IFRS9 could hurt markets if mishandled.

But some say this has added to the confusion.

“Regulators and the European Commission have gone to big lengths in demanding the banks are not too trigger-happy,” Alloatti said.

“The last thing they want is banks stopping refinancing the economy and impairing the transmission mechanism.”

Additional reporting by Iain Withers and Huw Jones in London; Tom Sims in Frankfurt and Valentina Za in Milan, Editing by Alexander Smith

27 março 2020

Contra a pandemia, adiamento da norma contábil

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou duas novas medidas com objetivo de garantir a capacidade de bancos de realizarem empréstimos empresas e famílias. Uma delas é a autorização para que instituições bancárias possam implementar a chamada “Abordagem Padronizada para Medição de Risco de Crédito”. O instrumento, que só entraria em vigor para os contratos firmados a partir de abril, consiste em uma série de mudanças na maneira pela qual os bancos devem classificar a exposição de derivativos. A autoridade monetária também anunciou o adiamento, em dois anos, da implementação da normal contábil conhecida como “Perda de Crédito Esperadas” (CECL, na sigla em inglês).

Fonte: aqui. Mais aqui

02 novembro 2018

Seguradoras pressionadas com nova abordagem das normas IFRS

As grandes seguradoras globais iniciaram os preparativos para a IFRS 17 (que diz respeito aos contratos de seguros e que passa a vigorar em 1⁰ de janeiro de 2021) e a IFRS 9 (norma sobre instrumentos financeiros que deverá ser adotada em conjunto para a maior parte das empresas seguradoras), mas as pequenas ainda estão atrasadas, de acordo com um novo relatório “Participando para vencer”, da KPMG Internacional. 67% das grandes seguradoras pesquisadas estão na fase de concepção de projeto ou implementação da IFRS 17 e 64% estão em posição semelhante com relação à IFRS 9.

Em comparação, entre as pequenas seguradoras, somente 10% e 25% iniciaram a concepção de projeto ou a implementação da IFRS 17 e da IFRS 9, respectivamente.

Segundo o estudo, mesmo diante do progresso de muitas seguradoras, ainda há obstáculos para tornar a IFRS 17 e a IFRS 9 operacionais: 90% delas afirmaram que esperam dificuldades para garantir um número suficiente de pessoas fazer o trabalho e metade delas está preocupada com o orçamento.

“As organizações globais que estão mais adiantadas com os projetos são as que mais sentem a pressão do tempo. Quanto mais fazem, mais percebem como a implementação das novas normas é desafiadora.

As pequenas seguradoras, que fizeram um mínimo de preparativos, precisam se engajar urgentemente nessa tarefa. Já aqui no Brasil, espera-se que o IFRS 9 seja obrigatório para seguradoras que não estão ligadas a banco somente quando o IFRS 17 entrar, e sobre esse último, as entidades ainda não possuem prazo regulamentar”, afirma o sócio da KPMG no Brasil, Lúcio Anacleto.


[...]

A pesquisa

O relatório “Participando para vencer” (do original em inglês, In it to win it: Feedback from insurers on the journey IFRS 17 and 9 implementation one year in) fez uma abordagem da implementação da IFRS 17 e da IFRS 9, realizada com base em uma pesquisa com 160 executivos de seguradoras de mais de 30 países. [...]

Fonte: Revista Apólice - via Ibracon

09 novembro 2017

IFRS 9 e a crise

As novas regras contábeis da IFRS 9 exigem que os bancos melhorem suas reservas e índices de cobertura antes do pico de empréstimos problemáticos, e os analistas da Moody's acreditam que as regras irão tornar os bancos melhor preparados para lidar com perdas de crédito durante uma recessão. (...)

Depois de analisar os impactos das novas regras contábeis sobre as métricas de capital e de solvência dos bancos, Rodriguez-Valez e equipe sublinharam que, em oposição ao modelo atual de perda incorrida, um dos objetivos da IFRS 9 é tornar os bancos mais robustos quando ocorrem recessões. Os analistas da Moody's simularam o impacto de uma recessão e recuperaram lentamente as métricas de solvência ao longo de um período de 10 anos. (...)


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07 janeiro 2016

FASB e normas de instrumentos financeiros

Em 2014 o IASB emitiu o IFRS9, seu padrão contábil para instrumentos financeiros. O FASB, entidade responsável pelas normas contábeis do maior mercado de capitais do mundo, aprovou seu padrão para a área agora em 2016. Inicialmente restrito a classificação e mensuração, a norma foi alterada para incluir o reconhecimento. Uma das mudanças foi a evidenciação da variação do valor justo de um passivo (vide uma discussão sobre isto no livro Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva).

Um aspecto importante é que a norma deveria ser conjunta, FASB e IASB, visando a convergência. Mas o FASB fez modificações no projeto, conforme a Accounting Today. Mesmo assim, o FASB afirmou que existe convergência em diversos itens, como é o caso do valor justo do passivo.

A norma deve entrar em vigor em dois anos, no dia 15/12/2017.

27 setembro 2014

Transparência Contábil e Valor Econômico

O jornal Valor Econômico publicou uma série de reportagens sobre a Contabilidade. Em Visão Integrada o autor faz uma apologia as IFRS. Já em “Normas ganharam força após sucessivas megafraudes” é uma tentativa bem humorada, acho, de fazer um histórico da adoção das IFRS.

“Clareza facilita a tomada de decisão” comenta o prêmio de transparência da Anefac, Fipecafi e Serasa. “Negócios e transações precisam ser bem esclarecidos” é sobre a adoção das IFRS. A seguir, “Conhecimento é requisito para informação precisa” é sobre educação contábil. Dois textos tratam especificamente sobre a IFRS 9 (aqui e aqui) e outro sobre a IFRS 15, da receita. O impacto sobre o custo do capital também é objeto de um artigo específico, assim como tecnologia , PMEs , operações de hedge, e setor de energia. (Para acessar os links é necessário ser assinante do jornal)

Como nosso leitor é inteligente, provavelmente quer saber se vale a pena.A figura abaixo faz um resumo das palavras mais usadas nos textos. (É leitor, tive a paciência de fazer este gráfico!)
O jornal fez uma grata surpresa no texto sobre doações eleitorais. Mas neste...

Na próxima postagem irei comentar sobre o viés de um dos textos.