Os dois gráficos mostram que homens e mulheres reagem de forma diferente a alguns dos principais eventos da vida:
(Acima da linha horizontal, um aumento na felicidade; abaixo, redução. Fonte: aqui e aqui
Sobre débitos e créditos da vida real
Pesquisamos pessoas sobre esse assunto em 33 países abrangendo todos os continentes habitados, obtendo respostas de cerca de 8.000 pessoas no total. Incentivamos os participantes a se concentrarem no que significaria ter todos os seus desejos cumpridos, pedindo-lhes que imaginassem sua "vida absolutamente ideal", sem se preocupar se era realisticamente viável.
Para avaliar os desejos econômicos, pedimos às pessoas que considerassem quanto dinheiro elas queriam nesta vida ideal. (...)
Então fizemos uma questão de acaso, pedindo-lhes que escolhessem um prêmio em uma loteria hipotética. Eles foram informados de que as chances de ganhar cada loteria eram as mesmas, então a escolha deles era quanto dinheiro eles queriam em suas vidas ideais, não em qual loteria eles provavelmente ganhariam.
Os prêmios da loteria começaram em US $ 10.000 (convertidos em moedas locais, portanto, £ 8.000 para participantes do Reino Unido), com opções aumentando em um múltiplo de 10. Na época em que realizamos o estudo, o prêmio máximo de US $ 100 bilhões os tornaria a pessoa mais rica do mundo.
Provavelmente a resposta seria o valor máximo, mas não foi isto que ocorreu. Algo entre 8 a 39% dos respondentes, dependendo de cada país, fizeram esta escolha. A maioria escolheu algo equivalente a US$10 milhões ou menos. Em alguns países (Índia e Rússia), a escolha foi ainda menor, de US$1 milhão ou menos.
A escolha não foi influenciada por gênero, educação ou status, mas a idade influenciou, sendo que os mais jovens escolheram mais valores maiores.
Descobrimos que mais pessoas escolheram a loteria de US $ 100 bilhões em países onde houve maior aceitação da desigualdade na sociedade (chamada "distância de poder") e onde havia mais foco na vida em grupo (chamada "coletivismo").
Esta é a famosa escala de Hofstede.
Uma pesquisa, realizada desde 1972, pergunta: "levando em consideração todo o conjunto, como você diz que estão as coisas nos dias de hoje. Você está muito feliz, feliz ou não muito feliz?". A evolução não mudou muito, desde o início da pesquisa. Exceto 2020. Via aqui
Será possível medir a "felicidade"? Bom, se for possível, eis um gráfico interessante que associa felicidade com a idade (via aqui). Quando estamos na adolescência, somos imensamente felizes. Mas vamos envelhecendo e ganhando responsabilidades e nosso nível de felicidade diminui. A idade dos 50 é muito ruim mesmo: percebemos que estamos envelhecendo e somos um fracasso. Mas depois disto, a felicidade aumenta de forma surpreendente.
A felicidade tem um formato de U. Ou talvez seja a expressão dos nossos lábios, ao sorrir.
Fazendo contagem de palavras positivas e negativas, o ano mostrou dois momentos de "infelicidade":
a pandemia e a reação policial aos protestos (Clique na imagem para ver melhor). A figura acima é em língua inglesa. Em língua portuguesa, para 2020:
Quanto maior o valor, maior seria as emoções positivas. É muito claro março, onde o gráfico mostra uma grande redução, por conta da pandemia. Também destaca-se a morte de Soleimani (inicio do ano), a violência policial e as eleições dos EUA.
Emoções positivas nos dias das mães, dos namorados (ponto máximo do ano) e das crianças.
Eis as palavras com maior escore de "felicidade":
Fonte dos dados: aqui
P.S. Eis o resultado de contabilidade: nem positivo, nem negativo. Neutro, como deve (?) ser.
P.S.2 - contador teve nota 5. Não 5,01 ou 4,99.