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05 junho 2007

Uso Errado da Matemática

Sou fã da série Numb3rs (e aqui), onde um matemático ajuda o FBI na solução de diversos crimes. A notícia abaixo mostra o contrário.

Na Holanda Lucia de Berk foi condenada pela morte ou tentativa de morte de diversos pacientes nos hospitais onde trabalhava. Um especialista encontrou que a chance estatística de ser mera coincidência as mortes ocorridas nos hospitais em 1 para 342 milhões.

Entretanto, alguns cientistas holandeses argumentam que o cálculo está errado e pode ser irrelevante para o caso. Isto é conhecido como Prosecutor´s Fallacy, onde falácias estatísticas são usadas em argumentos perante a lei.

Os investigadores do caso não foram cuidadosos na coleta dos dados. Em alguns casos, consideraram alguns eventos como suspeitos somente depois de saberem que Lucia estava presente. Isto significa que o número apresentado estava inflado e provavelmente Lucia é inocente. Em um hospital, quando Lucia trabalhava, ocorreram 6 casos suspeitos; no mesmo período, antes de Lucia começar a trabalhar, foram 7 casos. Ou seja, se Lucia é uma assassina, o número de morte diminuiu com sua presença.

Links

1. Aposta que Harry Porter irá morrer => 21 de julho sairá o último livro da saga de Porter. A previsão é que Porter morrerá, sendo 2x1 a aposta em Valdemort e 5x2 no professor Snape

2. A casa do homem mais rico da Índia

3. Custo da guerra do Iraque

McDonald´s na África


04 junho 2007

O que você falaria?

Seu Mateus, sorocabano do interior, pensou bem e decidiu que os ferimentos
que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Mateus:

- O Senhor não disse na hora do acidente "Estou ótimo"?

E seu Mateus responde:
- Bem, vou lhe contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete...

- Eu não pedi detalhes! - interrompeu o advogado. Só responda à pergunta: - O Senhor não disse na cena do acidente: "Estou ótimo"?

- Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia...

O advogado interrompe novamente e diz:

- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta.

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Mateus e disse ao advogado:

- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Mateus agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

- Como eu estava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick-up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada pro outro lado. Eu estava muito ferido e não podia me mover. De qualquer forma, eu podia ouvir a mula zurrando e grunhindo e, pelo barulho, eu pude perceber que o estado dela era muito ruim. Logo após o acidente, o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrandoe foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela, ele pegou a arma e atirou 3 vezes bem entre os olhos do animal. Então, o policial atravessou a estrada com a arma na mão, olhou para mim e disse:

- "Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está
se sentindo?"

- O que o Sr. falaria, meritíssimo??

Enviado por Matias Pereira

TV

Três propagandas. A imagem diz tudo.


A Necessidade da Harmonização Contábil: causa e efeito

Na Revista Brasileira de Contabilidade de março e abril de 2007 tem um artigo de Mônica Vanessa Encinas Villela, da UERJ, sobre harmonização contábil. O resumo do artigo é o seguinte:

O presente artigo apresenta uma reflexão sobre a necessidade de harmonização contábil mundial baseada nas diferenças encontradas entre as normas contábeis internacionais, norte-americanas e brasileiras aplicadas a uma Business Combination. O objetivo é demonstrar que tais divergências podem causar grandes distorções no reconhecimento, mensuração e evidenciação dessas operações. Para isso, toma-se como referência o IRFS3, emitido em março de 2004 pelo Iasb para buscar diferenças e similaridades nos pronunciamentos do Fasb e do Brasil a respeito do assunto, buscando-se evidenciar de que forma uma mesma transação pode ser interpretada e demonstrada de formas diferentes em função da norma que lhe é aplicada


A autora usa um exemplo para mostrar as diferenças entre as normas. E conclui "ser de fundamental importância o processo de Harmonização (ou Convergência) Contábil Internacional, a fim de possibilitar uma maior comparabilidade entre as demonstrações contábeis dos diversos países". Ao final, afirma que as harmonização é a contribuição do Pensamento Contábil para a evolução dos países subdesenvolvidos.

Tenho dois pontos a observar sobre esta linha de argumento.

Em primeiro lugar, particularmente não gosto de artigos que se baseiam em exemplos. Com exemplos, devidamente construídos, é possível chegar ao resultado que deseja o autor, mas que talvez não seja necessariamente o resultado que será encontrado na prática. Argumentar com exemplos é frágil, pois um outro pesquisador pode construir um outro exemplo, no sentido contrário.

Segundo, ao mostrar a existência de diferenças - e o artigo apresenta isto de forma bastante adequada - o texto faz um salto. O raciocínio é que "existe diferença, logo é necessária a harmonização". Não sei se este argumento é válido. Na nossa economia, a existência de divergências pode ser interessante.

Ativo virtual

Existiria ativo virtual? Tudo indica que sim. Diversas situações mostram que o conceito de ativo é perfeitamente aplicável no mundo virtual.

Um fato reforça a questão que algo virtual também pode ser considerado um ativo. Uma disputa de terra virtual no Second Life será resolvida na corte federal.

Clique aqui

Teoria dos Jogos

A Teoria dos Jogos é um interessante campo de estudos que pode ser usado em economia, administração e até contabilidade.

As aplicações são inúmeras, mas recentemente o blog Mahalanobis indicou um estudo interessante: o conflito, não cooperativo, entre duas espécies, macho e fêmea, sobre o assento do vaso sanitário. O autor utiliza, inclusive, noções do equilíbrio de Nash.

Clique aqui para ler o artigo (em inglês)

03 junho 2007

Google versus Microsoft

A figura ao lado compara o desempenho da Google com a Microsoft nos últimos doze meses. Geralmente a Google tem sido considerada como exemplo de empresa com grande futuro, enquanto a Microsoft é vista como uma empresa ultrapassada. Não é o que parece mostrar o gráfico. O comportamento tem sido razoavelmente similar, com uma pequena vantagem para Microsoft.

Fonte: Bloggingstocks

SP é um índice global

O índice da Standard & Poor´s mede o comportamento da bolsa de Nova Iorque. Tem sido largamente usado em modelos como uma simplificação do comportamento do mercado norte-americano.

Entretanto, com o crescente número de empresas estrangeiras com ações negociadas na bolsa de Nova Iorque, o índice da SP tem se transformado num índice mundial do mercado. Segundo algumas estimativas 48% do lucro reportado tem sua origem no mercado externo.

Existe um outro argumento neste sentido. Antigamente existia uma baixa correlação entre os índices de mercado. Nos dias de hoje, a correlação entre os diversos mercados aumentou, o que significa dizer que um movimento no mercado norte-americano tende a influenciar o comportamento do mercado brasileiro, por exemplo.

02 junho 2007

Patrimonio Líquido da Pessoa

Qual a melhor maneira de medir o patrimônio líquido de uma pessoa ou família? O Patrimônio Líquido é o resultado da diferença entre os ativos e os passivos. Entretanto, em finanças pessoais, a mensuração do PL talvez pudesse ser feita da seguinte forma:

PL = Ativo - Passivo - Valor da Residência

Retirar o valor da residência poderia fazer sentido uma vez que seria a casa onde a família mora e possui uma iliquidez elevada. Clique aqui para uma discussão maior sobre o assunto.

Valor do clique

Um dia depois do massacre na Virginia Tech o custo por clique de frases como "Virginia Tech" ou "Virginia Tech shooting" ou mesmo "Virginia Tech massacre" aumentou para $5 dólares. Nas semanas seguinte o valor caiu. Fonte: WSJ

As melhores universidades norte-americanas

As melhores universidades do mundo na área de economia:

1 Harvard
2 U Chicago
3 Massachusetts Institute of Technology (MIT)
4 U California - Berkeley
5 Princeton U
6 Stanford U
7 Northwestern U
8 U Pennsylvania
9 Yale U
10 New York

Em 277 a Fundação Getúlio Vargas. A New U Lisbon (U Nova)aparece em 201a. A Universidade Católica Portuguesa em 321a. A Torcuato Di Tella, da Argentina, também consta da lista.

Os Centros de Pesquisas:

1 World Bank
2 International Monetary Fund (IMF)
3 Federal Reserve System Board of Governors
4 Federal Reserve Bank - Minneapolis
5 Federal Reserve Bank - New York
6 Institute for Fiscal Studies UK
7 Federal Reserve Bank - Chicago
8 US Dept of Labor - Bureau of Labor Statistics
9 Centre for Research in Econ. & Statistics (CREST-INSEE)
10 Resources for the Future - USA

O ranking também é dividido em áreas. Em Financial Economics a liderança é de Chicago

01 junho 2007

Nike e responsabilidade social

Tentando reverter a imagem negativa, a Nike anuncia seu relatório de responsabilidade social:

A Nike estabelece alvos empresariais para atingir metas ambiciosas de responsabilidade corporativa; A empresa integra mais profundamente a responsabilidade corporativa no crescimento de longo prazo e em estratégias empresariais de inovação
PR Newswire em português

BEAVERTON, Oregon, 31 de maio /PRNewswire-FirstCall/ -- Com a divulgação hoje de seu Relatório de Responsabilidade Corporativa dos anos fiscais 2005 e 2006, a NIKE, Inc. anuncia uma série de alvos empresariais para 2011 que integram mais profundamente metas de responsabilidade corporativa no crescimento de longo prazo da empresa e nas estratégias empresariais de inovação. As metas estabelecem pontos de referência para melhorar as condições de trabalho nas fábricas contratadas, criar uma empresa de clima neutro, impulsionar projetos de produtos e inovações sustentáveis, e desencadear potencialidades oferecendo à juventude maior acesso aos benefícios do esporte.

"Consideramos a responsabilidade corporativa um catalisador de crescimento e de inovação", disse Mark Parker, Presidente e CEO da Nike, Inc. "Ela é parte integrante de como podemos usar a força de nossa marca, a energia e a paixão do nosso pessoal, e a dimensão de nosso negócio para criar mudanças significativas."

As metas empresariais de responsabilidade corporativa estabelecidas pela Nike incluem:

-- Melhorar as condições de trabalho eliminando até 2011 horas extras excessivas nas fábricas contratadas da marca Nike. Horas extras excessivas constituem um dos problemas de conformidade trabalhista mais sérios que a empresa e a indústria enfrentam. A prioridade da Nike continua sendo a melhoria das condições para os quase 80.000 trabalhadores das fábricas contratadas que fabricam os produtos da empresa.

-- Implantar até 2011 um clima neutro em todos os ambientes de fábricas, varejo e viagem de negócios relacionados com a marca Nike. Nos últimos dois anos, a Nike ultrapassou as metas de redução de emissões de CO2 através do programa Climate Savers do World Wildlife Fund. A empresa também eliminou gases fluorinados (gases F) em todos os produtos da marca Nike, após 14 anos de pesquisa e desenvolvimento do sistema de amortecimento Nike Air da empresa.

-- Projetar todos os calçados da marca Nike (mais de 225 milhões de pares por ano) para satisfazer até 2011 as metas básicas de redução de resíduos no projeto e embalagem de produtos, na eliminação de compostos orgânicos voláteis e no uso crescente de materiais ambientalmente preferíveis. Todo o vestuário da marca Nike está programado para satisfazer os padrões básicos até 2015, e o equipamento até 2020. A Nike está projetando soluções de inovação sustentável em seus produtos que, segundo a previsão da empresa, irão criar benefícios em toda a sua cadeia de suprimento e possibilitar a realização de seus objetivos.

-- Investir em iniciativas baseadas na comunidade que usam a força do esporte para desencadear potencialidades e melhorar a vida dos jovens. Nos últimos dois anos, a Nike investiu US$100 milhões em iniciativas esportivas baseadas na comunidade. A empresa está planejando um investimento mínimo de US$315 milhões até 2011.

Além de definir metas empresariais, a Nike continua o seu compromisso de transparência na cadeia de suprimentos, atualizando informações públicas sobre as mais de 700 fábricas contratadas em todo o mundo que fabricam produtos Nike. Em 2005, a Nike foi a primeira empresa do setor a divulgar sua base fabril para encorajar a transparência e a colaboração na indústria. Pela primeira vez, a Nike também colocou no site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/] as ferramentas de auditoria das fábricas contratadas pela empresa. As ferramentas ajudam a fornecer melhor transparência e discernimento sobre como a empresa avalia e monitora suas fábricas contratadas quanto à conformidade com os padrões da Nike.

O relatório de responsabilidade corporativa da Nike, disponível em rede no site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/], apresenta maiores detalhes sobre essas e outras metas empresariais. O relatório apresenta também uma revisão abrangente dos esforços de responsabilidade corporativa da empresa nos anos fiscais de 2005 e 2006, bem como estratégias para o futuro. Este é o terceiro relatório público de responsabilidade corporativa da empresa. O período do relatório do AF05-06 abrange uma época crítica, durante a qual a Nike experimentou uma evolução significativa sobre como a empresa formula, define e aborda a responsabilidade corporativa.

Para mais informações, visite o site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/].

A NIKE, Inc., sediada perto de Beaverton, Oregon, é líder mundial em projeto, comercialização e distribuição de calçados, vestuário, equipamentos e acessórios desportivos para uma grande variedade de esportes e atividades físicas. As subsidiárias integrais da Nike incluem a Converse Inc., que projeta, comercializa e distribui calçados, vestuário e acessórios atléticos; a NIKE Bauer Hockey Inc., uma empresa líder em projeto e distribuição de equipamentos de hóquei; a Cole Haan, uma empresa líder em projeto e comercialização de sapatos, bolsas, acessórios e casacos de luxo; a Hurley International LLC, que projeta, comercializa e distribui calçados, vestuário e acessórios para esportes de ação e estilos de vida jovens; e a Exeter Brands Group LLC, que projeta e comercializa calçados e vestuário atléticos para o canal de varejo em geral.

Rentabilidade no Futebol

Notícia da Agência EFE em 31/05/2007

Campeonato Inglês é o mais rentável do mundo, aponta estudo

O Campeonato Inglês é o mais rentável do mundo, com um volume de receitas de ? 2 bilhões e lucro de 200 milhões por temporada, segundo um relatório anual divulgado pela empresa de auditoria Deloitte.

Além disso, na próxima temporada os clubes do Inglês assinarão um contrato que superará os 2,5 bilhões em receitas de televisão.

Em segundo lugar aparece o Campeonato Italiano, enquanto o Espanhol desbancou o Alemão e surge em terceiro.

As competições de futebol mais importantes da Europa - em Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha - tiveram aumento médio de 7,2% nas receitas desde o ano 2000.

Quanto à distribuição de lucros, os cinco campeonatos principais contribuíram 53% para esta alta, enquanto a Fifa, Uefa e associações nacionais representaram 15% desta fatia - assim como as ligas de segunda e terceira divisão dos cinco países principais.

Os campeonatos restantes representaram 14%. Os outros 3% são de todas as ligas profissionais (com exceção das de primeira divisão) dos 47 países pertencentes à Uefa. EFE

CPC

Artigo do prof. Eliseu Martins:

Harmonização contábil
Gazeta Mercantil - 01/06/2007

1 de Junho de 2007 - O processo de harmonização contábil brasileiro levou à constituição do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), formado por Abrasca, Apimec, Bovespa, CFC, Fipecafi e Ibracon, contando ainda com Bacen, CVM, SRF e Susep. Está produzindo pronunciamentos a serem aprovados por esses órgãos reguladores e deverá se constituir na única fonte de emissão de documentos contábeis brasileiros, na busca da harmonização com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB.

Paralelamente, corre no Congresso o Projeto de Lei 3741/2000 que contém, entre outros pontos, uma mudança que deverá eliminar certas influências das regras tributárias sobre o balanço societário. Mas têm surgido comentários no sentido de que, por isso, serão divulgados dois balanços, o que tem causado certa confusão.

Estão, de fato, previstos dois, mas com uma característica nova: primeiro, será feito, pelas companhias abertas e pelas fechadas que assim optarem, o balanço para fins do imposto de renda e da contribuição social; mas estes serão "secretos", não divulgados, para relacionamento apenas entre o fisco e a empresa (como já existe, de certa forma, hoje, quando os balanços fiscais sofrem ajustes para cálculo desses tributos). Após, serão elaborados os balanços para fins societários, agora livres das amarras fiscais, que serão, esses sim, publicados e válidos para todos os efeitos de cálculo de dividendo obrigatório, valor patrimonial, aprovação pelos acionistas, etc. Com isso, não haverá nenhuma possibilidade de confusão junto ao usuário externo. Este não tomará conhecimento do balanço fiscal (como hoje), e sim apenas do balanço "oficial" que irá à AGE.

Por outro lado, o Bacen determinou que, a partir de 2010, as instituições financeiras deverão divulgar seus balanços consolidados conforme as regras do IASB. E a CVM está em audiência pública com minuta de Instrução na mesmíssima direção. Teremos então três balanços?

O plano das instituições ligadas ao CPC, e também do governo, é que o Brasil tenha sua contabilidade totalmente harmonizada com as normas internacionais, e o trabalho desse comitê está sendo desenvolvido no sentido de que isso seja já aplicado diretamente nos balanços individuais, primários, de tal forma que não exista um balanço de acordo com as regras brasileiras e outro de acordo com as internacionais, como está ocorrendo hoje nos países da União Européia, onde cada empresa faz o seu balanço de acordo com suas regras nacionais e, depois, o consolidado de acordo com o IASB. Queremos evitar isso.

Mas esse trabalho do CPC não tem um tempo precisamente definido para ser completado, pois precisa ser implantado paulatinamente. Como ambas as autarquias estão determinando que, a partir de 2010, as sociedades a elas submetidas publiquem seus balanços consolidados de acordo com o IASB, poderá haver, sim, temporariamente, dois conjuntos publicados: o balanço individual, dentro das regras em vigência no Brasil, e o balanço consolidado, totalmente conforme o IASB. A diferença com relação a hoje, quando já temos os dois conjuntos, é que tanto o individual quanto o consolidado estão, com raras exceções, dentro das mesmas regras.

O que se espera, todavia, é que, até lá, as diferenças sejam bastante restritas e que, rapidamente, elas desapareçam completamente, e assim teremos os dois balanços, o individual e o consolidado, dentro das mesmas regras, as internacionais.

Vê-se, concluindo, que o balanço fiscal não será nunca publicamente divulgado. E a divulgação de dois balanços com critérios diferentes (brasileiro e internacional) só ocorrerá para as companhias abertas e as instituições financeiras, a partir de 2010 e somente durante o tempo que faltar para a completa harmonização da contabilidade brasileira às normas internacionais.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Eliseu Martins - Sócio do Ibracon; Vice-coordenador Técnico do CPC. )

Padronização

Um dos estudos mais interessantes sobre a padronização refere-se ao teclado do computador. O teclado que usamos é denominado de padrão QWERTY, os nomes das letras do canto esquerdo do teclado.

A Wikipedia resume a questão do teclado:

Nesse layout, os pares de letras utilizados com maior frequência na língua inglesa foram separados em metades opostas do teclado, numa tentativa de evitar o travamento do mecanismo das rudimentares máquinas do século XIX. Ao alternar o uso das teclas, o arranjo impedia o travamento de teclas nas antigas máquinas de escrever: enquanto uma mão acerta uma tecla, a outra localiza a tecla seguinte.

Em equipamentos modernos, insensíveis à velocidade de digitação, a eficiência desse layout é duvidosa, e outros padrões foram propostos, como o Dvorak, mas nunca atingiram a popularidade do QWERTY.



Ja o teclado Dvorak possui maior eficiência:

O Teclado Simplificado Dvorak é recomendado por ergonomistas, pois uma pessoa digitando em inglês no Dvorak se esforça 20 vezes menos do que se estivesse digitando num teclado QWERTY.

O teclado Dvorak nunca chegou a ser amplamente adotado. Tanto os fabricantes quanto os usuários foram resistentes ao layout radicalmente diferente do tradicional QWERTY, que exige a reaprendizagem da dactilografia.

Foram desenvolvidas diferentes adaptações do Dvorak para outras línguas, como por exemplo o iDvorak (Italiano), Dvorak-fr (Francês), o BR-Nativo (Brasileiro) e outros.


Isto significa que adotamos hoje um teclado que é inferior em lugar de um produto superior. O mais interessante é que o exemplo do teclado tem sido usado para mostrar como o mercado eficiente é falho. Caso contrário, o teclado Dvorak seria mais utilizado. e não o QWERTY.

Este é um excelente exemplo para discutir a questão da padronização contábil também. Será a padronização eficiente? Ao padronizar as demonstrações estamos deixando de atender a algumas características importantes? (Como acontece com o teclado QWERTY, que é interessante para língua inglesa, mas não para língua portuguesa).

Dois links

1. Livro sobre Impostos Internacionais

2. Subsídio do Estado para produção de filmes

Aviso de Perigo

Relatado por Suketu Mehta (Maximum City, via Marginal Revolution) um aviso num prédio:

“Atenção
Este prédio é inseguro. Pessoas que entram na propriedade o fazem por sua conta e risco. O dono da propriedade não será responsável por qualquer problema com a vida e propriedade. O Proprietário”

Dentro do prédio não existe traficantes ou sem teto. Mas escritórios de advogados, contadores e instituições financeiras.

Links

1. Tamanho do dedo e desempenho em matemática - Correlação espúria?

2. Avaliar marca é difícil. Cuidado com algumas pesquisas.

3. Uma listagem dos viéses cognitivos da decisão humana. 26 razões para explicar a irracionalidade humana

4. Uma discussão com Richard Thaler

5. Não sou Diretor da Economia, mas deu no Jornal Nacional

6. Um produto para evitar paparazzi.

Pirataria

A figura mostra os países com maior valor de pirataria por computador, em unidades monetárias. Fonte: The Economist Interessante a presença da Islândia, um país europeu, no segundo lugar.

31 maio 2007

Ranking dos jogadores de futebol

O ranking é comum em diversos esportes. No xadrez, por exemplo, cada jogador tem um ranking que é atualizado periodicamente com as partidas disputadas.

No futebol as tentativas de ranking são imperfeitas e toscas. O conceituado Times de Londres usou a matemática para chegar aos maiores talentos da liga inglesa. O resultado a seguir (na ordem: jogador, clube, posição e duas medidas de desempenho)

1 C Ronaldo - Manchester United - meia - 85.12% 19.12

2 F Lampard - Chelsea - Meia - 97.31% 16.24

3 Gilberto - Arsenal Meia 88.14% 16.01 P

4 - Cech - Chelsea - Goleiro 50.15% 14.41

5 - J Lehmann Arsenal - Goleiro 97.30% 13.94

6 - P Scholes Man Utd Meia - 79.10% 13.50

7 T Howard - Everton - Goleiro, 94.59% 12.96

8 N Vidic - Man Utd - Defensor 66.11% 10.48

9 B McCarthy Blackburn - 88.98% 9.91

10 A Hleb Arsenal - Meia 68.14% 9.87

Propinas e contabilidade

Um texto na Folha de S. Paulo de 31/05/2007 sobre a história da propina no Brasil.

Propinas: passado e presente
Folha de São Paulo

KENNETH MAXWELL

NO BRASIL, a propina tem uma história venerável. As lucrativas e íntimas interconexões entre o abuso de poder governamental, as quantias substanciais propiciadas pelos contratos e os empresários que recebem do Estado esses contratos não é novidade nenhuma.

Nas Minas Gerais da era colonial, propinas generosas eram formalmente incorporadas ao custo dos contratos concedidos pelo governo. O governador da Província e os funcionários do Judiciário recebiam adicionais aos seus salários oficiais conhecidos como "propinas", o que explica a origem do uso dessa palavra para descrever tal forma de pagamento no Brasil.

Em 1780, por exemplo, o governador de Minas Gerais recebeu, além do seu salário oficial, adicionais de cerca de 50% em forma de propinas, consideradas legais e que constavam das contas oficiais do governo. Os magistrados e outros funcionários locais recebiam suplementos salariais semelhantes, se bem que menos generosos.

As propinas vinham de empreiteiros que haviam recebido contratos para arrecadar em nome do governo a maior parte das receitas do Estado. De fato, o Estado havia privatizado a função básica de recolher impostos muito antes da década do neoliberalismo.

Os contratos que envolviam arrecadar impostos de importação e de exportação para o território da Província e tributos sobre a produção, uso de estradas e venda de produtos costumavam ser concedidos aos mais importantes empresários locais. O sistema gerava muitos abusos, e reformá-lo era virtualmente impossível. De fato, quando, em 1784, um oficial da contabilidade recomenda a reforma tributária, dizendo que esse método de contratação era prejudicial para o Estado, o governador e o chefe de Judiciário foram ambos totalmente contra qualquer mudança, apesar de serem inimigos e de discordarem sobre tudo. O que fica claro é que gente demais no interior do sistema lucrava com a maneira pela qual ele operava, embora o povo, evidentemente, não se beneficiasse. O povo se via forçado a pagar impostos pelos coletores, que desejavam extrair o máximo lucro de seus contratos com as autoridades.

Quanto mais impostos eles arrecadassem para além do montante prometido ao governo, mais dinheiro sobrava para eles. Foi Joaquim José da Silva Xavier que definiu a situação da melhor maneira: "Os governadores... cada três anos vinham... e todos iam cheios de dinheiro, que traziam uma machina de creados, e que cada um delles ia à proporção cheio".

Tiradentes estava falando, é claro, sobre governadores e criados vindos de Lisboa, e não sobre aqueles que hoje vivem em Brasília.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Links

1. Como o mercado acionário chinês é afetado pela crença na sorte e azar

2. Neuroeconomia, emoções e decisões morais

3. Como a escolha do título do livro de administração é importante. Reportagem do Valor Econômico de hoje

30 maio 2007

Pequenas notícias

1. A Transportation Security Administration perdeu um drive com dados (número do social security, datas de nascimentos, conta de bancos) de 100 mil empregados. (clique aqui)

2. Um estudo encontrou que uma criança escuta do professor uma média de 2.150 palavras por hora. E 620 na família. aqui

27 maio 2007

Rir é o melhor remédio



Enviada por José Matias Pereira

Cinema hoje e ontem



A figura ao lado mostra o desempenho de dois filmes. De cor mais clara, Indiana Jones, lançado em 1989, que produziu 186 milhões de dólares em nove semanas; de cor mais escura, X-Man, lançado em 2006, que gerou 190 milhões de dólares nas mesmas nove semanas. Ou seja a receita é aproximadamente igual. Entretanto, Indiana Jones levou mais tempo para chegar ao valor, enquanto X-Man teve sua receita concentrada nos primeiros dias.

Existem algumas razões para esta mudança de comportamento, conforme aponta a The Economist (28/04/2007, Endless Summer, de onde foi extraída a figura, p. 73 e 74). A primeira, é o crescimento da capacidade. O número de cinemas cresceu, nos Estados Unidos, de 29.700 para 39.700, entre 1996 e 2006. Outra razão é o crescimento da receita proveniente da tela pequena, incluindo TV, TV a cabo e DVD. Neste caso, os primeiros dias é um preditor das vendas de DVD e TV, além das propagandas acopladas ao filme.

Os grandes filmes tem algumas vantagens, como a concentração de esforços na promoção e grande número de público assistindo os trailers. Entretanto, como alerta a The Economist, a venda para tela pequena tem apontado uma tendência de queda, o que pode significar uma falência no modelo. Outro aspecto, é que os estúdios estão enfrentando uma batalha mais difícil com os artistas, cinemas e outros na divisão do bolo.

A pirataria e a divulgação rápida de informação na internet (inclusive opiniões desfavoráveis) também são fatores importantes. Isto tudo faz com que a chance de um estúdio cometer um erro, investindo num fracasso de público, tenha aumentado.

Clique aqui para ler mais e aqui também

26 maio 2007

Contabilidade Pública é diferente

Ao estudarmos a contabilidade pública pode-se perceber a grande diferença com a contabilidade financeira. Estas diferenças estão desde o tipo de demonstração utilizada até o processo contábil.

Existem diversas razões para a existência destas divergências, entre as quais é possível citar as características do governo; características dos serviços prestados; as características do processo administrativo do governo; o volume expressivo de investimento em ativos que não produzem receita; a natureza do processo decisório; o uso das informações contábeis; os usuários das informações; e a ênfase na teoria do fundo, em detrimento da teoria da entidade e do proprietário. Discutem-se cada um destes aspectos a seguir.

Características do Governo
O governo é oriundo da autoridade que é delegada pelos cidadãos. A organização do governo é completamente diferente de uma empresa ou uma entidade sem fins lucrativos. Um governo está dividido em poderes, geralmente executivo, legislativo e judiciário. O governo pode assumir a forma de uma monarquia ou república e ter divisões administrativas diversas (estados, municípios, vilas, etc.).
Existem pelo menos cinco características básicas exclusivas do governo em termos no seu aspecto econômico. Em primeiro lugar, a fonte de receita pode ser ou não obrigatória, como é o caso de um tributo; enquanto isto numa empresa a fonte de receita é opcional, resultado da vontade do cliente. Em segundo lugar, a receita do governo pode ser baseada nas características do serviço prestado, nas características do contribuinte ou em outros fatores. No setor privado, o único critério para determinação do preço é o valor dos serviços colocados a disposição. Terceiro não existe, no governo, uma relação direta e clara entre o pagamento e o serviço recebido. Uma pessoa pode consumir um bem do estado sem ter feito nenhum pagamento de imposto. Em quarto lugar, o governo é geralmente monopolista nos serviços que fornece a população. Este monopólio não é questionado, ao contrário do que ocorre com a iniciativa privada. Finalmente, e em virtude do exposto anteriormente, é difícil de medir a qualidade e quantidade dos serviços prestados pelo governo.

A forma de organização do governo é única e não encontra paralelo nas empresas. Admitindo que a contabilidade adapta-se ao ambiente na qual está inserido, é natural admitir que a contabilidade pública seja única também.

Características dos Serviços Prestados

O governo atua em áreas da economia e sociedade como segurança, educação, saúde, entre outros. Além disto, cabe ao governo estruturar e permitir o funcionamento da sociedade de maneira adequada, através da manutenção de uma infra-estrutura administrativa e de sistema legal. Em outras palavras, alguns dos serviços prestados pelo governo formam a base da estrutura da sociedade, o que gera uma necessidade de alocação em certas atividades que irão compor o serviço público.

Costuma-se dizer que as atribuições do governo estão divididas em três grandes grupos: função distributiva, alocativa e estabilizadora. Na função distributiva, o governo pode utilizar de programas sociais para permitir melhores condições de vida para população mais pobre. Na função alocativa, a vocação do governo é colocar a disposição de parcela da população certos serviços, como saúde e educação. Finalmente, a função estabilizadora mantém a sociedade funcionando através da segurança pública e de um banco central.

Características do Processo Administrativo

O processo administrativo de uma organização é composto pelo planejamento, execução e controle. Numa empresa privada, a execução é o destaque, sendo a mensuração do fluxo dos recursos econômico relevante. Na contabilidade pública existe um foco no controle, que domina o processo administrativo. Em termos do processo de gestão financeira, este está focado no orçamento público, que é elaborado e executado tendo em vista o controle dos recursos financeiros por parte do poder legislativo e dos órgãos de controle do executivo. O ciclo orçamentário governamental geralmente exige uma elaboração e aprovação anual de despesas e receitas, onde a execução está condicionada a esta autorização prévia dada pelo orçamento. Por conseqüência, o controle do orçamento é feito através da relação entre o orçado e o realizado, e será o instrumento mais importante na avaliação de uma gestão pública.

Investimento em Ativos que não produzem receita

O governo aplica uma substancial quantia de recursos em ativos permanentes, como prédios, equipamentos, veículos, parques, pontes, estradas e outros. Ao fazer estes investimentos, não existe uma preocupação que os mesmos venham produzem uma receita. Uma definição de ativo associada a geração de riqueza no futuro. As decisões de aplicação de recursos nos ativos no setor público não possuem esta preocupação com o retorno econômico. É muito comum, na área pública, o uso do termo “aplicar recurso a fundo perdido”, indicando justamente a pouca preocupação com o retorno do investimento.

Natureza do Processo Decisório

O processo decisório no governo é um processo político, onde estão presentes jogos de interesse, conflitos de opiniões, negociações, atendimento a demandas de comunidades mais organizadas, entre outros aspectos. Conforme comentado anteriormente, o orçamento é peça fundamental no processo de gestão financeira do setor público. A inclusão de um serviço ou obra no orçamento geralmente ocorre através do processo político. Assim, a inclusão de uma obra no orçamento pode ser feita através de uma proposta de um parlamentar (deputado ou vereador). Sua aprovação no legislativo dependerá da negociação com os outros parlamentares e com o poder executivo.

Uso da Contabilidade

Por tudo que foi comentado anteriormente, é possível perceber que o uso da contabilidade na avaliação de desempenho possui uma preocupação legalista e voltada para o controle dos gastos públicos. A contabilidade pública deve procurar responder se a execução orçamentária esteve de acordo com as normas, em especial a lei que aprovou o orçamento. Somente nos últimos anos, tem ocorrido uma maior preocupação com usar a contabilidade para mensurar índices que possam refletir a qualidade da gestão.

Usuários da Contabilidade Pública

Os usuários das informações contábeis do governo são diferentes das empresas privadas. A rigor, o usuário final da contabilidade pública são os cidadãos, sejam eles contribuintes ou não. O interesse é verificar a qualidade da administração pública. Além deste usuário é necessário destacar a imprensa e os grupos de pressão (conhecidos também como lobbies), o poder legislativo e os órgãos de controle externo, entre outros.

Justamente pelo fato do usuário preferencial da contabilidade pública ser o cidadão, deveria existir uma preocupação com o acesso e compreensão deste usuário as informações que são produzidas.

Ênfase na Teoria dos Fundos

Entre as diversas teorias do patrimônio líquido, a Teoria do Fundo é mais aplicada a ao setor público, e em menor grau as entidades sem fins lucrativos do terceiro setor, onde as necessidades de informações são diferentes do setor privado com fins lucrativos. No setor privado prevalece a teoria do proprietário ou a teoria da entidade.

25 maio 2007

História Econômica do Brasil




Joana Naritomi, Rodrigo Soares e Juliano Assunção, da PUC-Rio e University of Maryland, analisaram a história do Brasil e as implicações para as atuais instituições, em particular, as instituições municipais. O que aconteceu no Brasil colonial ainda tem influencia sobre a estrutura socioeconômica atual. Municípios com vínculo no ciclo da cana de açúcar (figura 5, extraída do artigo Rent Seeking and the Unveiling of “De Facto” Institutions: Development and Colonial Heritage within Brazil) possuem problemas maiores de distribuição de terra. Municípios ligados ao ciclo do ouro (figura 6) possuem problemas de governança e menos acesso a justiça.



Os autores mostraram que o problema de acesso a justiça está relacionado com aspectos de longo prazo. Duas figuras interessantes, e também do texto dos autores: A figura 1 mostra a renda per capita dos países e sua distância do Equador. Quanto mais distante estiver do Equador, maior a renda per capita. A segunda figura mostra o mesmo calculo para os municípios brasileiros. Novamente, os locais mais distantes do Equador possuem maior renda per capita.

24 maio 2007

Regras e comportamento

As pessoas reagem as regras. Esta é uma verdade que tem sido comprovada diariamente. Um estudo interessante mostra uma aplicação disto nas corridas da Nascar


Clique aqui para ler

Oferta Pública de Ação

Os especialistas enfatizam que a excelência em governança não garante a existência de um bom empreendimento empresarial. [grifo meu]


Do jornal Valor Econômico de 24/05/2007, sobre as recentes operações de lançamento de ações na bolsa. Clique aqui para ler integral

Nova regra da SEC facilita obediência de empresas menores à Sox

Gazeta Mercantil - 24/05/2007

Washington, 24 de Maio de 2007 - A Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos EUA, decidiu ontem facilitar para os executivos de pequenas companhias o cumprimento da lei de responsabilidade corporativa da lei Sarbanes-Oxley. A medida é vista como, um pré-requisito para a aplicação plena da lei para milhares de empresas de pequeno porte. Por cinco votos a zero, a SEC aprovou a regra que permite aos executivos para adaptar suas avaliações à complexidade de suas atividades. A orientação "visa a classificar corretamente os esforços de avaliação da diretoria, e pretende fazer isso para as empresas de todos os portes", disse o chairman da SEC, Christopher Cox.

Os reguladores esperam que a orientação, combinada com uma medida suplementar que pode ser aprovada hoje pelo Conselho Supervisor de Contabilidade de Empresas de Capital Aberto, reduzirá os custos o suficiente para que as empresas pequenas acatem a lei de provisão de controles internos de 2002. As pequenas empresas de capital aberto (cerca de 60% do total) hoje são isentas de cumprir a lei porque os reguladores adiaram a implementação das regras até os regulamentos serem reduzidos.

Os auditores dizem que uma das maiores reduções de custo virá de um regra separada que a SEC aprovou ontem. Pela regra, os auditores fornecerão uma opinião única sobre os controles internos corporativos de demonstrativos financeiros. Eles têm fornecido duas opiniões separadas, uma sobre os próprios controles e uma sobre o processo da gerência para avaliar esses controles.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Dow Jones Newswires)

Morte da vovó

Um trabalho de Mike Adams, da Eastern Connecticut State University, chama atenção para um aspecto curioso: a avó de um aluno tem mais possibilidade de morrer subitamente antes do aluno fazer o exame do que em outro momento do ano.

A tabela talvez ajude a explicar o que Adams descobriu. As notas dos alunos são de A (a melhor nota) até F (a pior nota). São três exames: inicial, do meio e final. A tabela apresenta o número de mortes das vovós por cem alunos. Observe o número 1,04 da tabela (no lado direito, embaixo). Isto significa que em média 1,04 avós de alunos que estão fazendo o exame final morrem. Quando não existe nenhum exame esta média é de 0,054; se o exame é do meio, o índice de mortalidade é de 0,574.



Outro aspecto interessante é que a mortalidade aumenta quando a nota do estudante é pior. Observe a última linha da tabela: para o bom aluno (com nota atual A) o índice de mortalidade é 0,09; para o aluno ruim (nota F) o índice é de 2,18.

Outra constatação da tabela: quanto mais importante o exame, maior o índice de mortalidade.

(clique aqui também)

23 maio 2007

Revisão de livros em jornais

Sou leitor de resenhas de livros em jornais e achei interessante a posição de Tyler Cowen sobre o assunto.

Os jornais publicam críticas de livros, apesar do número pouco expressivo de leitores, por três razões:

a. Ajudam as pessoas a escolherem os bons livros - Uma resenha elogiosa indica para o potencial leitor que vale a pena ler um livro específico.

b. Significa prestígio para os jornais - é uma forma de uma jornal, como o Estado de S. Paulo, ser diferente de uma Gazeta Esportiva, por exemplo. Significa prestígio e anunciantes para um público classe A.

c. As pessoas lêem as críticas como um substituo a leitura do livro.

Tenho um quarto aspecto: as resenhas interessam aos autores e editores.

Não espere muito do Xadrez

Um comentário interessante do Blog do Wall Street Journal (de 3/maio/2007) diz para não esperar muito do Xadrez.

Ao longo dos anos, jogar xadrez tem sido incentivado como uma forma de melhorar o desempenho da criança e do adulto. Apesar de alguns descrentes, como Millor Fernandes, que certa vez afirmou que a inteligência do Xadrez só serve para jogar Xadrez, a associação entre desenvolvimento intelectual e o jogo de xadrez tem sido ressaltada.

O artigo do Wall Street Journal considera que os benefícios do xadrez são exagerados. Assim, a memorização da posição de xadrez, comum para os grandes jogadores, não é útil em outras áreas. (E hoje o jogo de xadrez depende muito desta memorização). Outro aspecto é que o xadrez pode influenciar negativamente na personalidade do indivíduo. (É interessante notar que ouvi este aspecto do prof. José Matias Pereira, num bate-papo que tivemos)

Entretanto, o próprio blog reconhece alguns benefícios. Xadrez encoraja a criança a trabalhar pesado para descobrir algo a partir do seu estilo. Além disto, xadrez é uma das poucas competições onde ainda prevalece o espírito amador. Nenhuma criança escolhe o xadrez para ganhar dinheiro ou fama.

Como pai de um ex-jogador de xadrez, que chegou a ser bi-campeão do Centro-Oeste e com grandes perspectivas, mas que abandonou o jogo por motivos que até hoje não consigo entender direito, achei muito interessante o posicionamento do blog.

Efeito Calendário

O Efeito Calendário é uma coleção de teorias que assegura que certos dias, meses ou tempo do ano estão sujeitos a mudanças de preços no mercado e podem representar um bom ou mau momento para investir. Algumas teorias incluem a efeito segunda, o efeito Outubro, o efeito Halloween e o efeito Janeiro.

Clique aqui para ler mais

Satisfação do Cliente e Desempenho Financeiro


Uma estratégia de investimento é apostar nas empresas que possuem alto escore de satisfação dos clientes. Um artigo publicado no Journal of Marketing (via Big Picture) encontrou que as empresas com maiores índices de satisfação dos clientes (American Customer Satisfaction Index - ACSI) possuem um desempenho superior no mercado, com retornos de 40%.

Apesar da amostra ter uma problema temporal, considerou somente o período de 1996 a 2003, o gráfico é bastante ilustrativo. A linha continua representa o retorno das empresas com maiores índices de satisfação do cliente (20% melhores) e a pontilhada o mercado. No primeiro gráfico a comparação é com Dow Jones; no segundo, com SP; e no terceiro, com a Nasdaq.

A visão do Brasil e Argentina pelo investidor estrangeiro

O blog de Yaser Anwar apresenta longas análises sobre investimento. Recentemente teve uma análise sobre investimento no Brasil e na Argentina, com análise dos fundamentos da economia. A conclusão final do blog foi de que a qualidade da governança permanece pobre, podendo ser afetada pelo aumento do autoritarismo dos governos da América Latina.

22 maio 2007

Brasília

Google Machista

Há alguns dias o Google foi acusado de machismo. Clicando em www.google.com e colocando a frase "she invented", a pesquisa retornava com o questionamento se você não queria dizer "he invented".

Fiz hoje o teste novamente. E o resultado foi justamente os artigos que comentavam este "engano" do Google.

Continuei com o teste e digitei: "ela inventa" no google português. O resultado apareceu inicialmente "Did you mean: elan inventa". Mas se colocar "ele inventa" o resultado é normal

Filme


O filme de aventura Sahara talvez não tenha sido interessante o suficiente para levar o público ao cinema, mas a história dos gastos é interessante e foi contada pelo Los Angeles Times. Uma cena, de 46 segundos, foi cortada da versão final com a justificativa, do diretor, de que não "funcionava". O custo da cena foi de $2 milhões de dólares.

Os filmes de Hollywood possuem uma contabilidade intricada e geralmente seus números representam um segredo para o público externo. Uma reportagem como esta passa a ser interessante por permitir o acesso ao mundo encantando do cinema.

O ator McConaughey recebeu, nas semanas de filmagem, 8 milhões de dólares, sem incluir bonus e outras remunerações. Penolope Cruz tinha um salário de 1,6 milhões. Além destes pagamentos, a contabilidade do filme revela "pagamentos de cortesia", "gratuidades" e "subornos" no total de 237 mil dólares. A locação do filme foi o Marrocos e deste valor $40 mil foram pagamentos para interromper, temporariamente, um projeto num rio.

Os roteiristas receberam 3,8 milhões.

Nomes fazem diferença

Pesquisadores descobriram que nomes de mulheres como Anna, Emma e Elizabeth tem menos chance de estudar matemática ou física depois dos 16 anos. Clique aqui para continuar a ler

Clubes de Futebol

Duas reportagens sobre as demonstrações contábeis dos clubes de futebol no Brasil. A primeira afirma que a dívida destes clubes está aumentando e atualmente é de 1,344 bilhão.

Dos 10 clubes, 6 registravam débitos acima de R$ 100 milhões no final de 2006: Atlético-MG, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Santos e Vasco. Com o caso do atacante Nilmar em 2007 -que gera dívida de R$ 22 milhões-, o Corinthians também ultrapassa hoje o patamar.

Os compromissos fiscais representam a maior fatia das pendência dos clubes. (...) Ao contrário dos débitos com TV, federações e atletas, as dívidas fiscais não geram dependência financeira, pois o governo não faz exigências aos cartolas. Mas podem gerar penhoras de rendas e bens.


A outra reportagem mostra que a dívida elevada aumenta a dependência dos clubes. O título é bastante informativo: Balanços mostram futebol refém de TV, federações e agentes de jogadores

O ciclo começa pelo caixa vazio. A primeira opção dos cartolas é pedir adiantamentos à Globo, que detém a maior parte dos direitos de TV no país. Há também o apelo aos patrocinadores. Até o final de 2006, os dez times tinham recebido antecipadamente cerca de R$ 150 milhões dessa forma.

Por contrato, a emissora adiantou R$ 43 milhões do Brasileiro-2007 antes de a temporada começar. Só que, por intermédio de federações ou do Clube dos 13, os clubes acabaram captando bem mais.

Oficialmente, o C13 nega que adiantamentos possam interferir, por exemplo, na renovação contratual com a Globo -a Record tenta tomar o campeonato a partir de 2009. Nos bastidores, porém, cartolas admitem que a emissora carioca fica mais forte na hora de discutir.


Clique aqui e aqui para ler texto completo

Valor justo na avaliação contábil

Um artigo publicado num periódico mexicano El Economista (21/05/2007). Aqui um extrato:

Independientemente de lo anterior, debemos considerar que el ajuste a valor razonable de los activos y pasivos de eventos y transacciones y circunstancias no transaccionales tienen el inconveniente, algunas veces, por tratarse de valores volátiles y que, en otras ocasiones, no existen los mercados para obtener dichos valores razonables, lo que termina en cuantificaciones estimativas que resultan o pueden resultar subjetivas; aquí es donde se le puede complicar al auditor.

Lo que es bien cierto, es que las normas contables aceptan cada vez más al valor razonable como método de cuantificación y de que en su determinación se ven inmersos cálculos financieros complejos. Por todo ello, es necesario que los profesionales de la contabilidad incluidos los auditores externos, conozcamos más acerca de las teorías y técnicas de valuación existentes, de lo contrario, como auditores ¿estaremos de acuerdo que el valor razonable es razonablemente correcto?


Clique aqui para ler completo

21 maio 2007

Apple e o poder da internet


Um notícia, falsa, vazou na internet sobre um novo produto da Apple. Falava do atraso no seu lançamento e nas dificuldades que a empresa estava encontrando para fechar seu cronograma no prazo. O gráfico registra a reação do mercado.

Fonte: Data Mining

Custo de captação

Segundo a Gazeta Mercantil de 21/05/2007, a bolsa tem um custo de captação reduzido em relação a outras formas de captação:

Ir à Bolsa, o investimento da vez

21 de Maio de 2007 - O custo de captação, na abertura do capital, varia de 4% a 10%. Temos notado um "boom" recente de empresas abrindo seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. (...) Outro fator de atração é o baixo custo de captação, se comparado com as fontes de financiamento tradicionais do mercado bancário. Enquanto a taxa de juros média anual de empréstimos bancários gira em torno de 63,65% ao ano, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o custo de captação na abertura de capital é substancialmente inferior. No processo de abertura de capital, os custos iniciais da operação podem variar, em média, entre 4% e 10% sobre o valor da captação, incluindo-se os custos dos bancos coordenadores da oferta, auditoria, assessoria jurídica, publicações, comissões e outros.(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3)(Léo Rosenbaum - Sócio-titular da Rosenbaum Advocacia )


Observe como a informação é tendenciosa ao comparar o custo de um empréstimo (taxa de juros, basicamente) com o valor inicial da operação (mas não o valor total). Não seria possível chegar a uma conclusão adequada com esta informação.

19 maio 2007

Links

1. Copyright no Xadrez, na Moda e na Literatura

2. Comportamento e Aposentadoria

3. Astros em guerra - uma propaganda muito bonita, da NatGeo Brasileira

Estados Unidos deveriam realmente seguir a Inglaterra?

Anteriormente publicamos a opinião do presidente do FED de que os Estados Unidos deveriam adotar uma contabilidade mais próxima da existente na Inglaterra. Ou seja, baseada em princípios, não em regras (clique aqui).

No Wall Street Journal de 19/05/2007 (clique aqui para ler), Robert Pozen considera isto uma falsa dicotomia. Para Pozen, apesar dos princípios do Financial Services Authority (FSA) da Inglaterra ter menos que 200 palavras, seu livro de regras tem mais de 8 mil páginas.

Na sua opinião, uma regulação contábil precisa ter um misto de princípios e regras detalhadas. Os princípios gerais acomodam os novos instrumentos financeiros e servem de guia. Mas regras detalhadas também possuem vantagem: consistência entre empresas, reduz tempo e esforço para resolver problemas e protegem as pessoas (incluindo os executivos).

Já a The Economist (Speaking in tongues - International accounting, 19/05/2007) destaca a consolidação do IFRS na harmonização contábil (clique aqui). Mas lembra dos problemas, principalmente as diferentes versões de suas normas e o fato de que regras internacionais baseadas em princípios são mais difíceis de serem implementadas.

Esta semana foi muito rica em discussão contábil produtiva (clique aqui para ler mais).

Princípios ou regras

A reportagem do Wall Street Journal sobre as mudanças na contabilidade (clique aqui para postagem anterior) foi a quarta mais vista no jornal esta semana (The Most Popular Stories on the Web, 19/05/2007)

18 maio 2007

Rir é o melhor remédio

BAIANO DESESPERADO.

A REAÇÃO DE UM BAIANO DURANTE UM TIROTEIO

Imagine a reação de um baiano que está visitando algum parente na Favela da Rocinha no Rio, quando tem início um tiroteio terrível.

De um lado bandidos.
Do outro, a polícia.
E ele bem no meio do fogo cruzado.

Na foto pode se ver

a angústia

o desespero

a adrenalina

e o estresse

do cidadão baiano.



(Enviado por Maxwell, RN)

Complexidade, novamente

Um artigo de STELLA FEARNLEY e SHYAM SUNDER, este um autor de livros na área contábil, defende a necessidade de reduzir a complexidade da contabilidade (clique aqui para ler, em inglês

Os autores citam o caso das demonstrações do HSBC, com 454 páginas e peso de 3 pounds. E perguntam: quem irá ler?

Uma das questões é o monopólio na elaboração das normas! Muito interessante, pois os autores defendem que em lugar da convergência, o FASB e IASB deveriam competir.

Além disto, os autores lembram que não ocorreu nenhuma consulta para decisão de convergência em 2002.

A proposta é simples, para os autores: aumentar a competição pode ajudar a reduzir a complexidade e simplificar a contabilidade.

Provocante, pelo menos.

Comentários do Secretário do Tesouro Norte-Americano sobre a Contabilidade

Um texto onde Secretário do Tesouro Norte-Americano afirma a importância da contabilidade financeira, da profissão do auditor, da complexidade da contabilidade atual (inclui SOX) e da necessidade de manter o mercado norte-americano confiável e competitivo.

The key test of accurate financial reporting is trust.
By HENRY PAULSON
Financial Times - 17/05/2007
Page 15

Accurate and transparent financial reporting is vital to the integrity of our capital markets and the strength of the US economy. In an address last November, I spoke about the importance of strong capital markets, pointing out that capital markets rely on trust. That trust is based on financial information presumed to be accurate and to reflect economic reality.

Our capital markets are the best in the world and so is our financial reporting system. We must work to keep them that way. Today, the Treasury department is announcing several important steps to ensure we preserve an efficient financial reporting system that provides reliable information, is supported by a sustainable auditing industry, and has enhanced compatibility with foreign reporting standards.

In March, Christopher Cox, the Securities and Exchange Commission chairman, and I co-chaired a conference on capital markets competitiveness. Financial reporting was one of the main topics of discussion.

A strong auditing profession is essential for a well-functioning reporting system. The auditor's role is key: to examine financial statements and express an opinion that conveys reasonable, but not absolute, assurance as to the truth and fairness of those statements. The Sarbanes-Oxley Act of 2002 enhanced financial reporting integrity, including mandating major changes affecting the auditing profession. The act created the Public Company Accounting Oversight Board to replace self-regulation, and mandated auditor independence requirements. As these changes took effect, new challenges arose. We now have fewer major accounting firms, and legitimate questions about the sustainability of the auditing profession's business model.

These new challenges require understanding and solutions. To achieve this, the Treasury has asked Arthur Levitt, former SEC chairman, and Donald Nicolaisen, former SEC chief accountant, to serve as co-chairs of a non-partisan committee to address auditing industry concentration, and to consider options available to strengthen the industry's financial soundness and its ability to attract and retain qualified personnel. Through this public forum, investors, advocates, and companies can present a wide range of views, engage in informed debate and provide recommendations.

In addition to changes in the auditing profession, Section 404 of Sarbox appropriately emphasised the importance of internal controls over financial reporting. However, implementation has proven more costly and burdensome than originally anticipated. Mr Cox, Mark Olson, PCAOB chairman,and their commissioners and board members have sought to improve the application of Section 404. A more risk-based implementation will be a positive step.

Another emerging challenge is the soaring number of financial restatements over the past decade. In 1997, there were 116 restatements; in 2006, there were 1,876, or more than 10 per cent of public companies. Restatements pose significant costs on our capital markets. They have the potential to confuse investors and erode public confidence in financial reporting. Some of these restatements might not be material to investors, and others may simply reflect new accounting standards interpretations.

This volume of restatements reflects, in part, the complexity of our financial reporting system. Mr Cox and Robert Herz, Financial Accounting Standard Board chairman, are to be commended for their efforts to reduce that complexity. To complement this move, the Treasury intends to commission a rigorous analysis of factors driving financial restatements, and their impact on investors and the capital markets.

The increasing globalisation of our markets also means that we must enhance the comparability of foreign company financial statements. Mr Cox's leadership has been instrumental. He has taken positive steps towards the convergence of US GAAP and International Financial Reporting Standards, and eliminating the US GAAP reconciliation requirements for IFRS-reporting foreign companies by 2009.

As the SEC has said, its actions are key steps "toward a future regulatory framework in which IFRS may be used on a stand-alone basis by foreign private issuers and possibly also by US issuers." When fully implemented, this will enhance financial statement consistency and facilitate cross-border transactions and cash flows.

We will pursue each of these initiatives, and other steps that will be part of the broader competitiveness discussion, to ensure that US capital markets remain efficient, innovative and continue to drive capital to its most productive uses. Our markets must retain the integrity and efficiency that has contributed greatly to prosperity in America and around the globe.

Exemplo

Segundo o Diário Econômico, de Portugal (18/05/2007, Temos de gerar 630 milhões) o Tribunal de Contas Britânico (National Audit Office) possui uma regra interessante: para cada libra gasta nas auditorias é necessário gerar 9 libras em poupança para os contribuintes.

Não seria um exemplo interessante para ser seguido?

CVM: Brasil adotará padrões internacionais até 2010

Segundo a CVM, o Brasil deverá adotar as normas internacionais até 2010. A notícia é tão importante para a contabilidade que reproduzo as reportagens do VAlor Econômico e Gazeta Mercantil:

CVM quer regras internacionais até 2010
Valor Econômico - 18/05/2007

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estipulou o ano de 2010 como marco para que as companhias abertas passem a adotar suas demonstrações financeiras anuais consolidadas no padrão contábil internacional estipulado pelo Conselho de Padrões de Contabilidade Internacionais (Iasb, na sigla em inglês). As companhias que quiserem adotar, antes de 2010, o padrão contábil internacional - já em vigor na União Européia - também poderão fazer essa opção. Essas regras estão contidas numa minuta de instrução divulgada ontem e que vai ficar em audiência pública até o dia 30 de junho, para que os participantes do mercado enviem suas sugestões.A nova instrução faz parte de um esforço de convergência entre os padrões contábeis locais e internacionais para que investidores e analistas possam ter parâmetros de comparação unificados, diz a CVM, em nota. A autarquia afirma que o projeto de lei 3.741, em análise há vários anos pelo Congresso, é outra frente nesse sentido.

Ao reformar aspectos da Lei das S.A., um dos objetivos nesse projeto seria aproximar os padrões contábeis usados no Brasil dos critérios dos padrões internacionais. Caso o texto original proposto para a nova instrução venha a ser mantido, as companhias passam a ter de adotar os padrões ditados pelo Iasb a partir do exercício encerrado em 2010. Essa nova regra porém, valerá apenas para as demonstrações financeiras anuais consolidadas, conforme explicou o superintendente de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana. "Na regra que está sendo proposta as demonstrações individuais, assim como as trimestrais, continuam a ser feitas no padrão contábil local", diz Santana. Para conciliar essa diferença entre o padrão local e o internacional será preciso fazer uma nota explicativa. "Hoje já existe uma nota de conciliação sobre as diferenças entre o balanço consolidado e o individual, agora será feita uma nota sobre as diferenças entre o padrão internacional e o brasileiro", explica o superintendente da CVM. "O objetivo agora é colocar a idéia e fazer o debate, o texto poderá mudar em função disso", diz Santana. Ele acredita que a indicação para usar os padrões do Iasb no balanço consolidado é uma forma de começar a avançar na convergência das regras e criar uma nova cultura, dentro dos parâmetros permitidos e da competência da CVM. Na opinião do superintendente, o esforço do projeto de lei que tramita no congresso não se torna menos importante. "Ao contrário, ele trata dos padrões locais e é muito importante para as regras das demonstrações financeiras individuais. Nós temos esperança de que até a vigência dessas novas regras que estamos propondo o projeto já tenha sido aprovado no Congresso", diz Santana. Para Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP, as novidades introduzidas pela CVM são muito bem-vindas. "Os estrangeiros compram cada vez mais ativos brasileiros e o mercado está cada vez mais global. Ter um padrão unificado facilita muito a vida de analistas e investidores", afirma, lembrando que o mercado americano vai facultar às empresas estrangeiras listadas a contabilidade pelos padrões do Iasb e não pelos padrões dos EUA. "A tendência é a convergência de padrões. Acredito que no médio prazo essa mudança que vai ocorrer no Brasil possa até ter impacto sobre o custo de capital, pois uma das coisas mais difíceis de explicar são as diferenças nos números. O interesse pelos ativos locais pode aumentar", conclui Alexandre.


Agora da Gazeta:

CVM dá mais um passo para adoção do padrão internacional
Gazeta Mercantil - 18/05/2007

São Paulo, 18 de Maio de 2007 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou, ontem, em audiência pública, a minuta de instrução que dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional, seguindo as normas do International Accounting Standard Board (IASB).

A instrução faz parte do processo de convergência com essas normas internacionais ao mesmo tempo em que permite, durante o período de 2007 a 2009, a opção de apresentar as demonstrações já consolidadas pelo IASB e fixa o exercício findo em 2010 para que as companhias abertas brasileiras adotem obrigatoriamente o padrão internacional.

Segundo comunicado da CVM, as demonstrações financeiras consolidadas representam uma visão mais ampla da posição financeira do conjunto formado pela empresa controladora e suas controladas. Por isso, esse tipo de informação tem a preferencia dos analistas de mercado. No mercado de capitais internacional essas demonstrações são utilizadas como a única informação relevante para tomada de decisão pelos analistas e investidores.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

17 maio 2007

Rigidez no Preço

O preço de uma Coca-cola era de 5 centavos do dólar em 1886, o que corresponde a um dólar de hoje. Este preço demorou mais de 60 anos para se alterar. Isto é um típico caso de rigidez nos preços.

Esta rigidez tem uma explicação, mesmo sabendo que os custos de fabricação da Coca-Cola tenha se alterado em sessenta anos (para se ter uma idéia, o preço do açúcar triplicou na primeira guerra). Não foram os concorrentes, mas o custo de substituir as máquinas de venda de Coca-Cola, que só aceitavam “nickels”.

A Coca-Cola tentou várias alternativas, conforme relata Tim Harford, num artigo publicado na Financial Times Magazine (12/5/2007, For better or worth When it comes to price adjustment, there is, it seems, a lesson to be learnt from both Coca-Cola's rigidity and Amazon's flexibility - Clique aqui para outra endereço do artigo). Em 1953 o presidente da Coca-Cola escreveu para o presidente Eisenhower sugerindo a criação da moeda de 7,5 centavos.

Harford informa que um estudo detalhado de custos de um supermercado revelou que o custo para mudar um preço de um produto era de 52 centavos. Logicamente que a tecnologia torna isto mais fácil, com o código de barras, sítios na internet e menu. Hoje a Coca-Cola possui máquinas onde é fácil programar seu preço.

Mas mesmo assim, a variação de preço de uma Coca-Cola é muito menor que os preços dos livros da Amazon.

Clique aqui para ler mais

Links

1. Petrobrás perdeu em 3 rounds - sobre a negociação das refinarias

2. Loterias, perda de tempo - Um bilhete de loteria seria um ativo? Não, pois não satisfaz o requisito de gerar um benefício futuro esperado. A probabilidade é tão reduzida que não deve ser um ativo.

3. Na China tem mais menino que menina: preconceito ou Hepatite?

4. Quem lucrou com o acordo Daimler Chrysler? Os Advogados...

Estados Unidos seguem a Inglaterra na Contabilidade?

Segundo o Financial Times de 16/05/2007, p. 1, Ben Bernanke, presidente do Banco Central Norte-Americano (FED), os Estados Unidos deveriam seguir a abordagem baseada em princípios da Inglaterra.

Bernanke calls for US to follow UK's 'principles-based' approach.
By JEREMY GRANT

Ben Bernanke yesterday urged US financial watchdogs to look at the UK as a model for the way markets might be better regulated, weighing in behind the adoption of Britain's "principles-based, risk-focused" supervision.

The Federal Reserve chairman's comments are the clearest sign yet that senior US policymakers believe that there could be merits in copying some elements of the UK's use of more flexible regulations, a factor that is seen as having helped London attract business from the US.

His remarks come amid gathering concern that US capital markets risk slipping behind the rest of the world if the country does not integrate international accounting standards, reformits litigation system andsimplify duplicated regulations.(...)

Um novo nome para Caixa 2

Mais um novo nome para o caixa dois: "saco azul". Em continuidade ao escândalo contábil do Vitória Guimarães, clube da primeira divisão do futebol português (clique aqui), o Jornal de Notícias (nome interessante para um jornal) apresenta a seguinte reportagem (17/maio/2007):

Ex-director explica "saco azul" para ilibar Pimenta
Jornal de Notícias

O ex-director dos serviços administrativos do Vitória de Guimarães, Paulo Antero Sousa Pereira, confirmou ontem nas Varas Mistas de Guimarães, a existência de um "saco azul", alegadamente criado por Pimenta Machado para fugir ao Fisco e à Segurança Social, nos pagamentos dos salários dos futebolistas.

Na continuação do depoimento iniciado anteontem com perguntas do procurador do Ministério Público, a testemunha referiu que o "saco azul" era alimentado, maioritariamente, com verbas oriundas das quotas dos associados, mas também de outras proveniências, como sucedeu com um cheque emitido pelo Sporting aquando da venda dos jogadores Pedro Barbosa e Pedro Martins.

Segundo o antigo homem de confiança do ex-presidente, o "saco azul" funcionava em duas contas bancárias e funcionava de forma paralela à contabilidade oficial do clube.

Tal situação levou o juiz-presidente a constatar que, para se saber qual a verdadeira situação real das contas do clube, "haveria que somar as duas parcelas", o que a testemunha confirmou.

A sessão da manhã incidiu, assim, nos pormenores técnicos das movimentações financeiras do "saco azul" e suas alegadas ligações com o processo em que Pimenta Machado e Vale e Azevedo estão a ser julgados no tribunal de Guimarães.

Pimenta Machado está a ser julgado por quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos, enquanto o ex-dirigente do Benfica, Vale e Azevedo - que só hoje deverá regressar ao julgamento, por ter sido dispensado das restantes sessões - responde por dois ilícitos de falsificação de documentos.

Pimenta anunciou já que iria prestar declarações e desmontar "a cabala" contra ele montada e nega que se tenha apropriado daquelas verbas tendo dito.

O ex-dirigente explica, na contestação à acusação, que retirou uma parte da verbas provenientes das transferências de Pedro Barbosa e Pedro Martins - um cheque de 75 mil euros - porque o clube lhe devia dinheiro, e que o restante foi gasto em despesas do clube ou transferido para as suas contas bancárias.

O depoimento de Antero está a ser aproveitado pela acusação para tentar provar os crimes, enquanto o advogado de defesa de Pimenta Machado, José António Barreiros, tenta demonstrar que havia dinheiros movimentados pelo arguido, que não constam da contabilidade, mas que passavam pelo denominado "saco azul", não havendo, por isso, prejuízos para o Guimarães. )

Repsol e SEC

Segundo informação do Expansión, jornal espanhol, a SEC obrigou a empresa de petróleo Repsol a fazer uma correção na informação financeira. Eis um extrato da notícia:


La SEC da un correctivo a la información financiera de Repsol
Por Roberto Casado

Entre otras cuestiones, Repsol YPF se ha visto obligada a dar más información sobre los riesgos políticos en Latinoamérica, sobre los métodos de registro de sus reservas, sobre el trabajo que realizan los auditores de sus yacimientos, sobre sus costes de producción de hidrocarburos y sobre su adaptación a las normas internacionales de contabilidad. Además, la compañía que preside Antonio Brufau se compromete, a partir de la memoria de 2006 (todavía sin registrar en la SEC), a detallar el funcionamiento de sus sistemas de control interno y a incluir datos sobre la tarea de las firmas de ingeniería que certifican las reservas de los yacimientos.

La investigación no ha afectado a los resultados de la empresa española.

La revisión de los estados financieros de Repsol YPF comenzó el 28 de septiembre de 2006, cuando H. Roger Schwall, directivo de la división de finanzas corporativas de la SEC [área que se encarga de que los inversores dispongan de la información adecuada para tomar sus decisiones], envió un cuestionario a Fernando Ramírez, director de Finanzas de Repsol YPF, en el que exigía 51 aclaraciones y correcciones sobre la información de la memoria anual de 2005. La SEC, en alerta por la rebaja extraordinaria del 25% en las reservas de crudo anunciada por Repsol YPF en enero de 2006 e incluida en el citado informe, había detectado diversas lagunas en la memoria (el formulario denominado 20-F), tras someterla a un análisis concienzudo.

"El propósito de esta revisión", explicaba Schwall a Ramírez al comienzo de esa misiva, "es asistirle en el cumplimiento de los requisitos de información". Pero al final de la carta, advertía a Ramírez que la "división de investigación de la SEC [que trata las posibles violaciones de la normativa del mercado de valores] tendrá acceso a toda la información que proporcione", por lo que exigía una veracidad total.

Al final, no ha hecho falta la intervención de los temidos investigadores de la SEC, ya que Repsol YPF ha satisfecho las peticiones del supervisor bursátil, no sin reticencias. Después de la respuesta de la petrolera al primer cuestionario de la SEC, este organismo envió otras dos cartas en diciembre de 2006 y febrero de 2007 para reclamar más aclaraciones.

Especialmente intenso fue la discusión sobre la eficacia de los sistemas de control internos de Repsol YPF, que esta empresa calificó de "efectivos" al final de 2005. "Dado el ajuste de reservas realizado, no está claro cómo su presidente ejecutivo y su responsable financiero han concluido que los procedimientos de control son efectivos", dice la SEC a la petrolera, que intenta explicar que el problema de la contabilización de los barriles se generó por errores previos a 2004.

La empresa española también detalla la situación de sus operaciones en Bolivia, Argentina y Venezuela. Repsol YPF explica los motivos por los que ha tenido que reducir drásticamente sus reservas al final de 2006 en Bolivia tras la nacionalización de los yacimientos.

(...)
Fuentes de Repsol YPF quitaron ayer importancia a la revisión de su memoria anual efectuada por la SEC estadounidense. "No es una cuestión particular que afecte a Repsol YPF. En el último año, la SEC ha estado muy encima de las empresas europeas para analizar la aplicación de las nuevas normas internacionales de contabilidad (IFRS)". Esta regulación financiera empezó a determinar las cuentas de las empresas europeas en 2005. Las firmas norteamericanas se guían por sus propias normas (US GAAP). De hecho, según la petrolera, "de las 51 cuestiones planteadas por la SEC en su carta inicial, más de treinta corresponden a dudas sobre la implantación de los criterios de las IFRS". Además, Repsol YPF asegura que "cada tres años, la SEC efectúa un análisis más exhaustivo de los estados financieros de las compañías, y ahora nos tocaba". En la empresa que preside Antonio Brufau sí reconocen que "como el ajuste extraordinario de las reservas de hidrocarburos se registró en el informe de 2005, la SEC también ha preguntado sobre esta operación".

Brufau, en la junta de accionistas de Repsol YPF celebrada la semana pasada en Madrid, destacó que "el episodio de las reservas está a punto de cerrarse de manera ejemplar". Para ello, la empresa ultima un acuerdo con los inversores que presentaron denuncias en Estados Unidos por la revisión de reservas, que provocó una caída de la cotización. El presidente de Repsol YPF también destacó que la empresa ha recibido un premio como la petrolera más transparente.

Audiência Pública

Notícia da Gazeta de 17/05/2007 informa que:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o processo de audiência pública conjunta com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O objetivo da medida é eliminar duplicidade no processo de discussão pública dos pronunciamentos contábeis que tem como referência as normas do International Accounting Standard Board (IASB).


Mesmo assim, o processo de harmonização com as normas internacionais está atrasado.

16 maio 2007

Chute


Existe uma regra informal de que num exame objetivo uma boa estratégia é escolher uma única opção, geralmente a opção “C”. O teste aplicado para um aluno de Introdução a Comunicação levou a uma nota zero. Clique aqui para ler mais

Regra dos cinco segundos

Existe uma regra dos cinco segundos, muito difundida entre a população. Por esta regra, quando uma comida caiu no chão, pode-se comer sem susto se ficou no chão somente cinco segundos.

Uma pesquisa feita por Jillian Clarke, que ganhou o Ig Nobel por este motivo, 50% dos homens e 70% das mulheres conhecem a regra dos cinco segundos e muitos a seguem.

Os pesquisadores da Clemson University encontraram que esta regra não é verdadeira. Um pedaço de pão que ficou cinco segundos no chão estará contaminado com bactérias (de 150 a 8 mil, neste tempo).

Tulipamania: mito ou realidade


Na história mundial, entre as diversas situações de bolha econômica, a crise da Tulipa, que ocorreu na Holanda, é sempre citada. No século XVII o preço da tulipa aumentou de forma astronômica, caindo logo depois.

Um livro está reescrevendo alguns dos mitos desta crise. O livro chama-se Tulipmania, de Anne Goldgar, da University of Chicago. Uma discussão interessante do assunto encontra-se num artigo do Financial Times (clique aqui). Alguns trechos selecionados deste artigo:

Tulipamania é lembrada como a primeira bolha do mercado. Tem sido usado como analogia para crises subseqüentes, mais recentemente durante o boom das ações ponto com. (...) Muito do que nos escutamos não é verdade. Por exemplo, Goldgar não conseguiu achar nenhuma pessoa que faliu com a tulipamania.

(...) A melhor analogia para a tulipamania não é o boom “ponto com”, mas o mercado atual de artes, em que um trabalho de um jovem artista pode custar o valor de flat em Londres.

(...) Muitas das lendas da tulipa (...) são baseadas em um ou duas peças contemporânea de propaganda e um grande volume de plágio. (...)

Os efeitos foram modestos. É um mito que a tulipamania devastou a economia holandesa. Não seria possível, quando tão poucas pessoas comercializavam tulipas? Mesmo estas, sobreviveram a crise. (...)

Duas histórias de avaliação

Duas histórias interessantes de avaliação. Na primeira, um nome da internet foi vendido por 9 milhões de dólares.

Na segunda, informa que a venda da Chrysler pela Daimler foi, na verdade, um pagamento da Daimler para a Cerberus, para se livrar o passivo trabalhista de 18 bilhões. Ou seja, a transação para Daimler representou uma prejuízo muito maior do que o divulgado.

Custo menor com a Sox

Segundo o Wall Street Journal de 16/05/2007 (Moving the Market: Costs Fall Again for Firms To Comply With Sarbanes, por Kara Scannell) os custos de compliance para a Sox cairam em 2006. A justificativa é a redução do tempo que os administradores gastam, conforme uma pesquisa com executivos revelou. Apesar da boa notícia, 78% dos 200 executivos entrevistados dizeram que o custo com a Seção 404 ainda é maior que o benefício (eram 88% no ano anterior).

Assim, o custo total de compliance em 2006 foi de 2,92 milhões por empresa, 35% a menos do que no primeiro ano, quando a média foi de 4,51 milhões. A fonte das informações é o Financial Executives International.