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10 abril 2007

Celular, avião e Contabilidade

Quais as razões para não usar celular no avião? Telefones celulares interferem nos aparelhos eletrônicos, correto?

Não, segundo artigo da ComputerWorld.

O risco de interferência é algo testável, mas até o momento isso não ocorreu. Segundo o autor do artigo, Mike Elgan, nem o governo nem as companhias aéreas querem isso.

Para as empresas aéreas, permitir o uso de celular pode incentivar comportamentos indesejáveis dos passageiros. Uma notícia de atraso de vôo por conta de um temporal, como ocorreu comigo recentemente, pode ser verificada com uma ligação telefônica para um amigo que mora perto do aeroporto. (Neste caso, aparentemente, era mentira do comandante). Ou seja, as empresas preferem que os usuários fiquem na ignorância durante o vôo. (Isto também pode ser aplicado a contabilidade. Em certas situações, mais notícias não é desejável.)

Uma outra razão para resistência das empresas aéreas seria a necessidade de redesenhar o sistema de comunicação durante o vôo. Isto pode ser caro. Banir é mais barato.

Uma terceira razão para as empresas aéreas não serem simpatizantes do uso do celular é que no futuro as empresas pretendem implantar seus sistemas de comunicação. Banir é mais lucrativo, afirma Elgan.

Para o governo a discussão também é interessante, pois mostra que quando o governo percebe a possibilidade de ter custo com alguma regulação, é mais barato simplesmente adotar uma atitude extrema, geralmente proibir.

Um argumento decisivo do artigo:

Se 1% dos passageiros esquecem acidentalmente de desligar seus aparelhos, isso significa, só nos Estados Unidos, 20 mil aparelhos ligados por dia. Apesar disso, nenhum acidente registrado foi atribuído ao telefone celular.

Cem pessoas mais influentes da história

Quem são as cem pessoas mais influentes na história? Uma pesquisa realizada no Japão respondeu a essa pergunta. Os dez primeiros nomes da lista:

1. Sakamoto Ryoma
2. Napoleão I
3. Oda Nobunaga
4. Saigo Takamori
5. Miyamoto no Yoshitsune
6. Joana D´Arc
7. Hideyoshi Toyotomi
8. Albert Einstein
9. Yutaka Ozaki
10. Akechi Mitsuhide

Se você não conhece metade dessa lista é sinal de que você precisa estudar história.

A lista completa está aqui

Fazendeiro

Um fazendeiro tinha um filho adolescente que estava em dúvida quanto a sua profissão. O fazendeiro decidiu fazer um experimento. Ele colocou quatro objetos na mesa de estudos do seu filho:

Uma bíblia
Uma nota de dez reais
Uma lata de cerveja
Uma revista Playboy

“Eu esperarei meu filho chegar”, pensava o fazendeiro. “Se ele escolher a Bíblia, será um padre ou um pastor. Se pegar a nota de dez reais, será um homem de negócios, e ficarei feliz com a escolha. Se escolher a lata de cerveja será um desocupado. Que decepção. Se pegar a revista, será um mulherengo.”

Para não ter dúvidas, o fazendeiro ficou escondido esperando a entrada do filho no quarto. Quando o garoto chegou, deixou os livros na cama e viu com curiosidade os objetos em cima da mesa. Pegou a Bíblia e colocou debaixo do braço. Tomou a nota e rapidamente colocou no seu bolso, tomando o cuidado de ver se tinha alguém observando. Abriu a lata de cerveja e tomou um grande gole, enquanto abria na página central da revista.

“Meu Deus”, exclamou o fazendeiro no seu esconderijo. “Meu filho será um político.”

Fama e French

Em janeiro cai numa pegadinha sobre French (clique aqui) ). No dia 31 de março (mas não 1º. de abril), uma das minhas leituras prediletas na Internet, o Blog Mahalanobis, publicou a mesma notícia.

10 razões para você não ser Rico

1. Você se importa com o que os seus vizinhos pensam
2. Você não é paciente
3. Você tem maus hábitos
4. Você não tem objetivos
5. Você não está preparado
6. Você tenta atingir rápido o topo
7. Você deixa os outros tomar conta do seu dinheiro
8. Você investe em coisas que você não entende
9. Você é medroso financeiramente
10. Você ignora suas finanças

Fonte: Lifehack

Putin x Price

A agencia EFE informa que a empresa Gazprom manterá a PwC como sua empresa de auditoria. Isso apesar dos problemas que a Price está enfrentando com o Fisco russo.

A Gazprom é uma das maiores empresas de petróleo do mundo e resolveu apoiar a PricewaterhouseCoopers (PwC) apesar das ameaças que esta auditoria está sofrendo de não ter mais licença para trabalhar na Rússia. A licença vence em maio.

O motivo da briga é a acusação do Fisco de que a Price estaria ajudando na evasão de impostos da Yukos, também uma empresa de petróleo. A Yukos é considerada a grande inimiga de Putin, e por isso foi liquidada pelo governo.

A ameaça a PwC teve o revide da Casa Brance, que também ameaçou obstruir todas as ofertas públicas de ação de empresas russas na bolsa de Nova Iorque.

Chile e correção monetária

Postei no final de março (clique aqui) uma discussão sobre a correção monetária no Chile. Uma outra reportagem publicadas ontem (09/04/2007) no El Mercurio tratam do mesmo tema.

Corrección monetaria ya no será necesaria

Con la aplicación en Chile a partir de 2009 de las normas contables IFRS (Normas Internacionales de Información Financiera), deja de tener sentido la norma tributaria vigente que obliga a las empresas a realizar corrección monetaria. (...)

Muchos de los procesos se van a duplicar. Por ejemplo, hoy en día en un banco los intereses de la cartera de colocaciones se reconocen contable y tributariamente en el resultado como utilidad, en función de la tasa que está pactada en el contrato de crédito o en el pagaré. Con la IFRS, la tasa efectiva será la del contrato menos los gastos necesarios para colocar el crédito. Ello significa que habrá un proceso de devengamiento de intereses de los bancos que demandará bastante trabajo por los procesos que hay detrás.

Hoy en día, para determinar su base imponible respecto de la cual pagan un impuesto de 17% por las utilidades obtenidas, al extraer la información desde la contabilidad, las empresas le hacen alguna depuración y llegan a determinar el resultado tributario o renta líquida imponible.

Ese proceso de conversión entre el resultado contable y tributario es lo que se va a ver dificultado con los cambios al IFRS porque, advierte Muñoz, los cambios son de tanta profundidad que para hacer esta transformación, en algunos procesos las empresas tendrían que llevar más de una contabilidad. Un ejemplo de ello es la valorización del activo fijo, donde las empresas actualizan su valor por la variación de la inflación interna y los deprecian con una cuota de depreciación que llevan a gasto.

Contable y tributariamente eso es exactamente igual, señala el experto. "Con IFRS el sistema de corrección monetaria sólo se aplica en países hiperinflacionarios y, por tanto, contablemente en Chile ya no se debería aplicar más", agrega.

Y propone eliminar la corrección monetaria de la ley tributaria para simplificar en algo la duplicidad de procesos, de modo que, al menos respecto del activo fijo, las empresas no tengan diferencias entre los activos contables IFRS y los tributarios.


A inveja é saber que o Chile já tem uma data para adoção da IFRS. Enquanto isso no Brasil ...

09 abril 2007

Sinal de falta de governança

Segundo o Valor Econômico (Teles têm maior "spread", 9/4/2007)

As maiores diferenças de preços entre ordinárias e preferenciais estão hoje nas ações do setor de telefonia, já que é nele que se espera a troca de controle de várias companhias, como Brasil Telecom, Telemar, TIM e Vivo. As ONs de telefonia valem, em média, duas vezes as PNs. "Quanto maiores as chances de troca de controle, mais importante é o 'tag along'", diz Gustavo Harckbart, analista da Fides Asset Management. É exatamente por isso que aplicadores optam pelo porto-seguro das ON em teles.

Para um gestor de fundos, com o modelo de privatização, as teles puderam ser controladas com um percentual pequeno do capital total e tendo poucas preferenciais. "Isso potencializa muito o desalinhamento de interesses", observa.

Dados da Economática mostram que, em junho de 2003, as ONs da Brasil Telecom Participações valiam 17,9% menos que as PNs. Já em março deste ano, valiam 124,3% mais. No caso das ordinárias da Telemar Participações, em dezembro de 2002, seus preços eram 26% menores que os das preferenciais e, no mês passado, estavam 114,2% acima.

Aplicar em preferenciais, no entanto, não é certeza de que você nunca receberá parte do que foi pago ao controlador no caso de compra da companhia. Seguindo as melhores práticas de governança corporativa, muitas empresas hoje já oferecem "tag along" às PN, às vezes até de 100%.

Uma Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mais ativa, como a de agora, tende a reduzir cada vez mais os abusos por parte das companhias, acredita Fábio Anderaos de Araújo, estrategista de renda variável para pessoa física da Itaú Corretora. "A atitude da CVM no caso do 'tag along' na Arcelor Brasil foi um divisor de águas, mostrando que a autarquia pode, na medida do possível, interferir na relação entre controladores e minoritários", diz. Ele acredita que o próprio mercado caminha, gradualmente, para o melhor dos mundos: empresas apenas com ações ordinárias. (DC e CV)

LRF e a manipulação das contas

A Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada com a finalidade de ser um avanço em termos de gestão pública. Entretanto, vários aspectos induziram a manipulação. Uma reportagem do O Globo (9/4/2007, Estados recorrem a ‘faz-de-conta’ para fugir da punição da Lei Fiscal, por Regina Alvarez) mostra a manipulação dos números da contabilidade pública:

O problema é que os antecessores desses governantes usaram truques de contabilidade para maquiar o desempenho real das contas estaduais, e as conseqüências disso só foram aparecer no encerramento de seus mandatos.

No Distrito Federal, as despesas não contabilizadas em 2006, apuradas pela equipe do governador José Roberto Arruda, chegam a R$749 milhões. Foram identificadas, por exemplo, contas de água e luz que simplesmente não entraram no orçamento do governo anterior nem no cálculo dos restos a pagar (despesas de um ano não pagas que passam para o ano seguinte).

Assim, para efeito das exigências da LRF, o estado estava enquadrado na virada do mandato, mas a realidade era outra. O superávit de R$68 milhões se transformou em um déficit de R$45 milhões depois de um pente-fino nas contas. O déficit potencial projetado para este ano chegaria a R$1,6 bilhão, caso o governo não tivesse adotado medidas duras para reduzir suas despesas.

No Rio Grande do Sul, o atual secretário de Fazenda, Aod Cunha de Moraes Jr., encontrou dívidas com fornecedores não contabilizadas no valor de R$1,6 bilhão, enquanto no caixa único do estado havia apenas R$1,6 milhão. O governo anterior não contabilizava como despesas com pessoal gastos com pensionistas, pagamentos decorrentes de decisões judiciais e compromissos de exercícios anteriores. Assim, o estado está dentro dos limites da LRF — compromete 41% de sua receita com pessoal, para um limite de 60% — quando o gasto real chega a 73%.

— O que explica a confusão sobre as contas estaduais é que os indicadores tradicionais não captam a maquiagem da contabilidade oficial, principalmente nos chamados restos a pagar. Os indicadores tradicionais não conseguem separar o que é conta do que é “faz de conta”. A contabilidade criativa está sabotando a responsabilidade fiscal — afirma o economista José Roberto Afonso.

Em Alagoas, a secretária de Fazenda, Maria Fernanda Villela, encontrou dívidas no valor de R$388 milhões e apenas R$5,3 milhões em caixa. Os limites com gastos de pessoal estouraram logo que o novo governo assumiu, com os aumentos concedidos no ano anterior e não incluídos nas contas.

— O estado aparentemente estava enquadrado na LRF, mas o exame das contas mostrou os disfarces — relata o subsecretário de Fazenda de Alagoas, Mauricio Toledo.

Conselho de Administração

Segundo a Gazeta de 9/4/2007:

Net tem o maior Conselho de Administração - Lúcia Rebouças

(...) O projeto da editora Análise Editorial de fazer o primeiro anuário de governança corporativa no Brasil já virou realidade e foi além do objetivo inicial, transformando-se num verdadeiro raio-x das 294 companhias abertas negociadas na Bovespa.

(...) O maior conselho de administração operando no Brasil é da o NET com seus 24 membros. Em seguida vem o conselho da Embraer, com 22.

Os conselheiros mais requisitados são personalidades conhecidas por sua atuação em cargos de ponta tanto no governo quanto na iniciativa privada: Alcides Tápias, Antonio Kandir, Carlos Medeiros Silva Neto, Francisco Roberto André Gros e Oscar de Paula Bernardes Neto. Todos eles com acento no conselho de pelo menos quatro empresas.

08 abril 2007

Infraero

A Folha de S. Paulo de 08/04/2007 traz reportagem sobre a Infraero. Em Prejuízo em 2006 foi de R$ 135 mi o jornal faz uma análise global da empresa:

A Infraero é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa responsável pela administração de 67 aeroportos no país. Em 2006, girou R$ 2,2 bilhões, mas fechou seu balanço com prejuízo de R$ 135,5 milhões.


Imaginei que "girou" correspondia a receita. Numa outra reportagem informa que esse dado corresponde ao faturamento, que é diferente do conceito de receita. Continua a reportagem:

O resultado negativo não impediu que a estatal, por exemplo, destinasse R$ 5,9 milhões ao patrocínio de 80 projetos esportivos e culturais e concedesse aumentos salariais e promoções. A Infraero também desenvolve 62 projetos sociais, com 21 mil pessoas beneficiadas.


Nesse trecho a uma clara intenção de dizer que empresa com prejuízo não pode destinar recursos para patrocínio e projetos sociais. Isso não é verdade.

Em Lista de processos contra a empresa dificulta ação do TCU , de Iuri Dantas, o jornal informa que o TCU não consegue julgar as contas da Infraero desde 1998. O jornal informa que:

Por conta da grande quantidade de apurações em curso, o tribunal não julga as contas da Infraero desde 1998.

Curiosamente, entretanto, os processos administrativos têm força para impedir o trabalho do TCU, mas não indícios suficientes para interromper obras, suspender editais ou ocasionar o rompimento de contratos.

A assessoria de imprensa do TCU atribuiu a demora no julgamento das contas às auditorias em andamento.


Aqui fica claro que o problema é do TCU. O jornal cita que as últimas contas aprovadas dos Correios são de 1999, mas da Casa da Moeda são de 2004. O jornal escutou o representante do Ministério Público no TCU que defende a não interrupção das obras quando constata problemas.

Em Infraero é alvo de mais de 100 apurações de irregularidades , também de Iuri Dantas, o jornal informa que a Infraero

responde hoje a mais de uma centena de apurações sobre supostas irregularidades.

Segundo pesquisa realizada pela Folha, são 35 procedimentos administrativos do Ministério Público Federal, 95 processos no Tribunal de Contas da União, quatro investigações da Controladoria Geral da União e três apurações de suas auditorias internas que apontam graves irregularidades em contratos comerciais.


Continua a reportagem:

Com faturamento de R$ 2,2 bilhões no ano passado, a Infraero também chegou a ter metade de sua diretoria sob suspeita de práticas condenáveis, antes do afastamento em dezembro de Adenauher Figueira Nunes, que ocupava a diretoria financeira até então.


Aqui o trecho dá a entender que hoje a diretoria já não está sob suspeita, uma vez que o diretor financeiro foi afastado.

07 abril 2007

Folha de Pagamento é ativo?

Os contratos de exclusividade das folhas de pagamento é um ativo? Analisando os conceitos de ativo, em particular do Iasb, a resposta seria um Sim, pois satisfaz aos três critérios. Inclusive o controle.

Mas qual ativo seria melhor? Parece que a Nossa Caixa considerou como Despesas Antecipadas. O melhor seria um ativo permanente, amortizado pelo tempo decorrido do contrato.

Delib. 488/2005).

Enfim, o que os senhores acham?

China

Algumas pessoas espantam com o crescimento da China e outros fazem até projeção sobre o fato da China ser a nova potência mundial. O gráfico abaixo é da The Economist (31/03/2007, p.4, Special Report sobre a China) e mostra a participação da China na economia mundial. Na realidade, o crescimento é uma recuperação da sua posição na economia que a China tinha no final do século XIX. Em 1820 mais de 30% da economia mundial era proveniente da China.

Etanol

A The Economist faz um comentário sobre a afirmação de Castro sobre o Etanol ("sinistra idéia de converter comida em combustível"). Para a revista, como combustível, a idéia é interessante, mas a produção nos Estados Unidos é ruim.

O Etanol é uma iniciativa que tem um amplo apóio nos Estados Unidos: fazendeiros gostam por representar uma nova fonte de subsídio, falcões gostam por oferecer uma possibilidade de depender menos do oriente, a indústria automotiva gosta por reduzir a pressão sobre o aquecimento global.

Já o etanol da cana é considerado pela revista como bom, pois produz mais energia e o principal produtor, o Brasil, possui terras disponíveis sem precisar reduzir a produção de comida ou ameaçar as florestas. Será verdade isso que a revista afirmou?

Redução da corrupção

O jornal La Vanguardia (07/04/2007, En los últimos días dos nuevos casos de corrupción han ocupado los titulares de...) tenta entender as razões para os inúmeros escandâlos de corrupção (clique aqui para ler). Duas citações interessantes. A primeira, sobre o Brasil,

El PT brasileño, la esperanza de los pobres del país, ha visto su ascendencia gravemente dañada por la corrupción de importante dirigentes, diputados y líderes municipales financiando al partido y sólo ha sobrevivido merced al carisma y honestidad de Lula.


A segunda, quando explica a razão pela qual a Finlandia é considerado o país menos corrupto do mundo:

Finlandia y sus vecinos se caracterizan por ser sociedades culturalmente homogéneas, con fuertes lazos de identidad interna, con bajo índice de desigualdad social y un amplio sistema de protección social. Con lo esencial de la vida asegurado y con un sistema impositivo que hace estéril superar ciertos niveles de ingresos, con un fuerte control de la contabilidad individual y empresarial, los incentivos para la corrupción son escasos y socialmente rechazados.

Faça o que eu digo

Notícia da Folha de 07/04/2007 afirma que o Banco Mundial, que divulga a necessidade de padrões de governança no mundo, está investigando o salário da namorada de Wolfowitz. A funcionária Shaha Riza está atualmente trabalhando no Departamento de Estado dos EUA, mas sendo paga pelo Banco Mundial, com remuneração de 193 mil dólares, livres de impostos.

A história começou dois anos atrás, quando Wolfowitz, então número dois do Pentágono, foi escolhido presidente do Banco Mundial. Veio a público que ele namorava a Shaha Riza, então relações públicas do Bird.

Pelas regras da instituição, namorados não podem supervisionar uns aos outros e por isso ela teria sido orientada a mudar. Riza foi transferida ao Departamento de Estado -foi promovida e recebeu aumentos agora questionados pela associação de funcionários do banco.

Manipulação de imagens

Sabemos que existem manipulações de imagens, que usualmente associamos ao Photoshop. Uma revista Playboy a foto de uma modelo foi tão manipulada que a moça apareceu sem o seu umbigo (é verdade!).

Nós que estamos acostumados a ouvir falar em fraude contábil, com manipulação dos números do balanço de uma empresa, sabemos que isso é possível de acontecer graças a criatividade humana.

Da mesma forma que na contabilidade, existem técnicas para detectar fraudes em fotografia. Uma foto que circulou colocando numa mesma imagem John Kerry e Jane Fonda era falsa e foi identificada graças as essas técnicas.

A foto a seguir compara o número de pontos brancos em cada pupila. O primeiro e terceiro possuem somente um único ponto; o segundo e quarto personagem possuem dois pontos. A foto foi retocada!

Clique aqui para ler mais

Blogs

O link indica um interessante relatório sobre blogs. O número de blogs tem crescido, mas o relatório indica que os blogs spam é problema.



As postagens geralmente estão associadas a algum evento especial. O último, apontado pelo gráfico abaixo, foi as "fotos" de uma participante do American Idol



São 1,4 blogs novos a cada segundo sendo de 3 a 7 mil blogs spam a cada dia. São postados 1,5 milhão por dia ou 17 por segundos. A língua principal é a japonesa (37%) e somente 2% dos blogs estão em português.

P.S. Nesta história de Spam o pequeno criminoso está bem acompanhado. Em Dezembro a Sony criou um blog com dois adolescentes que conversavam sobre o PlayStation no Natal (All I want for Xmas is a PSP). O blog tinha vídeos e a fraude foi descoberta. O porta-voz da empresa afirmou que o objetivo era apelar para o humor das pessoas. Clique aqui para ler sobre esse caso

Powerpoint é ruim para apresentação

Cientistas australianos descobriram que o uso do Powerpoint não é bom para apresentação de idéias. Segundo os cientistas, o processo de informação torna-se mais difícil quando existe a forma escrita e falada ao mesmo tempo.

"O uso da apresentação do PowerPoint pode ser um desastre" diz um dos pesquisadores.

A pesquisa é mais controversa ao indicar que os professores deveriam concentrar nas respostas e não nas perguntas.

Clique aqui para link e aqui também

06 abril 2007

Obras mais importantes

Postei em março minha lista das obras mais relevantes de contabilidade. A lista do prof. Jorge Niyama é a seguinte:

1.Contabilidade Introdutória da USP, pela revolução no ensino da contabilidade no Brasil.;
2. Contabilidade Geral, do Hilário Franco, pelo que representou ao longo de mais de quatro décadas de ensino na área.
3. Teoria da Contabilidade do prof.Sergio de Iudicibus desnecessário dizer porque.
4. MANUAL de contabilidade das SociedadesK por Ações, por representar o divisor de águas entre o ensino e a prática da contabilidade.
5. Contabilidade Superior, do saudoso prof. Frederico Hermann Jr.
6. Contabilidade de Custos, Eliseu Martins, principal obra da área;

Já o prof. Lustosa listou as seguintes:

1) Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações - Fipecafi - Atlas.
2) Introdução à Contabilidade - Equipe de Professores da USP, Atlas. Pelo pioneirismo, difusão e contribuição ao estudo da contabilidade no Brasil.
3) Contabilidade de Custos - Eliseu Martins, Atlas.
4) Contabilidade Gerencial - Garrison e Noreen, LTC, Rio de Janeiro, 2001.
5) Livro do prof. Giacomani, na área de Contabilidade Pública.
6) Teoria da Contabilidade - prof. Iudícibus, Atlas,

Para recordar, minha lista é a seguinte:

=> Tese do Natan Szuster - A tese do professor Natan mostrou que é possível fazer pesquisa exaustiva e com rigor no Brasil.
=> Livro do prof. Eliseu Martins sobre Correção Monetária - O livro deveria ser uma exposição do teorema de Modigliani e Miller sob a denominação de alavancagem financeira. Porém, a exposição sobre o significado da correção monetária é marcante e mereceu citação na enciclopédia de história da Contabilidade de Chatfield
=> Livro do Hendriksen e Van Breda - Apesar da obra não ser adotada mais nas grandes escolas de contabilidade (e nem ser possível comprá-la na Amazon), o livro de Teoria é um marco pois ensinou os professores de contabilidade do Brasil
=> Tese do professor Iudícibus - Talvez o primeiro trabalho efetivamente científico da contabilidade brasileira
=> Manual de Contabilidade da Fipecafi - pela influencia que até hoje exerce na contabilidade brasileira.
=> Contabilidade Introdutória - apesar de ter críticas a essa obra, é inegável sua influencia sobre o ensino de contabilidade.

Pode-se perceber que minha lista é um pouco diferente dos meus colegas...

05 abril 2007

Guidance

Guidance, a pratica de divulgar projeções, é objeto de duas reportagens nos jornais de hoje (5/7/2007). Uma na Gazeta e outra no Valor Econômico. Na Gazeta Mercantil:

Guidance cai no gosto das empresas
Gazeta Mercantil

Pesquisa do Ibri aponta que 3/4 das companhias da Bovespa divulga projeções ao mercado. O hábito de divulgar a analistas de mercado as projeções de resultados, o chamado guidance, já é praticado por três quartos das grandes companhias abertas brasileiras. Pelo menos é o que aponta uma enquete do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri). A consulta mostrou que 76% de 40 empresas listadas na Bovespa, todas com valor de mercado superior a R$ 1 bilhão, dão ao mercado algum tipo de orientação sobre expectativas de resultados. A enquete divulgada ontem, em seminário na Bovespa, mostra também que a preferência das companhias que adotaram a prática é dar informações anuais, com 58% do total, ante 42% que o fazem em bases trimestrais.Embora em ascensão, a prática ainda é alvo de controvérsia no Brasil.

Especialmente porque não há uma tendência clara sobre a conveniência e as vantagens desse hábito para as próprias empresas e seus investidores no mercado americano, onde o guidance surgiu. Um levantamento divulgado pela consultoria McKinsey no mesmo evento apontou que 222 empresas dos EUA deixaram de apresentar guidance desde 2003, incluindo gigantes como Coca-Cola, McDonalds e Intel. Em contrapartida, 31% delas voltaram atrás. No geral, as empresas percebem que os benefícios do guidance são maiores do que os riscos", diz William Jones, da McKinsey.

E entre os riscos mencionados na pesquisa do Ibri por empresas brasileiras avessas a divulgar projeções como motivos para não fazê-lo, os principais são a volatilidade do cenário econômico e receio de questionamentos quando não atingir os números apontados. Para Arleu Anhalt, diretor da consultoria Firb, no geral as empresas que dão guidance registram volatilidade menor em bolsa e suas ações ficam mais próximas do preço-justo. "Mas se vier num momento em que a companhia estiver mal posicionada, o guidance pode prejudicar mais que ajudar", diz.

Foi mais ou menos isso o que aconteceu com a Votorantim Celulose e Papel (VCP), que começou a divulgar projeções trimestrais de resultado desde março de 2006. No final do ano, ao apresentar perspectivas para o quarto trimestre bem menores do que as divulgadas anteriormente, as ações da companhia desabaram. Ainda assim, o diretor de relações com investidores da companhia, Alfredo Villares, considera a prática positiva. "Se não divulgássemos o guidance, o resultado teria sido pior", diz.

Outra defensora da prática, a elétrica mineira Cemig, também sofreu um revés recente, quando apresentou resultado trimestral em que a receita ficou R$ 230 milhões abaixo do que previu antes, o que levou a queda de quase 10% das ações. "Descobrimos que tínhamos errado nas nossas projeções", admite Agostinho Cardoso, superintendente de relações com investidores da Cemig. Em vez de desistir da prática, a companhia decidiu melhorá-la. "Criamos um comitê específico para divulgação financeira e decidimos mudar nosso processo de elaboração dos relatórios de projeções", diz Cardoso.

Mas há companhias que tomaram outros rumos, como também indica a enquete do Ibri, segundo a qual 18% das empresas que divulgam guidance pensam em desistir da prática. Um desses casos é a Guararapes, dona da rede Riachuelo, que abandonou o guidance no início de 2007.


No Valor:

Projeção de resultados cresce no mercado

A divulgação de projeções de resultados pelas empresas, o chamado "guidance", ganha espaço nas companhias brasileiras em meio à melhora da governança corporativa das companhias. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), apresentado ontem durante o seminário "Guidance e Criação de Valor", promovido pela entidade, de um universo de 40 empresas consultadas no fim do ano passado, a maioria (76%) dá algum tipo de projeção para o mercado periodicamente.

A informação mais comum é o volume de vendas, em 76% das empresas, seguida do valor do investimento previsto (50%) e dos custos e despesas (40%). A informação menos abordada nas projeções é o lucro (16%), justamente o item mais divulgado nos Estados Unidos. A maioria (66%) usa intervalos de valor e não números fechados para as projeções e faz as estimativas anualmente (58%). Dos 24% de empresas que dizem não divulgar "guidance", quase a metade, 42%, afirma estar estudando adotar essa política.

A divulgação de projeções é polêmica e encontra opositores ilustres, como o megainvestidor Warren Buffet. No exterior, o "guidance" passou a ser mais utilizado a partir de 1995, quando a Securities and Exchange Comission (SEC) regulamentou a divulgação, reduzindo o risco de processos contra os administradores caso as projeções não se realizassem, lembrou o ex-presidente da CVM e sócio do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados, Luiz Leonardo Cantidiano. Mesmo assim, companhias importantes, como Coca Cola, Dell, AT&T, Google, Ford, Citigroup e Motorola decidiram não divulgar mais projeções ao mercado. Outras, que divulgavam "guidance" trimestral, passaram a fazer apenas projeções anuais, alegando que isso evitava que os executivos e investidores pensassem apenas no curto prazo e relaxassem as estratégias de longo prazo.

No Brasil, o "guidance" é muito mais difícil de ser feito, avalia Willian Jones, diretor da McKinsey. "Pelo cenário econômico mais incerto e crises freqüentes.". Mesmo assim, ele destaca os benefícios, como aumentar o número de analistas que acompanham as empresas e reduzir as diferenças entre as projeções de preços das ações e aumentar o contato com analistas e investidores. "Hoje os preços das ações brasileiras seguem mais fatores gerais do mercado do que fatores individuais e um aumento do número de analistas acompanhando os papéis poderia reduzir essa correlação entre a ação e o Ibovespa". Ele lembra que, nos Estados Unidos, 66% das empresas que compõem o índice S&P 500 fornecem "guidance". "E esse número vem crescendo desde 1994".


Ambas as reportagens usam a pesquisa do Ibri, com enfoques diferentes. O percentual de adoção do guidance deve ser considerado com cuidado uma vez que existe uma restrição da amostra da pesquisa - só as grandes empresas abertas participaram. As razões da baixa utilização podem incluir o conservadorismo, a falta de experiência histórica do nosso mercado (temos só doze anos de mercado com baixa inflação) e o fato de que o guidance não é um assunto passível de certeza no exterior.

Dados da Bolsa

Os dados da bolsa de valores informam que:


=> As 104 empresas que participam dos níveis de governança corporativa da Bovespa possuem mais da metade dos negócios e do valor de mercado;

=> O número dessas empresas aumentou em virtude da participação das empresas que abriram recentemente o capital

=> Os investidores estrangeiros são influentes: 34,52% do volume de negócios. Nas novas ofertas sua participação chega a 77%

=> Em março os estrangeiros compraram R$ 26,95 bilhões e venderam R$ 26,03 bilhões de ações

Fonte: Bovespa e Lucia Rebouças, Níveis de governança dominam giro financeiro, Gazeta Mercantil, 5/4/2007

Consulta pública

Nota do Valor Econômico (05/4/2007):


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) segue no esforço de avançar na reforma das regras contábeis do País. A autarquia colocou em audiência pública uma deliberação para unificar os processos de consulta pública sobre pronunciamentos contábeis, duplamente realizados pelo Instituto Brasileiro de Contabilidade (Ibracon) e pela própria CVM. A idéia é que os pronunciamentos técnicos contábeis sejam feitos após uma única consulta conjunta, realizada pela autarquia e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). As sugestões serão recebidas até 4 de maio.

04 abril 2007

CVM x Price

Da Folha News

CVM aceita proposta de acordo com Price para encerrar litígio

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou hoje que aceitou a proposta de acordo feita pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers para encerrar processo administrativo em que a multinacional americana era acusada de embaraçar o trabalho de fiscalização da autarquia.

A "Price" entrou em litígio com a CVM por não ter entregue cópias de documentos solicitadas pela autarquia nos últimos anos. O pivô do caso surgiu a partir da auditoria feita pela empresa na Telemig Celular e Amazônia Celular,

No termo de compromisso proposto pela "Price", a empresa reconhece a obrigação de entregar cópias da documentação solicitada pela CVM em suas ações de fiscalização, além de pagar R$ 50 mil à autarquia.

Por outro lado, a empresa não admite a procedência das acusações feitas pela CVM em processos judiciais e ressalva seu entendimento de que seus papéis de trabalho "não podem ser utilizados para acusação das entidades auditadas".

Em seu comunicado ao mercado, a CVM afirma que o colegiado acolheu a proposta da auditoria

O Colegiado da CVM acolheu a proposta da Price, "por entender que com ela se encerra um longo contencioso com uma das mais importantes e reputadas empresas de auditoria do país, com o pleno reconhecimento da autoridade" da autarquia.


Aparentemente a CVM perdeu. Já o jornal Valor dá a seguinte versão:

De acordo com nota divulgada pela CVM, no termo de compromisso proposto, a Price, embora sem admitir a procedência das acusações que foram feitas, reconhece estar obrigada a entregar cópias de papéis de trabalho solicitadas pela autarquia fiscalizadora do mercado, "enquanto vigorar a redação do artigo 9º, I, da Lei 6.385/76, com a redação dada pelo Decreto 3.995/01", diz o texto. Também faz parte do acordo o pagamento de R$ 50 mil pela Price e a renúncia às ações judiciais que a auditoria tinha iniciado sobre o tema, "ressalvando seu entendimento de que os papéis de trabalho não podem ser utilizados para a acusação das entidades auditadas", informa a nota.

(...) A discussão entre a Price e a CVM sobre a questão dos papéis de trabalho é antiga. O entendimento da auditoria era o de que o Decreto 3.995 - que dá nova redação à Lei 6.385, que trata da criação da CVM e de suas atribuições - seria inconstitucional.

A disputa esquentou em outubro de 2005, quando a Price decidiu ir à Justiça pelo direito de não entregar as cópias. Segundo a auditoria alegou na época, os auditores mostraram todos os papéis aos fiscalizadores da CVM, mas não queriam entregar as cópias por entenderem que não havia respaldo legal para isso, o que poderia significar uma quebra do dever de fidúcia do auditor, já que os papéis de trabalho são considerados documentos sigilosos.

A CVM estava investigando a Telemig Celular e Amazônia Celular, assim como outras companhias abertas que foram atingidas por denúncias de despesas que seriam irregulares em operações com as empresas publicitárias SMP&B e DNA em 2004 e 2005. Inicialmente a Price obteve liminar na Justiça para não entregar as cópias, mas a CVM acabou conseguindo cassá-la e após decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) a auditoria acabou entregando os documentos.


Quem venceu, afinal?

Empresa familiar e governança

Segundo reportagem da Gazeta Mercantil de 04/04/2007 a governança corporativa ainda é um mito nas empresas familiares. Inclusive grandes empresas.


De um total de 200 companhias, apenas 5% revelam contratar executivo independente. Não há mais quem duvide da importância da governança corporativa para reduzir o custo de captação de recursos, aumentar seu valor de mercado e a lucratividade das companhias. Adotar práticas de governança, porém, não tem sido tão simples quanto aceitar a teoria. É o que mostra pesquisa inédita elaborada pela Prosperare, empresa de capital 100% nacional, que presta consultoria à empresas de controle familiar, tanto limitadas quanto de capital aberto.

A pesquisa ouviu 200 companhias de controle familiar - entre elas figuras jurídicas conhecidas como Bardella, Grupo Gerdau, Grupo Guararapes, João Fortes Engenharia, Mendes Júnior, Karsten, Marisol e Fertilizantes Heringer (em processo de abertura de capital) - e revelou uma dificuldade na adoção de práticas fundamentais da governança: a contratação de profissionais de mercado para os principais cargos executivos e de membros independentes para seu conselho de administração.

De acordo com o estudo - que foi elaborado em parceria com o instituto de pesquisa Data UFF, ligado à Universidade Federal Fluminense -, apenas 5% das companhias do universo pesquisado possuem um CEO (principal executivo) que não seja membro da família controladora e só 18% contam com conselheiros externos independentes.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

As maiores empresas de auditoria da Espanha

Segundo Actualidad Económica (com número de empregados e faturamento em 2006 em milhões de euros)

AUREN - 615 e 40,1
BDO AUDIBERIA - 675 e 53
CONFEAUDITORES - 545 e 45,1
DELOITTE - 3.284 e 290,5
ERNST & YOUNG - 1.894 e 198
KPMG AUDITORÍA - 2.038 e 213
MAZARS (GRUPO) - 281 e 26
PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORÍA - 1250 e 128,7
RSM AUDIHISPANA - 595 e 41,7

Pode-se perceber o predomínio das grandes empresas estrangeiras, como ocorre no Brasil.

Links

1. Um Mapa do Cerébro humano

2. Pintando Mona Lisa com o Paint - Vídeo.

03 abril 2007

História




Há quinze anos foi criado o Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília. As fotos retratam os alunos lutando por mais professores.

Rir é o melhor remédio - 70

Como levar em conta as estrelas?

Quando entramos no sítio da Amazon nos encontramos uma avaliação de um livro feita pelos próprios consumidores da empresa. Geralmente são dadas "estrelas" para cada obra. O mesmo ocorre com as indicações de um filme (veja, por exemplo, o sítio Yahoo Cinema), restaurantes, atrações turísticas etc.

O problema é que um livro pode ter três indicações, com média de cinco estrelas, e outro pode ter uma indicação com média de cinco estrelas. Qual deveria ser mais valorizado? O sítio Statistical Modeling, Causal Inference, and Social Science oferece uma forma simples de analisar essa situação. Nesses casos, geralmente o livro com mais indicações deve ser mais relevante.

Assumindo uma distribuição normal, com uma determinada variância pre-determinada, é possível listar tais indicações. E teremos então surpresas. Um livro com 9 análises e com uma média de 4 estrelas e meia é melhor que um livro com uma única indicação de cinco estrelas.

Plágio

Diante da possibilidade de ocorrência de plágio, os estudantes de certos estados norte-americanos precisam submeter seus trabalhos no sítio Turnitin.com antes de receber o certificado de graduado. Somente com o retorno de "Originalidade" para o trabalho final produzido é que o diploma é emitido.

Fonte: Arstechnica

Preço: 19,99 ou 20?

Os varejistas preferem 19,99. Pesquisas mostraram que as pessoas processam a informação da esquerda para a direita. Ou seja, o "1" de 19,99 é mais apelativo que o "2" do 20.

Fonte: The Weird Science of Pricing. Wilson Rothman, Money, 1/4/2007

02 abril 2007

Parábola sobre o Sistema Tributário

Toda dia dez homens se encontram para beber cerveja e colocar a conversa em dia. A conta da noitada é de R$100. Eles pagam essa conta da seguinte forma:

Os primeiros quatro homens, os mais pobres, não pagam nada
O quinto homem paga $1
O sexto homem paga $3
O sétimo homem paga $7
O oitavo homem para $12
O nono homem paga $18
O décimo homem, o mais rico, paga $59.

Toda dia fazem a mesma coisa e todos estão felizes. Um dia o dono do bar diz:

- Como vocês são bons clientes eu irei reduzir o preço da cerveja para $80. Agora a conta de vocês é de R$80.

O grupo reúne-se para discutir como será dividida a conta a partir de agora. Os quatro primeiros não serão afetados. Mas e os outros seis? Como será dividido a economia de $20 de forma justa? Inicialmente decidiram dividir $20 igualmente, chegando a $3,33 para cada. Mas se for assim, o quinto e o sexto homem receberá para beber. O barman sugeriu então que se reduzisse o percentual de economia de cada um. A conta ficaria assim:

O quinto homem não pagaria nada (economia de 100%)
O sexto homem agora paga $2 no lugar de $3 (economia de 33%)
O sétimo homem agora paga $5 em lugar de $7 (economia de 28%)
O oitavo homem para $9 no lugar de $12 (economia de 25%)
O nono homem paga $14 no lugar de $18 (economia de 22%)
O décimo homem, o mais rico, agora paga $49 em vez de $59 (economia de 16%)

Todos estão numa situação melhor do que antes. E os quatro primeiros continuam bebendo de graça. O sexto homem não estava contente:

“Reduziu $1 da minha conta, enquanto o décimo homem deixa de pagar $10!”

“Isso é verdade”, concorda o sétimo homem.

“Espere um pouco”, falam os quatro primeiros. “Nós não ganhamos nada. O sistema explora o mais fraco!”

O oitavo e nono homens concordam e, com raiva, batem no explorador, o décimo homem. Na noite seguinte o décimo homem não aparece para beber. quando chega a conta, eles descobrem algo importante: não tem dinheiro para pagar nem metade da conta.


Fonte: Clique aqui

Mansão e Desempenho

Em Where are the Shareholders' Mansions? CEOs' Home Purchases, Stock Sales, and Subsequent Company Performance dois pesquisadores, Crocker Liu, da Arizona State University, e David Yermack, da New York University - Stern School of Business, procuram estabelecer uma relação entre os retornos das ações da empresa e a casa do CEO. Eles descobriram que, ao comparar as residências dos executivos e o índice da SP500, os executivos que compraram casas, o desempenho futuro da empresa é inversamente proporcional. Veblen explica?

Municípios Eficientes

O Estado de S. Paulo divulga hoje (2/4/2007) um estudo da FGV sobre 95 municípios considerados eficientes na arrecadação tributária. O resultado, considerado alarmante, ajuda a explicar a nossa carga tributária.

"do total analisado, apenas 95 cidades (2,82%) foram classificadas como eficientes. (...) A classificação foi conseguida a partir da análise de dados relacionados ao grau de informatização da cidade, nível de urbanização, densidade residencial, número de pessoas pobres, renda per capita e transferências do governo federal, entre outros fatores, explicam os professores Paulo Arvate e Enlinson Mattos, autores do estudo.

(...) De acordo com os números, os professores puderam concluir que, quanto maior a renda per capita, menor tende a ser a informalidade, mas a eficiência de arrecadação também é menor."

Rir é o melhor remédio - 69

Avaliação

1. CVM, Ipiranga e Varig

2. A questão da Telebrás

01 abril 2007

Quanto ganha um ministro?

O presidente chamou seus ministros de heróis, por receber R$8,3 mil por mês. Mas boa parte deles possuem rendimentos suplementares, segundo reportagem do Estado de S. Paulo de 1/4/2007, Salário de heróis', só no discurso)

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff mais que dobra seus ganhos ao participar dos conselhos da Petrobrás e da BR Distribuidora. Ao salário de R$ 8.362,80 se somam R$ 4.362,67 do jetom do conselho da Petrobrás, um dos mais cobiçados da Esplanada dos Ministérios, e mais R$ 4.354,22 do jetom do conselho da BR Distribuidora. O total chega a R$ 17.079,69.

Além de participar do conselho da Petrobrás, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, integra um colegiado invejado: o da Itaipu Binacional, que não tem as limitações das estatais e paga jetom de R$ 12.179. Tudo somado, ele recebe R$ 24.905,47.

31 março 2007

Correção Monetária no Chile

Olha o que encontrei no Diario Financeiro do Chile (31/03/2007), na seção Tribuna Livre:

Propongo derogar el Artículo 41. No es una idea antojadiza. Sólo se trata de reconocer que este sistema de ajuste es anacrónico y no está a la altura de los tiempos ni de la realidad chilena actual.

Creado en los años 70, cuando la inflación superaba el 100% anual, la idea era reflejar el efecto de la inflación en la posición de activos monetarios. Pero hoy este principio no se cumple. Por ejemplo, los activos en dólares se corrigen por la variación de esa moneda, pero el patrimonio equivalente a ese activo se debe corregir por la variación del IPC.

Como consecuencia, cuando el dólar sube más que el IPC, al aplicar la corrección monetaria muchas empresas tienen que pagar millonarias sumas en impuesto a la renta. En contrapartida, cuando el efecto es inverso, se ahorran el impuesto.¿Tiene sentido una norma que genere estos efectos, cuando la verdadera composición patrimonial de las empresas, tanto en pesos como en dólares, no ha sufrido cambios? ¿Cómo es posible que empresas que realizan exactamente las mismas operaciones, si llevan contabilidad en pesos, deban pagar impuestos y si la llevan en dólares no? Lo anacrónico de este sistema legal quedará en mayor evidencia a partir del año 2009, cuando las empresas chilenas apliquen IFRS. En los países en que no hay hiperinflación, la corrección monetaria no existe. ¿Por qué entonces continuar en Chile con esta práctica? Si se mantiene el sistema de corrección monetaria para efectos tributarios, a partir de 2009 las empresas deberán soportar importantes costos en el manejo de la información. En este escenario, una empresa podría necesitar controlar cuatro versiones diferentes del activo fijo: el primero bajo normas IFRS, el segundo bajo normas US GAAP; el tercero aplicando corrección monetaria y depreciación normal y, el cuarto, con corrección monetaria y depreciación acelerada. ¿No será demasiado? No es difícil imaginar los costos operativos, administrativos e informáticos involucrados Si a esto sumamos la intención del gobierno de colaborar con las pymes y de promover la inversión local, creo que nuestros legisladores harían un gran bien al mundo empresarial chileno con una medida tan simple como derogar el artículo 41°.

Banco Nacional

Reportagem do Estado de 31/03/2007 informa que o TRF condenou o auditor do Banco Nacional por fraude. Essa é uma decisão pioneira:

Marco Aurélio Diniz, responsável pela auditoria independente que a multinacional KPMG fez no banco, teve a pena de condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF).

Segundo a procuradora regional da República Silvana Batini, responsável pela denúncia feita em 1997, esta foi a primeira condenação do tipo em casos de fraude empresarial. O juiz Marco André Bizzo Moliari acatou a tese dos procuradores e incluiu o auditor entre os culpados, "por deixar de adotar procedimentos básicos de auditoria mediante os quais poderia ter evitado a fraude ou, pelo menos, reduzido de modo significativo as possibilidades de sua ocorrência".

No processo fica claro que o Banco Nacional quebrou em 1990 sem que os auditores tivessem feito nenhum alerta. Desde 1988, o balanço era maquiado com operações de crédito fictícias.

30 março 2007

Rir é o melhor remédio - 68


A personagem do PhD Comics irá apresentar seu trabalho num congresso. Sua primeira experiência desse tipo e tem a necessidade de fazer ensaios num quarto de hotel.

Aquisição = Escândalo

A CVM já está investigando problemas com a aquisição da Varig pela Gol. No Brasil aquisição é sinal de escândalo?

Novo serviço da Google

A Google lançou inicialmente um serviço em que qualquer pessoa poderia ver fotos de satélite de qualquer lugar da terra. A empresa completou o serviço com Mapas de certos locais. Agora, para agradar ainda mais ao seu público, a empresa trouxe a possibilidade de qualquer pessoa escolher uma origem e um destino para traçar o caminho da sua atividade física.

O problema é que o sistema informa que você pode ir do Canadá a Moscou (clique aqui) praticando atividade física. O detalhe é que entre essas duas localidades existe o Oceano Atlântico. Para quem quiser tentar...

Novo (velho) tipo de auditoria

Reportagem do jornal Expansión, da Cataluña (La auditoría inventa revisiones a la medida, 29/3/2007) mostra que as empresas de auditoria possuem serviços dirigidos para as empresas pequenas e médias.

José María Bové, presidente de la firma Bové Montero y vicepresidente de la Federación de Expertos Contables Europeos (FEE), apuntó, el pasado martes, en una jornada sobre la armonización contable internacional en el ámbito de la pequeña y mediana empresa, organizada por el Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España y Ceoe, la posibilidad de elaborar "auditorías simplificadas para las empresas no cotizadas". (...)

Ante esta situación, "existe la posibilidad de poner en práctica una auditoría que no sea la revisión completa, sino una revisión especial o parcial", apuntó Bové. Mientras, "la reducción del papel del auditor en las empresas podría incrementar el fraude y las irregularidades", añadió. Sin embargo, "la introducción de una nueva forma de auditoría crearía confusión y sería malinterpretada, lo que supondría un paso atrás en la información financiera española", afirmó el vicepresidente de la FEE. Una auditoría simplificada no modificaría sustancialmente la información de la que hacen uso los inversores.

(...)
n Auditoría completa: Revisión de las cuentas consolidadas de una compañía, en la que el auditor emite una opinión sobre los datos confiados por la empresa.

n Auditoría parcial: Modelo propuesto por la Federación de Expertos Contables Europeos, que consiste en una revisión simplificada de las cuentas de las pymes.

n Auditoría conjunta: Cuando dos firmas de auditoría revisan las cuentas de una compañía conjuntamente y se reparten los honorarios en función del trabajo realizado.

Dell está com problemas contábeis

Notícia da imprensa informa que o fabricante de computadores e periféricos Dell está com problemas na sua contabilidade. A empresa diz que encontrou erros contábeis, evidencias de práticas erradas e deficiências nos controles internos. A empresa deveria entregar suas demonstrações até o dia 3 de abril. Desde agosto de 2006 a empresa já tinha afirmado que estava investigando sua contabilidade.

29 março 2007

Efeito no Turismo

A reação norte-americana ao 11 de setembro foi reduzir a concessão de vistos para estrangeiros, mesmos os turistas. Uma estimativa realizada recentemente (clique aqui) mostrou que os Estados Unidos devem ter perdido 17% de visitantes. Os habitantes de outros países que mais visitam os Estados Unidos são os seguintes:

1. Canadá
2. México
3. Grã-Bretanha
4. Japão
5. Alemanha
6. França
7. Coréia do Sul
8. Austrália
9. Itália
10. Brasil

Risco de fraude não alterou com a Sox

Da Gazeta de 29/3/2007:

Risco de fraude após Sarbanes é o mesmo, diz pesquisa da KPMG

O risco de fraudes corporativas sérias nos EUA não diminuiu com o advento da Sarbanes-Oxley (Sox), lei societária criada em 2002 após escândalos corporativos que levaram à quebra de gigantes como Enron e WorldCom. Pelo menos é o que indicam os resultados de uma pesquisa da KPMG com funcionários de grandes corporações norte-americanas. Embora não diga respeito somente a irregularidades financeiras, o levantamento permite uma avaliação preliminar sobre a eficácia do aumento dos controles internos das companhias.

O objetivo do estudo foi tentar descobrir se os profissionais perceberam redução das condutas impróprias dos principais executivos das empresas nas quais trabalham, após a Sox. Foram consultadas mais de 4 mil pessoas, todas de companhias com mais de 300 funcionários. Uma das principais revelações é que três em cada quatro entrevistados foram testemunhas de alguma conduta imprópria de seus superiores nos últimos 12 meses. Metade deles disseram que as irregularidades graves que, se descobertas, poderiam causar uma perda significativa da confiança do público, caso fosse descoberta. Esses resultados praticamente não diferem de uma pesquisa similar, feita no ano 2000. "Os resultados impressionam porque nos últimos anos aumentou bastante o debate sobre conduta ética", diz Werner Scharrer, sócio da área de prevenção e investigação de fraudes da KPMG.

Outro dado inquietante: praticamente um terço dos funcionários indicou falta de confiança de que seriam tomadas as medidas adequadas ou de que suas preocupações seriam tratadas confidencialmente, caso resolvessem relatar a irregularidade. Os entrevistados contaram ainda não terem percebido mudanças significativas nos fatores tidos como os maiores motivadores de condutas impróprias, entre elas a pressão para atingir metas independente dos meios utilizados.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

Efeito da Tempestade sobre o Mercado de Capitais

A pesquisa é antiga (2003), mas ainda desperta o interesse. Dois pesquisadores, Anna Krivelyova e Cesare Robotti, do Boston College e do FED de Atlanta, associaram o desempenho do mercado financeiro a tempestade geomagnética (clique aqui para ler mais sobre esse assunto em inglês)

Segundo o artigo Playing the Field: Geomagnetic Storms and the Stock Market existe um longa bibliografia documentando o impacto da tempestade geomagnética na vida das pessoas, em especial ao comportamento humano. Essa influencia sobre o comportamento acaba afetando os julgamentos e decisões das pessoas conm respeito ao risco.

Eles encontraram uma forte evidência empírica do efeito da tempestade sobre o mercado, sendo que os maiores retornos ocorrem durante os períodos de baixa atividade geomagnética.

28 março 2007

Rir é o melhor remédio - 67

Daimler atrasa balanços

Notícia da imprensa internacional informa que a DaimlerChrysler está com 19 dias de atraso na apresentação dos resultados. A justificativa é a adaptação às Normas Internacionales de Contabilidade

Os outros bancos

País lidera sustentabilidade bancária

Os bancos brasileiros viraram referência no exterior. São hoje os mais avançados no mundo do ponto de vista de sustentabilidade. Quem diz é o IFC, o braço financeiro do Banco Mundial, que divulgou ontem um relatório global mostrando exemplos de instituições financeiras que se preocupam com meio ambiente, o social e governança corporativa. A conclusão é a de que quem têm esses critérios agregou valor aos seus negócios.

Intitulado "Sustentabilidade Bancária", o documento de 90 páginas relata a experiência de 14 instituições financeiras de 12 países, a maioria bancos comerciais.

(...) O Brasil também é o único país emergente a ter quatro bancos nacionais - Itaú, Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil - na lista de 46 instituições financeiras que adotam os Princípios do Equador.


Valor Econômico, 28/3/2007

Banco Nacional

Da Agência O Globo (28/3/2007):

Caso Nacional: TRF confirma 6 condenações

Doze ex-executivos foram julgados pela fraude descoberta em 1995 no banco. Justiça aliviou penas e multas

Cássia Almeida

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo) confirmou a condenação — em um julgamento que durou dois dias — de seis dos 12 envolvidos na fraude que levou à quebra do Banco Nacional, por gestão fraudulenta, formação de quadrilha e maquiagem de balanço. Pela denúncia, 652 créditos fantasmas no banco causaram um prejuízo à sociedade de US$15 bilhões, com a contabilização de lucros falsos, a distribuição de dividendos e a captação de capital com subscrição de ações numa empresa praticamente falida.

Descoberta em 1995, a fraude que inflou o balanço do banco da família Magalhães Pinto foi um dos maiores escândalos financeiros do país.

A Primeira Turma Especializada do TRF, presidida pelo desembargador Sérgio Feltrin, manteve a condenação, determinada em 2002, do ex-superintendente do Nacional Arnoldo de Oliveira, do ex-vice-presidente de Controladoria Clarimundo Sant’Anna, do ex-vice-presidente de Auditoria Nagib Antonio e dos ex-diretores Antonio Feijó Nicolau e Omar Bruno Correia, por unanimidade; e de Marco Aurélio Diniz Maciel, ex-sócio da KPMG, responsável pela auditoria nos balanços, por dois votos a um. Os desembargadores absolveram outros cinco ex-executivos do banco, e um teve a pena prescrita.

No voto, Feltrin baixou todas as penas de prisão, que giravam de dez a 27 anos, e as multas, afirmando que houve “excessivo rigor no juiz de primeira instância”. A turma rejeitou todos os pedidos de nulidade da sentença, afirmando que, em alguns casos, o objetivo era atrasar o processo e conseguir a absolvição.

Feltrin lembrou que Arnoldo, acusado de ser um dos mentores da fraude, já foi afastado de atividades de administração financeira por 20 anos e da administração de empresas de capital aberto por 15 anos. Fernando Fragoso, advogado de Arnoldo, vai recorrer. Responsável pela contabilidade, Clarimundo já confessara sua participação no esquema, isentando Marcos Catão Magalhães Pinto, então presidente do banco.

O processo foi desmembrado, e Marcos Magalhães, condenado inicialmente a 28 anos de prisão, ainda não teve seu julgamento marcado. Também estão à espera os irmãos Eduardo e Fernando Magalhães Pinto, condenados a cerca de três anos. João Mestiere, advogado de Clarimundo, pretende recorrer. Segundo ele, réu confesso tem privilégios legais que foram desconsiderados. De acordo com o advogado de Nagib, Nélio Machado, ele usará todas as instâncias de recurso, agora só possíveis no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 1995, enquanto o Nacional enfrentava boatos e saques, os controladores corriam atrás de interessados em comprar o banco. Diante do colapso, o governo preparou às pressas, em novembro daquele ano, o Proer, o socorro aos bancos em dificuldades. Dias depois, num sábado, foi decretada a intervenção no Nacional. A parte boa foi vendida ao Unibanco, e o resto entrou em liquidação extrajudicial.

Amadorismo

Da Gazeta Mercantil de 28/3/2007 (Mudança contábil permite a divulgação de dois balanços, Lucia Rebouças)

"O Brasil continua emitindo normas contábeis de forma amadora", a afirmação é do professor Eliseu Martins (...) que defende a aprovação imediata do projeto de lei 3741/2000, para aumentar a transparência nas divulgações dos resultados das empresas ao mercado. (...)

Fontes do setor afirmam que os motivos para o projeto estar rodando no Congresso há quase sete anos nada tem a ver com a contabilidade. O problema é que ele feriu interesses ao permitir a simplificação na divulgação dos balanços e ao determinar a publicação de resultados também para grandes empresas de capital fechado.

27 março 2007

Rir é o melhor remédio 66

Quem vazou

Gerente da BR Distribuidora faturou com vazamento no caso Ipiranga

Um dos supostos beneficiados por lucros obtidos em bolsa de valores com uso de informação privilegiada da venda do Grupo Ipiranga para o consórcio Petrobrás/Ultra/Braskem é funcionário de carreira da estatal e ocupava o cargo de gerente executivo na BR Distribuidora. (...) Rumores na estatal e de fontes do setor apontam, porém, que o funcionário teria ganho em torno de R$ 900 mil com o investimento, feito nos dias 13 e 14 de março. Os papéis teriam sido vendidos logo após a confirmação da compra, no dia 19. (...) O funcionário da Petrobrás é apenas um dentre os 26 investidores - pessoas físicas e jurídicas - investigados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no caso.

Em uma semana, as ações ordinárias da Refinaria Ipiranga, por exemplo, giraram R$ 23,990 milhões, mais do que o dobro do registrado nos três meses imediatamente anteriores, de 2 de janeiro a 9 de março: R$ 11,605 milhões. Um fundo já identificado nas investigações, com sede em Delaware, nos Estados Unidos, movimentou R$ 3,3 milhões.

CRONOLOGIA

12/3
Começa o movimento atípico com ações do Grupo
Ipiranga negociadas na Bovespa

16/3
As ações da distribuidora sobem 33,33% e a semana termina com um volume inexplicável de investimentos em ações do grupo

18/3
A CVM informa que vai investigar

19/3
Petrobrás, Ultra e Braskem oficializam o anúncio da compra do Grupo Ipiranga por US$ 4 bilhões. As ações continuam em alta

22/3
CVM e Ministério Público bloqueiam R$ 4 milhões de
contas de um fundo sediado nos EUA e de uma pessoa física, suspeitos de terem se beneficiado com informações privilegiadas

23/3
Mais duas contas são bloqueadas na Justiça

26/3
Um gerente da Petrobrás está sob suspeita de ter lucrado mais de R$ 900 mil com uso de informação privilegiada

Clique aqui para ler o artigo completo

Reescrevendo a história

Três pesquisadores, Alexander Ljungqvist (New York University), Christopher Malloy (London Business School) e Felicia Marston (University of Virginia) fizeram uma comparação na base I/B/E/S em dois períodos de tempos distintos (2002 e 2004) e descobriram algo que pode influenciar várias pesquisas acadêmicas da área de finanças, contabilidade e economia.

Usando o período de 1993 a 2002 os pesquisadores compararam as informações que estavam disponíveis em 2002 e em 2004. Esperava-se que a base de dados não tivesse mudado com o tempo. Não foi o que ocorreu.

A base I/B/E/S é muito utilizada por pesquisadores por ter as recomendações dos analistas de mercado: compra, manter ou vender. Por esse motivo tem sido considerado um "termometro do sentimento do mercado" num determinado perído de tempo.

A comparação mostrou mais de 54 mil mudanças (num total de 280 mil observações), incluindo alterações de recomendação (onde estava comprar mudou para vender, e vice-versa), adição de arquivos, remoção de recomendação ou do nome do analista. A mudança não foi aleatória, e teve mais impacto nas grandes empresas de corretagem. Em outras palavras, alguns analistas estavam "reescrevendo a história", exatamente o título da pesquisa.

O artigo é interessante para alertar aos pesquisadores sobre os problemas de se usar, sem uma análise crítica, uma base de dados.

Para ler o artigo, clique aqui

Games

Postei anteriormente uma informação sobre a venda de games em fevereiro, onde mostrava a vitória da Nintendo Wii. O gráfico apresenta uma melhor visão do que está ocorrendo; os números são de médio prazo. Talvez ainda seja cedo para fazer prognósticos.



Fonte: Seeking Alpha

Prazo é mais importante que juros

Reportagem da Folha de São Paulo (27/03/2007, Para consumidor, prazo importa mais do que juros, de Fátima Fernandes) informa que o prazo é a variável mais relevante numa compra a prazo, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) e a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

"Não é à toa que o consumidor sempre pergunta para o lojista em quantas vezes ele pode pagar o produto, não qual é a taxa de juros. Ele quer saber se a prestação cabe no orçamento do mês", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.

(...) Em dezembro do ano passado, o prazo médio de financiamento de bens no país era de 18 meses, e o máximo, de 36 meses, segundo levantamento da Anefac. Em 2005, o prazo médio era de 16 meses, e, o máximo, de 36 meses. Em 2004, esses prazos eram de 12 meses e 24 meses, respectivamente.

26 março 2007

Business Week muda seu critério

A revista Business Week mudou o seu critério de escolher as melhores empresas (Business Week 50)

Ao descrever essa mudança, a revista já admite que todo método possui imperfeições.

A base são duas medidas financeiras, o retorno médio do capital e o crescimento das vendas, dos últimos 36 meses.

Para medir o retorno para empresas não financeiras a revista usa lucro antes de juros e impostos, excluindo itens não operacionais que possam distorcer esse resultado. O capital refere-se ao passivo (não ao ativo, como costumamos usar no Brasil) de longo prazo, ou seja, dívida e patrimônio líquido. O cálculo para empresas financeiras é um pouco diferente, mas a idéia é a mesma.

A revista compara o desempenho das empresas com outras do seu setor. Isso evita que uma empresa tenha um excelente desempenho em razão de um aumento nos preços do produto de vende, como é o caso do setor de petróleo no último ano.

Após a medida é feita a combinação dos resultados, com uma maior ênfase ao retorno do capital. A mensuração é revista pelos editores da revista já que se acredita que as medidas financeiras falham.

Ipiranga, preferenciais e tag along

1. Setor petroquímico, uma longa história de conflitos

2. Importância do Tag Along

3. Preferenciais

Links

1. Reportagem com Thaler sobre a resistência dos economistas em aceitar suas pesquisas (em inglês)

2. Jogos de corrida pode afetar comportamento no trânsito

Correlação e crise

A crise dos mercados de capitais em decorrência da queda da bolsa da China mostrou a existência de um problema de risco devido a existência de uma alta correlação entre os mercados globais. Conforme informa a The Economist (10/3/2007, p. 68, We All Fall Down) a correlação está elevada. O índice Russell 2000 de pequenas empresas norte-americanas tem uma correlação de 94% com a SP500, o principal índice de Wall Street. Mais ainda, o índice internacional já não oferece qualquer diversificação: correlação de 95%.

A correlação mede a existência de relação entre duas variáveis. Variando entre -100% e +100%, quanto mais próxima de 100% maior a relação direta entre as variáveis. Isso indicaria que as duas variáveis caminham na mesma direção. Uma das máximas da gestão de risco é a necessidade de diversificação: os investidores terão menor risco, com retornos próximos, quando fazem diversificação.

Entretanto, a crise mostrou que isso já se tornou difícil.

Um outro aspecto destacado pela revista é que nos momentos de crise geralmente os investidores tendem a vender suas ações de forma conjunta. Esse efeito é danoso principalmente para os ativos com poucas negociações: nesses casos, a venda tem um grande impacto no preço.

Ainda Jogos Olímpicos: O que fazer depois que acaba?

Essa pergunta foi feita pelo jornal Wall Street Journal, de 20/3/2007 ao analisar as gigantescas construções de Pequim:

O que fazer com os elefantes olímpicos?
Por Mei Fong
The Wall Street Journal
Pequim — A China é um país repleto de monumentos à sua glória passada: a Grande Muralha, os Guerreiros de Terracota, a Cidade Proibida. Agora, os governantes da China moderna estão usando as Olimpíadas para remodelar Pequim e cimentar seu próprio legado.
O custo das Olimpíadas de Pequim e da infra-estrutura a ela associada, de quase US$ 40 bilhões, não só vai superar o das cidades que sediaram Olimpíadas anteriores como, segundo estimativa de alguns economistas chineses, representa até 43% dos gastos totais de todos os Jogos Olímpicos desde Montreal em 1976.
Quase tudo, parece, será maior em Pequim. O Verde Olímpico, o parque olímpico de Pequim planejado para várias competições, tem seis vezes o tamanho do de Atenas. O Centro Aquático Nacional — um projeto inovador que parece um cubo coberto em plástico bolha — tem duas vezes o tamanho de um em Sydney, na Austrália. Pequim está até ampliando seu aeroporto, fazendo-o tão grande que poderá receber, em tráfego anual, 60 milhões de pessoas a partir de 2015 — mais ou menos a população da França.
Os Jogos de Pequim "vão provavelmente ser os jogos mais grandiosos de todos os tempos", diz Brian Newman, diretor-presidente da Autoridade do Parque Olímpico de Sydney.
Mas o tamanho e a grandiosidade das Olimpíadas de Pequim também estão suscitando dúvidas em relação a como a cidade vai administrar suas instalações esportivas depois dos jogos, uma questão que persegue todas as cidades-sede, mas nunca antes na escala de Pequim.
As instalações olímpicas são projetadas para ter enormes espaços em torno de estádios para que uma multidão de 400.000 pessoas circule, diz Newman. "Mas você nunca mais vai ver esse número de pessoas naquela área depois disso. Então o que fazer com esses enormes espaços?", pergunta.
Do jeito que está, o Parque Olímpico de Sydney, que tem cerca de um quarto do tamanho do de Pequim, ainda está no vermelho depois dos Jogos de 2000, embora deva pagar-se até 2015. Mesmo assim, ele é considerado por muitos profissionais de gestão esportiva como um uso exemplar de instalações pós-Olimpíadas porque está freqüentemente sendo usado e abrigou grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Rúgbi de 2003.
Londres, a cidade que sediará os Jogos de 2012, não está esperando para planejar seu legado pós-Olimpíadas. Alguns espaços de lá serão projetados de modo que possam ser facilmente desmanchados e transportados para outras partes do país, diz Peter Mann, presidente-executivo da PMP, uma consultoria de gestão esportiva envolvida no processo de planejamento. "Se não há um argumento sustentável (para o espaço esportivo), ele não existirá" depois das Olimpíadas, diz ele.
Ao contrário de Sydney, Pequim não tem uma organização específica para cuidar das instalações olímpicas depois dos jogos. Em vez disso, a administração será distribuída entre as estatais que arcaram com o gigantesco custo da construção para as Olimpíadas, provocando temores de que isso possa levar a uma concorrência acirrada entre os espaços na disputa para atrair grandes eventos. (...)

25 março 2007

Música


A figura é o resultado de uma pesquisa que mostra a relação entre o gênero de música e as dimensões preferidas. Nenhuma novidade.

Como ser um autor de best-seller?

Um comentário do blog Blogging Stocks comenta o caso de como um livro se tornou um dos mais vendidos. De acordo com o Wall Street Journal, basta pagar alguns milhares de dólares.

A chave é o fato de que os rankings da Amazon são realizados de hora em hora. John Reed, que escreveu sobre investimento em imóveis, adotou essa tática. Em 2003 ele obrigou os funcionários de sua empresa a comprar seus livros entre 13 e 14 horas.

Como qualquer lista, essa também é manipulável.

Congresso da UFSC

O primeiro Congresso de Controladoria e Finanças tem como data para envio de trabalho o dia 4 de junho de 2007. Infelizmente o folder do congresso não consta o sítio e não consegui o mesmo numa pesquisa no Google.

Vendas de Games

E a guerra da terceira geração de games? Os números de fevereiro apontam:

335,000 Nintendo Wiis
228,000 Xbox 360s
127,000 Sony PlayStation 3

Ou seja, em fevereiro quase 50% dos games vendidos eram Nintendo Wiis. O PS2, o antigo sistema da Sony, vendeu 95 mil unidades, com o seu novo preço (129 dólares) Isso talvez indique que o preço do PS3 está alto. Mas a guerra ainda não terminou...

Poema: Fluxo de Caixa

Diz o banqueiro: "Cuidado com o Fluxo de Caixa"



Certa vez, numa noite muito escura, enquanto refletia fraco e cansado
Sobre um grande e curioso volume de folclore contábil,
Buscando saídas (inescrupulosas) para aproveitar alguma nova brecha fiscal,
De repente escutei alguém bater a minha porta, a nada mais.

De repente senti um calafrio, e senti o caixa tilintar,
Enquanto entrava um aterrorizante banqueiro a quem jamais vira,
Seu rosto era verde como o dinheiro e em seus olhos podia-se ver
Cifrões que brilhavam enquanto ele anotava.
"Fluxo de caixa" disse o banqueiro, e nada mais.

Eu sempre pensava que era bom ter um lucro positivo,
Mas o banqueiro disse com voz ressoante: "Não.
Suas contas a receber são elevadas, crescendo cada vez mais em direção ao céu;
Suas perdas crescem. O que importa é o fluxo de caixa."
Ele repetiu: "Cuidado com o fluxo de caixa."

Então tentei contar a história do maravilhoso estoque,
O qual, embora grande, está repleto dos melhores produtos.
Mas, o banqueiro viu seu crescimento, e com uma voz poderosa
Sacudiu seus braços e gritou: "Pare! Chega! Pague os juros e não me embrome."

A seguir, olhei para o itens não monetários que podiam somar ad infinutum
Para compensar o caixa que não parava de sair,
Mas, para manter meu demonstrativo no azul, tinha contido a depreciação,
E meu banqueiro disse que tinha agido mal,
Tremeu e seus dentes começaram a ranger:

Quando lhe pedi um empréstimo, ele respondeu, com um gemido,
Que a taxa de juros seria a prime mais oito
E para assegurar minha integridade, ele insistira em garantias -
Todos os meus ativos até meu último fio de cabelo
Apenas isso, uma taxa-padrão.

Embora meu resultado esteja no azul, estou completamente prostado,
Meu caixa indo embora e meus clientes pagando lentamente;
O crescimento de minhas contas a receber é quase inacreditável:
O resultado é certo - problemas insolúveis!
E continuo a ouvir o banqueiro repetir baixinho:
"Cuidado com o fluxo de caixa"



Recebi de Isabel Cristina Henriques Sales, a quem agradeço. Originalmente publicado em 1975, na Publishers Weekly

Conta da Olimpíadas de Londres


Texto do The Economist sobre a olimpíadas de Londres pode ultrapassar a 9 bilhões de libras. Um exemplo de erro no orçamento é o item segurança, inicialmente orçado em 190 milhões de libras. Com o ataque terrorista de julho de 2005 é provável que o custo chegue a 600 milhões.

A revista apresenta um gráfico com a participação do poder público nos últimos jogos (figura acima). (Além de Atenas, a revista não considerou Moscou, que provavelmente chegou perto dos 100% de subsídio público).

Links

1. Caso Ipiranga - Clique aqui e aqui

2. Uso do Ebitda num caso tão complexo

3. Custo perdido

4. Gastou 195 milhões sem saber da projeção da demanda

Amigo da onça

Do Estado de 24/03/2007:

Chávez bancou custos da Bolívia na nacionalização Estatal venezuelana contratou equipe de advogados americanos
Rory Carroll THE GUARDIAN

Informação foi confirmada pelo presidente da estatal boliviana

CARACAS

Em mais um sinal da extensão da influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, descobriu-se na quinta-feira que o país pagou as contas jurídicas da controvertida estatização do gás da Bolívia. A empresa de petróleo estatal da Venezuelana, a PDVSA, contratou uma equipe de advogados americanos para ajudar sua colega boliviana a confrontar, e aparentemente derrotar, poderosas empresas de energia.

Essa assistência mostra o quanto a Venezuela tem ajudado seu aliado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, a impor uma pauta esquerdista radical naquele país, repetindo o que Chávez vem fazendo em âmbito doméstico.

Manuel Morales Olivera, presidente da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), disse aos jornalistas na véspera das audiências no Congresso sobre a estatização que a Bolívia não pagou o escritório de advocacia Curtis, Mallet-Prevost, Colt & Mosle LLP, com sede em Nova York. "A YPFB não pagou absolutamente nada, nem um centavo." Perguntado quem pagou, ele respondeu: "Deve ter sido a PDVSA".

A Bolívia deixou os mercados de energia atônitos no ano passado, quando soldados tomaram campos de gás e o governo exigiu melhores condições das empresas que operam as concessões, entre elas a Petrobrás, a Repsol YPF e a Total.

Para um país pobre, com pouca experiência em tais jogadas, foi uma medida ousada. Mas compensou, pois as empresas, relutantes em se retirar do país no momento em que os preços de energia estão tão altos, concordaram em entregar uma maior receita ao governo. Os analistas advertem que há muita coisa obscura, e a Bolívia pode ter prejudicado os investimentos de longo prazo, mas, por enquanto, Evo Morales tem se vangloriado do sucesso. Também não se sabe o quanto ele deve à Venezuela, rico que estatizou seu próprio setor de energia em 1976 e tem usado a mesma firma de advocacia de Nova York nas suas transações com empresas multinacionais.

Chávez prometeu mais US$ 1 bilhão em investimentos e a exploração dos campos de gás da Bolívia, os segundos maiores do continente depois da Venezuela, mas a admissão de que ele financiou os custos jurídicos de seu aliado vai alarmar aqueles que atacam a intervenção.

O homem que descreve a si mesmo como um revolucionário socialista ofereceu-se para ajudar as Forças Armadas da Bolívia a construírem bases e prometeu intervir se seu aliado for derrubado por um golpe.

Evo Morales, um ex-produtor de coca e primeiro presidente de origem indígena eleito na região, tem saudado Chávez e Fidel Castro como inspiradores na luta contra a economia neoliberal que empobreceu a América Latina. Evo já obteve a instalação de uma assembléia constituinte e enfrenta a oposição da classe média e da comunidade empresarial, que teme sua continuidade no poder.

22 março 2007

Livros mais relevantes

A professora Diana mandou um e-mail perguntando quais os livros mais relevantes para a contabilidade brasileira nos últimos 50 anos. Minha lista é a seguinte:

=> Tese do Natan Szuster - A tese do professor Natan mostrou que é possível fazer pesquisa exaustiva e com rigor no Brasil.
=> Livro do prof. Eliseu Martins sobre Correção Monetária - O livro deveria ser uma exposição do teorema de Modigliani e Miller sob a denominação de alavancagem financeira. Porém, a exposição sobre o significado da correção monetária é marcante e mereceu citação na enciclopédia de história da Contabilidade de Chatfield
=> Livro do Hendriksen e Van Breda - Apesar da obra não ser adotada mais nas grandes escolas de contabilidade (e nem ser possível comprá-la na Amazon), o livro de Teoria é um marco pois ensinou os professores de contabilidade do Brasil
=> Tese do professor Iudícibus - Talvez o primeiro trabalho efetivamente científico da contabilidade brasileira
=> Manual de Contabilidade da Fipecafi - pela influencia que até hoje exerce na contabilidade brasileira.
=> Contabilidade Introdutória - apesar de ter críticas a essa obra, é inegável sua influencia sobre o ensino de contabilidade.

A ordem não é relevante nesse caso.

Alguém tem alguma sugestão? Mande-me um e-mail, por favor.

Pesquisa em PME

Foi preciso uma pesquisa para descobrir isso:

Maioria opta por terceirizar o balanço financeiro
Gazeta Mercantil - 22/03/2007

Os pequenos empresários não têm noção clara da estrutura de custo de sua empresa. M esmo com visão de futuro e senso empreendedor, os pequenos e médios empresários se atemorizam quando o assunto é balanço financeiro. A pesquisa de Conjuntura das Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), identificou que 85% dos empresários não têm noção clara da estrutura de custos de sua empresa. Este é um dos motivos pelos quais 64% das empresas consultadas pelo Sebrae-SP terceirizaram o controle de seus custos em firmas de contabilidade.

A alta porcentagem dos empreendedores que desconhecem o quanto suas empresas lhes custam ou lhes rendem é decorrente do fato de que, na maioria dos casos, o próprio dono cuida das finanças. "Ele deixa de anotar todas as informações necessárias para a contabilização dos gastos no momento em que estes acontecem, confiando à sua memória o trabalho de lembrar tudo depois", explica o consultor do Sebrae-SP, Luis Alberto Lobrigatti.

As 10 árvores mais lindas do mundo

Como toda lista de "dez mais" a escolha das árvores mais lindas é polêmica. Na lista, muitas árvores dos Estados Unidos, o que revela um viés. Mas o primeiro lugar foi para uma árvore da África, o Baobá.


10. Cipreste em Monterey



9. Árvores exóticas



8. Sequoia: General Sherman



7. Sequoia: Coast Redwood



6. Chapel-Oak



5. Quaking Aspen



4. Cipreste de Montezuma



3. Banyan



2. Bristlecone Pine



1. Baobá



Fonte: Neatorama

Um jornal com 22 fontes

Quando fazemos um texto escolhemos geralmente uma fonte (Arial e Times New Roman são as mais populares). O LA Times exagerou: 22 na primeira página. Veja a seguir:



Fonte: Cagle´s Web

Clique aqui para ler: Helvética será estrela de um filme

McJob

Há alguns anos uma revista de negócios premiou o McDonald´s como um dos melhores lugares para se trabalhar. Agora o Oxford English Dictionary reconheceu o termo "McJob" como sinômino de crummy job. McJob significa um trabalho pouco estimulante e com baixa remuneração e pouca perspectiva. É uma palavra depreciativa.


Fonte: BoeingBoeing