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11 julho 2007

Filantropia

A origem do problema dos hospitais filantrópicos é a tabela de remuneração do SUS, que paga, em média, R$ 60 para cada R$ 100 gastos. Por consulta médica com especialista, por exemplo, o SUS repassa R$ 7,5, enquanto o custo é de R$ 21. Nos partos, o sistema paga R$ 356 aos hospitais, que gastam quase o dobro, R$ 600. - Aqui para ler completo, reportagem do Valor Econômico

Lei do Silêncio


(...) Instrução 400 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ficou conhecida como Lei do Silêncio, por proibir que emissores, bancos e corretoras integrantes da distribuição se manifestem publicamente a respeito de empresas em processo de venda de ações ou outros títulos. (...) a regulamentação atual, considerada dura demais e, em certos pontos, não muito clara do que pode ou não ser dito e a que tempo.Como no próprio mercado há dúvidas sobre a conduta adequada, as informações apresentadas ao investidor chegam de forma imprecisa, fragmentada.

(...) A linha divisória entre o que é permitido ou não é tão tênue que o superintendente da Associação Nacional das Corretoras (Ancor), Gilberto Biojone, entende que desde que foi contratada até a divulgação do prospecto definitivo, a corretora que integra a distribuição não pode fazer recomendação de investimento. "Durante o período de reserva, os analistas podem atender à consulta do investidor se atendo àquilo que está no prospecto preliminar", diz. Em relação ao artigo 48 da 400, que diz que os participantes têm de "abster-se de se manifestar na mídia", ele reconhecer haver um certo ruído. "É um ponto crítico, pois cada um tem sua opinião e mídia é algo muito amplo."


Ecos do silêncio - Valor Econômico - 11/07/07

10 julho 2007

SEC tenta reduzir complexidade

A SEC lançou um projeto de reduzir a complexidade das demonstrações contábeis. Aqui para ler mais

Erros dos executivos

Nos últimos anos, Finkelstein pesquisou as razões pelas quais CEOs de grandes companhias cometeram erros que abalaram seriamente suas empresas - seja com grandes prejuízos, como na Motorola nos anos 90, ou escândalos de corrupção, como na Enron. Um de seus livros - Por que executivos inteligentes falham - lista 51 casos de grandes empresas (como Sony, Iridium e DaimlerChrysler) que passaram por crises e explica os motivos pelo qual ocorreram. "Existem quatro razões principais que levam um executivo a cometer erros", diz ele. "A visão distorcida dos fatos, a ilusão, falhas de comunicação e alguns hábitos dos executivos (ver ao lado). A maioria dos grandes erros empresariais se encaixa em uma destas situações."

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Europa e China

A Comunidade Européia deu boas-vindas a China, que está adotando 39 padrões novos da contabilidade em uma proposta para obter uma substancial convergência daqueles padrões com os IFRS e para melhorar a transparência da informação financeira.

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Auditoria padronizada

Da Agencia Mexicana de Noticias, NOTIMEX:

Estudio mundial revela la estandarización de los auditores internos y su creciente impacto en la dirección de las empresas

AMSTERDAM, PAISES BAJOS -- (MARKET WIRE) -- July 09, 2007 --

Aunque está en varias etapas de madurez en diversas culturas, la práctica del auditor interno se está estandarizando cada vez más alrededor del mundo y se predice que ampliará su función en la dirección y la administración del riesgo de las empresas.

Estos dos importantes hallazgos se encuentran entre los resultados preliminares del estudio mundial más completo que se haya realizado sobre la profesión de auditor interno. Los resultados del estudio, presentados el día de hoy en la convención internacional del Instituto de Auditores Internos (IIA) en Ámsterdam, poblarán el "Cuerpo de conocimientos generales" (CBOK), que será actualizado periódicamente por la Fundación de Investigación de la IIA (IIARF) en respuesta al crecimiento sin precedentes de la profesión. (...)

Entre los resultados centrales del estudio: una mayoría (82%) de los auditores internos están siguiendo (al menos de manera parcial, si no total) las Normas Internacionales para la Práctica Profesional de Auditoría Interna (Normas); los auditores internos trabajarán más en áreas de administración del riesgo y dirección (80% y 63%, respectivamente); y las actividades de auditoría interna son percibidas como efectivas y de valor agregado para sus empresas (media de respuestas superiores a 4, en una escala del 1 al 5).

"Como la actividad de la auditoría interna por lo general es dirigida por un organismo de supervisión como el comité de auditoría del consejo directivo, este alto porcentaje de adherencia a las Normas indica el creciente reconocimiento del valor de la auditoría interna para la buena dirección en el mundo empresarial", dice Roderick Winters, AIC, presidente de la IIARF y auditor general de Microsoft Corporation. "Ahora tenemos una imagen precisa de la profesión dentro de diversas culturas y como un todo, lo que servirá como base para entender cuál será la evolución de la profesión de auditor interno en el futuro, que tendrá un impacto aún mayor en las organizaciones y en sus participantes."

Encargado por la IIARF, el estudio CBOK fue dirigido por 15 investigadores de todo el mundo, en 17 idiomas y con la participación de más de 9.300 auditores internos en 91 países. Se publicará un informe completo en octubre, donde se analizarán con mayor detalle los datos sobre diversas culturas de todo el mundo. El estudio CBOK, que se repetirá cada tres años, ayudará a la IIA a ofrecer orientación actualizada y relevante para la profesión de manera continua.

También se indican los resultados preliminares: la mayoría de las funciones de auditoría interna que ya existen fueron establecidas en los últimos cinco años; hay predominio de leyes y reglamentos que actualmente afectan a la profesión y se espera que se establezcan más en el futuro; las tareas de auditoría interna comúnmente se basan en los mayores riesgos de una empresa; y el análisis de riesgos y habilidades comerciales, la confidencialidad, la objetividad y la ética son atributos fundamentales para los auditores internos.

"La profesión de auditoría interna es auto reglamentada. Por lo tanto, es asombroso que sus practicantes de todo el mundo hayan aceptado y se estén apegando voluntariamente a los principios centrales del profesionalismo de la auditoría interna y reconozcan a nivel mundial las mejores prácticas", dijo Priscilla A. Burnaby, Ph.D., CPC, una de las principales investigadoras del estudio. "Al definir claramente dónde está y hacia dónde se dirige la profesión, el estudio CBOK garantizará que las auditorías internas mantengan su efervescencia y relevancia, y que sigan aportando valor a las empresas y a la sociedad como un todo."

Con más de 140.000 miembros de 165 países, la IIA es voz mundial, líder aceptada, autoridad reconocida y asociación profesional de los auditores internos de todo el mundo. La IIARF crea y difunde recursos diseñados para entender, guiar y dar forma al futuro de la profesión de la auditoría interna.

O fisco eletrônico e a adequação das empresas

De João Paulo Serra, Alliance Consultoria (Valor Econômico, 10/07/2007)

O Brasil está dando um importante passo no sentido de padronizar a informação das empresas e seus respectivos cadastros. O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), subdividido em três projetos - SPED contábil, SPED fiscal e nota fiscal eletrônica - aos poucos sai do papel para finalmente proporcionar a integração e o compartilhamento de dados fiscais entre as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Com as novas exigências, o fisco poderá, de forma rápida e segura, realizar o cruzamento das informações fornecidas pelos contribuintes e verificar a idoneidade do conteúdo, com o objetivo de evitar a sonegação e outras formas de evasão fiscal.(...) O SPED contábil, iniciado em meados de 2006, conta com a participação de empresas-piloto, escolhidas pelo fisco, que se propuseram a trocar e fornecer as informações necessárias para a adequada formalização e a definição da futura legislação e de sistemas de informação. Tudo com o objetivo de fornecer, às pessoas interessadas (e autorizadas), informações deste protocolo de cooperação, reunidas em um ambiente específico, o que tornará a apuração de impostos, os processos de fiscalização e outros trabalhos mais rápidos e eficientes. Com o SPED, os dados enviados detalharão operações de entrada e saída das empresas, controle de estoque, folha de pagamento, contabilidade, emissão de documentos fiscais e dados cadastrais, entre outros.

09 julho 2007

Rir é o melhor remédio

FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS, NOS ÚLTIMOS MESES, NO RIO DE JANEIRO

Jornal do Brasil

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Onde? Na cova?)

"Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva."

"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes."

"O aumento do desemprego foi de 0% em novembro."

O GLOBO

"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente." (O frio não estava filiado ao sindicato grevista)

"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável."

"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio,trata-se de um incêndio."

EXTRA

"Os sete artistas compõem um trio de talento."

"Parece que ela foi morta pelo seu assassino."

"O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas."

"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço."

"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."

"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."

O DIA

"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."

"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou."

"No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos."

"Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel."

"Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto.“

Enviado por Matias Pereira

Interesse do Investidor

O interesse do investidor

O Estado de São Paulo - 09/07/2007

(...) Dois outros problemas deverão ser enfrentados pela nova direção da CVM. Um deles é a harmonização dos padrões contábeis brasileiros com os internacionais, tornando mais fácil para os investidores estrangeiros comparar as empresas do País com as demais. Outro é o aprimoramento dos lançamentos de ações. A CVM já vinha estudando a obrigatoriedade de que os prospectos de lançamento sejam redigidos em linguagem compreensível pelos investidores, além de atender às especificidades jurídicas. Os investidores devem saber exatamente no que estão aplicando seu dinheiro.

O acesso dos minoritários aos lançamentos também deverá ser avaliado pela CVM, com vistas a estimular o aumento da base de acionistas minoritários, para disseminar o capital das empresas.

Ademais, a CVM terá de acompanhar uma mudança estrutural prevista para os próximos meses numa entidade-chave do mercado de capitais. Trata-se do processo de desmutualização da Bolsa, que deixará de ser uma sociedade de corretoras para se transformar numa companhia aberta, a exemplo do que ocorreu com grandes bolsas, como a de Nova York, a Nasdaq, a de Londres e a da Alemanha e a Chicago Mercantile.

A CVM tem, portanto, um papel de importância crescente num mercado globalizado e em plena expansão. Sua atuação fiscalizadora será um fator de atração de investidores locais e internacionais.

AIDS

A AIDS é a retribuição terrível da natureza para nossa tolerância ao comportamento sexual e social irresponsável. A epidemia é o preço de nossas atitudes permissivas para a monogamia e outras formas do conservadorismo sexual extremo.

De Steven Landsburg no New York Times

Costa Rica está preocupada com as normas internacionais


Uma notícia do El Financeiro, que mostra a preocupação existente na Costa Rica sobre as normas internacionais de contabilidade para as pequenas e médias empresas:

PYME y contabilidad global
08/07/2007
El Financiero

¿Recuerda usted el adagio popular: "Me metí en camisón de once varas?" Pues bien, esa expresión popular refleja el sentimiento de muchas pequeñas y medianas empresas (PYME) nacionales al momento de presentar sus normas contables bajos los estrictos estándares internacionales.

Tal situación representa, a todas luces, un dilema para el Colegio de Contadores Públicos de Costa Rica.

Lo anterior se debe a que mientras, por un lado, comprendemos la situación de las PYME costarricenses, por el otro lado, igualmente sabemos de la importancia de seguir la normativa internacional.

¡Mal haríamos en aislar a la iniciativa privada de esas tendencias de contabilidad por las que ya transitan otras naciones y que sin duda alguna se convierten en oportunidades para nuevos negocios!

Proceso de consulta

En este momento la comunidad internacional, bajo el liderazgo del Comité Internacional de Normas de Contabilidad (IASB por sus siglas en inglés), con sede en Inglaterra, está en proceso de consulta sobre la normativa que regiría para las pequeñas y medianas empresas, lo cual ocurriría posiblemente a partir del año 2008.

Esta sintonía contable en el ámbito global permitiría a las PYME nacionales dar los siguientes pasos:

1) Buscar financiamiento.

“Hay que adaptar las Normas Internacionales de Información Financiera”.Presidenta del Colegiode Contadores Públicos de Costa Rica.

2) Hacer nuevos negocios con empresas de afuera.

3) Acceder a nuevos flujos de capital.

Sin embargo, una pequeña o mediana empresa de la Unión Europea (UE) probablemente sea una empresa grande para la realidad costarricense.

Nueva interpretación

De ahí que el Colegio de Contadores Públicos, punto focal en Costa Rica para esta temática, estudia en la actualidad una nueva interpretación de las normas mencionadas acorde a la realidad costarricense.

Nuestro objetivo consiste en hacer propuestas para reducir las normas y eliminar algunos de los requisitos que resultan excesivos para la realidad de nuestro parque empresarial.

Se trata, en resumen, de considerar la situación local al momento de adaptar las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF).

Reto importante

En un país como Costa Rica, donde el motor de su estructura productiva es la pequeña y mediana empresa, este es un reto importante que debemos resolver con urgencia.

Para ello queremos que el 60 aniversario de nuestro colegio, sea una excelente oportunidad para contar con los experimentados aportes de los profesionales en esta temática.

En junio pasado celebramos el VII Congreso anual, que precisamente estuvo enfocado a convocar a los casi 5.000 profesionales para debatir nuestro importante papel de cara a una realidad cada vez más globalizada.


Pergunta que não quer calar: E o Brasil??

A dificuldade da governança

A discussão sobre governança corporativa esbarra numa dificuldade: o que é governança corporativa?

Uma reportagem do Wall Street Journal (Theory & Practice: Finding the Best Measure of 'Corporate Citizenship', de Phred Dvorak, 02/07/2007, p. B3) mostra como isto é difícil para o investidor. Afinal, segundo a reportagem, existe pouco consenso sobre o que é uma boa governança e como deve ser mensurado.

O texto cita casos contraditórios de "boa governança". Por exemplo, a Google foi considerada uma das "World's Most Ethical Companies" pela Ethisphere, mas que é considerada pela Audit Integrity Inc., pelo comportamento da sua contabilidade e risco de litígio como ruim. O porta-voz da Google diz que a classificação da Ethisphere reflete o esforço da empresa com os usuários, mas que não conhece a Audit Integrity.

Alguns analistas questionam a importância de classificações de governança. Uma das razões é que as empresas que fazem estas classificações vendem suas classificações e serviços. Além disto, quando uma informação sobre a governança de uma empresa é conhecida, o preço seria afetado imediatamente.

E o Brasil, onde a governança corporativa é dada por certas regras no mercado acionário? Seria possível uma boa governança sem fazer parte dos níveis da Bovespa? Ou o contrário, ao fazer parte deste níveis isto garantiria uma boa governança?

Clique aqui para ler reportagem

08 julho 2007

Links

1. Listagem de Táticas nas operações de aquisições

2. Racionalidade econômica e testosterona

Princípios x regras

Um comentário no Financial Times de 06/07/2007 discute o dilema princípios versus regras. Achei curioso o trecho "One of the characteristic features of US political life is an instinctive distrust of discretionary power. Americans like to be free of controls and a rules-based system accommodates this preference."


America will prefer to rely on rules, not principles.
By PETER WALLISON - 6 July 2007
Financial Times - London Ed1 - Page 15

Interest in principles-based regulation and accounting is growing among US policymakers and commentators. This is understand-able. The Financial Services Authority styles itself as a principles-based regulator and that looks wonderfully refreshing to individuals and companies that have had to deal with the rigid rules enforcement of the Securities and Exchange Commission. Regrettably, however, the latest flirtation is likely to come to nothing. The political, cultural and legal environment in the US seems unsuitable for a regulatory or accounting regime that works on the basis of principles rather than rules.

The principles-based concept has two elements: principles that govern how regulators act and outcome-oriented principles that might supplant detailed rules as guidelines for auditors and regulated companies. The FSA has both and the concept of restraining regulatory discretion within certain channels, or focusing on certain goals, has real merit. The problem for the US arises with the second element.

One of the characteristic features of US political life is an instinctive distrust of discretionary power. Americans like to be free of controls and a rules-based system accommodates this preference. Although detailed rules may be made by the Financial Accounting Standards Board, the SEC, or the Internal Revenue Service, their interpretation is left to those who must comply with them. This leaves significant room for self-determination. In a principles-based system, how a principle will be applied remains at the discretion of the regulator. Thus, ironically, given any regulation at all, a rules-based system offers more freedom for those who are regulated.

But apart from this, principles-based regulation reduces the rules transparency essential for a competitive market. A rules-based regime tells everyone what is required to enter a field and compete. A principles-based regime is open to interpretation by a regulator and could be used to deny entry to would-be competitors. A recent example is Wal-Mart's effort to acquire a bank-like entity known as an industrial loan company. The US banking industry strongly opposed this and - even though there was no legal authority to do so - the FDIC, under industry and congressional pressure, imposed a one-year moratorium on applicationsby retailers such as Wal-Martto give Congress time to enact restrictive legislation.

If this is what occurs when there is no authority at all to restrict entry, imagine what would happen in a principles-based environment where a regulator has the discretionary authority to interpret its regulations so as to prevent new competitive entry.

Then, too, the US legal system is - to say the least - not hospitable to principles-based accounting or regulation. A principles-based regime may work if the only enforcer is the regulator and if the regulator - like the FSA - is more interested in achieving compliance than imposing fines and penalties. But public companies and securities companies are subject to civil enforcement actions by the SEC, criminal enforcement by US attorneys, criminal and civil enforcement by state attorneys-general and private class actions in both state and federal courts. Banks and insurance companies are subject to essentially the same array of public and private enforcers. In this unwieldy and -enforcement-oriented structure, a -principles-based system would open new doors to litigation and liability.

Nor can a compliance-oriented regime like the FSA's work in the presence of the private class action system that continues to flourish in the US. By definition, private class actions are outside the range of government or regulatory policy. The courts and Congress have found it almost impossible to restrict the scope and cost of private class actions under a single SEC rule - the famous 10b-5. It is not hard to imagine the mischief that might be done by class action lawyers if they were gifted with a whole series of SEC rules that were similarly broad and malleable.

This raises the final point. A rules-based system, whether for accounting or regulation, has a safe harbour effect. If one complies with the rules there is some degree of absolution. This seems essential in the litigious environment of the US. Certainly, as in the case of Enron, rules-based regimes are subject to abuse by those who use the rules as a roadmap for deception, but given the political and legal system that prevails today in the US, most US companies would probably prefer a fully transparent and certain system of rules.

The writer is the Arthur F. Burns fellow in Financial Policy Studies at the American Enterprise Institute

07 julho 2007

Reputação

Qual o preço de uma boa reputação?, pergunta a revista Business Week de 9/07/2007 (What Price Reputation? Many savvy companies are starting to realize that a good name can be their most important asset--and actually boost the stock price, por Pete Engardio e Michael Arndt, BusinessWeek - 9 July 2007 - 70 - Volume 4042).

A revista chega a falar de uma nova ciência, a reputation management. Para isto as empresas estão usando sofisticados modelos estatísticos para prever como isto ocorre. Conforme a reportagem, o fato da reputação ser menos tangível que terrenos, receitas ou caixa, torna a sua quantificação difícil.

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Doações para o Vaticano

Segundo a France Presse, os EUA são os maiores doadores para o Vaticano (Estados Unidos são os maiores doadores do Vaticano, apesar dos escândalos, 06/07/2007, Agence France Presse). Esta posição é uma repetição dos anos anteriores, conforme foi divulgado quando da apresentação do balanço consolidado de 2006.

As doações mantiveram-se, apesar dos escândalos dos padres pedófilos. A Igreja dos Estados Unidos teve que arcar com indenizações em dinheiro para as vítimas.

Por exemplo, o arcebispado de Los Angeles aceitou em dezembro de 2006 destinar 60 milhões de dólares para resolver amigavelmente as ações movidas por 45 supostas vítimas de padres pedófilos. Muitas dioceses se declararam em falência diante da impossibilidade de saldar a dívida.

Esta situação teve conseqüências sobre a contabilidade da Santa Sé porque se os Estados Unidos continuaram a ser o primeiro país nas doações livres, ele foi superado em 2006 pela Alemanha no que diz respeito às contribuições das dioceses, afirmou o cardeal.

Os três principais doadores do Vaticano são, em ordem, os Estados Unidos, a Alemanha (país natal do papa Bento XVI) e a Itália.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Santa Sé apresentou um balanço econômico positivo em 2006, com quase 228 milhões de euros em receita e 225 milhões de euros de despesa.

As receitas são constituídas principalmente das coletas e do valor pago regularmente pelas dioceses. Os turistas que visitam os museus do Vaticano também contribuem com o financiamento do pequeno Estado.

A maior parte das despesas consiste na remuneração de 2,704 pessoas (773 padres, 331 religiosos e 1.600 leigos) que trabalham na cúria romana.

O Estado do Vaticano conta com 1.693 empregados. Para o ano de 2006, o fundo de pensão do Vaticano pagou mais de 15 milhões de euros a seus aposentados.

Em 2006, os donativos ao papa e à Santa Sé aumentaram 12% graças particularmente a contribuições "excepcionais", afirmou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano. "Agradecemos a providência, mas nós esperamos que isso se repita nos próximos anos", declarou.

06 julho 2007

Links

1. Mensuração de marca na Espanha

2. Pequena história de Mental Accounting

3. Viés da unidade

4. Gorjeta

"Saco Azul"

O termo "saco azul" tem uma conotação interessante em Portugal. A notícia a seguir é sobre uma investigação de "saco azul" no clube Vitória de Guimarães:

Guimarães: Sócio do Vitória diz em tribunal que em 2001 o clube só tinha o passe de três jogadores

Guimarães, 16 Mai (Lusa) - O sócio do Vitória de Guimarães, Domingos Miranda, que apresentou queixa na PJ sobre o "saco azul" do clube, disse hoje em Tribunal que em 2001 o clube tinha apenas três jogadores contabilizados como seus.

Quanto aos outros atletas - afirmou - "não foi possível saber a quem pertencia o seu passe".

O ex-contabilista Paulo Antero Sousa Pereira confirmou já, em Tribunal, a existência do "saco azul", alegadamente criado por Pimenta Machado para fugir ao fisco e à Segurança Social.

Clique aqui para ler completo e aqui para ler anterior

Quem fala mais - Parte 2

Outra reportagem sobre a pesquisa da Science:

Estos resultados difieren significativamente de los datos barajados en un reciente y comentado libro («El cerebro femenino») de la neuropsiquiatra Louan Brizendine. La profesora de la Universidad de California, con trece ediciones vendidas de su tratado, se ha hecho famosa entre otras cosas por afirmar que una mujer utiliza por término medio 20.000 palabras al día, mientras que un hombre satisface sus necesidades de comunicación con unas 7.000. (...)

Con todo, un número similar de palabras no quiere decir que ambos sexos hablen de las mismas cosas. A partir de la muestra de jóvenes universitarios utilizada en el estudio dirigido por el profesor Mehl, la cháchara masculina parece centrarse en cosas tangibles mientras las conversaciones femeninas tienden a ser dominadas por cuestiones relacionadas con personas. En su opinión, «es cierto que hombres y mujeres tienen muy diferentes procesos cerebrales porque disponen de diferentes hormonas» pero eso no se traduce en una mayor cantidad diaria de palabras. En respuesta, la profesora Louan Brizendine ha apuntado que el problema no es necesariamente que las mujeres hablen más sino quizá que «los hombres realmente no quieren escuchar».


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Futebol no Brasil

a transferência de atletas deixou de ser a principal fonte de ganhos, perdendo para as cotas de TV. Em 2006, o dinheiro das transmissões representou 29% do que os clubes arrecadaram, um crescimento de três pontos percentuais em relação a 2005.

Ao mesmo tempo, a arrecadação com a venda de jogadores caiu oito pontos de um ano para o outro: 23% contra 31%.


Da Folha de 06/07/2007 - Clique aqui para ler completo

Rir é o melhor remédio

U nderwrite

O que o underwrite pode ou não fazer
Gazeta Mercantil - 05/07/2007

5 de Julho de 2007 - Historicamente, períodos de aquecimento do mercado de capitais têm sido seguidos por escândalos e fraudes a investidores. No início dos anos 2000, com o mercado de IPO em ebulição nos Estados Unidos, firmas de grande reputação como Credit Suisse First Boston, Merrill Lynch, Morgan Stanley, Salomon Smith Barney, Prudential Securities, Goldman Sachs e JP Morgan Chase foram alvo de escrutínio da SEC e da Nasd por seu comportamento inadequado como underwriters. A maioria foi punida e intensificou-se um processo de moralização das atividades de underwriting.

O processo evidenciou como underwriters podem receber lucros anormais em operações de oferta pública. Durante o período de bookbuilding, o underwriter pode perceber que a demanda pelos papéis a serem emitidos ultrapassará a oferta - os casos de IPO quentes. O underwriter poderá eventualmente subscrever significativa porção de valores mobiliários para si, explorando informação não pública para seu próprio benefício. Poderá vender partes da sua quota para terceiros com quem mantenha relações comerciais. Poderá vender grandes blocos de ações no aftermarket. Numa IPO quente, poderá cobrar comissões de outros investidores dispostos a pagar um prêmio para adquirir os valores mobiliários escassos. O preço da oferta inicial poderá ser inflado artificialmente no book-building ou no mercado secundário. O underwriter poderá auferir compensação excessiva ou incorrer em conflitos de interesse entre atividades de investment banking e research analysis.

Tanto a SEC quanto a Nasd rejeitaram essas práticas. Na visão dos reguladores, se significativa porção dos papéis emitidos ficar retida para underwriters e insiders a ele ligados, a oferta pública não gozará de boa fé e poderá ser caracterizada como materialmente falsa. No mercado americano, a Regulation M da SEC proíbe que underwriters comprem papéis da companhia cuja oferta eles estão distribuindo, até que tenham terminado completamente sua participação no processo de colocação - o chamado "período restrito" de negociações. Segundo essa regulação, com exceção das práticas de estabilização de preço, underwriters devem se abster de realizar ações ou comunicações que possam induzir à realização de ofertas durante o período de distribuição - mesmo que estas não resultem em incremento de atividades de mercado -, evitando dar aos compradores a impressão de que existe excesso de demanda dos valores mobiliários.

Chama a atenção o papel primordial que a Nasd (National Association of Securities Dealers), uma associação privada cujos membros são underwriters, brokers e dealers, assume na regulação do mercado americano. A Nasd regula operações e condutas desses agentes financeiros, emitindo normas, fiscalizando seu cumprimento, e aplicando sanções aos infratores. Suas normas sobre compensação de underwriters em ofertas públicas requerem que o underwriter se abstenha de auferir formas de compensação consideradas não razoáveis, como: 1) adquirir valores mobiliários do emitente a um preço inferior ao praticado na oferta por um prazo de doze meses antes da oferta; 2) receber warrants para comprar os valores mobiliários em quantidade superior a 10% dos papéis ofertados; 3) revender warrants ou ações recebidas como compensação da companhia emissora até um ano após a oferta estar completa. Essas regras vedam a compensação adicional conhecida como "cheap stock" - isto é, ações adquiridas abaixo do preço de mercado. Nota-se que práticas semelhantes a estas vedadas em outros sistemas vêm atualmente ocorrendo no mercado brasileiro.

A regulação das atividades de underwriter entre nós é ainda incipiente. A Instrução 400 da CVM enfatiza a divulgação de informações quanto ao contrato de distribuição e remuneração, sem adentrar no mérito destas questões. Apesar de a CVM estar mais rigorosa com informações discriminadas no prospecto sobre financiamentos de bancos coordenadores a companhias emissoras, existe muito espaço para aperfeiçoamento. É desejável que existam regras mais claras sobre condutas impróprias, a exemplo da normatização empreendida pela SEC e pela Nasd. É necessário fiscalizar mais, já que casos de punição de conduta irregular de underwriters ainda são raros na jurisprudência administrativa.

A Anbid editou em 2006 o seu "Código de Auto-Regulação Para as Ofertas Públicas de Distribuição". Porém, suas regras também precisam ser aprimoradas. Apesar de o código dispor que as instituições participantes deverão "zelar para que os serviços relacionados com as Ofertas Públicas sejam remunerados de forma adequada e compatível, com a observância das condições de mercado", a falta de critérios claros para avaliar o que é "adequado e compatível" torna o tema ainda nebuloso, sendo difícil caracterizar o que seria compensação reprovável.

Com o aquecimento do mercado de capitais brasileiro e com parcela crescente da remuneração de bancos de investimento advinda de processos de colocação de valores mobiliários, os temas aqui discutidos devem merecer maior atenção, tanto de agentes de mercado como das instituições reguladoras. Devemos buscar evitar problemas já ocorridos em outros países para aumentar a confiança no nosso mercado.

Érica Gorga - Professora da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas e da Cornell Law School dos Estados Unidos

Quem fala mais?

Deu no New York Times: mulheres falam mais do que os homens (Everybody’s Talking, por Donald Mc Neil, 6/7/2007)

Acreditava-se que a mulher falava mais de 20 mil palavras por dia e o homem 7 mil. Um estudo da Science mostrou que as mulheres emitem 16.125 palavras por dia e os homens 15.669. Ou seja, a diferença é muito pequena. Além disto, parece que existe um problema de amostra, pois as mulheres participantes eram jovens estudantes

A reportagem finaliza com um piada:

Homem: Estudo mostrou que a mulher fala duas vezes mais do que o homem.

Mulher: É claro que falam. Nós temos que repetir tudo que falamos.

Homem: O que?

Links

1. Nada se cria, tudo se copia. Na Disney

2. Franquia de hotel pode custar milhões

3. Os piores versos da Música Popular Brasileira (Ganhou Djavan) e os melhores (em votação)

4. Empresas estão economizando em hotel

5. Verdades politicamente incorretas - Entre algumas verdades, os homens gostam de louras, os humanos são poligânicos, ter filhos reduz a chance de divórcio, pessoas bonitas têm mais filhas, entre outras.

05 julho 2007

Globo versus Record

Agora, numa estranha reversão de papéis, Macedo está vingando-se da Globo e com isso sacudindo um dos mercados de TV menos competitivos do mundo. Macedo investiu dezenas de milhões de dólares num esforço para transformar a pequena rede que ele possui, a Record, numa franca imitadora da Globo. Nos últimos três anos, a Record comprou e expandiu um velho estúdio com 75.000 metros quadrados de área total a poucos quilômetros do complexo da Globo. Com salários bem acima da média, a Record contratou centenas de atores, técnicos e jornalistas — a maioria treinados na Globo.

Macedo, cuja igreja ganhou notoriedade por seu pendor para o exorcismo e a agressividade na coleta de dinheiro, é um benfeitor inusitado para a comunidade artística brasileira. As finanças da Igreja Universal foram alvo de várias investigações criminais e Macedo, hoje com 62 anos, ficou preso durante vários dias em 1992 sob acusações de estelionato e "charlatanismo". O processo acabou arquivado.

(...) Na visão da Globo, os atuais investimentos de Macedo na Record são bastante suspeitos. "De onde vêm esses recursos?", pergunta Octávio Florisbal, diretor-geral da TV Globo, que diz que só as receitas publicitárias da Record não poderiam financiar sua expansão. Ele sugere que as autoridades deveriam verificar se a Record não está recebendo dinheiro da Igreja Universal, o que poderia violar o status da igreja de isenção fiscal.


Reportagem do Wall Street Journal de hoje - aqui para ler completo

Recorde de IPO

As companhias brasileiras captaram no mercado de ações, no primeiro semestre deste ano, um volume de recursos nunca visto na história recente do País. Como mostra pesquisa da Thomson Financial, realizada especialmente para a Gazeta Mercantil, foram US$ 12,74 bilhões em ofertas públicas de ações, o dobro (99,7%) do registrado no mesmo período de 2006. As operações de abertura de capital, mais conhecidas pela sua sigla em inglês IPO (Initial Public Offerings) responderam pela maior fatia desse crescimento. Somaram US$ 9,25 bilhões, movimento quase duas vezes superior ao do primeiro semestre de 2006.


Captação de recursos é recorde histórico - Gazeta Mercantil - 05/07/2007 - Lúcia Rebouças

Workaholics

Hoje é o Dia do Workaholics nos Estados Unidos. Não sei se temos este dia no Brasil. Minha sugestão seria a segunda-feira de carnaval ou a quinta-feira santa.

Publicidade

O ranking dos maiores anunciantes:

1. The Procter & Gamble Company. (NYSE: PG)-- $4.90 bilhões de dólares
2. AT&T (NYSE: T) -- $4.34 bilhões
3. General Motors Corp. (NYSE:GM) -- $3.30 bilhões
4. Time Warner Inc. (NYSE:TWX) –- $3.09 bilhões
5. Verizon Communications, Inc. (NYSE:VZ) -- $2.81 bilhões
6. Ford Motor Co. (NYSE: F) -- $2.58 bilhões
7. GalaxoSmithKline (NYSE: GSK ) -- $2.44 bilhões
8. The Walt Disney Co. (NYSE: DIS) -- $2.32 bilhões
9. Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) -- $2.29 bilhões
10. Unilever (NYSE: UL) -- $2.10 bilhões

O interessante é o 29o. = governo dos Estados Unidos, com 1,13 bilhões de dólares.

Fonte: Blogging Stocks

Somente para se ter uma idéia, o maior anunciante brasileiro deve gastar algo em torno de 1 bilhão de reais - as Casas Bahia.

Compliance

Programas de "compliance" evitam corrupção na empresa e incentivam a ética.
- Aqui para ler sobre o assunto

Contabilidade Pública no Paraná

O secretário estadual de Fazenda, Heron Arzua, assumiu ontem que o governo errou na prestação de contas de 2006, publicada em 30 de janeiro. Segundo ele, a correção foi feita após alerta do deputado estadual Reni Pereira (PSB) de que o dinheiro retido pela União em função da multa pelo não-pagamento dos títulos do Banestado não poderia ser contado como crédito a receber. (...)

O secretário creditou o erro na prestação de contas de 2006 a sua equipe técnica. (...) O governo, no novo balanço, também retirou uma dívida de R$ 620 milhões do estado com a Paranaprevidência. Segundo Arzua, essa dívida não deveria estar no balanço de forma integral porque é para ser paga em 27 anos.

Arzua ainda afirmou que, antes de ser feita a nova publicação das contas de 2006, o governo consultou o Tribunal de Contas e a Secretaria do Tesouro Nacional, que deram orientações. Com as mudanças, o governo passou de um superávit de R$ 12 milhões para uma folga muito maior, de R$ 291 milhões.

Clique aqui para ler completo e aqui para ler notícia anterior

Perigos do Investimento

No Brasil, há cerca de 390 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas somente 200 negociam semanalmente. (...) Mesmo sendo promissor e atrativo, o mercado precisa ficar atento a inúmeros perigos, como a possibilidade de haver oscilações seja no cenário econômico, seja relacionado a problemas sociais, escândalos, entre outros.


Clique aqui para ler completo

Onde está o erro contábil?

"De acordo com o professor de economia Brian McManus, a margem de lucros na venda de café é próxima a 150%; ou seja, o custo de uma xícara de café de um dólar é de quarenta centavos de dólar; um café com lei custa menos de um dólar e é vendido por US$2,55. Então alguém está ganhando muito dinheiro. Quem?
Você deve achar que o candidato óbvio é Howard Schultz, o dono da rede Starbucks. Mas a resposta não é tão simples assim. A principal razão pela qual o Starbucks cobra US$2,55 por um cappuccino é que não há uma outra loja ao lado cobrando apenas dois dólares. Mas por que não há ninguém ao lado competindo com o Starbucks? Sem querer desmerecer as qualidades do Sr. Schultz, cappuccinos bem-feitos (é triste dizer que tampouco há escassez de cappuccinos malfeitos). Não é muito caro comprar uma máquina de café expresso e um balcão, criar uma marca com um pouco de publicidade e amostras grátis e contratar funcionários de razoável valor. (...)
A verdade é que a vantagem mais significativa do Starbucks é sua localização nas linhas de metrô usadas por milhares de pessoas. Há poucos locais perfeitos para se instalar um café - na saída de estações ou em esquinas movimentadas. O Starbucks e seus rivais arrendaram quase todas. (...) A bela margem que o Starbucks cobra por seu cappucciono não tem a ver com a qualidade do café ou a de seus funcionários, e sim com o local onde se encontram as lojas; é tudo uma questão de localização, localização, localização"


HARFORD, Tim. O Economista Clandestino. Rio de Janeiro, Record, 2006, p.17-18

04 julho 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte

Sobre avaliação de empresas

Dois links. O primeiro, sobre o número crescente de negócios entre empresas (aqui).

O segundo é um exemplo interessante, do El País de hoje, sobre como são realizados alguns negócios de aquisição no mundo: sem informação suficiente (ou seja, "no escuro"). Aqui

Para melhor gestão, filmes, não livros


Para melhorar a gestão, é mais interessante assistir um filme do que ler um livro? É o que diz "Cinema para Administradores (via WSJ blog)".

A idéia é que seria possível aprender algo útil com Penélope Cruz em Volver (sobre a administração de um restaurante), ou Tom Hanks em Terminal, por exemplo.

Entre os filmes citados
“Time Out” (filme francês sobre desemprego)
“Murder on the Orient Express” (!!)
“Babel”
“Good Night and Good Luck”
“The Fly”
“The Shining”
“The Manchurian Candidate”
“Paris, Texas”
“Day for Night”
“All About Eve”

Acredite, se quiser.

Onde se gasta o dinheiro?

A Advertising Age fez uma pesquisa entre 100 empresas para saber onde gastam seu dinheiro em publicidade. É interessante notar a participação crescente da Internet na lista, apesar da midia tradicional ainda dominar a relação:

1. Revistas -- $29.83 billion
2. Jornais -- $29.80 billion
3. TV -- $27.16 billion
4. Spot TV -- $17.23 billion
5. TV a cabo -- $16.75 billion
6. Radio -- $11.06 billion
7. Internet -- $9.75 billion
8. Syndicated TV -- $4.2 billion
9. Outdoor -- $3.83 billion

Fonte: Blogging Stocks

O homem mais rico do mundo já não é Gates?

Segundo informações de diversos sítios (aqui, por exemplo), Gates deixou de ser o homem mais rico do mundo. O primeiro lugar seria agora do mexicano Carlos Slim, empresário do setor de telecomunicações.

Corrupção e Multas

Anteriormente uma pesquisa mostrou uma forte relação entre as violações do trânsito e outros índices de corrupção. Uma outra pesquisa um pouco diferente mostra os países com maiores multas na cidade de Londres. A ordem é a seguinte:

EUA
Nigeria
Sudão
Japão
Tanzania
Quênia
África do Sul
Serra Leoa
Alemanha
Zimbabwe

Obviamente que esta pesquisa é menos científica e não leva em consideração o número de diplomatas. Mas não deixa de ser interessante.

03 julho 2007

Rir é o melhor remédio

Rir é o melhor remédio

Globalização contábil

Globalização contábil
Gazeta Mercantil - 03/07/2007

3 de Julho de 2007 - O furacão "globalização" vem alterando muita coisa no mundo corporativo, como técnicas de produção e de gestão corporativa, a relação do homem com o trabalho, enfim, além de proporcionar a expansão de novas tecnologias. Na administração, para se obter uma uniformidade de linguagem contábil, estabeleceram-se normas que se aplicam em qualquer lugar do mundo desenvolvido. Os dois métodos contábeis aplicados pelas maiores empresas do mundo são US GAAP (Generally Accepted Accounting Principles in the United States) e IFRS/IAS (International Financial Reporting Standards).

Por enquanto, o padrão de normatização mais utilizado é o US GAAP, em função da presença dominante de empresas norte-americanas nos mercados internacionais (39 das 100 maiores companhias internacionais estão localizadas nos Estados Unidos) e também do próprio predomínio do sistema fiscal desse país no mundo.

Apesar da grande presença das empresas norte-americanas, as normas do padrão US GAAP poderão sofrer alterações, uma vez que as principais economias no mundo, como a União Européia, Japão, Coréia e vários outros (recentemente também China), decidiram aplicar as IFRS/IAS para as empresas com capital aberto. A tendência é que haja uma mescla entre US GAAP e IFRS/IAS que melhor atenda ao mundo corporativo globalizado.O padrão normativo do IFRS/IAS teve origem na Europa e o processo de desenvolvimento das normas do IFRS/IAS congrega interesses de diversos países num aspecto multinacional. A decisão final sobre o conteúdo de uma nova norma de IFRS/IAS como também uma mudança das normas que já existem, é um sistema democrático definido pelo International Accounting Standards Board (IASB), um grêmio executivo formado por 14 membros de vários países.

Em relação ao padrão US GAAP, a Securities Exchange Commission (SEC) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) têm autoridade para estabelecer normas contábeis para companhias públicas. Entretanto, a SEC e o FASB são instituições americanas. Conseqüentemente, observam os interesses de uma nação em particular.

Como hoje muitas empresas americanas têm atividades fora dos EUA e por outro lado muitas empresas não americanas usam o mercado financeiro daquele país, o IASB e o FASB entraram em um processo de convergência. O objetivo é que as bolsas de valores internacionais devam aceitar demonstrações financeiras, conforme normas das US GAAP e também IFRS/IAS, ou seja, a SEC vai aceitar demonstrações conforme as IFRS de uma empresa internacional que gostaria de listar as ações deles, como também a bolsa de valores de Londres deverá aceitar as demonstrações financeiras de uma empresa americana, conforme o padrão US GAAP.

Hoje em dia as normas contábeis brasileiras já são bastante influenciadas pelas normas internacionais, porém elas são determinadas por várias organizações, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (Bacen), Superintendência de Seguros Privados (Susep), entre outros. O debate sobre a responsabilidade na definição das normas contábeis está em torno do Projeto de Lei 3741/00, em trâmite no Congresso Nacional.

Uma orientação sobre as normas contábeis internacionais, ou a adaptação das IFRS/IAS, pode gerar grandes vantagens para empresas no Brasil. Além de oferecer melhor credibilidade às corporações, o acesso às normas internacionais proporciona melhor entendimento das demonstrações contábeis tanto no mercado financeiro local como no mercado europeu, no norte-americano ou na Ásia. Além disso, uma empresa adaptada a essas normas tem facilidade na captação de recursos, podendo gerar maior liquidez e valorização de suas ações.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 6)(Klaas Johnsen - Sócio diretor de auditoria da BDO Trevisan.)

Laudos de Avaliação

Há empresas para todos os gostos, tamanhos e bolsos. Na indústria de laudos de avaliação, também paga-se caro pela grife, embora a oferta seja democrática. Nas operações de compras de ações arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste ano, os preços dos serviços prestados pelos avaliadores variam de R$ 15,4 mil a US$ 4 milhões. O investimento numa grande assinatura, porém, não garante que os números serão aceitos pelos minoritários. As avaliações estão na berlinda e, cada vez mais, são o ponto nervoso das disputas societárias.Trata-se de um mercado disputado entre auditorias, empresas especializadas em consultoria financeira de toda sorte e bancos.


Clique aqui para ler toda reportagem

Convergência de normas contábeis será tema de evento



A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC-SP) vai promover o "IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL - A CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS". O evento acontecerá no dia 13 de setembro e sua realização parte da crença nos benefícios econômicos que a convergência das normas contábeis internacionais pode trazer, como a atração de maior volume de investimentos e a redução do custo de capital.

Estão previstos depoimentos sobre como foram os processos de convergência nas empresas e de que forma os usuários das informações estão vendo essas modificações. A intenção é oferecer exemplos práticos e numéricos das diversas situações e mudanças ocorridas.

(Diário Abrapp)


Enviado por Ricardo Viana

Ambev também encontra erros

AmBev encontra erros em balanços
De São Paulo
02/07/2007

A AmBev encontrou falhas nas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis americanas, conhecidas como US Gaap, relativas a 2005 e 2004. Em razão disso, atrasará a entrega da documentação completa de 2006 à Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários americana, cujo prazo terminou na sexta-feira.

A companhia não esclareceu a origem das incorreções. Apenas informou, por e-mail, que os detalhes estarão no documento (20-F, na nomenclatura da SEC) que será enviado ao regulador dos EUA. Os ajustes reduzirão em 5,8% o lucro líquido de 2005, ou em R$ 139,2 milhões. O ganho reportado no período foi de R$ 2,85 bilhões. No balanço de 2004, quando a última linha ficou positiva em R$ 1,392 bilhão, haverá alta de 4,9% - ou de R$ 80,7 milhões.

De acordo a empresa, serão preparados novos balanços em US Gaap. Já as demonstrações financeiras pela legislação societária brasileira não sofrerão alteração. A expectativa da AmBev é entregar o 20-F no prazo de extensão permitido pela SEC, de 15 dias.

Os formulários de 2006 são os primeiros a conter parecer de auditores independentes sobre a qualidade do controle das empresas de seus processos internos. Tal verificação é exigida pela Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, após os escândalos de fraudes contábeis naquele país. A AmBev atribui a necessidade dessas correções justamente ao "aperfeiçoamento de seu controle interno, feito a partir de 2006". Segundo a empresa, esse procedimento ajudará a evitar esses erros no futuro. (GV)

Valor Econômico


Enviado por Ricardo Viana

CVM e CPC estreiam ação conjunta

Do Valor Econômico de 02/07/2007:

As empresas brasileiras têm novidades na área contábil para aprender. Terão de avaliar melhor a necessidade de baixa contábil por deterioração (ou "redução do valor recuperável") de ativos. Além disso, aquelas que possuem ativos fora do Brasil não precisarão mais assumir a volatilidade cambial em seus balanços.

Na sexta-feira, duas minutas de pronunciamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) introduziram as questões. Foi a estréia das deliberações, desde que foi decidido que tratariam do tema em conjunto.

Em relação à deterioração dos ativos, já conhecida das companhias européias e americanas, ficou decidido que as empresas terão de reconhecer perdas sobre ativos quando seu valor não for recuperável ao longo do tempo ou numa eventual venda. Já sobre a questão cambial, foi estabelecido que as oscilações da moeda não devem transitar por balanço, para que os dividendos não sejam influenciados por essa variação. (GV)


Enviado por Ricardo Viana

Erro na Sabesp

Erro faz Sabesp republicar balanço de 2006
Valor Econômico - 03/07/2007

A Sabesp, companhia de saneamento do Estado de São Paulo, republicou, no sábado, as demonstrações financeiras de 2006 por conta de uma diferença de R$ 93,7 milhões em um item das "contas a receber" da empresa. O assunto havia sido motivo de ressalva no parecer do auditor no balanço publicado em 25 de abril. Segundo a Deloitte, a conta, que é de "natureza credora", apresentava um saldo devedor. "Foi um problema de contabilização", afirma Nara Maria Marcondes França, superintende contabilidade da Sabesp. Trata-se, diz, de uma conta que registra muitas transações e foi necessária uma revisão das rotinas de registro de valores para sanar o problema.A Sabesp tem ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa e na Bolsa de Nova de York. A empresa está em meio à revisão de seus controles internos, um exigência da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais americano.

Segundo Mário Azevedo Arruda Sampaio, superintendente de relações com investidores da estatal, o erro no balanço não está diretamente relacionado à revisão imposta pela SEC.No entanto, ainda está em discussão com os auditores se a questão é ou não um problema de controle interno. A Deloitte terá que atestar a eficácia dos controles em parecer que acompanha o documento da SEC, o chamado 20-F. O prazo para entrega do 20-F é até o fim de junho, mas há uma "prorrogação regulamentar" de 15 dias. Na semana passada, a AmBev anunciou que usaria esse prazo por ter encontrado falhas nas demonstrações pelas regras americanas de 2004 e 2005.Com o ajuste no balanço, o lucro líquido da Sabesp passou de R$ 872,6 milhões para R$ 778,9 milhões.


Grifo meu. Na Gazeta Mercantil (Sabesp e AmBev anunciam republicação de balanços, 03/07/2007), a mesma notícia, recebeu um destaque um pouco diferente, mais positivo, eu diria:

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fez um ajuste no item contas a receber no valor de R$ 93,7 milhões no balanço do exercício de 2006. A mudança resultou numa queda de 10,7% do lucro líquido do período, para R$ 778,9 milhões. Com isso, o ganho líquido, que havia sido 0,8% superior ao de 2005, agora ficou 10% menor. O item contas a receber, incluído no ativo circulante, foi reduzido em 7,7%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,1 bilhão no novo resultado. Além disso, o patrimônio líquido da Sabesp no final de 2006 ficou 1% menor, recuando de R$ 9,1 bilhões para R$ 9,02 bilhões.

O ajuste foi uma prestação de contas sobre a ressalva feita no balanço de 2006 pela empresa de auditoria. Segundo Mário Sampaio, superintendente de relações com investidores da Sabesp, o ajuste não afeta os fundamentos da empresa, nem os dividendos pagos aos acionistas. "A maior parte do impacto será lançada na seção reserva de investimentos", disse o executivo.

As corretoras Socopa e Coinvalores não quiseram se manifestar sobre o assunto, mas puseram o papel da Sabesp em reavaliação. Na Bovespa, a notícia não mexeu com o ânimo dos investidores. A ação ON da companhia subiu 3,76%, para R$ 43,60, com a quarta maior alta do Ibovespa.

Links

1. Vínculo entre mobilidade social e limites da educação

2. A educação pode ter um importante papel como sinalizador. Um homem (mas não mulher) que possui graduação em artes recebe menos que se ele não fosse para a Universidade. Qual a razão disto? Talvez pelo fato de que um homem formado em artes seja visto como um "bon-vivant". O retorno de algumas graduações é zero no setor público.

3. Segundo a AT&T, homem usa, em média, mais o celular do que a mulher

4. A divisão de uma conta no restaurante

Ipod


Um estudo da University of California procurou mostrar o valor por trás do iPod. (clique aqui para acesso ao estudo em pdf e aqui também, para um bom resumo de Hal Varian).

Mais do que confiar nos dados apresentados, o estudo mostra como é complexa a economia global e como é difícil traduzir esta complexidade nas estatísticas econômicas. Os autores usaram como parâmetro o iPod de 30 gigabite que custa 299 dólares. O item mais caro que compõe o produto é o hard drive, que é fabricado pela Toshiba, e custa $73. A Toshiba é uma empresa japonesa, que fabrica o hard drive na China. O hard drive representa 51% do custo das partes do iPod e a empresa tem uma margem de 26,5%. O display é fabricado pela Toshiba-Matsushita no Japão e representa 14%, com um custo de $20,39 dólares.

Usando as informações do custo do iPod, os pesquisadores mostraram que as empresas norte-americanas capturaram 163 dólares do produto. Já o Japão obteve $26 de valor adicionado. Entretanto, isto não é tão simples assim já que o resultado não fica necessáriamente nestes países.

Um bom estudo de caso para nossas aulas de custos.

Preço do Produto


O gráfico mostra a grande variação no preço da cocaína em diversos locais do mundo. O local mais barato é a Colômbia, conde custa dois dólares a grama, menos que um Big Mac. Os países mais distantes da América Central e do Sul ou mais isolados possuem preços mais elevados. Na Nova Zelândia o preço chega a 714 dólares. Outros fatores que influencia neste preço é a existência de competição entre os fornecedores ou restrições ao comércio. Como qualquer outro tipo de produto.

Fonte: The Economist

02 julho 2007

Rir é o melhor remédio

Boa gestão no Futebol

Brasil pode ter clube global com boa gestão
Folha de São Paulo - 01/07/2007

(...) "Os clientes dos times são seus torcedores", afirma Peter Draper, um dos responsáveis pelo processo de profissionalização do clube [Manchester], que ocupou o cargo de diretor de marketing por dez anos, até o ano passado. "É impossível construir um negócio sem saber exatamente quem são esses clientes."

(...) Para chegar lá, diz Draper, os clubes brasileiros poderiam passar por um processo semelhante ao do Manchester. Doze anos atrás, o time percebeu que não havia, em seus quadros, executivos com habilidades gerenciais. Foi ao mercado contratar profissionais e equipou-se com as mesmas ferramentas de gestão das empresas.

Traçou então metas e ligou-as aos resultados, inclusive os dos campos. Ao mesmo tempo, colocou em prática metodologias de governança, auditoria e fiscalização, bem como metas agressivas de negócios.


Aqui para ler completo

Previsão

A previsão do mercado possui muitas vantagens, em especial sobre os chamados "focus groups". Geralmente a previsão do mercado é realizada através de apostas, que encoraja opiniões diversas entre os participantes. Isto não ocorre com o "focus groups", que são dominados por pessoas mais carismáticas no seu consenso.

Um exemplo do uso do mercado no processo de previsão ocorre com os filmes de Hollywood, no Hollywood Stock Exchange.

Aqui uma reportagem da New Yorker. Aqui um comentário sobre o assunto

Links

1. Um serviço que mede a reputação - bom para mensurar também o goodwill?

2. Cartunistas estão desempregados

3. A Wikipedia tem uma série de atividades de aprendizagem

4. ınbɐ ǝnbı1ɔ - ǝʇuǝɹǝɟıp ɐɯɹoɟ ǝp ɹǝʌǝɹɔsǝ ɐɹɐd

Importância da Contabilidade numa IPO

(...) é preciso ter uma contabilidade de excelente padrão. A maioria das companhias fechadas mantém uma contabilidade mínima, apenas voltada para o pagamento de impostos.

Para ir ao mercado, os controles precisam ser significativamente melhorados, garantindo não apenas números confiáveis, mas também sólidas análises gerenciais, como margens por produtos, por exemplo.

Indo além, não devemos desprezar o fato que muitos setores da economia brasileira são absolutamente informais - um jeito um tanto mais polido de dizer que o caixa dois é uma instituição no segmento. Na verdade, só o fato de ter que limpar as contas - e isso é absolutamente necessário para ter um parecer favorável dos auditores e conseguir listar - já é um impeditivo para um bom número de companhias, principalmente nesses setores.


Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4, Márcio Veríssimo - Preparando-se para abrir o capital - 27/06/2007


Clique aqui para ler completo

30 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Conta uma história de que certo macumbeiro resolveu colocar seus serviços a disposição do Botafogo, o grande time comandado pelo técnico João Saldanha. Saldanha, experiente nestes assuntos, entregou um cartão para o macumbeiro. Este quis saber o que era isto. Saldanha disse que era o endereço do São Cristovão. "Faça um estágio no São Cristovão. Se der resultado eu te contrato".

Um Consultor Brasileiro

Roberto Shinyashiki (RS, a partir de agora) é escritor e consultor organizacional. A formação de RS é psiquiatra, conforme reportagem da Folha de S. Paulo de 2004 (Psicologia olímpica do Brasil é questionada Folha de São Paulo - 29/08/2004)

A primeira participação de RS em esportes foi o uso de suas idéias no Corinthians, dem 1998. O Timão ganhou os campeonatos paulistas de 1995 e 1997 e estava na disputa para o título de 1998, que foi do São Paulo. No ano seguinte, já sem inspiração do guru, o Corinthians conseguiu seu intento.

Em 2000 ele foi contratado pelo COB para ajudar a delegação brasileira do Jogos de Sidney. Segundo a reportagem da Folha de 13/09/2000 (Bastidores - Shinyashiki passa de guru a "supertécnico" do COB)

Responsável pelos nervos dos brasileiros nos Jogos, ele vai dividir espaço com os treinadores e tem carta branca do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, para circular por todos os cantos da Vila Olímpica, opinando sobre o que lhe convir.

"Posso ir para onde eu quiser. Posso entrar em qualquer lugar. A idéia é que eu esteja nos ginásios, nos estádios, junto com eles (técnicos)", diz o psiquiatra, exibindo sua credencial administrativa.

Daí, segundo ele, surgiu a idéia de prestar atendimento instantâneo, in loco, às equipes que precisarem de seus serviços.


(...) A influência do psiquiatra junto a Nuzman é tanta que ele teve carta branca para colocar os preciosos pés dos atletas brasileiros sobre um caminho de brasas.

Descalços, atletas e dirigentes esportivos pisavam nas brasas e gritavam frases como "Brasil, eu posso! Raça!".

A "vivência" foi colocada em prática antes de a delegação embarcar para a Austrália e é um dos pontos altos dos métodos do psiquiatra para motivar atletas.


Esta mesma reportagem lembra que no ano anterior ele foi contratado para ajudar a seleção masculina de basquete do Brasil. O Brasil não conseguiu a avaga para os jogos.

Como se sabe, o desempenho do Brasil em Sidney foi um dos piores da sua história (vide a reportagem O fiasco dos abençoados, Gazeta Mercantil, 3/10/2000). Talvez seja por que RS utiliza de métodos que não são reconhecidos pela ciência (vide, novamente, Psicologia olímpica do Brasil é questionada Folha de São Paulo - 29/08/2004 e também Conselho de Psicologia não reconhece prática de andar na brasa, Agência Jornal do Brasil, 15/08/2000)

Quatro anos depois, o COB decidiu optar por um psicólogo em Atenas (reportagem Brasil troca as brasas pelo divã na Grécia, Folha de São Paulo de 26/05/2004).

Cada vez que é convidado para uma palestra RS cobra R$15 mil (conforme O mundo milionário dos gurus do momento, Estado de S. Paulo de 11/04/2004).

Neste momento, RS faz uma propaganda no Estado de S. Paulo com o seguinte título "Turbine sua Carreira - Os segredos dos campeões".

29 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Carona

O problema do free-riding (carona) é muito discutido na economia, em especial na área de finanças públicas e teoria de mercados. Os caronas são agentes que consumem mais do que a parcela justa de recursos. O problema dos caronas é como evitar ou impor um limite a este consumo.

Um exemplo é o gasto com segurança: nenhuma pessoa de um país pode ser excluído do benefício da segurança, nem mesmo aqueles que não pagam impostos ou que são contrários a existência dela.

Considere uma rua onde os moradores resolveram pagar uma pessoa para fazer a segurança. Todos os moradores aceitam pagar, exceto um. Se a melhoria for implantanda, o morador que não paga será um carona, usufruindo do benefício. Isto torna-se um problema quando os demais moradores se recusam a melhorar a segurança se um deles for carona.

Um outro exemplo ocorreu com o serviço de rádio, que foi criado no final do século XIX. Como implantar este serviço de forma lucrativa? O problema do carona era sério. Em 1922, Herbert Hoover, então secretário de Comércio dos Estados Unidos, chegou a afirmar que não existia nenhum método prático para que os ouvintes pagassem pelo serviço. Seria o caso do governo ser responsável pelo mesmo?

A solução ocorreu de forma interessante: A ATT descobriu que poderia ganhar dinheiro vendendo propaganda. E isto solucionou o problema do carona.

Este mesmo caso poderia ser aplicado para a televisão e para ferramentas de busca da internet.

E a Contabilidade? O problema do carona também ocorre na contabilidade. Um exemplo importante e interessante são as demonstrações contábeis das empresas de capital aberto. Quem financia o sistema de divulgação das informações é a empresa e, em última instância, os atuais acionistas. Mas qualquer pessoa pode ter acesso as informações, inclusive os concorrentes e indivíduos que não terão nenhum vínculo futuro com a empresa. Estes seriam os caronas da contabilidade.

Wikipedia

Christopher Michael Benoit era um lutador profissional que participava do Extreme Championship Wrestling, World Championship Wrestling e World Wrestling Entertainment. Era considerado um dos melhores de todos os tempos. He was regarded as one of the best technical wrestlers in his time. Há alguns dias, Benoit desapareceu. Na procura por Benoit, a polícia localizou os corpos de sua esposa e seu filho, mortos por envenenamento. Assim como foi encontrado o corpo de Benoit, autor das duas mortes, que cometeu suicídio.

Um aspecto intrigante da história é o fato de que o verbete de Benoit na Wikipedia foi alterado, anunciando a morte da esposa, 13 horas antes da polícia de Atlanta afirmar que encontraram os corpos. (Clique aqui para ler mais)

O assunto do momento

Diante do lançamento próximo do iphone, com filas enormes de consumidores ansiosos pelo produto, o gráfico mostra que o interesse pelo produto na internet cresceu muito. 0,65% das postagens de blogs (de todas as postagens!) comentam sobre o assunto. Inclusive esta.

Trio parada dura

Trio parada dura - Revista Isto é

Edemar, Nasser e Mansur são condenados a multas e prisão devido a empréstimos ilegais entre suas empresas

MILTON GAMEZ

Ricardo é amigo de Ezequiel, que é amigo de Edemar. Ezequiel empresta R$ 20,8 milhões para Ricardo, que retribui a gentileza repassando o mesmo valor para Ezequiel. Este último toma R$ 2 milhões de Edemar, devolvendo logo em seguida. O dinheiro sai de um bolso e volta para o outro, fazendo escala no paletó do amigo. Seriam apenas transações de efeito financeiro nulo, não fossem os protagonistas banqueiros e tais operações, batizadas de “troca de chumbo”, proibidas pelo Banco Central. Os fatos em questão ocorreram em 1997, quando Ricardo Mansur, Ezequiel Nasser e Edemar Cid Ferreira eram, respectivamente, donos dos bancos Crefisul, Excel

Econômico e Santos. Os três caíram em desgraça, perderam o status de banqueiro e, agora, correm o risco de parar na cadeia devido ao toma-lá-dá-cá de suas empresas.

Na quinta-feira 14, o juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo – especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro –, condenou o trio a pagar pesadas multas e a passar um bom tempo atrás das grades. Ricardo Mansur e Edemar Cid Ferreira foram condenados à mesma pena: multa de R$ 3,7 milhões e quatro anos e oito meses de prisão. Ezequiel Nasser pegou multa de R$ 4,3 milhões e cinco anos e cinco meses de detenção. Todos irão recorrer da decisão, tomada em primeira instância e passível de recurso

O crime do qual são acusados era uma prática comum entre os bancos que sofriam dificuldades financeiras com o fim da inflação, após o Plano Real. Proibidos de emprestar dinheiro para companhias coligadas do mesmo grupo, os banqueiros driblavam essa restrição fazendo a “troca de chumbo” entre suas empresas. No caso, o Excel Econômico, de Nasser, emprestou R$ 20,8 milhões para a United Internacional, de Mansur. Simultaneamente, o Crefisul, de Mansur, repassou o mesmo valor para a Ezibrás, a Compugraf e a Xcell Comunicações, de Nasser. Em outra operação, o Banco Santos, de Edemar Cid Ferreira, emprestou R$ 2 milhões para a Excel Econômico Administradora de Cartões. Cinco dias depois, o Banco Excel Econômico concedeu a mesma cifra para a Santos Seguradora.

Os advogados dos réus sustentam que tais operações não foram ilegais, pois não houve repasses diretos entre as empresas do mesmo grupo. “Não tem lei que proíba a troca de chumbo. Se não é proibido, é permitido”, sustenta Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Edemar. As multas e as penas de prisão também serão contestadas. “O patrimônio dos acusados está indisponível. Não há como proceder ao pagamento da multa. A imposição da pena de multa, nos termos referidos, afigura-se cruel”, diz Fernando José da Costa, advogado de Mansur.

Cosan

Notícia da Gazeta Mercantil sobre a Cosan, um caso interessante de governança (ou não):

Cosan corre risco de ser deslistada no Novo Mercado
Gazeta Mercantil - 29/06/2007

São Paulo, 29 de Junho de 2007 - Associação dos minoritários se reúne e decide pedir informações sobre reorganização. A Cosan poderá ser o primeiro caso de deslistagem de uma empresa do Novo Mercado. Isto porque a proposta feita pela nova controladora, a Cosan Limited - criada nas Bermudas pelo controlador da Cosan no Brasil, Rubens Ometto -, poderá desenquadrar o free float (número de ações no mercado) de 25% exigido por esse nível de governança corporativa.

Segundo proposta feita pelo controlador, os agora acionistas da subsidiária brasileira terão três opções para participar da operação que a empresa pretende fazer nos EUA, para captar cerca de US$ 1 bilhão com a venda de ações. As opções são: trocar ações da Cosan brasileira pelas da Cosan Limited; trocar as ações por BDR - ou seja recibos de ações da Cosan estrangeira que serão negociados na Bovespa - ou manter a atual participação.

Se a maioria optar por trocar suas ações pelas da nova controladora, o free-float da Cosan na Bovespa ficará abaixo de 25%, acarretando seu desligamento do Novo Mercado, diz o superintendente de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga.

Ainda de acordo com os mandamentos do Novo Mercado, o desligamento da empresa terá outras consequências. Por exemplo, a Cosan Lmited terá que fazer uma oferta pública de compra de ações (OPA) para os investidores remanescentes. A OPA terá que ser feita pelo valor econômico da ação - para definir esse valor precisam ser contratadas três empresas especializadas nesse tipo de avaliação e o preço escolhido será o mais alto, informou Fraga.

Em reunião,ontem, a Associação dos Minoritários do Mercado (Amec) decidiu enviar um documento ao controlador pedindo mais detalhes da operação e de como será a relação da controladora com a subsidiária, para partir daí definir sua posição, de acordo com Edson Garcia, superintendentende da Amec.

Dada a elevada participação de estrangeiros no capital da Cosan no Brasil, porém, fontes de mercado apostam que a troca por ação da Cosan Limited será opção majoritária. Na oferta pública inicial de ações feita pela Cosan no final de 2005, 72% dos R$ 885,7 milhões captados foram comprados por estrangerios.

O modelo de estrutura acionária adotada pela Cosan Limited, porém, não agradou aos acionistas. A Cosan americana terá duas classes de ações ordinárias, ONA e ONB, que dão direito a voto na companhia, mas de forma diferente. As ONB ficarão em poder do controlador Rubens Ometto e cada uma dará a ele direito a dez votos na companhia. Já a ONA dará direito a apenas um voto.

A diferenciação cria uma subclasse de investidores votantes, indo no caminho inverso das boas práticas de governança corporativa. "Ela dá uma alavancagem de poder de decisão para o controlador, contrária as boas práticas", avalia Max Bueno, analista de investimentos da corretora Spinelli.

Os motivos da adoção desse modelo de organização societária não estão claros, mas é certo que garante poder de decisão a Rubens Ometto, mesmo com uma participação acionária menor. Acredita-se que o objetivo do modelo seja sua estratégia de expansão no mercado de etanol. Ter maior poder de decisão facilita a compra de empresas na América Central e no Caribe. Na Bovespa, as ações da Cosan subiram 0,80% ontem, fechando a R$ 31,26. Mas no mês de junho caíram 40%.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)


A figura mostra o comportamento do preço da ação da empresa nos últimos meses (fonte: Yahoo Financas)

28 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Competição entre mercados

No Financial Times de 12/06/2007, um artigo de Michael Mann, ex-funcionário da SEC, com uma posição interessante sobre o processo de globabilização. Em certo momento Mann afirma que:

"reguladores deveriam reconhecer que dois mercados existem em cada país - um local, sujeito a regulação doméstica, e um internacional, sob as leis estrangeiras. A solução não é fazer estes mercados o mesmo, mas educar investidores sobre diferenças entre eles e fazer com que estes mercados concorram para benefício dos investidores"


Mann afirma que é tempo de construir um sistema educacional em lugar de algo que não funciona.

Selo Ibase está mais difícil

Duas reportagens da Gazeta Mercantil tratam do mesmo tema (Despenca número de empresas com selo Ibase, 04/06/2007; Certificação é cada vez mais difícil, de 05/06/2007): está reduzindo o número de empresas que estão conseguindo obter a certificação do Ibase. Em 2006 o número de empresas já tinha reduzido para 52. Agora a redução deve continuar, conforme espera o próprio Ibase.

Um aluno meu de graduação, Jof Andrade Bezerra, fez uma pesquisa interessante sobre a evolução histórica do número de empresas que adotam o modelo Ibase de Balanço Social. O gráfico abaixo são os números obtidos por Jof Bezerra, a partir da consulta ao sítio do Ibase. A quantidade de balanços tem diminuído com o passar do tempo, enquanto que a proporção do selo ficou maior.

Contabilidade Pública no Paraná

Na Gazeta do Povo de 28/06/2007 uma reportagem (Oposição denuncia nova “maquiagem” nas contas) sobre a contabilidade pública do governo do Paraná.

O governo do estado refez a prestação de contas do ano passado e conseguiu a “mágica” de transformar um superávit de R$ 12 milhões em um saldo muito maior, de R$ 291 milhões. A acusação de “maquiagem” no balancete de 2006 é da oposição ao governo do estado na Assembléia Legislativa, baseada num novo balanço fiscal do ano passado publicado neste mês pela Secretaria Estadual da Fazenda.

Na prestação de contas no último quadrimestre de 2006, durante audiência pública na Assembléia Legislativa no dia 22 de março, a Secretaria da Fazenda informou que o governo fechou o ano passado com um saldo positivo de R$ 12 milhões. Mas o novo balanço, publicado no Diário Oficial do dia 15 de junho, o valor do superávit subiu para R$ R$ 291 milhões.

O que mais chamou a atenção dos deputados de oposição é que o governo retirou do novo balanço créditos a receber de R$ 165 milhões, referentes à suposta devolução da multa que o estado paga à União em razão dos títulos do Banestado e que, mesmo sem terem sido devolvidos, tinham sido contabilizados como dinheiro em caixa na primeira prestação de contas. E, ainda assim, no novo balancete, o estado conseguiu fechar o ano com R$ 271 milhões a mais do que os R$ 12 milhões que foram divulgados no primeiro balanço.

A alteração inesperada dos números levantou suspeitas. “Quero saber de onde tiraram tanto dinheiro. Com certeza não foi uma saída técnica”, disse o presidente da comissão de Reforma Tributária da Assembléia Legislativa, Reni Pereira (PSB).

A oposição vem desde março denunciando como ilegal o procedimento usado pela Secretaria da Fazenda de contabilizar os R$ 165 milhões que o governo estadual não recebeu até agora como dinheiro em caixa. “Só fez isso para não fechar o mandato com déficit orçamentário, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Reni Pereira. “Agora, o governo percebeu o erro e voltou atrás retirando esses créditos do orçamento.”

O governo comete outro equívoco agora, segundo o deputado, ao modificar a prestação de contas de 2006 no meio do ano. “É como se tivesse feito um balanço frio só para apresentar aos deputados”, afirmou.

O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), disse que os números divulgados durante a audiência pública de março eram “provisórios” porque o sistema não tinha processado tudo o que o estado tinha a receber e a pagar. “O balanço era provisório. Na boa contabilidade pública ou privada pode fazer isso, está dentro da lei”, afirmou.

Uma das mudanças feitas no balanço fiscal, segundo Romanelli, e que permitiu o saldo positivo de R$ 291 milhões, foi a retirada de uma dívida de R$ 620 milhões que estava sendo lançada indevidamente. São contribuições que o governo deve à Paranaprevidência desde o mandato de Jaime Lerner. “Por precaução, a Fazenda lançou tudo no balanço do fim do ano, mas viu que o valor poderia ser retirado”, explicou.

O balanço de 2006, segundo Romanelli, já foi enviado ao Tribunal de Contas, está publicado na internet e não há nenhuma irregularidade. Segundo ele, a oposição estaria tentando criar um factóide.

As explicações não convenceram o vice-líder da oposição, Élio Rusch (DEM). O deputado defende que o assunto seja levado ao conhecimento da Secretaria do Tesouro Nacional para que seja feita uma auditoria nas contas do estado.

Para o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), a suspeita de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal vai complicar a situação do governo, que incluiu no orçamento um suposto crédito fantasma da multa da União e agora deixou de contabilizar a dívida de R$ 620 milhões com a Paranaprevidência.

Julgamento da KPMG

Notícia do Valor Econômico (Conselhinho adia julgamento da KPMG, 28/06/2007) informa que o julgamento da KPMG no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, por falhas na auditoria do Banco Nacional (é isto mesmo!) foi adiada. O Banco Nacional sofreu intervenção do BC em 1995, tendo sido constatado falhas na auditoria.

A retirada do processo da KPMG da pauta se seguiu ao "pedido de vistas" feito pelo conselheiro Marco Antonio Martins de Araújo Filho, representante da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) no conselhinho.Araújo justificou a decisão dizendo que assumiu o cargo de conselheiro titular há dois meses e que precisava de mais tempo para analisar o processo. Na primeira instância do processo administrativo, o BC multou a KPMG em R$ 3.681,79 e suspendeu, por dez anos, o ex-sócio da auditora Marco Aurélio Diniz Maciel para o exercício da atividade de auditoria em instituições financeiras.O BC entendeu que a KPMG deixou de observar normas e procedimentos da atividade de auditoria independente no caso do Banco Nacional.

Na sessão de ontem, na sede da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Rio, o procurador Rodrigo Pirajá Wienskoski, representante da Procuradoria da Fazenda Nacional no conselhinho, antecipou que a Procuradoria irá propor o agravamento da pena fixada para a KPMG. Segundo Wienskoski, a medida seria somente para a pessoa jurídica (a Procuradoria irá defender a manutenção da pena já fixada para Maciel). A proposta da Procuradoria pretende fazer com que a multa pecuniária fixada para a KPMG seja transformada na suspensão do registro da empresa para o exercício da atividade de auditoria independente. Porém, a aprovação depende dos demais membros do conselho.