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Mostrando postagens com marcador Banco Real. Mostrar todas as postagens
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31 agosto 2013

Informação privilegiada

Os acionistas minoritários do antigo Banco Real conseguiram mais uma decisão favorável no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra o banco ABN Amro, em um processo relacionado a uso de informações privilegiadas na compra da instituição brasileira em 1998. Os desembargadores da 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal rejeitaram anteontem embargos do banco ABN Amro, mantendo a condenação contra o banco, de 2011, que terá que indenizar um grupo de 11 ex-acionistas do Real que alegam ter sofrido prejuízos. Os valores serão apurados na execução da sentença. Eles tinham 2,5% das ações do Banco Real, entre empresas e pessoas físicas. Cabe recurso contra a decisão.

(...) A ação judicial tem origem na compra do Banco Real pelo ABN Amro, em 1998. Segundo Molon, o ABN Amro teria assinado em 7 de julho de 1998 um contrato com Aloysio de Andrade Faria (então dono do Banco Real) que previa a compra do controle do banco brasileiro, com um prêmio de R$ 2 bilhões. O problema, segundo o advogado, é que o ABN Amro não informou o mercado sobre a existência desse contrato. Molon ressalta que, na decisão de 2011, a Justiça determinou que na contabilização dos prejuízos a serem apurados na execução da sentença seja incluído o prêmio de controle pago a Faria.

— O ABN Amro lançou uma oferta pública para comprar o restante das ações do Banco Real que pertenciam aos acionistas minoritários, sem informar que já tinha adquirido o controle. Os investidores poderiam ter vendido as ações por um preço melhor se soubessem da operação. Isso se caracteriza, da parte do ABN Amro, uso de informação privilegiada — afirma o advogado dos minoritários. (...)


Minoritários do Real têm nova vitória contra o ABN - Bruno Villas Boas - O Globo

06 outubro 2007

Banco Real fica com o Santander

Consórcio de bancos diz que venceu disputa pelo ABN
Folha de São Paulo - 06/10/2007
Toni Sciarretta

Após seis meses de negociação, a disputa pelo controle do banco holandês ABN Amro, dono no Brasil do Real, pode ter chegado ao fim com a adesão de 85% de seus acionistas pela proposta de US$ 100 bilhões feita pelo consórcio de bancos liderado pelo escocês RBS ( Royal Bank of Scotland). A informação foi veiculada na edição eletrônica do jornal britânico "Financial Times".

O consórcio tem ainda a participação do espanhol Santander e do belga-holandês Fortis.

Até o fechamento desta edição, o ABN não havia se pronunciado sobre a adesão à proposta do consórcio. O anúncio deve ficar para a segunda.

(...) De acordo com a proposta, que envolve 94% em dinheiro, o consórcio deve fatiar as operações do ABN no mundo -no Brasil, o ABN Real seria absorvido pelo Santander.

(...) Trata-se do maior negócio da história envolvendo bancos, que começou quando um dos acionistas minoritários, o fundo britânico TCI (O Investimento das Crianças, na sigla em inglês) enviou no final de fevereiro uma carta à direção do ABN pedindo a divisão ou a venda do banco devido à fraca performance de suas ações.

A carta iniciou uma discussão sobre a gestão do banco e despertou a cobiça dos mais agressivos bancos do mundo.

O conselho do ABN chegou a anunciar a fusão com o Barclays em maio, mesmo sabendo que o consórcio tinha uma proposta superior em valor. A iniciativa foi criticada pelos minoritários e o negócio não seguiu.

Para viabilizar a fusão, o ABN decidiu apostar em operação paralela, envolvendo a venda do banco La Salle, sua unidade nos EUA, para o Bank of America. A unidade americana era o ativo de principal interesse do RBS, líder do consórcio e antigo parceiro do espanhol Santander. A venda foi concluída no início desta semana por US$ 21 bilhões em dinheiro.

Ontem, as ações do ABN permaneceram estáveis, enquanto os papéis do Barclays tiveram alta de 0,8% com a desistência. Já as ações do RBS subiram 1,2%, e as do Santander, 0,9%. As ações que mais subiram foram do Fortis, que tiveram valorização de 3% na Bolsa.

04 julho 2007

Sobre avaliação de empresas

Dois links. O primeiro, sobre o número crescente de negócios entre empresas (aqui).

O segundo é um exemplo interessante, do El País de hoje, sobre como são realizados alguns negócios de aquisição no mundo: sem informação suficiente (ou seja, "no escuro"). Aqui

02 maio 2007

ABN: continua a novela

Notícia da EFE informa que o fundo The Children's Investment (TCI), que possui de 2 a 3% da ABN Amro, pediu ao presidente do banco a destituição imediata do conselheiro delegado por não ter agido de má fé no processo de venda do ABN.

Os acionistas minoritários sabem que a proposta do consórcio Santander, RBS e Fortis é mais interessante que a do Barclays. (clique aqui)

23 abril 2007

Banco Real e a Venda do ABN

O jornal Valor Econômico de 23/04/2007 (As operações no Brasil são "cereja do bolo") informa que a disputa pelo ABN AMRO "revelou que a cereja do bolo são as operações no Brasil."

A todo momento surgem notícias de interessados no Banco Real, que o grupo holandês comprou do banqueiro Aloísio Faria em 1998. O mais recente candidato é o HSBC, segundo o jornal britânico "The Times", que avalia as operações brasileiras em R$ 28 bilhões.


Mais adiante a reportagem afirma, baseado em números da contabilidade, que

o bom desempenho do ABN no Brasil é resultado principalmente da eficiência da administração. (...)

O ABN AMRO Real é maior banco estrangeiro do mercado e terceiro maior de capital privado. Tem 1,9 mil agências e postos bancários; 3,9 milhões de contas correntes e um total de 13,1 milhões de clientes, incluindo os da financeira Aymoré, uma das maiores do mercado, especializada no cobiçado financiamento de veículos.


Já o Wall Street Journal analisa de outra forma (mais pessimista) o Banco Real:

No ano passado, o ABN disse que os créditos de liquidação duvidosa do grupo haviam crescido sete vezes, para € 761 milhões (US$ 1,03 bilhão), principalmente por problemas de inadimplência no Banco Real. Na semana passada, o banco apressou a divulgação de seu resultado do primeiro trimestre, para mostrar que seu esforço de recuperação mais recente está tendo progresso, embora os lucros tenham sido ajudados por ganhos não-recorrentes.