Estudamos se a exposição pessoal de juízes federais a fraudes financeiras afeta seu comportamento profissional, na forma de decisões em casos de colarinho branco. Seguindo a metodologia descrita em nosso relatório registrado, construímos uma nova medida de exposição à fraude financeira com base na participação direta de juízes em ações de empresas que cometeram fraudes. Utilizando essa medida, exploramos a distribuição aleatória de casos entre juízes para examinar se juízes expostos à fraude em uma empresa estão (1) menos propensos a decidir a favor de réus em casos de colarinho branco envolvendo outras empresas e (2) menos propensos a conceder pedidos favoráveis aos réus durante a fase pré-julgamento. Encontramos poucas evidências que sustentem (1) ou (2), concluindo que, salvo em fraudes muito graves, é improvável que a experiência pessoal de vitimização dos juízes afete seu comportamento profissional na aplicação de sentenças em casos relacionados. Nosso estudo amplia a compreensão sobre os efeitos colaterais da aplicação da lei contra fraudes financeiras e contribui para a literatura sobre como experiências pessoais dos juízes podem influenciar suas decisões judiciais.
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