Edmond Degrange (? – 1826) — francês e um dos autores de maior sucesso na área da contabilidade no século XIX. Atualmente, no entanto, não é possível encontrar muitas informações sobre ele: a Wikipédia (nas versões em francês, italiano, espanhol, inglês ou português) não possui um verbete próprio dedicado ao autor. Assim, as informações desta postagem correspondem a um apanhado geral encontrado em diversas fontes.
O fato é que Degrange teve grande influência — seus livros de contabilidade, inclusive, foram traduzidos para o português, mas também para o espanhol e italino, no início do século XIX. Em 1838, após seu falecimento, O Guarda-Livros foi traduzido para o português por João Cândido. No mesmo ano, surge Método Fácil de Escriturar os Livros, com tradução de M. J. da Silva Porto. Este Método Fácil parece ser uma tradução da obra de 1795, La Tenue des Livres Rendue Facile. Nessa obra, Degrange apresenta a chamada teoria cinco-contista. Alguns anos após o La Tenue, ele cria o jornal-razão (1804).
Com o objetivo de simplificar a contabilidade, Degrange classificou as contas em cinco grandes grupos, o que deu origem à escola cinco-contista, mencionada no parágrafo anterior. As contas do comerciante seriam: Mercadorias Gerais, Caixa, Contas a Receber, Contas a Pagar e Lucros e Prejuízos. Esse método simplificava significativamente a mecânica contábil, reduzindo o número de contas ao mínimo necessário, o que permitia que leigos aprendessem com mais facilidade a escrituração contábil.
Parte das inovações apresentadas por Degrange já tinham sido pensadas por outros autores. Assim, o papel dele na história da contabilidade parece ser relegado a sua influência na formação de profissionais de alguns países de língua latina na primeira metade do século XIX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário