Jacques Necker (Genebra, 30 de setembro de 1732 — Genebra, 9 de abril de 1804) foi um economista e político suíço do século XVIII. Atuou como ministro das Finanças do rei Luís XVI da França. Reformista, suas inovações, embora pioneiras, frequentemente geravam grande descontentamento, especialmente entre a aristocracia francesa.
Foi um bem-sucedido homem de negócios, construindo carreira como banqueiro e síndico da Companhia das Índias, chegando, inclusive, a emprestar recursos ao tesouro francês. Por incentivo de sua esposa, abandonou os negócios e decidiu ingressar na política francesa, apesar de ser protestante e nascido na Suíça.
Necker exerceu o cargo de ministro das Finanças da França entre julho de 1777 e 1781. Nesse período, destacou-se pela decisão inédita de publicar o Compte Rendu, tornando públicas as contas do Estado — algo sem precedentes na monarquia francesa, onde a situação financeira sempre foi tratada como segredo de Estado. Pouco depois dessa publicação, Necker foi demitido. Em 1788, diante de uma profunda crise, a França o reconduziu ao cargo, mas sua gestão não durou muito. Sua nova demissão, em 11 de julho de 1789, foi um dos fatores que precipitaram a Tomada da Bastilha.
Como autor, Necker publicou, em 1784, a obra De l’Administration des Finances (em português: *Da Administração das Finanças*), um tratado abrangente em três volumes, que obteve grande repercussão. Pouco tempo depois, travou uma célebre controvérsia com Charles Alexandre de Calonne sobre os números apresentados no Compte Rendu au Roi (em português: Prestação de Contas ao Rei). Assim, o Compte Rendu é considerado não apenas o primeiro exemplo de divulgação pública das finanças do reino, mas também, segundo alguns historiadores, o primeiro caso documentado de possível manipulação das contas apresentadas ao público.
Adaptado do verbete da wikipedia
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