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24 janeiro 2012

Default comparado

Eis uma comparação interessante: o número de vezes que um país decretou default de sua dívida:

Espanha = nos anos de 1557, 1575, 1596, 1607, 1627, 1647, 1809, 1820, 1831, 1834, 1851, 1867, 1872, 1882, 1936-1939. Ou seja, 15 vezes.
Inglaterra - 1340, 1472 e 1596. Isto é, três vezes, sendo que a última vez foi há 416 anos.
França = 1558, 1624, 1648, 1661, 1701, 1715, 1770, 1788, 1812. A última vez completa 200 anos.

Agora os BRICs

Brasil - 1898, 1902, 1914, 1931, 1937, 1961, 1964, 1983, 1986-1987 e 1990. Dez vezes, sendo a última há 22 anos.
Russia - 1839, 1885, 1918, 1947, 1957, 1991 e 1998. Sete vezes.
India = 1958, 1969 e 1972. Mas a Índia tornou-se independente bem no século XX.
China = 1921, 1932 e 1939

Qual o país mais caloteiro? (Figura, aqui)

23 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio



"Homens Mulheres e crianças primeiro", diz o comandante do Concórdia, já no bote de salva vidas. No segundo, o barco Europa bate na rocha do rating da SP. Fonte: aqui

Petrobras

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai promover este ano uma varredura nos contratos assinados pela Petrobras e por empresas em que a estatal tenha o controle societário, no Brasil e no exterior. Segundo o Tribunal, a empresa tem desrespeitado regras de contratação. Maior estatal brasileira, a Petrobras assinou no ano passado contratos que somam R$ 16,3 bilhões sem qualquer tipo de concorrência ou tomada de preços com fornecedores, o que representou quase um terço da contratação de serviços da companhia (R$ 52 bilhões). O valor equivale ainda a 19% dos R$ 84,7 bilhões em investimentos previstos pela empresa em 2011. Se levarmos em conta os últimos três anos, as contratações sem concorrência engordaram as contas bancárias de prestadores de serviços em R$ 49,8 bilhões. (...)

Pente Fino na Petrobrás - O Globo - 22 jan 2012

Inflação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mudou o cálculo do índice de inflação oficial do governo, o IPCA. Caiu o peso dos serviços, que subiram 9% em 2011, e ganharam importância os bens duráveis, que tiveram deflação de 1,56%. Essa intervenção deverá reduzir a inflação, e o novo IPCA projetado para 2012 é de 5,3%.

A mudança trará um esforço extra aos gestores dos fundos de inflação e um risco adicional aos investidores. Os fundos não seguem exatamente o IPCA, mas um índice do mercado financeiro, chamado IMAB, que é uma média ponderada da rentabilidade dos títulos do governo corrigidos pela inflação ao longo de determinados períodos. (...)

Fernanda Pressinott - A Nova Conta da Inflação - Isto é Dinheiro

Compliance

Depois de abraçar as causas do desenvolvimento sustentável e da erradicação do trabalho escravo e infantil, representantes do setor privado começam a se apropriar de uma bandeira com forte apelo no País atualmente: o movimento anticorrupção. O número de empresas interessadas em melhorar sua imagem pública cresce na medida em que aumenta a pressão do mercado de capitais por uma boa governança corporativa. Os acionistas “premiam” as companhias que investem em condutas éticas como política empresarial. Além de adotar procedimentos internos para evitar fraudes, grandes corporações, como Siemens, EDP Energia, Walmart e Natura, vêm fazendo pressão pela aprovação de leis de transparência no Congresso.

Elas sabem da importância de combater o problema, sobretudo num país como o Brasil, que passou, no ano passado, de 69º para 73º lugar, numa lista de 182 países, no Índice de Percepção da Corrupção Mundial, avaliado pela ONG Transparência Internacional. Quanto mais baixa a posição no ranking, pior é a avaliação. Para descolar-se dessa realidade, algumas companhias já contam com robustos departamentos focados na definição de regras de conduta – conhecidas pelo termo em inglês “compliance” – entre funcionários, fornecedores e clientes. Mesmo que, num primeiro momento, a transparência não traga ganhos financeiros, o rótulo de empresa “ética” pode vir a ser o fiel da balança para fechar negócios.

(...) A preocupação com práticas lícitas tem mobilizado o mundo corporativo a pressionar o Congresso por alterações na legislação brasileira. No ano passado, o Instituto Ethos, que representa cerca de mil empresas, incluindo a Siemens, elegeu três projetos de lei como prioridade.

Um deles, já aprovado no Legislativo, prevê o fim do sigilo de documentos oficiais. O Ethos acompanha, também, o andamento do projeto que responsabiliza empresas em atos contra a administração pública e outro que tenta regulamentar a atividade do lobby empresarial. Neste ano, a entidade quer monitorar outras 100 propostas que tramitam no Congresso. “As empresas querem minimizar seus riscos”, afirma Luciana Aguiar, coordenadora do Pacto Empresarial pela Integração contra a Corrupção do Instituto Ethos, que reúne 276 companhias. O receio de ter a imagem comprometida alcança até mesmo a prática da doação para campanhas eleitorais. Atentas à possibilidade de terem seus nomes atrelados a escândalos, algumas empresas começam a rever se devem, ou não, doar recursos para candidatos. (...)

Isto é Dinheiro - Intocáveis SA

Akwan, Google e o descaso do BNDES

Esta é a "política" industrial do BNDES: financiar os projetos de grandes empresas com juros subsiados pelo Tesouro e desconsiderar as pequenas e médias , que de fato necessitam de apoio para contribuir para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico do país. Não é á toa que o Eike Batista afirmou que: "O BNDES é o melhor banco do mundo". Com certeza, é o melhor para fomentar o crescimento de empresas em setores nos quais o país já possui vantagens comparativas, como pecuária e energia, e organizações bem estabelcidas que têm condições de buscar financiamento em instituições privadas. O foco do governo brasileiro deve ser o apoio à inovação de qualquer empresa, mesmo em setores como o de internet, que "não é um negócio".Leia a reportagem:

Em 2005, o Google anunciou a compra da Akwan, empresa de buscas criada por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com sede em Belo Horizonte, a Akwan tornou-se o centro de pesquisa e desenvolvimento da gigante americana da internet na América Latina.

Com cerca de 100 pessoas, o centro trabalha em projetos em áreas essenciais para o Google, como buscas, anúncios, redes sociais e mapas, para a região e para o mundo. A equipe é responsável pelo Orkut e fez a localização do Google Maps para a América Latina. "A reputação do centro brasileiro na corporação é grande", afirma Berthier Ribeiro-Neto, um dos fundadores da Akwan e responsável pelo centro.

Ribeiro-Neto é coautor do livro Modern Information Retrieval (Addison Wesley), que ganhou a segunda edição em 2011. O livro sobre recuperação de informações - escrito com Ricardo Baeza-Yates, vice-presidente do Yahoo - foi usado por Larry Page e Sergey Brin na pós-graduação que faziam na Universidade Stanford, no projeto de pesquisa que acabou dando origem ao Google.

Para Ribeiro-Neto, existem dois fatores importantes para incentivar a criação de empresas intensivas em conhecimento. "É preciso ter concentração de inteligência, com mão de obra altamente especializada e capital de baixo custo, a fundo perdido. Capital de banco não serve para empresas nascentes."

O professor licenciado da UFMG diz que o Brasil criou concentração de inteligência em várias universidades com o programa de formação de pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que já tem mais de 50 anos. "Como eu, milhares de pesquisadores foram fazer pós-graduação fora do Brasil", diz. "A grande maioria volta para as instituições de pesquisa."

A disponibilidade de capital, com fundos dispostos a investir em empresas nascentes está em estágio inicial. Antes de ser adquirida pelo Google, a Akwan procurou o BNDES.

"Demoraram dois anos para nos dar resposta, e a resposta foi que internet não era negócio", diz Ribeiro-Neto. "Uma das razões que nos levaram a concordar com a aquisição foi que o crescimento fundado no capital que gerávamos era muito lento.
"

Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, foi aluno dos fundadores da Akwan e um dos primeiros funcionários da empresa. Segundo ele, um fator importante para um ambiente de inovação é não criar processos muito rígidos.

"O mais comum para o surgimento de um projeto novo é o cara fazer a demo no fim de semana e mostrar ao chefe, que acha legal e fala: vai em frente", diz Golgher. "O gerente não fica bravo porque um programador gastou dois dias para fazer alguma coisa que não tem a ver com sua atividade normal."

Victor Ribeiro, diretor de produtos do Google para a América Latina, foi o fundador de outra empresa de buscas que surgiu na UFMG, a Miner, que em 1999 foi vendida para o UOL. "Fui considerado louco quando deixei o emprego na Belgo Mineira para criar uma empresa de tecnologia. Hoje a situação mudou e muita gente quer empreender."

22 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte; Aqui

Defenda-se dos principais erros bancários

Abrir o demonstrativo do banco e encontrar o desconto de um valor que não deveria existir é uma surpresa bem ruim. Entre os erros cometidos por bancos brasileiros em 2011, porém, esse foi o mais comum deles.

O dado é do ranking copilado pelo Banco Central a partir de denúncias feitas ao longo do ano. Quando um cliente faz uma reclamação para o BC, a instituição não intermedia a resolução daquele caso específico, mas caso realmente exista um erro, o banco é informado e tem um prazo de dez dias para dar uma resposta ao cliente. Além disso, a denúncia ao BC, que pode ser feita pela internet, também é importante para que os futuros clientes consultem no site da autarquia quais são os bancos mais e menos reclamados, o que ajuda na escolha de uma instituição.

O procedimento geral para se defender dos erros mais comuns é entrar em contato com a ouvidoria do banco, que terá 15 dias para resolver a questão. Embora não seja obrigatório, é importante seguir o primeiro passo antes de falar com o BC. “Busque primeiro o SAC [serviço de atendimento ao consumidor]. Não conseguindo resolver o problema, procure a ouvidoria do banco. Se o erro continuar existindo, procure órgãos de defesa ao consumidor, o judiciário e o BC”, diz Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon-SP.

Conheça os principais erros cometidos pelos bancos em 2011 e saiba como se defender.

1 – Débitos não autorizados em conta corrente – 2.921 denúncias procedentes

“Qualquer prejuízo que um cliente tenha por erro de qualquer empresa deve ser ressarcido como norma geral do Código de Defesa do Consumidor”, afirma Selma. Se o pagamento demorar, ainda pode incidir juros e correção monetária.

2 – Cobrança de tarifa irregular ou por um serviço não contratado – 1.435 denúncias procedentes

A recomendação do Proncon-SP é reclamar para o banco antes mesmo de pagar tarifa. Se por engano você pagar uma cobrança que não deveria, também é possível solicitar o reembolso.

3 – Esclarecimentos incorretos ou incompletos – 1.287 denúncias procedentes

O tópico é um pouco subjetivo, mas ao se sentir lesado, o cliente não precisa provar que a explicação foi mal feita. Nesse caso a lógica funciona ao contrário e o banco é que deve provar que explicou bem. Ao contratar um serviço, por exemplo, o banco fornece um contrato. Mas não basta apenas fornecer o documento. É preciso que ele seja bem claro. Eventualmente, as explicações para um determinado serviço podem estar na internet, o que não é suficiente. “A informação precisa estar em fácil localização e muito bem detalhada”, afirma Selma.

4 – Descumprimento de prazos – 1.142 denúncias procedentes

Nesse quesito entram as denúncias que não tiveram respostas após o cliente ter reclamado ao BC sobre algo. Nesses casos, o prazo é de dez dias. Para provar que esse ou outros atrasos ocorreram, a dica de Selma é sempre manter protocolos e datas do atendimento.

5 – Segurança dos meios alternativos – operações não reconhecidas – 756 denúncias procedentes

Nesse caso podem entrar movimentações feitas por pessoas que não são titulares da conta ou fraudes feitas com os dados originais do cliente. Inúmeras medidas básicas podem ser fundamentais para evitar problemas como esses. Algumas precauções como não manter anotação das senhas perto do cartão, não passar seus dados para terceiros e não aceitar ajuda de pessoas que não sejam funcionários do banco evitam dores de cabeça.

Fonte: Lilian Sobral, Exame.com

21 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Os cantores favoritos da Disney: Timão e Pumba

Índice Big Mac

O Índice Big Mac é baseado na teoria da paridade do poder de compra: no longo prazo, as taxas de câmbio devem se ajustar para igualar o preço de um cesta de bens e serviços em diferentes países. Esta cesta especial tem um Big Mac, cujo preço ao redor do mundo, é comparado com a média americana de $ 4,20. De acordo com índice de janeiro de 2012, o franco suíço está com valorização de 62% em relação ao dólar . A taxa de câmbio que igualaria o preço de um Big Mac suíço com um americano é 1,55 franco suíço por dólar, atualmente taxa de câmbio é apenas 0,96.

O hambúrguer mais barato é encontrado na Índia, e custa apenas 1,62 dólares. Apesar do Big Mac não ser vendido na Índia, foi considerado o preço de um Mac Maharaj, que é feito com frango em vez de carne. No entanto, o índice sugere a Rupia está desvalorizada em 60% . O euro é negociado a menos de € 1,30 por dólar. Em julho de 2011, a moeda estava 21% sobrevalorizado frente ao dólar, mas agora está apenas 6% sobrevalorizado. Outras moedas européias também têm enfraquecido em relação ao dólar desde 2011,como : a húngara e checa. O Real está com valorização de pouco mais de 30% em relação ao dólar. Veja a tabela:


20 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Após a vitória da Lusa, campeã da segunda divisão do futebol brasileiro, sobre o Corinthians, da primeira divisão, o prof. Jorge mandou e-mail para seus conhecidos afirmando que a Lusa é o melhor time brasileiro. (Jorge é torcedor da Lusa).

Meu ex-chefe e sempre bem-humorado Gileno respondeu, citando os professores da pós-graduação da UnB:

O senhor não acha que esta é uma hipótese que merece ser investigada e testada ? Afinal, nós, acadêmicos, não podemos aceitar teses lusitanas sem comprovação científica... Se me permitem, posso elocubrar neste terreno pantanoso e propor uma comissão de sábios para discutir o assunto. Eu vi com meus próprios olhos e uma televisão (emprestada) esta vitória épica. E o que foi melhor: sem titebiar nem dar uma segunda Sanchez. Não há dúvidas (salvo para os curintianos) que a Portuguesa prestou um grande serviço ao futebol nacional ao reduzir as ambições do campeão a um itaquerinha.

Quem sabe nosso caro professor Matias Pereira pode detalhar uma proposta de referencial teórico e uma metodologia adequadas, após consultas d!além mar (Portugal e Espanha) para o inicio da pesquisa. O professor Lustosa pode nos emprestar sua visão bancária e financeira. O professor Ivan pode aportar o know-how de sua familia, uma das mais prestigiadas consultorias da informática. A nossa Fátima vai considerar um milagre. E o capitão Rodrigo, ressuscitando os bons tempos do Érico, o Verissimo, completaria a comissão com a presença imprescindivel do nosso Cesar. E vocês sabem, é preciso dar a Cesar o que é de Cesar. Só assim a comunidade acadêmica respeitaria êsse resultado e a tese comprovaria que cão que Lattes não morde.

Saudações acadêmicas,
Gileno

P.S.: O Otávio não participa porque como a Luiza está no Canadá.

Links

Esportes
Destruiu as raquetes e perdeu o patrocínio

Ucrânia deve perder 8 bilhões por hospedar a Eurocopa de futebol

A venda de cerveja em estádios segundo a Fifa. Ela garante

Televisão
Luisa, que está no Canadá, é fenômeno de marketing

Uma cena indiscreta no telejornal da TV escocesa

Endemol (do BB) reestrutura sua dívida

Vida
A estrada mais perigosa do mundo

Os médicos não têm como prever quantos anos de vida você irá viver

Economia
222 anos de taxa de juros

O capitalismo de estado nos BRICs

Balanço e DRE
As dúvidas do resultado do Carrefour

BP e o passivo pelo Golfo do México

Empresa
Quem quer matar o carro elétrico? 

GM é novamente a maior vendedora de automóveis do mundo

O problemas com as rachaduras no avião Airbus 380

Internet
O protesto da internet (Wikipedia e Google, entre outros) alterou a posição dos parlamentares quanto ao SOPA e PIPA 

O maior 404 de todos os tempos

10% dos trabalhos oferecidos do LinkedIn foram no Brasil

Resultado por área de negócios

Uma das grandes evoluções da contabilidade moderna é a publicação de resultados por área de negócios. A informação pode ser muito, mas muito interessante. Veja o gráfico abaixo, sobre o resultado operacional da Microsoft para a área de negócio "online". Desde 2006 a empresa colhe prejuízo nesta área, que inclui o buscador Bing, concorrente do Google, e MSN.

Estabilidade financeira

Uma das mais severas críticas a contabilidade moderna é que suas regras estão contribuindo para agravar a crise financeira. Isto tem sido continuamente apresentado, em especial por pessoas vinculadas ao mercado financeiro.

Agora o diretor de estabilidade financeira (director of financial stability) do Banco da Inglaterra (foto) - correspondente ao Banco Central do Brasil - volta a criticar a contabilidade. Para Haldane, as normas contábeis pode ter agravado a crise financeira, ao permitir que os bancos enfatizem os lucros durante os períodos de bonança.

Como a Inglaterra adota as normas internacionais do Iasb, a crítica está voltada para as normas desta entidade, denominadas de IFRS. Mais especificamente, a questão do valor justo.

Além dos efeitos sobre os períodos cíclicos da economia, o valor justo torna-se uma problema para os auditores, impedindo que os passivos sejam adequadamente revelados. Para Haldane, o valor justo não é um abordagem prudente.

Ascensão e Queda

O gráfico mostra a história do computador, de 1975 até hoje. O PC domina desde a década de 80, mas surgem três concorrentes: iPad, iPhone e o Android, que pela tendência do gráfico deverá ultrapassar o PC este ano.

Variação do PIB per capita

É interessante observar a variação real do PIB per capita de algumas países pouco antes da crise financeira de 2008. Segundo as previsões do Economist Intelligence Unit, os indivíduos da Grã-Bretanha, Estados Unidos, França e Japão estarão numa situação pior que em 2007. Na Grã-Bretanha, o PIB per capita real vai cair em mais de 5% em relação ao seu nível pré-crise. Já a Alemanha e os países emergentes estão se saindo melhor. O PIB per capita da Índia é previsto para ser 34% maior este ano do que em 2007, o aumento da China será de 50% , e do Brasil de pouco mais de 10%.


19 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

O produto de beleza revolucionário. Usado pelas principais atrizes de Hollywood. Capaz de revolucionar a forma das mulheres e torná-las mais jovens. É o que promete (e cumpre) o produto abaixo:



Dica, aqui

Links

Respondemos os e-mails dos nossos amigos primeiro

Atletas mais populares no Twitter: um brasileiro em primeiro

Iugoslávia planejou levar o homem à lua

Anúncio com Júlia Roberts é proibido por excesso de photoshop

Serial killer mata conforme a lei da potência

Imóvel vende como “menos Luíza, que está no Canadá”

Uma surpresa no lucro do Goldman Sachs

PanAmericano e Alagoas

Em outubro divulgávamos a estranha relação entre o PanAmericano e o governo de Alagoas. Agora, o Valor Econômico informa (E-mails sugerem que PanAmericano fez doações irregulares ao PSDB em AL, 18 Jan 2012) que o banco pode ter feito doações políticas.

diretores do PanAmericano avaliam uma suposta proposta feita pelo governo de Alagoas para negociar uma dívida do Estado com o banco em troca de uma "taxa de intermediação" de 25% sobre o valor devido - retorno que poderia ser pago por meio de doação para a campanha do partido (veja reprodução ao lado).A dívida de Alagoas com o PanAmericano data de 2006. Entre os meses de fevereiro e dezembro daquele ano, o Estado recolheu, via folha de pagamento, parcelas de empréstimos consignados feitos por servidores, mas não repassou os valores aos bancos. Naquela época, Alagoas era governada por Luís Abílio de Sousa Neto (PDT), que assumiu em março de 2006, quando o então governador Ronaldo Lessa (PDT) licenciou-se para concorrer ao Senado. Em valores históricos, a dívida de Alagoas com a instituição era de R$ 2,7 milhões. Com a correção monetária, somava R$ 3,3 milhões em agosto de 2010.


Até meados daquele ano, com as finanças de Alagoas em crise, nenhuma negociação estava em curso. Mas e-mails trocados entre o então presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, seu diretor financeiro, Wilson Roberto de Aro, e o gerente de consignado, Luiz Carlos Perandin, sugerem que havia uma proposta em avaliação.

Fitch e a Convergência

A agência de rating Fitch divulgou um comunicado sobre o processo de convergência contábil dos Estados Unidos:

A Fitch Ratings espera que os EUA continuarão a avançar com planos para incorporar às International Financial Reporting Standards (IFRS) nos US GAAP, embora de forma prolongada, cautelosa e incremental, de acordo com um novo relatório.

A agência lembra que muitos projetos prioritários, cuja conclusão estava prevista para junho de 2011, talvez só serão concluídos em 2013.

Qualidade do lucro

Aqui um texto interessante sobre a qualidade do lucro. Como as empresas são muitas vezes pressionadas a ter determinado desempenho esperado pelo mercado, "jogos" contábeis, muitos deles legais, são feitos para aumentar o lucro.

O índice consiste basicamente em comparar o lucro obtido pelo regime de competência em relação ao seu fluxo de caixa. Empresas com valores elevados tendem a ter problemas no seu resultado no futuro, incluindo surpresas negativas nos lucros.

Ou seja, é um índice para indicar quais empresas você deve evitar ao fazer o investimento.

Nome em Estádio

Para as empresas que pretendem comprar o direito de nomear um estádio de futebol no Brasil (incluindo o Itaqueirão)


Victor Niederhoffer analisou o desempenho de empresas que compram direitos de nomeação [de estádios entre] 1990 a 2001, em seu livro Practical Speculation. Estas empresas perdiam do S & P 500 uma média de 8% no ano em que era nome de um estádio e uma mediana de -27% três anos mais tarde.

Niederhoffer atribuí a "maldição do estádio" a arrogância [das empresas].


Fonte: Aqui

Foto do Enron Field, que a empresa Enron comprou os direitos por 30 anos, por 100 milhões de dólares, em 2000! Dois anos mais tarde revendeu por 2 milhões.


Custo de Oportunidade

Os economistas compreendem o conceito de custo de oportunidade? Veja este artigo:

Abstract: Ferraro and Taylor (2005) asked 199 professional economists a multiple-choice question about opportunity cost. Given that only 21.6 percent answered “correctly,” they conclude that professional understanding of the concept is “dismal.” We challenge this critique of the profession. Specifically, we allow for alternative opportunity cost accounting methodologies—one of which is derived from the term’s definition as found in Ferraro and Taylor— and rely on the conventional relationship between willingness to pay and substitute goods to demonstrate that every answer to the multiple-choice question is defensible. The Ferraro and Taylor survey question suggests difficulties in framing an opportunity cost accounting question, as well as a lack of coordination in opportunity cost accounting methodology. In scope and logic, we conclude that the survey question does not, however, succeed in measuring professional understanding of opportunity cost. A discussion follows as to the concept’s appropriate role in the classroom.

Por que o Ocidente é melhor que o mundo Islãmico?

Veja a opinião de Ibn Warraq, em seu novo livro: Why the West is the best : A Muslim Apostate's Defense of Liberal Democracy

Western superiority in relation to the Islamic world in ingenuity, morality, technological and cultural achievement is the direct result of freedom of thought. The ability to examine, criticize and adjust in an endless cycle, both individually and en masse, is crucial to progress. A culture which stifles curiosity, forbids cultural or religious criticism and requires all individual and social adjustment to be toward conformity to stagnant cultural forms will inevitably fossilize. This is seen in numerous ways. The numbers of books printed in the Muslim world is miniscule in comparison with the huge output of the West. And while there is no Islamic objection to scientific or technological advance per se, the Muslim contribution to that advancement is practically non-existent. Without oil as a major export, the gross domestic product of the Muslim world would be negligible and even with the immense revenues brought in by oil, Arab states have by and large failed to develop fully functioning, self-sustaining economies, and so forth and so on.

Facebook

O Google Trends mede a tendência da internet. Veja os gráficos e o termo Facebook (de azul) em diversos países: 





Estes gráficos foram obtidos nos seguintes locais: no mundo todo; nos Estados Unidos; na França; na Índia; e no Brasil. Para nós, o fenômeno Facebook foi procedido do Orkut (linha vermelha, no último grafico) e somente em 2011 o FB decolou no país. No mundo, o FB passou a dominar já em 2009.

18 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Links

Grécia por estar insolvente em março, afirma Fitch

Estudo na Suécia mostra que homens com trinta anos são péssimos investidores

Existem 42 milhões de prostitutas no mundo: mapa

Os piores logotipos do mundo (figura abaixo: Kids exchange ou Kid  Sex Change?)

Universidade para Strippers

Volei: um rally impressionante

A importância da Teoria Contábil: palestra (dica Blog do Lino)

Magnus Carlsen,  melhor enxadrista do mundo: ter preferência é ter fraqueza

Empresas: vilãs?


Hanson apresenta uma discussão interessante sobre a razão pela qual as pessoas amam as cidades, mas odeiam as empresas. Será verdade? Hanson argumenta que existem muitos filmes que pregam o amor às cidades (Woody Allen e seus filmes sobre Nova Iorque é um exemplo; no Brasil temos, por exemplo, O Casamento de Louise e Brasília). Os compositores cantam as suas cidades (Tom Jobim e o Rio, por exemplo), mas não cantam as empresas. Mas o cinema produz muitos filmes onde as empresas são vilãs (Erin Brockovich, com Julia Roberts, é um dos muitos casos).

Uma razão é que a cidade não demite você, mas uma empresa sim. Outra é que as empresas são consideradas como “dominadoras ilícitas”.

Mas uma pesquisa recente mostra que diversas empresas gozam de boa reputação. Veja a figura abaixo, onde aparecem dez empresas com notas acima de oitenta em termos de reputação, sendo a Google a primeira no ranking, com nota 84.


Andrew Gelman não concorda com Hanson e mostra que grandes empresas também são admiradas. A figura abaixo foi postada por Gelman no seu sítio de estatística.

Apesar de a pesquisa ser de 2007 é impressionante saber que uma empresa igual a J&J possui uma imagem favorável para 95% dos pesquisados. Para Gelman esta seria uma boa razão para acreditar que as empresas não são consideradas vilãs pela população.

Olympus e auditor

Segundo o New York Times, a empresa Olympus, fabricante de máquinas fotográficas japonesa que está envolvida num escândalo contábil, afirmou que seus auditores, KMPG e Ernst& Young, não são cúmplices da fraude contábil, embora estas auditorias estejam sob investigação.

Para o NYT, a posição da empresa é no sentido de se manter com ações negociadas na bolsa de Tóquio. Assim, brigar contra o atual auditor, a E&Y, pode fazer com que a empresa fique sem uma auditoria, colocando em risco a listagem na bolsa.

Apesar da posição da empresa, ainda é questionável o fato de que a fraude tenha ocorrido desde os anos noventa sem o conhecimento de sua empresa de auditoria. Um professor de auditoria da Aoyama Gakuin University opinou que é difícil acreditar na inocência dos auditores.

A complacência da empresa com os auditores externos não se repete com os internos. Segundo o jornal, a empresa abriu um processo contra cinco destes auditores.

Mais sobre a Olympus aqui e aqui

Princípios da Avaliação

Tim Koller, Richard Dobbs e Bill Huyett lançaram um livro recente onde anunciam os quatro princípios das Finanças Corporativas. Koller é conhecido pelo livro de Avaliação de Empresas, da McKinsey, cujas primeiras edições possuíam também a coautoria de Copeland.

O primeiro é o núcleo de valor: as empresas criam valor investindo os recursos os investidores para gerar um fluxo de caixa com uma taxa de retorno que seja superior ao custo do capital.

O segundo é um corolário do primeiro e recebe a denominação de conservação do valor. O valor é criado para os acionistas quando as empresas geram um fluxo de caixa mais elevado, não reagrupando a estrutura de capital destes fluxos de caixa. Observe que este princípio é uma consequência da proposição clássica de Modigliani e Miller sobre a influência da estrutura de capital no valor da empresa.
O terceiro princípio é o da alteração das expectativas. O preço de uma ação no mercado muda em razão das alterações das expectativas do mercado.

O quarto princípio é o do melhor dono. O valor de uma empresa depende da forma como ela é administrada. Isto significa que a mudança gerencial numa empresa pode gerar fluxos de caixa diferentes.

Os autores trabalham na parte um do livro, que recebe a denominação de Value: The Four Cornerstones of Corporate Finance (Valor: Os quatro pilares de das Finanças Corporativas). Isso corresponde a cerca de 60 páginas, de um total de 250. E o restante? Blá, blá e blá.

Na parte dois, quatro capítulos sobre mercado acionário; na parte três, sete capítulos sobre a criação de valor.

Neste sentido, a obra parece com o livro de Koller, Avaliação de Empresas. Muita conversa com alguns gráficos e tabelas interessantes (mas sem detalhes metodológicos), muita afirmação baseada em pesquisas realizada pela McKinsey.

Vale a pena? Não.

Frase



“Estamos na Arca de Noé, dependentes das águas. Tem que parar de chover.”



José Carlos Martins, diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale fala sobre os problemas que estão sendo enfrentados pela mineradora nas operações em Minas, Rio e Vitória.
12 de janeiro de 2012

Doodles

Segundo a Wikipédia,

Um Doodle é um tipo de esboço de algum desenho realizado quando uma pessoa está distraída ou ocupada. Doodles são desenhos simples que podem ter significado concreto de representação ou simplesmente representar formas abstratas.


Atualmente é muito legal acompanhar o Google com seus Doodles. A seguir, uma pequena amostra de alguns dos mais criativos Doodles:









Veja mais aqui

Made in Germany em risco

Whether it's attached to a car, a dish washer or a pepper grinder, the "Made in Germany" label is key to selling products made in the country. But if the European Union has its way, goods carrying the tag will soon have to comply with higher standards, much to the consternation of German industry representatives.


EU Commissioner Algirdas Semeta plans to restrict the sought-after "Made in Germany" label to products where at least 45 percent of the value content comes from Germany. Until now, EU rules defined the country of origin as the place where "the last substantial, economically justified processing" took place.

Under that rule, products tagged "Made in Germany" today can be almost completely produced abroad but given their finishing touches in a German factory.

Fonte: 'Made in Germany' Label At Risk

17 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte; Aqui

Links


Lista
As armas mais caras do mundo

Alimentos que reduzem stress

Cinco diamantes famosos

As casas mais caras de 2011

Finanças Pessoais
Arte não é investimento

Tatuagem tira emprego

Economia

Espanha precisa de 50 bilhões de euros para resolver o problema dos ativos tóxicos

Quanto os EUA consomem de produtos chineses? 2,7%

Quanto a pirataria afeta a economia?

Tecnologia
Um endereço para gerar números aleatórios (dica de Alexandre Alcantara)

Barnes & Noble e os leitores digitais

Precisamos de algoritmos, não de médicos

Fisco
Fisco dos EUA gosta de auditar os ricos

Lindsay Lohan deve ao fisco dos EUA

Administração
CVM processa controladores da Mendes Junior

Carro mais barato do mundo luta pelo mercado

Magia e administração

Teste 538

Muitas vezes uma notícia de um jornal pode funcionar como um bom estudo de caso. Veja o caso de um texto publicado no Brasil Econômico (Vender crédito para celular vira negócio bilionário no Brasil, Cibelle Bouças, 16 de jan de 2012) sobre empresas de revenda de créditos de celular. Uma destas empresas, a RV Tecnologia, fechou o ano de 2011 com um faturamento de R$1,55 bilhão. Poucas empresas brasileiras conhecem este valor.

A RV atua no Nordeste e Norte. Ela vende recarga de celular de operadoras de telefonia (TIM, Oi, etc). A empresa compra os créditos das operadoras por um valor mais baixo e fica com a diferença. Pela informação do texto, seria de 9%. Ou seja, do faturamento de R$1,55 bilhão, a RV ficou com 9% disto ou 140 milhões de reais.

Qual o valor da receita?

Resposta do Anterior: Totalmente errado.

Novo Código Comercial

Um consenso já amadurecido consiste em impedir que a tramitação deste projeto [do novo Código Comercial] possa implicar qualquer alteração, por menor que seja, no marco regulatório do mercado de capitais e na lei das sociedades por ações.

O mercado de capitais brasileiro está adequadamente estruturado. Sob a competente atuação da CVM, tem cumprido mais que satisfatoriamente a função de proporcionar condições adequadas para o investimento em companhias abertas. (...)

Outro aspecto a considerar é que o novo Código Comercial toma como principal modelo societário a sociedade anônima. Muda, assim, o critério da legislação atual, em que o modelo central é o da sociedade simples.

Esta é uma nova forma de sistematizar o direito das sociedades no Brasil, elegendo a sociedade anônima como referência para os demais tipos societários (a limitada, principalmente). Por adotar este novo critério, o Código Comercial não poderia deixar de dispor sobre o tipo que serve de modelo.


Fábio Ulhoa Coelho - Data: Seg, 16 de Janeiro de 2012 - Brasil Econômico Online

Máfia

Relatórios divulgados recentemente mostram que a máfia é o maior negócio da Itália. As autoridades daquele país estimam que o crime organizado fature 140 bilhões de euros e devem ter hoje 65 bilhões em caixa. O lucro do negócio foi estimado em 100 bilhões de euros.

A amostra é importante

Segundo um texto da Folha de São Paulo (Abusar da internet danifica cérebro dos adolescentes, diz estudo) o uso excessivo de internet danifica o cerébro dos adolescentes. Eis um trecho:

A pesquisa, que tomou 17 adolescentes "viciados em internet" como amostra e comparou os resultados com outro grupo que não era, determinou que o uso da rede entre jovens cujo cérebro ainda não se formou completamente pode causar danos na "matéria branca" do órgão.


Uma conclusão tão incisiva com uma amostra tão reduzida. Parece a experiência de Hawthorne, que revolucionou a administração, mas que estava cheio de falhas metodológicas. O pior é o jornal dar destaque a este tipo de informação.

Europa e Rating

Se alguém realmente pensou que a dívida soberana francesa era livre de risco ou que Portugal, com as suas dívidas de dez anos rendendo mais de 1.000 pontos era grau de investimento, então certamente tem vivido como uma pedra nos últimos anos. (...)


A Europa é um continente de risco; S & P é simplesmente fez este fato um pouco mais óbvio. Em um mundo ideal, as opiniões S & P não poderia carregar mais peso ou importância do que de qualquer outra pessoa. Mas este não é um mundo ideal e eles fazem.


Felix Salmon, aqui

Os melhores e piores empregos

Segundo o The Telegraph, entre os melhores empregos da Inglaterra, contador, com salário inicial de 28 mil libras por ano. Isto corresponde a 76 mil reais ou quase R$6400 por mês.

16 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Observe no 20o. segundo, quando digita CPA no computador.



Fonte: Aqui

Concessões do setor elétrico

De uma forma geral e simplificada, a concessão de um serviço público ocorre quando o Estado delega a terceiros um direito público que lhe pertence – transferindo, assim, funções próprias.

A permissão é um contrato unilateral – apenas a vontade do Estado é publicamente explicitada. A concessão, por sua vez, é bilateral, com a formalização em um contrato administrativo. O concessionário é responsável pelos riscos e prejuízos da atividade.

Exemplos: concessões para emissoras de rádio e televisão; permissões para o desempenho de transporte público.

Estamos ressaltando essas questões porque se espera que em breve seja anunciada alguma novidade sobre o assunto. Isso porque muitas concessões do setor elétrico vencerão a partir de 2015, sendo a maioria da Eletrobras. Alguns temem que, caso haja um novo processo de licitação, haverá a possibilidade do setor se tornar fortemente privatizado dependendo das empresas vencedoras. Assim, há uma movimentação para que as concessões sejam renovadas – como comentado anteriormente aqui.

Na atividade de geração de energia elétrica, estima-se o vencimento de 11 mil megawatts médios a partir de 2015 – 18% da garantia física total instalada. Veja no quadro abaixo algumas das concessões a vencer:

Liquidez e Controle em Empresas de Capital Fechado

Apesar de a maioria das empresas serem de capital fechado, boa parte da literatura da área de avaliação dedica seu foco para as empresas com ações negociadas na bolsa de valores.

Avaliar uma empresa de capital fechado possui dois aspectos relevantes: (i) a questão do controle e (ii) da liquidez.

O primeiro aspecto refere-se ao fato de que algumas empresas negociam parte do seu capital, mas não o controle. Este fica nas mãos do acionista principal, que pode tomar decisões que reduzem o fluxo de caixa dos minoritários. Assim, ao comprar ações minoritárias é necessário acrescentar um prêmio pelo controle no custo do capital. E isto reduz o valor das ações.

A liquidez corresponde à dificuldade de encontrar um comprador para as ações das empresas de capital fechado. As pesquisas realizadas no exterior mostram que o desconto por liquidez varia entre 7% até 40%. O intervalo elevado para este percentual mostra a dificuldade de encontrar um consenso para o tema.

O livro Principles of Private Firm Valuation, de Stanley Feldman (Wiley, 2005) possui dois capítulos sobre o assunto. Para o segundo tópico, Feldman considera que os problemas de liquidez são resultados da information signaling. Sem isto, o efeito puro da liquidez para as ações minoritárias seria de 17%.

Quanto ao controle, Feldman sugere usar o modelo de opção para determinar a volatilidade do fluxo de caixa. Entretanto, considero que a proposta do autor é limitada a somente alguns casos e não resolve a questão do cálculo do custo do controle. No Brasil, onde temos este aspecto inclusive para as ações negociadas na bolsa, onde você compra o direito de ser acionista minoritário numa empresa com um forte acionista controlador, aprendemos a ignorar esta questão. Não seria o momento de refletir sobre o assunto?

Apple e Custo

É desconcertante lembrar que o baixo preço do seu iPhone e iPad - e a elevada margem de lucro da Apple - somente é possível uma vez que nossos iPhones e iPad são feitos com práticas trabalhistas que seriam ilegais nos Estados Unidos [e no Brasil também].

Uma das empresas que produzem para Apple, a Foxconn, possui uma fábrica em Shenzhen com 430 mil funcionários. Nesta fábrica é possível encontrar empregados com 13 anos de idade. A empresa afirma que não verifica a idade. As fiscalizações, quando chegam, provocam a "substituição" dos funcionários novos por outros, mais velhos. A estimativa é que 5% dos funcionários sejam menores de idade. A hora de trabalho diária chega a 12 horas, mas pode ser maior. E em alguns casos, sem intervalo.

É interessante notar o relato acima sob a ótica contábil. Existe um claro conflito entre a redução do custo, em especial da mão de obra, e os efeitos potenciais para a empresa Apple, prejudiciais à sua imagem.

(Fotografia dos dormitórios existentes na fábrica)

Eleição

(...) Para eleger quem seria o político mais impune do Brasil, foi criada uma enquete no Facebook e sugeridos nove nomes. Além dos seis ministros do governo Dilma demitidos após denúncias de irregularidades, completam a lista o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), o ex-ministro José Dirceu (PT), réu no processo do mensalão, e a deputada Jaqueline Roriz (PMN), absolvida em agosto pela Câmara depois de ter sido flagrada em vídeo recebendo dinheiro.

Os critérios para a escolha dos candidatos foram definidos pelos organizadores do concurso e estão explicados no blog do movimento (movimento31dejulho.blogspot.com). A votação termina hoje [ontem]. Por enquanto, quem lidera a competição é Sarney, seguido por Dirceu e Jaqueline. Até sexta-feira, mais de 6 mil pessoas haviam votado. O baile de premiação será no Clube dos Democráticos, no bairro da Lapa, reduto da boemia carioca.(...)



(Fonte: aqui)

Capital Social

Para abrir uma empresa de tradução há dois anos, a professora de letras Damiana de Oliveira, 28, teve de constituir sociedade limitada. Sócia majoritária, deixou cota de 10% a uma amiga para cumprir as exigências da legislação.

Com a vigência da Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), a empresária pensou em migrar para o modelo. A ideia, no entanto, dissipou-se quando soube da necessidade de ter capital social de cem salários mínimos (R$ 62,2 mil).
"É uma exigência ridícula. Pequenos negócios como o meu não têm condições de acumular esse montante."


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15 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Toda Mafalda - Quino. Martins Editora.

Frase

Com o início do ano e a espera ansiosa pelas demonstrações financeiras do exercício de 2011, uma frase descontraída publicada no twitter "Public Accounting":

"Pessoas que amam o fim de semana provavelmente não são contadoras".

Fonte: @stuffpubacctsay

IPO

O investimento em empresas pré-operacionais apresenta maior risco. O analista fundamentalista tem dificuldades para avaliá-las. A análise por múltiplos - P/L, FV/EBITDA - é deficiente, pois não há ainda resultados operacionais consistentes. A metodologia do fluxo de caixa descontado é mais completa, mas como a geração de caixa ocorrerá em anos futuros, as estimativas são menos confiáveis. Assim grande parte do valor justo se encontra na perpetuidade, o que indica o risco do investimento.

O fracasso dos IPOs das companhias pré-operacionais - Valor Econômico - 12 jan 2012 - André Rocha

A tese do autor é que as empresas pré-operacionais pularam uma etapa: o financiamento através dos fundos de participação. Pode ser. Mas o relevante é a obtenção de recursos de maneira mais barata. Uma ressalva: o fato do fluxo ocorrer no futuro não significa que o "valor justo se encontra na perpetuidade". (Fonte da imagem, aqui)

Sinodependência

A China é hoje o maior mercado de exportação para países tão distantes como o Brasil (que representam 12,5% das exportações brasileiras em 2009), África do Sul (10,3%), Japão (18,9%) e Austrália (21,8%). Cada surto ou oscilação na economia da China tem um impacto material nesses lugares. Mas as exportações são apenas um componente do PIB. Na maioria das economias, a demanda interna é mais importante. Veja reportagem do Valor:


Sem os fluxos de capitais vindos da China, o crescimento do mercado consumidor brasileiro "desaparece" e é essa a via do contágio da crise europeia para o país, segundo o economista Jan Kregel, professor da Universidade do Missouri e ex-conselheiro da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Em São Paulo, para participar de seminário organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o economista, um dos principais acadêmicos keynesianos dos EUA, argumenta que os fluxos de capitais que chegam ao Brasil são direcionados à agroindústria e dependem da China e da Europa e "se esses mercados colapsam, esses fluxos acabam".

Valor: Como a crise europeia pode chegar ao Brasil?
Jan Kregel : Atualmente, o Brasil faz parte de um triângulo de troca com a Europa e a China, a maior exportadora de produtos do Brasil e a maior importadora de produtos da Europa. Com a Europa em recessão, o que vai acontecer, de um jeito ou de outro, é que as exportações da China vão cair, o que vai levar à queda na importação de produtos brasileiros. O fluxo de capital que vem para o Brasil é direcionado aos recursos naturais, se esses mercados colapsam, esses fluxos acabam. Hoje o Brasil está indo bem porque retirou uma grande parte de sua população da pobreza por meio da transferência de renda feita pelo governo com impostos vindos da agroindústria. Mas se esses fluxos estancarem por causa da crise, o governo não vai mais poder sustentar seus programas sociais e esse crescimento será perdido.

Valor: O mercado consumidor brasileiro não pode sustentar esse crescimento?
Kregel : Esse crescimento não veio do investimento, do aumento da produtividade ou da expansão da produção manufatureira. Mas da China. Sem ela, tudo isso desaparece.

Valor: A crise também pode afetar o Brasil pela via do financiamento externo?
Kregel : O Brasil realmente não precisa acessar o financiamento externo. A maior parte do capital que chega ao Brasil não serve para financiar o investimento, mas para ganhar com a diferença entre a taxa de juros local e externa.

Valor: Mas a taxa de juros brasileira força as empresas e o governo a buscar taxas melhores no exterior.
Kregel : E por que essa taxa de juros é tão alta? Alguns economistas dizem que ela é necessária para manter os preços sob controle, mas a relação entre a Selic e a inflação é pequena - a taxa de câmbio e os preços indexados influem muito mais. Os maiores compradores da dívida pública são os bancos brasileiros, que deixam de financiar o investimento em detrimento da compra de títulos públicos e do crédito ao consumo. Se a taxa de juros caísse, os bancos privados seriam obrigados a emprestar para o setor privado.

Em geral, os bancos subestimam os riscos do empréstimo ao consumo e superestimam os riscos dos empréstimos para investimentos. Então repassam esse trabalho para o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), mas o Brasil está crescendo e o BNDES também. É hora de o mercado de capitais privado assumir parte das suas funções. Os dividendos pagos pelos bancos brasileiros são bem maiores do que os americanos. Não é porque são mais eficientes, mas porque têm tratamento especial. O Brasil paga um preço muito alto pela estabilidade do seu sistema bancário.

14 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: CartoonStock

Projeção 2

Ainda sobre projeção, o gráfico mostra a mesma questão para o SP500, o índice do mercado financeiro dos Estados Unidos. A série histórica é interessante (desde 1953), onde a projeção está na linha pontilhada e o valor real na linha contínua. É fácil de notar que o mundo real é muito mais instável do que o mundo das projeções. Os analistas tendem a achar que o risco do mercado é menor do que irá ocorrer.

Fonte da Imagem: Aqui

Projeção 1

O gráfico apresenta as projeções do Lucro por Ação de empresas dos Estados Unidos, de 1985 a 2008. Observe que as projeções realizadas por avaliadores são otimistas no início. Em alguns anos, a decepção com as projeções foi significativa, como ocorreu em 2008 (a última linha do gráfico), onde o valor projetado foi muito superior ao valor real. Poderíamos imaginar que isto ocorreu em razão da crise financeira. Mas se observarmos atentamente veremos que isto não foi uma exceção: pelo contrário, é uma regra.

O que poderia explicar isto? Talvez o viés do excesso de otimismo dos analistas?

Fonte da Figura: The Four Cornerstones of Corporate Finance, Tim Koller, Richard Dobbs e Bill Huyett, Wiley, 2011.

Previsões de Watkins

Em 1900, o engeheiro civil americano , John Elfreth Watkins , fez uma série de previsões sobre como seria o mundo em 2000. Saiu-se muito bem. Veja algumas:

1. Telefone móvel - "Wireless telephone and telegraph circuits will span the world. A husband in the middle of the Atlantic will be able to converse with his wife sitting in her boudoir in Chicago. We will be able to telephone to China quite as readily as we now talk from New York to Brooklyn."

2. Refeições pré-preparadas - "Ready-cooked meals will be bought from establishment similar to our bakeries of today."

3. Televisão - "Man will see around the world. Persons and things of all kinds will be brought within focus of cameras connected electrically with screens at opposite ends of circuits, thousands of miles at a span."

4. Tanques de guerra - "Huge forts on wheels will dash across open spaces at the speed of express trains of today".

5. Frutas maiores - "Strawberries as large as apples will be eaten by our great-great-grandchildren." Os morangos ainda não são tão grandes quanto as maças, mas as frutas são bem maiores que antigamente.

6 .Trem de alta-velocidade - "Trains will run two miles a minute normally. Express trains one hundred and fifty miles per hour."

Leia mais : Ten 100-year predictions that came true - BBC News

13 janeiro 2012

70 anos de Stephen Hawking


Era uma ótima oportunidade para o cientista vivo mais famoso refletir sobre sua carreira fantástica, em frente a uma audiência de amigos e colegas. Mas o discurso do septuagésimo aniversário de Stephen Hawking acabou ficando com uma ausência notável – a presença do físico.

Apesar da necessidade de cancelar sua vinda, na última hora, por culpa da recuperação de uma infecção, a voz do professor ainda assim ecoou no salão de Cambridge, através de uma gravação de seu discurso.

Hawking, que sofre de uma doença motora neuronal, sempre grava seus discursos previamente. Enquanto os presentes ouviam sua fala, fotos da carreira do cientista eram projetadas.

Muitas risadas aconteceram, já que o professor é famoso pelo seu humor seco. Em uma das partes, Hawking descreve como o diagnóstico da doença, aos 21 anos, ajudou a transformá-lo de um aluno talentoso, mas preguiçoso, em um dos acadêmicos de maior destaque no mundo.

Logo após a notícia, os médicos deram poucos anos de vida para ele. Mas hoje, quase 50 anos depois do lançamento do seu mais famoso livro, “Uma Breve História do Tempo”, o número de vendas já passou dos 10 milhões, e ele apareceu até nos Simpsons e Star Trek.

Sobre o impacto do diagnóstico inicial da doença, ele comenta: “No começo fiquei depressivo. Eu parecia ficar pior muito rapidamente. Não tinha sentido, naquele momento, trabalhar em minha formação porque não sabia se ia viver o suficiente para termina-la”.

“Mas então a condição se desenvolveu mais devagar e eu comecei a ter progresso em meu trabalho. Após minhas expectativas terem sido reduzidas a zero, cada novo dia virou um bônus e eu passei a apreciar tudo o que eu tinha”.

“Havia também uma jovem mulher chamada Jane, que eu conheci em uma festa. Ficar noivo aumentou minhas esperanças, e eu notei que se ia casar tinha que arranjar um trabalho e terminar o doutorado. Eu comecei a trabalhar duro e gostar disso”.

O professor admite que estudava apenas uma hora por dia enquanto não era um graduado em Oxford, mas ele comenta que saber de sua condição, junto com seu primeiro noivado, o levou a se formar.

Ele afirma ter notado algo estranho ainda em Oxford, já que não conseguir mais praticar barco a remo decentemente. No primeiro natal após começar sua pós-graduação em Cambridge, uma queda de snowboarding o levou ao médico, onde foi avisado de que não havia nada possível de ser feito para evitar a progressão da doença.

Hawking esperava fazer sua aparição no último dia da conferência de cosmologia de Crambridge, já que estava muito mal nos outros dias do evento, mas os médicos avisaram que ele precisaria de mais tempo para se recuperar da infecção.

O discurso, intitulado “Minha Breve História”, cobriu a vida e o trabalho do cientista, desde seu nascimento em Oxford, durante a Segunda Guerra Mundial, até o nascimento de suas teorias sobre os buracos negros e a formação do universo.

Ele comentou que não conseguia ler até os oito anos e que, apesar de receber o apelido “Einstein” na escola, nunca foi tão melhor do que os outros.

“Quando tinha 12 anos, um dos meus amigos apostou um saco de doces com outro amigo que eu nunca viraria algo. Eu não sei se a aposta foi consolidada, e se foi, de qual maneira ficou decidida”.

O empresário britânico, fundador da Virgin, Sir Richard Branson, afirmou antes do discurso que “Stephen Hawking deveria ganhar o prêmio Nobel muitas vezes, ele descobriu muitas coisas durante sua vida e conseguiu fazer isso mesmo com uma grande invalidez”.

Ele adicionou que espera ajudar o professor a realizar um de seus sonhos, o de ir ao espaço com a espaçonave Virgin Galactic, que está sendo desenvolvida.

Hawking, ao falar sobre sua vida, refletiu que é um “tempo glorioso para se estar vivo”, e afirmou estar feliz de ter feito uma “pequena contribuição” para o entendimento do universo.

Lembre de olhar para estrelas e não para seus pés. Tente encontrar sentido para o que você vê e imaginar o que faz o universo existir”, afirma o professor.

Seja curioso. E não importa o quão difícil a vida pareça, sempre há algo em que você pode ter sucesso. O que importa é não desistir”.


Fonte: Aqui

E com esse espírito de conquista e superação, desejamos a todos um ótimo fim de semana!

Rir é o melhor remédio






Fonte: Aqui

Contadores calmos na tempestade

Por Financial Times, de Londres

Com os eventos de 2011 começando a se perder na memória - sendo a maior parte deles ruim do ponto de vista econômico -, o quão nervoso está o mundo da contabilidade?

Em conversas com vários auditores e reguladores sobre a temporada de balanços do ano completo de 2011, que se inicia nas próximas semanas, fica-se com a impressão de que o sangue deles não é bombeado com a mesma intensidade ansiosa como ocorreu no rescaldo da quebra do Lehman Brothers, em 2008.

Uma fonte de confiança é o progresso que foi feito na luta contra algumas das questões levantadas pela crise financeira. No Reino Unido, por exemplo, contadores seniores sentem que a falta de comunicação problemática entre auditores e reguladores bancários já foi corrigida.

Isso deve tornar mais fácil uma ação decisiva caso o financiamento seque para outra instituição financeira britânica, como aconteceu com o Northern Rock em 2008, apesar de não resolver a ineficácia das declarações sobre o conceito de "entidade em marcha" no setor.

Segue sendo bastante improvável que auditores questionem a liquidez de um banco em público por conta do perigo de que a quebra da instituição se torne uma profecia autorrealizável.

Quanto a baixas contábeis de dívida soberana, o setor contábil parece ter aprendido com as inconsistências dos balanços do primeiro semestre de 2011, quando títulos do governo grego valiam tanto cerca de 80% do seu valor de face como 50%, dependendo de qual banco se analisava.

Os pessimistas ganharam esse argumento e uma abordagem mais harmonizada já está em evidência nesse ponto. Mas apesar da melhora considerável, também parece improvável que os bancos e as seguradoras sejam levados a registrar perdas com títulos de dívida emitidos por outros países da zona do euro - como a Itália - nos seus próximos balanços.

Ainda assim, ninguém descarta a possibilidade de uma retomada repentina do caos visto há três anos, particularmente depois do colapso recente da corretora americana MF Global e das travessuras fora do balanço da japonesa de tecnologia Olympus.

Muitas empresas estão sob pressão, particularmente em setores dependentes de gastos do consumidor no Ocidente. Isso, combinado com nervosismo sobre a capacidade dos bancos para continuar emprestando, torna desafiadora a avaliação sobre a continuidade de uma entidade.

Reguladores e auditores também estão destacando a necessidade de as empresas reduzirem algumas avaliações de ativos a fim de refletir a deterioração das perspectivas econômicas. Intangíveis, como o ágio - o ativo otimista criado quando o preço de uma aquisição excede o valor dos bens comprados -, parecem particularmente vulneráveis.

James Kroeker, chefe da área de contabilidade da Securities and Exchange Commission (SEC), regulador do mercado de ações dos EUA, diz que o questionamento sobre o valor pelo qual estão registrados os ativos deve percorrer "o balanço de cima a baixo".

Michael Izza, executivo-chefe do Institute of Chartered Accountants da Inglaterra e País de Gales, relata que alguns bancos da Europa continental devem levar realizar a baixa de alguns ágios por expectativa de rentabilidade futura depois de uma reavaliação mais pessimista das perspectivas das empresas adquiridas.

Enquanto isso, a importância crescente dos mercados emergentes para multinacionais sedentas por crescimento é uma complicação adicional, que não foi de modo algum um fator importante nos dias sombrios de 2008. Em vez de as extrapolações contábeis misteriosas que se tornaram comuns nas economias maduras, os auditores frequentemente lidam com cenários bem mais básicos em lugares como a China. Nesses casos, é muitas vezes mais uma questão de "você pode encontrar a prova de que o ativo existe?", em vez de "você questionou as projeções da administração?".

No fim das contas, ainda há muito por aí com o que se preocupar - mesmo que os contadores não estejam mostrando sinais de tensão como nos dias iniciais da crise financeira de 2008.


Adam Jones é colunista do Financial Times. As opiniões expressas neste artigo são pessoais.