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13 dezembro 2022

Futuro da profissão - 1

Na última JE Talks do Jornal Económico, sobre a profissão dos contabilistas certificados, Vítor Pinho, CEO da Cloudware, disse que os contabilistas assumem muitas vezes responsabilidades que vão além daquilo que é o seu trabalho, com o propósito de canalizar o melhor auxílio possível ao empresário. Ainda assim, refere, os profissionais passam por dificuldades crescentes.

Com o trabalho a ser desempenhado, cada vez mais, de forma remota, na sequência da pandemia, “os contabilistas têm dificuldades na vivência com os vários sistemas do Estado, na relação com a dificuldade de reporte na produtividade que têm”, quando existem tarefas que obrigam a registar, diariamente, milhares de documentos.


De facto, as tecnologias transportam a profissão do contabilista para uma realidade muito distinta das funções quê se desempenhavam há poucos anos. Vítor Pinho recorda que, com “a possibilidade de [os contabilistas] trabalharem em ambientes colaborativos online”, os documentos chegam aos escritórios de contabilidade pela via digital, o que permite acelerar os processos e gastar menos (ou não gastar de todo) folhas de papel.

O responsável reconhece que esta transição significa uma “redução de custos” para as empresas e garante que a mudança passa essencialmente por “uma questão de mentalidade”. Neste contexto, “há um conjunto de hábitos enraizados na forma de fazer contabilidade que faz com que os contabilistas estejam muito presos ao registo manual” das transações. Algo que, atualmente, tendo à sua disposição “um sistema moderno, não é necessário fazer”, garante, antes de perspetivar aquilo que o futuro pode trazer para o sector da contabilidade.

“Diria que, em breve, o contabilista vai ser um verificador de transações automáticas, feitas por um robô”, sem deixar de existir a necessidade de trabalho da parte de um colaborador, que vai, essa sim, gerar valor acrescentado para o cliente. O contabilista terá que “pegar nessa informação e criar valor na informação que o empresário realmente quer como apoio ao seu negócio.” Porém, o CEO da Cloudware refere que “os contabilistas passam horas a verificar transações bancárias”, ainda que a tecnologia já o permita fazer de forma automática, ao “associar, dentro do sistema de contabilidade, qualquer conta bancária da empresa.” Algo que vai impulsionar a possibilidade de um trabalho colaborativo, permitindo ao empresário consultar o que é necessário para o seu trabalho “sem sair do seu ambiente, que é o seu sistema de gestão”.

Trata-se de “uma mudança de paradigma de trabalho que vai mudar muito as profissões e vai mudar a forma como o contabilista prepara informação para a empresa”, reitera. Ainda assim, para que tal se concretize, é necessário que os contabilistas se adaptem aos seus clientes de forma mais perspicaz. Visto que grande parte dos colaboradores do tecido empresarial não têm competências ao nível do vocabulário usado pelos profissionais da contabilidade, há que dar passos no sentido de “aproximar a linguagem do contabilista da linguagem e dos indicadores que a empresa vê como relevantes no seu negócio. É um caminho longo a percorrer”, avisa.

Por outro lado, Ana Louro, partner da Moneris, diz que é “urgente” que a contabilidade se torne uma profissão “mais sexy, mais atrativa”, num contexto pautado pela fuga de profissionais. “Está a haver uma debandada da profissão e por isso temos de atrair de talento.” Para tal, será fulcral potenciar a importância da tecnologia com que se trabalha no sector. Nesta medida, a plataforma colaborativa utilizada pela Moneris, exemplifica, “permite-nos estar em Lisboa e fazer trabalho para outros escritórios no Porto ou no sul do país”. A profissão de contabilista, garante, “tem de evoluir para uma área de consultoria, temos de desmaterializar todo este papel, mas precisamos da ajuda da máquina do Estado para tornar isto muito mais acessível à modernização. A responsável diz ainda que têm de existir mudanças ao nível da educação e formação de futuros profissionais do sector.


“Quem forma os contabilistas tem de olhar para a sua estrutura de ensino”, sublinha, antes de referir que conta com o auxílio da Ordem dos Contabilistas Certificados para desempenhar um papel neste âmbito.

“No caso da Moneris, temos apostado em novos talentos, novos recursos. Temos trabalhado junto das universidades para trazer essas pessoas para dentro da nossa empresa, para nos ajudar neste desafio da transformação digital”, destaca, lembrando que os recém-formados trazem consigo, por norma, uma maior capacidade para aprenderem sobre “novas metodologias, novos processos de trabalho e novos softwares.”

Ainda assim, Ana Louro reforça também a importância de os clientes se adaptarem às mais recentes tecnologias e, deste modo, “facilitarem o trabalho de quem lhes quer facilitar a vida”, no que diz respeito à disponibilização de informação para apoiar na tomada de decisão e no apoio à gestão.

Fonte: Jornal Econômico Foto: Werner Du plessis

16 agosto 2020

Futuro no Cinema

 

Há muitos filmes que falam do futuro. Eis uma relação (via aqui) de alguns e o ano onde se passa a ação.

E a contabilidade? - fazendo previsões sobre o fluxo de caixa futuro das unidades de negócios. 

16 janeiro 2017

Comunicação

John Kay faz uma análise da evolução do capitalismo e a relação com a contabilidade. Para ele, a tentativa de impor um padrão para todas as empresas levou a relatórios longos demais, que muitas vezes mais escondem do que mostram a informação relevante. Relatórios contábeis narrativos não resolve a questão, pois não garante que a informação seja útil e verdadeira. Talvez nem a contabilidade e nem os reguladores sejam os atores principais para resolver a questão da qualidade da informação.

The accounting firms and accounting standards bodies have a principal role to play in elaborating what is good and bad in narrative reporting, but such material is by its nature subjective and qualitative, and not readily amenable to prescriptive regulation.

Para Kay, o fato do relatório annual não ser mais o principal meio de comunicação com o público é um sinal de que há um problema. Hoje as empresas se comunicam através dos sítios na internet:

We have not rethought financial reporting for a world in which the internet is a primary vehicle of communication, in which the typical large business is no longer a manufacturing business but a knowledge factory, and in which the structure of asset ownership is increasingly dominated by a few large intermediaries.  Instead, we have bolted on new requirements to an existing structure, creating a clumsy framework which does not serve any of its underlying functions well.

09 outubro 2014

Frase

conforme observou meu colega Tim Hartford, um dos motivos de as previsões serem tão inúteis é que elas não são na verdade previsões; são exercícios de marketing. (Lucy Kellaway, Financial Times)

21 fevereiro 2014

Como será o mundo daqui a 100 anos?

What will the world look like in 100 years?” wondered Ignacio Palacios-Huerta. Being an economist at the London School of Economics, he put this question to other economists. Admittedly, the profession didn’t foresee the financial crisis but, still, he writes in the introduction to his new book, economists “know more about the laws of human interactions and have reflected more deeply and with better methods than any other human beings”. (Declaration of interest: I once tried to market Palacios-Huerta’s insights into penalty-kicks to football clubs. Nobody ever paid us.)

Economists liked his question. “Hi Ignacio:” emailed Alvin Roth, Nobel laureate of 2012. “To my surprise, I do find your invitation tempting. It’s a sign of old age, I’m afraid.” The economists who volunteered to write chapters included two other Nobel-winners. The resulting book, In 100 Years, suggests some probable contours of our great-grandchildren’s world, among them:

Greater longevity will push us to reshape our lives. Over the past century, life expectancy in the west has risen by about 30 years. In another century the average person could be living to 100 – perhaps even in currently poor countries, which are already making quick gains by saving infants from simple illnesses such as diarrhoea.

Future advances against cancer could match the “cardiovascular revolution” that has reduced deaths from heart disease since the 1970s, says Angus Deaton of Princeton. Health should keep improving, simply “because people want it to improve and are prepared to pay for” innovations.

Roth foresees parents manipulating their children’s genes. Some such methods, he writes, “may come to be seen as part of careful child rearing”. He also thinks people will become more efficient thanks to performance-enhancing drugs that improve “concentration, memory, or intelligence”.

Once humans have more years in good health, they will probably reorder their lives. Roth says that if child rearing takes up less of the lifespan, people may want different spouses for different phases of life. “New forms of polygamy-over-lifetime relationships” could arise, he writes.

Greater longevity will alter careers too. “A typical career” may mean working intensely for 30 years “followed by many years of low-intensity work”, writes Andreu Mas-Colell of the Universitat Pompeu Fabra in Barcelona.

Robots will change far more than just work. Already today, anyone thinking of studying accountancy should consider the chances of the profession lasting her lifetime. Within mere decades, self-driving cars will have replaced taxis and a robot will write my column. In 100 years, writes Robert M Solow, the 1987 Nobel laureate, we could live “the bad dream of an economy in which robots do all the production, including the production of robots”. The remaining jobs will be more interesting, notes Mas-Colell, because everything else will have been automated.

Another consequence of robots: humanity will become more educated. Demand has already plummeted for uneducated workers in rich countries. In 100 years, robots will make that true in poor countries too. Our great-grandchildren will think of us as ignorant, sick, tiny peasants. They will also be better trained in emotional skills than we are, because that’s one realm where they might outcompete robots. As Edward Glaeser of Harvard writes: “I cannot imagine a world where wealthy people are unwilling to pay for pleasant interactions with a capable service provider.”

Based on past trends, an educated population is more likely to demand democracy and live in peace. But terrorists will also have awesome technology.

Face-to-face interaction may continue to lose relevance, writes Roth. I’ll continue his thought: in 100 years, instead of Skyping someone, you might invite their hologram into your living room. By then, actual physical proximity may matter (perhaps) only for sex.

As physical proximity loses importance, last century’s trend to urbanisation could reverse. In 100 years, people may be spread out more efficiently across the earth. They may marvel that greater Tokyo once had more inhabitants than Siberia.

Climate change could cause Siberia or northern Canada to fill with people. The economists in this book expect no significant attempts to prevent climate change. People will try to deal with it only after it starts affecting them, suspects Harvard’s Martin Weitzman.

He says we cannot predict the scale of the change. The uncertainty is enormous. But he worries that eventually a desperate country will choose an “unbelievably cheap”, unilateral solution: shooting a “sunshade” of reflective particles into the stratosphere to block some of the sun’s rays. That would cool the planet. It may also have horrendous unintended consequences.

Incomes will probably be much higher worldwide, driven by higher productivity, most of the writers agree. In 100 years, the world’s poorest people may live like today’s middle-class Americans, says Roth. That matters. However, writes Avinash Dixit of Princeton, rising incomes in developed nations matter much less. Theorists of happiness such as Richard Layard argue that once people have about $15,000 a year, more money doesn’t make them happier. Most economists in this book worry less about income levels than about inequality, which in the robotic age could be a lot worse than today.

simon.kuper@ft.com; Twitter @KuperSimon

‘In 100 Years: Leading Economists Predict the Future’, by Ignacio Palacios-Huerta (ed), MIT Press, $24.95/£17.95

19 março 2012

Não haverá um amanhã

"Alguns combustíveis possuem mais energia que outros. Isso se chama 'densidade'. Dos combustíveis, o petróleo é o mais crítico. O mundo consome 300 bilhões de barris por ano, igual a 16 Km3 de petróleo que contêm a mesma energia gerada por 52 plantas nucleares trabalhando nos próximos 50 anos".

Esse texto faz parte do vídeo indicado por Daniel Pedrinha (a quem agradecemos): "There's no tomorrow", um documentário em cartoon. Achei a parte sobre energia fascinante. Apenas senti falta (ou perdi) comentários sobre a experiência do etanol brasileiro, com a cana de açúcar... Eles chegam a comentar a tentativa com milho.

14 janeiro 2012

Projeção 2

Ainda sobre projeção, o gráfico mostra a mesma questão para o SP500, o índice do mercado financeiro dos Estados Unidos. A série histórica é interessante (desde 1953), onde a projeção está na linha pontilhada e o valor real na linha contínua. É fácil de notar que o mundo real é muito mais instável do que o mundo das projeções. Os analistas tendem a achar que o risco do mercado é menor do que irá ocorrer.

Fonte da Imagem: Aqui

04 maio 2008

Futuro e projeção

Um comercial de telefonia, onde uma garota, em tempos idos, faz uma redação sobre o telefone do futuro.

Fonte: aqui

08 janeiro 2008

Brasil no futuro

Seremos a fazenda do mundo?

"If China was becoming the world's workshop and India its back office, Brazil is its farm -- and potentially its center of environmental services." Michael Reid no seu livro "Forgotten Continent", citado por Roger Cohen em New Day In The Americas New York Times, 6/1/2008 (Este artigo foi traduzido e publicado no Estadão)

08 dezembro 2006

O futuro da contabilidade


As seis maiores empresas de contabilidade do mundo (PricewaterhouseCoopers (PwC) International, Grant Thornton International, Deloitte, KPMG International and Ernst & Young) produziram um documento sobre a revolução na evidenciação contábil. (Clique aqui para ler o documento).

O título é “Global Capital Markets and the Global Economy: A Vision from the CEOs of the International Audit Networks,” o documento reune algumas das idéias que estes executivos têm sobre a contabilidade.

Uma das questões apresentadas é a possibilidade do investidor ter acesso, em tempo real, as informações da empresa. Outra questão apresenta é necessidade de apresentar, além do desempenho passado, a projeção do futuro baseado na informação financeira, inclusive intangível.

Outra questão é a necessidade de convergência das normas internacionais.

O relato enfatiza a necessidade de adotar a Global XBRL Initiative. No mundo, segundo o relatório, mais de 40 mil empresas já usam o XBRL para colocar seus dados.