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20 dezembro 2007

A notícia do ano?

Auditorias comemoram aprovação de projeto que exige balanço de empresa fechada

SÃO PAULO - As principais firmas de auditoria que atuam no país comemoraram hoje a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei nº 121/2007 (antigo PL 3.741/2000) que prevê, entre outros pontos, que empresas fechadas de grande porte tenham que ter seus balanços auditados. O presidente da Deloitte, Alcides Hellmeister Filho, estima que haverá um aumento de 30% no total de horas trabalhadas para a indústria de auditoria como um todo, em virtude da medida.

Para começar a valer, a medida depende ainda da sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto considera empresa de grande porte aquela com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões.

Exatamente pela ausência dos balanços, as estimativas de quantas empresas fechadas que atuam no país estão acima desta faixa variam bastante.

Enquanto a PricewaterhouseCoopers fala de um número entre 100 e 150 novas empresas auditadas e a KPMG projeta algo entre 150 e 200, a Ernst & Young espera um número bem maior do que isso e a Deloitte calcula cerca de 400 ou 500 companhias.

"Vai faltar braço e cérebro", diz Sergio Ricardo Romani, sócio líder de auditoria da Ernst. Ele lembra que, ainda que boa parte dessas empresas sejam subsidiárias de multinacionais e já trabalhem com alguma empresa de auditoria, elas nem sempre são auditadas como um todo. Além disso, muitas vezes os controles internos são feitos com base em uma "demonstração fiscal" e não contábil.

"O ajuste desta demonstração fiscal para a contabilidade brasileira não é tão simples de fazer", afirma Romani, dizendo que duas grandes clientes estrangeiras que já iniciaram o processo por conta da tramitação do PL 3.741, levaram cerca de dois anos para terminar a transição.

Pedro Mello, sócio líder de auditoria da KPMG, lembra que muitas dessas grandes empresas multinacionais já são auditadas pelo menos parcialmente, mas que outras que vão ter que iniciar o "trabalho do zero". "Apesar de as vezes a empresa ser relevante no Brasil, no consolidado global elas podem não ser", diz. Neste caso, a firma que audita a empresa no mundo pode não exigir que os números da subsidiária local sejam checados por um auditor parceiro local.

Mesmo nos casos em que que há algum tipo de auditoria nas multinacionais, elas não são completas. "Às vezes o sócio líder de Nova York pede para vermos algumas contas da empresa. Mas este é um trabalho que em duas semana a gente resolve", exemplifica Otavio Maia, sócio da PwC. "Agora vamos precisar de mais horas, mesmo que seja para os mesmo clientes", diz Maia.

Na avaliação das firmas de auditoria, ainda que a publicação das demonstrações financeiras destas empresas não seja obrigatória, a aprovação do projeto melhora o ambiente de negócios do Brasil. "É boa uma notícia para a governança e a transparência no país, na medida em que as informações disponíveis serão mais consistentes", diz Mello, da KPMG.

Para Romani, da Ernst, a medida deve facilitar o fechamento de negócios como fusões e aquisições, que muitas vezes não aconteciam por conta da insegurança do comprador em relação aos números da outra empresa. "Muitas empresas desistem de um negócio por falta de transparência nos números", afirma Romani.

A avaliação é de que mesmo que os balanços não tenham que ser obrigatoriamente ser divulgados para o público em geral, os parceiros comerciais das empresas, como clientes, fornecedores e bancos, podem pedir para ver as demonstrações financeiras auditadas. "Seriá preferível (que houvesse a publicação), mas é um belo passo, porque cria uma cultura de se ter balanço auditado dentro do país", diz Hellmeister Filho, da Deloitte.

As auditorias avaliam também que algumas empresas, já que terão que preparar as demonstrações contábeis auditadas, decidam espontaneamente divulgar as informações na internet, por exemplo.

(Fernando Torres | Valor Online)


Auditoria ganha com companhia fechada
Valor Econômico - 20/12/2007

As principais empresas de auditoria que atuam no país só tem a comemorar com a aprovação da reforma da legislação contábil. A nova regra prevê que companhias fechadas de grande porte tenham que auditar seus balanços com uma firma independente. Os números não serão publicados, mas, ainda assim, terão que contar com a grife do auditor para assinar os dados.Alcides Hellmeister Filho, presidente da Deloitte Touche Tohmatsu Brasil, estima um aumento de 30% no total de horas trabalhadas para a indústria de auditoria como um todo, em virtude das mudanças.Apesar do otimismo, não uma há estimativa exata do número de companhias de grande porte fechadas no país. O cálculo é difícil justamente pela ausência dos balanços.Enquanto a PricewaterhouseCoopers (PwC) fala num número entre 100 e 150 novas empresas auditadas e a KPMG projeta de 150 a 200, a Ernst & Young espera um número bem maior do que isso e a Deloitte calcula cerca de 400 ou 500 companhias.

"Vai faltar braço e cérebro", diz Sergio Ricardo Romani, sócio líder da Ernst. Segundo ele, ainda que boa parte das empresas sejam subsidiárias de multinacionais e já trabalhem com alguma auditoria, nem sempre elas são auditadas como um todo. Além disso, os controles são feitos com foco fiscal e não contábil. "O ajuste desta demonstração fiscal para a contabilidade brasileira não é tão simples de fazer", afirma Romani, dizendo que duas grandes clientes estrangeiras, que já iniciaram o processo por conta da tramitação do PL 3.741, levaram cerca de dois anos para terminar a transição.Pedro Mello, sócio líder de auditoria da KPMG, lembra que muitas dessas grandes empresas multinacionais já são auditadas pelo menos parcialmente, mas que outras que vão ter que iniciar o trabalho do zero. "Apesar de às vezes a empresa ser relevante no Brasil, no consolidado global elas podem não ser", diz. Neste caso, a firma que audita a empresa no mundo pode não exigir que os números da subsidiária local sejam checados por um parceiro no país.Até nos casos em que que há algum tipo de auditoria nas multinacionais, elas não são completas. "Às vezes o sócio líder de Nova York pede para vermos algumas contas da empresa. Mas é um trabalho que em duas semana a gente resolve", exemplifica Otavio Maia, sócio da PwC. "Agora, precisaremos de mais horas, mesmo que para o mesmo cliente."A despeito dos motivos para comemorar, há uma grande preocupação no setor com a capacitação dos profissionais, em função da grande mudança cultural necessária. A professora Alessandra Sanches Santos, da escola de negócios Trevisan, conta que a grade curricular da formação em contabilidade era, em sua origem, focada no padrão americano US Gaap quando tratava-se de padrão externo. Agora, está mais voltada ao IFRS. A preocupação deve-se, especialmente, pelo fato de que os registros dependerão muito mais do julgamento do contador, no padrão internacional, do que nas regras nacionais atuais e, até mesmo, do que no US Gaap. (Colaborou Graziella Valenti)

Senado aprova balanço em IFRS para contas de 2010
Gazeta Mercantil - 20/12/2007

São Paulo, 20 de Dezembro de 2007 - O Senado aprovou, na noite de terça-feira, o Projeto de Lei (PL) 3.741/121, cujo conteúdo estabelece diretrizes e prazos para a adoção de um novo padrão contábil no País. Trata-se do IFRS (International Financial Reporting Standards), formato internacional já utilizado pelas companhias de mais de cem países ao redor do mundo.

O PL estava no legislativo desde o ano 2000. Em 2007, entretanto, após ser aprovado pela Câmara Federal, tramitou rapidamente pelo Senado. Lá foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo Plenário. Agora, o documento será encaminhado à Casa Civil, de onde seguirá para a sanção presidencial. Seu conteúdo terá validade um ano depois de assinado.

A nova regulação dá suporte legal à Instrução Normativa 457, editada pela Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) neste ano. O documento estabelece que as companhias brasileiras de capital aberto terão de preparar demontrações contábeis consolidadas em IFRS para o exercício social de 2010 com instrumentos que possibilitem um comparativo em relação ao ano anterior.

Segundo a CVM, a aplicação da nova legislação será positiva para as empresas brasileiras que queiram listar-se no exterior. "A padronização faz com que as companhias do País que queiram captar nas Bolsas européias e norte-americana preparem apenas uma formatação contábil", explica o superintendente de normas, contabilidade e auditoria da CVM, Antonio Carlos Santana. Recentemente, a SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, mudou suas regras. Empresas de outros países que quisessem acessar as Bolsas do país teriam de adequar sua contabilidade às normas locais. Isso foi alterado. Agora, basta a essas companhias apresentar os números em IFRS. "Será muito importante para o Brasil, no momento em que antecede o grau de investimento, ter maiores oportunidade de captação no exterior", estima Fábio Cajazeira, sócio da PricewaterhouseCoopers.

Companhias fechadas

A nova legislação obriga as sociedades limitadas de grande porte a adotarem as mesmas regras das sociedades por ações (lei 6.404). São qualificadas dessa maneira empresas cujos ativos superem R$ 240 milhões ou cuja receita bruta anual alcance mais de R$ 300 milhões. Essas companhias também terão de submeter-se à fiscalização de uma auditoria independente, procedimento comum às empresas de capital aberto. "Elas passarão a estar habilitadas para abrir o capital com mais facilidade, já que estarão operando de forma idêntica às empresas listadas em Bolsa", afirma Cajazeira.

Outro ponto de destaque do projeto aprovado estabelece a segregação dos dados tributários e fiscais das empresas ."Para adequar-se ao IFRS, muitas empresas acabavam elaborando balanços que não refletiam exatamente sua operação", diz Marco Aurélio Fushida, do Ibracon.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)

Reforma da lei muda balanços e alinha Brasil aos padrões globais
Valor Econômico - 20/12/2007

A contabilidade brasileira está a uma assinatura de ter sua alforria das amarras da lei. Falta apenas a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que passe a vigorar a nova legislação brasileira sobre o tema, aprovada ontem pelo Senado Federal, após sete anos de tramitação no legislativo. A Lei das Sociedades por Ações, reformada pelo projeto de lei 121/2007 (antigo 3.741/2000), não vinculará mais o desenvolvimento das regras contábeis às morosas tramitações da lei. Ou seja, o país poderá se atualizar às discussões internacionais com maior agilidade. As mudanças poderão ser feitas com orientação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e demais agências reguladoras.

Desde meados deste ano, por inciativa dos participantes, todos essas entidades estão organizadas e reunidas no Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) - criado, justamente, para dar agilidade e ordem ao tema, antes mesmo da aprovação da nova lei.

Na rotina contábil das companhias abertas, muita coisa terá que ser alterada. "É uma revolução na forma como as empresas se comunicam com seus públicos só comparável à criação da própria Lei das S.A., em 1976", comenta Fabio Cajazeira, sócio e especialista em mercado de capitais da PricewaterhouseCoopers. Quando as novas regras entrarem em vigor, as empresas abertas terão de apresentar além dos tradicionais balanços, uma demonstração do fluxo de caixa e outra de valor adicionado. Esses novos documentos servem, respectivamente, para mostrar ao público o trânsito do dinheiro na companhia e o quanto de riqueza a empresa gerou no ano, refletindo sua contribuição no Produto Interno Bruto (PIB). O fluxo de caixa substituirá a antiga Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos, a Doar.

"É um grande avanço institucional", diz Reginaldo Alexandre, vice-presidente da associação paulista dos analistas de investimentos, a Apimec-SP. "A reforma aumenta o grau de transparência dos balanços e, conseqüentemente, a segurança do investidor." Alguns temas terão modificação expressiva de tratamento. Habituadas a registrar ativos e passivos pelos seus custos, as companhias brasileiras terão de se adaptar ao conceito de valor de mercado. Com a reforma, até mesmo as aplicações e instrumentos financeiros, inclusive os voláteis derivativos, terão de ser registrados pelo valor de negociação. Os bens adquiridos, aqueles provenientes de fusões, aquisições e incorporações de empresas, também terão de ser constantemente ajustados pelo valor provável de realização. Esses conceitos todos inaugurados na lei com a reforma visam promover a convergência com o padrão internacional de contabilidade, o IFRS, na sigla em inglês. Esse padrão, que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional e internacional, trabalha essencialmente com a lógica do valor de mercado. "Muda bastante diante da regra brasileira. Não é mais quanto a companhia pagou ou investiu de dinheiro pelo bem, mas sim quando o mercado atribui de valor a esse ativo", explica Cajazeira. Segundo ele, cerca de 48% dos registros em IFRS devem ou podem ser feitos com base no valor de mercado.

Apesar dos avanços que virão, muito se perdeu durante a longa tramitação do projeto de lei no legislativo nacional. Inicialmente pensada para promover a convergência das regras contábeis brasileiras aos padrões internacionais e, especialmente, para estender às companhias fechadas de grande porte as mesmas obrigações das abertas quanto à divulgação do balanço, a reforma perdeu boa parte das exigências que seriam feitas às sociedades limitadas. As companhias fechadas com patrimônio líquido superior a R$ 240 milhões ou faturamento bruto anual maior que R$ 300 milhões, que inicialmente teriam de publicar balanço, agora não mais terão essa exposição. O texto original foi modificado durante a passagem pela Câmara dos Deputados. Resistiu apenas a obrigatoriedade de auditoria independente dos números, mesmo que para uso apenas interno.

"Para mim não há motivo de comemoração. A perda dessa passagem é algo que demorará mais 100 anos para ter outra oportunidade", lamenta o professor Ariovaldo dos Santos, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Alexandre, da Apimec, também lamenta as perdas, mas prefere ressaltar os pontos positivos, principalmente do ponto de vista do leitor das demonstrações financeiras.

Ao colocar o Brasil oficialmente na trilha da harmonização das normas contábeis no mundo, a nova lei traz diversas mudanças que vão facilitar a vida dos investidores, acadêmicos, jornalistas e quem mais precise decifrar os números das empresas abertas.Um dos destaques é a adoção da demonstração de fluxo de caixa, um pedido antigo dos participantes do mercado. Por conta dessa pressão, várias empresas já publicam o demonstrativo. No entanto, lembra Alexandre, a lei vai forçar uma padronização. "Algumas contas, como fluxo de financiamento e de investimento, podem variar segundo os critérios de cada empresa", afirma. "Isso faz diferença."A avaliação dos ativos pelo valor "recuperável" deve levar a uma limpeza nas contas. "É razoável pensar que os ativos já estão adequadamente avaliados, mas a lei cria uma obrigação de verificação sistemática.

"Além disso, será criada uma conta de intangíveis, em que será registrada os valores de aquisição de ativos como marcas. A polêmica, mas amplamente utilizada, reavaliação espontânea de ativos (muito usada por empresas em dificuldades para inflar o patrimônio) fica proibida.Na conta de resultado, passam a ser registrados os benefícios fiscais que a empresa recebe e, como despesa, a remuneração de executivos em forma de ações.

CVM fará normas para detalhar as mudanças
Valor Econômico

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terá muito trabalho após a sanção presidencial da nova legislação contábil brasileira. A autarquia ganhou mais autonomia para, por meio de orientações e pronunciamento, ajustar a contabilidade das companhias brasileiras. Antes da assinatura de Lula, não há como saber quando as novas regras passarão a vigorar e quanto tempo as empresas terão para se ajustar. De qualquer forma, já se sabe que não faltará trabalho. Antes mesmo da lei, o órgão regulador já vinha trabalhando para, dentro do possível, ajustar as regras brasileiras ao padrão internacional. Em meados do ano, com a instrução 457, a CVM determinou que, a partir de 2010, as empresas abertas publiquem os balanços consolidados de acordo com o padrão IFRS. Além disso, a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), neste ano, visava reunir e organizar os trabalhos das diversas entidades reguladoras. O comitê já vinha, atuando, para promover a convergência aos padrões externos.

A seguir, Antônio Carlos de Santana, superintendente de normas contábeis da autarquia, fala sobre o que virá:

Valor: O que muda, com essa reforma, na contabilidade do país?
Antônio Carlos de Santana: Havia uma grande expectativa da CVM para que pudéssemos caminhar no sentido da convergência total com a IFRS. A partir de agora, poderemos trabalhar em diversas normas que antes esbarravam na legislação atual.

Valor: O que, na regra atual, dificultava esse avanço ao IFRS?
Santana: A questão fluxo de caixa, por exemplo. Já tínhamos a Doar (Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos). Não dava para pedir mais uma coisa às companhias. Agora está resolvido.

Valor: A CVM já havia determinado que os balanços consolidados terão que ser publicados em IFRS a partir de 2010. De que forma a nova lei influência essa determinação?
Santana: Com a lei mudando o conceito dos registros com base em custos para valor de mercado, os balanços individuais terão muito menos diferença dos consolidados até 2010. A CVM, sem a lei, só podia determinar isso para o balanço consolidado. A lei é que cuida do balanço individual de controladas e controladoras. Se não houvesse a reforma, as diferenças seriam muito maiores.

Valor: Como fica, então, a agenda de regulação para 2008?
Santana: A partir da reforma, a CVM pode publicar diversas normas para regulamentar a transição do padrão da legislação societária atual em direção ao IFRS. A lei dá a diretriz geral, mas faltam os detalhes do que tem que ser feito.

Valor: Já há um cronograma?
Santana: Não. Isso não dependerá só da CVM. O Banco Central (BC) e as agências reguladoras também podem regular a questão. Teremos todos de pensar sobre o assunto para harmonizar as decisões. A discussão ocorrerá no âmbito do CPC, que, além de acadêmicos e estudiosos do assunto, tem as entidades reguladoras como participantes. Além disso, a idéia é regular de forma que haja tempo para as empresas se preparem. (* Do Valor Online)

Empresa fechada terá balanço auditado
Folha de S. Paulo - 20/12/2007

Lei prevê padronização internacional para as contas

DA REPORTAGEM LOCAL

Após sete anos de tramitação, o Congresso aprovou o projeto de lei que determina que as empresas brasileiras de capital aberto adotem padrões contábeis internacionais, ditados pela Iasb (Conselho de Padrão Internacional de Contabilidade), para divulgar seus resultados financeiros.

O texto prevê ainda que os balanços de empresas de capital fechado (que não têm ações em Bolsa) passem por auditores independentes credenciados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Passarão pela auditoria as empresas que faturem mais de R$ 300 milhões ou tenham patrimônio acima de R$ 240 milhões.

A idéia inicial era que as empresas fechadas também fossem obrigadas a publicar seus resultados, mas a proposta foi barrada. "Como passarão por auditores independentes, muitas empresas deverão publicar os seus balanços", disse Marco Aurelio Fushida, superintendente do Ibracon (instituto dos auditores independentes).

O projeto de lei foi aprovado anteontem pelo Senado e segue agora para sanção do presidente Lula. Se a lei for publicada sem veto ainda neste ano, as empresas deverão se adequar aos novos padrões já a partir de 1º de janeiro. Mas, se a edição acontecer após a virada do ano, passará a vigorar apenas no exercício posterior -em 2009.

Segundo Fushida, os auditores acreditam que a lei entre em vigor já em 2008. No governo, há setores que defendem um tempo maior para adequação das empresas. Após a edição, a lei dependerá ainda regulamentação da CVM.

Segundo Antonio Carlos Santana, superintendente de Normas Contábeis da CVM, a mudança trará mais transparência, abrirá as portas para mais empresas se financiarem com juros internacionais e reduzirá os custos com a publicação de balanços.

Santana afirma que, muitas vezes, empresas brasileiras são obrigadas a publicar seus resultados segundo os padrões brasileiro (Brazilian Gaap) e o americano (US Gaap). Com a padronização, os balanços serão unificados, uma vez que a SEC (CVM americana) admite que empresas estrangeiras tenham seus balanços pelo Iasb.

Para a consultoria PricewaterhouseCoopers, a adoção das normas internacionais representa a mais importante mudança nos relatórios corporativos desde a Lei das Sociedades por Ações. "A conversão é um desafio para as empresas, que têm praticamente todas as suas áreas afetadas", afirma a Price.


19 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


O coelhinho suicida - 003

Táticas contábeis

O The Wall Street Journal traz uma história (New Line and Director Settle 'Rings' Suit, Look to 'Hobbit', de By Peter Sanders, 19/12/2007) sobre o conflito legal entre Peter Jackson, diretor do filme O Senhor dos Anéis, e a empresa New Line.

O problema diz respeito a participação nos lucros sobre a franquia "Senhor dos Anéis", além de outras pendências.

Jackson e sua esposa, a produtora Fran Walsh, alegam que a New Line adotou "táticas contábeis" para reduzir sua participação nos lucros.

A solução da pendência pode ajudar o estúdio a realizar, em 2010, o filme The Hobbit.

Uma questão de custos

A ética não tem lugar nos laboratórios
Keya Acharya, da IPS
Inter Press Service - 18/12/2007

Bangalores, Índia, 18/10/2007 ? Laboratórios farmacêuticos multinacionais e pesquisadores estão escolhendo cada vez mais a Índia como cenário para seus testes clínicos de medicamentos em humanos. A falta de regulamentações, a certeza de que não deverão prestar contas a ninguém, os baixos custos operacionais e a ampla disponibilidade de voluntários para os testes são as principais razões que atraem as empresas farmacêuticas a este país. Estima-se que 40% de todos os testes clínicos em seres humanos acontecem na América Latina, Ásia e Europa oriental.

"Não existe um sistema obrigatório de registro e muitos não seguem as normas européias em seus testes", disse Jacob Sijtsma, da não-governamental Wemos, com sede na Holanda, que faz um acompanhamento dos testes clínicos nos países em desenvolvimento. Sijtsma afirmou que há uma crescente preocupação na comunidade científica e na sociedade civil indiana pelas fracas regulamentações e pela falta de princípios éticos nos testes feitos neste país. Em 2006, a Wemos e o Centro de Estudos das Corporações Multinacionais prepararam um informe sobre 22 exemplos de testes clínicos não éticos, oito deles realizados na Índia.

Os casos locais incluem Sun Pharmaceuticals, Novartis, Novo Nordisk, Solvay Pharmaceuticals, Johnson eamp; Johnson, Pfizer, Otsuka, Shantha Biotechnics e a Universidade Johns Hopkins. Outros países onde se conseguiu documentar a existência de testes ilegais incluem Argentina, China, Nepal, Nigéria, Peru, Rússia e Uganda. Inclusive em Londres e Nova Yorque foram detectados casos em que estavam envolvidas prestigiosas instituições, como o Instituto Nacional de Saúde, o Instituto de Pesquisa Walter Reed, o Centro de Controle de Doenças e vários laboratórios internacionais.

Bernard Lo, um médico da Universidade da Califórnia (EUA), disse que existem temas ainda mais preocupantes no campo da pesquisa com células-mãe. Em um dos mais recentes métodos empregados com este propósito, já não se usa somente células embrionárias, mas qualquer célula é levada a um laboratório com um gene humano enxertado e é desenvolvida até converter-se em células humanas.

"Trata-se de manipulação em laboratório da pesquisa básica, não exige consentimento prévio e as células podem ser compradas, o que sugere todo tipo de problema ético", afirmou Lo. "Estou extremamente preocupado com a realização de pesquisas com células-mãe na Índia", disse, por sua vez, Pushp Bhargava, ex-diretor do Centro de Biologia Molecular da cidade indiana de Hyderabad. "Não temos idéia sobre a origem dessas células, nem há forma de comprovar", afirmou.

Leontien Laterveer, da Wemos, disse que a falta de transparência e o segredo que envolve os testes clínicos, na Índia ou outros países, dificulta muito obter informação sobre essas atividades. Além disso, não há suficientes controles na União Européia, apesar da Declaração de Helsinque sobre um código de ética para este tipo de testes, facilitando, assim, a entrada de medicamentos no mercado comum. "Os laboratórios europeus não se preocupam com regulamentações e questões legais. Deixam isso para os países", disse Laterveer. Neste momento a Declaração de Helsinque está sendo revisada. "Precisamos dos especialistas das nações do Sul para que nos ajudem nesse processo", disse Sjitsma.

A divulgação de alguns casos na imprensa forçou o Conselho Indiano de Pesquisas Médicas (ICMR, sigla em inglês) a agir. Um deles envolveu o hospital norte-americano Johns Hopkins e o Centro Regional de Tratamento do Câncer de Kerala, em 2000. Os resultados da avaliação dos procedimentos ainda não foram divulgados, mas a Universidade Johns Hopkins, da qual depende o hospital, proibiu seu principal pesquisador de encabeçar estudos com seres humanos no futuro.

Nos últimos anos, a Índia fez algumas tentativas para estabelecer regulamentações efetivas, exigindo que as indústrias farmacêuticas e de cosméticos ajustem seus testes a um código de boas práticas clinicas. Mas, não foram estabelecidas indenizações obrigatórias nem penalidades severas para as companhias. Prathap Tharyan, diretor de Psiquiatria da Escola Médica Cristã de Vallore e coordenador para o sudeste da Ásia de Cochrane, uma rede de especialistas em saúde pública, afirmou que "o engano, a fraude e os problemas estruturais nos testes clinicos" não têm freio na Índia.

Tharyan colaborou com a ICMR para criar uma página na Internet destinada a registrar os testes clínicos. "A conscientização sobre os aspectos éticos está evoluindo e as autoridades intervêm. Mas, encontro deficiências no campo da implementação das soluções", disse Madhav Menon, prestigiado especialista legal indiano.

O Instituto Nacional de Pesquisa da Aids, com sede em Pune, se comprometeu a criar corpos comunitários de assessoramento, com a participação de trabalhadores da saúde e pacientes, para gerar uma conscientização e difundir informações sobre os direitos dos participantes em testes clínicos de novos medicamentos. Porém, Sanjay Mehendale, um médico desse instituto, disse à IPS que a informação sobre esses direitos e os princípios éticos é insuficiente e que não existe um mecanismo para cuidar das queixas. (IPS/Envolverde)

Concentração nas Mineradoras

Uma reportagem do Wall Street Journal mostra a possibilidade de consolidação das mineradoras. Entre as vantagens apontadas pelo texto está a questão da concentração do poder político. Clique aqui também

Educação Brasileira

Dois gráficos sobre a educação brasileira (aqui e aqui) em duas edições da The Economist.



O primeiro, da edição de 15/12/2007 (Playground Harmony, p. 46) percebe-se a posição do Brasil diante dos países da América Latina e da OECD. A segunda parte do gráfico é também interessante e recebeu pouca atenção da imprensa: mostra a variância entre escolas e dentro das escolas. A primeira informação (variância entre escolas) é interessante já que reflete a desigualdade do ensino: aqueles que têm condições de pagar uma boa escola para seu filho provavelmente terá um desempenho melhor daqueles onde a escola não é adequada. A desigualdade no Brasil é elevada, acima da média da OECD e só não é pior que a desigualdade da Argentina e Chile.

Acredito que o objetivo das políticas públicas na educação seria não somente elevar o nível geral da qualidade do ensino, mas também reduzir esta desigualdade.



O segundo gráfico possui a mesma informação que o primeiro gráfico, mas agora enfatizando os países ricos.

Poluição


Fonte: Aqui

IFRS nos Estados Unidos

Sobre a adoção de normas internacionais de contabilidade pelos Estados Unidos veja o seguinte comentário de Jack Ciesielski, do sítio Accounting Observer:

"IFRS (normas internacionais de contabilidade, do Iasb) é mais simples de aplicar pois contém menos detalhes (...) Existem uma série de obstáculos: o sistema contábil norte-americano é mais rico e complexo do que o IFRS, e a adaptação ao IFRS será mais difícil. Existe um sistema de regulação bancária, baseada nas normas norte-americanas e padrões de auditoria, baseado nestas normas também. Existe o treinamento de contadores, que estão "treinados" nas normas norte-americanas."

Fasb

Conforme postagem anterior, o Fasb pretende reduzir o número de membros do seu board. Clique aqui para ler mais

Quem explica? Parte 2

A solução do Quem explica é a seguinte:

a) Situação original => Um passivo de $450 e zero de dinheiro
b) Toma empresatado => Passivo de 450 + 500 e Caixa de 500
c) Paga Casas Bahia => Passivo = $500 e Caixa = 50
d) Paga $20 a cada amigo => Passivo = $480 e Caixa = 30

Sua dívida líquida é de R$450, a mesma dívida que você tinha no início da brincadeira. Ou seja, você não melhorou nem piorou. Basta aplicar as Partidas Dobradas.

18 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Mais uma do coelho suicída

Links

1. A Bolívia não é primeira página

2. O lado negativo do micro crédito

Quem explica?

Recebi o seguinte e-mail:

Imagine que eu tenha um dívida de R$450 nas Casas Bahia, porém não tenho dinheiro para quitá-la. O que eu faço então?

Procuro dois amigos e peço emprestado R$250 a cada um e fico com R$500.

Vou até as Casas Bahia e quito minha dívida de R$450 e me sobram R$50.

Vou até a minha casa e deixo lá R$30. E levo R$20 comigo.

Dirijo-me aos dois amigos e devolvo R$10 a cada, e assim fico devendo R$240 a cada um deles.

R$240 + R$240 é igual a R$480. Mas em casa tenho R$30, que somados perfazem R$510.

Então eu ganhei R$10 nesta brincadeira?


Apresentarei a solução mais tarde. Mas tente usar as partidas dobradas...

Compras no Natal

Um artigo da New Yorker comenta sobre compras no Natal. E a facilidade como somos enganados é ilustrada por um exemplo de Finanças Comportamentais:

Pessoas são questionadas se preferem um microondas de $110 feito pela Emerson ou um de $180 da Panasonic. O resultado mostrou que 43% preferem a Panasonic. Quando um novo modelo da Panasonic, que custa $200, é incluído na pesquisa, as pessoas mudam: 60% querem o microondas de $180.

Eugene Fama

Em blog anterior, destaquei uma frase de uma entrevista de Eugene Fama. Entretanto, a entrevista comenta outros assuntos interessantes, inclusive os próprios trabalhos deste pesquisador da área de finanças. Tenho lido muitos blogs, de outros endereços que fazem parte do meu Reader, sobre a entrevista. Este aqui comenta sobre o que Fama falou sobre a remuneração de executivos.

Final de Ano e Notas


Final de semestre, nós, professores, temos a tarefa de "premiar" os alunos com as notas. Uma piada de humor negro comum é fazer este trabalho jogando os trabalhos para o alto e a nota sendo distribuída pela aleatoriedade do resultado. Aqui, neste endereço, o método é explicado com detalhes.

Quando, no início de minha carreira acadêmica, escutava estas histórias, achava que eram invenções. Esta pesquisa parece comprovar que talvez não seja.

Obesidade e Análise Econômico-Financeira

Nos últimos anos surgiram uma série de pesquisas sobre obesidade. A grande maioria delas usa como medida de obesidade o índice de massa corporal, que é uma relação entre o peso e a altura.

Algumas das pesquisas realizadas constataram que uma pessoa com um índice elevado de massa corporal não possui uma taxa de mortalidade esperada, sugerindo que pessoas com sobrepeso podem ter uma taxa de sobrevivência melhor do que pessoas magras. Este fenômeno é conhecido dos especialistas como paradoxo da obesidade.

Uma possível explicação deste problema pode estar justamente no índice usado. O índice de massa corporal não consegue distinguir entre os diferentes tipos de massa. Assim, um atleta que ganha massa muscular poderia ser classificado como "gordo", quando na verdade ele somente ganhou peso por um tipo de massa mais saudável.

Esta situação, apresentada de forma mais detalhada aqui, alerta para o uso de certos índices como aproximação do que queremos medir. Um exemplo ocorre em análise econômico-financeira quando usamos índices de endividamento. Geralmente estes índices são expressos por uma relação entre o passivo (circulante e de longo prazo) pelo ativo ou pelo patrimônio líquido.

Entretanto, nem todo passivo representa uma "dívida" ruim. Existem passivos decorrentes de atividades operacionais, como as obrigações com fornecedores e empregados, que são negativos. Uma melhor forma de estudar o endividamento é retirar dos índices esta parcela destes passivos. Assim, conclusões apressadas do tipo "maior passivo, pior para empresa", comum na análise econômico-financeira, deveriam ser evitadas.

Mudança no Fasb

Segundo o The New York Times (Overhaul Proposed in Accounting Standards Board, Floyd Norris, 18/12/2007), o Financial Accounting Foundation, entidade que regula as regras contábeis nos Estados Unidos, planeja fazer uma mudança organizacional para aumentar a rapidez do processo decisório. A proposta inclui a redução do tamanho do Fasb e aumentar o poder de decisão do Chairman.

FASB now has two jobs, one being its traditional one of setting accounting rules for public companies in the United States, and the second being to work for convergence with the rules of the International Accounting Standards Board, which sets rules in many other countries.

Under the proposal, the FASB would have to include one member from each of four backgrounds: investing, auditing, preparing financial statements for a company and academic accounting. The fifth member could be from any background.

The current seven-member board has no formal quotas, but it has usually included people from all of those areas, with at least two auditors.

17 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Este é um cartoon onde o coelhido deseja suicidar. Algumas formas são criativas.

Modelos e Realidade

Eu começo minha aula a cada ano dizendo o seguinte: "Existem modelos. E a razão pela qual nós chamamos de modelos é que eles não são 100% verdadeiros. Se eles fossem, nos poderíamos chamá-los de realidade, não modelos. Eles são simplificações."


Aqui uma entrevista de Eugene Fama

Os homens são mais baratos

'O noivo trouxe o talão de cheques?'
Por Robert Frank - 16/12/2007
The Wall Street Journal

Num episódio de "Dirty Sexy Money", um seriado da rede de TV americana ABC sobre os podres de rico, a herdeira Karen Darling se casa pela quarta vez, com um astro do golfe. Minutos depois da cerimônia, ela decide que quer o divórcio, deixando o jogador em dúvida sobre a garantia de US$ 3 milhões estabelecida no acordo pré-nupcial.

"Eu ainda levo o cheque, certo?", pergunta ele.

"Claro", diz Darling, com escárnio. "Eu me comprometi."

Casar por dinheiro não é só material para roteiros de TV. E o preço de um casamento de interesse está na casa dos milhões de dólares, segundo uma nova pesquisa.

Claro que os famosos dominam os holofotes, sejam eles Kevin Federline, o dançarino que virou milionário ao separar-se de Britney Spears, ou Heather Mills, a segunda mulher de Paul McCartney, que deverá receber dezenas de milhões de dólares quando o tumultuado divórcio dos dois for completado, segundo a imprensa britânica.

Mas também longe das luzes o amor pode ser medido em dólares. Segundo uma pesquisa da Prince & Associates, uma firma especializada em riqueza, o "preço" médio exigido por homens e mulheres americanos para casar por dinheiro hoje em dia é US$ 1,5 milhão.

A pesquisa consultou 1.134 pessoas nos Estados Unidos com rendas que variam entre US$ 30.000 e US$ 60.000 por ano (a faixa de renda média no país). A pergunta: "Qual seria sua disposição de casar com alguém de aparência média de que você gosta, se ela tivesse dinheiro?"

Dois terços das mulheres e metade dos homens responderam que estariam "muito" ou "extremamente" dispostos a casar por dinheiro. As respostas variaram com a idade: as mulheres na casa dos 30 foram as mais propensas a responder que casariam por dinheiro (74%), enquanto as entre 20 e 30 foram as menos dispostas (41%).

"Eu fiquei um pouco chocada com os números", diz Pamela Smock, socióloga da Universidade de Michigan que estudou a correlação entre casamento e dinheiro. Mesmo assim, Smock descobriu em sua própria pesquisa que ter dinheiro realmente incentiva as pessoas a se casarem. "A união do casal é mais provável se eles tiverem dinheiro, ou se o homem é economicamente estável", diz ela.

No estudo da Prince & Associates, 61% dos homens quarentões disseram que casariam por dinheiro.

Quando perguntadas quanto dinheiro um potencial consorte tem de ter num casamento de interesse, as mulheres na faixa dos 20 anos responderam US$ 2,5 milhões; as de 30, US$ 1,1 milhão; e as de 40, US$ 2,2 milhões. Smock e Russ Alan Prince, fundador da Prince & Associates, atribuem a diferença à suposição de que as balzaquianas sentem-se mais pressionadas a casar do que as mulheres mais jovens, então baixam o preço. Mas aos 40, as mulheres sentem-se mais autoconfiantes, então pedem mais dinheiro.

Os homens são mais baratos. Na pesquisa, o preço médio que pediram foi de US$ 1,2 milhão, com os de 20 pedindo US$ 1 milhão e os de 40 , US$ 1,4 milhão.

É claro que quando o golpe do baú desaponta, há o divórcio. Entre as mulheres de 20 anos que disseram que casariam por dinheiro, 71% disseram que esperariam o divórcio — a porcentagem mais alta em qualquer faixa etária. Apenas 27% dos homens de 40 anos esperam o divórcio.

A Wikipedia da Google

A Google está lançando, na forma de teste, uma enciclopédia, denominada Knols, conforme notícia neste endereço. É mais um sinal do sucesso da Wiki, não? Neste outro endereço mostra as vantagens e desvantagens de uma empresa ter um verbete na wiki.

Corte de custos

Para um estudo de caso de custos


Um levantamento da Lexmark mostra que as companhias gastam em média 3% de sua receita com impressão. As empresas que atuam com terceirização de impressão garantem que a redução de custos pode chegar a 40%. Isso porque o fornecedor atualiza o parque de impressoras, com modelos mais eficientes e adaptados para a demanda do cliente. Além disso, tem maior poder de barganha com fabricantes e ganho de escala. O contrato tem em média 36 meses e o pagamento é feito somente pelas páginas impressas. “É interessante para empresas que fazem mais de 10 mil impressões por mês. A partir de 1,5 mil páginas a locação é mais indicada ”, diz Alexssandra Moreno, da Toner Print. Na locação, não existe acompanhamento por software dos gastos em impressão. Segundo Alexssandra, o custo por página varia muito, mas gira em torno de 7 centavos, o que representa R$ 700 para as 10 mil impressões.


Corte de custos chega a 40% - 17/12/2007 - Gazeta do Povo

Exportação de contabilidade

O especialista da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) Sebastian Sáez também aponta a necessidade de serem feitos investimentos em exportações de serviços e não apenas matéria-prima. Sáez também participou do Encontro de Instituições de Promoção de Comércio e Investimentos da América Latina e do Caribe.

Setores como arquitetura, engenharia, contabilidade e auditoria estão entre os que têm grande potencial de exportação de serviços. (...)


Questões estruturais dificultam integração
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 17/12/2007

IDH em discussão

Posner:

=> O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma tentativa de desenvolver uma melhor medida de bem-estar.
=> Eu não consigo enxergar valor no IDH. Não que renda per capita, expectativa de vida e nível de educação como aproximação da educação dos adultos não sejam importantes.
=> A óbvia objeção é o peso igual para os três índices e a omissão de outras importantes dimensões do desenvolvimento, como qualidade de moradia, poluição, impostos, expectativa de vida adulta, taxa de crimes, desemprego, inflação, qualidade e variedade de produtos e serviços, crescimento econômico e qualidade da educação, que sua inclusão pode agravar o problema do peso e algumas envolve sérios problemas de mensuração.
=> Uma objeção menos óbvia, mas um problema geral com rankings, é que a distância entre as colocações é mais importante que o número que separa dois países.
=> O IDH é um exemplo de rankingmania
=> O mais sério problema com o ranking é a arbitrariedade dos pesos

Becker:

=> O IDH reconhece alguns destes defeitos da contabilidade nacional e tenta corrigi-los.
=> Entretanto, como Posner colocou, o peso é completamente arbitrário. Mais ainda, existe uma substancial dupla contagem
=> O IDH ignora pesquisa moderna que fornece um método para combinar mudança na renda nacional com mudança em vários tipos de risco de mortalidade. Este método calcula o "valor estatístico da vida" que essencialmente mede quanto os indivíduos estão dispostos a a pagar por vários melhoramentos na taxa de mortalidade.

16 dezembro 2007

Próxima Bolha

Segundo a revista Forbes (The Next Bubble?, Neil Weinberg, 24/12/2007, Volume 180 Issue 13) talvez a próxima bolha esteja nos mercados emergentes. A revista lembra que este mercado cresceu 39,5% ao ano desde 2002, estando perigosamente acima do seu valor normal.

Apesar que reconhecer que países emergentes estão crescendo mais que os países desenvolvidos e que os investimentos diretos são expressivos, a revista acredita que a situação atual lembra a bolha tecnológica de 1999 e 2000.

Um indicador disto seria a preço/vendas, que está hoje 120% maior que a mesma medida nos países desenvolvidos. Em outras palavras, se o P/L for o mesmo, a margem de lucro é maior. O perigo disto é a competição no mercado mundial.

A seguir o texto:

"The Next Bubble?
Neil Weinberg
Forbes - Volume 180 Issue 13

Where to find the next market meltdown? Perhaps half a world away. Some fund managers believe that emerging market stocks, which have provided great returns (39.5% annually since 2002), are perilously overvalued.

No question, countries like China, India, Brazil and Russia are growing much faster than the developed world and are likely to do so for a while--with GDP growth rates of 5% to 11% a year, compared with 3% for the U.S. But there are worrisome signs that the run-up is fueled, in part, by just the sort of speculative money that typically presages a collapse.

Foreign direct investment is still cascading into these countries: $213 billion this year, the Institute of International Finance estimates. Total assets under management for emerging markets hedge funds jumped eightfold in the four years through September to $269.5 billion, estimates Lipper Tass Asset Flows Report. Even that lowballs the true amount by $50 billion or so, reckons Lipper senior analyst Ferenc Sanderson, given that global and other hedge funds are also dumping money into these regions.

Mutual fund firms, never ones to pass up an investing frenzy, have been diving in as well. Five years ago there was but one fund newly set up to target the sector; this year there are 16, says Morningstar. Individuals doubled their mutual fund bets in emerging markets last year to $11 billion, says AMG Data Services; as of Nov. 20 they totaled $14.2 billion for 2007.

"This is strongly reminiscent of the flows into technology in late 1999 and early 2000," worries Robert Adler, AMG's president. Of concern, too, is how much of the recent years' stellar returns have been the result of the expansion of price multiples rather than of earnings. Since bottoming out six years ago, the price/earnings ratio of Morgan Stanley's emerging market stock index has climbed 70% to 18.5, just ahead of the S&P 500's multiple.

But look a little closer. The price/sales ratio in emerging market stocks is roughly 120% higher than the same measure in developed economies. That means, if P/Es are about the same, profit margins in emerging markets are twice again as high as in developed ones. The obvious risk here is that profit margins in emerging markets will decline to global average levels as new competition surfaces, says Robert Arnott, chairman of fund manager Research Affiliates. "These stocks have soared beyond reason," he says. Among the most vulnerable: stocks in China, the Czech Republic, Colombia and Morocco.

What could cause a collapse? A market bust and recession in the U.S., which together were enough to trip up emerging markets six years ago. Or credit tightening in China, political instability in Turkey or inflation in Brazil. Any of these might prompt Western investors to repatriate their cash. There's nothing like an overseas crisis to make a little turmoil at home seem rather tame."

14 dezembro 2007

Pesquisa

Peço, aos leitores deste blog que são analistas ou trabalham com RI, que ajudem nesta pesquisa acadêmica.

Para os analistas o link é aqui

Para RI o link é este

Grato.

Rir é o melhor remédio






Humor negro: Como surgiu o símbolo das olimpíadas da China

Accountability de algumas entidades


O programa da ONU vence em accountability. O Asian Development Bank and Christian Aid fica em segundo lugar. A figura é resultado de um estudo com 30 organizações para a transparência e participação. Observe a colocação da FIFA. O Iasb até que não faz muito feio.

Fonte: The Economist

Uma bela imagem


Fonte: Aqui

Links

1. Conflito de interesses nas empresas
2. Lectures dos ganhadores do Nobel de Economia
3. Fluxograma do sexo na idade média
4. A evolução humana foi mais rápida É somente uma hipótese, ressalta o The Economist

IFRS ou US GAAP

Um painel nos Estados Unidos discutiu sobre a adoção ou não do IFRS. Um dos painelistas deixou claro que a decisão irá depender de cada caso. Uma empresa como a IBM, multinacional com atuação de muitos países, possui mais vantagens em usar o IFRS do que uma empresa com atuação restrita aos Estados Unidos.

Clique aqui

Contabilidade cada vez mais quantitativa

Aproveitando a publicação de um artigo sobre a contabilidade japonesa (e a influência da mesma sobre o desenvolvimento do pensamento quantitativo no Japão após a II Guerra Mundial) Aqui e aqui uma discussão sobre a contabilidade cada vez mais quantitativa.

Traduzindo

"A empresa AMD (Advanced Micro Devices) afirmou que o valor do seu goodwill será baixado como resultado da aquisição, em outubro de 2006, da ATI Technologies. Tradução: a segunda maior fabricante de microprocessador pagou a mais pela ATI" (AMD Warns of "Material" Goodwill Charge, Stephen Taub, CFO, 13/12/2007). O valor da compra foi de 5,6 bilhões de dólares, sendo 3,2 bilhões o goodwill. O goodwill tem sido um problema importante (e controverso) desde o FAS 141 (R). Ainda segundo a mesma reportagem, Charles Mulford, autor de diversos livros da área de contabilidade, acredita que as empresas devem reconhecer o goodwill negativo. Este goodwill ocorre quando uma empresa compra um ativo (inclui outra empresa) por um valor abaixo do valor justo

Casamento como Mercado

Pollet e Nettle "analisaram os dados do Censo de 1910 dos Estados Unidos da América e descobriram que o casamento é, de fato, um mercado. Além disso, como em qualquer mercado, numa escassez de compradores, o vendedor tem que ter particularmente uma atraente mercadoria em oferta, se forem fazer a troca." (...)
"Eles mostraram que, nos estados onde os sexos eram iguais em número, 56% dos homens com baixo status eram casados com a idade de 30, ao passo que 60% dos homens com alto status eram. . Mesmo neste caso, então, há mulheres que preferem manter-se solteria, em vez de casar com um perdedor (deadbeat). Quando havia 110 homens para cada 100 mulheres (como, por exemplo, no Arizona), a mulher começou a ser seletiva. Nesse caso, apenas 24% dos homens de baixo status eram casados com 30 anos, em comparação com 46% dos homens de alto status."

Fonte: The Economist

Overreaction

Overreaction explica o mercado atual

"In part, it is because stockmarkets are naturally inclined to overreaction. Back in 1999 and 2000 everybody wanted to buy shares in the hottest companies, and were willing to pay the equivalent of 100 years' profits for them, or indeed to buy shares in companies with no immediate prospect of profits at all. That made the value shares look very cheap by comparison and created the conditions for an extended period of catching up.

By the end of 2006 there was a much narrower range of valuations in the market. In other words, investors had to pay less of a premium to buy companies with growing profits. Growth had become cheap by historical standards."


Fonte: The Economist

Finanças Bolivarianas

Com este título a The Economist faz uma apanhado da criação do Banco del Sur. O subtítulo é um irônico "O FMI pode dormir tranqüilo". Para o periódico, o banco é um exemplo da dificuldade de unificação da América do Sul. Enquanto Chavez despreza os técnicos, ofertando até metade das reservas da Venezuela e pensa em convidar países da África para o novo banco, o Brasil insiste numa assessoria.


"Brazilian diplomats have been unusually frank in revealing their lack of enthusiasm for the new institution. They fear it may give soft, politically driven loans that go unpaid. Brazil already has its own well-endowed development bank, the BNDES, whose lending of 62.5 billion reais ($37 billion) in the 12 months to September was 50% greater than that of the World Bank in the same period.

The Brazilians have gone along with the project only because they feel they cannot remain outside any new South American institution, especially one with money. But they have worked to limit the bank's remit and to slow its creation.

Mr Chávez can count on the vote of Bolivia and maybe that of Ecuador on the bank's board. But other members are likely to side with Brazil—and so will Chile, Colombia and Peru if they join. So expect a modest outfit that mainly finances cross-border infrastructure."

13 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio



Invenções Japonesas

Fonte: Aqui

Preço sobre vendas

Esta reportagem da Forbes informa que o indicador de preço sobre vendas é melhor que o tradicional P/E

The Magic Metric; Forget P/E. James O'Shaughnessy says price/sales is the best way to find good, cheap stocks to buy.
Daniel Fisher
Forbes -10/12/2007 - 116 - Volume 180 Issue 12

What is the best measure of whether a stock is a bargain? The traditional starting point of stock research has been the price/earnings ratio. Money manager James O'Shaughnessy, who oversees $11 billion from an office in Stamford, Conn., says he has a better measure: Compare a company's market value with its revenue. This price/sales ratio should be your starting point in screening stocks.

It has worked for him. Over the past decade, he says, his small-cap growth accounts have averaged a 13.6% annual return after fees, seven points better than the market.

If you have $250,000, you can avail yourself of the talents of O'Shaughnessy Asset Management through Bear Stearns and other brokers for fees ranging from 2.5% to 1% annually, depending on asset size. If you don't, use this strategy in your stock picking. To be purely mechanical about it, find the 50 stocks in your database that are cheapest by P/S and buy them all. O'Shaughnessy leans to smaller companies, but his research suggests that the approach would work against a universe that includes big companies.

O'Shaughnessy, in fact, uses P/S only as a first cut; he does other kinds of analysis to make his final selections. But the validity of low P/S investing, he says, is borne out by a study he did of Compustat data, stretching from 1951 to 2003. To avoid contaminating his list with illiquid minnow-size issues, he chopped out everything with a market value below an inflation-adjusted $185 million. In this back test he reshuffled every year to keep the roster current.

Conclusion: His 50 low P/S collection beat the market by an annualized 16% to 13% over that half-century. He also tried out a hypothetical low price/earnings strategy. That one averaged only 14%. Buying cheap stocks as measured by price/book, another well-known metric, tied low P/S over the full period but wasn't as consistent. The P/S strategy beat the market in 88% of the ten-year periods, the P/B strategy in only 72%.

What all these strategies have in common is a value flavor. Meaning: You buy boring banks, utilities and steel companies, while passing up software, the Internet and biotech. And why does value work on Wall Street?

A low price/sales ratio might be just part of a package of indicators that a stock is relatively cheap and primed for higher returns, says Kenneth R. French, a professor at Dartmouth's Tuck School of Business. With his colleague Eugene Fama at the University of Chicago, French explained in 1996 that ratios such as price/earnings and price/sales are all proxies for the same attribute. French isn't sure just what that attribute is, but there is something about second-rate companies and industries that makes investors shy away.

Shy away more than they should, that is. A rational market will of course have Google's capitalization higher than General Motors'. The question is how much higher it should be. The low P/S theory says that the market tends to overprice the Googles relative to the GMs.

One explanation for why this might happen is psychological. Perhaps investors have vivid memories of Google and Amgen, fading memories of Interwoven and Enzo Biochem. So they overpay for growth and glamour. They also underestimate the tendency of businesses to regress to average profitability. A company with a fat profit margin (and thus, in all likelihood, a high P/S) will attract competition; a company with weak profitability will eventually replace its inept managers. The low P/S strategy capitalizes on this phenomenon.

To test P/S' market-beating abilities, we asked Wilshire Analytics researchers to replicate the O'Shaughnessy study for the past quarter-century, up through the end of September. Sure enough, over the past 25 years, the lowest-valued 50 (again minus very small issues) bested the S&P 500 handily, 19.3% annually versus 13.6%.

Some market savants used to adore P/S and have soured on it. Money manager and FORBES columnist Ken Fisher first popularized the price/sales ratio with his 1984 book, Super Stocks, but grew less enthusiastic by the early 1990s after further research showed the concept works best with tiny, illiquid issues--and when value stocks are rebounding anyway.

All that said, O'Shaughnessy, 47, is a guy worth listening to. He's well known as a proponent of the "dogs of the Dow" strategy, which focuses on the highest-yielding (and usually unglamorous) stocks of the Dow Jones industrial average. He's the author of several bestselling books, including What Works on Wall Street (1996) and Predicting the Markets of Tomorrow (2006).

O'Shaughnessy and other P/S partisans certainly don't feel this is the perfect metric, just the best of the lot. When he does his P/S screen, he doesn't want any stock with a P/S multiple of more than 1.5, which is the average for the S&P 500. Then he eyes this initial cut to see if the selections are indeed on the upswing. Earnings should be up over the past year and the stock price up over the past two quarters. When he gets done, he has a portfolio with a little more of a growth flavor than a pure low P/S portfolio (see table). Also, O'Shaughnessy leans toward smaller companies, like Geo Group and PriceSmart.Subscribe to Forbes and Save. Click Here.

Amazon.com at 2.5 times revenue? Out. Google at 13 times revenue? Forget about it. Even Johnson & Johnson and Procter & Gamble don't qualify.

Declining revenue for a low P/S stock, of course, usually means that the stock is deservedly cheap because it stinks. Radio broadcaster Westwood One, at 0.3 of sales, is a case in point. It expects sales to be off in 2007. O'Shaughnessy doesn't want to own it.

What does this guy have against the classic P/E ratio? Two things. One is that the earnings figure is more easily manipulated than the sales one. The other is that companies on the rebound may have earnings that are temporarily depressed, distorting the P/E multiple. O'Shaughnessy likes 1-800-Flowers.com, which has had its problems yet now is showing double-digit revenue growth. Its P/E is scary-looking at 39 (versus the market's 18). On P/S, however, it's cheap at 0.7.

And what's wrong with price/book? Fans of this ratio argue, as P/S fans argue about sales, that book value is hard to fake. The problem is that P/B works best for hard assets like factories and equipment, says Charles Mulford, accounting professor at Georgia Tech College of Management. Book value falls short for high-tech firms, whose assets tend to be intangibles like research and development. Ditto for consumer products companies such as Coca-Cola and their precious brands. As for the success of P/B in O'Shaughnessy's look-back study, it's quite possible that price/book would have worked well beginning in 1951, when assets were measured in smokestacks, but won't work in this century, when they are measured in lines of code.

One seeming weakness in the P/S calculation is that it ignores debt. Take two companies, each with $1 billion in sales, one that has a market value of $1 billion and no debt, the other that has $100 million of stock and $900 million of bonds outstanding. To an acquirer the price tag on either is $1 billion--the so-called enterprise value. To a fan of raw P/S ratios, however, the debt-laden company seems to be ten times as cheap as the other one. Why doesn't O'Shaughnessy use enterprise value instead of market value in his numerator? He tested it, and it did worse than the other three metrics.

For O'Shaughnessy, the key to getting good results is discipline, especially during manic stretches like the late 1990s, when people clutching low P/S stocks seemed to have "loser" stamped on their T shirts. In 1999, as the technology-dominated Nasdaq index soared 86%, the low P/S portfolio was up a measly 3.2%.

O'Shaughnessy's method can lead in some unpredictable directions. After the dot-com collapse in 2001, for example, his screens picked up a collection of steel companies such as Cleveland-Cliffs, Metals USA, Oregon Steel Mills and Quanex. "We scratched our heads," he recalls.

He bought them anyway, just in time to catch a Chinese-driven boom and a slew of acquisitions by foreign steelmakers like India's Mittal Steel. Many doubled in price between 2002 and 2005. He caught a similar wave when he bought Nortel Networks, a stock he'd avoided during the telecom bubble. He got it in January 2003 at $2, or 0.73 times sales; he sold it for a 76% profit 11 months later.


Links

1. Passe o mouse para descobrir a celebridade sem produção
2. Esquema de pirâmide =>
3. As vantagens da Vale perante os concorrentes
4. Economia dos mosquitos

Munger, o investidor

Charlie Munger não é tão conhecido como Warren Buffet, mas é um companheiro de inúmeras decisões financeiras deste. Seu cargo é de vice-presidente da BH, a empresa de Buffett. Seus conselhos também são interessantes e preciosos. Neste texto aqui Munger expõe parte de suas idéias. Aqui, seu blog. Dica deste blog

Laudos de Avaliação

Notícia do Valor Econômico sobre a advertência da CVM em relação a falha no laudo de avaliação. A qualidade de alguns laudos não é boa e os problemas apontados são graves:

CVM adverte Braskem por falha em avaliação

A Braskem e suas controladoras Odebrecht e Norquisa receberam pena de advertência, ontem, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por conta de falhas identificadas no laudo de avaliação que embasou a incorporação da Trikem pela sua controladora, Braskem, no início de 2004. Outros cinco conselheiros de administração e dois conselheiros fiscais da Trikem também receberam pena de advertência. Foram absolvidos um conselheiro de administração e outro fiscal que se abstiveram de votar nas assembléias que trataram do tema.A decisão é de primeira instância administrativa e ainda pode ser contestada no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN).O colegiado absolveu os indiciados da acusação de abuso de poder de controle por entender que não houve má-fé, mas aplicou a advertência às empresas por entender que ocorreram problemas na preparação do laudo; e aos administradores por falta de dever de diligência, já que não identificaram e nem questionaram essas falhas.

O laudo, que foi elaborado pela PricewaterhouseCoopers (PwC), foi feito pelo critério de avaliação a preços de mercado e, de acordo com o relatório da CVM, levou em conta os estoques e ativos imobilizados. O colegiado, entendeu, porém, que outros ativos que tenham preço de mercado ou possam ser convertidos em valores, tais como intangíveis (como marcas e patentes) ou créditos fiscais devem ser considerados num laudo com esse critério.No caso específico avaliado ontem, outra questão foi que, no laudo, são levados em conta valores relativos a créditos-prêmio de IPI que estavam sendo discutidos judicialmente pela Braskem, mas os mesmos créditos que estavam sendo discutidos pela Trikem não o foram. Também não teriam sido considerados no laudo, na visão da autarquia, a avaliação a valor de mercado da participação em controladas e coligadas. Já o chamado 'goodwill' (sinergias ou valor que a empresa pode gerar além do próprio patrimônio) não deveria ser levado em conta no laudo, segundo entendimento do colegiado da CVM.Inicialmente, o relator do caso, diretor Eli Lória, propôs que as penas fossem de multa de R$ 200 mil para cada companhia e de R$ 100 mil para cada administrador. Porém, o diretor Marcos Pinto fez voto em separado no qual propôs que as penas fossem apenas de advertência, no que foi acompanhado pela presidente Maria Helena Santana. Os diretores Durval Soledade e Sérgio Weguelin não participaram por se considerarem impedidos.A aplicação apenas de uma advertência e não de penas maiores ocorreu porque o colegiado, por maioria, entendeu que nem todos esses critérios que, segundo a acusação da área técnica significaram falhas, estavam claros para o mercado. Anteriormente, havia um entendimento no mercado de que os itens que constavam do balanço é que poderiam ser contemplados em laudo de avaliação a preço de mercado. Ontem, porém o colegiado entendeu que todos os bens e direitos da companhia devem ser avaliados ainda que não estejam na contabilidade. Mas ainda assim, os administradores e controladores tem dever de examinar a qualidade do laudo, segundo a CVM. Vale lembrar que, nas orientações estabelecidas para a contabilidade nos balanços das companhias abertas, o conservadorismo é a regra em questões como a do crédito fiscal questionado judicialmente e intangíveis (como marcas). Os advogados de defesa das companhias e dos administradores indiciados alegaram que não se pode aplicar regras posteriores ou ainda indefinidas à casos que ocorreram anteriormente a estas e ainda que o laudo foi contratado por uma grande empresa com credibilidade reconhecida. Foi alegado ainda que as diferenças com relação ao crédito prêmio IPI (que foi contemplado na avaliação da Braskem, mas não da Trikem), ocorreram porque os processos judiciais das duas encontravam-se em estágios diferentes, sendo o da Braskem praticamente finalizado.

Caso abre debate sobre diferença de critérios em laudos

O rigor maior na análise da conduta do administrador em operações com partes relacionadas e as diferenças entre os critérios para a contabilidade do balanço e para avaliação a preços de mercado em laudos são dois pontos que devem reter a atenção dos participantes do mercado a partir do julgamento de ontem feito pela CVM.Em seu voto, o diretor do órgão regulador Marcos Pinto destacou que a análise da conduta do administrador deverá ter um rigor maior por parte da autarquia em operações com partes relacionadas, sobretudo as que envolvem incorporações de companhias controladas. Uma outra questão destacada pelo relator Eli Lória no julgamento de ontem é a avaliação de que regras para contabilidade e para a avaliação a preços de mercado em laudos são coisas distintas. De acordo com o relator, esta foi a primeira vez que a autarquia analisou num processo administrativo esse tipo de aspecto relacionado à elaboração de laudos de avaliação a preços de mercado em operações de incorporação.

O julgamento de ontem esclareceu algumas concepções da autarquia com relação a critérios de laudos que baseiam as incorporações, algo que costuma gerar polêmica no mercado.O diretor da CVM, Eli Lória, explicou que o fato de alguns itens não constarem do balanço da companhia não quer dizer que estes não devam ser considerados na avaliação a preços de mercado. Um exemplo disso seriam os créditos fiscais. "Para resumir, poderíamos dizer que contabilidade é uma coisa e laudo de avaliação a preço de mercado é outra", disse Lória, acrescentando que as finalidades das duas coisas são diferentes e daí a diferença das regras aplicáveis. A instituição que fez a avaliação, ou seja, que elaborou o laudo que o colegiado considerou ter algumas falhas, não estava indiciada no processo administrativo. De acordo com um especialista em mercado de capitais, um possível motivo para isso é que ainda existe muita polêmica sobre a competência da CVM para fiscalizar e punir a conduta dos avaliadores. (CV)


Valor Econômico - 13/12/2007

Arte: qual o valor?

Aqui, uma interessante reflexão sobre a questão do valor. Discute-se um caso de um escultura que inicialmente atribuída a Gauguin. Entretanto, uma análise mais aprofundada dos críticos mostrou que isto não era verdade. É interessante notar que a escultura, em si mesma, não sofreu alteração, como objeto físico. Continua com suas características. Mas o Valor da escultura como ativo mudou radicalmente com o parecer dos especialistas.

O que mudou? Voltando aos conceitos clássicos de valor de uso e de valor de troca, a escultura perdeu seu valor de troca. Ou seja, a sua capacidade de ser trocada por fluxos futuros de caixa foi reduzida com o parecer dos especialistas.

Mas isto faz sentido? Os atributos da escultura não se alteraram.

É uma situação que pode gerar uma interessante discussão sobre valor, conceito de ativo, mensuração e outros conceitos mais. É uma pena que o livro de minha co-autoria já esteja na editora...

Economia do terrorismo

Este endereço faz um levantamento de diversos estudos sobre a Economia do Terrorismo. Não seria interessante um estudo sobre a contabilidade do terrorismo?

Sombra e realidade


A legenda diz que os camelos reais estão em branco e os negros são sombras. Sinceramente não consegui perceber isto. Fonte: Aqui

A opinião sobre o produto

Esta é uma dica do Boing-boing: no sítio da Amazon existe espaço para comentários dos clientes. Da mesma forma que posso colocar um comentário sobre um livro, também posso fazer comentários sobre outros produtos. O interessante é o nível dos comentários da Bic (isto mesmo, a caneta Bic, que custa, na Amazon, 0,13 libras). Clique aqui para ler. Dei uma olhada no Submarino e não vi nada parecido.

Aqui, sobre leite

Iasb

Dois "rascunhos" do Iasb:

1. IFRS 1 First-time Adoption of International Financial Reporting Standards and IAS 27 Consolidated and Separate Financial Statements

2. IFRS 2 Share-based Payment and IFRIC 11 IFRS 2— Group and Treasury Share Transactions.

12 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio

Fiscal do Ibama e o Mineiro!!

Um fiscal do Ibama recebe uma denúncia e vai verificar. Dirige-se para a casa de um mineiro. Chegando no local sem se identificar, vai logo travando um diálogo:

Fiscal: - Bom dia.
mineiro: - Bom dia, moço..
Fiscal: - Como vai a luta?
mineiro: - Difici.
Fiscal: - Tem caçado muito?
mineiro: - Uai sô, a semana passada matei 20 piriquitim.
Fiscal: - Vinte?
mineiro: - Fio, pega as cabeça dos piriquitim pro o homi vê.
Fiscal: - E paca, tem caçado muito?
mineiro: - Nossinhora, Só uma nessa semana. Fio, traiz a cabeça da paca.
Fiscal: - E outros animais silvestres, tem caçado muito?
mineiro: - Um monte deles. Fio, traiz as cabeça dos otro bicho pro homi aquerditá!
Fiscal: - Não tem passado por aqui nenhum fiscal do Ibama?
mineiro - Craro moço, semana passada. Fio, traiz a cabeça do fiscal pro homi vê.
Fiscal: - Até outro dia. Obrigado pela atenção.
mineiro: - Não tem de quê.. Vorte sempre

Enviado por Matias

Links

três reportagens da The Economist
1. A Tecnologia sendo usada no Varejo
2. evolutionary design e Evolutionary alghoritms
3. Mercado de armas

Pagamento de Impostos

Um relatório mostra que no Brasil se paga muito imposto e se perde muito tempo com isto. Atente para página 35. (Em PDF)

Avaliação de Bancos

O processo de avaliar um banco é bastante complicado. Tanto é assim, que temos poucas obras que tratam do assunto de forma abrangente e adequada. Um artigo, de Gayle Delong e Robert Deyoung, Learning by observing: information spillovers in the Execution and Valuation of Commercial Bank M&As, publicado no prestigioso Journal of Finance de fevereiro de 2007, p. 181-216, trata marginalmente deste assunto.
Usando dados dos Estados Unidos, onde o número de instituições financeiras é significativo e a quantidade de operações de aquisições e fusões é suficientemente grande para desenvolver um trabalho nesta área, os autores procuram verificar as dificuldades de avaliar um banco nas últimas duas décadas.
Uma das razões é razoavelmente óbvia: o número de instituições é relativamente pequeno e as operações de aquisição e fusão são reduzidas, o que impede fazer uma constatação mais objetiva da avaliação. Ao mesmo tempo, alguns estudos acadêmicos têm apontado que estas operações não criam valor ou melhoram o desempenho de longo prazo.
Os autores fazem uma distinção entre "aprender observando" e "aprender fazendo" para demonstrar que os processos de avaliação destas instituições melhoraram no tempo. Neste caso, os bancos aprenderam ao observar as operações prévias de outras instituições no período analisado (1987 a 1999).

Uma informação interessante do artigo diz respeito a "curva de aprendizagem". Citando um trabalho de Ghemawat, de 1985, os autores afirmam que em 80% das empresas o fato de dobrar sua experiência (isto é, aumentar em 100% a produção acumulada no tempo) faz com que o custo unitário reduza em 20%.

IFRS no Brasil

A Adoção do IFRS no Brasil

A partir de 2010, as companhias abertas e instituições financeiras terão uma espécie de batismo de fogo. A “unção” levará as empresas e bancos rumo ao padrão internacional para demonstrações financeiras, ou International Financial Reporting Standards - IFRS (clique aqui para ter acesso a um guia de informações em inglês que traz detalhes técnicos sobre as novas regras).

As empresas serão obrigadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a publicar suas demonstrações financeiras consolidadas seguindo um padrão que reforça a busca de maior transparência e melhor entendimento dos balanços por investidores de todo o mundo. Para alcançar o objetivo, a organização terá não apenas de mudar detalhes técnicos ou simplesmente dar informações mais mastigadas. A travessia para o novo patamar de governança corporativa dependerá de uma mudança cultural. A empresa terá de determinar com detalhes como praticou uma ação de hedge (proteção de ativos), por exemplo.

Os grandes grupos, que possuem diversos negócios, terão que oferecer dados estratégicos como quanto cada segmento teve de lucro e vendas. “Se a empresa levar a IFRS com seriedade conseguirá grandes benefícios”, assegura Edimar Facco, sócio de Auditoria da Deloitte.

Realmente, há muitos pontos positivos que premiarão os esforços das empresas no duro caminho da adaptação. Um deles é que será bem mais fácil conseguir recursos, inclusive junto ao BNDES, para investimentos futuros. De acordo com Facco, as instituições financeiras farão questão de cobrar a nova regra das empresas – principalmente daquelas que ainda não seguem as normas. Naturalmente, a mudança vai acelerar um ciclo virtuoso em que o mercado pressionará as empresas que adotam o padrão contábil brasileiro a optar pelo IFRS. “Por isso haverá cobrança para que se aprove a Lei 3741, com a qual será possível atingir a convergência dos padrões contábeis brasileiros com as normas internacionais”, aponta Facco.

Para detalhar o assunto, a Deloitte apresentará o novo padrão internacional de demonstrações financeiras para companhias abertas nesta quarta-feira (12) em um evento em São Paulo. Atualmente no Brasil, a última empresa a se render às regras da IFRS foi o Grupo Gerdau. A companhia inaugurou a nova fase em novembro, quando publicou seu balanço trimestral (clique aqui para acessar o documento).

Fonte: Aqui



Perguntar para uma empresa de auditoria se a adoção do IFRS é interessante é o mesmo que perguntar para um vendedor se o produto é bom mesmo.

Os Piores Negócios de 2007

Entre os piores negócios de 2007, segundo a Time, está a venda de ações do Citigroup, o acordo da Chrysler e a compra da Facebook pela Microsoft. Clique aqui

A Evolução Humana está acelerando?

Segundo notícia deste blog () e do Estado de São Paulo (Evolução do Homo sapiens' continua, cem vezes mais rápida CIÊNCIA Processo acelerou nos últimos 40 mil anos, quando homem moderno se instalou na Europa, Ásia e Austrália, Herton Escobar, 11/12/2007) a espécie humana está evoluindo mais rapidamente. Será?

Você é um Gênio

Se você está conseguindo ler este blog você é um gênio. Aqui um teste de legibilidade de um blog. Eu coloquei este blog e o resultado foi que a pessoa que consegue ler este blog é um gênio. Óbvio, o teste é válido somente para língua inglesa. Mas eu testei o sítio da minha universidade em inglês e a resposta foi a mesma.

"Regras de contabilidade dos EUA ficarão melhores"

As regras do FASB são complicadas e representam mais de 25 mil páginas. Por isto a comemoração do WSJ da adoção da IFRS

Closing the GAAP
The Wall Street Journal -12/12/2007 - p. A18

Believe it or not, there's some good news to report for U.S. companies, capital markets and investors. America's bloated and confusing accounting standards are in line for some healthy competition, thanks to a series of rule changes at the Securities and Exchange Commission.

The private Financial Accounting Standards Board (FASB) has for decades enjoyed government-enforced monopoly power over America's accounting rules, and not even FASB is impressed with the results. The board's Chairman, Robert Herz, says the rules, known as Generally Accepted Accounting Principles (GAAP), are "too detailed," with "too many exceptions" and just plain "not good" for specific industries like insurance. Just how complicated are America's accounting rules? Mr. Herz says they run "up to 25,000 pages, we think."

A set of rules so dense that no one is sure how many there are must set some kind of regulatory record. Still, Mr. Herz has been on the job for more than five years, so he's an unlikely candidate to perform an extreme makeover, bureaucracy edition. Why is he trashing his organization's principal product?

It's the only tenable position, as virtually the entire financial world outside the United States rejects cumbersome, complex GAAP in favor of -- and we promise this is the last acronym -- IFRS, International Financial Reporting Standards. More than 100 countries now accept or require these more rational standards. In the U.S., companies have had no choice but to report their financials in GAAP, no matter how confusing to investors -- until now.

On November 15, the SEC voted unanimously to stop requiring foreign companies that use IFRS to re-issue their financials in GAAP for American investors. Until Sarbanes-Oxley came along, this was the number one obstacle to foreign companies considering a listing on a U.S. stock exchange. Furthermore, the costly rule was unblemished by evidence that it provided any net benefit to investors. Institutional investors, buying record numbers of shares through Rule 144A offerings that require no conversion, have made it abundantly clear that they have no need for GAAP in valuing companies.

The next item in this investor-friendly agenda is to give U.S. companies the option of choosing to report with IFRS, instead of GAAP. The SEC has issued a proposed rule to do just that and this week will host the first of two roundtables to explore the possibilities.

Some participants will no doubt urge "convergence" of the international and U.S. accounting standards, but creating one "super-monopoly" for the entire world might compound the problems created by the FASB bureaucracy, notes an influential 2003 Harvard Law School paper by Rachel Carnachan. Ms. Carnachan urges a competition that will likely improve both sets of standards.

Knees start jerking about a possible "race to the bottom" whenever the idea of regulatory competition is raised. But IFRS's streamlined accounting standards will offer investors more protection against fraud, not less. That's because IFRS is a "principles-based" system, in contrast to GAAP's "rules-based approach." GAAP's hyper-detailed standards invite the ethically challenged to seek ways to violate the spirit of the rules by contorting to follow the letter. With IFRS's concise principles, there's far less opportunity to lawyer around them.

One lesson of Enron is that accounting complexity can help crooks conceal fraud. Reflecting that lesson, one of the more sensible provisions of Sarbanes-Oxley directed the SEC to explore the possibilities of a principles-based system. The result could be an investor-friendly initiative that will bring competition to a monopoly that sorely needs it.

Pequenas empresas devem ganhar prazo extra na Sox

A SEC planeja atrasar em mais um ano as exigências de controles internos para pequenas empresas em razão dos estudos sobre o custo da informação. As pequenas empresas são aquelas com uma capitalização menor que 75 milhões de dólares, que apesar do pouco valor em termos do mercado global, representam a maioria das ações negociadas.

In testimony prepared for a hearing of the House Small Business Committee, Mr. Cox said that he would propose delaying the rules until 2009 and that the decision on whether to require compliance would then be based in part on a study of costs to be conducted by the commission's economists.

Fonte: S.E.C. Planning to Delay Accounting Rules for Small Companies for Another Year, Floyd Norris, The New York Times, 12/12/2007

Custo da emissão de carbono

Pesquisadores de Manchester estimaram, a partir do custo de produção, processamento e transporte dos ingredientes natalinos, o que representa um jantar para oito pessoas: 20 kg de emissão de carbono. Se cada tonelada de carbono gera um custo ambiental de 10 libras, é fácil calcular o custo ambiental desta ceia típica.

Fonte: Aqui

11 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Homens são complicados. Fonte: Aqui

Links

1. Dívida de Curto Prazo e Manipulação dos Lucros - Segundo uma pesquisa recente, empresas com mais passivo circulante são mais susceptíveis de gerenciar resultados.

2. 200 maneiras de pesquisar sobre uma empresa

3. Problema de xadrez proposto por Euler: O salto do cavalo

4. Auditores encontraram no Iraque

Transparência: causa ou conseqüência?

Reportagem do Estado analisa do desempenho do São Paulo Futebol Clube. Uma ênfase é dada para questão contábil:

Não é apenas no futebol que os números são-paulinos impressionam. "Temos a maior receita do futebol brasileiro, que atingiu R$ 122 milhões em 2006", comenta João Paulo de Jesus Lopes, assessor da presidência. "No mesmo período, a CBF faturou R$ 99 milhões", compara.

É certo que o superávit tricolor no ano passado foi de apenas R$ 2,5 milhões - ainda modestos para um clube que pretende ter a maior torcida do Brasil em dez anos. Mas o lucro não é o foco principal. "Como somos uma entidade sem fins lucrativos, o fundamental é aplicarmos bem o que arrecadamos", diz Lopes.

Nesse quesito, a diretoria faz questão da transparência. E não é de hoje. Embora as agremiações tenham passado a ser obrigadas a publicar o balanço anual desde de 2003, o clube o faz desde 1956. "Temos obsessão pela transparência e pela organização", comenta Lopes.

(SÃO PAULO PENTACAMPEÃO Bons resultados do São Paulo nos últimos anos não vêm por acaso. Arrojado trabalho de marketing e investimentos na base são os pontos fortes do clube - Giuliano Villa Nova - O Estado de São Paulo - 9/12/2007)

Quem observa o futebol brasileiro sabe que nos próximos anos haverá um gradual concentração nos clubes. Somente alguns poucos terão condições de manter no topo nos próximos anos. Rivalidades tradicionais e regionais tornarão irrelevantes diante da disputa dos campeonatos nacionais.

Valor justo no Japão

Segundo a Nikkei Report (Accounting Board To Broaden Fair Value Disclosure Rules, 11/12/2007) o Accounting Standards Board of Japan aumentou as exigências para evidenciação do valor justo de ativos financeiros, incluindo produtos securitizados, empréstimos e outros.

IPO numa empresa familiar

Uma reportagem interessante da Gazeta Mercantil

IPO tem custo alto IPO para empresa familiar

São Paulo, 11 de Dezembro de 2007 - Nestes tempos de elevada liquidez nos mercados financeiros, os benefícios da abertura de capital têm sido amplamente alardeados, mas os problemas que pode acarretar para a empresa familiar têm sido pouco discutidos. Este ano, das 49 companhias que abriram o capital - essas operações movimentaram R$ 62 bilhões -, a maioria era de origem familiar.

A abertura de capital implica em custos nem sempre lembrados na hora de optar pela alternativa, afirma Alex Novellino, consultor e pesquisador da Prosperare, consultoria especializada em empresas familiares. Os mais preocupantes são honorários pagos para auditoria externa e consultores, custos de publicação de balanços e outras informações, gastos para contratar e manter uma diretoria de relacionamento com o mercado, entre outros. Esses custos costumam variar de US$ 1 milhão a US$ 2 milhões por ano, conta o consultor.

Existem, também, outros custos e riscos adicionais, difíceis de se mensurar, que são potencialmente maiores que os custos tangíveis citados anteriormente. "Primeiro há a divulgação de informações sobre o patrimônio, remuneração e nomes dos sócios da família controladora da empresa. Essa publicidade traz riscos não só à segurança física desses sócios e seus familiares, mas também ao vínculo emocional que estes têm com as pessoas de seu convívio social, que poderão sentir-se ressentidas, ou ainda incomodadas, com o súbito enriquecimento da família", ressalta.

Em segundo lugar, conta o consultor, há o impacto psicológico que a divulgação do valor do patrimônio da família pode ter sobre seus membros. "É um desafio evitar que isso atrapalhe a educação da próxima geração, ou ainda, lidar com os impulsos de consumo de alguns dos membros da família. Se os sócios atuais não conseguirem transmitir esses valores e essa riqueza intangível aos seus sucessores, o futuro patrimônio tangível também estará sob risco", afirma.

Existe ainda a questão da maior transparência . "Concorrentes, fornecedores, clientes, sindicatos, entre outros, que antes tinham acesso limitado às informações estratégicas de sua empresa, também passarão a ter acesso aos dados financeiros e mercadológicos - como margens, estrutura de custos, volumes, entre outros -, que são compartilhados com os analistas do mercado financeiro."

Os benefícios são bastante conhecidos. Entre eles, Novellino cita maior acesso ao capital para financiar o crescimento da empresa; liquidez para os acionistas da família controladora que queiram vender suas ações; maior visibilidade para seus produtos, aumento de sua reputação; maior atratividade para recrutar executivos profissionais; maior disciplina na elaboração e apresentação dos resultados da empresa, conforme exigência dos órgãos reguladores do mercado e dos acionistas minoritários; além de maior transparência perante todos os sócios, familiares ou não.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

10 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio:

Um homem entra na biblioteca e pede a funcionária:
- Pode-me ajudar a encontrar um livro?
- Diga-me o título do livro por favor?
- Penso que o título é "Homem, o sexo forte"
- A ficção científica é no piso de baixo, senhor
Enviado por Nelma

Enanpad

O XXXII Encontro da ANPAD - EnANPAD 2008, que ocorrerá de 06 a 10 de setembro de 2008, no Windsor Barra Hotel & Congressos, Rio de Janeiro, RJ, já se encontra em no sítio www.anpad.org.br

Congresso da ANPCONT

II Congresso ANPCONT - Período de realização: 15 a 17 de junho de 2008 - Local: Salvador/BA

Datas importantes para o II Congresso ANPCONT

Dia 16/02/08 Fim de submissão dos resumos expandidos ao evento
Dia 03/03/08 Divulgação dos resultados da avaliação dos resumos expandidos
Dia 05/03/08 Início de submissão dos trabalhos referentes aos resumos expandidos aprovados
Dia 15/03/08 Fim de submissão dos trabalhos ao evento
Dia 07/04/08 Divulgação dos resultados da avaliação dos trabalhos
Dia 07/04/08 Início das inscrições dos participantes no evento
Dia 28/04/08 Término das inscrições dos participantes com a taxa inicial (R$ 400,00 para professores e pesquisadores e R$ 250,00 para estudantes). A partir desta data a taxa será acrescida em 20% (R$ 480,00 para professores e pesquisadores e R$ 300,00 para estudantes)
Dia 28/04/08 Término das inscrições dos autores que tiveram trabalhos aprovados para ter seus trabalhos incluídos nos anais dos eventos
Dia 15/06/08 11:00 às 16:00 city tur por adesão
Dia 15/06/08 17:00 às 19:00 recebimento de congressistas e entrega de material
Dia 15/06/08 19:00 início do evento no Centro de Eventos Hotel Pestana
Dia 17/06/08 18:00 encerramento do evento
Dia 18/06/08 9:00 às 15:00 Assembléia Geral Ordinária da ANPCONT

Não existe contabilidade para criatividade

Uma coluna de Glen Murray no The Toronto Star (There's no accounting for creativity, Glen Murray, The Toronto Star, 9/12/2007, A 27) mostra algo precioso e que deveria servir de lição para contabilidade pública.

"Este pequeno incidente é emblemático com o tempo perdido com a contabilidade pública nos detalhes absurdos e decisões inconseqüentes. No governo, accountability está tornando inimigo da criatividade. Roger Martin, da Rotman School of Management, coloca simplesmente que "criatividade está tornando a mais importante fonte de crescimento econômico". Criatividade é a invenção e aplicação de idéias boas para dirigir a inovação. (...)

A reforma governamental está focada pela obsessão de menor risco e maior accountability que levam embora a criatividade. (...) Governo está tornando menos avesso ao risco com a diminuição da capacidade para criatividade.

Jogando para a platéia

O governo resolveu agir nas tarifas bancárias, tentando padronizar e evitar abusos. Como um amador, que desconhece o que está fazendo, cometeu um grande erro: deixou de lado da periodicidade.

Preocupado em uniformizar a nomenclatura das tarifas, que varia de banco para banco, o governo deixou de lado um detalhe importante: também existe diferença de periodicidade na cobrança dos serviços. Um levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac) mostra, por exemplo, que a taxa para a manutenção ou validade do cartão de débito varia de 30 a 365 dias. O Citibank cobra R$6 a cada 30 dias. No Itaú, são R$12, pagos a cada três meses. (...)

Dependendo do banco escolhido pelo correntista, a renovação da ficha cadastral é cobrada a cada 90, 180 ou 365 dias. Clientes do ABN Real pagam uma tarifa de R$4,50 pelo serviço, valor aparentemente menos indigesto dos que os R$15 debitados pelo Bradesco. Mas a comparação só fica completa quando se considera os prazos: no ABN, a cobrança é feita a cada 90 dias, enquanto no Bradesco, uma vez por ano. (...)
Governo padroniza nomes de tarifas bancárias, mas periodicidade varia - O Globo - 8/12/2007

Conceito de Restos a Pagar

A Contabilidade Pública tem conceitos próprios que são interessantes. Um deles chama "restos a pagar", que de "restos" não possui muita coisa. Veja um sobre o conceito numa reportagem de um jornal:

Muitas vezes falta não só pagar como executar obra
O Estado de São Paulo - 9/12/2007


Apesar de o nome ser "resto a pagar", na maior parte dos casos falta não apenas pagar, como também realizar a obra - nessa situação, no jargão orçamentário, utiliza-se outro jargão, o programa que atende pelo nome de "não-processado".

Isso ocorre, por exemplo, com a maior parte dos projetos previstos por emenda parlamentar. Em todos os finais de ano, por pressão do Congresso, o governo autoriza o empenho de alguns bilhões de reais para as emendas, os parlamentares aproveitam a ocasião para anunciar sua "conquista" às bases eleitorais, mas o projeto muitas vezes não sai do papel e aparece na contabilidade como "resto a pagar não processado".

No início deste ano, o volume de restos a pagar não-processados chegava ao nível de R$ 14 bilhões. Metade disso foi efetivamente executado ao longo deste ano, mas a outra metade deve se juntar ao novo estoque do final de 2007, com o crescimento dos empenhos - que já somam R$ 18 bilhões e ultrapassarão facilmente os R$ 20 bilhões até o dia 31 de dezembro.

EXPECTATIVA

A expectativa dos técnicos do Congresso é de que o volume de restos a pagar bata um novo recorde no próximo ano. Em tese, o governo federal seria o maior interessado em acabar com isso, mas, na prática, não é o que ocorre.

Recentemente, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que determinava o cancelamento dos restos a pagar depois de um ano. Motivo: essa medida não interessa à coordenação política do governo, pois a permanente expectativa do pagamento permite manter os parlamentares reféns do Palácio do Planalto. S.G.


Ou seja, o orçamento público é uma peça política, não técnica.

O BO dos Bancos

Quando você compra um remédio numa farmácia, se o vendedor consegue "empurrar" certos tipos de medicamentos para o cliente ele ganha uma comissão conhecida como BO, ou Bônus, mas também conhecida como Bolso de Otário. Esta comissão chega a 20% do valor da venda. Assim, uma Novalgina, um remédio da Hoechst, não gera uma comissão bonificada, mas uma dipirona de um fabricante menos conhecido pode gerar 20% de BO.

Agora o Estadão informa que este BO chegou nas concessionárias de automóveis. É o o BO do carro. Veja a reportagem:

Bancos pagam bônus para lojista vender no crediário
O Estado de São Paulo - 9/12/2007

Bancos e financeiras pagam comissões e prêmios aos concessionários e vendedores para garantir gorda carteira de clientes. Lojistas recebem de 6% a 20% sobre o valor financiado por carro, operação conhecida como Retorno Financeiro ou simplesmente R seguido do porcentual a ser pago, como R6.

De olho no ganho extra com o crediário, lojistas treinam funcionários para convencer clientes a comprar a prazo. Para compra à vista é dada pouca vantagem. A prática não é nova nem restrita ao segmento, mas se alastra num momento em que o País tem venda recorde de 2,8 milhões de veículos. O bônus não é ilegal - se registrado na contabilidade dos envolvidos -, mas facilita ações predatórias de instituições e lojas que empurram planos que amarram o cliente por longo prazo, além do repasse de despesas para os consumidores.

Outra prática é a cobrança da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), nem sempre divulgada ao comprador, cujos valores variam de R$ 200 a R$ 900. Nas medidas anunciadas quinta-feira pelo Banco Central foi incluída a obrigatoriedade de os bancos informarem a cobrança, sem valor máximo para a taxa.

"Tem vendedor que abusa e chega a cobrar duas TAC, uma embutida nas prestações e outra à vista", conta o vendedor de uma grande concessionária de São Paulo. "A comissão pela venda de um carro hoje é baixa, por causa da concorrência, por isso os lojistas buscam a diferença na TAC ou no R", diz ele, no ramo há 15 anos. "Hoje, em muitas revendas, quem paga o salário do vendedor é o banco."

Segundo o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), Sérgio Reze, juros, TAC e Retorno dependem de negociações entre bancos e concessionárias, levando em conta o risco do crédito. "É da natureza do sistema financeiro num regime livre." O Procon reconhece o Retorno como "relação comercial", mas admite que há abusos quando o consumidor não é informado de taxas e não recebe cópia do contrato.

Copa do Mundo de Xadrez

A copa do Mundo de Xadrez em Khanty-Mansiysk, Rússia, está chegado ao final. Dos mais de cem jogadores, que disputaram jogos entre si, sobraram 4. Os brasileiros (quatro) foram eliminados já na primeira rodada. A cada rodada eram eliminados metade dos jogadores. Os finalistas são o espanhol naturalizado Shirov (rating de 2739), o norte-americano Gata Kamsky (rating de 2714) e duas jovens promessas do xadrez, o norueguês Magnus Carlsen (rating de 2714, que recentemente completou 17 anos) e o ucraniano Karjakin (rating de 2694). Na rodada de domingo, dois empates (Carlsen x Kamsky e Shirov e Karjakin).

O sistema de rating no xadrez é muito interessante e realmente apresenta a força de cada jogador. Quando um jogador de rating de 2694, como é o caso de Karjakin, enfrenta um outro jogador de 2739, como é o caso de Shirov, o rating está mostrando que Shirov é favorito. Além disto, também é calculado o rating do torneio (levando em consideração somente os jogos do torneio) e este mostra que Shirov enfrentou adversários mais difíceis de forma melhor que os concorrentes: Shirov, 2896; Carlsen, 2824, Karjakin, 2788 e Kamsky, 2784). Os jogos podem ser acompanhados pela internet pela manhã no aqui:

Burkina Faso e o Selo do Elvis

Burkina Faso é um país da África que recentemente publicou uma série de selos sobre Elvis Presley. Qual a razão disto? Geralmente pequenos países tendem a usar este tipo de receita (venda de selos, por exemplo) para obtenção de receitas adicionais. Quanto menor a economia, maior a chance disto ocorrer. Aqui, também

Faturamento das Multis

Uma notícia no sítio da Terra:

"Multinacionais dos EUA faturam três vezes mais no País"

O País refere-se ao Brasil. Como seria possível que o faturamento destas empresas seja maior no Brasil que nos Estados Unidos? O primeiro parágrafo esclarece:

"Pesquisa do Brazil-US Business Council mostra que o faturamento das empresas norte-americanas no País cresceu cerca de três vezes mais do que o crescimento que elas atingiram em outros mercados no mundo. Enquanto aqui as vendas dessas multinacionais subiram 18,8% ao ano, a média mundial de crescimento dessas mesmas empresas é de 4,8%."

P.S. Observe que o texto usou faturamento e vendas como sinônimos.

Dividendos e Contabilidade

Num artigo do Valor Econômico (O mercado de capitais e as novas propostas para os dividendos, 10/12/2007, Ruy Dourado e Rubens Cambraia) se discute o Projeto de Lei do Senado 214. Num determinado momento, o texto informa que:

Paralelamente a esta disposição específica relacionada à negociação de ações na bolsa, a mesma lei obriga a distribuição de lucros a todos os acionistas (artigo 109, inciso I) segundo as regras dispostas no seu estatuto ou no artigo 202. Entretanto, é a companhia quem decide quando distribuí-los, conforme o artigo 192, havendo uma série de instrumentos capazes de alterar essa diretriz, ligados à contabilidade e às reservas de capital.


Na verdade, a contabilidade não é um "instrumento" capaz de alterar o disposto na lei.