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26 outubro 2007

Estoques e desempenho da economia



O volume de estoques nas empresas tem sido considerado como uma variável preditiva dos problemas da economia de uma país. Quando o volume aumenta isto poderia significar que a economia deverá entrar num ciclo de recessão ou baixo crescimento.

A figura acima mostra o estoque nas empresas e foi preparado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. É perceptível que ocorreu um aumento nos estoques nos últimos meses, apesar do valor ainda estar dentro dos padrões normais dos últimos anos.

Entretanto, para alguns pesquisadores, aumento de estoque também pode ser um sinal de otimismo. As empresas estão aumentando seus estoques para antecipar o aumento da demanda.

Na realidade, o comportamento dos estoques deveria ser analisado por setores. É provável que seja verdade que o aumento dos estoques pode ser um indicativo de melhoria na economia quando estamos falando dos setores de máquinas e equipamentos. De igual modo, no varejo, o aumento dos estoques pode estar vinculado a uma maior possibilidade de recessão. Um bom tema para pesquisa.

Efeitos da política do governo

O Financial Times de 25/10/2007 (Cost of cheap food Just say No to subsidies, price controls and export tariffs, Europe Ed1, Page 10) lembra uma história da soja que serve para demonstrar os efeitos da política de governo. Em 1973 o presidente Nixon, pressionado pelo aumento dos preços dos produtos alimentícios, proibiu a exportação de soja. A questão é que a interferência do governo distorce o mercado, com efeitos inesperados. No caso da decisão de Nixon, permitiu a criação da indústria de soja no Brasil.

Passos necessários para a convergência

Trechos de um artigo sobre convergência contábil:

Vital steps on the road to common global standards.
IAN MACKINTOSH - chairman of the UK's Accounting Standards Board
Financial Times 25/10/2007 - Asia Ed1 - Page 19

(...) Whatever the conflicting views on certain aspects of certain standards, the overriding long-term benefits of convergence have not changed. They include comparability of company performance across borders, reduced compliance costs and the abolition of reconciliations. (...)

But equivalence without a proper basis in financial reporting has dangers. Do the investors really understand the financial position and performance of the capital seeker? Will they receive relevant and reliable information in years to come?

These are dangers that will exist as long as equivalence is accepted and could to a large extent be mitigated by making the vision of a single set of standards real.

(...) But this is a caricature of the debate. History and culture count for a lot and have polarised the debate.

No-one knows all the right answers and it would be better to approach the issues in the spirit of resolving differences rather than defending the status quo.

Differences need to be tackled in an objective way. Participants in the debate should understand the traditions that shape the opinion of others and all points of view need to be considered in a mutually respectful way.

The hard work and determination of the IASB and others is starting to bear fruit. The vision of a single set of high-quality global standards looks achievable, albeit with a lot more work and debate to come. It would be a shame if we let the scale of the task overwhelm the enormity of what we can achieve.

Rodízio de Auditores

Parece que a idéia do rodízio dos auditores não deu certo. A proposta tinha finalidade de reduzir o poder do oligopólio das 4 grandes empresas. Ontem a CVM suspendeu o rodízio até 2008:

O Conselho Monetário Nacional prorrogou, até 31 de dezembro de 2008, a suspensão de obrigatoriedade do rodízio de auditores independentes contratados pelas instituições financeiras. A medida vale também para as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação.

O adiamento, por um ano, é necessário para aprofundamento dos estudos sobre a eficácia dessa exigência no mercado brasileiro, considerando seus custos e benefícios.

CMN suspende obrigatoriedade de rodízio de auditores até fim de 2008
Bruno Rosa, O Globo - 25/10/2007

Links

1) Um endereço interessante, que apresenta mapas da terra e ecologia

2) A Microsoft está disponibilizando para o Word 2007 uma ferramenta para citação. Mas não tem a ABNT

3. A expansão dos bancos chineses

25 outubro 2007

Estados Unidos no Iraque: fracasso na Contabilidade

O The New York Times comenta o fracasso norte-americano no Iraque na criação de um sistema contábil moderno (U.S. Faults Its Bid to Replace Iraq's Accounting System, de James Glanz e Andrew Kramer, 25/10/2007, p. 12). O projeto era substituir o sistema contábil corrupto de Saddam Hussein por algo que possibilitasse maior controle, em especial das receitas do petróleo.

BAGHDAD, Oct. 24 -- An American project to replace the Iraqi government's opaque and easily manipulated Saddam Hussein-era accounting system has failed to achieve its goals after four years and more than $38 million, an American oversight agency reported Wednesday.

An early objective of the American occupation was to streamline the corrupt Iraqi bureaucracy that had flourished under Mr. Hussein, and establish controls that would make it more difficult to divert the enormous Iraqi oil revenues that provide nearly all of the government's budget.

But the American oversight agency, called the Office of the Special Inspector General for Iraq Reconstruction, said Wednesday in a report that the system the United States had chosen had shown a ''lack of understanding of the existing Iraq financial and business processes,'' and had not taken root.

As a result, the new system has had little impact on Iraq's financial apparatus, said Ginger Cruz, a deputy inspector general in the office. The old system remains in place, she said.

''The convoluted way that they used to do accounting under Saddam was created for secrecy and control,'' Ms. Cruz said. (...)

Contabilidade do Futebol Colombiano

Eis uma notícia sobre a contabilidade dos clubes de futebol colombiano (aqui, nenhuma intenção de homenagear o Millionários). Observe que os problemas são próximos aos existentes no Brasil. O grifo é meu.

Rajan contabilidad de clubes de fútbol
Portafolio - 24/10/2007

La mayoría de los equipos profesionales del fútbol colombiano no tienen criterios contables unificados, y por el contrario, su información financiera presenta inconsistencias, de acuerdo con el análisis realizado por la Superintendencia de Sociedades en la inspección que realizó sobre los balances de los clubes, a diciembre del 2006.

El resultado del informe, entregado hace un par de semanas por el comité coordinador de la Supersociedades, a Everth Bustamante, director de Coldeportes, concluye de manera preocupante que "luego de la visita efectuada a los 36 equipos de fútbol con deportistas profesionales de las categorías A y B, se encontró que los activos más representativos de estos clubes son sus intangibles".

Es decir, los equipos no tienen cómo sustentar de manera contable el valor de sus activos, y aspectos como la ficha deportiva, los derechos sobre sus jugadores y el valor de la marca, son contabilizados de manera particular y a su antojo por cada institución.

(...)
Señala el informe que en el reconocimiento contable de estos activos es donde se genera la mayoría de las inconsistencias. También agrega que "en los casos analizados, el registro del monto de cada erogación no es claramente identificable por los clubes en la manera de ser adquiridos, constituidos y usados".

Ante tantas irregularidades, Coldeportes dio un plazo de dos meses para que cada equipo presente un plan único de cuentas, en el que establezca cada una de las transacciones de los derechos deportivos de sus jugadores, además de sus ingresos operacionales y no operacionales.

LÍOS EN MARCAS Y DERECHOS

La principal inconsistencia presentada tiene que ver con el valor que le asigna cada equipo a su ficha o cuota de afiliación a la Dimayor, ente que regula el campeonato colombiano.

El pago obligatorio de esta cuota se originó desde 1991, pero solo para los equipos que asciendan de la Primera B a la A. Sin embargo, los planteles fundadores de la Dimayor, que nunca han pagado ningún derecho de participación, le dan valor a este aspecto. Clubes como Millonarios, Santa Fe, Cali, América, Medellín, Nacional, Bucaramanga y Cúcuta, no solo lo registran contablemente, sino que lo valoran como uno de sus principales activos.

IRREGULARIDADES ENCONTRADAS

En el caso de Millonarios, no solo registró este activo sino que fue reconocido como un ingreso, sin ajustarse a la técnica contable, y tiene una sobrestimación de sus ingresos a 31 de diciembre del 2006 de 1.372 millones de pesos.

Por su parte, Santa Fe presenta 'Valorizaciones de otros activos', 1.000 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Cali presenta en la cuenta 'Valorizaciones de intangibles' la suma de 2.040 millones de pesos por esta supuesta afiliación, cifras que ajusta anualmente.

El América, en 'Valorizaciones de otros activos' presenta la suma de 1.907 millones de pesos por 'Ficha Dimayor'.

El Medellín, en el grupo de intangibles, presenta un valor de 2.500 millones de pesos que corresponde a la 'Ficha'. Por su parte, Nacional presenta en la cuenta 'Valorizaciones de otros activos' la suma de 2.040 millones de pesos, también por esta ficha.

De otra parte, en los equipos santandereanos el panorama no cambia: tanto Bucaramanga como Cúcuta tasan el valor de sus fichas deportivas, como una 'Valorización de inversiones', con valores de 2.040 y 5.000 millones de pesos, respectivamente.

Los equipos necesitan una normativa que aclare su naturaleza jurídica: Coldeportes

Para Éverth Bustamante, director de Coldeportes, el resultado del informe realizado por la Superintendencia de Sociedades es preocupante, aunque dice que ya se tomaron medidas para contrarrestar la situación.

"A cada equipo se le han hecho las observaciones respectivas sobre sus inconsistencias y tienen un plazo de dos meses para rectificar, corregir la información y dar las explicaciones respectivas", señala.

El directivo sugiere que no se debe generalizar la situación. "El resultado demuestra inconsistencias de distinto nivel. No todos incurren en las mismas fallas, algunas son de forma, pero otras sí son graves. De todas maneras esperamos explicaciones en materia contable en cada caso", dice.

En este sentido, el director de Coldeportes plantea con carácter urgente que se debe elaborar una reforma que defina con claridad el caráter y la naturalez jurídica de los equipos de futbol, porque "actualmente funcionan como corporaciones sin ánimo de lucro y eso contradice el desarrolllo moderno de este deporte, que es el que más mueve la economía en el mundo. En Colombia hay que reconocer esa realidad con normas claras, determinar con claridad el origen de los recursos que se invierten, para evitar que el deporte sea un mecanismo para el lavado de activos".

Bustamante sugiere estructurar una nueva normativa para el desarrollo empresarial de estas instituciones y que la información sea transparente y que cualquier ciudadano pueda conocerla.

"Coldeportes desarolla un convenio con el Consejo Superior de España (su par en ese país), mediante el cual intercambia información, hace consultas, porque lo hecho en ese país es un buen ejemplo para aplicar en Colombia", agrega.

En los proximos meses, y como producto de ese intercambio, este organismo le presentará al Gobierno Nacional y al Cogreso de la República, una inciativa clara al respecto, para que se debata en la próxima legislatura, cuya finalidad es permitir y establecer la naturaleza juríduca de cada uno de los clubes profesionales. "Que se defina la relación entre deportistas y equipos, y que esto limpie de cualquier duda de corrupción a este deporte".

IFRS e sustentabilidade

(...)Algumas empresas já publicam como informação suplementar informações como a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e o Balanço Social de acordo com a Demonstração do Balanço Social Ibase (DBSI), ou pela norma Brasileira de Contabilidade Técnica (NBCT15). Mas o momento contribui para uma reflexão de como indicadores como o GRI poderão ser incorporados às demonstrações contábeis propriamente ditas, ou nas notas explicativas ou ainda em informes suplementares.

Hoje, os indicadores de sustentabilidade constantes das demonstrações contábeis trimestrais tradicionais são elementares. Depois da migração para o IFRS poderá ser mais comum o uso de indicadores mais completos de sustentabilidade.

Com o advento do IFRS amplia-se também a importância das notas explicativas. Uma dimensão disso pode ser vista no livro sobre IFRS publicado pela Atlas, em conjunto com a Deloitte, em que o capitulo dedicado as notas explicativas ocupa mais da metade do livro. A redação das notas explicativas terá que ser mais compreensível do que nunca e a parceria com os comunicólogos poderá contribuir para o melhor desenvolvimento desta parte das demonstrações contábeis, afinal os atos de gestão têm que estar fielmente retratados nas demonstrações contábeis.

Roberto Gonzalez - Por demonstrações financeiras mais completas - Gazeta Mercantil - 25/10/2007

Links

1. Google Maps chega ao Brasil - O que isto significa?

2. Dez produtos importantes da Google que esquecemos

3. Dez jogadores de futebol que participaram da sétima arte - Inclui Pelé (Escape to Victory e Os Estranhos), faltou Zico, mas tem o Dida

Volks e Comunidade Européia

Baixa Saxônia fica com menos poder na Volks
24/10/2007 - Stephen Power e Carolyn Henson - The Wall Street Journal, de Frankfurt e Bruxelas

(...) A decisão da Corte Européia de Justiça de derrubar a "Lei Volkswagen" da Alemanha representa uma vitória para as autoridades do mercado da União Européia num debate sobre até que ponto os países-membros deveriam ter liberdade para proteger empregadores importantes contra aquisições hostis.

O veredicto na prática reduz a influência do segundo maior acionista da Volkswagen, o governo de seu Estado-sede, a Baixa Saxônia. Durante anos, a lei alemã impediu que qualquer acionista tivesse mais de 20% dos direitos de voto na companhia, independentemente do tamanho de sua participação acionária. (...)

Mas nos anos recentes a Comissão Européia, braço executivo da UE, tem tentado eliminar nos países-membros leis que protegem empresas contra aquisições hostis, sob o argumento de que essas medidas inibem o livre fluxo de capital. Ontem, o tribunal concordou, concluindo que a lei alemã permite que a Baixa Saxônia "exerça influência considerável sobre os assuntos da Volkswagen a partir de um nível mais baixo de investimento do que seria necessário sob a lei geral" e que "essa situação acaba por deter investidores diretos de outros Estados-membros". (...)

No longo prazo, analistas crêem que o veredicto vai encorajar a Porsche a pressionar a diretoria e trabalhadores da Volks por cortes de custo e ganhos de produtividade. A decisão também poderia estimular a Porsche a aumentar sua fatia — hoje em torno de 31% — para garantir maior acesso à maior escala de compra e tecnologia da Volks. As vendas anuais de cerca de 6 milhões de veículos da Volks são 60 vezes maiores que as da Porsche.

24 outubro 2007

Preocupação com oligopólio na auditoria

La Comisión Europea sigue una nueva pista para intentar facilitar la aparición de nuevos rivales en el mercado internacional de la auditoría de las grandes empesas cotizadas. El objetivo es paliar la concentración del sector en los cuatro grandes: KPMG, Ernts & Young, PwC y Deloitte. Bruselas hizo público ayer un estudio independiente que analiza los pros y los contras de darle un vuelco a la reglamentación actual sobre propiedad y control de estos grupos.


Bruselas estudia desregular control y propiedad de las auditoras
Antonio León - El Economista - 24/10/2007 - Página 22

Preço de Transferência

Preço de transferência leva múltis à Justiça contra o Fisco
Adriana Aguiar - DCI

As empresas com coligadas em países que mantêm tratado com o Brasil contra a bitributação encontraram na Justiça uma forma de driblar o pagamento do preço de transferência sobre as margens fixas. Com a alegação de que os tratados internacionais são hierarquicamente superiores às leis de um País, uma empresa conseguiu no Tribunal Regional Federal da 3ª Região o direito de calcular o seu preço de transferência baseado em valor de mercado, como é feito na Alemanha, onde fica a coligada.

(...) O Brasil é o único País que mantém margens fixas para o pagamento de preço de transferência. O País prevê 20% do preço de revenda. Com exceção de manufaturas e beneficiamento de bens, com uma alíquota de 60%. Segundo Chapinoti, as empresas acabam pagando mais imposto de renda do que pagariam se fosse usado o preço de mercado.

(...) A Receita Federal não tem admitido o uso de outro método para o cálculo de transferência e autua todas as empresas que estão em desacordo com o cálculo estabelecido pela Lei n° 9430/96 e pela Instrução Normativa n° 243.

Irônico, não?

Segundo notícia publicada ontem (aqui), a Bovespa Holding terá que mudar sua oferta de ações (IPO), dando dois dias para os investidores que fizeram reserva de ações para desistir, diminuir ou aumentar seu pedido.

Isto foi uma exigência da CVM diante do fato de que os bancos que participam do lançamento da ação teriam fornecido informações adicionais a investidores.

No prospecto preliminar, a faixa de preço estimada inicialmente pelos bancos coordenadores era entre R$ 15,50 e R$ 18,50. A nova faixa deve ficar entre R$ 19,00 e R$ 23,00. Os novos valores devem ser alterados nesta terça e comunicados ao mercado. A nova faixa de preços é reflexo da alta demanda pelas ações da Bovespa.

Empresa transnacional



Da revista The Economist (Transnational companies, Oct 18th 2007)

A Thomson, uma empresa da área de comunicação, é a firma mais transnacional do mundo, conforme o 2007 World Development Report from the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD). Este índice é obtido através da média dos ativos, vendas e empregados que estão localizados no exterior.

23 outubro 2007

Ensino à distância

Terminei minha atividade como coordenador do módulo de contabilidade do curso a distância de administração da UnB. É uma experiência interessante e rica, que mostrou os desafios deste tipo de ensino.

O processo de comunicação com o aluno é mais complexo e exigente. Por isto, estimo que no ensino a distância o nível de exigência para o professor seja pelo menos duas vezes maior que no ensino presencial. (Fiquei pensando como uma instituição de ensino pode ter mais de cem mil alunos a distância? Isto é outro assunto, mas isto ajuda a explicar a desconfiança que temos deste tipo de ensino.)

O mais importante é que esta é uma alternativa para incluir o aluno. Nas palavras de Matias-Pereira, o coordenador do curso de Administração da UnB:

A EDUCAÇÃO a distância (EAD), na sua essência, é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional. Disponibilizada, em geral, para um grande número de pessoas, essa forma de ensino substitui a interação pessoal entre professor e aluno na sala de aula pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e de organização e tutoria que propiciam a aprendizagem autônoma dos estudantes.

Nova crise?

No aniversário do Black Monday (a segunda-feira que representou a crise da bolsa de 1987), este endereço pergunta se é possível ocorrer novamente.

Se os retornos dos mercados estiverem distribuídos normalmente (ou seja, através da distribuição normal) a resposta seria não. Um queda de 22,6% no mercado norte-americano é um evento de 18 desvios ou uma vez dentro da história do universo.

O problema é que os retornos provavelmente não seguem uma distribuição normal. Já se comprovou que nos extremos a curva da distribuição dos retornos do mercado acionário é mais "gorda" que a curva normal. É o que os especialistas chamam de "fat tail".

Fazendo negócios no Brasil

Ser empresário no Brasil não é fácil. Os relatórios apontam para dificuldades de abrir uma empresa, conseguir uma autorização da burocracia etc. Um relatório do Banco Mundial faz uma análise comparativa, e a posição do Brasil é muito ruim. Clique aqui para ter acesso. E aqui numa planilha Excel. Aqui, os links via Financial Times.

Propaganda brilhante


Fonte: Aqui

A importância da Máfia na Itália

Um relatório, divulgado nos jornais, mostra a importância da máfia na economia da Itália. Segundo o New York Times (Organized Crime Takes Lead In Italian Economy, Report Says, Peter Kiefer, 23/10/2007, p. 14), o crime organizado é o maior segmento da economia italiana, movimentando mais de 127 bilhões de dólares.

Usury represents the most lucrative activity by organized crime, with syndicates taking in $43 billion while racketeering brings in $14 billion, the report estimated. Illegal construction nets about $19 billion.

The report says 80 percent of the businesses in the Sicilian cities of Catania and Palermo regularly pay protection money, known as ''pizzo.''



Já o jornal Las Provincias (Cuatro grupos de la Mafia controlanel 7% de la economía en Italia, Íñigo Domínguez, 23/10/2007) informa que

Unos 160.000 empresarios pagan el impuesto mafioso en el sur del país

No es nada nuevo, pero conviene recordarlo: la Mafia o, mejor dicho, las cuatro mafias italianas –Cosa Nostra siciliana, Ndranghetta calabresa, Camorra napolitana y Sacra Corona Unita de Puglia, una por cada región del sur– son la primera empresa del país por volumen de negocio, 90.000 millones de euros, el 7% del PIB. (...)

Sus 86 páginas son un llanto sin fin, inverosímil para un país de la UE. La economía básica de la Mafia es el pizzo, el impuesto mafioso. Sirve para los gastos ordinarios y para mantener a las familias con parientes encarcelados. Por eso sube cada vez que hay redadas. Unos 160.000 empresarios lo padecen como un gasto más, casi todos el sur, endémico agujero negro de la economía italiana. Seis décadas de gobiernos caóticos e inversiones millonarias volatilizadas no lo han solucionado y la questione del Mezzogiorno es retórica fija en cada campaña electoral.

(...) Por poner un ejemplo, en Nápoles la Camorra domina el comercio de leche, pan y café. En la región hay unos 2.500 hornos panaderos ilegales. (...) Otro aspecto que siempre impresiona es el de la usura: muchísima gente acude a la Mafia en vez de a los bancos si necesita un préstamo. Son 150.000 los comerciantes con familias pobres y pequeñas empresas que se endeudan, con intereses del 10%. Otro aspecto exótico es el del ocultismo: en un país tan supersticioso hay unos 22.000 magos que mueven 5.000 millones.

Profissão contábil nos próximos 20 anos

A Accounting Today fez um artigo com a tendência da profissão contábil para os próximos 20 anos. O principal ponto que irá influenciar a profissão será a inovação tecnológica. Clique aqui para ler

Aqui, um retrospecto dos últimos 20 anos.

Leilão e capital aberto

Vencedor de leilão no rio Madeira terá de manter capital aberto
Valor Econômico - 23/10/2007

A sociedade montada após o leilão da usina Santo Antônio, primeira das duas hidrelétricas do rio Madeira, deverá fazer uma oferta pública de ações e manter capital aberto. Também precisará seguir regras de governança corporativa que restringem o poder de construtoras e fornecedores de equipamentos nas decisões societárias. Essas determinações estão em portaria do Ministério de Minas e Energia com as diretrizes finais para o edital de licitação da usina. (...)

22 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Boston, Estados Unidos, dezembro de 1994: Winston Treadway decide roubar duas lagostas vivas do tanque de um supermercado, escondendo-as nos bolsos de suas calças. O incauto assaltante só não contava com a resistência das lagostas. Segundo os relatos médicos da época, a conseqüência do roubo foi uma espécie de "auto-vasectomia". Winston, (in)felizmente, jamais terá filhos.

Fonte: Os criminosos mais estúpidos do mundo

Diversos

Acidentes estranhos. Aqui um avião de uma empresa aérea conhecida.



As piores capas de álbuns. Aqui, Duduca e Dalvan

Novo indicador

A revista Forbes traz uma reportagem sobre um indicador de previsão denominado F ("F Is for Fudging; Want to spot weak accounting before there is an embarrassing restatement? Fabulous earnings and a goodwill-rich balance sheet are a good place to start, de Daniel Fisher, Forbes, 29/10/2007, v. 180, n. 9).

Este indicador foi criado por pesquisadores norte-americanos a partir da observaçãoade problemas contábeis ocorridos com empresas daquele país. A pesquisa foi realizada por Patricia Dechow e mais três colegas e consistiu na obtenção de um algoritmo que pudesse verificar se a empresa fez algo errado na sua contabilidade.

O índice mostra sensível para empresas que cresceram muito em termos de ativo, que pode ser considerado um padrão de eficiência, mas também de desastre.

Dechow's research doesn't purport to show that any of these companies are manipulating earnings. What it suggests is that they deserve a closer look. One key signal: the simultaneous occurrence of rising cash sales and a cash margin rate that is falling. "Cash sales" here means revenue minus the increase in accounts receivable. For "cash margin" you subtract from cash sales the sum of the cost of goods sold and the increase in inventory, and divide the result by cash sales. A confluence of these two trends could mean the company is extending credit to customers to make sales and building excess inventory. Enron displayed this combination in 2000.

The F-formula also penalizes companies with fast-rising stock prices that trade at high multiples of book value, perhaps because managers of such companies feel pressed to continue their winning streak. It penalizes them for goodwill that rises faster than cash revenue.

(...) Dechow's research builds on more than a decade of studies into so-called accruals, that being a catchall term to describe the divergence of book profits and cash results. A company piling up inventory and receivables, or capitalizing its expenses, can report terrific book profits at the same time that its bank account dwindles and it verges on bankruptcy. Apart from causing a liquidity problem, a rise in accruals suggests that managers are stretching the rules of accounting to report rosy results. Dechow's husband, Richard Sloan, whom she met at the University of Western Australia in the late 1980s, wrote some of the earliest papers showing that high-accrual firms tend to have lower stock returns.

(...) For their latest study Dechow and her colleagues broadened the search past accruals to include 27 variables they thought might predict earnings puffery. They identified 411 firms that had been sanctioned by the sec for manipulating at least one account between 1982 and 2005, and with some statistical analysis came up with the F-score, which, they say, reflects the odds a company will join those 411. One weakness in this kind of scoring is that companies may already be manipulating their way around it. If managers now know their stock will be penalized for high accruals, they may massage cash flow instead.

Revista

Recebi o número 24 da Revista Brasileira de Gestão de Negócios, publicada pela FECAP. A RBGN está muito bonita, com uma ótima apresentação, e bons artigos. Achei particularmente interessante o artigo Custos de Transação e Estrutura de Governança no Setor Público, de Úrsula Dias Peres:

"conluímos que, em determinadas situações, pode ser vantajoso criar organizações mais protegidas da política, como autoridades públicas e fundos com recursos vinculados."

Consignado e risco

O empréstimo consignado é aquele onde o valor das parcelas é descontado diretamente na folha de pagamento do funcionário. Em geral é um tipo de empréstimo com baixo risco. Mas não em alguns estados, conforme revela o Valor de 22/10/2007:


Alguns estados criaram um novo risco para as carteiras de empréstimos consignados: simplesmente descontam os recursos da folha dos servidores e não repassam o dinheiro aos bancos. A irregularidade ocorreu em Alagoas, Piauí e Rio de Janeiro, começando nos últimos meses de 2006. Agora, os estados negociam o pagamento dos atrasados com os bancos. Alagoas está na pior situação: o último governo não repassou R$ 40 milhões em parcelas de consignado que venciam entre maio e novembro de 2006, e até agora não há uma proposta firme de renegociação. (...)
Estados descontam consignado e não repassam a bancos
Valor Econômico -22/10/2007

20 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Depois de uma longa enfermidade, a mulher morre e chega à porta do céu. Enquanto espera por São Pedro, ela vê através das frestas seus pais, amigos e todos os que haviam partido antes dela, sentados em uma mesa, desfrutando de um banquete maravilhoso. Quando São Pedro chega, ela comenta:
- Que lugar tão lindo! Como faço para entrar?
Eu vou dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, entras; se errares, vás direto para o inferno -respondeu São Pedro.

- Ok, Qual é a palavra?

- AMOR - disse São Pedro. Ela a soletrou corretamente e entrou no céu.

Um ano depois, São Pedro pediu pra que ela vigiasse a porta. E nesse dia, para sua surpresa, apareceu ele que fora seu marido.
- Olá, que surpresa! - disse ela- Como estás?
- Ah, tenho estado muito bem desde que faleceste. Me casei com aquela bela enfermeira que cuidou de ti, ganhei na loteria e fiquei milionário. Então vendi a casa onde vivíamos e comprei aquela mansão no bairro alto que tu sempre admiraste. Viajei com minha esposa pela Europa, Ásia e Oceania. Estávamos de férias nos Alpes Suíço justamente quando decidi esquiar. Caí..., o esquí bateu na minha cabeça e aqui estou.
E diga-me. Como faço para entrar, querida?

- Eu vou lhe dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, podes entrar. Se não, vás direto para o inferno.
-respondeu ela.

- OK -disse ele - Qual é a palavra?

- SCHWARTZENEGGER

Enviado por Matias

Valor Justo

Abaixo, um artigo publicado na Accountancy, com alguns pontos interessantes sobre o valor justo. O Grifo é meu.

Financial Reporting - Fair value - Bring back Prudence.
8 October 2007 - Accountancy - 76

Fairness is a judgment, not a description; in our discussion of valuation in financial reporting we set aside the rhetorically loaded 'fair' value in favour of the neutral 'current' value. The 'fair' label discourages discourse by implying that its critics favour 'unfair' accounting.

Discussions of fair value accounting have focused on two issues: the decision usefulness and stewardship functions of accounting. We discuss both and show that current valuation is no better than other valuation methods in serving either of these two goals; in some respects it is worse. It may also undermine the reliability of the audit opinion.

The usefulness of current values for making investment decisions is a simple and straightforward statistical argument: if a company's resources are valued more accurately, decisions based on more accurate data would be better. Since value of resources tends to change over time, historical numbers associated with resource acquisition transactions tend to become obsolete with the passage of time, thus creating price movement inaccuracies. Other things being equal, current values should provide more accurate data and therefore be a better basis for making investment decisions.

Other things are not equal

However, other things are not equal. Current values of some resources can be determined with precision, especially if they are standardised, and traded in liquid markets. Steel girders, food grains, automobiles and treasury bonds are examples of such resources. Financial reports based on current prices of such liquid resources (adjusted for their small transaction costs) serve the decision-making function well. The case for current value accounting is based on such resources.

If all resources belonged to this 'liquid' class, the decision-usefulness argument for current values would be quite reasonable. Unfortunately, this is not so in most companies, industries, or the economy as a whole. Most resources are not so liquid, and their current values are subject to estimation or guesswork that introduces varying degrees of inaccuracy in the current numbers, thus creating price measurement errors.

Whether current values are more useful for making decisions depends on the relative magnitudes of the two kinds of errors: movement errors arising from ignoring the changing prices; and measurement errors arising from the imperfections in the markets from which current values are determined. Price instability (for example, inflation, demand or technological change) contributes to movement errors while market imperfections contribute to measurement errors.

When movement errors are large relative to measurement errors, current values are better for decision-making; when the reverse is true, the use of current values results in worse decisions.

Price volatility, and therefore the magnitude of movement error, varies by resource, company, industry, economy and over time. Similarly, market imperfections, and therefore the magnitude of measurement error, also vary by resource, industry and economy. Whether current valuation yields a better basis for making decisions would depend on the specific circumstance; it is not possible to establish their general superiority or inferiority for this purpose. Yet, the standard-setters have chosen to make current values the new basis of accounting for all resources, companies and industries, ignoring the absence of logical or evidentiary basis for its superiority for making decisions.

Stewardship problem

Besides the statistical problem of identifying the circumstances in which current values do and do not serve as a basis for making better investment decisions, there is a stewardship problem.

Shareholders entrust managers with their investment in companies to be run for their mutual benefit. They expect a higher rate of return for themselves by rewarding managers efficiently to deploy their skills in conjunction with capital. What kind of financial reporting arrangement between the owner and manager better serves the interests of both?

When the shareholder cannot know whether or not the financial reports from the managers are factually correct, the possibility of manipulation by the managers of inaccurate valuations made in good faith, reduces the confidence of the shareholder in both the financial reports and in the managers. Absence of trust leads to precautionary moves, which render the relationship less productive to both.

Undermining the audit

Given the measurement errors associated with current values of most resources, their blanket use in financial reporting is a prescription for poorer stewardship and accountability of managers. It may also undermine the value of audit, a key function in reinforcing capital markets' confidence in financial reporting.

The International Accounting Standards Board and the US Financial Accounting Standards Board's proposed conceptual framework for financial reporting is a model of relevance, faithful representation, neutrality, completeness and comparability. It has moved away from reliability and conservatism. Substance over form is subordinated to faithful representation.

When a market mis-prices securities, such as during the dot.com boom and the subprime mortgage market, accounting reports based on current values reflect inflated prices and tend to support, or even reinforce price bubbles.

Audit is an important subset of financial reporting and depends heavily on the quality of the reporting standards. Going forward, auditors may report that current value financial statements are in compliance with GAAP under its conceptual framework. If there are publicly available market prices, the auditor may verify that current values faithfully represent market values but that value may not be neutral or comparable with others. Absent availability of prices from liquid markets, the auditor becomes more dependent on managers' judgment and assurances about the values of some assets. Auditors may find themselves having to express an opinion on a mark to model estimate, which US pundit Warren Buffett has suggested may become mark to myth.

Because current value information may lack reliability, the level of assurance an auditor can offer on current value financial statements will be lower and the value of the audit to shareholders may be diminished.

Under a stewardship regime as in the UK, shareholders may well prefer an audit carried out under a true and conservative accounting model that gives primacy to substance over form and provides the opportunity to apply judgment to override distortion.

If the subprime bubble does nothing else, it questions whether accounting should simply reflect bubbles or should help bring restraint into financial reporting. Without truth, fairness and conservatism, it will be more difficult for shareholders to assess the stewardship of managers. It is still not clear whether, under the 2006 Companies Act, true and fair will return as it was before International Financial Reporting Standards or will remain subordinated to it.

How does a current value balance sheet, when some such values cannot properly be substantiated, contribute to adequate assessment of future cashflows for decision- making? We should invite our old friend Prudence back to financial reporting and auditing. We miss her, and under fair value accounting, so will the auditors.

False prophets

We have consistently maintained that there is no one answer to the world's accounting dilemmas. All accounting is defective and will continue to be defective as long as business activities and behaviours continue to change. Standard-setters may believe that they have found the holy grail. However, like The Da Vinci Code, the proposed answer remains unconvincing. We should eschew monopoly in accounting and allow alternative sets of standards to compete to attract a following in the marketplace rather than persist with a model that supports false prophets.

- Stella Fearnley is professor of accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is James L Frank professor of accounting, economics and finance at Yale School of Management.

19 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


De um catálogo de 1975

Impostos


Afinal, a carga tributária no Brasil é elevada ou não? A figura mostra um estudo da OECD para alguns países e a estrutura tributária.

Já a The Economist da semana afirma que grandes países possuem uma alíquota sobre empresas maior que pequenos países, conforme o C.D. Howe Institute, do Canadá.


Orkut

O Wall Street Journal traz uma extensa reportagem sobre os problemas da Google no Brasil com o Orkut. Alguns trechos:

Em agosto, o Google Inc. discretamente retirou todos as propagandas que apareicam no Orkut, seu site de relacionamento social.

O Orkut tem colocado o gigante americano de buscas em confronto com Thiago Tavares Nunes de Oliveira, um professor de Direito de 28 anos. Ele move uma campanha há dois anos acusando a empresa de ter permitido que o Orkut — que deixa usuários criarem páginas pessoais e postarem conteúdo livremente — se tornasse um reduto para a atividade criminosa, como pornografia infantil e discursos racistas, desprezando a legislação brasileira.

(...) O Google afirma que o Orkut não está diretamente sujeito à lei brasileira porque seus dados são armazenados em computadores que ficam nos EUA. A empresa garante que vai atender pedidos da polícia e da Justiça com mais agilidade, e que remove regularmente conteúdo ilegal de seus serviços.

(...) No dia 17 de agosto, Tavares enviou uma queixa de 18 páginas para o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), documentando casos de justaposições preocupantes: propagandas de uísque Johnnie Walker, da Diageo, ao lado de imagens pornográficas; um anúncio de uma loja de animais de estimação ao lado de uma comunidade sobre como esfaquear animais. Na queixa, Tavares alega que "são flagrantes as ilegalidades" do Google. (...)

Europa e o Iasb

Existe uma preocupação quanto as exceções às normas internacionais do Iasb por parte do Iasb. Isto poderia abrir caminho para que outros países façam a mesma coisa. A Europa não aceitou o IAS 39 (hedge accounting) e esteve próxima de mudar o IFRS 8 (business segments). Segundo o CFO (Europe Called Threat to Accounting Convergence
Alan Rappeport, 18/10/2007)

Last month, during the SEC's comment period on convergence, a letter from the European Association of Listed Companies highlighted the difficulty European firms could face if forced to adopt IFRS in their "pure" form. The letter said: "While European companies would prefer that there be only one 'IFRS' (and not an IASB version plus jurisdictional variants), they are faced with the reality that they are legally bound to publish financial statements in accordance with IFRS as adopted by the European Union."


A insatisfação com a IFRS já era objeto de comentário da Accountancy em 8/10/2007 (EU Financial Reporting - IFRS: time to walk away?)

European dissatisfaction with IFRS is rising high. But, reports John House, the UK's ASB is urgently cautioning Europe against breaking away.

At the end of last month, Ian Mackintosh, chairman of the UK Accounting Standards Board, spoke out against a rising tide of dissatisfaction in Europe with International Financial Reporting Standards. He told Accountancy that there is a risk that Europe could be about to walk away from IFRS at a time when the EU's participation in the drive towards global accounting standards is more crucial than ever. (...)

Links

1. O Iguatemi é um exemplo de ação que está indo bem, quando a Bovespa vai mal "O Ibovespa caiu quase 2% e IGTA3 subiu 6%, o resto dos papéis do segmento ficaram no zero a zero"

2. Sobre a concessão das rodovias - a diferença nos resultados pode ser explicada por quem paga a conta: o usuário (modelo anterior) ou a sociedade (modelo atual)

3. A influência dos IPOs no câmbio

4. Número de médicos por habitantes - um gráfico muito interessante

Corrupção

En México, Brasil, China, India, Indonesia, Rusia y Turquía (E7), la corrupción es el "crimen económico" más común, seguido por los riesgos en la integridad de los empleados. Sin embargo, las transnacionales con capital en países emergentes "consideran el fraude como un problema endémico en estos mercados y entienden que es sólo uno de los obstáculos que debe ser vencido para hacer negocios".

Los empresarios que participaron en el estudio reportaron que la forma de corrupción más común en sus compañías es el uso incorrecto de los recursos.


Corrupción, el crimen económico más común - Manuel Lombera Martínez
El Universal - 18/10/2007

O negócio F1

Fórmula 1 encerra o ano com receita estimada de US$ 4,3 bi
Valor Econômico - 19/10/2007

A bandeirada no final do Grande Prêmio Brasil deste domingo encerra não só a emocionante disputa pelo título de campeão de 2007 como a contabilidade de um dos esportes globais mais rentáveis. A Formula One Group, empresa que administra a Fórmula 1 no mundo, estima arrecadar US$ 4,3 bilhões só com os negócios nas pistas, segundo levantamento da consultoria britânica Money Sport Media.

Em direitos de transmissão de TV a arrecadação soma US$ 380 milhões - as 17 corridas da Fórmula 1 são exibidas em 185 países com audiência mínima de 50 milhões de espectadores. O maior investimento é o dos competidores, as chamadas escuderias, que em 2007 colocaram US$ 1,5 bilhão em suas equipes. A Fórmula 1 também sabe explorar a paixão masculina por jogos eletrônicos e vai encerrar a temporada com US$ 15 milhões só com o licenciamento para video games. A Sony saiu na frente e tem contrato exclusivo com os organizadores do esporte.

Mas a Fórmula 1 não é um esporte de homens para homens. A estimativa é de que o público feminino responda por 40% da audiência. Esporte feito e praticado pela elite, as corridas acabaram atraindo um público fiel entre as classes de menor poder aquisitivo - a maior fatia da audiência das corridas transmitidas pela TV Globo no Brasil é formada por consumidores da classe C. Uma audiência global tão diversificada em renda, sexo e idade, são os principais atrativos para empresas dos mais variados setores da economia.

(...) Só para colocar suas marcas nas pistas, em forma de placas publicitárias, empresas como Shell, Bridgestone e Vodafone, entre outras, investiram US$ 2 milhões cada uma na edição de 2006 do Grande Prêmio de Mônaco, o mais badalado do calendário. O principado gerou receita de US$ 17,5 milhões com esse tipo de publicidade - o Brasil ficou em 15º lugar neste ranking, com US$ 6,2 milhões investidos por empresas (...) Nas 17 provas da temporada a arrecadação somou US$ 164,2 milhões.

18 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


Onde a Google estoca seus dados?

Cisco



Enquanto os empresários da Cisco são presos, o cliente tem um aumento na sua cotação. Existiria uma relação?

O primeiro gráfico é a cotação da Cisco nos últimos cinco dias. O mercado não reagiu de forma negativa diante do destaque que a notícia teve no Financial Times e outros jornais estrangeiros. Qual a razão?

O jornal Valor Econômico arrisca uma resposta (SOX mantém brechas sobre negócios menores, 18/10/2007)

(...) Enquanto os principais executivos da empresa estão presos em São Paulo, por suspeita de fraudes com importação que levaram à sonegação de R$ 1,5 bilhão, a matriz da multinacional de tecnologia informa apenas que está colaborando com as investigações e que o Brasil responde por 1% de suas vendas globais. Esse percentual talvez ajude a entender a reação inicial da matriz.

Guillermo Braunbeck, (...) explica que a extensão do rigor exigido pela Lei Sarbanes-Oxley (SOX) sobre os controles internos das companhias, a partir de 2004, é proporcional à relevância da unidade na composição do faturamento da matriz, no caso de grupos com diversas subsidiárias internacionais. Segundo ele, com uma participação tão pequena é provável que a sofisticação dos controles aqui não seja a mesma adotada nos EUA. (...) A proporção do escândalo localmente, porém, sinaliza que a repercussão do caso pode não ficar restrita às operações da empresa abaixo da linha do Equador. "A matriz já se manifestou sobre o assunto. Acredito que é só uma questão de tempo para repercutir lá fora", diz o sócio responsável da área de governança corporativa da KPMG, Sidney Ito.

O olhar internacional sobre esse caso pode mudar substancialmente se a Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador do mercado de ações nos EUA, começar a investigar o que aconteceu. Como empresa de capital aberto nos Estados Unidos, além das regras da SEC, a Cisco está sujeita à lei Foreign Corrupt Practice Act (FCPA), que estabelece normas para eliminar práticas de corrupção.Quando o tema cruza a fronteira, tudo muda de proporção. Não por acaso. (...) De grande porte, a empresa possui ferramentas próprias para tentar coibir ações de má-fé. Entre elas, o Código de Conduta de Negócios. Nesse documento, reforça que todos os funcionários, que atuam nos Estados Unidos e fora, estão sujeitos às regras da FCPA. (...)

Na auditoria, o rigor sobre seus controles internos foi classificado pela PricewaterhouseCoopers como "eficaz", em todos os países do mundo, nos aspectos relevantes. "Isso significa que a companhia não teve problema durante o período de avaliação", comenta o sócio da KPMG. Tanto SOX como FCPA prevêem penas duras para fraude e corrupção. (...)


O segundo gráfico é da Vivo, um dos clientes da empresa. O mercado ignorou possíveis extensões do problema para os clientes?

Bovespa segue a Bolsa dos EUA

Bolsa Hoje informa que a Bovespa deve seguir o comportamento das bolsas estrangeiras em "Por haver diversas empresas com ações negociadas na Bolsa de NY, através de ADRs, o que acontece lá acontece aqui. Nosso mercado está atrelado aos mercados americanos. A BOVESPA nunca irá descolar dos movimentos externos."


Já tinha sido notado que a correlação entre os mercados brasileiros e internacionais estava tendendo com o passar do tempo para valores elevados, próximos de um.

Previsão do Nobel

A previsão do Nobel de Economia revelou-se um fiasco (clique aqui para postagem do blog). Entretanto, o problema não é a previsão, mas o mecanismo. Conforme lembra bem o sítio stumblingandmumbling, previsão usando mercado funciona melhor quando existe informação dispersa e que são agregadas nas apostas. Neste caso, a decisão é tomada por um juri com poucas pessoas, o que torna difícil fazer a projeção.

Auditores, Independência e Contabilidade

Os Auditores são realmente independentes? Numa reportagem do Wall Street Journal , David Reilly (With New, United Voice, Auditors Stand Ground On How to Treat Crunch, 17/10/2007) questiona alguns pontos sobre o papel da auditoria na contabilidade, inclusive diante da possibilidade de adoção do valor justo, o que implicaria numa maior subjetividade da contabilidade. O foco do artigo é o Center for Audit Quality, que está desempenhando papel na regulação contábil de forma indireta. Selecionei alguns trechos importantes:

That is in contrast to the accounting firms' behavior during previous crises, particularly during the technology-stock boom, when auditors often acted as partners with management and sometimes caved in to corporate demands for aggressive accounting positions.

In spite of the praise, there is unease over the role the center is playing in shaping and communicating the auditors' positions. The worry: The center is taking on a role that should be played by regulators such as the SEC or standard setters such as the Financial Accounting Standards Board. While many accounting observers agree with the positions taken by the center during the current crisis, they worry it represents a tentative first step on the road back to self-regulation of the audit profession.

The SEC hasn't "endorsed or approved" the center's papers, officials said. SEC Chief Accountant Conrad Hewitt said "auditing firms are the first line of defense," in terms of how standards are applied. He added that management, corporate audit committees and auditors should work to ensure that accounting standards are being implemented appropriately .


No fundo, a questão é como fazer do auditor uma terceira parte entre a empresa e os usuários da informação contábil? O papel do auditor é muito importante para ser esquecido.

Pirataria de livros

Se você acredita que a questão da pirataria é algo novo, "advindo da globalização da economia", mude de idéia. Uma repostagem (aqui) mostra que na década de 70 muitos livros foram publicados em países desenvolvidos (incluindo Canadá) e que eram cópias de obras que foram origalmente publicadas em outros países. As diferenças estavam principalmente no título e no nome do autor. Mais interessante ainda é que os livros analisados são bastantes específicos: livros de xadrez. No link existe uma boa mostra destas obras.

Custos e @gronegócio

Saiu o novo número da revista Custos e @gronegócio, publicada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Os artigos são os seguintes:

Um estudo exploratório sobre a sistemática de gestão de custos das agroindústrias familiares estabelecidas no extremo oeste do Estado de Santa Catarina - Brasil - Antonio Maria da Silva Carpes e Valmir Roque Sott

A economia dos custos de transação como base de análise para a agricultura alternativa: O caso do arroz biodinâmico - Guilherme Cunha Malafaia, Denise Barros de Azevedo, Alessandra Santos dos Santos e Maria Emília Camargo

Análise da relação custo/volume/lucro na agricultura familiar: O caso do consórcio
mamona/feijão - Aldo Leonardo Cunha Callado, José de Lima Albuquerque e Ana Maria Navaes da Silva

Apuração dos custos na produção de leite em uma propriedade rural do município de Irani-SC - Cristiane Zucchi Sopelsa Segala e Ivanir Techio da Silva

Análise dos custos ambientais da indústria de couro sob a ótica da eco-eficiência - Renata Paes Barros e Eduardo Vila Gonçalves Filho

Iasb e Chairman

Segundo o New York Times (European Will Oversee Accounting Standards, FLOYD NORRIS, 18/10/2007), Gerrit Zalm deverá ser o novo chairman do Iasb. Zalm foi ministro das finanças da Holanda.

The International Accounting Standards Committee Foundation, which both appoints members of the standards board and raises money for its operations, has come under considerable pressure in Europe from some politicians who think the board should be more accountable to governments, and should pay more attention to their opinions in setting accounting standards.


Precede Zalm o norte-americano Volcker, o italiano Tommaso Padoa-Schioppa e o norte-americano Philip A. Laskawy.

No currículo de Zalm, além do cargo como ministro de finanças, o cargo de economista chefe do DSB Bank, consultoria na PricewaterhouseCoopers e na Permira.

Fraudes

Reportagem da Gazeta traça um perfil da fraude nas empresas.

Estados Unidos têm mais fraudes
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

Existência de rígidos controles internos permite identificar maior número de casos. A lei americana Sarbanes Oxley (Sox), a mais severa regulamentação de governança corporativa em vigor no planeta, contribuiu para a identificação de casos de fraude, ao exigir das empresas a manutenção de rígidos controles internos. É o que mostra pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers, sobre atos praticados por indivíduos ou grupos de indivíduos visando o benefício próprio por meio de instrumentos que produzem perdas às corporações - como fraudes de diversos tipos, corrupção, pirataria, lavagem de dinheiro e manipulação contábil - com base em 5.428 entrevistas, em 40 países.

Segundo a pesquisa, os Estados Unidos aparecem no topo do ranking de ocorrência de fraudes nos últimos dois anos - 52% dos entrevistados afirmaram ter sofrido algum tipo de fraude - mas não devido à maior incidência e sim porque lá há mais regulamentação, o que propicia a identificação de mais casos. A Sox dedica uma seção inteira aos controles internos (a 404).

No Brasil, a pesquisa ouviu 76 executivos de vários segmentos da economia. Dos entrevistados, 46% responderam que suas organizações sofreram algum tipo de crime econômico nos últimos dois anos, percentual similar ao da pesquisa de 2005. Os controles internos da organização, representados por auditoria interna, segurança corporativa, rotação de pessoal e sistemas eletrônicos de detecção, foram responsáveis por 43% dos casos, enquanto fatores de cultura corporativa, representados por indicações internas, indicações externas e o uso do canal de denúncias, representaram 53% dos casos. Isso mostra que, além da implementação e do aperfeiçoamento de mecanismos de controles internos objetivos, a implementação de programas de conscientização e o estabelecimento de um ambiente de confiança também resultam em retorno igualmente importante no que se refere à identificação de procedimentos fraudulentos.

As respostas obtidas apontam que o fraudador típico é do sexo masculino (88% dos casos), tem escolaridade até o segundo grau (65%), e é parte do corpo de empregados das empresas (67%). Com relação à idade, a pesquisa mostrou que existe uma concentração pronunciada na faixa entre 31 e 40 anos (43% dos casos), com distribuições semelhantes nas faixas de até 30 anos e de 41 a 50 anos (25% e 32%, respectivamente).

De acordo com o resultado da pesquisa, os fraudadores parecem concentrados nos extremos do "tempo de casa", com maior destaque para a faixa acima de 10 anos. A maior ocorrência no quesito posição hierárquica está no pessoal abaixo da média gerência, com 47% do número de casos.

Pelo resultado da pesquisa, as fraudes de maior valor individual são aquelas perpetradas pela média e alta gerência das empresas, que somaram 36% dos casos relatados. Das fraudes detectadas, em 67% dos casos, nada foi recuperado, em 23%, até 60% do prejuízo foi recuperado, e em somente 10% dos casos a recuperação passou de 60%.

A pesquisa contou com a participação do instituto de pesquisa social TNS Emnid e do Centro de Pesquisa em Crimes Econômicos da Martin-Luther University Halle-Wittenberg, da Alemanha.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

Os melhores

Abrasca divulga finalistas ao prêmio de melhor relatório
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

A 9ª Edição do Prêmio Abrasca Melhor Relatório Anual, teve 84 inscritos. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 24, em evento promovido na Bovespa. Ontem a Abrasca - a associação que representa 85% do valor de mercado da Bolsa, de US$ 1 trilhão - divulgou a lista dos finalistas. Na categoria companhias abertas os escolhidos foram: Acesita; ALL - América Latina Logística; Aracruz Celulose; Banco Bradesco; Banco do Brasil; Banco Itaú Holding Financeira; Brasil Telecom; Cemig, Coelce; CPFL; CVRD; Elektro Eletricidade ; Embraer; Energias do Brasil S.A; Gerdau; Iochpe Maxion; Perdigão S.A; Petrobras; Sadia; Suzano Papel e Celulose S.A e VCP.

Na categoria empresas fechadas classificaram-se para a final os Relatórios da BM&F - Bolsas de Mercadorias e Futuros; Banco ABN Amro Real; Banco Santander; Camargo Corrêa Desenvolvimento Mobiliário; Camargo Corrêa S.A; Mapfre Seguros; Petroquímica Triunfo S.A e Serasa S.

Contabilidade criativa na Espanha

O tratado de Maastricht, assinado em 1992, exigiu que os países do clube do euro tivessem um déficit público inferior a 3% do PIB. Alguns países se destacaram por estar fora deste limite.

A solução foi atacar não o numerador, ou seja, o gasto público, mas o denominador da equação, o valor do PIB.

Uma reportagem de um periódico da Espanha destaca a contabilidade criativa para obter este número:

La opción más obvia consistía en incluir, a efectos estadísticos, actividades paralegales, como la prostitución y el juego, de forma que el cociente resultase menos estridente.

Esta simple anécdota pone sobre la mesa un asunto de actualidad en estos momentos: el empleo de la contabilidad creativa no se ha limitado a empresas como Parmalat, Ahold o Enron; las entidades públicas, en mayor o menor medida, han empleado la contabilidad creativa para alterar sus cuentas, desviando sin embargo todo el foco mediático hacia el sector privado, al que han regulado, han impuesto muy estrictos estándares contables y han aplicado contestables medidas de buen gobierno.

A pesar de ser bien recibidas por el legislador, su resistencia a aplicarlas y a atajar las prácticas de prostitución contable [grifo meu], que afectan al sector público, delata una actitud farisaica.

Centrémonos en un par de ejemplos que dejan constancia de este proceso: los déficit de pensiones y la deuda fuera de balance. La contabilidad internacional, al igual que la norteamericana, fuerza a cualquier compañía con fondos de pensiones internos a informar al mercado del déficit o superávit que tiene el fondo de pensiones, valorando los activos a precio de mercado y descontando las obligaciones futuras a los empleados a una tasa de descuento muy cercana al coste de la deuda de la empresa. Con esta medida, se ha intentado aplacar el muy extendido uso de prácticas contables apoyadas en cálculos actuariales, que pretendían simular que las promesas realizadas a los trabajadores mediante las pensiones estaban cubiertas con creces con los fondos actuales, cuando en realidad se debía mucho más dinero que el que realmente se tenía.

(...) La deuda fuera de balance a la que han acudido como instrumento contable muchas administraciones se puso de moda con la bancarrota de Enron. La firma tejana procedía a titulizar todo tipo de activos, con el objeto de sacarlos de balance, así como la cuantiosa deuda que los soportaba. El abuso de esta práctica provocó la caída de la empresa, y desde entonces los esfuerzos contables tienden a dificultar las prácticas conducentes a ocultar la deuda fuera del balance de situación.

Sin embargo, los entes públicos han practicado, practican y practicarán la financiación fuera de balance con total impunidad: las comunidades autónomas emplean la deuda fuera de balance de una forma agresiva, hasta el punto de que la deuda regional así “contabilizada” alcanza ya los 7.080 millones de euros, alrededor del 1% del PIB español.

Mediante el aparcamiento de esta deuda en empresas mixtas se acometen cuantiosas inversiones en infraestructuras, de forma que la Unión Europea no contabilice estos compromisos como deuda pública. Este esquema ha sido agresivamente utilizado en Cataluña, donde la deuda alcanza 3.502 millones de euros; en la Comunidad Valenciana, donde asciende a 1.538, y en la Comunidad de Madrid, con 488 millones.

Así, por ejemplo, esta última lo puso en práctica a través de la sociedad Mintra, encargada de la ampliación del metro. La deuda acumulada de Mintra ascendió a 3.000 millones de euros; sin embargo, no fue consolidada en las cuentas de la Comunidad de Madrid hasta que la Unión Europea lo forzó. (...)

El Producto Interior Bruto y la prostitución
Gaceta de los Negocios -18/10/2007

Contabilidade organizada

Como qualquer negócio que deseja ter um controle sobre os recursos, o tráfico necessita de uma contabilidade. Notícia do Globo apresenta isto de maneira clara:

Propinas a policiais anotadas
O Globo - 18/10/2007

Material da contabilidade do tráfico é apreendido

Juntamente com armas e drogas, os policiais apreenderam um farto material da contabilidade do tráfico da Favela da Coréia. Em várias folhas de caderno, estão anotadas as despesas da quadrilha, desde propinas a policiais (chamadas “arrego”), gastos com médicos para atender bandidos feridos e com festas na comunidade, pagamentos de gás e também às “tias”. Segundo policiais, as “tias” são senhoras que moram na favela, consideradas acima de qualquer suspeita. Quando um bandido é preso, elas vão às delegacias atestar que ele é trabalhador. Também fazem visitas nas penitenciárias para garantir a comunicação do criminoso com o mundo externo e podem esconder armas e drogas. Segundo as anotações, as “tias” recebem R$300 para despesas como aluguel. (...)

17 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Isto é que é pirataria:







Fasb pode atrasar a adoção do valor justo

Diante da oposição e críticas do valor justo, o Fasb está considerando a possibilidade de atrasar as regras do valor justo (Fasb 157). A seguir, notícia completa da Reuters sobre o assunto:


FASB to discuss delay of valuation accounting rule
Emily Chasan - Reuters News - 16/10/2007

NEW YORK, Oct 16 (Reuters) - The Financial Accounting Standards Board (FASB) will consider at its Wednesday meeting whether to delay a new accounting rule designed to standardize the way companies measure assets at market values.

The rule, also known as FAS 157, provides a definition and framework for how companies should determine fair value measurements -- or the price an asset could fetch in a current market transaction.

The standard is set to take effect for fiscal years beginning after Nov. 15, but has drawn opposition from industry groups who say businesses need more time to address implementation issues.

Financial Executives International (FEI), a trade group for finance chiefs, treasurers and corporate comptrollers, asked the board this month to delay the standard by a year.

"FAS 157 requires us to learn how to develop measurements of hypothetical transactions based on hypothetical market participant assumptions that may never actually manifest themselves in a transaction," FEI said in its appeal to FASB.

"This is an entirely new paradigm, which the preparer community, their auditors and valuation consultants are not yet ready to implement," the letter continued.

The Institute of Management Accountants, in a separate letter to FASB, said new rule was a "fundamental shift" for accountants. Adopting the standard would require more education and training for those trying to apply it, it said. The group also expressed concern that some technical questions about the standard still need to be resolved.

FASB, according to an agenda on its website, will "discuss and consider factors affecting the application of" the standard at its meeting on Wednesday in Norwalk, Connecticut.

FASB approved the standard in February saying that it would expand disclosure about how assets were valued and eliminate inconsistencies about fair value measurements in U.S. accounting rules.

Several financial companies have already adopted the standard, but FEI said in its letter that implementation issues in application of the rule have already surfaced.

Playboy de Monica Veloso para um analista estrangeiro

Para um analista (aqui)
a decisão da Playboy de contratar Monica Veloso para suas páginas centrais é um ato de desespero diante da queda de vendas e do aumento da competição, especialmente da internet:

If this all seems like a desperate ploy to make magazine relevant and sell copies, it probably is. Playboy stock has been a terrible performer in recent years, as revenue growth has been sporadic at best in the face of increased competition, especially on the internet.

Liberdade de Imprensa

O Brasil perdeu classificação no ranking dos Reporteres sem Fronteira (). A colocação do Brasil (84o.), atrás do Senegal, Congo, Qatar, Quênia, Armênia, Haiti, Mongólia e outros países.

Críticas ao Nobel de Economia

Nem só de elogios vivem os ganhadores do Nobel. A reação de alguns blogs de economia ao anúncio não foi muito "agradável".

I regard the "mechanism design" literature as representing a lot of effort expended on papers that only interest the expenders
Fonte: aqui

Fraude

As agências de notícias informaram ontem (16/out) da operação da Polícia Federal contra um esquema de fraude.

Mais de 30 empresas participaram do esquema de fraudes em importações desvendado pela Polícia Federal e Receita Federal na Operação Persona. Segundo o coordenador-geral de Pesquisa e investigação da Receita Federal, Gerson Schaan, as empresas devem aos cofres públicos R$ 1,5 bilhão, número que inclui o que deixou de ser pago em impostos e multas.

(...) as empresas deixavam de pagar custos de importação, armazenamento e tributos. Foram expedidos mandados de prisão para 44 pessoas, 28 em São Paulo, quatro em Campinas, dois em Ilhéus (BA), dois no Rio de Janeiro e oito em Salvador (BA). (...)


Mais de 30 empresas participaram de esquema de fraude
Lorenna Rodrigues

Inicialmente foi preservado o nome da empresa. Posteriormente, novas notícias (aqui) divulgaram os nomes dos envolvidos

Já vi este filme antes

Quito, 16 out (EFE).- O Governo do Equador ressaltou hoje que não houve nenhuma ação ilegítima nem confisco das empresas petrolíferas privadas, com o decreto que dá ao Estado 99% dos ganhos extraordinários com o petróleo.

Em reunião com diplomatas credenciados em Quito, o ministro de Minas e Petróleo, Galo Chiriboga, disse que hoje conversou com representantes da hispano-argentina Repsol-YPF. Ele também se reuniria com diretores de cinco petrolíferas, entre elas a Petrobras, que aceitaram estudar uma renegociação de seus contratos.

(...) Chiriboga repetiu os argumentos do Governo de que o decreto de 4 de outubro foi uma mudança "regulamentar", dos 50% aprovados no ano passado para 99% na parte do lucro extraordinário para o Estado, sem afetar os contratos originais. (...)


Quito garante que não vai confiscar empresas petrolíferas
Agencia EFE - Serviço em português- 16/10/2007

16 outubro 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

História da Religião

Neste sítio, a história do mundo e da religião, através do mapa e do tempo. Muito interessante a evolução (expansão e contração) das 5 principais religiões do mundo (Cristianismo, Budismo, Islamismo, Judaísmo e Hinduísmo).

Links

1. Miniaturas

2. Cientistas subestimados Votei em Lamarr

3. Uso do cerébro: um pequeno teste

4. Os maiores blogs pelo Reader

20 anos do Crash de 1987


Completou 20 anos a crise na bolsa de valores de 1987 ou Black Monday.

Aqui uma análise do ocorrido

Vale do Rio Doce

Duas notícias sobre a Vale do Rio Doce. A primeira informa que a empresa

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) dará preferência a seu fluxo de caixa para dispor dos US$ 11 bilhões de investimentos previstos para o exercício de 2008. (Vale: preferência pelo fluxo de caixa próprio; Daniele Carvalho - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 16/10/2007)


Ou seja, para financiar seus investimentos, a empresa irá usar recursos próprios gerados internamente.

os investimentos para 2008 poderiam ter sido maiores se não fossem as dificuldades encontradas com o fornecimento de máquinas, projetistas e a liberação de licenças ambientais. “Não se trata da falta de recursos. Poderíamos fazer investimentos ainda maiores se não fossem estas limitações”, defendeu o presidente da CVRD.


A segunda notícia informa o sucesso da aquisição da Inco:

Vale ganha US$ 100 bi em um ano com a Inco MINERAÇÃO Compra da mineradora canadense ajudou grupo a triplicar de tamanho
Adriana Chiarini - O Estado de São Paulo - 10/10/2007

O valor de mercado da Companhia Vale do Rio Doce aumentou US$ 100 bilhões desde que a mineradora apresentou a proposta de compra da produtora canadense de níquel Inco. Do dia 11 de agosto de 2006 até a segunda-feira passada, o valor de mercado da empresa passou de US$ 53,43 bilhões para US$ 153,70 bilhões. (...) "A compra da Inco praticamente dobrou a Vale do Rio Doce em relação ao ano passado", disse o presidente da empresa, Roger Agnelli, referindo-se não ao valor de mercado, que praticamente triplicou, mas a diversos outros números da empresa como os de geração de caixa e despesas com funcionários. A compra da Inco, por US$ 18,9 bilhões, foi um dos elementos fundamentais para a valorização da empresa, diz Agnelli. A Vale acaba de passar a Petrobrás como a maior empresa do Brasil em valor de mercado.

A Inco foi a maior responsável pelo aumento da receita operacional da Vale no segundo trimestre deste ano, em relação a 2006. A empresa canadense contribuiu com R$ 7,133 bilhões dos R$ 8,066 bilhões de aumento da receita. De abril a junho deste ano, a receita atingiu R$ 18,197 bilhões. A aquisição da Inco mudou o perfil da Vale. No primeiro semestre do ano passado, 71,6% da receita bruta vinha dos minerais ferrosos. Os minerais não ferrosos, como o níquel, tinham participação de apenas 5,8%. No primeiro semestre deste ano, os minerais não ferrosos foram a principal fonte da receita da Vale, respondendo por 44,4%, enquanto os minerais ferrosos ficaram com 41,9%. Graças à Inco, o grupo agora é líder mundial também em níquel, além do minério de ferro. A Vale também está bem posicionada no cobre, com contribuição significativa da Inco. O níquel transformou-se no principal produto individual da CVRD em geração de receita bruta, contribuindo com R$ 6,340 bilhões, o que equivale a 34,8% do total de R$ 18,197 bilhões.

O minério de ferro respondeu por 30,2%, com R$ 5,498 bilhões. As pelotas somam mais R$ 1,624 bilhão, o equivalente a 8,9% da receita total. Para o analista Edmo Chagas, do UBS Pactual, o níquel vai continuar tendo grande participação na geração de receitas para a Vale. Ele diz que o preço do níquel vai se sustentar nos altos níveis atuais.

A venda do níquel nessa faixa de preço contribuiu para que a Inco gerasse caixa no montante de R$ 4,878 bilhões no segundo trimestre, perto da metade da geração de caixa total da Vale, que foi de R$ 10,255 bilhões.

A participação da Inco no lucro líquido da Vale, porém, é bem menor. O lucro líquido da Vale chegou ao recorde de R$ 5,842 bilhões no trimestre, mas a parcela da Inco foi de R$ 619 milhões, acumulando R$ 2,2 bilhões no primeiro semestre, quando o lucro líquido da Vale foi de R$ 10,937 bilhões. A Vale consolidou seu perfil de empresa global. O número de postos de trabalho no exterior, que cresceu mais de 2000% do primeiro semestre de 2006 para o mesmo período deste ano, passou de 1.143 para 24.052. Essa conta inclui 10.414 trabalhadores terceirizados.

Nobel de Economia

Foram premiados os economistas Eric Maskin, Roger Myerson e Leonid Hurwic na área de design theory. Os ganhadores não estavam entre os favoritos (aqui).

Aqui a justificativa da Academia Sueca. Aqui, um resumo da reação dos blogueiros.

O trabalho foi importante na recente crise financeira dos Estados Unidos (aqui).

Aqui , aqui e aqui links sobre a obra dos economistas premiados.

A Agência O Globo apresentou a seguinte notícia sobre os ganhadores:

Nobel para a arte de negociar
Luciana Brafman e Fabiana Ribeiro*

A teoria que rendeu aos americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson o Prêmio Nobel de Economia de 2007 não é fácil “de ser explicada para sua avó”, segundo um dos mais populares sites sobre economia, o Marginal Revolution. Desconhecida do grande público e até de muitos economistas, a teoria do desenho de mecanismos pode ser traduzida em aplicações práticas no dia-a-dia das pessoas, ao examinar a eficácia da alocação dos recursos pelos diferentes agentes econômicos em uma negociação e avaliar se a intervenção governamental é necessária.

Com base na teoria dos jogos e em incentivos que levam os participantes de uma negociação a dizerem a verdade sobre suas intenções, o estudo foi desenvolvido em separado pelos pesquisadores. Eles dividirão um prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US$1,57 milhão). A Academia Sueca de Ciências explica qual a importância da teoria:

“A clássica metáfora de Adam Smith sobre a mão invisível se refere a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados, e a produção e o consumo desejáveis privadamente podem gerar custos e benefícios sociais”.

Os estudos de Hurwicz, Maskin e Myerson levaram ao desenho de modelos matemáticos que permitem entender como é a tomada de decisões na vida real, levando-se em conta, inclusive, que as pessoas mentem sobre suas intenções e motivos.

— É uma economia posta na prática. E, com isso, permite criar situações para regulamentações, contratos, leilões, concessões. Já há modelos regulatórios que têm como base essas teorias — disse Aloisio Pessoa de Araújo, professor da Fundação Getulio Vargas. (...)

Fraude 2

TORONTO, 15 de outubro (Reuters) - A Nortel pagará 35 milhões de dólares em um acordo com a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que acusa a empresa canadense de ter fraudado sua contabilidade para atingir as expectativas de lucro de analistas de Wall Street.

A Nortel, produtora de equipamentos de telecomunicações, se envolveu em dois esquemas de fraude contábil, uma relacionada a lucros e outra a receitas, segundo queixa da SEC no tribunal distrital de Manhattan.

Os esquemas permitiram à Nortel atingir "a orientação irrealista de lucros e receita que foi fornecida à Wall Street em 2000 e novamente em 2002 e 2003", alegou a SEC em seu processo.

A Nortel fechou acordo para encerrar o litígio sem negar ou admitir culpa no caso, de acordo com documentos do tribunal nesta segunda-feira.

O órgão que regula o mercado de capitais dos EUA disse que a demanda por equipamentos de telecomunicações e de rede caiu em 2000, e o número de pedidos por produtos da Nortel diminuiu.

Segundo a SEC, a Nortel usou nessa época de ajustes "incompatíveis com os princípios de contabilidade dos EUA geralmente aceitos para mover receitas e lucros para cima e para baixo o necessário para atingir as irrealistas expectativas de Wall Street".


Nortel paga US$35 mi para por fim a acusações de fraude contábil
Reuters Focus - 15/10/2007

Fraudes no mundo

No mundo todo, 43% das 5.428 empresas consultadas detectaram a ocorrência de crimes corporativos entre 2006 e 2007, contra 45% no biênio 2004-2005. Apesar da pequena queda, as porcentagens são praticamente iguais àquelas registradas há oito anos, quando a pesquisa bienal foi iniciada, informou a PwC. O levantamento é feito com base no depoimento dos altos executivos das companhias.Além disso, o volume de perdas geradas pelas fraudes subiu de US$ 1,7 milhão por empresa, em 2004 e 2005, para US$ 2,4 milhões em 2006 e 2007.

Perdas com crimes crescem 40% no mundo
Valor Econômico - 16/10/2007

15 outubro 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Links

1) Produtos complementares ou substitutos: sexo

2) Normas japonesas

3) Edit Piaf

4) Sadia, por um investidor estrangeiro

Venture capital

Os venture capital estão chegando
Gazeta Mercantil - 15/10/2007
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

(...) Os fundos de venture capital estão expandindo sua presença no Brasil, seguindo o caminho aberto pelos seus irmãos em risco, os private equity, que já haviam colocado o País na sua rota principal de investimentos. Os venture capital investem em empresas que entram em fase de expansão mas têm dificuldades para financiar seu crescimento no mercado de dívidas (empréstimos bancários por exemplo) com um custo/benefício adequado. Já os private equity investem em empresas já consolidadas que precisam de reestruturação para fazer uma oferta pública de ações ou para uma fusão ou aquisição. (...)

"A bolsa brasileira foi a que melhor suportou os solavancos de agosto, provocados pela crise imobiliária nos Estados Unidos", afirmou. Outro aspecto importante foi a consolidação da bolsa como um mecanismo de saída para o investidor. O objetivo do fundo é investir na empresa durante um período pré-determinado, criar valor e depois buscar novos desafios. As alternativas para isso são uma operação de venda direta ou uma oferta pública de ações em bolsa de valores.