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24 agosto 2007

Valor Justo

Um artigo do Financial Times de 24/08/2007 discute o problema do valor justo. Um ponto interessante apresentado pelos autores é a existência de uma certa "incoerência" conceitual: quando existe uma bolha no mercado, os números contábeis também serão afetados por esta bolha. Isto pode fazer com que uma empresa apresente números melhores do que são efetivamente. A seguir, o texto completo:

Pursuit of convergence is coming at too high a cost.
By STELLA FEARNLEY and SHYAM SUNDER - Financial Times - London Ed1, Page 19

There are a variety of problems behind the present market turmoil - chiefly reckless lending and inaccurate credit ratings of securitised debt. But one has so far had little attention - the role played by so-called "fair" value accounting.

The gold standard in financial reporting has long been "lower of cost or market", meaning an asset is on the books at either its purchase cost or its current valuation - whichever was lower. This conservativsm counterbalances the inherent tendency of managers to overstate performance by preventing them from reporting profits before cash is in hand.

But this year, US firms have been encouraged to adopt early SFAS 157 and SFAS 159, new accounting standards. Under these rules, financial instruments (including mortgage-backed securities) are stated on balance sheets at their "fair" values, which are taken from markets where possible, or for more complex securities are estimated from valuation models.

The problem is that this assumes markets have good information from inputs such as financial reports and credit ratings. But there is a circularity built in: if credit raters and investors get their information from accounting numbers, which are themselves based on prices inflated by a market bubble, the accounting numbers support the bubble.

So instead of informing markets through prudent valuation and controlling management excess, "fair" values feed the prices back to the market. For example, a drop in the market value of the borrowings of a troubled company is reported as an increase in its income because the reduced liability flows through the income statement, thus obscuring the problem.

Investment banks, early adopters of SFAS 157, have shown improved performance from the changeover. JP Morgan Chase reported that SFAS 157 increased its first-quarter earnings by Dollars 391m (Pounds 196m, Euros 289m) - 8.2 per cent of its earnings - and Goldman Sachs reported an even larger increase of Dollars 500m - 11.5 per cent of net income. Share prices rose despite the incipient problems in mortgage-backed securities.

There were warnings. In 2006 the US Federal Reserve warned that fair value accounting could make an insolvent company look solvent. The UK's Financial Services Authority expressed concerns this year that fair value might not fully represent the economic reality of a business. Four months after some banks reported high first-quarter profits using fair value accounting, the Fed has cut interest rates to stabilise markets and keep some highly leveraged investment banks and hedge funds afloat.

The "fair" value accounting edifice is built on sand. Some banks sold subprime loans to reduce risk exposure but reacquired the risk by lending to parties holding the overvalued instruments. Bank directors certified their balance sheets. Did they ask the awkward questions about the real risk, credit controls and security in their loan books? Did the buyers of these derivatives, who packaged them up and sold them on, know how dodgy they were? Someone knew.

This is the second time in seven years that widespread problems have arisen in US accounting, securities' ratings and governance. Despite the onerous and costly requirements of Sarbanes-Oxley, and stringent audit controls, the system was unable to fix something as basic as the existence and collectibility of loans.

Meanwhile, US and international accounting standard setters are pressing ahead with a global framework which would embed this aggressive accounting. They seek one global system, however defective. They want verifiability, via a market price or a management estimate, rather than reliability of the underlying substance.

Warren Buffett has warned that mark-to-market accounting turns to mark-to-model in illiquid markets and risks becoming "mark-to-myth". Auditors sign off that accounts comply with the accounting standards. What use is that to investors when it means complying with a bubble-blowing accounting model? The pursuit of convergence in accounting standards needs a radical rethink if this is what it leads to.

Most losses from the subprime debacle may fall to knowledgeable investors but our savings and pensions will not escape entirely.

Stella Fearnley will shortly be Professor of Accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is J. L. Frank Professor of Accounting, Economics and Finance at Yale School of Management.

23 agosto 2007

Rir é o melhor remédio



A eterna diferença entre o homem e a mulher. No espelho. Fonte, aqui

Custo Operacional

Quando compramos certos produtos, como uma casa ou um carro, nós consideramos geralmente somente o preço de compra, esquecendo do custo operacional. Manutenção, reparos e melhorias podem ser significativos em certas situações. E geralmente descobrimos isto após a compra.

Este erro também tem sido cometido por empresas, quando adquirem uma máquina ou equipamento. E por milionários, como mostra o WSJ Blog (aqui). Segundo este blog, o custo operacional de um barco é cerca de 10% do valor da aquisição. Então, um iate de 150 pés que custa 24 milhões de dólares terá um custo operacional de cerca de 2,5 milhões por ano.

Para mansões, o cálculo é mais complicado pois depende das suas características e do número de empregados. De acordo com uma revista de milionários, para manter uma mansão de 3 mil a 5 mil pés quadrados, que a revista chama de "pequena", o custo é de 100 mil dólares por ano. Já uma mansão média (entre 5 mil a 10 mil pés quadrados), o custo é maior: 650 mil dólares. Uma grande mansão pode ter um custo de 1,5 milhão por ano.

Um sortudo que ganha na loteria esportiva comete um erro em comprar uma mansão. O custo operacional anual pode acabar com a riqueza.

Em termos contábeis, é como uma empresa que investe seu capital (patrimônio líquido) num ativo (mansão), mas sem condição de gerar receita e lucro. A médio e longo prazo será necessário desfazer do ativo.

Links

1. Efeito J.K. Rowling - Dez por cento dos britânicos aspiram ser escritores

2. Google lança o Google Earth 4.2, que permite explorar o espaço

3. Uma proposta de melhorar as agências de ratings

4. Comida com baixo colesterol

5. Aproveitando a postagem sobre os heróis e a rede de relacionamentos, este link aqui apresenta um mapa da produção, por país. É interessante notar a rede de relacionamento entre os setores da economia existente no Brasil.

Super-herois e relacionamento

A estatística possui uma série de ferramentas que permite estabelecer relacionamentos entre indivíduos. Estas técnicas permitem, por exemplo, relacionar a composição de um conselho de administração de uma empresa com o de outra entidade.

O relacionamento social é, muitas vezes, parte importante da explicação de vínculos entre empresas. Seu estudo pode ser interessante para a contabilidade financeira.

Um estudo mais interessante (aqui) denominado How to become a superhero analisou a rede de colaboração no Universo Marvel dos comics books. Usando uma binary network, o autor analisou a ligação entre os personagens e o grau de correlação existente. O autor usou também outras técnicas para definir as comunidades dos heróis.

A figura abaixo apresenta parte da pesquisa do autor. SM é o Homem Aranha, T = A Coisa, B = Beast, CA = Capitão América, N = Princípe Namor e H = Hulk

E tem gente que acha que quadrinhos não é algo sério.

Pequena e grande amostra

Um dos conceitos básicos de finanças é a existência de uma relação entre risco e retorno. Em outras palavras, quanto maior o risco, maior o retorno. É algo básico e fundamental no arcabouço teórico.

Entretanto, é necessário saber se esta relação básica ocorre na prática. Um estudo interessante, publicado em julho de 2007 (aqui, link. É necessário ser assinante) no Jornaul of Financial Economics mostra algo interessante (The risk return tradeoff in the long run: 1836–2003; Christian Lundblada, University of North Carolina)


Estudos anteriores encontraram tipicamente insignificância estatística entre o prêmio pelo risco do mercado e sua volatilidade esperada. Mais ainda, muitos destes estudos estimaram um tradeoff negativo entre risco e retorno, contrário as previsões da teoria. Usando simulações, eu demonstrei que mesmo cem anos de dados constitui uma pequena amostra.


Neste link alguns comentários críticos do artigo.

Normas Norte-americanas e normas internacionais

É sabido que os Estados Unidos estão caminhando na direção de adotar as normas internacionais de contabilidade do Iasb. Entretanto, esta opção traz resistências e questionamentos, como qualquer tipo de mudança.

Um documento da SEC (aqui, em PDF) traz uma listagem de questões interessantes relacionadas com a adoção das normas internacionais. Existiria uma preocupação com a rapidez com que o processo de convergência está ocorrendo? (aqui, para ler mais)

22 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

Uma experiência interessante


A revista Piauí (uma das melhores revistas brasileiras da atualidade) de julho publicou uma reportagem traduzida do Washigton Post. Muito interessante. Trata-se de um experimento do jornal norte-americano que colocou para tocar numa estação do metrô de Washington um dos mais destacados violinistas do mundo, Joshua Bell. Durante quase uma hora Bell tocou com um violino Stradivarius peças que geralmente apresenta em concertos e o jornal filmou a reação das pessoas (clique aqui para o link onde tem os vídeos. Vale a pena).

Poucos transeuntes pararam para escutar o violinista. Em geral as crianças viravam a cabeça na tentativa de absorver a música, mas eram contidas por suas mães. Um adulto parou para escutar e ficou durante muito tempo encostado numa pilastra. Mais tarde, quando perguntado pela reportagem, este adulto lembrou da experiência, embora não sabia quem era o violinista. E somente uma mulher reconheceu o violinista.

A experiência também colocou um boné para recolher doações. Ao final do concerto, Bell recebeu 32 dólares. Muito pouco para quem faz apresentações com ingressos a mais de 100 dólares.

Apesar de longa a reportagem, a sua leitura é agradável. Clique aqui para ler.

Gini


O Coeficiente de Gini mede o grau de desigualdade de uma nação. Quanto mais próximo de um, maior a desigualdade social na distribuição de renda. O Brasil possui um coeficiente próximo a 0,6, um dos mais elevados do mundo.

A notícia é que na Venezuela o coeficiente tem aumentado, apesar das "políticas sociais" do governo Chavez. Na foto, Caracas.

Celular não aumenta o risco no trânsito

Contra todas as evidências, uma pesquisa revela que o uso do celular no trânsito não aumenta o número de batidas. É isto mesmo.

Usando uma série histórica, dois estudantes de graduação não notaram nenhuma diferença no uso do celular.

Clique aqui, aqui e aqui

Links

1) Norte-americanos gastam mil dólares nas férias de verão

2) Empresa brasileira Camil compra empresa do Uruguai de arroz - Notícia do El País

3) O nome Páginas Amarelas vale 320 milhões

Banco do Brasil e seus patrocínios

Senador pede auditoria em patrocínios do BB
Rosa Costa Gustavo Freire
O Estado de São Paulo - 22/08/2007

Mantida em sigilo mesmo quando estava sendo investigada pela CPI dos Correios, a lista de beneficiados pelo patrocínio do Banco do Brasil mostra que nem de longe atende ao "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional", como determinam as diretrizes do governo para a área de publicidade. Ao contrário, revela interesses tipicamente partidários ou privados. A conclusão é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que decidiu pedir auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB e apresentar projeto de lei definindo como as entidades estatais devem distribuir recursos para essa finalidade.

Entre os casos apontados por Dias está a destinação de R$ 500 mil ao 8º Congresso Nacional da CUT e de R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte custear placas de sinalização da sede, ingressos para o jogo de futebol Brasil e Argentina, torneio interno de futebol society e uma festa de Natal.

Os dois casos são de 2003. Na época, a DNA do publicitário Marcos Valério - tido como um dos mentores do esquema do mensalão - era uma das agências que atendia ao BB. O banco patrocinou ainda com R$ 2,5 milhões organizações-não governamentais que participaram das reuniões do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

(...) Numa relação sob o título "suspeitos e irregulares", feita pelos técnicos do Senado, estão vários casos de doação de R$ 10 mil. Esse valor foi destinado, por exemplo, à posse do prefeito peemedebista da cidade de Saquerema, ao aniversário do município de Joanópolis, às despesas de fax do Sindicato Rural de Xinguara, no Pará, à ONG Brasil-Cuba no Século 21, ao pagamento da festa de fim de ano dos funcionários da FB Projetos e ao pagamento da confraternização dos funcionários dos Supermercados Já Serve.

Saiu igualmente do banco estatal os R$ 19,5 milhões que custearam os brindes distribuídos pela DNA de Marcos Valério. O BB também patrocinou com R$ 733 mil a festa de Natal dos empregados da BBTur Viagens e Turismo. Sobrou até patrocínio, de R$ 4.780, para os "servidores do TCU que analisam as contas do BB". O dinheiro foi usado nas comemorações da festa junina e na semana do servidor do tribunal. (...)


E o acionista minoritário?

Concentração pode mudar o ISE

O processo de seleção para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa deve sofrer mudanças para incluir apenas as melhores empresas de cada setor da economia. É o que defende o professor Rubens Mazon, coordenador do projeto de criação do índice. A modificação, segundo ele, permitiria pulverizar a composição da carteira. "É preciso incentivar a concorrência entre empresas do mesmo setor", diz.

Criado em dezembro de 2005 para reunir companhias comprometidas com boas práticas socioambientais, o ISE é composto hoje por 43 ações de 34 empresas. No entanto, devido ao critério de ponderação, leva em conta o valor de mercado e a liquidez dos papéis, 40% da oscilação do índice depende do comportamento das ações de bancos. Além disso, só as ações da Petrobras respondem por 1/4 do peso do índice.

Mazon defende um modelo mais parecido com o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), índice da Bolsa de Nova York que lista apenas as empresas que se destacam mundialmente em suas áreas de atuação.

Criador do ISE defende benchmarks setoriais - 21/08/2007 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves

Mas será que a amostra é representativa? E o fato de selecionar "setores" não induziria o comportamento futuro do índice?

21 agosto 2007

Rir é o melhor remédio


Humor negro: túmulo do Steve Job´s. (Eu fico imaginando o túmulo do Bill Gates)

Sox e o custo

A certificação à Sox era necessária, mas os custos de sua adaptação precisam ser bem avaliados. Para algumas empresas tiveram preço elevado, avalia Lucas. Como exemplo ele cita o caso da General Eletric. "A GE gastou cerca de US$ 32 milhões para certificar-se. É um mau sinal. Ela poderia gastar esses recursos para investir mais seus negócios", afirmou Lucas.

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Luciano Feltrin - Cresce o interesse das companhias em adaptar-se à Sox - 20/08/2007

BDO: nova Andersen?

Desde que foi condenada pela justiça de Miami a pagar uma indenização ao Banco Espírito Santo, a BDO Seidman corre o risco de fechar. Esta empresa de auditoria é a quinta maior do mundo e no Brasil é representada pela Trevisan.

Uma reportagem da Gaceta de los Negocios faz um resumo do dilema desta empresa:

El fantasma de Arthur Andersen se cierne sobre BDO Seidman
Gaceta de los Negocios - 21/08/2007

La firma es condenada a pagar una indemnización que es incapaz de afrontar
E. Úriz

El mundo de la auditoría sigue aún conmocionado por la desaparición de Arthur Andersen —en 2002, a raíz del caso Enron —, cuando una nueva firma ve peligrar su futuro, BDO Seidman. El miembro norteamericano de BDO International ha sido condenado por un juzgado de Miami a pagar 387,3 millones de euros —126,2 millones en concepto de compensación y 261,1 millones de indemnización punitiva por daños y perjuicios— al banco portugués Espirito Santo por no haber detectado las irregularidades que llevaron a la quiebra de la empresa de factoring E.S. Bankest en 2003. La cifra está por encima de las posibilidades del grupo.

El presidente, Jack Weisbaum, ha reconocido que, si no lograsen revertir la sentencia, la firma “no podría hacer frente al pago de la indemnización puntiva” y que podría verse obligada a reducir su plantilla —que ahora cuenta con 3.800 profesionales—. Los 387,3 millones de euros que se le solicitan suponen el 88,5% de sus ingresos en 2006 (437,3 millones de euros) y equivalen a sus beneficios acumulados de tres ejercicios.

Además, Weisbaum ha manifestado su preocupación por la mala imagen que les crearía el fallo. “Desde luego no tendríamos la apariencia que tenemos ahora”, ha declarado Weisbaum, que teme una depreciación de la marca BDO en todo el mundo y una pérdida de clientela.

De momento, BDO Seidman sólo puede apelar la decisión y esperar el nuevo fallo. Para ello, deberá aportar una fianza de más de 37 millones de euros, tal y como requiere la ley estatal. “Tenemos un seguro para cubrir esto, pero no puedo hablar de cuál es el montante del seguro”, ha señalado Weisbaum.

Esta vez, la defensa de BDO Seidman será un ataque contra Espirito Santo, al que acusará de haber sido consciente del fraude —tenía cuatro ejecutivos en la junta directiva de Bankest— y, por tanto, cómplice.

El fin de E.S. Bankest

Espirito Santo y Bankest Capital se unieron en 1998 para constituir E.S. Bankest, una sociedad dedicada a comprar facturas de otras compañías.

BDO Seidman no reflejó ninguna anomalía en sus auditorías. Espirito Santo asegura que esa aparente salud financiera de E.S. Bankest le llevó a conceder a la compañía un préstamo de 104 millones de euros y una línea de crédito de más de 22 millones de euros.

Al menos nueve directivos de E.S. Bankest participaron en los hechos. Su entonces presidente ha sido condenado a 20 años de prisión.

El nuevo veredicto determinará el destino de BDO.

Siemens investigada em Liechtenstein

Segundo a Panorama Brasil (Filial da Siemens está sendo investigada em Liechtenstein por lavagem de dinheiro, Rodrigo Lima, 20/08/2007) a Siemens está sendo investigada por transferir dinheiro, entre 1997 e 1999 para pagamentos de subornos na China, Índia e Indonésia. Além disto, a empresa responsável pela auditoria interna da Siemens relativo aos subornos concluiu que metade dos negócios na China são afetados pela corrupção.

Custo Perdido e a Guerra

Novamente o conceito mais difícil da contabilidade, na minha opinião, é objeto de discussão. Novamente, a questão do custo perdido e a guerra:

"Nossa falta de habilidade em pensar claramente sobre o custo perdido está impedindo nossa habilidade de fazer decisões claras sobre nosso envolvimento no Iraque."


Leia mais aqui e aqui

Economia e Rock

Mais pesquisas no rastro do Freakonomics. Um Discussion Paper (aqui, em PDF) da University of Calgary, de Robert Oxoby, usou o grupo de rock AC/DC. Este grupo vendeu mais de 160 milhões de cópias, o que o torna um dos grupos de maiores sucessos na história do rock.

A questão relevante da pesquisa é comparar os dois vocalistas da banda: Bon Scott e Brian Johnson. O primeiro, foi vocalista até 1980; o segundo, a partir desta data.

A pesquisa conclui que escutando música com Johnson, as pessoas produzem melhores "resultados", o que leva o paper a concluir que Johnson é melhor vocalista que Scott.

Clique aqui e aqui para breves comentários de dois blogs sobre esta pesquisa. Aqui, outro comentário informando que a pesquisa é uma piada.

Blu-ray x HD DVD

A decisão da Paramount, da Viacom e da DreamWorks de abandonar o formato Blu-ray e lançar videos de alta resolução em HD-DVD (vide Guerra de padrões de DVD pode demorar, 21/08/2007, Sarah McBride, The Wall Street Journal) prolonga a guerra para saber quem irá substituir o DVD.

Segundo o WS Journal, será necessário mais duas temporadas de fim de ano para saber quem vencerá a batalha.

Os estúdios obtiveram incentivos financeiros, não revelados, pelos compromissos de exclusividade no lançamento de filmes em HD DVD.

O fator decisivo "não foram os incentivos, mas o fato de que (os representantes do HD DVD) estão fazendo sua parte para tornar essa plataforma altamente atraente e bastante acessível", diz Jeffrey Katzenberg, diretor-presidente da DreamWorks.


A seguir uma tabela com a escolha de cada estúdio:

Blu Ray
Columbia Pictures/MGM
Disney
Fox
Lionsgate

HD DVD
Dreamworks
First Look Studios
Paramount
Pornográfico (exceto Vivid)
Universal Studios
The Weinstein Company/Dimension

Ambos
HBO
Image Entertainment
Magnolia Pictures
New Line Cinema
Studio Canal
Warner Bros.

Fonte: Aqui

20 agosto 2007

Convite

Rir é o melhor remédio


Os candidatos republicanos na corrida presidencial, mas ninguém quer tirar foto com o Bush. Fonte: aqui

Empresas antigas, novos problemas.

O mercado de máquinas industriais antigas é estimado em 150 bilhões por ano. Fábricas ineficientes são transferidas para os países em desenvolvimento, com impacto no mercado global de emissão de carbono. Uma suposição de alguns economistas e ambientalistas é que os países em desenvolvimento podem adotar as novas tecnologias, menos poluidoras, que foram criadas e aperfeiçoadas nos países ricos. Entretanto, a transferência de fábricas antigas pode ser uma exceção ou uma regra perigosa a esta suposição.

Fonte: WSJ Blog

Desempenho dos executivos

Sobre a notícia do NYTimes (aqui) onde se comprova a relação entre destaque dos executivos na imprensa e redução na qualidade do desempenho das empresas, Barry Ritholtz (aqui) destaca um ponto interessante: há uma confusão entre correlação e causação. O fato de uma coisa ocorrer próxima a outra não significa que uma causou a outra.

A importação de executivos

Um artigo na Slate (aqui) (Your Poor, Your Business ExecutivesWhy are big American companies hiring foreign-born CEOs? de Daniel Gross) destaca a grande quantidade de executivos estrangeiros em empresas norte-americanas. O artigo chega a citar nominalmente Alain Belda, da Alcoa, marroquino que foi educado no Brasil e fez carreira na Alcoa brasileira.

Uma razão óbvia para isto é o fato das empresas serem companhias globais. Uma pesquisa entre as empresas do SP500 (índice que reflete o desempenho das maiores ações negociadas na bolsa de Nova Iorque) encontrou que 44,2% das vendas ocorrem fora dos Estados Unidos. Como este mercado está cada vez mais saturado, um executivo estrangeiro passa a ter vantagem por sua visão global.

"Apesar da globalização, os norte-americanos (e o mundo, em geral) continuam a acreditar que os Estados Unidos são donos do monopólio da eficiência administrativa das corporações globais."

Dell


Conforme notícias da imprensa econômica, a Dell deverá republicar suas demonstrações nos períodos de 2003 a 2007 (clique aqui para ler). Entretanto os valores envolvidos aparentemente são pouco expressivos e o mercado reagiu de forma positiva (vide gráfico).

Uma pergunta importante que se deve fazer neste momento: sabendo que as mudanças são proporcionalmente reduzidas, qual(quais) a(s) razão(ões) para republicar as demonstrações de uma empresa?

Jack Ciesielski, do AAO Weblog lembra que uma pequena alteração na receita pode ter um efeito significativo no lucro da empresa em razão da alavancagem (financeira e/ou operacional). Esta já seria um bom motivo para responder afirmativamente a questão.

Uma outra questão importante é o nível de envolvimento dos executivos. Em especial, do fundador da empresa, Michael Dell. Um artigo da Reuters, Dell founder in spotlight after accounting audit, de Philipp Gollner, apresenta esta questão. Dell deixou de ser CEO da empresa em 2004, mas continuou como Chairman of the Board da empresa. Em 2007 Michael Dell volta ao comando da empresa. O envolvimento do principal executivo da empresa e seu fundador é relevante, conforme observa no artigo da Reuters. "Do ponto de vista do investidor, o risco que Michael Dell está envolvido é um dos mais importantes riscos", diz Clay Summer, uma analista. Outro analista (aqui)considera que o envolvimento da administração não pode ser considerada como irrelevante neste caso.

19 agosto 2007

Uma foto bonita



Fonte: Maciek Duczynski
Canon EOS 5D

Desempenho de executivos e destaque na imprensa

O NY Times de 18/08/2007 pergunta a razão pela qual um executivo que é destaque na imprensa perde desempenho após as notícias. Uma explicação da reportagem é que o executivo distrai com a "glória". Entretanto, uma explicação mais plausível é uma coisa chamada "reversão a média".

18 agosto 2007

Mapas


O mapa, do Wall Street Journal, mostra a crise no mercado de capitais no mundo.



Já este outro mostra as leis, no mundo, sobre a Cannabis. Fonte, aqui

17 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

Ronald Reagan foi um presidente muito espirituoso. Uma das suas frases famosas:

Dei a meus assessores instruções de que, se ocorrer algum conflito em alguma das áreas conflagradas do mundo, eles me acordem imediatamente - nem que eu esteja numa reunião ministerial.

Legibilidade e escândalo contábil

O índice de legibilidade Flesch mede a clareza e facilidade de leitura de um texto. Quanto maior, mais claro será o texto. Uma pesquisa nas cartas aos acionistas de empresas "admiradas" apresentou o seguinte resultado:

Lou Gerstner - IBM - 2001 = 45
Jack Welch - GE - 2000 = 44
Larry Page/Sergey Brin - Google - 2004 = 44
Meg Whitman - eBay - 2003 = 44
Warren Buffet - Berkshire Hathaway - 2003 = 43
Jeff Bezos - Amazon - 2003 = 40

Agora o índice para empresas associadas a escândalos

Dennis Kozlowsky - Tyco - 2001 = 29
San Wksal - ImClone - 2001 = 22
Richard Scrushy - HealthSouth - 2001 = 20
Ken Lay/Jeffrey Skilling - Enron - 2000 = 18
John Rigas - Adelphia - 2000 = 18
Gary Winnick - Global Crossing - 2001 = 17
Richard Grasso - NYSE - 2002 = 17

Fonte: Fuger, Hardaway, Warshawsky. Por que as Pessoas de Negócios Falam como Idiotas. Best Seller, 2007, p. 53

Petrobrás e os Analistas Estrangeiros

Aqui a conferência da Petrobrás com analistas estrangeiros. As citações sobre a Bolívia foram realizadas pela direção da empresa, na apresentação. Os analistas não fizeram nenhum questionamento sobre o assunto.

CDB explica os seus números

Aqui você pode ler a conferência da Companhia Brasileira de Distribuição com os analistas estrangeiros . Depois da apresentação, um analista do Citibank parabeniza pela clareza, mas não pelos números ruins (poor numbers). Outro analista destaca o comportamento do setor não-alimentício e o fato de que a Copa do Mundo não ter afetado o desempenho.

Crise e Oferta Pública de Ação

O Valor Econômico faz uma reportagem sobre a crise a a oferta pública de novas empresas (Companhias mantêm seus planos de oferta pública e de aquisições, 17/08/2007). Como as tradicionais reportagens da imprensa, o jornal faz uma pesquisa em algumas empresas para verificar se continua o desejo de abrir o capital.

É óbvio que a crise indica que o momento adequado para a abertura do capital da empresa talvez tenha passado.

Perícia Contábil

O blog Conjuntura Contábil reproduz uma reportagem do Valor Econômico de 16/08/2007 sobre o papel da perícia contábil na investigação da escândalo de Renan Calheiros (aqui)

Uma citação destacada pelo blog é que:

"A perícia tem um peso de 60% a 70% na nossa decisão e é fundamental que seja feita com muita consistência, com avaliações profundas, para que não haja nenhuma injustiça na hora de elaborarmos o relatório " , ressaltou o relator.

CD completa 25 anos

Para quem acha que a tecnologia está mudando muito rapidamente, o CD está completando 25 anos. A história começou no dia 17 de agosto de 1982 com um disco do conjunto ABBA. Neste período, foram 200 bilhões de vendas (aqui)

Wikipedia

Em complemento a notícia anterior sobre a descoberta de que a CIA e o Vaticano participam da Wikipedia, editando verbetes, o Bluebus e outros sites (aqui, por exemplo) informam que a Fox News e o New York Times também fazem a sua contribuição para enciclopédia.

A Fox News e o New York Times foram vinculados a mudanças anônimas feitas em artigos da Wikipedia, algumas delas para retirar informaçoes negativas, outras para melhorar informaçoes sobre si mesmos ou ainda para alterar verbetes relacionados a politica. A identificaçao dos autores anônimos passou a ser mais facil apos a estreia de uma ferramenta batizada Wikipedia Scanner, criada por um estudante universitario da California. Ela permite relacionar alteraçoes realizadas no conteudo da enciclipedia aos IPs (internet protocol) de onde elas foram feitas. Como muitas empresas tendem a ter seus proprios blocos de IP, nao é dificil localizar a origem. De um IP associado a Fox News partiram mudanças em verbetes sobre apresentadores do canal e sobre concorrentes, como a CNN. De um IP relacionado ao NYT, foram feitas mudanças no verbete sobre George Bush (a palavra 'bobalhao' foi adicionada 12 vezes) e em outro sobre um politico republicano.

Dell

A principal notícia de contabilidade de hoje refere-se ao anúncio da Dell de republicação de suas demonstrações financeiras do período de 2003 a 2007 (primeiro trimestre). Isto irá reduzir o lucro de 50 a 150 milhões do período e reduzir a receita em 1% para cada ano. Mas em alguns anos a redução pode ser maior: em 2003 (primeiro trimestre) e 2004 (segundo trimestre) pode ser de 10 a 13%.

Aparentemente, e conforme a empresa admitiu, a contabilização inadequada (que alguns chamam claramente de manipulação) ocorreu com o objetivo de atingir metas financeiras.

Os problemas envolvem contas do passivo e ajustes realizados no período. O porta-voz da empresa foi questionado pela imprensa se algum executivo senior estaria envolvido e se o mesmo continuaria na empresa, mas não respondeu diretamente.

Apesar do impacto negativo, o mercado reagiu de forma interessante. As ações aumentaram de 25,93 para 26,46. Provavelmente a notícia reduziu uma incerteza sobre a empresa desde que a Dell anunciou que iria atrasar a publicação das demonstrações financeiras.

Clique aqui e aqui para ler mais

16 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

1 - vá para o Google - http://www.google.com.br/

2 - digite: político honesto

3 - selecione páginas em português

4 - clique em "Estou com sorte", e não em "pesquisa Google"

5 - veja o resultado (leia com atenção)!!!!! realmente é mto bom...

Estrutura Conceitual no Brasil

A CVM e o CPC divulgaram o edital "Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis".

Este documento terá uma audiência pública e tendem a melhorar a convergência das normas internacionais de contabilidadem, em especial a norma internacional Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements (adotada pelo IASB em abril de 2001).

Conforme a nota da CVM

A finalidade deste Pronunciamento Técnico é estabelecer as bases para a apresentação das informações contábeis através do entendimento sobre a participação das demonstrações contábeis no processo de tomada de decisões econômicas, dos pressupostos básicos que determinam o significado das informações e das características qualitativas das informações contábeis. Além disso, fornece definições de ativos, exigibilidades, receitas e despesas, e dos critérios de reconhecimento e mensuração desses itens. A estrutura conceitual, em seus objetivos, privilegia o fornecimento de informações sobre os recursos econômicos, úteis na previsão de geração de caixa no futuro, e sobre a liquidez e solvência. A compreensão dos pressupostos de competência e continuidade é necessária para o entendimento de que a informação contábil trata dos registros dos eventos quando ocorrem e não quando são liquidados no caixa, e da presunção que a entidade não entrará em liquidação em futuro próximo e, portanto, está em marcha e continuará em operação.

Os critérios qualitativos buscados pela norma são: (i) compreensibilidade, ou o entendimento pelo usuário; (ii) a relevância das informações para a tomada de decisões; (iii) a materialidade, no sentido dos montantes e quantidades que devem ser considerados; (iv) a confiabilidade, ou representação com propriedade; e (v) a primazia da essência sobre a forma, ou seja, que as transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua realidade econômica para que a informação seja útil ao investidor e não atenda meramente a sua forma legal.

A norma relaciona também as seguintes características da informação essenciais para que as demonstrações contábeis sejam efetivamente úteis: neutralidade, prudência, integridade e comparabilidade.

A importância desta norma está em criar um arcabouço conceitual para a emissão de novas normas contábeis e estabelecer uma referência para a interpretação de fatos e eventos econômicos cuja contabilização ainda não está suportada pela regulação contábil.



Duas observações:

1) Pela sua importância, esta notícia deveria ser destaque nos jornais econômicos brasileiros. NÃO EXISTE nenhuma nota na edição de hoje. Ou seja, nossos periódicos são deploráveis no que diz respeito a notícias na área contábil.

2) Pela importância do assunto, o prazo de 45 dias é reduzido demais.

National Geographic e o Mercado

A National Geographic de julho de 2007 trouxe uma reportagem muito interessante sobre a inteligência coletiva. Para quem estuda finanças ou tem conhecimento sobre o mercado eficiente, o comportamento dos animais pode ser uma réplica adequada para o que ocorre no mercado de capitais.

"Uma colonia é capza de resolver problemas inconcebíveis para cada formiga, tal como achar o caminho mais curto para a melhor fonte de comida. Individualmente, as formigas podem ser criaturas estúpidas, mas reunidas em formigueiro reagem ao ambiente com rapidez e eficiência. Ao fazer isso, revelam algo que ficou conhecido de ´inteligência de enxame´"

Risco Moral e a crise financeira

Deve o governo de uma país ajudar o mercado num momento de crise? Alguns acham que sim, pois evitaria uma crise maior.

Entretanto, existe um grupo considerável de analistas que acreditam que a entrada do governo em situações de crise, como ocorreu recentemente na crise do Subprime, pode ser danosa. A explicação está no conceito do Moral Hazard (ou Risco de Moral).

A idéia do Moral Hazard é muito interessante. Um exemplo simples ocorre com o dono de um carro que possui seguro. O seu comportamento tende a ser menos cuidadoso pois ele sabe que qualquer dano causado no automóvel pode ser coberto pela seguradora.

Nesta linha de raciocínio, a atuação dos governos em momentos de crise tendem a aumentar o comportamento descuidado de certos especuladores, podendo encorajar as pessoas a serem mais agressivas e aumentando o risco. Clique aqui para ler mais sobre isto

Passivo e Advogados

Advogados defendem que OAB deva participar da normatização contábil (vide negrito):

Para os advogados que militam na área tributária, especialmente os que atuam com planejamento tributário, a expressão "possível contingência", tal qual a adotada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), vem causando uma série de dúvidas e até alguns transtornos, especialmente no que tange à elaboração dos relatórios solicitados pelos auditores independentes para fins de auditoria dos balanços das empresas - a chamada circularização dos consultores jurídicos, prevista na Resolução nº 1.022, de 2005, do CFC. Isto porque operações legalmente estruturadas estão sendo questionadas por alguns auditores no sentido de classificá-las como possíveis contingências.

No entendimento deles, devem ser inseridas ressalvas a essas operações no balanço das empresas, com o detalhamento de todas as suas etapas e os respectivos dispositivos legais que, na avaliação dos mesmos, serviriam de base para uma eventual autuação por parte do fisco.Como se não bastasse, esta pretensão persiste nos casos em que já houve uma ou mais fiscalizações formais por parte do ente tributante, não tendo este constatado nenhuma ilegalidade. O agravante é que os contadores responsáveis pelos balanços das empresas tendem a criar empecilhos para assinar os mesmos se os pontos levantados pelos auditores não forem devidamente mencionados nas ressalvas.Esta postura por parte destes auditores e contadores decorre, certamente, do receio de que venham a ser questionados, e até sancionados - seja por parte do CFC, seja por parte do próprio fisco -, sobre o fato de não terem reportado tais contingências de forma transparente. Os advogados, por sua vez, tendem a fazer a interpretação jurídica dos normativos emanados pelo CFC e pelo Ibracon, que em boa parte dos casos diverge da realizada por auditores e contadores. Isto acontece devido à ausência de normativos emanados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no sentido de classificar/definir o que vem a ser uma possível contingência. A divergência ocorre principalmente por conta da própria acepção da palavra "contingência", que significa ao mesmo tempo algo que pode acontecer (definição metafísica) ou algo que não sabemos se pode acontecer ou não (definição epistemológica).As dúvidas e transtornos mencionadas aprofundaram-se com o advento da Deliberação nº 489, de 2005, da Comissão de Valores Mobiliário (CVM), que aprovou e tornou obrigatório o Pronunciamento NPC nº 22 do Ibracon sobre provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas para as companhias de capital aberto no que tange às demonstrações contábeis que abrangem os períodos que se iniciam em 1º de janeiro de 2006. Isto porque, com base no referido documento, uma contingência passiva é definida como (1) uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade ou (2) uma obrigação presente que surge de eventos passados. Na segunda hipótese, temos ainda que a contingência passiva pode não ser reconhecida porque (1) é improvável que a entidade tenha de liquidá-la ou (2) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.Desta forma, toda e qualquer operação de planejamento tributário realizada pelas empresas que não tenha sido submetida a exame por parte dos tribunais administrativos e/ou judiciais poderia ser enquadrada como uma possível contingência. Ou seja, seria passível de divulgação em seus balanços, na medida em que poderia ou não ser questionada pelo fisco, gerando, assim, uma obrigação.Além disso, em alguns casos, nem mesmo após o exame da operação por parte desses tribunais seria possível que se chegasse a um consenso sobre a classificação mencionada. Isto porque este primeiro entendimento poderia ser alterado posteriormente, como bem vimos no vai-e-vem das decisões em torno do caso do crédito-prêmio IPI. Isto é, por conta da insegurança jurídica que vigora no Brasil, o impasse da classificação do que vem a ser uma possível contingência iria persistir.Convém destacar que a problemática repercute não somente nos casos de planejamento tributário, mas também nos casos de natureza contenciosa, como, por exemplo, nas demandas judiciais nas áreas cível, ambiental e trabalhista. Nesses casos, a falta de critério jurídico para a análise de contingências tem levado à realização de classificações equivocadas acerca dos riscos judiciais nos quais estão incorridas as companhias, resultando, em boa parte das vezes, em uma contingência maior do que a prevista anteriormente.O impasse em torno da classificação de contingências poderia ser dirimido, ou ao menos atenuado, por meio da elaboração conjunta de normativos por parte do CFC, do Ibracon, da CVM e da OAB, pela qual as contingências passariam a ser analisadas sob todos os pontos de vista cabíveis, para que, assim, auditores, contadores e advogados cheguem a um consenso sobre o enquadramento da contingência, isto é, se ela é provável, possível ou remota.Para esta elaboração conjunta, acreditamos que um modelo que poderia servir de referência para o Brasil é o da Inglaterra e País de Gales. Nestes países, o Institute of Chartered Accountants - órgão equivalente ao CFC brasileiro - trabalhou em conjunto com a Law Society - que equivale à OAB britânica - na elaboração do "Statement 903" do "Auditing Standards and Guidance for Members", que tratava da apuração e confirmação de contingências decorrentes de questões legais.Tendo em vista o crescente número de IPOs no Brasil, bem como o aumento das atividades transnacionais das empresas brasileiras, as quais necessitam de planejamentos tributários complexos, urge a adoção de medidas conjuntas por parte das entidades de classe e dos órgãos reguladores para minimizar a publicação de ressalvas nos balanços. Isto porque, além de abrirem espaço para autuações descabidas por parte do fisco, as mesmas poderiam levar à desvalorização das ações destas companhias nas bolsas de valores.

Robert Ellis Williams e Luís Guilherme B. Gonçalves
Classificação contábil X classificação jurídica - Valor Econômico - 16/08/2007
Grifo meu.

Diretor Financeiro

(...) O diretor financeiro, depois dos grandes escândalos empresariais nos Estados Unidos, assumiu a posição de uma espécie de guardião das boas práticas de governança corporativa, diz Antonio de Pádua Santos Teixeira, presidente da PKT Desenvolvimento Empresarial, consultoria que é parceira da Fundação Dom Cabral no programa Paex- Parceria para Excelência.

"O novo diretor financeiro não pode ser mais aquele que cuida apenas dos números precisa estar preparado para participar das decisões estratégicas da companhia. Antes o diretor financeiro era o especialista em números e em geral tendia a adotar uma posição bastante conservadora em relação ao crescimento da empresa, por exemplo", conta Teixeira. Num passado recente o perfil de profissional que ocupava o cargo de diretor financeiro costumava ser o de uma pessoa mais introvertida. Hoje isso mudou e o profissional da área precisa ter mais poder de comunicação interna e externa. "Ele não é o salvador da pátria, mas é o cara que mais entende da gestão financeira da empresa e precisa saber compartilhar isso para ajudar na tomada decisões estratégicas para o crescimento do negócio", acrescenta.


Diretor financeiro é o novo guardião de boas práticas nas empresas
Gazeta Mercantil - 16/08/2007 (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 6)(Lucia Rebouças)

Wikipedia

A enciclopédia Wikipedia tem um grau de flexibilidade que permite que novas informações sejam rapidamente incorporadas ao seu conteúdo. A principal crítica é a falta de confiança, pois qualquer pessoa pode participar do processo de construção da Wiki.

Este problema foi destacado agora pela BBC News, que informou que a CIA tem "ajudado" na construção de certos verbetes da enciclopédia, como o do presidente do Irã.

Através do IP da máquina que faz a edição do verbete é possível verificar a origem da informação. Mas interessante notar que logo após a denúncia, a Wikipedia colocou um alerta sobre a parcialidade do verbete (clique aqui para ver)

Siemens

No final de 2006 este blog deu a notícia do escândalo contábil na empresa Siemens (aqui). Desde então, as investigações estão andamento.

Uma reportagem do Wall Street Journal mostra as razões da demora nas investigações:

(...) Pessoas que têm acompanhado as investigações dizem que os diretores das várias unidades de negócios da Siemens, assim como diretores regionais nos 190 países nos quais a empresa trabalha, tiveram muita autonomia nos últimos anos. Isso incluiu o poder de elaborar vagos contratos de consultoria com terceiros que investigadores criminais suspeitam terem sido usados para transferir propinas a clientes potenciais. A reconstituição dos fatos está exigindo uma investigação intensa não apenas na matriz de Munique, como também em seus escritórios em outros países.

O escritório de advocacia Debevoise & Plimpton LLP foi contratado pelo conglomerado em dezembro para investigar a fundo as alegações de irregularidades. Mas recentemente a firma informou o conselho supervisor da Siemens, que não é integrado por membros da diretoria, que diretores de algumas unidades estrangeiras não têm cooperado, disseram membros do conselho ao Wall Street Journal.

(...) A empresa recusa-se a entrar em detalhes de muitos aspectos da investigação. Mas em seu mais recente informe à Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários americana, na sexta-feira, a Siemens reconheceu que "incertezas substanciais permanecem" e que "ainda não tem informação suficiente" para estimar o dano financeiro potencial causado pelos supostos delitos.

Ela também informou que o problema pode ser muito maior que o indicado em dezembro, quando identificou 420 milhões de euros em transações suspeitas em sua unidade de equipamentos de telecomunicações nos últimos sete anos.

Investigação na Siemens se arrasta e cria desafios para novo presidente
Mike Esterl e David Crawford
The Wall Street Journal - 16/08/2007

15 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

Como o mundo mudou em 500 anos


O mapa mostra a riqueza do mundo em 1500, de forma proporcional. É possível perceber que as potências da época eram os países europeus além da Índia e China.



Já este mapa mostra a riqueza no ano de 2002. Os países da Europa ainda possuem força econômica, mas Índia e China estão menores, proporcionalmente. Quem cresceu no período foi a América, inclusive a América Latina.

Ensino universitário

O Ensino universitário que não temos
10/08/2007 - 08:49

Um olhar detalhado e crítico sobre a vida universitária no Brasil leva-me à triste conclusão de que, salvo honrosas exceções em termos de cursos, docentes e alunos, as universidades que temos aqui não conseguiram construir uma mentalidade acadêmica producente, como a que existe e vigora na Europa, e nos Estados Unidos.

Percebo que a falta de uma vida acadêmica nos moldes mais tradicionais, algo próximo daquilo que vemos na França, Inglaterra, Estados Unidos ou na Alemanha - para citar alguns exemplos -, não permite aos nossos estudantes da graduação uma real imersão no espírito de pesquisa, formação, estudos acadêmicos e aperfeiçoamento profissional, humano e técnico que as universidades deveriam lhes proporcionar.

E o que quero dizer com vida acadêmica? Refiro-me à vivência acadêmica traduzida num compromisso que leve o aluno a estudar com vigor, a freqüentar a biblioteca da instituição, a fazer pesquisas de campo, a participar de aulas práticas com regularidade, a ter aulas que lhes cobrem o máximo de aprofundamento e dedicação (é isso mesmo, acho que temos que ser mais rigorosos com nossos educadores), e a envolver-se com os eventos culturais e científicos promovidos nos campi. Como não temos essa realidade dominando o cenário nacional, as perspectivas de um futuro melhor para as universidades continuam pouco promissoras.

É verdade que nossas universidades federais e algumas particulares perseguem a aura de instituições reconhecidas pela qualidade de seus cursos e produtividade científica. Não há como negar que a USP, a Unicamp, a UFRJ (Federal do Rio de Janeiro), a UFMG (Federal de Minas), o Ita (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) - apenas para mencionar alguns reconhecidos casos de qualidade - , ou ainda as PUCs (Pontifícias Universidades Católicas, apesar da grave crise que atormenta a PUC de São Paulo), a FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), a FGV (Fundação Getúlio Vargas), que representam o que há de melhor em termos de universidades privadas -, têm como propósito consolidar a qualidade no ensino superior brasileiro.

Ainda assim, falta no Brasil a cultura universitária que existe em muitos países e que permite a formação integral de profissionais capacitados a ingressar no mercado. Nessas instituições, os estudos são prioritários, os professores são valorizados e instados a pesquisar, há uma integração com o mercado, avalia-se com rigor o desenvolvimento dos estudantes.

Os rumos da Educação demandam comprometimento por parte das autoridades públicas. No Brasil, sabemos que os investimentos em Educação não são prioridade, apenas fazem parte de um discurso eleitoreiro. Creio, sinceramente, que a via prioritária para que qualquer país se emancipe econômica, social, política e culturalmente passa pela educação de qualidade em todos os níveis.

Nesse sentido, é preciso destacar que as novas instituições privadas de ensino surgidas nos últimos 10 ou 15 anos no país também devem repensar suas estruturas. Essas universidades ou faculdades estão focadas em oferecer uma infra-estrutura bastante qualificada - com instalações novas, quadras, boas bibliotecas, laboratórios de informática conectados à rede mundial de computadores -, mas carecem de uma maior preocupação com a qualificação do corpo docente.

A porta de entrada para o ensino superior de qualidade também passa pela incorporação das tecnologias, mas é essencial que o trabalho dos educadores seja prestigiado e que o corpo docente seja formado por mestres e doutores. Reina entre elas, infelizmente, uma mentalidade mercantilista em relação ao ensino. Por esse motivo se preocupam em oferecer um belo cartão de visitas e procuram economizar na contratação dos docentes.

Não podemos também esquecer que aos estudantes compete encarar com seriedade os estudos na Universidade, o que não ocorre em muitos casos. A avaliação dos estudantes, realizada no ensino superior, tem que ser mais rigorosa, tendo por base a leitura, a participação do aluno em sala de aula, em pesquisas e o seu grau de comprometimento com o saber. E os alunos têm que também partilhar, com maturidade, dessas exigências.

Se a formação universitária for deficiente e os graduandos forem aprovados, o custo maior será pago por esses estudantes quando tentarem ingressar no mercado de trabalho, onde acabarão sendo irremediavelmente reprovados.

Por: João Luís Almeida Machado, editor do portal Planeta Educação (www.planetaeducação.com.br), mestre em Educação, Arte e História da Cultura, professor universitário e pesquisador


Enviado por Ricardo Viana

Jagger e a arte de obter lucros

Mick Jagger, sábio em maximizar lucros

Como sabe um verdadeiro fã, o astro do rock Mick Jagger não é apenas o líder de longa data dos Rolling Stones. Ele também estudou finanças e contabilidade na Escola de Economia de Londres.

Ele está em boa companhia no que diz respeito aos antigos estudantes de economia que encontraram fama em outras áreas. Por exemplo, o lendário diretor de filmes italiano Michelangelo Antonioni, que morreu na semana passada aos 94, graduou-se em economia na Universidade de Bologna.

Sir Mick não se formou, entretanto. Ele freqüentou a Escola de Economia de Londres por pouco tempo. Ouvi a história apócrifa de que ele fora convidado a se retirar depois de entrar com uma motocicleta na biblioteca, mas duvido que seja verdade - não porque seria inimaginável, mas porque Jagger nunca foi tão selvagem quanto sua imagem sugere. Digo isso como elogio.

Apesar de seu curto tempo na faculdade de economia, acredito que Jagger é supremamente sagaz no que diz respeito a dirigir uma empresa. E é isso que os Rolling Stones têm sido por mais de 40 anos: um negócio, e muito bem administrado.

Sempre achei que os talentos de Jagger como diretor executivo foram subestimados. Isso provavelmente lhe cai bem, já que, quando você é cantor de rock, há valor significativo em parecer mais irresponsável e selvagem do que um típico empresário.

A coisa mais inteligente sobre a liderança de Mick Jagger nos Rolling Stones é a abordagem corporativa da banda à turnê. Na economia da música pop, vendas de discos e lucros de shows são as duas maiores fontes de renda.

As vendas de discos são imprevisíveis e divididas entre muitas partes. Mas se você aprende a fazer turnês eficientes, os lucros podem ser enormes. Pense no dinheiro arrecadado não só dos ingressos, mas dos patrocínios corporativos, vendas de camisetas, etc. Essencialmente, você pode controlar quanto ganha acrescentando mais datas à turnê, enquanto é difícil controlar a venda de discos.

A outra coisa boa das turnês para uma banda como Rolling Stones é que dá aos não compositores uma chance de fazer dinheiro de verdade.

Tenho certeza que Charlie Watts, Bill Wyman e Ronnie Wood fizeram um bom dinheiro com a venda de discos durante os anos, mas provavelmente bem menos do que se pensa. Jagger e Keith Richards, enquanto isso, ganham muito mais porque também recebem royalties das composições.

Não tenho idéia se Jagger paga a Watts, Wyman e Woods tanto quanto paga a si mesmo para fazer as turnês, mas se a marca de um bom diretor executivo é fornecer oportunidades para todos na empresa prosperarem, então Jagger é de fato um bom diretor.

Stephen J. Dubner


Enviado por Jaildo Lima (grato)

O custo da harmonização

Quando se comenta mudança na regulação contábil, pouco se comenta sobre o custo que isto pode representar para as empresas. Em geral o regulador não sabe direito o impacto financeiro de produzir a informação, quando não demonstra preocupação com isto.

Um artigo do Expansion mostra os efeitos da adoção das normas internacionais e discute o seu impacto:

La reforma contable costará a las empresas más de 10.000 millones
Expansión - 15/08/2007

La adaptación a las nuevas normas de contabilidad supone cuatro veces más que el ahorro por la rebaja del Impuesto sobre Sociedades. El coste por empresa ronda los tres mil euros, pero puede llegar a los cinco mil.

Las empresas deberán abordar a partir del próximo mes de enero uno de los cambios de mayor calado de los últimos años. El próximo ejercicio debe entrar en vigor la reforma del código mercantil que supondrá la aplicación de nuevas reglas de contabilidad, para adaptarse a las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF).

Los cambios y las modificaciones que tendrán que realizar las compañías para adaptarse al nuevo marco contable supondrán un apreciable coste, sobre todo para las más pequeñas. Según fuentes empresariales, la reforma le costará al conjunto de los más de 3,5 millones de sociedades afectadas más de diez mil millones de euros (cuatro veces más, por ejemplo, de lo que ha supuesto de ahorro, según Hacienda, la rebaja del Impuesto sobre Sociedades que entró en vigor en 2007).

Los expertos cifran en una media de más de tres mil euros el impacto económico de la reforma contable para una pyme; dependiendo de la estructura y complejidad de la sociedad de que se trate, el coste puede ascender hasta los cinco o seis mil euros, según las fuentes consultadas.

Los mayores costes se producirán por la actualización de las herramientas -fundamentalmente, programas informáticos- de las que se ayudan las empresas para elaborar sus cuentas. Las compañías van a tener que realizar un gasto extra en formación, para que sus empleados conozcan las nuevas reglas de contabilidad. Todo esto, además, lleva asociado, según las fuentes consultadas, otros costes, donde incluyen, por ejemplo, el tiempo perdido y los trastornos causados por la adaptación a las NIIF.

La intención del Ministerio de Economía y Hacienda es aprobar los nuevos planes de contabilidad en otoño -ver información adjunta-, para que las empresas puedan contar con cierto margen de tiempo para ir asimilando la reforma. Según algunos expertos, el plan contable debería estar publicado en el BOE antes de finalizar septiembre, para que el proceso de adaptación pueda ser menos traumático.

Necessidade de mudar as regras de voto

Um texto do Valor Econômico:

Analistas sugerem mudanças nas regras sobre o voto
Valor Econômico - 15/08/2007

Não é apenas a cultura dos investidores que precisa mudar para que haja participação nas assembléias das companhias. É preciso haver também mudanças nas regras sobre as formas de presença e voto dos acionistas, dizem os profissionais.Uma das alterações deveria ser a possibilidade dos acionistas votarem pela internet, uma espécie de voto eletrônico, afirma o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Mauro Cunha. Nos EUA, é possível votar não só pela internet como também por carta. Já no Brasil, pela Lei das Sociedades Anônimas (S.A.), os acionistas têm de comparecer nas assembléias ou serem representados, geralmente por um advogado munido de procuração.


Óbvio, mas importante.

Museus e os novos colecionadores

Os grandes museus foram construídos com recursos de doadores. Em alguns casos, uma boa parte da coleção foi incorporada através de doação de obras de arte quando o colecionador fazia o seu testamento.

Agora, um blog faz uma observação interessante. Este panorama mudou já que os grandes compradores de obras de arte são fundos de investimento e, naturalmente, os bilionários. Os museus não estão presentes nas últimas grandes aquisições de obras de arte (aqui, para ver os quadros mais valiosos)

Um ponto interessante, que o blog não considera, é que esta situação tende a enfraquecer a coleção de obras modernas dos museus.

Links

1. O aquecimento global era um problema. Em 1920

2. Os hindus anteciparam Newton

3. As drogas estão tomando o futebol da América Latina (A reportagem extrapola, pois fala da Colômbia) - em espanhol

4. Executivo vai para prisão por fraude contábil.

Modelo de Gestão Google

(...) o Google está reescrevendo as regras da boa administração, de uma maneira que todos os executivos deveriam estudar? Ou está apenas colhendo os frutos de uma única grande inovação que surgiu no momento certo, cujo sucesso não pode camuflar as típicas dores de cabeça e obstáculos de uma empresa jovem em pleno crescimento?

Esse debate deve ser travado em grande estilo nos próximos meses. Dois pensadores de alto calibre — Gary Hamel, um notório consultor de administração, e Thomas Eisenmann, um professor associado da Harvard Business School — têm observado o Google de perto. Suas perspectivas diferem completamente.

Em "The Future of Management", um livro que deve ser publicado nos próximos meses, Hamel diz que as inovações do Google vão além dos algorítimos de uma ferramenta de busca — estendendo-se a aspectos grandes e duradouros de administração geral. A empresa, que tem sede em Mountain View, na Califórnia, está cheia de maneiras diferentes e intrigantes de operar, diz ele. Isso inclui uma descentralização radical; pequenas equipes que se autogovernam; uma estratégia de botar a cara para bater na qual novos produtos são lançados antes de estarem totalmente terminados; e a disposição de deixar que seus engenheiros passem boa parte do tempo com projetos alternativos.

(...) O problema, explica Eisenmann, é que as maiores oportunidades do Google estão em mercados grandes como os de aplicativos de escritório para computadores, comércio eletrônico ou "middleware" que poderia tomar o lugar do Windows, da Microsoft. Conquistar esses mercados, acredita ele, iria requerer muito da liderança à moda antiga, de cima para baixo, e uma hierarquia disciplinada para realizar grandes tarefas. Segundo ele, o Google não está estruturado para dominar esse tipo de situação.

(...) A história sugere que é perigoso procurar inspiração de longo prazo em empresas jovens quando elas estão por cima. No início dos anos 80, especialistas elogiaram a companhia aérea People Express por desenvolver uma nova abordagem de sucesso para a relação com funcionários. Infelizmente isso não conseguiu proteger a companhia de problemas financeiros e sua consequente venda em condições agonizantes.

No fim dos anos 90, a Dell Inc. era elogiada como pioneira em vendas e marketing pela internet. Fabricantes de carros a estudaram, na esperança de poder absorver a mágica dela para suas operações. Hoje, o crescimento da Dell empacou. Se por um lado a empresa continua sendo uma grande força no mercado de computadores, por outro não está mais quilômetros de distância à frente da concorrência.


(Começa a esquentar debate sobre futuro do modelo de gestão do Google - 15/08/2007 -
George Anders - The Wall Street Journal)

14 agosto 2007

Rir é o melhor remédio



Uma nova máquina para detectar mentiras nos depoimentos do Congresso?

Um sistema contábil bizantino

Uma notícia curiosa do periódico America (Audit of Diocese Finds 'Byzantine Accounting', 13/08/2007, Volume 197; Issue 4; ISSN: 00027049)

Uma auditoria na Diocese de San Diego mostrou que uma contabilidade de baixa qualidade. Esta auditoria foi realizada depois que a diocese decretou bancarrota. Num relatório de 175 página, o CPA Todd Neilson, que conduziu os trabalhos, constatou que a diocese possuía um sistema contábil bizantino ("the most Byzantine accounting system I've ever seen,"). A Diocese tinha centenas de contas bancárias e alguns dos seus padres estão envolvidos num escândalo sexual.

Banco português irá receber 170 milhões de auditoria

A auditoria BDO Seidman irá pagar 170 milhões de dólares pelos problemas causados de negligência ao Banco Espirito Santo, divulgou hoje a imprensa internacional. O julgamento ocorreu na Flórida, Estados Unidos.

A empresa de auditoria afirmou que irá apelar do julgamento. (Clique aqui para ler)

As melhores universidades

Segundo a Agência Lusa (China: Lisboa e Porto entre as 500 melhores universidades do mundo - ranking da Jiaotong, 13/08/2007) uma lista da Universidade Jiaotong, de Xangai, atribui o título de melhor universidade do mundo a Harvard.

As duas universidades portuguesas estão na lista: Lisboa e Porto.

No Brasil, a USP lidera a listagem, inclusive da América Latina (entre 102.º e 150.º) e entre as instituições de ensino em língua portuguesa. Além disto aparecem na lista Universidade Estadual de Campinas (203.º - 304.º), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (305.º - 401.º), e a Universidade Estadual Paulista e a Federal de Minas Gerais (402.º - 508.º).

"A lista baseia-se em critérios como o número de prémios Nobel e outros reconhecimentos académicos, o número de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, o número de alunos e a qualidade de ensino e ainda o número de vezes que revistas de prestígio académico citam investigadores da instituição. "

Links

1. Para quem ainda acredita no EVA (ValorEconômico Agregado) um artigo de Stern

2. Os quadros mais caros do mundo (Aqui e Aqui)

3. Para ecologia, caminhar é pior do que andar de carro. Entenda esta lógica!

4. China e Índia possuem muitos engenheiros. Quer saber a razão? Baixa qualidade

13 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

Dois advogados e um Contador Dois advogados embarcaram em um vôo. Um deles sentou-se à janela, o outro se sentou no assento do meio. No momento da decolagem, um contador pegou o assento do corredor, próximo aos dois advogados. O contador tirou os sapatos, mexeu os dedos do pé e estava se ajeitando quando o advogado na janela disse:

- Acho que vou levantar-me e pegar uma Coca.
- Sem problemas, disse o contador: Eu pego pra você.

Enquanto ele pegava a Coca, um dos advogados pegou o sapato do contador e cuspiu dentro dele. Quando ele voltou com a Coca, o outro advogado disse:

- Parece boa. Acho que eu vou querer uma também.

Novamente o contador gentilmente levantou-se para buscar outra Coca, e enquanto ele o fazia, o outro advogado pegou o outro sapato do contador e cuspiu dentro dele.
O contador retornou e todos se sentaram e apreciaram o vôo. Quando o avião estava pousando, o contador colocou de volta seus sapatos e logo descobriu o que havia acontecido e disse:

- Até quando isto vai durar? - perguntou ele - Esta briga entre as nossas profissões? Este ódio? Esta animosidade? Estes cuspes nos sapatos e mijos dentro de Coca-Colas?


Enviado por Matias

O Papel dos Hospitais Universitários

Uma entrevista interessante sobre os hospitais universitários, que possuem problemas de financiamento, gestão e dificuldade de sobrevivência.

“Precisamos de um orçamento que hoje não existe”
12 August 2007
Gazeta do Povo

As comemorações dos 46 anos do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), durante a semana, foram marcadas por reivindicações do diretor-geral do HC, Giovanni Loddo, que pede melhorias para que a administração consiga vencer a crise econômica que vem enfrentando.

(...)
O senhor diz que o hospital tem seu lado positivo e negativo. Qual é a parte negativa?

Não temos orçamento determinado para um planejamento estratégico objetivo. Nós sabemos o que trabalhamos, o que produzimos e o quanto valeria nosso trabalho, mas não sabemos o que vamos receber, quando e como. Na questão de recursos humanos (RH) é a mesma coisa. Não temos no RH um processo de substituição para os funcionários aposentados ou afastados. Deveríamos ter uma auditoria correta e clara para fazer este dimensionamento.

Quais mudanças seriam necessárias para acabar com a crise do HC?

A primeira coisa é que o estado brasileiro (governo federal) deveria dizer o que ele espera dos hospitais universitários (HUs) de ensino, vinculados às universidades federais. Deveria ser uma regra bem clara: qual seria a nossa missão? Em função disso, eles deveriam dimensionar recursos humanos necessários para nós desempenharmos tal missão. Assim como recursos financeiros para que permanentemente pudéssemos acompanhar as mudanças tecnológicas e recebêssemos uma manutenção efetiva no hospital. Feito este pacto, ele deveria ser revisto periodicamente para sua sustentabilidade. Precisamos, por exemplo, de um orçamento mensal que hoje não existe. Atualmente sobrevivemos dos recursos da previdência (onde 50% são gastos em folha de pagamento), de projetos individualizados, emendas parlamentares, doações da comunidade, das várias associações que colaboram com o hospital, das secretarias municipal e estadual de saúde. São coisas pontuais e não um projeto com recursos determinados para que possamos manter nosso parque tecnológico atualizado.

O que motivou esta crise?

Foi a mudança na legislação e no tratamento dado aos hospitais universitários. Na fase inicial, os HUs, especialmente o nosso, eram vinculados à antiga Faculdade de Medicina. Corresponderia ao que chamaríamos de laboratório de aulas práticas dos alunos de Medicina. Não existia o SUS (Sistema Único de Saúde). Quando o hospital foi criado, a nossa clientela era os indigentes. Hoje o perfil do nosso paciente mudou. Se antigamente ele vinha com a idéia do agradecimento pelo tratamento que recebeu, atualmente ele é um cidadão que vem em busca de um direito. Tudo isto também está ligado à questão financeira. O hospital antigamente era subvencionado pelo Ministério da Educação (MEC). Nessa época, o hospital tinha uma idéia com o que contava para o ano inteiro. Independia da sua produção. Hoje tudo isto está invertido. Não temos mais o financiamento do MEC. Isto aconteceu quando o hospital passou a atender a previdência: primeiro foi o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), depois o Suds (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde) e hoje o SUS. O MEC deixou de subsidiar o HC assim que apareceram os recursos provenientes da prestação de serviços à previdência. O problema é que estes recursos não cobrem a folha de pagamento dos fucionários atuais. (...)

Teoria das Restrições

Você se lembra da Teoria das Restrições? É uma teoria na área de custos que fez muito sucesso na década de oitenta e noventa. O livro A Meta expõe, de forma didática, através de um romance, os principais aspectos desta teoria. Este livro foi lançado em português e é um sucesso de público (vale a pena a sua leitura)

Encontrei uma entrevista com o grande nome da teoria das restrições num jornal, em espanhol. Goldratt continua atacando o lucro contábil:

"El único indicador que refleja los resultados se llama ganancia de la empresa, los demás sólo confunden"
El Cronista Comercial - 13/08/2007

Entrevista | Eli Goldratt, creador de la Teoría de las Restricciones (TOC)

Un mano a mano con el experto israelí, que enfoca el mundo productivo desde un abordaje sistémico y poco convencional

Poco más de una semana antes de desembarcar en Argentina para dictar un nuevo seminario, el experto israelí accedió a una entrevista exclusiva con El Cronista en la que repasó los rasgos más salientes de su Teoría de las Restricciones (TOC). Este enfoque sistémico del mundo productivo, combinado con una gran dosis de sentido común, le valió al físico convertirse en un gran vendedor de best sellers de management en el mundo entero, de la mano de su libro "La Meta" que alcanzó los tres millones de ejemplares vendidos, y en un asesor de confianza de empresas como Procter & Gamble, Philips, British Airways, General Motors y hasta el Mossad, el servicio de inteligencia israelí.

La propuesta del experto, difundida por primera vez en su obra clave allá por 1984, es sencilla pero contundente. Se trata de ubicar el eslabón más débil de la cadena, básicamente su cuello de botella, para mejorar su rendimiento y así mejorar el desempeño del todo. La premisa no podría ser más clara: el rendimiento de cualquier cadena está siempre determinado por la resistencia de su eslabón más débil.

Y es justamente en este modelo de pensamiento holístico, que plantea un radical cambio de paradigma, que muchos de los indicadores financieros tradicionales quedan para Goldratt en el camino. De hecho, el experto no dudó en tildar alguna vez a la contabilidad de costos como "el enemigo público número uno de la productividad". Una frase que sin duda le habrá ganados sus propios enemigos. Aquí, este revolucionario enfoque en palabras de su propio autor, que hoy lidera el Goldratt Group.

s ¿Podría resumir el espíritu de la TOC y el por qué de su vigencia, a pesar de todos los cambios en el mundo de los negocios?

El espíritu de esta teoría es permitir a las empresas trabajar sobre la organización para lograr tener menos restricciones. La teoría parte de la base de que cualquier organización es un sistema y no un conjunto de elementos descoordinados o inconexos entre sí.

Hay dos pilares en la Teoría de las Restricciones, uno comienza con la presunción de que en las ciencias duras, presentes en todos los sistemas reales, hay una simplicidad inherente. Si se pudiese encontrar esa simplicidad inherente, se podría gestionar, controlar y mejorar el sistema. El otro pilar es que las personas son mucho mejor de lo que se cree. Cuando la gente se equivoca lo hace porque enfrentó algún tipo de conflicto; lo que debemos atacar es al conflicto, no a las personas.TOC es un proceso de mejora continua, por esa razón el ciclo nunca termina. Por eso sigue vigente a pesar de los cambios de los últimos años.

s ¿Qué le diría a un director general de una empresa para convencerlo de las bondades de la TOC?

Buscamos que la performance de las compañías crezcan exponencialmente en términos de estabilidad y crecimiento. El problema es que generalmente los directivos de las empresas no son conscientes de que los sistemas complejos se basan en una simplicidad inherente, que debe ser capitalizada para lograr increíbles mejoras en muy poco tiempo. En "La Meta", hablamos de crecimientos y mejoras impresionantes. Al mismo tiempo, desde el punto de vista de los gerentes y accionistas, hablamos de incrementar la estabilidad, no de disminuirla. La idea es extender lo que se describe en "La Meta" como producción a toda la empresa, lo que significa empezar por el planeamiento estratégico. Todo tiene que estar orientado a un crecimiento exponencial y a la estabilidad.

s En la actualidad y según su experiencia ¿dónde suelen ubicarse gran parte de las restricciones o cuellos de botellas de las empresas?


Existen dos tipos de restricciones: físicas y políticas. Las primeras son tangibles, las segundas representan la mayoría de las restricciones y son causadas por malas decisiones, precisamente por no gestionar a las compañías como sistemas. Para manejar un sistema complejo, hay que dividirlo en subsistemas, dado que cada subsistema es menos complejo que el todo.

s ¿Qué otras grandes fallas de la gestión actual pueden ser resueltas por la TOC? La existencia de silos corporativos, ¿por ejemplo?

Dividir un sistema en subsistemas puede eliminar las restricciones, pero también puede provocar otras fallas, como la mala sincronización, la nociva optimización local e incluso puede llevar a la devastadora mentalidad de los silos. Como los sistemas actuales son demasiado complejos, se cree que lo único que se puede hacer es minimizar el precio. El problema que complica la administración del sistema es que las acciones y decisiones que se desarrollan en un lugar tienen ramificaciones en otras partes, lo que provoca que el sistema se convierta en un laberinto.

s ¿Por qué resultan inútiles muchos de los indicadores financieros tradicionales?

El único indicador que refleja los resultados se llama ganancia de la empresa, los demás sólo confunden. Muchas veces se deciden estrategias pésimas en la administración de empresas, debido a que las compañías se guían por convenciones en vez de preguntarse cómo generar una ventaja competitiva.

s ¿Cuáles son las principales barreras para la implementación de la TOC en las empresas?

Desafortunadamente, la cultura existente hace que las distintas funciones no sincronicen bien con otras funciones. Por lo tanto, los cambios culturales llevan tiempo. La dificultad principal es aprender más y más cuando la empresa se esta moviendo más y más rápido, y esto hace que las implementaciones sean lentas. Lo importante es no correr atrás de cualquier cosa, no perder la visión.

Bom demais para ser verdade

De artigo publicado hoje na Gazeta Mercantil:

Em 13 de julho de 2007, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a Instrução CVM 457, que dispõe sobre a elaboração e divulgação de demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional. Referida instrução permite às companhias abertas, no período de 2007 a 2009, a opção de apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas seguindo as normas do International Accounting Standard Board (IASB). Porém, a partir do exercício social findo em 2010, torna obrigatória às companhias abertas no Brasil, a apresentação das suas demonstrações financeiras consolidadas segundo as normas do IASB. (...)

Além disso, a análise de demonstrações financeiras em um padrão contábil com o qual o investidor já está familiarizado e que dispensa o estudo de entendimento de diferenças de regras de contabilização confere maior facilidade na análise das demonstrações financeiras das companhias abertas.


Direito Corporativo - Padrão contábil internacional - Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Carlos Alexandre Lobo

As normas do Iasb são flexíveis o suficiente em certos itens, permitindo a cada país adotar uma ou outra opção. Deste modo, é muito otimismo considerar que a adoção do Iasb significará que o investidor estará dispensado do entendimento das diferenças existentes em cada país.

Ibase torna-se mais restritivo

Conforme publicado anteriormente neste blog (aqui e aqui), o Ibase aumentou o rigor no seu selo Ibase. Agora, notícia da Gazeta Mercantil informa que o número de empresas diminuiu mais ainda. O maior rigor valoriza a empresa que obteve a distinção do Ibase.



Governança Corporativa
Despenca número de empresas com selo Ibase
Gazeta Mercantil - 13/08/2007

São Paulo, 13 de Agosto de 2007 - O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) divulgou na sexta-feira que apenas 17 companhias brasileiras foram aprovadas para usar o selo da entidade aprovando a qualidade do Balanço Social do exercício de 2006. Dentre elas, apenas quatro - Cosern, Coelce, Cedro e Cachoeira e Petrobras - são listadas na Bovespa, sendo que apenas a última faz parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador que lista companhias com níveis superiores de boas práticas socioambientais.

As demais - Antonio Ruette AgroIndustrial, Cocam, Copag, Dori, Icec, Masa, Nardini, Refrigerantes Marajá, Saint-Gobain Canalização, Sanasa, Usina Alvorada, Usina São Domingos e Vale do Avaí - são empresas menos conhecidas.

Numa primeira etapa, apenas treze atenderam plenamente à nova exigência. Outras quatro, incluindo a Petrobras, refizeram seus balan-ços, acrescentando as informações requeridas e também tiveram o selo.

Mais exigente

De acordo com o coordenador do projeto Balanço Social e Responsabilidade Social Corporativa do Ibase, Ciro Torres, a queda deve-se principalmente à exigência de que as empresas garantam de 2% a 5% de seus cargos para pessoas portadoras de deficiência física. Das 60 empresas que requisitaram o Selo este ano, 22 foram desclassificadas logo no início porque não atendiam esse critério.

Segundo ele, a queda no número de aprovadas já era esperada. "Quisemos dar uma chacoalhada nas empresas", diz.

Segundo ele, com o aumento do rigor, o Ibase sinaliza às companhias que elas devem usar o balanço social como estratégia de gestão e não apenas para conseguir um reconhecimento público. "Decidimos dizer não a relatórios que não mostram evolução das empresas em aspectos sociais".

Criado há dez anos, o selo Ibase é hoje usado por cerca de 400 companhias como referência para a confecção do relatório de suas atividades socioambientais. Até o ano passado, pouco mais de 10% delas conseguiam o selo. Agora, este percentual caiu abaixo de 5%. Ainda assim, o número de inscritas para obter a certificação vem crescendo. No ano passado, foram 54. Em 2007, foram 60 candidatas.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

Remuneração e IPO

Um artigo no Valor Econômico (Os impactos da remuneração executiva nos processos de IPO, Valor Econômico - 13/08/2007) tenta vincular a oferta pública de ação a uma boa estrutura de remuneração. O início do texto destaca a situação atual do mercado de capitais, onde a oferta pública de ação (IPO) é destacada. A partir da questão do "grau de comprometimento dos executivos" da empresa que participa da IPO, o texto inicia-se um vínculo entre IPO e remuneração.

Uma das perguntas-chave, sempre feita por analistas, está relacionada ao grau de comprometimento dos executivos com o projeto e ao tempo de permanência deles no negócio. É preciso assegurar se aquele time ficará na companhia até a obtenção de resultados.


Entretanto, geralmente a empresa que faz a oferta pública de ação possui nos seus quadros pessoas vinculadas a "família" proprietária da empresa, geralmente parentes e pessoas de confiança dos donos. Mas o artigo tenta mostrar que mesmo assim, a política de remuneração é importante:

Sob este ponto de vista, um modelo de remuneração executiva de longo prazo é quase mandatório nos processos de IPO. Atrelado à valorização das ações ou ao retorno sobre o investimento, o enfoque da política de remuneração deve levar em conta os aspectos do mercado, mostrando o compromisso com o projeto apresentado e o dos executivos, garantindo que o sucesso do IPO proverá oportunidade de ganho justa para o profissional.E duas variáveis devem ser consideradas na elaboração da política de remuneração executiva: o valor e o tempo mínimo necessário de permanência do profissional na empresa. Companhias de origem familiar, por exemplo, têm uma visão de perenidade do negócio e adotam políticas com prazos maiores de retorno, aumentando a necessidade de reter os talentos por períodos mais longos.



O texto é de Leonardo Fialho Salgado, Hay Group.

Contabilidade e Futebol: Corinthians

Auditoria de fraude nas contas inicia amanhã Comissão de seis pessoas analisará gastos na gestão MSI/Corinthians desde o fim de 2004
Fábio Hecico - O Estado de São Paulo - 13/08/2007

O que o presidente licenciado Alberto Dualib mais temia no Corinthians - além do impeachment, é claro -, começará amanhã à tarde, no Parque São Jorge. Uma comissão formada por seis pessoas dará início às investigações nas contas do clube. Todos os documentos referentes à parceria com a MSI serão analisados. A auditoria municiará as comissões contra a parceira - encabeçada por Rubens Approbato Machado - e do impeachment - liderada por Alexandre Husni - de dados que serão levados à decisiva reunião do conselho que ratificará rompimento com a MSI e a destituição definitiva de Dualib. (...)

A estrutura de custo e o atraso nos aviões

O blog Posner e Becker apresenta a cada semana um problema sob o ponto de vista destes dois economistas. Geralmente um deles levanta um assunto e o outro apresenta a sua opinião.

Nesta semana o tema é o atraso nos aviões. Ambos (aqui e aqui) opinam sobre os constantes atrasos nos vôos nos Estados Unidos é decorrente da estrutura de custos das empresas aéreas. Como o custo fixo é elevado, a empresas optam por atrasar as saídas para obter a maior ocupação possível.