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13 agosto 2007

Ibase torna-se mais restritivo

Conforme publicado anteriormente neste blog (aqui e aqui), o Ibase aumentou o rigor no seu selo Ibase. Agora, notícia da Gazeta Mercantil informa que o número de empresas diminuiu mais ainda. O maior rigor valoriza a empresa que obteve a distinção do Ibase.



Governança Corporativa
Despenca número de empresas com selo Ibase
Gazeta Mercantil - 13/08/2007

São Paulo, 13 de Agosto de 2007 - O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) divulgou na sexta-feira que apenas 17 companhias brasileiras foram aprovadas para usar o selo da entidade aprovando a qualidade do Balanço Social do exercício de 2006. Dentre elas, apenas quatro - Cosern, Coelce, Cedro e Cachoeira e Petrobras - são listadas na Bovespa, sendo que apenas a última faz parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador que lista companhias com níveis superiores de boas práticas socioambientais.

As demais - Antonio Ruette AgroIndustrial, Cocam, Copag, Dori, Icec, Masa, Nardini, Refrigerantes Marajá, Saint-Gobain Canalização, Sanasa, Usina Alvorada, Usina São Domingos e Vale do Avaí - são empresas menos conhecidas.

Numa primeira etapa, apenas treze atenderam plenamente à nova exigência. Outras quatro, incluindo a Petrobras, refizeram seus balan-ços, acrescentando as informações requeridas e também tiveram o selo.

Mais exigente

De acordo com o coordenador do projeto Balanço Social e Responsabilidade Social Corporativa do Ibase, Ciro Torres, a queda deve-se principalmente à exigência de que as empresas garantam de 2% a 5% de seus cargos para pessoas portadoras de deficiência física. Das 60 empresas que requisitaram o Selo este ano, 22 foram desclassificadas logo no início porque não atendiam esse critério.

Segundo ele, a queda no número de aprovadas já era esperada. "Quisemos dar uma chacoalhada nas empresas", diz.

Segundo ele, com o aumento do rigor, o Ibase sinaliza às companhias que elas devem usar o balanço social como estratégia de gestão e não apenas para conseguir um reconhecimento público. "Decidimos dizer não a relatórios que não mostram evolução das empresas em aspectos sociais".

Criado há dez anos, o selo Ibase é hoje usado por cerca de 400 companhias como referência para a confecção do relatório de suas atividades socioambientais. Até o ano passado, pouco mais de 10% delas conseguiam o selo. Agora, este percentual caiu abaixo de 5%. Ainda assim, o número de inscritas para obter a certificação vem crescendo. No ano passado, foram 54. Em 2007, foram 60 candidatas.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

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