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09 janeiro 2008

Efeito da lei contábil

Novas regras contábeis afetarão ganho de investidor
Graziella Valenti - 08/01/2008

Esse ano promete agito para as empresas abertas e seus acionistas quando o assunto for contabilidade. A mudança da legislação brasileira afetará, além das companhias abertas, seus investidores. Serão diversas as alterações a serem absorvidas e nem todas foram percebidas ainda. E muitas companhias terão de acelerar a familiarização com o padrão internacional IFRS.

A Lei 11.638, promulgada em 28 de dezembro, abre o caminho para a convergência das regras brasileiras ao IFRS. Muitas mudanças foram feitas no próprio texto da lei. Essas terão de ser respeitadas já no balanço anual de 2008, que será publicado em 2009. Porém, grande parte das modificações depende de normalização pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Elas virão aos poucos e terão cronogramas específicos, conforme sua divulgação.

A despeito de uma adoção gradual das modificações necessárias para os balanços individuais das empresas, o investidor poderá se familiarizar com a nova realidade por meio das demonstrações financeiras consolidadas - que não têm efeito fiscal. Há dois cronogramas principais para isso. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BC), no esforço pela convergência, determinaram que empresas abertas e bancos publiquem balanços consolidados rigorosamente de acordo com o IFRS a partir de 2010.

Além disso, há situações em que o prazo é mais curto. As companhias que abriram capital ou migraram para o Novo Mercado têm de apresentar balanço consolidado em padrão internacional - IFRS ou o americano US Gaap - após dois exercícios completos listadas no espaço de governança diferenciada criado pela Bovespa, ou antes disso.

Com o processo acelerado, não demorará para os investidores perceberem que terão de se preparar para as alterações, que representarão uma revolução na contabilidade nacional. Na prática, no entanto, os reflexos só virão quando a contabilidade doméstica estiver plenamente adequada nos balanços individuais: que balizam dividendos e projeções de resultados das companhias.

Fábio Cajazeira, sócio e especialista em mercado de capitais da PricewaterhouseCoopers (PwC), afirma que haverá, por exemplo, ajuste na remuneração dos acionistas. Como a nova lógica afetará os balanços e, com isso, os lucros das empresas, haverá impacto nos dividendos - já que são pagos com base no desempenho.

Quando a realidade contábil brasileira estiver plenamente modificada, Cajazeira acredita que, além da participação dos acionistas nos lucros, haverá reflexos até mesmo sobre o valor das ações listadas na bolsa. "A cotação é, muitas vezes, produto de múltiplos baseados no resultado da companhia. " Em alguns casos, há ganhos e, em outros, perdas.

A reconciliação dos números do padrão nacional com o IFRS do Banco Itaú dá uma mostra do tamanho do impacto. Enquanto o lucro líquido do banco pela legislação societária foi de R$ 4,3 bilhões, em 2006, o ganho em IFRS somou R$ 6,4 bilhões. Já o patrimônio subiu de R$ 23,5 bilhões para R$ 27,5 bilhões, com a adequação dos parâmetros.

As diferenças de resultados geradas da transição de regras não são exclusividades das empresas brasileiras. As companhias européias, quando passaram por esse processo entre 2001 e 2005, também sofreram ajustes bilionários. Henri Fortin, especialista em administração financeira do Banco Mundial, afirmou que as mudanças no Brasil são de grande relevância para melhor inserção do país no contexto global dos mercados financeiros, cada vez mais complexos e interligados.

Apesar da possibilidade de as empresas listadas no Novo Mercado escolherem entre IFRS e US Gaap é de se esperar um aumento da opção pelo padrão internacional, no lugar do americano - até poucos anos, o mais difundido. A mudança no Brasil está em linha com a evolução global do tema. Vem aumentando o número de países que toma como base o IFRS e, em novembro, até o órgão regulador americano, a Securities and Exchange Commission (SEC), passou a permitir que as companhias estrangeiras listadas lá apresentem apenas os números no padrão internacional, sem necessidade de reconciliação com o US Gaap.

A preferência pelo IFRS por parte das empresas com governança diferenciada deverá facilitar a adaptação do investidor, na medida em que já demonstrará quais serão as companhias mais afetadas e as linhas do balanço que sofrerão os ajustes mais significativos. Cajazeira conta que cerca de 70% das empresas com nível de transparência diferenciado já estavam inclinadas a usar o IFRS. As demais consideravam ainda alguma chance de optar pelo americano em razão do padrão ser usado pelas concorrentes internacionais.

O superintendente de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga, diz que não há intenção de mudar a regra. Ou seja, as empresas não serão obrigadas a escolher o IFRS. Elas poderão usar o US Gaap, se assim desejarem. Aquelas que já seguem o modelo americano também poderão continuar com essa opção. No entanto, admite que tanto as mudanças no Brasil quanto a decisão da SEC devem influenciar a predileção pelo padrão internacional.

Valor Econômico


Enviado por Ricardo Viana

Externalidades

Externalidade é um conceito muito importante da economia. Diz respeito aos efeitos, positivos ou negativos, gerados por um agente econômico que atinge outros agentes. Os agentes atingidos não têm condições de impedir estas externalidades. (aqui e aqui) Um exemplo simples é a construção de uma estrada, que terá como externalidade negativa o desmatamento da região.

No mundo moderno é comum escutar a expressão que um determinado produto não possui custo. Por exemplo, este blog, tanto para o autor, quanto para o leitor, "não possui custo". Mas esta afirmação não é correta pois estamos deixando de considerar as "externalidades". A Google, que possibilita a existência deste espaço, ganha com ele (toda vez que vou colocar uma postagem, aparece a mensagem perguntando se eu - e a Google - não gostaria de ganhar dinheiro com o blog). Quando usamos a Wikipedia sem pagar nada, alguém precisa financiar este "custo" que aparentemente não existe (no caso da Wikipedia, são os doadores. Você já percebeu que existe um convite para você doar para a Wikipedia continuar seu trabalho?)

Neste ponto, não custa lembrar de uma máxima de finanças: não existe almoço grátis.

O vínculo entre economia e guerra

Desde o fim da segunda guerra mundial, o mundo já conviveu com mais de uma centena de guerra civis. O resultado destes conflitos foi mais de 16 milhões de vidas. Uma possível explicação para a existência deste tipo de conflito é a economia. Os países menos desenvolvidos geralmente dependem de poucos produtos para obter divisas. Quando o preço destes produtos reduz no mercado mundial, a chance de um conflito é maior. Markus Brückner e Antonio Ciccone (aqui) analisaram esta questão e encontraram alguns vínculos. No período entre 1997 e 2000 o preço internacional do café caiu em 50%. Três países da África que dependem da exportação do produto, Burundi, Ruanda e Uganda, iniciaram uma guerra logo após (em 2000, 2001 e 2002, nesta ordem).

Periódicos e Fator de Impacto

Uma forma de verificar se um periódico é importante para uma área é através do fator de impacto. Entretanto, esta medida tem uma série de problemas. O principal é a mensuração. Clique aqui e aqui

08 janeiro 2008

Rir é o melhor remédio


Fonte

A nova lei

Temos algumas mudanças na lei 6.404 (aqui, a lei 6.404 como ficou). Sabemos que o presidente Lula vetou a questão dos resultados dos exercícios futuros por questões tributárias (aqui). Como diria o grande filósofo Neto, "é brincadeira".

Quando analisamos o que era necessário fazer em termos de lei (leasing, classificação do ativo, publicação de informações para empresas fechadas, extinção das reservas do patrimônio e do REF) ficamos frustados com o resultado final. Pelo visto, teremos mais várias décadas com uma lei que já não atende as necessidades de um país moderno.

Links

1. Para quem toma Coca-cola Um vídeo interessante que mostra o efeito da Coca
2. Empresa mais odiada entre seus pares
3. Tortura chinesa a moda antiga Antigo manual chinês de tortura
4. Arte fractal

Vídeo

Um dica de vídeo, sobre contabilidade, enviada por Saulo Augusto (aqui). Comédia inglesa.

Brasil no futuro

Seremos a fazenda do mundo?

"If China was becoming the world's workshop and India its back office, Brazil is its farm -- and potentially its center of environmental services." Michael Reid no seu livro "Forgotten Continent", citado por Roger Cohen em New Day In The Americas New York Times, 6/1/2008 (Este artigo foi traduzido e publicado no Estadão)

Pagando bons dividendos

Entre as empresas que mais pagam dividendos, a primeira colocada, segundo o critério do Dividend Yield (a relação entre dividendo e o valor da ação) é a Transmissão Paulista (14,23%). Depois, Eletropaulo (13,71%) e Telesp (10,60%). Fonte: Aqui

Blog em Contabilidade

É raro um blog que discute contabilidade. Aqui tem um link para o blog do Moises Ávila.

Dez Lugares Mais Poluídos do Mundo

1. Sumqayit, Azerbaijan
2. Chernobyl, Ukraine
3. DzerzHinsk, Russia
4. Kabwe, Zambia
5. La Oroya, Peru
6. Linfen, China
7. Norilsk, Russia
8. Sukinda, India
9. Tianying, China
10. Vapi, India

Fonte: Aqui

Sears acusada de expor dados dos clientes



O cliente é convidado a participar de uma comunidade na internet, com a possibilidade de ganhar prêmios, sem saber que a empresa está usando os dados obtidos no computador do inocente de forma invasiva e sem permissão. Um especialista de Harvard descobriu o esquema e denunciou. Veja notícia aqui , aqui e aqui

Conforme pode ser notado, o preço das ações da empresa recuaram.(Fonte: AOL)

Parece comédia

Lisboa, 04 Jan (Lusa) - A análise dos documentos de contabilidade da Air Luxor de 2003 a 2005 indica que existiam bens no imobilizado que, entretanto, "desapareceram pura e simplesmente", afirma o relatório do administrador de insolvência da companhia de aviação.

O relatório, hoje apresentado à assembleia de credores da Air Luxor, que se reuniu no Tribunal de Comércio de Lisboa, acrescenta: "continuamos a não perceber onde se encontram esses bens nem quem os tem, pelo que cremos estar perante uma situação de crime de roubo".

Na apresentação do relatório à assembleia de credores, o administrador de insolvência assinalou que "não teve acesso a elementos credíveis de contabilidade que lhe permitissem elaborar um parecer fundamentado".

O administrador indicou que conseguiu localizar e apreender alguns activos da Air Luxor e que aguarda oportunidade para apreender mais alguns.

Depois de um trabalhador referir a existência de alguns activos da empresa e indicar os locais para onde foram deslocados, a juíza apelou a todos os presentes que conhecessem activos da empresa e a sua localização que o comunicassem ao administrador de insolvência.

A juíza indicou que o avião Falcon apreendido tem um valor atribuído de 500 mil euros.

Na sua apresentação, o administrador de insolvência afirmou que o seu trabalho "tem sido um romance", adiantando que primeiro não sabia onde era a sede da Air Luxor e quando lá foi já estava alugada por outra empresa.

Afirmou que havia documentos de contabilidade empacotados para seguir para um armazém e parte deles já tinha seguido, observando que está a negociar com os proprietários do espaço onde se encontram os documentos a utilização desse espaço para se fazer a auditoria decidida pela Comissão de Credores.

Uma auditoria que, segundo a juíza, pode demorar meses.

O administrador de insolvência disse à agência Lusa que não se sabe ainda quanto tempo demorará este processo de liquidação da Air Luxor, admitindo que face á situação existente possa prolongar-se por três ou quatro anos.


Aviação: Bens da Air Luxor "desapareceram pura e simplesmente" - administrador de insolvência - Agência Lusa - Serviço Economia - 4/1/2008

Jogo do Giro

Conforme a CFO Magazine (Playing Games, 10/12/2007), uma pesquisa nas demonstrações contábeis de 145 grandes empresas européias mostrou que estas entidades fazem operações para melhorar seu capital de giro. No final do ano, as empresas aumentam o desconto, devolvem estoques para fornecedores etc para reduzir o dias de vendas a receber (DVR ou DSO). O dia de vendas em estoque também reduz no período.

Sendo Simples e Fazendo Sucesso

O sucesso do Nintendo Wii diante dos complexos concorrentes mostra que a simplicidade pode ser importante nos dias de hoje. Em lugar de hardware com muitas funções, a Nintendo optou com o game simples e acessível para quem não quer passar o dia inteiro jogando. Mas o sucesso maior da empresa está no

Nintendo DS, que ainda vende muito, apesar de ter três anos de idade. O DS não possui nada muito complexo. Leia mais aqui

Ensino a distância

O ensino a distância possui características peculiares que podem ajudar na eliminação do Dilema de Baumol. (Relembrando, Baumol é um economista norte-americano, ainda vivo, que propôs que em certos setores, inclusive educação, não é possível ter uma redução do custo em virtude do aumento da produtividade). Algumas instituições de ensino, como a University of Phoenix, nos Estados Unidos, e algumas universidades no Brasil, possuem uma estrutura produtiva diferente do ensino tradicional.

Os cursos ofertados possuem estruturas para reduzir custos, incluindo a redução de infra-estrutura no campus (prédios, bibliotecas etc), economia de escala (centralização dos cursos e padronização dos conteúdos) e redução no atendimento on-line com redução na interação entre aluno e professor. Além disto, este modelo reduz a possibilidade de inovações e alterações substanciais de conteúdo.

Os modelos mais tradicionais de ensino à distância, como o praticado pela Universidade Aberta do Brasil, não consegue obter esta estrutura de produção. Usam uma relação tutores/aluno baixa, um material produzido por especialistas da área, promovem encontros presenciais, entre outros aspectos. Por um lado, isto serve para melhorar a qualidade deste ensino. Mas por outro, não se consegue obter uma economia de escala tão elevada.

Clique aqui para ler mais

Mapa Interessante 2

Aqui, neste texto , é elogiado um bom gráfico. É interessante a história de três dos melhores mapas. O mapa da guerra da Criméia, considerado um dos melhores da história, consegue mostrar 6 informações ao mesmo tempo, de forma didática.

Mapa Interessante

Este mapa apresenta de maneira didática os maiores produtores de petróleo e os maiores consumidores, além do caminho do petróleo no mundo. Didático e Simples

07 janeiro 2008

Rir é o melhor remédio

2007 em revista. Um vídeo de 108 segundo sobre o ano de 2007

Alfa e Warren Buffett

A importância do "alfa" na indústria de fundos. Clique aqui para ler (em inglês). E outra, da mesma The Economist, sobre Buffett

Mercado


Em 2007, o mercado acionário brasileiro foi o 5o. do mundo, conforme a The Economist. Valorização um pouco acima de 40%.

Os mais vendidos de 2007

1. Harry Potter and the Deathly Hallows - J.K. Rowling
2. The Secret - Rhonda Byrne
3. Eat, Pray, Love: One Woman's Search for Everything Across Italy, India and Indonesia- Elizabeth Gilbert
4. Harry Potter und die Heiligtümer des Todes -J.K. Rowling
5. A Thousand Splendid Suns - Khaled Hosseini
6. The Dangerous Book for Boys - Conn Iggulden & Hal Iggulden
7. Deceptively Delicious: Simple Secrets to Get Your Kids Eating Good Food - Jessica Seinfeld
8. Good to Great: Why Some Companies Make the Leap...and Others Don't - Jim Collins
9. Water for Elephants: A Novel - Sara Gruen
10. StrengthsFinder 2.0: A New and Upgraded Edition of the Online Test from Gallup's Now, Discover Your Strengths - Tom Rath

Fonte: Amazon e The Economist

Canal de Tempo por 5 bilhões

Um canal de tempo deverá ser negociado por 5 bilhões. Duas possíveis razões para este preço absurdo: a existência de poucos canais a cabo independentes; e o fato de ser um bom ponto de venda para anunciantes. Geralmente o Weather (e seu endereço Weather.com) é muito visitado, em especial por viajantes. Clique aqui e aqui

Como se faz lavagem de dinheiro

O traficante lavava o dinheiro num lava-jato.

Um dos dez filhos do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, é apontado pela delegada federal Luciana de Castro Ribeiro como sucessor dele no comando da quadrilha de tráfico internacional de drogas. (...)

Ele também é acusado de lavar o dinheiro do tráfico por meio da empresa Gás Aceso - com nome fantasia Chama Gás, na Favela de Duque de Caxias -, da qual é sócio ao lado de um cunhado de Beira-Mar, Carlos Wilson Portela Wanderley, e de Wilson Messias do Nascimento. Na contabilidade da empresa não apareciam as despesas reais, criando lucro fictício a ser distribuído entre os sócios. Assim, segundo peritos federais, o dinheiro do tráfico ganhava aparência legal. O mesmo acontecia na JJ Lava a Jato, também na favela, que pertence a Jaqueline e a Jorge Ribeiro Júnior, preso na Operação Fênix. O responsável pelas contas das empresas e de seus sócios, o contador Humberto Marcelino Ferreira, foi indiciado por lavagem de dinheiro. (...)


Filho assume império de Beira-Mar CRIMINALIDADE Aos 21 anos, Felipe Alexandre da Costa virou chefe da quadrilha após prisão de Jaqueline, mulher do traficante
Marcelo Auler - Estado de S. Paulo, 6/1/2008

Golpe da Formatura

FORTALEZA. O baile de formatura da turma de Agronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), marcado para amanhã, era o momento mais esperado pelos 44 alunos que concluíram o curso em dezembro. Mas a festa e a confraternização com as famílias não acontecerão. Eles foram vítimas de um golpe estimado em quase R$5 milhões, praticado pela empresa de eventos Academia da Formatura. Os donos desapareceram com o dinheiro de cerca de três mil alunos que haviam pago integral ou parcialmente os custos para a organização das solenidades de colação de grau, missas e festa.

Gilson Louzado, de 25 anos, um dos integrantes da comissão de organização da formatura do curso de Agronomia foi ontem à tarde à Delegacia de Defraudações e Falsificações registrar ocorrência. Encontrou outras dezenas de pessoas, de diferentes cursos e universidades, também vítimas do golpe. Em média, cada estudante pagou cerca de R$1.500. O baile de Gilson e sua turma aconteceria num dos mais caros buffets de Fortaleza.

Não há ainda o número preciso de alunos lesados. A estimativa é de que cerca de 300 cursos de cinco universidades tenham sido afetados. A Academia de Formatura existe desde 2001 e era muito conhecida na cidade. Os eventos aconteceram normalmente até a semana passada. O delegado titular da Delegacia de Falsificação e Defraudações, Andrade Júnior, disse que já pediu a prisão preventiva de Geraldo Guerra e Ana Cristina Ribeiro Lopes, donos da empresa.


Alunos sofrem golpe de R$5 milhões - O Globo - 4/1/2008

Jargão

Um texto interessante do Financial Times (Sharp reminder of how auditing jargon can hurt, escrito pela Jennifer Hughes, 2/1/2008, Ed1, Page 17) comenta sobre o jargão de auditoria. A autora coloca que os investidores aguardam, todo ano, as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria se os negócios estão em processo de continuidade. Este ano, a consideração da "continuidade" será crítica para os investidores como um sinal. Conforme lembra Hughes, tecnicamente "estar em continuidade" significa que um negócio é considerado viável. Caso contrário, existindo um opinião adversa, isto significa problemas.

In auditing standards, cause for the emphases are preceded by dire-sounding phrases such as "significant level of concern" and "material uncertainty."

"The wording is horrid. There is a danger the market will react and that the words become a prophecy that is self-fulfilling," said Martyn Jones, national audit technical partner at Deloitte. "There clearly needs to be a lot of early work by companies to make sure the going concern area is dealt with properly."

Auditors have good reason to worry about professional liability. After the meltdown of so many dotcom companies in 2001, a wave of lawsuits followed.

Coréia Perdoa fraudador

Segundo o Financial Times (President pardons Daewoo fraudster, por Song Jung-A, 2/1/2008, Asia Ed1,Page 13), o ex-dirigente do Daewoo Group, Kim Woo-choong, foi perdoado, no dia 1o. de janeiro, da sentença de 10 anos recebida em 2006. O executivo foi preso por fraude e outros crimes, depois que a Daewoo entrou em crise financeira com dívidas acima de 80 bilhões de dólares. O perdão é um procedimento tradicional na Coréia do Sul e incluiu outros executivos. Mas o tamanho do perdão gerou críticas no país.

Enquanto isto, nos Estados Unidos, o ex-executivo da Waste James E. Koenig foi condenado. Aqui e aqui

Nova Lei

Foi sancionada pelo Presidente da República a Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n o 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

A supracitada lei pode ser acessada através do seguinte endereço


Grato, Eliedna Barbosa (Edinha)

A seguir uma reportagem sobre o assunto:

Nova lei deve provocar correria nas empresas
Gazeta Mercantil 3/1/2007

São Paulo, 3 de Janeiro de 2008 - A reforma da lei contábil brasileira deve provocar correria entre as empresas que serão atingidas pela mudança, segundo instituições do mercado de capitais. Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira, dia 28, o texto da lei n 3741/00 determina a publicação dos demonstrativos financeiros individuais de acordo com os padrões contábeis internacionais (IFRS, na sigla em inglês) já no exercício de 2008.

Na prática, os balanços de todas as companhias abertas e as de capital fechado com ativos acima de R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões terão que seguir as diretrizes estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia avisou que pretende acatar os pareceres do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão independente criado em 2005 para liderar o processo de convergência do padrão de contabilidade brasileiro ao IFRS, já adotado por 107 países.

Até agora, o CPC emitiu apenas um pronunciamento técnico, que diz respeito à redução do valor recuperável de ativos. Outros cinco pareceres estão em audiência pública e podem ser aprovados em breve de forma conjunta com a CVM. "À medida que forem divulgados, esses pareceres se tornarão obrigatórios", explica Vânia Borgerth, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) no Rio de Janeiro. A CVM já avisou que o balanço consolidado das empresas do exercício de 2010 deverá estar totalmente enquadrado ao padrão internacional.

Para o presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Francisco Papellás Filho, a pressa das empresas para se enquadrar às novas regras vai provocar uma corrida por profissionais especializados em contabilidade internacional. "Não vai ter contador suficiente para atender a demanda", prevê. "Não há profissionais formados em número suficiente para conduzir essa transição com tranquilidade", concorda Vânia, do Ibri.

Segundo ela, as companhias que apostavam na postergação da mudança são as que mais têm a temer, já que trata-se de uma transição complexa e custosa. "Foi por isso que as autoridades regulatórias européias deram alguns anos de prazo para as companhias da região se adaptarem".

Para tentar compensar a falta de formação no assunto nas universidades, grandes empresas como Itaú, HSBC, Petrobras e Odebrecht vêm realizando cursos intensivos de IFRS in company para seus funcionários. Simultaneamente, as grandes firmas de auditoria (Ernst & Young, Price, Deloitte e KPMG) estão vendendo programas de treinamento.

Para Reginaldo Alexandre é diretor técnico da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), a mudança é bem vinda e abrirá a porta para a chegada de mais investimentos estrangeiros em ações de empresas domésticas. "Por outro lado, a pressão de prazo vai obrigar as companhias a se movimentarem mais rapidamente", avalia.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Aluísio Alves)

Fundos quantitativos


Máquinas do lucro
Por Angelo Pavini, de São Paulo
04/01/2008

A maioria dos fundos quantitativos, que usam sistemas automáticos de decisão de investimentos com base em modelos estatísticos e matemáticos, se saiu bem no ano passado. De uma amostra de 12 fundos acompanhados pelo Valor com base em dados do site Fortuna, oito conseguiram superar o CDI de 11,82% em 2007. Apesar disso, a estratégia parece não ter ainda caído nas graças dos investidores, com um resgate líquido de R$ 95 milhões, fechando dezembro com um patrimônio de R$ 630 milhões. Esse valor está concentrado em cinco carteiras - Santander Dinâmico, SLW Volatilidade, ABN Amro Quant e os dois fundos que o Itaú herdou do BankBoston, Quant IB e Expert IB. Muitas carteiras têm menos de R$ 10 milhões.

Um dos destaques do ano é a novata Vector Investimentos, cujo fundo Vector Quantitativo acumulou 16,70% no ano, o melhor desempenho da amostra. A gestora foi criada em 2006 por um grupo de ex-executivos do Garantia/Credit Suisse e do Unibanco que resolveu criar uma carteira quantitativa dentro do projeto de uma encubadora de fundos do Banque Safdié. "A idéia era receber aplicações dessa encubadora, mas o Safdié desistiu do projeto", explica Moacir Kang, sócio da Vector. Assim, o fundo acabou sendo criado com recursos dos sócios e conhecidos, acumulando R$ 3,5 milhões.

Kang - que foi responsável pela área de derivativos da Unibanco Asset Management e da tesouraria do banco - e seu sócio Marcelo Chilov tiveram sua primeira experiência com gestão quantitativa na AAA Asset Management, em 1999. O fundo quantitativo voltado para estrangeiros acabou fechando com a crise da Nasdaq. "Mas essa experiência nos ajudou a montar um dos melhores bancos de dados de cotações do mercado brasileiro, ferramenta fundamental para os modelos quantitativos", diz.

Segundo Kang, o Vector Quantitativo usa o sistema de caixa preta, onde o modelo decide o que fazer, sem interferência humana. "O gestor só entra se há algum evento corporativo, algum anúncio de uma empresa", diz. Nesse caso, normalmente a ação é retirada da carteira, que é, então, recalculada pelo modelo.

O desempenho do Santander Dinâmico, o maior da categoria, foi bastante errático ao longo de 2007, explica Alexandre Silverio, superintendente de gestão de fundos da Santander Asset Management. O fundo, que completou quatro anos em 2007 com retorno médio anual de 114% do CDI, foi razoável no primeiro semestre e ganhou bastante no segundo, chegando a acumular 125% do referencial até outubro. Em novembro e dezembro, porém, a carteira teve perdas no mercado de dólar e fechou o ano com 104,5% do CDI. "Gosto de indicar esse fundo para diversificação, pois ele não se vincula às decisões da equipe de gestão", diz Silverio. O Dinâmico fechou com uma volatilidade razoável, de 7,6% ao ano, para 12% dos multimercados mais agressivos ou 30% de um fundo de ações.

Os modelos dos fundos quantitativos tiveram de ser ajustados à nova realidade do mercado criada pela crise das hipotecas de alto risco ("subprime"), diz Aristides Jannini, diretor-executivo de Asset Management do banco WestLB. Uma das mudanças foi fazer com que os modelos trabalhassem com menor risco e volatilidade, que assustavam os investidores. "Fizemos isso evitando que os fundos 'dormissem' com posições em aberto, mesmo abrindo mão de alguns ganhos", diz. "Isso corrigia a grande falha dos fundos quantitativos, que é não detectar o fato novo, que não está no modelo", diz. O resultado foi bom para o WestLB Absolut, que terminou o ano com retorno de 15,68%. "Foi um retorno muito bom se levarmos em conta que muitos fundos multimercados tiveram perdas", diz. "Nosso trabalho neste ano, que também deve ter forte volatilidade, será reduzir ainda mais a oscilação dos modelos e mostrar para o cliente que essas aplicações devem ser vistas no longo prazo."



No começo do ano, o Principia Hedge também não foi muito bem. O período foi de "spreads" (diferenças de cotações) altos e as distorções de preços demoraram mais para se ajustar, reduzindo os ganhos dos modelos, explica Marcelo Paixão, sócio da Principia Capital Management. Mas, quando o mercado começou a cair em agosto, com liquidez, os modelos começaram a ir bem. "Nos pares de long/short (arbitragem de ações) e no mercado de volatilidade tinha muita distorção e, com a liquidez maior e 'spreads' menores, o custo de transação caiu e tivemos mais resultados", diz. Paixão lembra que, para o modelo quantitativo, não importa muito se o mercado cai ou sobe, mas que oscile bastante e tenha muita liquidez para os "spreads" não se alargarem. Para este ano, Paixão espera que mercado continue com liquidez abundante e muita volatilidade, o que deve beneficiar os modelos quantitativos. "Pode ser um quadro semelhante ao do segundo semestre do ano passado", diz.

Valor Econômico

Enviado por Ricardo Viana

Novo periódico

A Revista de Contabilidade e Organizações aparece com uma série de artigos interessantes. Temas como princípios de contabilidade (com Sérgio de Iudicíbus), Teoria de Agência (Flávia Dalmácio e Luiz Corrar), Evidenciação de Informações (Marcelle Oliveira), Métodos quantitativos em Auditoria (José Maria Dias Filho e Joselito Ribeiro), Privatização (Rogério Reis, Ariton Teixeira e Mirian Pires), Situação Financeira dos Estados Brasileiros (Gilmar Mello e Valmor Slomski) e Professor Universitário (Vilma Slomski). Além disto, um artigo internacional de Merchant, sobre orçamento.

Vale Brinde

Sobre o crescente mercado de vale brinde, em especial nesta época do ano, este artigo ilustra o crescimento exponencial e faz uma análise sob a ótica econômica. Aqui e aqui mais sobre isto. No livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o prof. Jorge Katsumi, analisamos o sentido contábil do vale brinde.

Links

1. Efeito janeiro
2. Reversão à média em mercados emergentes?
3. Igreja de resultados
4. Agências de desenvolvimento gostam de grandes agendas, pois não podem ser mensuradas

Um resumo da Contabilidade Internacional

A seguir, um breve relato da história recente da contabilidade:

El paso definitivo hacia una normativa contable global
Manuel García-Ayuso Covarsí
Miembro del European Financial Reporting Advisory Group, Catedrático de Contabilidad y Economía Financiera de la Universidad de Sevilla y Consejero de ACIF
Expansión - 07/1/2008

¿Se imagina un futuro en el que todos los ciudadanos del mundo hablasen el mismo idioma? Eso, que en el plano de la comunicación humana se nos antoja como pura utopía, parece ahora un objetivo al alcance de la mano en el ámbito de la Contabilidad.

La armonización contable internacional, que ya se había planteado como un objetivo deseable desde el ámbito académico, comenzó a reclamarse con fuerza en el ámbito empresarial en la última parte del siglo XX. Las grandes empresas europeas aspiraban a contar con un cuerpo normativo único que les permitiese formular sus cuentas anuales de modo que fuesen aceptadas en todos los mercados de valores en que cotizaban. El acuerdo firmado por el Comité Internacional de Normas de Contabilidad (IASC) y la organización mundial de reguladores de los mercados de valores (IOSCO) en 1995, que condujo a que el 17 de mayo de 2000 se produjese la aceptación de las normas del primero por los segundos, hizo que las empresas de todo el mundo volvieran los ojos hacia las normas del IASC como modelo contable de referencia a nivel internacional, con la esperanza (por parte de las más importantes) de que su aplicación les permitiese reducir los elevados costes de preparación de sus cuentas anuales de conformidad con diferentes cuerpos normativos y, particularmente, les eximiese del requisito de reconciliación establecido por la comisión reguladora de los mercados de valores estadounidenses (SEC) para las sociedades extranjeras cotizadas en ese país.

La presión ejercida por las multinacionales europeas sobre los órganos de la Unión Europea (UE) y la consolidación del IASC (rebautizado como IASB) como organismo independiente emisor de normas contables, llevó a la UE a modificar su estrategia contable en noviembre de 1995 mediante la emisión de una comunicación en la que, si bien defendía la utilidad de las Directivas como herramienta para mejorar la calidad de la información contable en la UE, reconocían su incapacidad para la resolución de algunos problemas relevantes a los que se enfrentaban las empresas de sus estados miembros. A nadie escapa que, en la práctica, las Directivas no lograron una verdadera armonización, es decir, no condujeron a la elaboración de cuentas anuales comparables por las empresas en el seno de la UE, por lo que ante la tesitura de modificar las Directivas o adoptar un cuerpo normativo ya desarrollado, la Comisión Europea emitió en 2000 una nueva comunicación en la que declaraba su firme propósito de requerir a todas las sociedades con valores admitidos a cotización en alguno de los estados miembros de la UE, la formulación de sus cuentas anuales de conformidad con las normas del IASB. Inmediatamente después se promulgó la Directiva 2001/65/CE del Parlamento Europeo y del Consejo de 27 de septiembre de 2001, por la que se modificaron las Directivas 78/660/CEE, 83/349/CEE y 86/635/CEE en lo relativo a las normas de valoración aplicables en las cuentas anuales consolidadas de determinadas formas de sociedad, así como de los bancos y otras entidades financieras. Mediante esta Directiva (DOCE nº 283, de 27 de octubre de 2001), se impuso a los Estados miembros la exigencia de introducir la posibilidad de reflejar determinados activos y pasivos financieros en el balance de las empresas atendiendo a sus valores razonables.

La convergencia a las normas del IASB se hizo realidad con la aprobación del Reglamento (CE) Nº 1606/2002 del Parlamento Europeo y del Consejo, de 19 de julio de 2002, por el que las NICs, NIIFS y sus interpretaciones se convertían en el cuerpo normativo obligatorio para los grupos cotizados en la UE a partir del 1 de enero de 2005. Simultáneamente, la Comisión Europea establecía un filtro técnico a cargo del EFRAG (European Financial Reporting Advisory Group) y otro de carácter político a cargo del ARC (Accounting Regulatory Committee).

En el marco de su estrategia tendente a convertirse en el organismo emisor de normas contables dominante en el mundo, el IASB sumó a la alianza establecida con la IOSCO otra que consolidaría posición dominante. Como resultado de una reunión mantenida en Norwalk en septiembre de 2002, el organismo emisor de normas contables en Estados Unidos (FASB) y el IASB, alcanzaron un acuerdo en virtud del cual ambos se comprometían a desarrollar conjuntamente normas contables de calidad y compatibles, que pudieran ser utilizadas para la elaboración y la publicación de información contable, tanto a nivel nacional como a nivel internacional. En concreto, los dos organismos reguladores se comprometieron a realizar los máximos esfuerzos con el fin de: (i) hacer que sus normas contables en vigor resulten compatibles tan pronto como sea posible, (ii) coordinar sus programas de trabajo para el futuro de modo que se garantice que, una vez alcanzada, la compatibilidad se mantenga en el tiempo.

El 27 de febrero de 2006, FASB e IASB publicaron un breve documento conjunto, denominado Memorandum of Understanding (MoU), en el que exponían que la eliminación del requisito de reconciliación con los principios y normas contables estadounidenses al que siempre han estado sometidas todas las empresas extranjeras por la SEC, sería posible a partir del 1 de enero de 2009 si las NIIF se aplican de manera efectiva por un gran número de empresas en un gran número de países y se logra un apreciable avance en el proyecto de convergencia desarrollado conjuntamente por FASB e IASB. En consecuencia, la eliminación en un plazo relativamente corto del requisito de reconciliación por parte de la SEC, se configuraba como el objetivo último del proceso de armonización contable internacional.

Animados por este movimiento hacia la convergencia, un buen número de países han decidido recientemente adoptar el modelo contable del IASB para su aplicación, cuando menos, por las sociedades cotizadas en bolsa. Así, por ejemplo, China manifestó el pasado 15 de febrero su intención de hacer converger sus normas de contabilidad hacia las NIIF y, Chile, la economía más desarrollada de América al sur de los Estados Unidos ha decidido adoptar las normas del IASB para su aplicación por las sociedades cotizadas con efectos el 1 de enero de 2009, contando para ello con el respaldo del Banco Mundial y el asesoramiento de un equipo de académicos españoles entre los que he tenido el honor de estar, junto a los profesores Esteo Sánchez, Laínez Gadea y Monterrey Mayoral. Como consecuencia de todo ello, las normas del IASB y las interpretaciones que de ellas hace el IFRIC se han configurado como el cuerpo normativo que en un futuro no muy lejano constituirá el lenguaje universal de la Contabilidad.

El 24 de octubre de 2007, Robert Herz, Presidente del FASB, compareció ante la Subcomisión de Valores, Seguros e Inversiones del Comité del Senado de Estados Unidos para asuntos de Banca, Vivienda y Urbanismo, en el marco de una sesión sobre "Normas Internacionales de Contabilidad: Oportunidades Retos y Aspectos relacionados con la Convergencia". En su declaración, Herz expuso que el FASB considera la supresión por SEC del requisito de reconciliación de la información contable, es congruente con el compromiso de todas las partes implicadas en el proceso de convergencia, para hacer realidad la transición hacia un modelo contable global basado en las NIIF. Entre las medidas necesarias para lograr esa transición, citó expresamente (i) la reducción o eliminación de los procesos de endorsment que dan lugar a adopciones incompletas de las NIIF, (ii) el fortalecimiento del IASB como organismo emisor de normas contables independiente y de ámbito global, garantizando su estabilidad y la suficiencia presupuestaria y de medios humanos, (iii) el desarrollo de las NIIF en áreas insuficientemente reguladas (seguros o empresas extractivas) y su mejora para mejorar la relevancia y comprensibilidad de la información (marco conceptual, instrumentos financieros, etc.) y (iv), la mejora de la coordinación de los mecanismos de revisión de las normas y los de carácter coercitivo. Nunca hasta ahora, habíamos tenido una manifestación expresa y tan palmaria del interés del regulador estadounidense por converger hacia las NIIF, haciendo que las normas del IASB se conviertan en el modelo contable global y único: "…aunque hemos hecho firmes progresos en nuestro programa de convergencia, con nuestra estrategia actual nos llevará muchos años más alcanzar el objetivo de la convergencia total. Consiguientemente, y a la luz del creciente uso de las NIIF en muchas otras partes del mundo, creemos que este puede ser el momento adecuado para considerar vías que nos lleven a acelerar el esfuerzo de convergencia y la transición a las NIIF en los Estados Unidos. Para ser verdaderamente internacional, cualquier conjunto de normas contables debe ser adoptado y utilizado en el mayor mercado de capitales del mundo, los Estados Unidos".

El último escollo para hacer realidad la armonización contable internacional ha sido superado hace sólo unos días. En concreto, el pasado 15 de noviembre la SEC hizo pública su decisión de eximir a las empresas cotizadas en las bolsas estadounidenses del requisito de reformular o reconciliar sus cuentas anuales con las que hubieran resultado de la aplicación de las normas del FASB.

Así pues, en el futuro, las grandes empresas multinacionales hablarán un lenguaje único. Sin duda, las sociedades cotizadas en los mercados internacionales, los participantes en esos mercados y todos cuantos vivimos en contacto con la información contable estamos de enhorabuena.

02 janeiro 2008

Rir é o melhor remédio

CARDÁPIO CANIBAL
Viajando por uma região de canibais, o antropólogo chega a uma lanchonetezinha escondida no meio da selva.

O cardápio chama atenção:

Missionário frito = R$ 30,00
Guia de safári ao molho pardo = R$ 25,00
Político brasileiro ao forno = R$ 275,00

Intrigado com a disparidade de preços, ele pergunta ao dono da espelunca a razão pela qual "político ao forno" era um prato tão caro.

- Além de ser muito difícil de ser caçado e levar horas e horas cozinhando, o senhor por acaso já tentou limpar um deles ?

Enviado por Matias

Desempenho em 2007

Este blog encerra 2007 com 1.679 postagens. Isto representa cerca de 4,6 postagem por dia. Foram 14.119 visitas e 25188 pageviews. O tempo médio gasto pelo visitante foi de 1 minuto e 49 segundos. 121 visitantes passaram pela página mais de 200 vezes. Isto indica que existe um pequeno número de leitores fiéis. Grato a todos.

Espero que os leitores habituais indiquem o blog para um colega ou amigo.

Aproveito para comunicar que nos próximos dias, por motivo de viagem pessoal, a postagem pode-se tornar inconstante.

Contabilidade como Surpresa

Para a CFO Magazine a contabilidade foi o destaque do ano. A revista questiona o prazo para implantação da IFRS ; questiona se o LIFO (último a entrar, primeiro a sair) poderá ser adotado algum dia na Europa; e discute a questão da consistência da IFRS.

Candidatos ao Doutorado

O segundo programa de doutorado em Contabilidade, do qual faço parte, teve, na sua primeira seleção, a inscrição de 30 candidatos para 8 vagas. Apesar das "pedras" colocadas no caminho (um projeto com no mínimo 10 mil palavras, por exemplo, e a ênfase acadêmica do Programa), o número é interessante. Aqui uma notícia de que existe um excesso de demanda nos programas de PhD em contabilidade.

Links

1. O Modelo SWOT, muito usado em administração, pode estar errado

2. Accounting is not boring

3. Google Earth mostra a poluição

Ranking da Produção Científica no Brasil

Na área de administração e contabilidade, as melhores instituições em termos de produção científica são:

1. FEA-USP
2. FGV-EAESP
3. UFRGS
4. UFBA
5. FGV-EBAPE

Fonte: WOOD Jr. Thomas; CHUEKE, Gabriel. Ranking de Produção Científica em Administração de Empresas no Brasil

É bem verdade que existe um problema de corte (somente alguns poucos periódicos foram analisados), mas o resultado reflete aproximadamente a realidade.

Enquanto isto, nos Estados Unidos, os períodos com maior impacto são:MIS Quarterly (Fator de impacto = 4.978. Quanto maior, mais importante é o periódico) e Academy of Management Review (fator = 4.254). Fonte Aqui

Crescimento econômico e poluição

Nos últimos trinta anos, enquanto o valor real da produção de manufatura nos Estados Unidos aumentou mais de 70%, o total de ar poluído emitido pelas indústrias norte-americanas declinou substancialmente, em 58% para a soma dos quatro mais comuns poluidores do ar.

Uma explicação (...) é que graças ao livre comércio, os Estados Unidos agora importam produtos poluentes que eram produzidos domesticamente, e concentram em produzir internamente produtos com menos possibilidade de incorrer em custos ambientais. É claro, existe uma explicação alternativa: graças a melhoria tecnológica (...) as indústrias dos Estados Unidos podem agora produzir mais usando menos poluição.

(...) Aumento nas importações de produtos poluentes representa 70% do declínio da poluição (...)

Clique aqui para ler mais

01 janeiro 2008

Lei aprovada e assinada (mas com veto)

Presidente Lula sanciona nova Lei Contábil
Grandes empresas de capital fechado também serão obrigadas a publicar balanço
Fábio Graner
O Estado de São Paulo -1/1/2008

ATUALIZAÇÃO - Nova lei vai permitir atrair investimentos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a nova Lei Contábil, aprovada em dezembro pelo Congresso Nacional após sete anos de tramitação. Com apenas um veto presidencial, a nova legislação, que atualiza uma lei de mais de 30 anos de idade e com origem no período ditatorial, introduz a contabilidade brasileira nos padrões internacionais, o que deve facilitar a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil. Com a padronização de regras com o mercado internacional, diminui-se o chamado custo-Brasil, especialmente para o investidor externo, que tinha de criar departamentos exclusivos para preparar e analisar os balanços das empresas estabelecidas no País.

Pelas novas regras, os ativos e passivos das sociedades anônimas brasileiras serão registrados não mais pelos seus custos de aquisição, mas pelo valor a eles atribuído pelo mercado, o que garante mais realismo na análise das condições de solvência das companhias.

As empresas de capital aberto terão ainda de divulgar com regularidade demonstrações de fluxo de caixa e outra de valor adicionado, o que vai permitir aos investidores conhecerem melhor o fluxo de dinheiro na empresa e o quanto elas produziram de riqueza ao longo do ano.A renovada lei contábil obriga grandes empresas de capital fechado - que têm ativos totais acima de R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões -, que não têm ações negociadas em bolsa, a divulgarem seus balanços, o que aumenta a transparência na economia.

O veto presidencial ao projeto aprovado pelo Congresso foi feito no trecho que modificava o artigo 181 da Lei 6404/76, que define o que pode ser classificado como "Resultado de exercícios futuros". Esse conceito é utilizado para operações como o pagamento antecipado de um aluguel, que, no ano seguinte, será transformado em lucro da empresa.


Grifo meu

Imagem Bonita



O homem caminhando no espaço

Como nascem as idéias


Fonte Aqui

Importância da educação



Educação e PIB per capita

A figura diz tudo. A relação entre o número de anos na escola e o PIB é significativa. Fonte: Aqui

Desenho


Um desenho estranho

São Silvestre


Quenianos vencem a São Silvestre. A polêmica da bandeira, aqui

Instinto de sobrevivência

Para reduzir custos de produção e ganhar competitividade, empresários brasileiros têm procurado cada vez mais o exterior. A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) pesquisou esse movimento e com o resultado do trabalho está lançando o livro Internacionalização das Empresas Brasileiras.


Custo alto leva empresas a optar pela globalização - Fernando Nakagawa
O Estado de São Paulo -1/1/2008

31 dezembro 2007

Bom 2008 para todos os nossos leitores



Uma bela propaganda para desejar um feliz 2008 para nossos leitores.

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Clube ignora os princípios contábeis

La auditora cuestiona el 45% de los importes que el club pone como activo
La Voz de Galicia - 31/12/2007

La entidad que preside Lendoiro actúa en contra de los principios de prudencia que indica el plan general de contabilidad

El Deportivo incluye 137 millones de euros correspondientes a derechos de patrocinio y televisión

La empresa que analizará (no se sabe si auditará) las cuentas del Deportivo los próximos tres ejercicios y que ya realizó la revisión limitada de las correspondientes a la temporada 2006-2007 ha cuestionado casi la mitad de los importes que el club coruñés ha incluido como activo en las cuentas entregadas a los socios.

En la revisión limitada que Rocío Díaz-Andino entregó al consejo figuran dos salvedades con las que explica que en algunas de sus actuaciones, el club se opone a los principios de contabilidad generalmente aceptados. «Dentro del epígrafe de los ingresos a distribuir en varios ejercicios del balance de situación adjunto se recogen importes en concepto fijo por contratación para ejercicios futuros, tanto por cesiones efectuadas sobre los derechos de esponsorización y arrendamientos por un importe de aproximadamente 137 millones de euros cuya contrapartida son cuentas deudoras», explica la nueva auditora del Deportivo.

El activo

En el balance de situación presentado a los socios se incluye un activo total de 303,2 millones de euros (unos 50.448 millones de pesetas). De ellos, la auditora ve atípico que 137,3 millones (unos 22.845 millones de pesetas) figuren como deudores a largo plazo. Llama la atención que en la revisión limitada se diga que «salvo lo expresado en el apartado anterior (se refiere a esta y a otra salvedad) nada ha llegado a nuestra atención que nos haga creer que las cuentas anuales adjuntas no representan en todos sus aspectos significativos la imagen fiel de la situación financiera del Deportivo de La Coruña SAD». La cantidad que representa el «apartado anterior» es casi la mitad del activo, el 45 por ciento.

El proceder en las cuentas presentadas el sábado a los accionistas es contrario al principio de prudencia que exige el plan general de contabilidad. La filosofía del mismo es que las pérdidas se recogen cuando se prevén, pero los beneficios solo han de recogerse una vez que se producen. El Deportivo lo hace al revés. La otra salvedad destacada por la auditora que hizo la revisión limitada de las cuentas es que en el último ejercicio se han revalorizado los activos, cuando el plan general de contabilidad exige que se contabilice siempre a coste histórico y no a coste de mercado, lo que no deja de ser un intangible. Así lo explica la auditora en su informe: «La sociedad recoge, oponiéndose a los principios de contabilidad generalmente aceptados, en los estados financieros del ejercicio 2006-2007 un beneficio extraordinario de aproximadamente 69 millones de euros, correspondiente a las tasaciones que la Liga Nacional de Fútbol Profesional y distintos profesionales independientes han realizado sobre los distintos elementos de inmovilizado material e inmaterial».

Links

1. Como avaliar o terceiro setor
2. Mais do Coelhinho suicída
3. Pessoas influentes (O Pelé está do lado esquerdo)

30 dezembro 2007

Custo da Monarquia

El coste del mantenimiento de la jefatura del Estado, es decir, de la Monarquía española, es bastante opaco porque no se financia exclusivamente con la partida "Casa Real de Su Majestad el Rey" que figura en los Presupuestos Generales, como habitualmente se cree, sino también con otras cantidades distribuidas en otros capítulos presupuestarios. El hecho de que esos capítulos no estén suficientemente desglosados hace muy complicada la auténtica contabilidad de la Casa Real. Conste, sin embargo, que el mismo problema de falta de transparencia, en mayor o menor grado, se denuncia en prácticamente todas las casas reales europeas e incluso en algunas presidencias de república, exactamente por los mismos motivos: poco desglose de los gastos y mucha opacidad de las partidas destinadas a ellos.


El coste del mantenimiento de la jefatura del Estado, es decir, de la Monarquía...
Soledad Gallego-Díaz - El País - 30/12/2007

A reportagem não consegue chegar a um número razoável que informe o custo da monarquia na Espanha.

O jornal espanhol elegeu o Rei personagem do ano.

Também na mesma edição, o jornal destaca a alteração das normas tributárias espanholas que permitia de jogadores de futebol pagassem menos impostos que os outros trabalhadores. Aqui

28 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio



Da série Coelhinho suicída

Pôquer e a Vida

Uma interessante reportagem da The Economist (A big deal) mostra o crescimento do jogo de Pôquer nos últimos anos. A vitória da jovem Annette Obrestad no WSOP (não sei o que é isto, mas deve ser algo relevante para os jogadores). São dois pontos relevantes apresentados pelo texto: a importância do jogo no mundo atual e questão dos seus benefícios/prejuízos.

Quanto a importância, os números são impressionantes. O pôquer está presente na televisão, sendo seus jogos transmitidos com câmeras que permitem ao espectador conhecer as cartas que estão no jogo. Mais do que isto, a audiência faz com que o jogo seja o terceiro esporte (?) mais visto na televisão a cabo dos Estados Unidos, após corrida de automóvel e football americano, mas na frente da NBA. A ESPN World Series teve mais de 1 milhão de espectadores. O número de jogadores, só nos Estados Unidos, está entre 80 a 100 milhões. E o pôquer tem atraído a atenção de celebridades (Ben Affleck, Toby Maguire etc). A sua importância é tamanha que dezenas de empresas patrocinam o jogo, mesmo considerando a questão moral de apoiar um jogo de cartas.

O segundo aspecto é mais complicado. O pôquer é bom ou ruim? A resposta desta questão passa por responder se o jogo é de sorte/azar ou é um jogo de probabilidade, onde o aspecto psicológico é importante. Ao contrário do xadrez, onde os jogadores possuem a informação completa e a psicologia teria um papel limitado (segundo a revista. Discordo), no pôquer a informação não é completa e o cálculo das chances e a possibilidade de blefe pode fazer diferença. Talvez esta visão do pôquer como um jogo de probabilidades seja aceitável pelo argumento de que os novatos dificilmente têm chances contra um jogador experiente (um novato é geralmente chamado de ATMs, uma referência aos terminais de caixa de bancos; em outras palavras, os novatos irão fatalmente perder numa partida contra um veterano).

Mesmo considerando que é um jogo matemático, é interessante incentivá-lo. Algumas pessoas opinaram que sim por várias razões: O jogo afasta o jovem de problemas maiores como o álcool; o jogo pode ser uma forma de melhorar a visão estratégica e as habilidades cognitivas, inibe a super-confiança (existente entre os analistas de mercado, por exemplo, mas não entre os jogadores), entre outros aspectos.

Três curiosidades: (1) Steven Levitt, economista co-autor de Freakonomics, está estudando o jogo, num projeto chamado de Pokernomics; (2) Nixon obteve fundos para sua primeira campanha eleitoral, numa mesa de pôquer; e (3) a internet e os livros provavelmente contribuiram para melhorar a curva de aprendizagem dos jogos (por isto a Annette, de 19 anos, tornou-se campeã)

Siemens e Brasil

Já postamos vários textos sobre os problemas contábeis da empresa Siemens (clique aqui). Agora, pela primeira vez, aparece o nome do Brasil nas denúncias.

Segundo o Wall Street Journal (Politics & Economics: Inside Bribery Probe of Siemens --- Liechtenstein Bank Triggered an International Hunt; David Crawford e Mike Esterl) a criação de um esquema de corrupção na empresa, que funcionou por décadas, envolvia muitos países, do Brasil ao Egito:

Mr. Siekaczek, the former Siemens manager in Germany who controlled accounts that had funneled money to Mr. Mavridis, was arrested Nov. 15, 2006. Mr. Siekaczek told prosecutors that he knew of bribery schemes earlier this decade in more than a dozen countries stretching from Brazil to Egypt. He said the Greek unit enjoyed wide latitude in nearby countries such as Cyprus, Bulgaria and parts of the former Yugoslavia. Mr. Mavridis handled bribe payments in some of those countries, according to Mr. Siekaczek.

Samsung e sua contabilidade

Segundo o Korea Times (Samsung Affiliate Suspected of Accounting Fraud, 27/12/2007) a
Samsung Heavy Industries, do grupo Samsung, é suspeita de "cooking the books".

Examinando a contabilidade da empresa nos últimos oito anos, que foi auditada pela PricewaterhouseCoopers, existe incompatibilidade entre a construção de navios em toneladas e as receitas.

Samsung's former legal department director Kim Yong-chul, who disclosed the conglomerate's alleged slush fund creation and bribery, said earlier that Samsung Heavy Industries committed accounting fraud worth 2 trillion won around 2000. He said the company fabricated documents to appear that it was building a ship near Geoje Island in South Gyeongsang Province, while actually it was not.

Dinamarca

Notícia do Esmerk Danish News (Denmark: Accounting bill costly for small banks, 27/12/2007, p. 15)

"Mais de 100 pequenos bancos dinamarqueses deverão ter custos extras se as novas regulamentações contábeis passarem para empresas listadas [na bolsa]. Hoje todas as empresas listadas, exceto bancos, devem apresentar o relatório anual conforme as normas do IFRS, mas a nova lei propõe que a exceção seja abolida."

Cem bancos! Na Dinamarca!

Publicidade ajudando a financiar campanha na Argentina

Notícia do El Mercurio (Hubo anomalías en los aportes a la campaña de la "Señora K", 27/12/2007) sobre a campanha eleitoral na Argentina (se "señora K" é a atual presidente)

El diario argentino "Perfil" denunció que al menos dos empresas que aportaron cifras de seis dígitos para la campaña de Cristina Fernández, a cambio de no aparecer en la lista pública de donantes, recibieron facturas falsas por servicios que nunca fueron realizados.

Estas dos empresas que operan en Argentina, una en el rubro de la construcción y la otra en el de logística, aceptaron ventilar la historia a "Perfil", pero sin ser identificados.

En ambos casos, como forma de justificar en la contabilidad interna la erogación hecha, recibieron una factura a nombre de Housesix SRL, una firma supuestamente creada en 2006 y dedicada a la publicidad. Pero en los dos casos, la compañía no hizo ningún trabajo para las empresas en cuestión.



Agência de publicidade passando nota fria para justificar o dinheiro para políticos. Isto não parece familiar?

Agiotas perdem mercado

Segundo o Valor Econômico, as financeiras e os bancos estão tomando o mercado dos agiotas (Crédito reduz espaço de agiotas, Valor Econômico, 28/12/20007)

Os velhos agiotas vêm perdendo espaço com o crescimento acelerado do crédito bancário. O espaço antes ocupado pelo crédito informal, hoje pertence às financeiras.

(...) Uma caminhada pela região, antigo centro financeiro de São Paulo e diversas promotoras de crédito oferecem dinheiro "sem comprovação de renda e sem consulta ao Serasa". Em meia hora de caminhada, panfletos de diferentes bancos e financeiras. "Você só precisa ter talão de cheque" diz uma das vendedoras. Um carro também tem valor, já que o importante é ter uma garantia.

(...) A bancarização "reduziu a oferta informal de crédito", avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, em entrevista à imprensa. Segundo ele, o maior número de brasileiros com acesso aos bancos, aliado à queda dos juros, tirou clientela dos agiotas.

(...) Vários fatores colaboraram com essa disparada dos empréstimos formais: estabilidade econômica, queda das taxas de juros e a elevação do emprego e da renda. Além disso, alguns acertos legais facilitaram o financiamento de bens, com a alienação fiduciária, que reduziu os riscos para os bancos.A necessidade de expandir a oferta com a queda dos juros levou ainda o banco para o mercado de mais baixa renda, alvo fácil dos agiotas.


Os "benefícios" da Contabilidade desorganizada

Uma notícia interessante de Portugal (Desorganização nas contas impede mais acusações contra Torres, Nuno Miguel Maia, Jornal de Notícias, 28/12/2007, p. 7).

Uma investigação numa câmara municipal de Portugal tentou verificar a relação existente entre o seu ex-presidente e o desvio de dinheiro público. A Polícia Judiciária descobriu nas contas de Ferreira Torres, o ex-presidente, e sua secretária, depósitos de cerca de 450 mil euros.

Como a contabilidade estava desorganizada e as explicações dos acusados foram coincidentes, o Ministério Público não teve condições de fazer uma maior denúncia. O ex-presidente da Câmara do Marco de Canaveses entregava dinheiro ao clube de futebol local. Estes cheques foram endossados pelos dirigentes e depositados na contas particulares.

Mas um perito da mesma Polícia não se arriscou a uma conclusão peremptória. "Atendendo à inexistência de contabilidade organizada, situação constatada em diligências efectuadas na sede do FC Marco, não é possível determinar qual o destino dos subsídios atribuídos pela Câmara do Marco ao clube", escreveu, num relatório anexo ao processo, consultado pelo JN [Jornal de Notícias].

A confirmar a extrema desorganização e a inexistência de conta-corrente, Jorge Sousa, ex- -presidente do F. C. Marco, disse à PJ que os valores entregues ou devolvidos, entre Avelino e o clube, "não eram acompanhados de qualquer documento, nem mesmo registados na contabilidade do clube".

"Tudo era feito às três pancadas. Quando era preciso, o Torres dava, quando havia [dinheiro] o futebol devolvia", explicou Jorge Sousa, um homem de confiança de Avelino Ferreira Torres, tendo inclusivamente sido ambos sócios numa empresa de confecções que apresentou falência.

Ferreira Torres garantiu à PJ que nos últimos anos emprestou "várias centenas de milhares de contos" a diversos cidadãos do Marco de Canaveses, nos quais se incluíram empreiteiros que trabalhavam para a Câmara. E estes fornecedores apresentaram a mesma versão às autoridades, explicando que era Ferreira Torres quem lhes valia, com "adiantamentos" de dívidas que tinham a receber, mas que a autarquia pagava com bastante atraso. Face a esta coincidência de versões - apesar de possíveis interrogações quanto à proveniência de "centenas de milhares de contos" de Ferreira Torres - e à existência de alguns cheques e letras entre Avelino e os empreiteiros, o Ministério Público entendeu não haver provas suficientes da prática de crimes de corrupção, em troca da atribuição de empreitadas ou adjudicação de serviços. Avelino justificou com o "medo de não receber, porque os empreiteiros tinham contas bloqueadas", os endossos dos cheques da câmara que acabaram directamente depositados em contas pessoais.

27 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Mais do coelhinho que deseja suicidar. De um lado, loja de facas; de outro, imãs.

Conformidade

Os seres humanos possuem um alto grau de conformidade. Uma possível explicação é a aversão à perda e ao Viés do Status Quo. Já este artigo tenta estabelecer um vínculo com a "felicidade". Clique aqui também.

Talvez uma outra justificativa esteja na tendência a procrastinar (atrasar, delongar, demorar): as pessoas são confiantes e terminam por deixar para o último momento.

Efeito Lake Wobegon

Este é mais um problema estudado pelas finanças comportamentais. Diz respeito a tendência do ser humano em superestimar suas capacidades. Ou seja, nós acreditamos que somos melhores do que a realidade. O nome vem de uma série de rádio, A Praire Home Companion, onde o apresentador afirmava que "todas as mulheres são fortes, todos os homens são bonitos e todas as crianças estão acima da média". Da mesma forma, as pessoas, em sua grande maioria, tendem a achar que estão acima da média. Este comportamento tem sido observado nos analistas de mercado, nos executivos, nos estudantes, nos professores e, de forma clássica, nos motoristas.

Uma experiência famosa mostrou que 80% dos motoristas acreditam que estão entre os 30% melhores motoristas.

No entanto, existe uma lógica pode ajudar a explicar que, em alguns casos, metade de uma amostra pode estar acima da média aritmética. A Wikipedia tem uma série de exemplos interessantes onde isto é possível. Vamos considerar somente um deles:

Cinco alunos foram questionados quando a nota da sua beleza, numa escala de 1 a 10. Quatro deram nota 9 e um nota 4. A média é:

Média = (9+9+9+9+4)/5 = 40/5 = 8

Ou seja, quatro alunos deram nota acima da média.

Jovens são mais propensos ao risco

"Em outras palavras, os jovens necessitam proteção deles mesmos para retirar oportunidades de maior risco"

A experiência tem-se mostrado uma forma de se tornar avesso ao risco. Em geral os jovens tendem a assumir mais riscos, fazendo atividades mais arriscadas. Qual a razão disto? Aqui, uma tentativa de resposta.

Crise explicada graficamente


Um gráfico é mais interessante do que mil palavras. Da BBC News

Pesquisas econômicas do ano

Neste endereço uma seleção de pesquisas econômicas do ano. Algumas delas citamos aqui neste blog. Outras parecem interessantes, como é o caso da pesquisa de Justin Wolfers sobre a discriminação racial dos árbitros da NBA ou as pesquisa de David Galenson sobre arte (a sobre a evolução da música no século 20 é realmente interessante)

Várias delas encontram-se no sítio do NBER, o que é mais um indício da importância de consultar este endereço.

Para a contabilidade, destaco o texto que mostro que a Sarbox não fez Nova Iorque menos competitiva, o texto sobre propriedade intelectual e mágica (mostrando os segredos da ausência de propriedade intelectual no setor) e a relação entre desempenho da empresa e a mansão do seu presidente.

26 dezembro 2007

Rir é o melhor remédio


Suicídio do Coelhinho

Links

1. Países pequenos e estranhos

2. Alugam-se Bolsas

3. Dicionário Informal

Chrysler ainda é problema

A empresa alemã Benz pagou para que o grupo Cerberus ficasse com a Chrysler. Meses depois deste acordo, parece que o negócio foi interessante para a empresa alemã. A Chrysler aparentemente está em "operationally bankrupt", conforme palavras de um executivo. Clique aqui e aqui para ler mais.

Pedra, papel e tesoura

O jogo "Pedra, Papel e Tesoura" é muito conhecido entre as crianças. É uma brincadeira inofensiva, um jogo onde você pode perder, ganhar ou empatar e o resultado dependerá da escolha do adversário. Muito parecido com o que ocorre no mercado, onde em certas situações sua vitória depende da decisão do lado oposto. Imagina-se que a chance do adversário em escolher uma das opções seja de 1/3.

Errado. Estudos mostraram que existe um elemento psicológico no jogo e que muitos jogadores não perceberam. Conforme a New Scientist (aqui e aqui) a melhor maneira de vencer o jogo é começar com tesoura. A razão desta escolha decorre do fato de que pesquisadores descobriram que a escolha mais popular para começar o jogo é "pedra". Isto significa que seu oponente provavelmente irá começar o jogo com papel, pois ele espera que você comece com pedra.

Uma situação no mundo dos negócios mostra como o conhecimento desta estratégia pode ser útil. Um colecionador de arte japonês estava na dúvida na escolha da casa de leilão para vender uma pintura impressionista. A solução foi jogar o "pedra, papel e tesoura" para decidir quem ficaria com o leilão. A decisão da vencedora, a Christie's foi tomada segundo esta estratégia e baseado no conselho de uma garota de onze anos.

Recomendação de Compra do Citi faz subir ação da Petrobrás




O gráfico mostra que a recomendação de compra da Citibank para a Petrobrás, na quinta-feira, afetou sua cotação. Mas os analistas ainda têm medo do risco político e da taxa de câmbio.

O Ponto de Equilíbrio no Petróleo

O ponto de equilíbrio é um conceito de custos que mostra quanto devo produzir para não ter nem lucro nem prejuízo. Em certas situações, o conceito pode ser adaptado. É o caso do petróleo, onde é possível obter o ponto de equilíbrio em US$ por barril, conforme o país de origem da extração. Em alguns países, o ponto de equilíbrio está em torno de US$30 o barril. A diferença entre o preço atual e este valor corresponde ao lucro gerado em cada barril extraído. No Bahrein o valor do ponto de equilíbrio é de US$40, mas no Kuwait é somente US$17. Mas os dois maiores países em reservas (Arábia Saudita e Canadá, com 260 e 179 bilhões de barris) possuem um ponto em torno de US$30 e 33.
As novas áreas de extração provavelmente terão um ponto de equilíbrio mais elevado. Neste caso, o preço atual do barril é um forte incentivo para a exploração destas áreas.

O escândalo do dia

E o escândalo contábil do dia é da Sanyo. A empresa anunciou a revisão das demontrações contábeis dos seis últimos anos, conforme notícia do Wall Street Journal (Sanyo Electric Revises Parent-Company Earnings, Jay Alabaster, 26/12/2007, b3) e da Agence Press (Tokyo threatens to delist Sanyo over accounting, 25/12/2007). Os problemas financeiros da empresa têm sua origem na área de semicondutores e cristal líquido para TV. Apesar da empresa afirmar que o erro não foi intencional, os funcionários envolvidos serão punidos.

A Sanyo ainda pode ser multada pelas irregularidades (8,3 milhões de iens ou 70 mil dólares).

Marca Vale

A importância da marca numa empresa de mineração foi tema de um artigo no Wall Street Journal. O foco foi a Vale do Rio Doce e a sua recente campanha publicitária.

Num setor em consolidação, Vale espera que marca seja vantagem
25/12/2007 - Antonio Regalado - The Wall Street Journal, do Rio

Será que as pessoas realmente se importam com que empresa extrai o minério de ferro que é usado para fabricar seus aparelhos ortodônticos, trompetes ou rodas-gigantes?

A Companhia Vale do Rio Doce acredita que sim. Com a campanha de identidade corporativa de US$ 50 milhões que lançou este mês, a segunda maior mineradora do mundo quer disseminar a mensagem de que seus minérios vão a muitos dos produtos que todo mundo usa, ela tem orgulho de ser brasileira, é uma empresa global e uma boa cidadã em termos ambientais. Além dos comerciais de TV no Brasil, ela usa anúncios em grandes jornais dos Estados Unidos e da Europa.

Identidades corporativas podem ajudar a motivar empregados e convencer governos. Mas, no caso da Vale, uma marca forte pode também ajudar a determinar quem domina um mercado mundial que foi recentemente tomado por uma onda de fusões.

Nos últimos anos, a mineração de ferro ganhou proeminência por causa de um enorme apetite por metais para alimentar o boom de construções na Ásia, que provocou uma forte alta nos preços de commodities. Isso transformou empresas como a Vale em grandes motores de lucro, de cujos produtos as economias de muitos países dependem.

Isso estimulou uma onda de fusões. A Vale adquiriu este ano a produtora canadense de níquel Inco. Sua maior rival, a anglo-australiana BHP Billiton, fez recentemente uma oferta pela terceira maior, a também anglo-australiana Rio Tinto, que rejeitou a proposta, considerando-a baixa.

Agora, a Vale está apostando que algo tão intangível quanto uma marca pode ajudá-la a superar as batalhas da consolidação. "Somos número 2 e sonhamos em ser número 1", diz Roger Agnelli, o presidente da empresa.

Quando se trata de criar personalidades corporativas bem definidas, a mineração ficou tradicionalmente atrás de outros setores. As fabricantes de químicos DuPont, Dow e Basf, por exemplo, têm marcas reconhecidas sustentadas por campanhas populares. James Bell, um sócio da agência de estratégia de marcas Lipincott, de Nova York, que foi contratada pela Vale, diz que um motivo para o atraso das mineradoras nesse aspecto pode ser geográfico.

"Como a maioria das grandes químicas e petroquímicas são empresas americanas ou européias que operam em locais mais habitados e interconectados, elas tiveram de ser mais atentas à reputação e à opinião pública em geral", diz. "A indústria mineradora, por sua vez, tendeu a ter sede na Austrália, Canadá e Brasil e operava nas áreas mais remotas do planeta. Isso fez com que não enfrentassem o mesmo nível de interesse — e vigilância — do público."

A Vale não é a única mineradora focada na marca. Um porta-voz da Rio Tinto diz que a empresa planeja em breve fazer seu próprio anúncio relativo a um esforço de identidade corporativa.

A marca da Vale estava precisando de uma modernização. O valor de mercado da empresa pulou de US$ 10 bilhões em 1997 para cerca de US$ 150 bilhões hoje, depois que ela adquiriu várias rivais. Isso a deixou com vários nomes — ela era mais conhecida nos EUA como CVRD, por exemplo — e sedenta de uma identidade clara que pudesse comunicar seus novos tamanho e ambições, diz Bell. A principal tarefa da Lipincott, diz, foi reposicionar a Vale de "companhia brasileira de minério de ferro" para "marca global em expansão".

Alguns especialistas em marcas elogiam a nova campanha da Vale, embora um tenha questionado se o esforço de identidade tem um foco suficientemente acurado. Grandes marcas "se resumem a uma idéia clara. No caso da FedEx, é certeza absoluta. No da GE, imaginação", diz Allen Adamson, um diretor-gerente da Landor Associates, de Nova York. No caso da Vale, diz, "parece que eles estão tentando representar tudo que é correto".

César Hirata, um sócio-diretor da FutureBrand, da Interpublic Group, em São Paulo, diz que é interessante que a Vale "tenha tido a coragem" de adotar o verde e o amarelo do Brasil em sua nova campanha. Outras empresas brasileiras com atividades globais, como a Embraer, costumavam optar por não enfatizar suas raízes de país em desenvolvimento, diz.

Para a Vale, que opera agora em mais de 30 países diferentes, associar-se mais ao Brasil pode ter suas vantagens. O país está no meio de uma expansão econômica e tornou-se um favorito de investidores estrangeiros. É também conhecido por suas relações raciais e políticas harmoniosas. Isso pode ajudar a Vale em suas negociações com alvos de aquisição estrangeiros.

"Ser querido é a diferença para os concorrentes", diz Olinta Cardoso, a executiva da Vale encarregado da promoção da marca.

Mercado de Perfumes

Um texto interessante do Wall Street Journal sobre o mercado de perfumes (Contra apatia nas vendas, grifes recorrem ao perfume ultra-exclusivo, 25/12/2007, Christina Passariello)

A seguir um trecho sobre os custos:

(...)Além de afugentar os clientes, a pletora de perfumes também atingiu os resultados financeiros. Com tanta concorrência, muitas empresas gastam até US$ 50 milhões para promover uma marca importante de novo perfume. Isso é o equivalente a um ano inteiro de vendas para a maior parte das marcas de perfume, o que torna cada vez mais difícil recuperar os custos. (...)

Até agora, os novos perfumes ultra-exclusivos não renderam muitos lucros, em parte porque a produção deles é bastante cara.

24 dezembro 2007

Bom Natal

Um vídeo divertido para os leitores. E Bom Natal (esperando que "aquela" não seja a sua carta para o Papai Noel!)

Rir é o melhor remédio


Fonte: Slate.

Dívida do Estado

Uma reportagem muito interessante sobre a dívida do Governo Português com os seus fornecedores. Seria interessante um estudo deste tipo no Brasil?

Estado deve mais de dois mil milhões a fornecedores
Bruno Faria Lopes
Diário Económico 22/12/2007

As dívidas do Estado aos fornecedores cresceram 332 milhões de euros em 2006, uma variação de 19% face ao ano anterior impulsionadas pela subida superior a 32% das dívidas de entidades ligadas ao ministério da Saúde, apontou ontem o Tribunal de Contas.

Segundo o parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2006, a dívida total a fornecedores no final desse ano ascendia a cerca de 2,02 mil milhões de euros, mais de metade já vencida, ou seja, em atraso. Do total desta dívida continuavam por pagar no final da primeira metade deste ano cerca de 873 milhões de euros, mais de 62" dos quais já vencidos.

O Tribunal de Contas - que há um ano levou a cabo pela, primeira vez, a identificação dos principais credores do Estado - realça os efeitos que os atrasos nos pagamentos têm nas contas públicas e na actividade das empresas. O relatório destaca que "quando estão em causa as PME [pequenas e médias empresas], os atrasos nos pagamentos influenciam negativamente a competitividade das empresas". No caso da despesa pública, esta é penalizada pelos "encargos acrescidos" com os juros pagos como compensação pelo atraso. O prazo médio de pagamentos da Administração Pública em Portugal é de 152,5 dias, contra uma média europeia de 68,9 dias, de acordo com dados da Intrum Justitia, uma empresa de recuperação de créditos.

No Orçamento do Estado para 2008, o Governo assumiu como prioridade a execução de um Programa de Redução de Prazos de Pagamento, cujos detalhes deverão ser conhecidos no princípio do próximo ano. uma iniciativa considerada "positiva" pela instituição liderada por Guilherme d'Oliveira Martins.

Explicações do Ministério da Saúde são "inaceitáveis"

Segundo o relatório ontem divulgado e entregue na Assembleia da República, o ministério da Saúde é responsável por quase dois terços (72,4%) da dívida do Estado e por grande parte da subida verificada em 2006, com um aumento de 359 milhões de euros.

O Tribunal de Contas considerou "sob o ponto de vista técnico, inaceitável" o argumento invocado pelo ministério de Correia de Campos, segundo o qual a dívida da Saúde se deveria medir em termos líquidos - ou seja, o montante devido subtraído das disponibilidades - o que diminuiria substancialmente os valores em causa.

Com a excepção da Estradas de Portugal e da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, a maioria dos grandes devedores são entidades ligadas à Saúde, com destaque para os hospitais-empresa. Entre os principais credores - com montantes superiores a cinco milhões de euros - dominam os laboratórios farmacêuticos e a Associação Nacional de Farmácias.

A maioria das dívidas ao Estado, quase 80%, é inferior a 100 mil euros - contudo, a minoria de maiores devedores representa o grosso (30%) do valor em dívida, cerca de 590 milhões de euros.

Em reacção ao parecer do Tribunal de Contas, o ministério das Finanças optou por desvalorizar as críticas e sublinhar as melhorias identificadas pelo relatório na contabilidade pública.

Pontos-chave do parecer do Tribunal de Contas1 - Despesa cresce mais que receita entre 2002 e 2006

Entre 2002 e 2006 as despesas da Administração Central cresceram a um ritmo médio anual de 3,4% - ligeiramente inferior ao aumento médio do PIB, que registou 3,5%. No entanto, o aumento das despesas foi neste período superior ao das receitas, que se ficou por uma subida média anual de 2,8%. A diferença entre o crescimento médio da receita e da despesa resultou num aumento do défice em 1.761,9 milhões de euros nestes quatro anos (de -4.452,5 milhões de euros em 2002 para -6.214,4 milhões de euros em 2006). A evolução entre 2005 e 2006 foi mais positiva, mas as despesas continuam a representar uma percentagem do PIB superior à das receitas. De 2005 para 2006 as despesas passaram de 35,7% para 34,5% do PIB, enquanto a receita se manteve nos 30,5% do PIB. A diminuição da despesa permitiu que de um ano para o outro o défice recuasse 1.551,7 milhões de euros, de -5,2% para -4%.

Gostamos de listas

Qual a razão de gostarmos de listas? (Melhores filmes, melhores livros, piores programas etc)

Aqui, uma lista com 10 possíveis explicações. Algumas são coerentes: listas funcionam como um guia, inspira a descoberta de itens que passaram desapercebidos, fornecem tópicos para discussão, traz credibilidade, comodidade e exige pouco esforço do leitor. Viva as listas.

Clique aqui também

Parmalat

Segundo notícia do Wall Street Journal (Intesa Sanpaolo to Pay $600 Million in Parmalat Case, Liam Moloney, 24/12/2007, A2) a Intesa Sanpaolo SpA e dois bancos concordaram em pagar 420 milhões de euros em razão do escândalo da Parmalat. A Intesa é a primeira entidade a fazer um acordo como este e a decisão pode facilitar que outras instituições façam o mesmo. Além disto, a Parmalat possui, nos Estados Unidos, com o Bank of America e o Citigroup, pendências legais.

Normas na Coréia, também

A Coréia do Sul irá adotar o IFRS a partir de 2011:

Seoul to introduce Korean standard accounting rules in 2011
The Financial News - 24/12/2007

Accounting terms for all listed companies will be unified across the world beginning in 2011 when the International Financial Reporting Standards are introduced. From that year, when the IFRS will fully take effect, the term “balance sheet” will change to “financial status sheet,” among other accounting terms poised to be renamed. Also, the values of tangible assets, including land and buildings, and properties for investment purposes will have to be marked in terms of assessed values, as well as in terms of costs (acquisition prices, or book value) as at the present. Also, companies that issued convertible preferred stocks will have to mark them as liabilities, instead of capital as they are presently, and dividends paid for those stocks as interest payments, not dividends. The Financial Supervisory Commission said on December 23 that it fixed and approved the Korea-IFRS, which suggests these and other rules in its regular meeting on December 21.