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15 junho 2017

Globalização jurídica

“Para entender a delação premiada da JBS é necessário compreender o que se passou ou ainda se passa entre a companhia e as autoridades dos Estados Unidos.

Sendo a JBS um grupo global, com cerca de 56 empresas nos Estados Unidos, dificilmente haveria delação premiada aqui sem prévio ou potencial acordo lá, com as autoridades americanas.

O cenário maior a ser considerado é que a globalização econômica tem sido acompanhada por uma globalização judicial. Ou seja, há expansão unilateral das leis e da judicialização americana. Juízes e autoridades passam a ser globais.

Quem confere a eles esse poder é a cooperação internacional entre autoridades e a múltipla legislação: Anti-Corruption Act, Anti-Terrorism Act e tantas outras (…).

Para que tal jurisdição ocorra, basta que se tenha conta bancária nos Estados Unidos. A JBS tem. Basta que se tenha empresas nos Estados Unidos. A JBS tem. Basta que se tenha estado presente no mercado de valores mobiliários. A JBS tem estado. Ou apenas ter transacionado em dólar em qualquer país no mundo. A JBS fez isso.

Não é por menos, inclusive, que os irmãos Batista, donos da JBS, escolheram um escritório de advocacia, Baker e Mckenzie, de lá. E, de lá, gerem a negociação aqui no Brasil (…).


Joaquim Falcão, professor de direito da FGV, para Folha de S Paulo (via aqui)

25 julho 2014

A desigualdade vem diminuindo no mundo

Income Inequality Is Not Rising Globally. It's Falling.
The New York Times, JULY 19, 2014

Income inequality has surged as a political and economic issue, but the numbers don’t show that inequality is rising from a global perspective. Yes, the problem has become more acute within most individual nations, yetincome inequality for the world as a wholehas been falling for most of the last 20 years. It’s a fact that hasn’t been noted often enough.
The finding comes from a recent investigation by Christoph Lakner, a consultant at the World Bank, and Branko Milanovic, senior scholar at the Luxembourg Income Study Center. And while such a framing may sound startling at first, it should be intuitive upon reflection. The economic surges of China, India and some other nations have been among the most egalitarian developments in history.
Of course, no one should use this observation as an excuse to stop helping the less fortunate. But it can help us see that higher income inequality is not always the most relevant problem, even for strict egalitarians. Policies on immigration and free trade, for example, sometimes increase inequality within a nation, yet can make the world a better place and often decrease inequality on the planet as a whole.
International trade has drastically reduced poverty within developing nations, as evidenced by the export-led growth of China and other countries. Yet contrary to what many economists had promised, there is now good evidence that the rise of Chinese exports has held down the wages of some parts of the American middle class. This was demonstrated in a recent paper by the economists David H. Autor of the Massachusetts Institute of Technology, David Dorn of the Center for Monetary and Financial Studies in Madrid, and Gordon H. Hanson of the University of California, San Diego.
At the same time, Chinese economic growth has probably raised incomes of the top 1 percent in the United States, through exports that have increased the value of companies whose shares are often held by wealthy Americans. So while Chinese growth has added to income inequality in the United States, it has also increased prosperity and income equality globally.
The evidence also suggests that immigration of low-skilled workers to the United States has a modestly negative effect on the wages of American workers without a high school diploma, as shown, for instance, in research by George Borjas, a Harvard economics professor. Yet that same immigration greatly benefits those who move to wealthy countries like the United States. (It probably also helps top American earners, who can hire household and child-care workers at cheaper prices.) Again, income inequality within the nation may rise but global inequality probably declines, especially if the new arrivals send money back home.
From a narrowly nationalist point of view, these developments may not be auspicious for the United States. But that narrow viewpoint is the main problem. We have evolved a political debate where essentially nationalistic concerns have been hiding behind the gentler cloak of egalitarianism. To clear up this confusion, one recommendation would be to preface all discussions of inequality with a reminder that global inequality has been falling and that, in this regard, the world is headed in a fundamentally better direction.
The message from groups like Occupy Wall Street has been that inequality is up and that capitalism is failing us. A more correct and nuanced message is this: Although significant economic problems remain, we have been living in equalizing times for the world — a change that has been largely for the good. That may not make for convincing sloganeering, but it’s the truth.
A common view is that high and rising inequality within nations brings political trouble, maybe through violence or even revolution. So one might argue that a nationalistic perspective is important. But it’s hardly obvious that such predictions of political turmoil are true, especially for aging societies like the United States that are showing falling rates of crime.
Furthermore, public policy can adjust to accommodate some egalitarian concerns. We can improve our educational system, for example.
Still, to the extent that political worry about rising domestic inequality is justified, it suggests yet another reframing. If our domestic politics can’t handle changes in income distribution, maybe the problem isn’t that capitalism is fundamentally flawed but rather that our political institutions are inflexible. Our politics need not collapse under the pressure of a world that, over all, is becoming wealthier and fairer.
Many egalitarians push for policies to redistribute some income within nations, including the United States. That’s worth considering, but with a cautionary note. Such initiatives will prove more beneficial on the global level if there is more wealth to redistribute. In the United States, greater wealth would maintain the nation’s ability to invest abroad, buy foreign products, absorb immigrants and generate innovation, with significant benefit for global income and equality.
In other words, the true egalitarian should follow the economist’s inclination to seek wealth-maximizing policies, and that means worrying less about inequality within the nation.
Yes, we might consider some useful revisions to current debates on inequality. But globally minded egalitarians should be more optimistic about recent history, realizing that capitalism and economic growth are continuing their historical roles as the greatest and most effective equalizers the world has ever known. 
Tyler Cowen is professor of economics at George Mason University.
The Upshot provides news, analysis and graphics about politics, policy and everyday life. Follow us on Facebook and Twitter.
A version of this article appears in print on July 20, 2014, on page BU6 of the New York edition with the headline: All in All, a More Egalitarian World.

07 maio 2011

Índice de Globalização KOF

Por Pedro Correia

Alguns trechos do excelente artigo do economista Pedro Alburque:

"Um fato pouco presente nos debates nacionais é o elevado contraste entre o grau de globalização da economia e da política brasileira. O respeitado Instituto Federal de Tecnologia da Suíça calcula anualmente o Índice de Globalização KOF, no qual globalização é definida como “o processo de criação de redes de conexões entre atores a distâncias multicontinentais, mediado por uma variedade de fluxos incluindo os de pessoas, informações e idéias, capitais e bens”. De acordo com o recém-publicado Índice KOF de 2010, o Brasil é politicamente um dos países mais globalizados, ocupando a 19ª posição entre 208 países. Sob o ponto de vista econômico e social, porém, seu desempenho é medíocre, ocupando a 91ª posição em globalização econômica, ao lado de países como Albânia, Azerbaijão, Gana e Bolívia, e a 124ª posição em globalização social, abaixo de países como Paraguai, Namíbia, Cuba, e Sri Lanka. Os fracos resultados nos índices de globalização econômica e social levam o Brasil a ocupar a 75ª posição no índice geral, abaixo, portanto, do Cazaquistão, país que obteve infame notoriedade graças ao filme “Borat”.

O problema com baixos índices de globalização como os apresentados pelo Brasil é que eles são altamente correlacionados com índices de desenvolvimento econômico e social. Os países mais globalizados, não coincidentemente, são também os países mais ricos, cujos cidadãos são mais educados e que oferecem os melhores níveis de bem-estar social às suas populações"

01 janeiro 2008

Instinto de sobrevivência

Para reduzir custos de produção e ganhar competitividade, empresários brasileiros têm procurado cada vez mais o exterior. A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) pesquisou esse movimento e com o resultado do trabalho está lançando o livro Internacionalização das Empresas Brasileiras.


Custo alto leva empresas a optar pela globalização - Fernando Nakagawa
O Estado de São Paulo -1/1/2008

05 dezembro 2007

A morte da distância foi exagerada?

Um livro que não li, O mundo é Plano, de Thomas Friedman, destaca o fato do mundo econômico ter-se pequeno diante da globalização. Um trabalho de CEPR (um centro de estudos europeu na área de economia) mostra que este fato pode ter sido exagerado. Clique aqui, aqui e aqui

29 novembro 2007

Links

1. Gastou $250 mil para mudar o slogan para "Welcome to Scotland"

2. Fotos interessantes de esportes

3. O preço da globalização - Inclui sobre o PCC

4. Baniram a Wikipedia da escola

5. É possível hackear a máquina de votação dos EUA

Futebol de brasileiros

Segundo Joseph Blatter, presidente da FIFA, os jogadores de futebol provenientes do Brasil tornaram-se um "perigo, um perigo real" para o futebol". Isto em razão da invasão de jogadores brasileiros na Europa, Ásia e África. Então a Copa de 2014 e 2018 poderá ser uma copa com 32 times, todos com jogadores brasileiros.

Hoje mais de mil jogadores deixam o Brasil para jogar em clubes distantes como a Rússia e Japão. Estes jogadores criam raízes nos países e são adotados para jogar pela seleção nacional.

O New York Times (27/11/2007, em Born in Brazil, But Representing Someone Else, de Jack Bell) cita o caso de Deco, Antonio Naelson (?), Alessandro Santos (?), Jose Clayton (?) e Eduardo Silva, que jogam pela seleção de Portugal, México, Japão, Tunísia e Croácia, respectivamente, como exemplos)

20 setembro 2007

14 setembro 2007

Centros financeiros mundiais

A The Economist de 13/09/2007 faz um extenso relatório sobre o setor financeiro mundial. Uma constatação é a proliferação de centros financeiros mundiais, que nos dias de hoje possuem uma alta dependência entre eles. Apesar do aumento no número de centros financeiros, a revista considera que provavelmente somente Nova Iorque e Londres possam ser considerados centros globais.

Na reportagem Marketplaces on the move, a revista apresenta o seguinte gráfico:

25 julho 2007

Globalização

Na coluna de artes do Financial Times (The ancient art of globalisation, Jeremy Grant, 24/07/2007), USA Ed1, p. 15, o jornal inglês comenta uma exposição sobre a história de Portugal. O título da matéria é apropriado e interessante pois informa que a globalização é mais antiga do poderíamos pensar.

Além disto, a matéria informa sobre a espionagem italiana, que rouba o "Cantino Planisphere", um mapa que contém informações das quatro grandes expedições marítimas: Colombo, Cabral, Vasco da Gama e os irmãos Corte-Real.

In 1502, an Italian diplomatic agent working in Lisbon for the Duke Ercole d'Este of Ferrara pulled off what must rank as one of the boldest thefts of a state secret. Somehow, he managed to make off with an item of inestimable value to the Portuguese king: a copy of the "Cantino Planisphere", a large map. This was no ordinary map. Using information brought back by Portuguese sailors in the latter half of the 15th century, it represented the most accurate view of the known world at that time, allowing the Portuguese to project their emerging maritime empire more effectively than any rival.

With the beginning of the reign of Joao II in 1481, Lisbon had become the seat of a vast project of exploration, carried out along the African coasts, with the objective of reaching the Indian Ocean and southern Asia. The Portuguese had begun their explorations in the early part of the century, colonising Madeira and the Azores, moving later along the west coast of Africa in search of slaves and gold. Asia soon followed, then Brazil.

Royal cartographers fashioned the map using information brought back by sailors from four series of voyages: Columbus to the Caribbean; Pedro Alvarez Cabral to Brazil; Vasco da Gama to eastern Africa and India; and finally the brothers Corte-Real to Greenland and Newfoundland. Except for Columbus, all had sailed under the Portuguese flag. The original of the Cantino map is presumed to have been lost in the Lisbon earthquake of 1755. But the stolen version - a copy - has been housed at a library in Modena ever since.

(...) As empires go, the Portuguese seems to get less attention than those that followed. But Portugal was the first European nation to build an extensive commercial empire, creating a global network that relied more on trade than conquest of land. In the process, they not only made contact with regions previously unknown to Europeans, but also left a legacy that was more cultural than political. (...)

26 janeiro 2007

A quem interessa a globalização?

Notícia do jornal Cinco Dias, da Espanha, de 18/01/2007:

El negocio de auditoría de las cuatro grandes (Deloitte, PricewaterhouseCoopers, KPMG y Ernst & Young) en España continúa activo. Las adaptaciones a las normas contables internacionales siguen suponiendo un auténtico balón de oxígeno para las firmas de servicios profesionales, que mantienen importantes crecimientos en este área de negocio. (...) Para Deloitte, que sin embargo es la firma cuyo crecimiento en comparación con la facturación del ejercicio anterior es menor (el 6%), la buena marcha del negocio auditor tiene que ver con "el incremento de servicios relacionados con la adaptación a las normas de información financiera y con los servicios relacionados con el asesoramiento de control interno".


Além disso, o mercado é oligopólio:

Deloitte, Ernst & Young, PricewaterhouseCoopers y KPMG emitieron durante el ejercicio 2005 el 91,3% del total de informes de auditoría que se remitieron a la CNMV. Pero en el caso de las compañías que pertenecen al Ibex 35 el porcentaje se eleva hasta el 100%. Ahí las cuatro grandes copan el mercado y aunque en ciertos concursos alguna de las firmas que se encuentran por detrás en el ranking, como BDO, ha logrado meter la cabeza, no ha conseguido romper el monopolio que se reparten las cuatro grandes.

Brasil ganha com a terceirização

Notícia do Wall Street Journal:

A terceirização parece que também está dando certo para o país mais populoso da América do Sul. Com uma onda de novos contratos de tecnologia da informação, o Brasil pode ser o grande vencedor latino-americano do boom mundial da terceirização. Ano passado a varejista americana de roupas Gap Inc. transferiu serviços de informática para o Brasil, como parte de um contrato de dez anos e US$ 1,1 bilhão com a International Business Machines Corp. A Whirlpool Corp. administra seus dados por aqui e algumas empresas americanas menores estão usando o Brasil para estrear no mundo da terceirização.

Com uma cultura e fuso horário mais parecidos com os dos Estados Unidos do que Pequim ou Bangalore, autônomos como Lazarski e multinacionais como a Accenture LTD. e a IBM estão apostando que o Brasil pode ser o grande centro da América Latina para contratos empresariais baratos, e um dos cinco melhores destinos do mundo.

As empresas brasileiras também estão tentando captar oportunidades de negócio nos EUA. Há dois anos, a Politec Ltda. iniciou um esforço para ressaltar as vantagens da proximidade, e assim conseguir contratos de empresas americanas. A Politec diz que até agora conseguiu vários trabalhos pequenos de US$ 1 milhão cada, mas espera que 2007 seja um ano bem melhor. (...)

A principal vantagem do Brasil é estar no máximo três horas à frente do horário de Nova York, dependendo da época do ano, enquanto na Índia a diferença pode chegar a 12 horas. Outro fator lembrado com freqüência são os "valores compartilhados", uma referência às diferenças culturais que vez ou outra atrapalharam projetos na Ásia. "Dizer 'sim' no Brasil geralmente significa 'sim'. Na Índia, pode significar 'não'", diz Peter Bendor-Samuel, diretor-presidente da Everest.

Ironicamente, o setor de tecnologia do Brasil ganhou um grande impulso do passado caótico do País. Durante os anos 80 e 90, a proibição de importar computadores incentivou a indústria nacional. E, para lidar com a inflação galopante, os grandes bancos tiveram de desenvolver sofisticados sistemas de computação. (...)

O Brasil também traz algumas dificuldades novas para o jogo da globalização. O hábito brasileiro de se cumprimentar com beijos e abraços mesmo no ambiente de trabalho não é comum em outros lugares. Um vídeo produzido pela IBM para visitantes americanos alerta que os brasileiros podem se atrasar para as reuniões. "Faça muito contato visual e não tente argumentar usando tabelas e dados", aconselha o vídeo.


Observe que o termo "lidar com a inflação galopante, os grandes bancos tiveram de desenvolver sofisticados sistemas de computação" pode ser lido como "correção monetária de balanço" também

28 dezembro 2006

E as empresas brasileiras estão ganhando o mundo...


Vale do Rio Doce, Gerdau, Coteminas - além de companhias russas, indianas e chinesas - são outros exemplos de empresas que conseguiram bons resultados e se lançaram em negócios bilionários no primeiro mundo. Segundo relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers divulgado nesta quarta-feira, houve 78 transações de empresas nacionais comprando estrangeiras em 2006, exatamente o dobro de 2005.

A onda abarca em sua maioria indústrias primárias que aproveitaram o dólar barato, a alta no preço das commodities e a liquidez no mercado internacional para apostar alto nos Estados Unidos e na Europa. (...)

Outro motivo é o movimento de consolidação por que passa o setor de siderurgia e metalurgia.

(...) Para as empresas dos países emergentes, investir no primeiro mundo significa ganhar escala, reduzir custos, entrar em mercados que antes eram inacessíveis e diversificar o caixa.

Fonte: Globo de hoje