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23 outubro 2017

Ex-trader de câmbio do HSBC é culpado de fraude

Mark Johnson, ex-negociador de moeda estrangeira do HSBC, foi considerado culpado de conspiração e fraude de um cliente em um negócio de câmbio no valor de $3,5 bilhões. Segundo o Financial Times, essa decisão poderá trazer implicações históricas para o funcionamento do mercado de câmbio que movimenta cerca de $5,3 trilhões por dia.

O ex-bancário enfrentara até 20 anos de prisão após ter sido considerado culpado em nove das acusações (oito de fraude e um de conspiração), sendo considerado inocente em apenas uma.

Johnson foi preso em julho de 2016 no Aeroporto internacional de Nova Iorque e foi acusado de conspirar, em 2011, com outros funcionários da empresa, para comprar libras esterlinas antes de realizar uma operação cambial de US $ 3,5 bilhões solicitada pela Cairn Energy (empresa britânica de óleo e gás), que ajudou a aumentar o preço de moeda. O processo, de acordo com a acusação, lhes permitiu ganhar milhões de dólares em detrimento de seu cliente.

Roubo de Combustível

Recentemente o México abriu o mercado de distribuição de combustível para o investidor privado (e estrangeiro). Entretanto, desde então, os investidores não estão muito animados em atuar no mercado de forma mais intensa. Um dos motivos é a segurança ou o roubo de combustível. Segundo este site, o roubo de combustível custa para Pemex, a equivalente da Petrobras do México, o valor de US$ 4 milhões por dia ou 1,4 bilhão por ano (bem menos do que o desvio ocorrido na estatal brasileira, segundo a estimativa, pouco confiável, da empresa). Apesar dos gastos na prevenção do roubo, desde 2008 foram 1,5 bilhão, o número de desvios continua aumentando. Recentemente, os ladrões roubaram combustível diretamente de um posto de combustível da Pemex.

Sobre o curso de contábeis

Sobre o curso de Contábeis, o portal G1 fez uma reportagem, entrevistando a professora Clésia, da UnB, e Selma, da UFF:

Guia de carreiras - Ciências Contábeis

De acordo com a Fundação Brasileira de Contabilidade, o Brasil possui 530.373 profissionais da área – sendo 65,8% graduados e outros 34,2%, técnicos. Só em 2015, 42.483 pessoas se formaram nesse curso em universidades particulares e públicas do Brasil. No mesmo ano, foi a 10ª carreira mais procurada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Mesmo assim, a profissão ainda é cercada de mitos – confundida com administração e economia, por exemplo. Para discutir o que costuma ser dito sobre as ciências contábeis, o G1 entrevistou os seguintes especialistas: Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF)e Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB)

Confira a seguir:

O curso de ciências contábeis é muito semelhante aos de economia e administração?

Não. É comum que candidatos façam inscrição no vestibular e coloquem “ciências contábeis” como segunda opção e “economia” como primeira, por exemplo. Mas é preciso ter cuidado: os cursos têm focos muito diferentes.

Em ciências contábeis, a área principal é registrar e analisar contas. É concentrado no funcionamento dos agentes econômicos – sejam empresas, órgãos públicos ou terceiro setor. “A contabilidade foca na entidade que atua no mercado: no registro das operações dela e na prestação de informação sobre o patrimônio, por exemplo”, explica Selma Alves Dios, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Já a graduação em economia é voltada para a chamada “macroeconomia”. “O profissional dessa área aprende a ter uma visão do funcionamento do mercado e da economia como um todo, no qual estão inseridas as instituições”, completa Selma. E, em administração, o foco é na gestão da empresa – questões estratégicas, recursos humanos, marketing, etc. “A contabilidade vai avaliar justamente os efeitos econômicos dessas ações aplicadas pelos administradores”, explica a professora.

Toda empresa precisa de uma pessoa formada em ciências contábeis?

Sim. “As empresas de pequeno porte não precisam necessariamente de um economista ou de um administrador, mas obrigatoriamente de um contador”, afirma Clésia Camilo Pereira, do departamento de ciências contábeis e atuariais da Universidade de Brasília (UnB). “O controle e a prestação de contas são imprescindíveis a todas as organizações, independentemente do tamanho ou da finalidade delas”, completa a professora Selma.

Isso faz com que o mercado da profissão seja amplo e que a oferta de empregos, satisfatória. Além de atuar especificamente nas empresas, é possível também trabalhar em escritórios que prestem o serviço de contabilidade para quem os contratar. “As firmas individuais, por exemplo, podem preferir contratar o escritório. O serviço encomendado por elas começa já na abertura dela, na legalização de todo o processo”, afirma Selma.

É preciso ser muito bom em matemática?

Não. A área da contabilidade não exige conhecimentos profundos de matemática pesada ou fundamentos mais densos dela. Embora o curso aborde tópicos como estatística e cálculo, não são demandadas habilidades complexas na profissão. É possível contar também com os avanços tecnológicos para fazer as operações matemáticas no dia a dia. “Atualmente, temos muitos sistemas informatizados que nos auxiliam”, afirma Clésia.

No entanto, apesar de não ser necessário ter conhecimentos tão aprofundados, é interessante que o estudante tenha prazer em lidar com números. Afinal, boa parte das tarefas da contabilidade os envolve.

A rotina da profissão é insana?

Depende. “A carga de trabalho é grande e demanda tempo”, afirma Selma. As tarefas envolvem questões de responsabilidade, como prestação e fechamento de contas. A necessidade de sempre fornecer dados corretos e de cumprir os prazos faz com que o profissional trabalhe sob pressão. Apesar disso, a existência de recursos tecnológicos para auxiliar na tabulação de dados pode facilitar a execução das tarefas.

É importante entender também que a demanda de trabalho é sazonal. Em início de ano, por exemplo, as declarações de imposto de renda podem sobrecarregar as equipes.

É necessário ter conhecimentos além da contabilidade?

Sim. “É uma área muito disputada por profissionais de economia, de direito e de administração. Se a pessoa mantiver somente a formação nos números e no registro de contas, ela vai perder a oportunidade de ampliar sua participação no mercado”, afirma a professora da UFF. Ela avalia que é importante ter visão de negócios, habilidade de planejamento e conhecimentos do cenário econômico. Especializações, por exemplo, podem aprofundar questões como controladoria, auditoria, mercado e finanças.

Clésia reforça a necessidade de ir além da formação básica. “Embora existam muitos profissionais no mercado, há a procura por aqueles que não se limitam às questões fiscais, que tenham também noções de gerência, por exemplo”, afirma.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

22 outubro 2017

Links

Quando um político pode ser "humano" (ao lado)

Notas de zero euros existe

Bebê escuta a sua mãe pela primeira vez (vídeo) 

Pocket of predictibility: quando o mercado acionário possui períodos curtos de previsibilidade

Clube de futebol português do Porto está revelando e-mails do seu inimigo, o Benfica. Inclui bruxaria. E Benfica deseja indenização. E aqui, como os e-mails chegaram ao Porto.

Especialista

“Angola não será a próxima Venezuela”. Essa é pelo menos a convicção que empresária Isabel dos Santos transmitiu num evento promovido pela Reuters em Londres, onde garantiu que entre Angola e Venezuela “não há praticamente nada em comum. Talvez só o tempo”, admitiu a empresária em declarações citadas no portal Angola Nossa.

No que diz respeito à corrupção, e questionada sobre se este é um dos problemas mais difíceis de resolver em Angola, a empresária rejeitou que o seu país possa ser conotado em exclusivo a essa situação. “A corrupção não é uma questão específica de um povo, ou de um país, é específico do ser humano. Depende da educação que se tem, da mãe, do pai, do professor”, realçou a empresária.


Fonte: Aqui


Quem é Isabel Santos? Ela é a mulher mais rica da África. Conseguiu boa parte da sua fortuna provavelmente por ser filha de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola desde 1979.

Fato da Semana: Desemprego

Fato da Semana: Desemprego no setor contábil

Data: 19 de outubro 



Contextualização - Os dados do Caged, que este blog acompanha mensalmente, talvez seja a grande fonte de informação sobre o desempenho do setor contábil. Os dados informam o número de admitidos e demitidos, com ricas informações sobre ocupação, salário, idade, região, gênero, entre outras.Começamos a acompanhar estas informações há meses e já era perceptível os reflexos da maior crise econômica da história do Brasil no emprego. De janeiro de 2014 até o último mês foram extintas quase 38 mil vagas de trabalho formal. É muita gente sem emprego.

Relevância - A grande questão é que nos últimos meses ocorreu um descolamento entre os dados da economia e do setor contábil. Enquanto existe uma "recuperação" na economia, no setor contábil somente um mês o número de admitidos foi superior ao número de demitidos. Isto pode ser um reflexo de uma crise maior, estrutural, no setor? De qualquer forma, o otimismo daqueles que afirmam que "não falta emprego para quem quer trabalhar na área" deve ser visto com muita cautela. Em agosto ousamos afirmar que a recuperação talvez ocorra em novembro.

Notícia boa - Não. Mas pode ser pior se esta redução tiver associada a mudança na estrutura do trabalho na área, o que seria um sinal de que a reversão da tendência será muito pequena e lenta.

Desdobramento
- Arriscamos no passado dizer que a tendência irá mudar em novembro. É um palpite.

Mas a semana só teve isto? Além disto, as decisões do TCU.

21 outubro 2017

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Anindya Kundu: O impulso que os estudantes precisam para superar obstáculos


Como os alunos desfavorecidos podem obter sucesso na escola? Para o sociólogo Anindya Kundu, determinação e tenacidade não são suficientes; os estudantes também precisam desenvolver sua capacidade de ação, ou a capacidade de superar obstáculos e navegar pelo sistema. Ele compartilha histórias auspiciosas de estudantes que desafiaram as expectativas diante de seus desafios pessoais, sociais e institucionais.

19 outubro 2017

Mais Demitidos que Admitidos no setor Contábil: Alguém se importa?

O Ministério do Trabalho disponibilizou hoje os dados do mercado de trabalho formal de setembro de 2017. Em termos da economia, tivemos pelo sexto mês consecutivo mais contratações do que demissões. De abril deste ano até setembro foram criadas 210 mil novas vagas. É bem verdade que isto não representa uma recuperação nos níveis antes da crise econômica, mas parece que o pior já passou.

Mas no setor contábil, a coleta que este blog faz do mercado de trabalho mostra que a recuperação ainda não chegou. Dos noves meses deste ano, somente em janeiro o número de contratados superou as demissões. Em 2017 foram destruídas 6.166 vagas de emprego no setor; considerando janeiro de 2014 como marco inicial o número de demitidos supera os admitidos em quase 38 mil: 37.955.

Em setembro a crise atingiu principalmente as mulheres (-146 versus -41 dos homens), os escriturários (-132) e com instrução até o ensino médio completo (-594). O salário dos demitidos era 23,2% maior que dos novos contratados, dentro do padrão dos últimos meses, mas muito acima dos valores de 2014, por exemplo, quando a diferença era de 15,1%. Quanto maior a crise, maior a diferença salarial entre aqueles que perderam o emprego e aqueles que consiguiram carteira assinada. O tempo de emprego também é afetado pela crise: tende a aumentar quando a crise aumenta; no caso do setor contábil, as pessoas que perderam emprego possuíam um tempo médio de 38,77 meses (em setembro de 2015, por exemplo, era de 31,88 meses). Quanto a idade, tanto os admitidos quanto os demitidos tiveram um aumento na média.

A questão do p-valor na pesquisa científica

Geralmente as pesquisa científicas trabalham com o p-valor. Geralmente trabalhamos com um p-valor de 5%. Entretanto, recentemente, muitas críticas estão sendo dirigidas para esta estatística. Alguns periódicos estão simplesmente proibindo de usar o termo. E muitas pesquisas, quando replicadas, estão apresentando um p-valor acima de 5%, o que "não confirma" a conclusão dos trabalhos publicados.

Muitas sugestões tentam resolver este problema através de testes mais rigorosos e replicação das pesquisas. Outra solução seria mexer no p-valor usado tradicionalmente, de 5%:

Essa inconsistência é típica de muitos estudos científicos. É particularmente comum para p-valor em torno de 0,05 . Isso explica por que uma proporção tão alta de resultados estatisticamente significativos não se replicam.

Em setembro, meus colegas e eu propusemos uma nova idéia: Somente os valores de P inferiores a 0,005 devem ser considerados estatisticamente significativos. Os valores de P entre 0,005 e 0,05 devem ser chamados de sugestivos.

Em nossa proposta, resultados estatisticamente significativos são mais propensos a replicar, mesmo depois de explicar as pequenas probabilidades anteriores que geralmente pertencem a estudos nas ciências sociais, biológicas e médicas.

Além disso, pensamos que a significância estatística não deve servir como um limite de linha brilhante para publicação. Os resultados estatisticamente sugestivos - ou mesmo os resultados que são em grande parte inconclusivos - também podem ser publicados, com base em se eles relataram ou não importantes evidências preliminares sobre a possibilidade de que uma nova teoria possa ser verdadeira.


A base da ideia dos autores é o Teorema de Bayes.

TCU aponta problemas ...

Segundo o portal G1:

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou nesta quarta-feira (18) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sofreu prejuízo de pelo menos R$ 304 milhões ao financiar uma operação de compra de frigoríficos nos EUA pela JBS, em 2008. (...)

Segundo o relator do processo, Augusto Sherman, a BNDESPar - braço do BNDES que compra participações em empresas – pagou 20% a mais por cada ação da JBS. Na época, cada ação deveria ter custado até R$ 5,90 ao BNDES, mas o banco pagou R$ 7,07.


O mesmo TCU afirmou ter existido superfaturamento de "pelo menos" R$187 milhões nas obras do Comperj. O segundo caso realmente é mais difícil de investigar. Mas o primeiro... As ações tinham preço no mercado, as informações estavam disponíveis desde 2008. Foram dez anos...

Toshiba

Segundo notícia da Reuters, a Toshiba, uma grande empresa japonesa, está sendo investigada pelo regulador deste país asiático. A investigação parece ter iniciado a partir do relatório de auditoria da PriceWaterhouseCoopers Aarata em agosto de 2016. No parecer, o auditor, de forma pouco usual, emitiu uma opinião qualificada para as demonstrações, mas uma opinião de adversa para a governança corporativa.

O problema estaria na avaliação da unidade da Westinghouse, nos Estados Unidos, onde a empresa apresentou prejuízos recorrentes. Antes disto, a Toshiba esteve envolvida na manipulação dos resultados. Há uma ameaça da Toshiba deixar de ser negociada na bolsa em razão dos problemas contábeis.

Links

Responsabilidade social corporativa na Amazon

Leonardo da Vinci é valorizado demais? (há controvérsia)

Rússia: Alugando jatinhos particulares para tirar fotos para o Instagran

Bancos britânicos envolvidos na lavagem de dinheiro da África do Sul

Na devolução do dinheiro ao Tesouro pelo BNDES, entrou a Caixa no meio

Xadrez: A mulher tem um desempenho melhor jogando contra os homens (como isto é contrário a um estereótipo)

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

18 outubro 2017

Corrupção e mercado

Um trabalho apresentado no VIII Congresso Brasileiro de Administração e Contabilidade procurou verificar a relação entre as empresas citadas na operação lava-jato e o preço das ações. Usando estudos de eventos, os autores verificaram que as empresas citadas tiveram uma redução no valor de mercado, enquanto as empresas não citadas apresentaram um retorno anormal acumulado. Segundo os autores, os "resultados sugerem que a corrupção tanto afeta negativamente as decisões sobre os investimentos privados, com consequências negativas para o crescimento de longo prazo, como é um obstáculo à concorrência, ao favorecer as empresas corruptoras na obtenção de contratos públicos a despeito do melhor custo-benefício.".

Este parece ser um dos primeiros trabalhos sobre o tema. Mas as conclusões são relevantes. O fato do mercado penalizar as empresas pode significar que ele não tinha precificado o risco do envolvimento da empresa em práticas corruptas e dos seus efeitos. Bastante razoável, já que a lava-jato representou uma mudança em diversos procedimentos da justiça brasileira. Entretanto, não sei se faria o teste de média do artigo, uma vez que o número de empresas da amostra foi relativamente reduzido (nove, somente). Isto não invalida, pelo contrário, a pesquisa realizada.

Evento sobre Corrupção

A Revista de Contabilidade e Organizações (RCO) está promovendo um evento de comemoração dos seus 10 anos, no dia 26 de outubro.O tema será: "Fraudes e Corrupção: O que Contabilidade e Organizações têm a dizer?". O evento ocorrerá das 19 as 22 horas, em Ribeirão Preto (SP), mas as pessoas podem acessar o evento pela internet.

Presenças confirmadas: Sr. Roberto Livianu (Procuradoria do Ministério Público do Estado de São Paulo, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção), e Sra. Renata Pinheiro Normando (Auditora da Secretaria de Relações Institucionais de Controle no Combate à Fraude e Corrupção, TCU).

No dia seguinte, sessões de pesquisa. Para as inscrições presenciais, clique aqui. Para receber o link da transmissão online, clique aqui

Resenha: Roube como Um Artista - 10 Dicas sobre Criatividade - Austin Kleon


Este pequeno livro - em tamanho e número de páginas - tenta ajudar as pessoas a melhorar sua criatividade. O título é bastante chamativo e logo nas primeiras páginas o autor afirma: todo conselho é autobiográfico. Este talvez seja o ponto forte e também o cuidado que o leitor deve ter: o que funciona para Kleon, talvez não seja verdadeiro para você. Mas devo confessar que o título é bastante criativo e o design é atraente. Mas na essência, o livro não é sobre “roubar”, mas sobre usar ideias já existentes para desenvolver seu trabalho. É sobre aproveitar uma ideia de terceiro e aplicar no seu trabalho. Na área acadêmica, por exemplo, é tomar uma ideia da psicologia e aplicar na contabilidade.

As dicas do livro são as seguintes: (1) roube como um artista (2) não espere até saber quem você para poder começar (3) escreva o livro que você quer ler (4) use as mãos (5) projetos paralelos e hobbies são importantes (6) faça um bom trabalho e compartilhe (7) a geografia não manda mais em nós (8) seja legal, pois o mundo é pequeno (9) seja chato, pois é a maneira de terminar um trabalho (10) a criatividade é subtração. Algumas dicas são constatações; outras talvez não funcione com você.

Vale a pena? O livro é pequeno e fácil de ler. Mas em termos práticos, acho que Mais Rápido e Melhor, de Duhigg, mais efetivo (por li no passado e não fiz uma resenha aqui).

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

Rir é o melhor remédio


17 outubro 2017

Rio Tinto

O regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos acusou a empresa Rio Tinto, e dois ex-executivos, de fraude numa mina em Moçambique. Já o regulador do Reino Unido anunciou que chegou a um acordo com a empresa, que pagaria uma multa de US$36 milhões por ter violado as regras contábeis com os ativos no país da África. Em 2011 a Rio Tinto adquiriu uma mina de carvão por US$3,7 bilhões; logo após a aquisição, a empresa descobriu que a compra tinha sido ruim e tentou dissimular o erro. O problema continuou até janeiro de 2013, segundo a SEC. Logo a seguir, a empresa vendeu a mina por US$50 milhões.

Solução para manipulação nos esportes

Segundo The Economist uma a cada cem partidas é manipulada. A solução seria:

A primeira é legalizar as apostas, que são proibidas em muitos países. Para lucrar com suas trapaças, os manipuladores precisam de mercados que movimentem grande volume de recursos e tenham liquidez. Se os apostadores honestos começarem a utilizar casas de apostas legais, os trapaceiros terão de ir atrás deles, e as autoridades conseguirão identificá-los com mais facilidade. A segunda coisa a fazer é aprovar leis contra o acerto de resultados que reconheçam que, muitas vezes, as únicas provas da manipulação são análises estatísticas. Muitos países nem sequer têm legislação sobre o assunto. (grifo meu)

Rir é o melhor remédio

Caminhão lotado de promessas políticas.

16 outubro 2017

A geração atual é melhor que a passada

A reclamação de que estamos piorando com o passar do tempo parece não proceder. Veja o texto da revista The Economist, publicado no Estadão de 10 de outubro de 2017:


A fim de introduzir um pouco de rigor no problema, o pesquisador saiu em busca de exemplos de um experimento cognitivo conhecido como “teste do marshmallow”.

A realização do experimento é simples. A criança é levada para uma sala onde há uma série de doces. O pesquisador explica à criança que ela pode escolher o doce de que mais gosta e comê-lo quando quiser; mas, se esperar 15 minutos, poderá comer dois doces em vez de um. Em seguida, o
pesquisador sai da sala. A idade é o fator que melhor permite prever a capacidade de resistir ao impulso de devorar o doce na hora. Entre as crianças de mesma idade, porém, o bom desempenho no teste está associado a características positivas que se manifestarão mais tarde na vida, da
manutenção de um peso saudável à escolaridade mais elevada e à obtenção de notas mais altas em provas.
Protzko avaliou os dados de 30 estudos realizados ao longo dos últimos 50 anos (embora o estudo original de Stanford não tenha sido incluído). Simultaneamente, consultou 260 especialistas em desenvolvimento cognitivo infantil (...)

Só 16% dos especialistas acertaram a previsão: as crianças vêm se saindo progressiva e significativamente melhores no teste. Em 1967, o tempo que elas levavam para ceder à tentação era de aproximadamente três minutos, em média. Em 2017, essa média já chega 8 minutos, com uma elevação de cerca de um minuto a cada dez anos. E isso parece acontecer de maneira uniforme em todos os níveis de habilidade. As crianças mais impulsivas vêm melhorando no mesmo
ritmo que as mais prudentes.

Para aqueles que ainda duvidam, recomendo a leitura do livro Os Anjos Bons da Nossa Natureza, de Steven Pinker. 

O Teste pode ser visto no vídeo abaixo:


Horizonte temporal na privatização


O valor de uma empresa é dado pelo fluxo de caixa futuro descontado pelo custo de oportunidade de capital. Uma das questões no processo de fazer a mensuração deste valor é quão longe deve ser o valor futuro. Ou seja, qual o horizonte de tempo que devemos considerar. Quando a empresa possui vida futura delimitada por um contrato, o correto seria considerar este horizonte temporal. Se o horizonte de tempo não estiver delimitado, o usual é considerar um fluxo de cinco ou dez anos (ou outro período de tempo qualquer) e ao final considerar um fluxo em perpetuidade.

No caso das concessões governamentais, a estimativa deve levar em consideração o prazo do contrato. Se estamos avaliando uma empresa que explora uma rodovia e o contrato possui mais oito anos, o horizonte de tempo será oito anos. Ao final deste período, a rodovia volta para o governo, que irá fazer um novo leilão. Mas o valor da empresa criada para explorar esta rodovia deve ser estimado considerando estes oito anos, mais o eventual valor residual, que irá corresponder ao pactuado no contrato de concessão.

Para o governo, transferir uma concessão para o setor privado envolve obter os recursos, que podem ser maiores se o objeto da exploração foi vantajoso ou não. O preço obtido no leilão pode aumentar se as regras forem claras, não existir contestação provável, o objeto de exploração pode gerar um fluxo de caixa futuro atrativo, entre outros aspectos. Ao fazer um leilão para concessão de um bem do governo, quanto maior a atratividade, maior o preço a ser obtido no leilão. Muitas vezes o governo chega a garantir fontes de financiamento a juros subsidiados como uma forma de atrair mais interessados.

A regra para obter um valor substancial num leilão é simples: melhorar, no máximo, a chance da concessão gerar um elevado fluxo de caixa futuro.

No processo de discussão sobre a oferta da Eletrobras anunciou-se que o governo estaria estudando aumentar o horizonte de tempo do contrato da usina Tucuruí (Fonte: Ritter, Daniel. Novo Contrato de Tucuruí torna-se decisivo para oferta da Eletrobras, Valor Econômico, 2 de outubro de 2017, B1). Originalmente o contrato termina em 2024. Neste ano, o governo teria que fazer um leilão para decidir quem iria explorar esta usina. Tucuruí é uma hidrelétrica muito importante para a Eletrobras: equivale a 8400 mW, mais que o dobro das quatro usinas que foram leiloadas recentemente pelo governo federal e que eram da Cemig. Se o processo sair em 2018, isto corresponde de 6 a 7 anos de exploração. A proposta, conforme divulgada na mídia, seria prorrogar por 30 anos a concessão. Seria um grande incentivo para atrair interessados.

A ideia possui uma transferência temporal de riqueza. Em lugar de receber recursos em 2024 numa eventual prorrogação da concessão, o governo antecipa deste recebimento. Isto seria muito interessante para um governo que está com dificuldades de fechar as contas públicas, neste ano e provavelmente no próximo.

Neste caso, para o eventual interessado em adquirir a Eletrobras, o horizonte temporal seriam os trinta anos de exploração de Tucuruí.

Links

Atualização do COSO ERM Framework: realmente é necessário ou é mais trabalho para consultores?

Comitê da Basileia irá mudar sua regra?

A música que gostamos quando adolescente permanece para o resto da vida

Ainda sobre a IPO da Aramco

A falta de qualidade do aço da Kobe Steel e a usina nuclear

EUA e Israel saem da Unesco, ameaçando seu orçamento (e aqui os números que provam que eles estão com a razão)

Rir é o melhor remédio


15 outubro 2017

Fato da Semana: Punição para dirigentes da Petrobras

Fato da Semana: Punição pelo teste de recuperabilidade

Data: 11 de outubro 



Contextualização - Desde que a Operação Lava-Jato começou a mostrar a existência de um grupo de executivos desonestos agindo na maior empresa brasileira que a sua contabilidade está sob o escrutínio público. A primeira reação do maior acionista da empresa foi trocar os dirigentes; entretanto, a nova Graça Foster também estava na empresa quando a corrupção era algo cotidiano. O atraso na publicação das demonstrações contábeis só ocorreu em razão de uma reação tardia da empresa de auditoria: ou acertava o valor do balanço, retirando as "luvas" (como dizem os portugueses) ou não haveria assinatura.
Depois de meses, a empresa anunciou que o efeito da corrupção teria sido de R$6 bilhões e que não seria possível indicar em que exercício social ocorreu o fato. Acreditou quem quis nesta história. A queda do presidente Rousseff ajudou a mudar, novamente, a gestão da empresa. Durante este período, os reguladores, em especial a ANP e a CVM, pareciam adormecidos, sem ação. Talvez em virtude da baixa popularidade do atual presidente ou diante do quadro vexaminoso de inércia, os reguladores resolveram agir. Nesta semana, a CVM puniu 40 dirigentes por um problema contábil: a falha no teste de recuperabilidade, entre 2010 e 2014.

Relevância - O teste de recuperabilidade foi a primeira norma contábil do CPC aprovada no Brasil. Na prática talvez seja a mais inútil de todas (iremos falar sobre isto no blog). E aquela que demanda mais conhecimentos do setor contábil, que geralmente não sabe o que significa a recuperabilidade.
A punição da CVM pode, quem sabe, ajudar a melhorar a qualidade da aplicação do CPC 1 no Brasil. Ou quem sabe fazer com que empresas, como a Petrobras, levem mais a sério da sua contabilidade.

Notícia boa - Notícia boa para a contabilidade, em razão do exposto anteriormente.

Desdobramento - Sou cético quanto a mudança cultural sobre a aplicação do CPC 1. Mas a contabilidade da estatal cometeu tantas falhas que podemos ter mais punições.

Mas a semana só teve isto? - Semana muito movimentada. Ficamos sabendo que o problema do hacker na Deloitte foi muito mais sério do que anunciado anteriormente; a SEC anunciou uma proposta de simplificação da evidenciação; os escandinavos reconheceram novamente um trabalho em finanças comportamentais, premiando Thaler com o Nobel de Economia; e um levantamento do G1 mostrou os efeitos da Operação Lava-Jato (estamos vivendo a história).

Descobrindo fraude por satélite


A SEC informou que descobriu uma fraude de US$3,3 bilhões na empresa de construção doméstica Desarrolladora Homex. Teriam sido mais de 100 mil vendas falsas, com aumento nas receitas. Para descobrir a fraude, a SEC usou imagens de satélite. O fato ocorreu entre 2010 e 2012. Em 2014 a empresa decretou falência. A empresa também atua no Brasil.

Rir é o melhor remédio


14 outubro 2017

Tarde demais

Suely Caldas afirma que a intervenção na Previc no fundo dos Correios teve um grande erro de timing:

Seis anos depois de rombos persistentes e crescentes, sem nenhuma chance de serem recuperados, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) finalmente decretou intervenção no Postalis – o fundo de pensão dos Correios. Agiu tarde. E deixa se arrastar por anos situação semelhante na Previ e na Petros – as duas maiores fundações de previdência de funcionários do Banco do Brasil e da Petrobrás.

Entregue a políticos e sindicalistas sem preparo técnico para multiplicar lucro e valorizar o patrimônio acumulado pelas empresas e funcionários, a gestão financeira desses fundos se agravou nos governos Lula e Dilma, com operações desastrosas de toda ordem – sejam motivadas pela corrupção rasteira de engordar o patrimônio dos dirigentes emagrecendo o dos funcionários; sejam para socorrer interesses políticos e ideológicos do momento comprando títulos das dívidas da Argentina e da Venezuela, quando a falência dos dois países já era patente; ou injetar dinheiro na Sete Brasil, que deveria construir sondas para a Petrobrás, mas construiu corrupção e falência.

O uso político é um dos males em fundos de empresas estatais, mas há outros, alguns estruturais, que datam de sua criação, nos anos 1960, e nunca corrigidos, apesar de velhos conhecidos. O pior deles é manter até hoje o plano de benefício definido, pelo qual o aposentado tem garantido o valor do último salário da vida ativa sem que tenha contribuído para isso. A conta já nasce desequilibrada, nunca fecha e o rombo cresce como bola de neve, empurrado para o futuro.


Aproveitando: a Petros confirmou a venda da sua participação na Eldorado.

Fiscalizando o Sistema S

A arrecadação bilionária do Sistema S que passa pelos cofres federais entrou na mira do Congresso Nacional. O relator de receitas do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2018, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), pretende incluir em seu relatório a previsão de que esses recursos sejam contabilizados no Orçamento. O objetivo é dar mais transparência à aplicação do dinheiro, sem diminuir o valor destinado a essas instituições – entre elas Senai, Sesc, Senac, e Sebrae

A iniciativa é muito boa, mas o texto erra em afirmar que existe resistência do setor empresarial. As empresas agradeceriam a extinção do repasse para o sistema S. Estas entidades são riquíssimas e esbanjam dinheiro. Todo jornal regularmente solta um caderno especial sobre algum tema de interesse e eles comparecem com propagandas.

Não há controle sobre a destinação que o Sistema S faz do montante bilionário que recebe das contribuições sobre a folha de pagamento, deficiência que já foi apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Embora as entidades tenham de prestar contas ao órgão, auditores já sinalizaram a dificuldade em obter os dados detalhados dos orçamentos e das despesas executadas.


Somente neste ano estas entidades receberam 32 bilhões de reais.

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13 outubro 2017

IPO da Saudi Aramco

Duas notícias sobre a IPO da Saudi Aramco, a empresa estatal de petróleo da Arábia Saudita, que deverá ser a maior oferta de ações da história.

A primeira, é que existe uma discussão entre o regulador inglês e a empresa. Uma das dúvidas da oferta é justamente o mercado acionário onde será feita. O mercado inglês possui algumas amarras que precisam ser removidas e esta conversa pode ser um sinal favorável para Londres. Se isto ocorrer, a contabilidade da ARamco deverá estar expressa pelas normas internacionais de contabilidade.

A segunda notícia é que a empresa pode negociar, antes da IPO, uma quantidade específica de ações para um grande investidor chinês, informou o Financial Times (via aqui)

Links

Vídeo: A imagem surreal dos correios entregando correspondência na cidade destruída pelo fogo

... e a reação da menina com a notícia da adoção
 (ao lado)

Sobre a simplificação na evidenciação proposta pela SEC

Kapersky modificou seu antivírus para identificar arquivo com o termo "top-secret" (e isto facilitou a vida os espiões russos. O software foi proibido de rodar em toda repartição dos EUA)


Uma siderúrgica japonesa falsificou dados de qualidade durante dez anos e para mais de 500 clientes (e eles não perceberam!!)

Rir é o melhor remédio


Lava-Jato provocou venda de empresas no valor de R$103 bilhões

O portal G1 (via aqui) fez um interessante levantamento sobre os negócios realizados por empresas envolvidas na Operação Lava-Jato de 2015. O resultado: 48 negócios, muitos deles para melhorar posição da empresa diante da crise de credibilidade. Estas transações atingiram R$103 bilhões e envolveram a Petrobras, a JeF, a Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS e o banco BTG Pactual. Segundo o mesmo portal, existe a estimativa de outros R$75 bilhões serem negociados.

Quando uma empresa tem seu nome envolvido num escândalo de corrupção, perde credibilidade, tem dificuldade de renovar seus empréstimos, reduz seu faturamento e tem seu lucro atual e projetado reduzido. Uma das providências nesta situação de crise é reduzir o tamanho e parar os projetos excessivamente otimistas. Ao mesmo, tentar garantir recursos para enfrentar uma situação de aperto de liquidez. Por este motivo, a venda de negócios pode ser uma saída interessante. O aspecto negativo, em alguns casos, é que as operações podem afetar o resultado consolidado dos grupos empresariais: quando a negociação envolve unidades onde o resultado da venda é inferior ao valor contábil, isto tem reflexo na demonstração do resultado.

Não foi o caso da Alpargatas. Em 2015 a empresa foi vendida para a JeF por R$2,66 bilhões. Logo depois, o grupo comprou mais R$500 milhões. Em 2017 a empresa foi vendida por R$3,5 bilhões. Isto resultou num resultado positivo - sem levar em conta eventuais lucros.

Mas o maior negócio até o momento foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste - NTS (rede de gasodutos da Petrobras) para a canadense Brookfield, por R$ 16,7 bilhões. Em seguida, está a venda da Eldorado Celulose e Papel, pela J&F, para o grupo holandês Paper Excellence, por R$ 15 bilhões.

A maior vendedora da lista é a Petrobras, que já levantou R$ 42,5 bilhões (US$ 13,6 bilhões na conta em dólares) em negócios fechados desde 2015.

12 outubro 2017

Liquidação forçada

Notícia interessante sobre a Oi mostra o impacto da liquidação forçada:

Os ativos da Oi valem R$ 40,8 bilhões, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.

A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de R$ 17,9 bilhões, segundo documento enviado ao mercado.

O valor cobriria menos de 30% dos R$ 65,4 bilhões em dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.

Ataque cibernético na Deloitte foi muito maior que o anunciado

O jornal inglês The Guardian revelou alguns detalhes importantes sobre o ataque cibernético na Deloitte. E as notícias são ruins para a grande empresa de contabilidade mundial.

Segundo o jornal, o ataque afetou e-mails de 350 clientes (e seis, como a Deloitte tinha anunciado), incluindo agências do governo dos Estados Unidos, Nações Unidas e algumas das maiores empresas mundiais, como quatro bancos globais, três empresas aéreas, dois fabricantes de automóveis e grandes empresas farmacêuticas. Os e-mails trocados com a Fifa também estão nesta lista. Apesar da Deloitte ter anunciado que o ataque tenha começado há um ano, parece que não existe muita certeza sobre isto. A Deloitte afirma que o número de e-mails que sofreram com o ataque corresponde a um pequeno montante do total. Entretanto, os hackers entraram no sistema da emprega através de uma conta de um administrador, que permitia acesso a todo banco de dados de e-mails, incluindo os funcionários e a correspondência com os clientes. Como o ataque dos hackers durou muito tempo, é muito difícil determinar a quantidade de informação que foi acessada externamente.

Mais aqui e aqui

Links

José Socrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, recebeu "luvas", que foram depositadas na Suíça

Convergência no desempenho dos países no futebol mundial

Cientistas encontraram ouro no esgoto da Suíça

Os limites da lei no Uber

Site pornográfico irá usar Inteligência Artificial para identificar atores/atrizes

Acabou para Sears Canadá

STJ decide que registro do Conselho de Educação Física não é necessário em aula de pole dance

Rir é o melhor remédio

Recebido num grupo de Wpp

11 outubro 2017

Comportamento inadequado de celebridades

Uma citação interessante do Marginal Revolution:

O empirismo sugere que as celebridades se envolvam em comportamentos anti-sociais e outros socialmente não aprovados do que as não-celebridades. Eu considero uma série de razões para esse fato, incluindo uma nova teoria, na qual os trabalhadores que são menos substituíveis estão habilitados a se engajar em maiores níveis de mau comportamento (...)

Mas existem custos neste comportamento, como a redução no obtenção de receita de anunciantes. Entretanto, a transparência imperfeita pode ocorrer, como no caso de Weinstein ou Roger Abdelmassih,  Mais aqui e aqui

BR Distribuidora: prêmio ou desconto

A UBS fez uma avaliação da BR Distribuidora, informou o Valor Econômico (via aqui). Mas existem dúvidas se haverá prêmio ou desconto. Por um lado, a eficiência irá melhorar; por outro lado, a Petrobras ainda será um acionista importante.

Dois pontos na questão: (1) na verdade, ainda é muito cedo para fazer este tipo de projeção, não existindo informações suficientes para o caso de uma oferta; (2) a existência de prêmio ou desconto irá depender, inclusive, do preço mínimo do laudo. Com respeito ao segundo item, não faz muito sentido a discussão, pois depende do patamar estabelecido no laudo.

De qualquer forma, quanto mais o controle for negociado, melhor o valor da IPO.

Teste de Impairment, a Petrobras e a punição da CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais, acusa 40 administradores e ex-administradores da Petrobrás de terem burlado as normas contábeis brasileiras. A suspeita de irregularidade está na reavaliação do valor de ativos como as refinarias Abreu e Lima (Rnest) e o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). (...)

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a CVM analisou as demonstrações financeiras de 2010 a 2014 para verificar inconsistências ou a falta dos testes – chamados “impairment” no jargão financeiro. (...)

A CVM acusa atuais e ex-diretores, conselheiros de administração e fiscais pelas supostas irregularidades. Além dos ex-presidentes, a lista inclui executivos da atual diretoria: Ivan Monteiro (Financeiro), Solange Guedes (Exploração e Produção), Roberto Moro (Desenvolvimento), Jorge Celestino (Refino), Hugo Repsold (Assuntos Corporativos) e João Elek (Governança).

Também estão no processo ex-conselheiros de administração como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os empresários Jorge Gerdau e Josué Gomes da Silva. São acusados ainda os ex-diretores envolvidos na Lava Jato Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.


Fonte: Aqui

Finalmente estão levando o teste de impairment a sério. Mas será mesmo?

Resenha: O Palácio da Memoria

Com um pouco mais de duzentas páginas, este livro reúne pequenos textos sobre pessoas “extraordinárias”, a maioria delas desconhecidas. A narrativa é muito interessante e o autor consegue prender o leitor. Como cada capítulo é relativamente pequeno, o livro pode ser apreciado aos poucos.

A maioria das pessoas apresentadas no livro é desconhecida e muitos capítulos centra seu foco na questão do racismo nos Estados Unidos, no século XIX e meados do século XX. Ao fazer estas escolhas, o autor, Nate DiMeo mostra como uma vida “comum” pode também ser “extraordinária”. Veja a vida de Edwin Booth, que foi ator, mas teve sua carreira prejudicada pelo irmão, também ator, John Wilkes Booth, ambos filhos do maior ator shakespeariano dos EUA. Este mesmo pai que reduziu Edwin em público, mas isto não foi suficiente para Edwin parar de atuar. Mas seu irmão, John, matou Lincoln com um tiro num teatro. E isto levou Edwin abandonar os palcos. Anos depois, Edwin vê um homem caído nos trilhos de uma estrada de ferro e salva sua vida; este homem salvo por Edwin é o filho de Lincoln, o presidente que foi assassinado por seu irmão. Outras pessoas extraordinárias aparecem no livro.

Vale a pena? - Uma ótima leitura, para ser consumida aos poucos.

Simplificação da Evidenciação Contábil nos EUA

Finalmente uma notícia boa para contabilidade. A SEC, entidade que regulamenta o mercado de capitais dos Estados Unidos, está propondo uma alteração nas regras de evidenciação contábil das empresa, anunciou a Reuters. Apesar desta medida ser uma promessa de campanha de Donald Trump, as medidas começaram durante o governo Obama.

Com as novas regras, as empresas podem omitir algumas referências a fatores de risco e usar referências online (hiperlinks), o que poderá reduzir o volume de informação divulgada.

A proposta estará disponível para audiência pública por 60 dias.

Links

A mulher dos gatos: um estudo psicológico em Porto Alegre

Fotografias de ruas de Clarissa Bonet (ao lado)

LSE: Impacto do blog na divulgação científica 

O produtor de cinema Weinstein é acusado de estupro, assédio ...

Independência da Catalunha: O mito do apoio da população

Workshops 3º CCGUnB

Não congressistas do 3º CCGUnB que desejarem participar somente dos workshops poderão se inscrever pelo link a seguir até o dia 31 out: http://soac.unb.br/index.php/ccgunb/ccgunb3/about/editorialPolicies#custom-7


Workshop I – Pesquisa Qualitativa em Contabilidade 1
Theme: "Fundamentals of Qualitative Research"
Condutora: Wai Fong Chua (The University of Sydney)
CV: http://sydney.edu.au/business/staff/waifong.chua
Data e Horário: 29/11/2017 das 09:00 às 12:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Inglês. Com tradução simultânea.


Workshop II – Pesquisa Qualitativa em Contabilidade 2
Theme: "Construction of accounting qualitative research course "
Condutor: David Cooper (University of Alberta)
CV: https://www.ualberta.ca/business/about/contact-us/school-directory/david-cooper
Data e Horário: 29/11/2017 das 14:00 às 17:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Inglês. Com tradução simultânea.

Workshop III – Pesquisa Quantitativa em Contabilidade
Condutor: Otávio Ribeiro de Medeiros (Universidade de Brasília)
CV: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787664U2
Data e Horário: 29/11/2017 das 14:00 às 17:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Português.

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Fonte: Aqui

09 outubro 2017

CVM e a modernização das regras de divulgação

(...) o regulador tem que lutar para que sua regra de divulgação não perca o seu significado, que é ajudar o investidor a tomar sua decisão de forma refletida. Em alguns casos, a publicação excessiva de informações em documentos como o prospecto de ofertas públicas acaba sendo usada mais como mecanismo de proteção de emissores e intermediários. (...)

A discussão do tema passa ainda pela adoção de outros canais para a publicação de informações, como a própria internet, a dinamização do sistema de divulgação de informações da CVM (empresas.Net), uso de infográficos e material visual para facilitar a vida do investidor.


Parece que esta discussão deveria ter ocorrido há dez anos

Economia sempre foi comportamental

Eu não sei quem inventou esse nome economia comportamental, pois até onde sei os economistas sempre estudaram o comportamento humano. Cada área da economia usa uma ferramenta diferente para tentar modelar e prever o comportamento humano: matemática, estatística, pisicologia, história, computação, física e por aí vai. Então não faz sentido usar esse nome economia comportamental, pois tudo que os economistas estudam sempre foi comportamental. Adam Smith, um dos maiores filósofos e economistas de todos os tempos, escreveu este famoso trecho. que já tratava de economia "comportamental":

"Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."


Nobel para pesquisa em psicologia econômica

Richard Thaler foi anunciado vencedor do prêmio Nobel de Economia. Thaler tem inúmeras pesquisas na área comportamental da economia.

Thaler se junta a Kahneman, que ganhou o prêmio anteriormente, em 2002. Outro grande nome da área comportamental da economia, Amos Tversky, não pode receber o prêmio pois faleceu em 1996.

Thaler nasceu em 1945 e colaborou com Kahneman em diversos trabalhos.

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Fonte Aqui

08 outubro 2017

Fato da Semana: Impostos e Multinacionais

Fato da Semana: Impostos e Multinacionais

Data: 4 de outubro

Contextualização - As empresas multinacionais utilizam do planejamento tributário para reduzir o volume de impostos pagos. Um dos mecanismos é o preço de transferência. Mesmo com a fiscalização, algumas empresas escolhem paraísos fiscais para receber suas receitas, como é o caso da Apple com a Irlanda ou a Amazon com Luxemburgo. Isto gera uma perda de receita dos países que "compram" o produto e que possuem alíquotas elevadas. No ano passado a Comunidade Europeia multou a Apple por usar este mecanismo e obrigou a Irlanda a coletar os impostos devidos. Entretanto, a Irlanda está "enrolando", evitando cobrar os impostos.

Relevância - o preço de transferência é um velho conhecido do profissional contábil. A implicância da Comunidade Europeia não será a primeira, nem a última, vez que o fisco tenta conter este mecanismo de planejamento tributário. O que talvez seja inédito são os valores elevados e o fato de estar concentrado nas empresas de tecnologia.

Notícia boa - Indiferente.

Desdobramento - Pelos valores elevados será que a Apple irá pagar o que está sendo cobrado? Ou melhor, será que a Irlanda irá cobrar o que está sendo exigido? Se não o fizer, haverá retaliação da Comunidade Europeia? Sou cético e acho que haverá um acordo.

Mas a semana só teve isto? Ao contrário da semana passada, nesta semana tivemos poucos fatos.

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Não entendeu?

06 outubro 2017

Links

SASB e padrões para os relatórios de sustentabilidade

Padrão contábil e o comportamento de uma empresa

Wells Fargo oferece reembolso por cobrança inadequada

A distribuição geográfica do Nobel (figura)

Propostas de alterações no CPC

Sobre a Postalis

Sobre a intervenção do fundo de pensão Postalis:

Fontes com conhecimento do assunto disseram que a decisão do Postalis de terceirizar a gestão de créditos podres que já tinham sido baixados para prejuízo também foi levada em conta pelo regulador. 

Em 2016, a fundação transferiu bilhões de créditos podres de seus dois planos para fundos de direitos creditórios e contratou as gestoras Jive, Novero e Cadence para geri-los. (...) A operação segundo uma fonte, não está prevista na resolução 3.792 que regulamenta os investimentos dos fundos de pensão. (Schincariol, Juliana. Má governança leva Previc a intervir no Postalis, Valor, 5 de outubro de 2017, C1)

O motivo deveria ser os listados mais adiante: denúncias de má gestão, corrupção e fraudes.

PwC, Barclays e Tesco

Fonte: Aqui
A empresa de auditoria PwC estava sendo investigada desde 2014 por seu trabalho no banco inglês Barclays. O banco havia sido multado em £37.7m por falhar em manter o seu próprio dinheiro separado do de seus clientes. A PwC havia sido a firma de auditoria responsável pelo Barclays por 120 anos.

Ontem o Financial Times reportou que o órgão de controle contábil do Reino Unido (FRC) desistiu da sua investigação sobre a PwC. A conclusão foi de que era improvável que se provasse que a empresa de contabilidade agiu de forma inapropriada.

Em junho, a FRC também abandonou uma investigação sobre a auditoria da PwC sobre a Tesco, iniciada após o supermercado se envolver em um escândalo contábil de alto perfil.

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Heróis de um jeito que você nunca viu:


Fonte: Aqui

05 outubro 2017

PwC com receita de US$ 38 bilhões

A PwC divulgou uma receita recorde de US$ 38 bilhões no último exercício, mas por pouco não recuperou o seu título de maior empresa de auditoria da Deloitte, que registrou uma receita anual de US$ 39 bilhões.

Como as outras Big Four, a PwC reduziu sua dependência das receitas de auditoria e vêm desenvolvendo outras áreas mais lucrativas, como consultoria e assessoria fiscal.

O presidente da PwC, Bob Moritz, disse que a concorrência com seu maior rival não é uma preocupação. "Eu não estou interessado em ser o maior, eu preferiria ser o melhor", disse. Ele acrescentou: "Estou feliz com os resultados - eles estão equilibrados em todos os lugares em que estávamos tentando focar. Há margem para melhorias, mas foi um mercado realmente difícil em termos de economia, política e tudo mais ". Moritz disse que a divisão de auditoria - que no ano passado pegou vários grandes clientes, incluindo Allianz, Rolls-Royce e Deutsche Bahn - continuará a ser parte integrante dos seus negócios.

A PwC também divulgou pela primeira vez os resultados da revisão interna de suas auditorias. A empresa afirmou que, em 2016, 93% das auditorias estavam condizentes com as expectativas.