Translate

10 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Imposto na nota fiscal

Na economia, não bastam boas ideias. Elas precisam ser viáveis. Seus custos não de­vem exceder os benefícios e, assim, evi­tar perdas para a sociedade. Exemplo de boa ideia é explicitar os impostos na nota fiscal. Ao saber quanto paga, diz-se, o consumidor se conscientizaria do seu enorme custo, cobraria do governo a adequada aplicação dos recursos e forneceria apoio político para a realização da reforma tributária. Tudo muito correto. O dia­bo, como sempre, mora nos detalhes. O custo excederia os benefícios.

Os defensores da ideia se inspiram em exem­plo não aplicável ao Brasil, o do sales fax ameri­cano, um imposto sobre vendas a varejo cujo valor é registrado na nota. O Brasil utiliza um método distinto, o do imposto sobre o valor agre­gado, que é arrecadado ao longo da cadeia de produção e consumo. O sales faX existe somente nos Estados Unidos e em uma ilha do Caribe. Por incidir apenas na venda final, tem elevado poten­cial de sonegação, o que é minimizado por suas alíquotas relativamente baixas, a maioria entre 6% e 8%. Isso só é possível nos Estados Unidos porque o grosso da carga tributária americana vem de impostos sobre a renda e a propriedade, e não sobre o consumo, como no Brasil.

A ideia de explicitar os impostos na nota fiscal é boa em tese, mas custosa e arriscada. Devem existir formas mais eficazes de mobilizar a sociedade em favor da reforma tributária O sales fax não é tão simples quanto se pensa.

(...) Se a explicitação dos impostos na nota viesse a ,ser aprovada, haveria enorme elevação dos custos de transação, derivada do aumento da complexa teia de normas e obrigações. No Bra­sil, as empresas gastam 2600 horas anuais para cumprir obrigações tributárias (nos países ricos, menos de 200 horas em média). (...)


Imposto da nota fiscal - 9 de Janeiro de 2012 - Veja. Imagem aqui

Deloitte

A geração Y é a geração composta pelos jovens nascidos após 1980. É também chamada de geração internet.Uma pesquisa recente (via aqui) mostrou que a Deloitte é a maior empregadora para a Geração Y.

Emergentes e vendas de carros

De acordo com o Scotia Bank, em 2012 , os mercados emergentes vão superar os desenvolvidos ,em vendas de carros:

A China é a grande responsável pelo crescimento das vendas.Em 2018, o país irá comprar 11 milhões de unidades de automóveis a mais que em 2011, assim, será responsável por 28% das vendas mundiais, enquanto os americanos responderão por 18% do total. Além disso, assim como os EUA, a China é importadora líquida de carros , ou seja, importa mais veículos do que produz. Em 2010, comprou 253 mil veículos a mais que produziu no mesmo período. Para 2018, a projeção é de que as compras chinesas superem sua produção, em 2,3 milhão de carros.É uma ótima notícia para as montadoras japonesas, sul-coreanas , e para a Europa que é uma grande exportadora de carros.

Ademais, o mercado de carros de luxo é cada vez mais dominado por compradores chineses. A Rolls-Royce, Ferrari , Aston Martin, Lamborghini estão faturando com a crescente demanda. Provável explicação: carro é sinônimo de status e uma forma de demonstrar riqueza. Assim, com o número crescente de novos ricos na China, é bem factível que o interesse por modelos de luxo seja cada vez maior. Conforme Dominique Moisi: " Eles sonham em consumir como os ocidentais e nosso pesadelo é trabalhar como eles."

1º Exame de Suficiência de 2012

De 12 de janeiro a 13 fevereiro estarão abertas as inscrições para o 1º Exame de Suficiência de 2012, cujas provas serão realizadas no dia 25 de março próximo. Essas informações estão no Edital do Exame, publicado hoje, 9 de janeiro, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no Diário Oficial da União (DOU) - Seção 3.

A aprovação no Exame de Suficiência é requisito para a obtenção ou o restabelecimento de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC), conforme estabelecido pela Lei nº 12.249/2010. As normas que regem o Exame estão previstas na Resolução CFC nº 1.373/2011.

O Exame de Suficiência é constituído de provas em duas modalidades: para bacharéis em Ciências Contábeis e para Técnicos em Contabilidade. As provas do 1º Exame de 2012 serão executadas pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), entidade contratada pelo CFC para a realização do certame em todo o território nacional.

Fonte: CFC

Emprego cresce, assim como o seguro-desemprego

O Brasil é o único país no mundo em que o emprego cresce e as despesas com seguro-desemprego disparam. O paradoxo decorre de instituições de má qualidade no campo do trabalho. Explico-me.

Para fazer jus ao seguro-desemprego, o empregado precisa ter trabalhado pelo menos seis meses com registro em carteira. Para poder sacar os recursos depositados no FGTS, o empregado necessita completar um ano de serviço, desde que dispensado sem justa causa.

Vejamos o que ocorre com um empregado que ganha R$ 1 mil por mês e que completa um ano na mesma empresa. As estimativas a seguir são feitas com aproximações e sem considerar os descontos de lei.

Se ele for dispensado sem justa causa, terá acumulado R$ 1.040 na sua conta do FGTS (inclusive a parcela do 13.º salário). No caso de ser desligado da empresa sem justa causa, sacará esse montante e receberá R$ 400 a título de indenização de dispensa, perfazendo R$ 1.440. Além do salário do mês, como parte das verbas rescisórias, ele terá direito a R$ 1 mil de 13.º salário e R$ 1.333 a título de férias e abono, o que no agregado soma R$ 3.773. Uma vez despedido, ele receberá quatro parcelas no valor de R$ 763,29 a título de seguro-desemprego, ou seja, R$ 3.053,16. Em resumo: para viver nestes quatro meses, o empregado em tela disporá de R$ 6.826, o que dá uma média mensal de R$ 1.706, ou seja, 70% a mais do que ganhava quando estava trabalhando.

Até aqui foi tudo legal. Mas, com a atual falta de mão de obra, o referido trabalhador pode se reempregar com facilidade. Para não perder o benefício do seguro-desemprego, muitos procuram um emprego informal. Digamos que o protagonista do exemplo consiga ganhar R$ 1 mil nessa atividade, ou seja, R$ 4 mil durante os quatro meses. O ganho total no período subirá para R$ 10.826, que dá uma média de R$ 2.706 mensais! Além disso, há o abono salarial.

Numa realidade desse tipo, não é à toa que tanta gente utilize esses expedientes. Isso ocorre principalmente entre os empregados de baixa renda. Os dados mostram que, em 2010, 85% dos saques do FGTS foram feitos em contas cujo saldo médio era de apenas R$ 1 mil (tendo totalizado R$ 12 bilhões). Para quem ganha R$ 1 mil por mês, um acréscimo de renda de 170% é de extrema valia.

Fonte: aqui

09 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 537

Nem tudo que está na internet é de boa qualidade. Eis um exemplo: no Yahoo Respostas alguém perguntou: “Quantos anos de depreciação de uma imóvel?”. A resposta, escolhida por votação, foi a seguinte: “Imóvei são bens que não se calcula Depreciação. Somente pode aconteçer casos raros de desvalorização em local isolado. Por algum motivo inesperado.”

Está certo ou errado?

Resposta do Anterior: Entidade

Frase

“O auditor decididamente não deve ser um confiável conselheiro para a companhia”

Discurso de Jim R. Doty Presidente do PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board)

Quem ganha com a produção de iPad e iPhone 4?

Estudo mostra que a montagem do Ipad e Iphone agrega pouco valor para a economia chinesa. Embora os produtos da Apple, incluindo a maioria dos seus componentes, sejam fabricados na China, os principais benefícios vão para a economia dos EUA, pois a Apple continua a manter o design do produto, desenvolvimento de software, gerenciamento do produto, marketing e as funções com altos salários nos EUA .Ou seja, a empresa continua a capturar a maior parte do valor de suas inovações. Outros países estão a frente da China, em termos de adição de valor à suas economias, através da produção de componentes eletrônicos. Um bom exemplo é o caso da FoxConn, que é de Taiwan, mas mantém suas fábricas na China Ocidental.

No caso de um Ipad 16 GB WI-FI,do valor total de US$ 499 , a empresa do Vale do Silício, fica com cerca de 30% de US$ 424 (preço de atacado) .Temos ainda 31% (US$ 154,69) do custo dos insumos e mão-de-obra direta , dos quais a China fica com apenas 8 dólares (1,8% do total). No caso do Iphone 4, a Apple fica com 58% de 549 dólares, temos ainda 21,9% do custos dos insumos e mão-de-obra direta , dois quais apenas 10 dólares vão para o pagamento dos trabalhadores chineses. O valor final recebido do Iphone é superior ao do Ipad, pois o cliente não paga diretamente a Apple, já que existe contrato com uma empresa de telecomunicação, em troca de subsídio. O preço de venda ao cliente do Iphone 4, em 2010, era de 199 dólares, todavia, a Apple recebe 549 dólares, já que 350 são oriundos do subsídio recebido de empresas como AT&T e Verizon. Assim, retirando todos os outros custos a empresa fica com 321 dólares, ou 58% de US$ 549.


Depois da Apple, os maiores beneficiários desta cadeia de suprimento são empresas sul-coreanas, como LG e Samsung, que fornecem as telas e os cartões de memória, e cujo lucro bruto representam 5% e 7%, respectivamente, do preço de venda para o iPhone e iPad. Os fornecedores japonese e taiwaneses capturam de 1 a 2% cada.





É bom ressaltar que não há nenhum fornecedor chinês para o Ipad ou Iphone. Ou seja, o maior benefício para a economia chinesa são os salários pagos para seus trabalhadores. Muitos componentes, como baterias e telas sensíveis ao toque, recebem o tratamento final na China, em fábricas de propriedade de empresas estrangeiras. Estima-se que 10 dólares ou menos vão para o pagamento da mão-de-obra direta dos chineses. Assim, enquanto cada unidade vendida nos EUA acrescenta de 229 a 275 dólares para o déficit comercial entre EUA e China, a parte retida na economia chinesa, é uma pequena fração desse montante:10 dólares para o Iphone e 8 para o Ipad.


Em suma, a montagem de produtos eletrônicos agrega pouco valor à economia de um país, e por consequência não é o caminho mais saudável para o desenvolvimento econômico e de expansão de conhecimento produtivo. Ademais, não há relação entre agregação de valor e o local da produção, conforme foi mostrado no estudo.

Salários de Ministros

Ocupantes do primeiro e do segundo escalão na Esplanada estão engordando os altos salários com participações, também conhecidas como jetons, em conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até privadas. Os extras para comparecer, em geral, a cada dois meses às reuniões dessas companhias vão de R$ 2,1 mil a R$ 23 mil por mês. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, participam dos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, que rendem, cada um, R$ 7 mil mensais, em média. Com tudo somado, o chefe da equipe econômica e sua colega vêm embolsando, atualmente, R$ 40,9 mil brutos todo mês.(...)

Economista da Tendências Consultoria e especialista em finanças públicas, Felipe Salto avalia que os supersalários recebidos pelos ministros e secretários representam um entrave para o corte de gastos anunciado pelo governo. “Esses valores servem como um mau exemplo e são prejudiciais para a constituição de uma estratégia fiscal de maior austeridade. Os funcionários que estão na base das carreiras sempre vão usar os que estão no topo como referência para pedir reajustes”, afirma.

Para o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, além dos altos salários dos ministros de Estado, a atuação de Adams em empresas privadas é grave. “A AGU, em tese, defende os interesses da União. Na medida em que o advogado-geral está em um conselho de capital majoritariamente privado e tem acesso a informações privilegiadas, há uma confusão entre o público e o privado”, sustenta.


Ministros embolsam megassalários - 08 de Janeiro de 2012 - Correio Braziliense - Ana D'Angelo & Cristiane Bonfanti

Mais do que isto, a participação dos ministros induz os gestores a posições contrárias ao interesse público. Um ministro que participa do conselho de um estatal será favorável a privatização? Certamente que não.

Auditoria no Bacen

Responsável por administrar a quantidade de dinheiro em circulação no País, o Banco Central possui "deficiências" no controle dos próprios gastos, que atingiram em 2010 um nível recorde de quase R$ 2 bilhões. Os problemas foram apontados pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em auditorias feitas em 2010 e divulgadas no ano passado.

A CGU apontou "deficiências" e ressaltou que o controle interno "não é plenamente efetivo" sobre os contratos e convênios firmados pelo BC, a maioria deles sem licitação ou concorrência pública.(...)

As deficiências encontradas pela controladoria estão relacionadas "aos controles do banco quanto aos bens imóveis de uso especial, aos processos licitatórios, ao sistema de tecnologia da informação, aos convênios firmados". Também foram localizados problemas com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), administrado pelo BC, quanto à "elaboração de relatório circunstanciado e cálculo atuarial".




Auditorias apontam problemas no BC - 8 de Janeiro de 2012 - O Estado de São Paulo - Iuri Dantas

08 janeiro 2012

Flash Mob de contadores

No twitter, o professor David Albrech perguntou se temos algo similar no Brasil. Vejam que vídeo interessante:



Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Corredores internacionais: Espanha (touro), Turquia (idem), Itália (mulheres), Estados Unidos (hamburguer), Japão (monstros) e Holanda (marijuana). Aqui

Frase

Eu duvido que a SEC irá tomar qualquer decisão sobre IFRS até depois da primeira terça-feira em novembro (dia da eleição) e os resultados estiverem divulgados.

David Albrecht. Para ele, a IFRS não é popular.

06 janeiro 2012

EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada


Em julho do ano passado comentamos sobre a publicação da Lei nº 12.441 que cria a EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Ontem o BLOGABILIDADE relatou que a lei entrou em vigor.

"De acordo com a lei, para proceder com a criação de uma EIRELI, a empresa deve ter capital social mínimo de 100 salários mínimos em bens ou dinheiro no ato de sua constituição, o titular não pode ser pessoa jurídica e, ao final, a empresa deve ter a expressão 'eireli' em seu nome empresarial para diferenciá-las das demais. A lei 12.411/2011 estabelece também que, no que couber, aplicam-se às Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada as regras previstas para as sociedades limitadas.

Patrimônio- Uma das características principais das EIRELIs é que há uma maior proteção aos bens dos titulares das empresas. Isso ocorre porque a responsabilidade dos empresários vai se limitar ao montante de bens e dinheiro que eles destinaram quando da constituição da empresa, e não ao total de seu patrimônio."

Rir é o melhor remédio

"Pepsico pode cortar funcionários para impulsionar ganhos"

Manchete de uma notícia do Brasil Econômico

PwC multada

O Accountancy and Actuarial Discipline Board (AADB) apresentou o veredito sobre o processo de auditoria da Price no JPMorgan. A entidade britânica reconheceu a existência de erro na auditoria da Price no período de 2002 a 2008, "não realizando o trabalho profissional com a devida competência, cuidado e diligência e com respeito aos padrões profissionais e técnicos que se espera dela".

Trata-se da maior pena já aplicada a uma empresa de contabilidade no Reino Unido: 1,4 milhões de libras esterlinas. Um porta-voz da empresa de auditoria, segundo o The Telegraph, afirmou: "Estamos satisfeitos que este assunto já foi concluído."

Ingresso do cinema

Se a oferta e demanda são responsáveis por alterações nos preços das coisas , por que filmes mais demandados não têm o preço do ingresso superior aos outros? É claro que, definir qual filme fará sucesso junto ao público não é tão simples, mas já se sabe que as produções mais caras são as que mais atraem audiência. Eis algumas explicações para essa intrigante questão:

1)Em verdade, os cinemas já fazem discriminação de preços, pois colocam os melhores filmes (mais demandos) nas melhores salas.

2) Não é possível reduzir os preços após a estreia, pois muitos agurdariam a queda dos preços para, posteriormente, assitir ao filme. Isso destruiria o sentido das estreias.

3)Para grande parte dos indivíduos, preço é sinônimo de qualidade. Assim, se você chega ao cinema e observa que há filmes com preços diferentes,por exemplo, um com ingresso de 10 , 20 e 30 reais, provavelmente, pensará que o mais barato não é tão bom quanto os outros.

4)Bilhetes mais baratos levam a maiores custos de monitoramento da movimentação dos clientes entre as salas, pois isso criaria um incentivo para os indivíduos mudarem de sala, ou seja, comprarem o ingresso mais barato para "fugir" , e assitir o filme mais caro. Além disso, criaria incentivos para os estúdios menores lançarem suas produções juntamente com os blockbusters, sabendo que milhares de consumidores vão comprar os bilhetes mais baratos de seus filmes para assistir ao blockbuster mais caro.

5) A discriminação de preços oferece mais oportunidades para os cinemas "roubarem" audiência um dos outros. Certamente,um indivíduo mais econômico, não se importaria em tomar o metrô para para ver Sherlock Holmes por um preço significativamente menor que num outro cinema, que marca esta mesma produção como um blockbuster , e como consequência tem um preço maior.

Fonte: aqui e aqui

Governança II

A evolução das práticas de divulgação de informações pelas companhias abertas brasileiras é inquestionável. Hoje, com a ajuda dos níveis diferenciados de governança da BM&FBovespa e de uma regulamentação exigente, os investidores têm hoje acesso a informações muito mais detalhadas. As empresas, por sua vez, também vêm reconhecendo os benefícios de uma comunicação transparente com o mercado. Ainda assim, a desorganização de algumas áreas de relações com investidores (RI) surpreende. Um passeio pela seção de multas do site da BM&FBovespa oferece um panorama de erros primários e, pior, reincidentes, que pegam muito mal para os seus autores, principalmente quando se trata de companhias do Novo Mercado.

A Tempo Participações, listada no segmento, acumula o segundo maior número de notificações dentre todas as companhias listadas: oito multas no total por demora na entrega dos informes trimestrais (ITRs), da demonstração financeira padronizada (DFP) e do informativo anual (IAN). Em 2008, a empresa do segmento de planos de saúde atrasou a entrega dos ITRs de 31 de março e 30 de setembro e do IAN de 31 de dezembro do ano anterior. Além disso, no mesmo ano, a Tempo deixou de declarar quem eram os seus acionistas com mais de 5% de participação. Em 2009, a companhia demorou a entregar a DFP de 31 de dezembro de 2008 (mais de um mês) e o ITR de 31 de março (mais de dois meses). Em 2010, atrasou a apresentação da DFP de 31 de dezembro do ano anterior e, em 2011, a entrega do ITR de 31 de março.

Em nota enviada por e–mail à CAPITAL ABERTO, a empresa informou que os atrasos ocorreram porque ela ainda se adaptava ao ritmo de uma companhia aberta — seu IPO foi em dezembro de 2007. "Das oito notificações por conta de falhas na divulgação de informações, seis foram recebidas entre 2007 e 2009, período imediatamente posterior à abertura de capital e de integração entre as diversas empresas adquiridas pela holding", diz a empresa. No período de 2007 a 2009, os investidores da Tempo certamente ansiavam para ver o balanço da companhia. Eram muitas as novidades e seus possíveis impactos no faturamento, na dívida ou nos lucros: foram efetuadas seis aquisições nesses dois anos — três de planos odontológicos (OralTech, Fleming e Prevdonto), duas de home care (Med–Lar e Staff Builders) e uma administradora de planos de saúde (MultiCare).

A campeã de multas recebidas é a Renar Maçãs, outra companhia do Novo Mercado. Desde 2007, a produtora catarinense de maçãs acumula nada menos que 16 multas. Para ficar nos casos mais recentes, em 2011, a Renar perdeu o prazo de entrega do calendário anual, da DFP de 31 de dezembro de 2010 (em mais de 20 dias) e dos ITRs de 31 de março (33 dias) e 30 de junho (12 dias) — nos dois últimos casos, tanto para a versão em português quanto para a inglês. No Novo Mercado e no Nível 2, as companhias são obrigadas a apresentar os ITRs traduzidos para o idioma estrangeiro. Procurada, a empresa não se manifestou até o fechamento desta edição.


A Anhanguera Educacional também está no grupo das atrasadas. Em 2008, entregou fora de hora os ITRs de junho e setembro; no ano seguinte, o balanço de 31 de dezembro também custou a aparecer nos sistemas da Bolsa; em 2011, houve demora na atualização do calendário anual e na entrega do ITR de 30 de junho. Assim como a Tempo, a Anhanguera tem uma trajetória movimentada. Desde que estreou seus papéis no Novo Mercado, em 2007, mostrou um apetite voraz por aquisições. Em 2008, juntou em seu carrinho de compras nada menos que 13 instituições de ensino. "O forte movimento de aquisições realizadas pela companhia acabou aumentando a complexidade de seu processo contábil", defende–se a empresa.

Segundo o regulamento de listagem do Novo Mercado, os ITRs e as DFPs devem ser divulgados conforme a regulamentação — 45 dias e 90 dias após o encerramento do período a ser reportado, respectivamente. As ITRs e DFPs em inglês devem ser apresentadas até 15 dias após esse prazo. O calendário anual de eventos precisa vir a público até o fim de janeiro de cada ano, e eventuais alterações subsequentes em relação aos eventos programados devem ser enviadas à Bolsa e divulgadas imediatamente.
A campeã é a Renar Maçãs, que acumula nada menos que 16 multas por atrasos de informações desde 2007

TOMA LÁ, DÁ CÁ — É difícil dizer até que ponto a desordem das áreas de RI prejudica as cotações em mercado. No caso das três companhias aqui mencionadas, é possível encontrar em uma delas certa correlação entre as falhas de divulgação e a condição geral da empresa; nas outras duas, não.

Terceira maior produtora de maçãs do País, a Renar Maçãs, sediada em Friburgo (SC), estreou no Novo Mercado em 2005, captando R$ 16 milhões, e, desde então, seu papel desvalorizou consideravelmente. Safras deficientes causadas por problemas climáticos prejudicaram a produção, enquanto a valorização do real impactou as exportações. Com essa combinação, a empresa não conseguiu fechar um único ano com número positivo na última linha do balanço. Nos dois exercícios recentes, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ficou negativo em R$ 3,9 milhões e R$ 8,4 milhões, respectivamente. Em outubro, a empresa anunciou um plano de reestruturação operacional e financeira para aumentar sua rentabilidade.

Após atingir o pico de R$ 2,57, em meados de 2008, as ações da produtora de maçãs entraram em queda livre. No dia 9 de dezembro, fecharam o pregão cotadas a R$ 0,27. Para um analista do setor de consumo que preferiu não se identificar, muitos dos problemas da companhia na divulgação dos números têm a ver com seu momento conturbado. "Às vezes, quando uma empresa sofre com resultados fracos e poucos recursos, a qualidade de sua governança é prejudicada também."

O mercado também não vem sendo complacente com a Tempo. No dia 19 de dezembro, as ações da companhia valiam R$ 3,80, ante R$ 7,00 no lançamento, três anos atrás. Nos primeiros nove meses de 2011, a companhia reportou lucro líquido de R$ 20,7 milhões, 2% acima do obtido no mesmo período do ano anterior. Já com Anhanguera a situação é bem diferente. Em 2011, até o início de dezembro, as ações subiam 50%.

O lucro líquido da empresa educacional nos primeiros nove meses de 2011 atingiu R$ 164,9 milhões, um crescimento de 31,3% em relação ao mesmo intervalo de 2010. O incremento pode ser creditado, em grande parte, ao apetite por aquisições.

LISTA NEGRA — A companhia que não cumpre os prazos com a Bolsa acaba ficando marcada pelos profissionais de mercado, que passam a não levá–la mais a sério. "Isso cria a imagem de uma empresa que dificulta o acesso às informações", afirma Cauê Pinheiro, analista da SLW Corretora. Além disso, quando combina uma data para a apresentação dos números e não a cumpre, a companhia acaba bagunçando a agenda dos analistas. "É um transtorno. No dia que reservamos para trabalhar em cima de uma divulgação, nada acontece; e, quando a empresa resolve divulgar as informações, aí geralmente já tínhamos nos programado para outras coisas", comenta Pinheiro.

Doris Pompeu, sócia da consultoria de relações com investidores Global RI, observa que, em alguns casos, a origem do problema não está na área de relações com investidores: "O RI fica esperando os dados virem da contabilidade e da controladoria, para então começar a fazer o seu trabalho, que é destrinchar, explicar, escrever, traduzir o release e divulgar", esclarece a consultora. Uma sugestão de Doris é buscar formas de tornar o fluxo de trabalho entre os diferentes departamentos mais integrado. "Recomendamos trazer alguém da contabilidade para atender um analista ou ir a um evento, para eles sentirem na pele como é o dia a dia de um RI. Isso os ajudaria a compreender por que estamos sempre com pressa", aconselha.  


Erro primário - Revista Capital Aberto - Silvio Muto

Governança I

1. Uma análise qualitativa adicional das companhias investidas por fundos de pensão sugere que eles são propensos a cultivar hábitos singulares: a indicação, para o conselho, de pessoas que atuam na gestão dos fundos, em vez de dar prioridade a profissionais independentes; a ampla utilização de conselheiros suplentes; o uso de reuniões prévias entre representantes de acionistas para decidir sobre matérias de competência do conselho; a preferência por conselho fiscal em detrimento do comitê de auditoria; e o baixo interesse em fazer suas empresas aderirem ao Novo Mercado. Somada a alguns casos recentes (Vale e Telemar, por exemplo), a pesquisa indica que os fundos de pensão podem colocar outras motivações à frente do objetivo de maximizar o valor de suas carteiras de investimento, com efeitos potencialmente negativos para seus beneficiários.

2. Os fundos de investimento e de private equity independentes se mostram os mais ligados a princípios da boa governança. Entretanto, duas questões devem ser observadas cuidadosamente na atuação desses investidores: a maior agressividade dos sistemas de remuneração e a menor ênfase dada às áreas de controle. A recente crise financeira global provou que a combinação dessas duas características é potencialmente explosiva. Além disso, vários casos reportados na imprensa especializada (Cosan e Oi, por exemplo) reforçam a ideia de que a maioria dos gestores tende a agir de forma reativa quando seus interesses são prejudicados em operações societárias.

3. Por último, a presença do BNDESPar como acionista relevante não corresponde a nenhum padrão diferenciado de governança, o que sugere um papel extremamente passivo do banco. O elevado percentual de empresas investidas pela instituição que se recusam a divulgar a remuneração de acordo com as exigências da Instrução 480 da CVM evidencia uma contradição: o banco estatal é acionista relevante de companhias que simplesmente se negam a cumprir uma determinação do Estado.


Faça o que eu digo... — Parte II - Revista Capital Aberto - Alexandre Di Miceli da Silveira

Qual país possui espaço fiscal?

A Moody's analisou a sustentabildiade da dívida soberana de alguns países, considerando o atual endividamento, foi mensurado qual o "espaço fiscal" que cada país possui, ou seja, quanto cada um pode aumentar sua dívida antes de atingir um nível crítico e a taxa de juros máxima que poderia ser paga aos credores dos títulos da dívida soberana, sem que os custos se tornem excessivos.

A coluna do meio indica o espaço fiscal entre a relação da dívida do país em relação ao PIB atual e o índice máximo sustentável. A coluna da direita indica a taxa de juros máxima que, se sustentada, não tornará os custos excessivos.

Na dúvida, imprima dinheiro

Bill Gross explica a situação da imagem abaixo:

Amazingly, Italian banks are now issuing state guaranteed paper to obtain funds from the European Central Bank (ECB) and then reinvesting the proceeds into Italian bonds, which is QE by any definition and near Ponzi by another."





Pobreza e Progresso

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), estima que 31,4% da população da região vivia abaixo da linha de pobreza ,em 2010. Isso mantém uma queda constante de um pico de 48,4%, em 1990. Desde 1999, a maioria dos países têm feito progressos no sentido de reduzir a pobreza. Duas coisas estão por trás desse avança. O principal fator é o forte desempenho econômico da região: o PIB da América Latina cresceu 5,9% em 2010. Assim como, uma melhor orientação das políticas sociais , principalmente de transferência de renda para os mais pobres.

No entanto, manter este progresso vai ser difícil. A pobreza extrema está em torno de 13%. (Vários governos, incluindo o Brasil e da Colômbia, revelaram iniciativas que visam os mais pobres.) Além disso, com a queda da pobreza e desigualdade será necessário maiores esforços para aumentar a produtividade, melhorar a educação e diminuir a economia informal.

05 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Uma brincadeira com o logo da Apple. Clique na imagem para ler melhor.

Links

Avaliação

A importãncia da receita no processo de avaliação

Facebook não é uma boa ação

Lista 2011

Os melhores da música segundo Rolling Stones: destaque na Criolo no Brasil e Adele no exterior

A lista dos melhores de 2011 (inclui filmes, livros, quadrinhos …)


Os melhores discos de 2011 (figura ao lado)

Os melhores filmes de 2011 (Senna é 12o.)

Crime suíço

EUA condenam banqueiros suíços por crime tributário

Esposa do Presidente do Banco Central da Suiça ganhou dinheiro no mercado cambial

Curiosidade

Seleção Brasileira vale 422 milhões de euros. Vale mesmo?

Seleção vale menos que o Barcelona

Beatles; quem escreveu que música

Despertador que foge

Vídeo de 1923: Explicando a teoria da relatividade de Einstein

Inflação

Logo na primeira oportunidade em que os países latino-americanos se organizaram para apresentar propostas para reformulação do padrão contábil internacional IFRS, apareceu entre as prioridades um tema que é mais do que conhecido na região: o efeito da inflação nos balanços. (Latinos querem corrigir balanços, Fernando Torres, Valor, via aqui)

Estes países são Brasil, México, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, entre outros. Destes, Venezuela e Argentina possuem um nível inflacionário bastante elevado. Mas os índices que medem a inflação estão deturpados por pressão dos governos locais. Talvez esta solicitação seja ruim pois desacreditaria o próprio processo de correção.

Existe muita controvérsia sobre a necessidade de correção dos balanços, inclusive para o Brasil. Em geral as pessoas esquecem da relação custo benefício da informação (isto inclusive não foi citado pelo texto integral do jornal, que de forma enviesada defendeu a medida).

Eis um trecho interessante:
o CPC disse, a respeito desse tema, que "a experiência passada no Brasil revela que uma inflação em um nível muito menor (por exemplo, de 3% a 5% ao ano) produz impacto significante no retorno do investimento, na posição financeira e na performance de uma entidade".

O argumento carece de lógica. Neste nível de inflação temos muitos países do mundo. Nenhum deles, somente o Brasil, considera que a questão da correção seja o aspecto mais relevante para o Iasb tratar nas suas normas. Faz sentido?

(Foto: Nelson Rodrigues, autor brasileiro)

Crescimento em 2012

De acordo com as previsões da Economist Intelligence Unit, a economia da Líbia vai crescer mais rápido do que qualquer outra, em 2012,impulsionada pela reconstrução após a queda do regime de Muammar Kadafi. No Iraque, o caos pós-conflito tem atrasado a recuperação, mas o desempenho em 2012 pode marcar o início de algo novo. A Mongólia está vivendo um boom na mineração e se beneficiará de investimentos nesse setor; Angola e Níger vão ganhar com os preços das commodities relativamente altos. China vai continuar a ter um crescimento robusto, já que a demanda gerada pelas economias em desenvolvimento vai compensar a penúria no mundo rico. Por outro lado, as economias europeias permanecerão envolvidas na crise do Euro. Ademais, o Sudão vai sofrer a maior contração econômica, pois perdeu três quartos das reservas de petróleo ao sul , quando o país se separou em julho de 2011.




Fonte: aqui

Áries


A imagem mostra o número de acusados, por signo. Nascidos sob o signo de Áries são aqueles que possuem maior número de acusações.

Sistema de Custo

A agência Estado divulgou um texto interessante sobre o sistema de custos do governo federal.


Até o final deste mês, os ministérios e demais órgãos da administração direta da União terão de se adequar para participar do Sistema de Informação de Custos do Governo Federal (SIC). Será uma espécie de Big Brother das contas públicas que o Tesouro Nacional adotará para monitorar a qualidade dos gastos. Ainda que o governo não trabalhe com uma meta, a mudança visa a reduzir as despesas com a análise de cruzamento de dados e comparações sobre custos similares (1) nas diferentes áreas de atuação da máquina pública.

Por exemplo: há determinadas atividades nas Forças Armadas que existem no Exército, na Aeronáutica e na Marinha e, com a apresentação dos dados num único sistema e com a mesma metodologia, será possível identificar discrepâncias. O mesmo poderá ser feito, no futuro, com universidades e hospitais federais. "Nessa análise, vamos identificar onde os custos estão altos e vamos fazer a gestão dos custos para otimizar a utilização do recurso público", explicou o subsecretário de contabilidade pública do Tesouro, Gilvan Dantas.

O sistema não gerará informações novas (2). Apenas aglutinará em um só local os dados do Executivo e das demais esferas administrativas: o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), o Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e o Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do Governo Federal (Sigplan). (...)

Sem punição
Como a novidade está sendo vista como uma "mudança de cultura", não foram previstas penalidades (3) para quem não participar da empreitada. Caso o Tesouro detecte algum dado incompleto ou contraditório (4), o primeiro passo será entrar em contato com o órgão gerador da informação. "É mais um instrumento proativo, de direção. Não queremos tirar o incentivo da participação, por isso não há punição", alegou Dantas.


Meus comentários:
(1) Comparações sobre custos similares é muito difícil em razão das peculiaridades de cada um dos itens. E até mesmo em virtude do próprio sistema de custo, adoção de critérios de rateio, condições de aquisição etc.
(2) O sistema de custo só faz sentido se gerar informação nova. Com os sistemas existentes não se consegue desenvolver um sistema de custo.
(3) Provavelmente o próprio Tesouro sabe que não será possível cobrar em razões da fragilidade do processo de implantação de um sistema de custo.
(4) O principal item de custo na área pública é remuneração de pessoal. Num sistema de custo adequado, isto deveria incluir não somente salário, mas também os custos de aposentadoria e outros. Será que estamos prontos para isto?

Currículo, a Constituição da Educação

João Batista Araújo Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto
O Estado de S.Paulo, 2 de janeiro de 2012 3h 06


O Ministério da Educação (MEC) anunciou, com atraso considerável, que vai apresentar sua proposta de currículo. A Constituição de 1988 promoveu avanços notáveis em várias áreas, apesar de inúmeras disfunções criadas. Mas faltou uma visão de futuro mais clara e pragmática. Resta assegurar que, da mesma forma, a iniciativa atual não aumente ainda mais o nosso atraso.

A última decisão nessa área resultou nos desastrados "parâmetros curriculares nacionais". A maioria das iniciativas do MEC que envolvem questões de mérito tem sido sistematicamente cativa de mecanismos e critérios corporativistas e de duvidosos consensos forjados em espúrios mecanismos de mobilização. Tradicionais aliados do ministério, inclusive internamente, têm aversão à ideia de currículo e mais ainda de um currículo nacional. Documentos desse tipo, produzidos por alguns Estados e municípios em anos recentes, continuam vítimas do pedagogismo. Isso é o melhor que temos.


O assunto é sério demais para ser deixado apenas para os educadores e especialistas. Nem pode ser apropriado pelo debate eleitoral. O Brasil - especialmente suas elites - precisa estar preparado para discutir abertamente a questão. Aqui esboçamos os contornos desse debate.
O que é um currículo? Um documento que diz o que o professor deve ensinar, o que o aluno deve aprender e quando isso deve ocorrer. Em outras palavras, conteúdo, objetivos (o termo da vez é expectativas de aprendizagem), estrutura e sequência. Para que serve um currículo? Primeiro, para assegurar direitos: o currículo especifica o que o aluno deve aprender. É um instrumento de cidadania fundamental para garantir equidade e os direitos das famílias. Segundo, para estabelecer padrões, ou seja, os níveis de aprendizagem para cada etapa do ensino: atingir esses níveis é o dever, que cabe ao aluno. Terceiro, para balizar outros instrumentos da política educativa, como avaliações, formação docente e produção de livros didáticos, instrumentos essenciais em qualquer sistema escolar.


Os currículos, sozinhos, não mudam a educação.Por que ser de âmbito nacional? A experiência dos países mais avançados em educação, sejam federativos ou não, indica a importância de uma convergência. Depois do advento do Pisa, mesmo países extremamente descentralizados, como Suíça, Alemanha ou EUA, têm promovido importantes convergências em seus programas de ensino, até em caráter de adesão. Num município, um currículo básico permitirá que alunos transitem por diferentes escolas sem que se instaure o caos a que hoje submetemos nossas crianças e seus professores.

Como saber se um currículo é bom? A condição é que seja claro. Se o cidadão médio ler e não entender, não serve. Deve ser parecido com edital de concursos: você lê, sabe o que cai no exame e sabe como precisa se preparar. O currículo não é exercício parnasiano ou malabarismo verbal.
Deve também levar em conta os benchmarks, as experiências dos países que, usando currículos robustos, avançaram na educação. É preciso cuidado para não confundir os currículos que os países adotam hoje, depois de atingido o nível atual, com os currículos que os levaram a esse patamar.


A proposta deve ser dinâmica e corresponder às condições gerais de um sistema. O currículo não pode ser avaliado isoladamente de outras políticas, em especial da condição dos professores. Hoje a Finlândia, com os professores que tem, pode ter currículos mais genéricos do que há 15 ou 20 anos. A análise dos benchmarks sugere quatro outros critérios para avaliar um currículo: foco, consistência, rigor e referentes externos.


Um currículo deve ter foco, concentrar-se no primordial e só em disciplinas essenciais, cuidando de poucos temas a cada ano, sedimentando a base disciplinar e evitando repetições. William Schmidt, que esteve recentemente no Brasil, desenvolveu escalas comparativas que permitem avaliar o grau de focalização de currículos de Matemática e Ciências.Deve ter consistência, isto é, respeitar a estrutura de cada disciplina. Isso se refere tanto aos conceitos essenciais que devem permear um currículo quanto à organização do que deve ser ensinado em cada etapa ou série.


Por exemplo, um currículo de Língua Portuguesa considerará as dimensões da leitura, escrita e expressão oral, levando em conta o equilíbrio entre a estrutura e as funções da linguagem e contemplando o estudo dos componentes da língua (ortografia, semântica, sintaxe, pragmática).
Um currículo deve ter rigor, ser organizado numa sequência que evite repetições e promova avanços a cada ano letivo. Esses avanços devem observar a relação entre disciplinas e a capacidade do aluno de estabelecer conexões entre elas. Interdisciplinaridade e contexto não são matérias de currículo, são consequência deste.


Um currículo deve ter referentes externos claros. Um currículo de pré-escola deve especificar tudo o que a criança precisa para enfrentar com sucesso os desafios posteriores do ensino fundamental. Isso não significa tornar o pré uma escola antes da escola: currículo não é proposta pedagógica.


Já o ensino fundamental deve preparar o indivíduo para operar numa sociedade urbana pós-industrial. O Pisa não é um currículo, mas contém sinalizações que sugerem o que é necessário para a formação básica do cidadão do século 21. É uma boa baliza para o ensino fundamental. Os currículos do ensino médio, por sua vez, devem ser diversificados, contemplando diferentes opções profissionais e acadêmicas. Pelo menos é assim que funciona no resto do mundo que cuida bem da educação e se preocupa com o futuro de sua juventude.


Finalmente, o que um currículo não deve ser? Um exercício de virtuose verbal, um manual de didática, a advocacia de teorias, métodos e técnicas de ensino, uma vingança dos excluídos e muito menos um panfleto ideológico ou uma camisa de força. Muito menos deve ser o resultado de consensos espúrios. O currículo definirá se queremos cidadãos voltados para a periferia ou o centro, para o particular ou para o universal.

Frase



“Economistas famosos, de John Maynard Keynes a Paul Samuelson, foram também famosos especuladores cambiais. E famosamente perderam dinheiro nisso, uma montanha.”

Barry Eichengreen, professor de economia e ciências políticas na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Embraer: encomenda de US$ 355 milhões suspensa


A Força Aérea dos EUA suspendeu temporariamente a encomenda de 20 aviões de treinamento e suporte EMB-314 Super Tucano, da Embraer, no valor de US$ 355 milhões. Segundo a Força Aérea, a suspensão foi motivada pelo fato de a norte-americana Hawker Beechcraft estar contestando o resultado da concorrência em um tribunal federal norte-americano.

A Embraer venceu a concorrência em associação com a norte-americana Sierra Nevada Corp., que responderia pelo treinamento de pilotos e do pessoal de apoio. Nos EUA, o EMB-314 tem a designação A-20. Os aviões serão construídos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), para operar no Afeganistão.

(...)
O mercado internacional para essa classede equipamento é avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo 300 aeronaves a serem adquiridas até 2020.

(...)
O interesse da aviação americana é por um avião capaz de oferecer apoio à tropa em terra. Os caças pesados são caros. O gasto com a operação, alto. A hora de voo do supersônico F-16E [da Hawker Beechcraft] não sai por menos de US$ 6,5 mil, contra apenas US$ 500 do Super Tucano.

Fonte: Aqui, com adaptações

Foto: Super Tucano Embraer - divulgação

04 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio






Fonte: Aqui

Novo economista-chefe do BCE é belga

Foi anunciado na manhã de terça-feira, 3 de janeiro, que o belga Peter Praet (ex FMI) é o novo economista-chefe do Banco Central Europeu - BCE. Berlim elogia escolha. Praet, 62 anos, será o primeiro não-alemão a ocupar o cargo de economista-chefe desde que o BCE foi criado, em 1998.O cargo era desejado pela França e pela Alemanha. A opção acabou por ser vista como um bom compromisso entre os vários interesses.

O predecessor no cargo, Jurgen Stark, pediu demissão no ano passado ao expressar seu desacordo com o programa de recompra de obrigações públicas dirigido pelo BCE. O posto ocupado agora por Praet é considerado de extrema importância, já que seu titular submete a cada mês ao conselho de governadores uma proposta sobre a evolução da principal taxa de juros do BCE, apesar de a decisão ter que ser adotada de forma colegial. Até agora, o cargo de economista-chefe do BCE vinha sendo ocupado por um alemão, primeiro por Ottmar Issing e em seguida por Jurgen Stark.

Fonte: aqui e aqui com adaptações.

Rede de contatos: homens x mulheres


O que importa nesse mundo é o QI – quem indica. Porém, uma nova pesquisa diz que isso só funciona se você for um homem.

Eles se beneficiam significativamente mais da rede de contatos na profissão. “A experiência de trabalho é importante, em grande parte, porque nos ajuda a desenvolver conexões sociais que podem nos levar a futuras oportunidades de trabalho”, diz Steve McDonald, professor de sociologia. “No entanto, enquanto os homens colhem os benefícios sociais da experiência de trabalho, as mulheres não”, conclui.

Os pesquisadores estudaram mais de 12.000 pessoas para examinar o papel da experiência de trabalho quando elas encontram novas vagas usando suas conexões sociais.

McDonald descobriu que homens que tinham muita experiência em trabalhos especializados eram frequentemente chamados para um novo emprego por meio de seus contatos sociais (sem terem que procurar por esse emprego). Na verdade, homens com esse tipo de experiência foram 12% mais propensos a encontrar um novo emprego através do recrutamento de carreira informal do que por meio de uma busca de emprego formal.

Mulheres, no entanto, não tinham o mesmo benefício. Elas não eram mais propensas a encontrar um emprego através do recrutamento informal do que por meio de uma busca formal.

Anteriormente, os pesquisadores achavam que as mulheres enfrentavam níveis salariais mais baixos do que os homens com experiências de trabalho semelhantes porque tinham menos oportunidades de desenvolver habilidades de trabalho. “Mas este estudo sugere que a falta de conexões sociais também pode desempenhar um papel nessa diferença salarial entre homens e mulheres”, diz McDonald.

Esta disparidade entre os sexos é especialmente problemática para as mulheres que estão disputando cargos de gestão com altos salários, porque estas posições são frequentemente preenchidas por meio de recrutamento informal, que parece favorecer os homens.

“Quando mais puder ser feito para instituir práticas de contratação formais, mais próximos estaremos de um mercado de trabalho equitativo”, argumenta McDonald.

E por que as mulheres não se beneficiam da mesma forma que os homens quando se trata de redes sociais para a carreira? “Precisamos saber mais sobre isso. Mas, até agora, nós simplesmente não temos os dados necessários sobre essas redes sociais para compreender esse fenômeno”, conta McDonald

Fonte: Aqui

Kindle Fire x Ipad

Para mais informações, clique aqui.


Importação de têxteis

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, ontem, que o governo planeja alterar o regime de tributação para a importação de produtos têxteis. Em até três meses, ele pretende levar à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma petição para permitir que os produtos têxteis importados sejam tributados com uma taxa fixa (modelo "ad rem") e não mais por uma tarifa que incide sobre o valor (sistema "ad valorem") como é hoje. O objetivo, segundo o ministro, é combater o subfaturamento de produtos importados.

Mais um vez, contudo, o anúncio de uma decisão que envolve outras áreas da administração pública parece ter sido feito antes de um consenso dentro do governo. Essa mudança já foi proposta pelo Ministério da Fazenda à Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas ainda não foi apreciada pelos seus integrantes. O anúncio elevou inquietações dentro do próprio governo de que outros setores pressionem para o país transformar todo seu regime tarifário junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, os países parceiros podem pedir compensações se julgarem que a mudança afeta sua exportação de têxteis ao Brasil.

No regime atual é cobrada uma alíquota (percentual) sobre o valor do produto. "Mas se o preço é subfaturado o imposto não serve para nada. Já ouvi sobre ternos chegando ao Brasil por US$ 3. Isso não paga nem o botão", disse o ministro, que ontem recebeu, em São Paulo, uma medalha de honra ao mérito concedida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). No regime de tributação conhecido como "ad rem", o governo adotaria uma classificação de mercadorias em que cada uma teria um tributo fixo de importação sobre o peso, provavelmente. De acordo com Mantega, o governo também estuda a alteração do regime para outros setores da economia, mas não quis especificar quais.

Mantega afirmou que esse sistema de tributação já é contemplado em lei e depende agora apenas de regulamentação e da autorização da OMC. "Queremos fazer essa operação dentro das regras", disse Mantega. O ministro não vê dificuldades na obtenção do aval da organização porque é possível, em sua avaliação, ver em números o prejuízo que o setor têxtil está sofrendo com a concorrência desleal. Em 2011, até outubro, segundo o IBGE, a produção do setor têxtil recuou 14,9% em relação a igual período do ano passado, enquanto a importação de têxteis aumentou 10,6% e a de vestuário, 48,3%, na mesma comparação.

O ministro da Fazenda espera que seja concedida pela OMC uma salvaguarda provisória em até três meses, que poderia tornar-se, após estudo interno na organização e consulta aos países membros, permanente, com prazo de até 10 anos, como ocorreu para o setor de brinquedos, disse ele.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Aguinaldo Diniz Filho, afirmou que já está trabalhando na petição que consolidará os números do setor e estima que em janeiro o documento estará nas mãos do Ministério da Fazenda. Diniz espera que as taxas fixas de importação sejam impostas principalmente para a confecção, porque a importação de peças prontas inibe a produção ao longo da cadeia.

O setor têxtil há algum tempo reclama da competição com importados e demanda medidas do governo para dar competitividade ao setor. De acordo com o presidente da Abit, foram os números de emprego, com a perspectiva de corte de 15 mil vagas no setor em 2011, ante criação de 80 mil vagas em 2010, que elevou o senso de urgência no ministério.

Embora afirme que para competir em situação igualitária outras medidas sejam necessárias, como desoneração de investimentos, o presidente da Abit afirma que a salvaguarda, "se colocado do jeito que imaginamos, garantirá um ano de 2012 muito melhor do que 2011", porém o empresário não quis fazer projeções. Em conjunto com ações de defesa comercial, fiscalização em parceria com a Receita Federal e apoio para reduzir o custo de financiamento, "em 2012 a indústria têxtil estará melhor do que em 2011", afirmou Mantega. "Não permitiremos que a indústria brasileira, particularmente a têxtil, saia diminuída da crise internacional", disse.

O anúncio do ministro Guido Mantega agradou a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Para o economista-geral da entidade, Pedro Jorge Viana, a intenção do governo em tributar o produto com um valor fixo, em vez de uma porcentagem em cima do preço de importação, como é feito atualmente, tem duas vantagens.

"É uma medida realista, pois evita o subfaturamento. Na prática, o que acontece muitas vezes é que um produto que custa US$ 20 é declarado com preço de US$ 10, pagando um imposto menor. Cobrando um valor fixo, acaba esse problema. Além disso, ajuda a proteger a indústria nacional contra a concorrência predatória dos chineses, que aumentaram muito a presença neste ano", afirmou o economista.

Mesmo apoiando a iniciativa do governo, Viana disse que o ideal seria o estabelecimento de cotas de importação para aumentar a proteção à indústria nacional. No entanto, o desgaste político de uma medida como essa torna a opção inviável, além do prejuízo com retaliação na exportação de outros produtos não têxteis. "Seria o certo, até para a indústria trabalhar com uma margem de segurança. Mas outros países podem contestar a decisão na OMC e também tomar a mesma decisão na hora de comprar produtos brasileiros. Então, a única saída que vejo é a taxar o importado com um preço fixo", disse o economista-geral da Fiec. (Colaboraram Assis Moreira, de Genebra, e Rodrigo Pedroso, de São Paulo)


Fonte: aqui



Violinos


O violino Stradivarius é considerado o melhor instrumento já produzido pelo ser humano. Sua fama é tão grande que é considerado como um investimento. Um violino pode chegar a mais de 4 milhões de dólares. Existe também os violinos de Guarneri, não tão famosos, mas considerados por alguns como de igual qualidade.

Existem diversas teorias para explicar o fato desses violinos terem tal qualidade: a madeira empregada e os produtos químicos secretos empregados são as explicações mais racionais.

Uma pesquisa descobriu o segredo que faz o som de um Stradivarius. Claudia Fritz e Joseph Curtin pediram que violinistas profissionais tocassem com violinos novos e com os antigos (Stradivarius e Guarneri). O teste foi realizado às cegas, para não influenciar quem estivesse escutando. Além disto, os violinistas que tocaram os instrumentos não sabiam em qual violino, moderno ou antigo, estava tocando.

O estudo descobriu que as pessoas, que eram profissionais e conheciam música profundamente, não conseguiam distinguir um instrumento antigo, e portanto mais valioso, do violino novo. Ou seja, não existe segredo no som do Stradivarius.

Este estudo lembra um parecido com vinhos, bastante conhecido, onde se testava os vinhos da Califórnia, que tinham a fama de serem de pior qualidade, e os franceses, superiores. O resultado mostrou que os especialistas não conseguiam distinguir os dois.

Fonte:
Violinists can’t tell the difference between Stradivarius violins and new ones. Discover Magazine
O Gorila Invisível - C. Chabris e D. Simons, Rocco.

03 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

O apresentador Evaristo Costa é um dos assuntos mais comentados da internet no começo de tarde desta segunda-feira (2).
Tudo porque fez uma piada --mais velha que andar para a frente-- sobre mamão no "Jornal Hoje", da Rede Globo.

Antes de apresentar uma reportagem sobre a fruta, ele teve o seguinte diálogo com a colega de bancada, Sandra Annenberg.

"Gosta de mamão, Sandra?", perguntou.

"Gosto sim, Evaristo", respondeu a apresentadora.

"Então toma a minha mão!", ofereceu o jornalista.

Os dois, então, caem na gargalhada.

2011: O ano da volatilidade. Será?

De acordo com a análise de Ron Griess no The Chart Store, o ano de 2011 foi apenas o 17º mais volátil do índice S&P, desde 1928. De acordo com a metodologia utilizada, os anos de 2000,2002,2008 e 2009 foram mais voláteis que 2011.


There has been much discussion about the recent volatility in the stock market. We did a little study to see how 2011 stacked up against prior years. Our S&P data begins in 1928 and that is what we used for this study. We calculated each days point change, removed the minus sign on down days and summed the daily changes for each year. We then divided that summation by the prior year’s ending value. For instance, in 2011 the summation of the daily changes equaled 3,239.78 points. Dividing that by the ending value of 2010 gives us 257.61%. From the table below, you can see by this methodology that 2011 ranks as the seventeenth most volatile year of the period 1928 to 2011. In fact, four other years of the 21st century rank higher than last year: 2000, 2002, 2008 and 2009. Notice that every single year from 1929 to 1939 are included in the top 15.”




Fonte: How a volatile a year?

Por que tão poucas mulheres participam dos conselhos de administração?


A ex-diretora-presidente da Avon Products Inc., Andrea Jung, foi bastante criticada por servir no conselho de administração de duas outras grandes empresas. Mas a pergunta que não quer calar é: Por que tão poucas mulheres participam dos conselhos de administração?

Entre 2004 e 2008, grandes empresas americanas com três ou mais mulheres no conselho alcançaram resultados financeiros significativamente melhores do que as firmas que não tinham nenhuma mulher conselheira, segundo estudo de 2011 feito pelo Catalyst, uma organização sem fins lucrativos voltada a promover a participação de mulheres no mundo dos negócios. De modo geral elas superaram as empresas sem mulheres no conselho em 84% no quesito retorno sobre as vendas, em 60% no retorno sobre o capital investido e em 46% no retorno sobre o patrimônio.


- É bom lembrar que, correlação não é causalidade.

“Um conselho que tem pelo menos três mulheres ganha pontos de vista diversificados que podem melhorar os resultados”, diz Debbie Soon, vice-presidente sênior da Catalyst.

No entanto, as mulheres ocupam apenas 16% dos assentos no conselho nas empresas listadas no ranking Fortune 500, segundo relato da Catalyst no início do mês. O centro de estudos do setor privado Conference Board concluiu em um estudo recente que, mesmo se 25% dos assentos nos conselhos das firmas da Fortune 500 que serão disponíveis anualmente nos próximos oito anos forem ocupados por mulheres, a porcentagem de mulheres conselheiras nessa amostra seria apenas de cerca de 23% até 2020.

Esse ritmo lento de mudança pode refletir a preferência dos conselhos por diretores-presidentes e diretores financeiros com mais experiência, e a maioria desses são homens. Esses executivos representaram quase 58% dos conselheiros nas firmas da Fortune 500 escolhidos no primeiro semestre de 2011; mas apenas 14 dos 92 recém-admitidos são mulheres, segundo a firma de recrutamento Heidrick & Struggles International Inc.

Muitos conselhos também encolheram de tamanho nos últimos tempos, ou aumentaram a idade da aposentadoria, limitando assim a necessidade de caras novas. E muitas vezes isso aconteceu por receio de trabalhar com recém-chegados ainda não testados durante a crise econômica.

Inúmeros esforços surgiram recentemente para aumentar a participação das mulheres nos conselhos. Inclui-se aí o grupo 2020 Mulheres nos Conselhos, que trabalha para aumentar a representação das mulheres nos conselhos para pelo menos 20% até 2020. No fim do próximo mês o grupo pretende publicar uma lista das empresas listadas no Fortune 1000 que não têm nenhuma mulher no conselho.

“Trata-se de boa governança corporativa”, diz Stephanie Sonnabend, diretora-presidente da Sonesta International Hotels Corp, empresa cofundadora da iniciativa. Ela e outras três mulheres detêm 40% dos assentos no conselho da Sonesta.

Ampliar a participação feminina nos conselhos é difícil porque o recrutamento “com frequência é muito limitado às redes de contatos dos próprios conselheiros”, diz Aditi Mohapatra, analista sênior de sustentabilidade da Calvert. E com muita frequência, isso significa que os escolhidos são homens brancos e mais velhos.

A Parceria por Nova York, grupo de desenvolvimento econômico composto de executivos da cidade, e o Fórum das Mulheres de Nova York, uma rede de líderes do sexo feminino, se uniram para criar um banco de dados de candidatas a conselheiras empresariais com patronos de alto nível.

Até agora, 31 diretores-presidentes que pertencem à Parceria já sugeriram 47 mulheres que eles recomendam pessoalmente como qualificadas para servir em um conselho. O Fórum da Mulher vai fornecer gratuitamente o banco de dados com os nomes para conselhos e firmas de pesquisa, a partir do fim de janeiro.

Algumas conselheiras esperam aumentar o número de mulheres fazendo o papel de “casamenteiras” em seus conselhos. “Essa é uma das minhas tarefas”, diz Beth Comstock, diretora de marketing da General Electric Co. e uma das duas mulheres no conselho de 11 membros da Nike Inc. “Posso ajudar a apresentar [os dirigentes da Nike] para outras mulheres executivas que fico conhecendo.”

Fonte: Joann S. Lublin, WSJ, Valor Economico

Frase

Em entrevista à Globo News, Jorge Gerdau aponta a importância do investimento em infraestrutura e educação para o real crescimento do país, que “precisa aprender a ser rico”. Para o empresário, a prosperidade momentânea que o país vive deve ser utilizada para “construir uma estrutura que potencialize uma prosperidade perpétua”.

Fonte: aqui

Cobrança de dívidas

A cobrança de dívidas está começando a se tornar um grande negócio no Brasil. Pode-se dizer que o aumento da cobrança de dívidas é o preço do crescimento. Depois de anos de instabilidade econômica e hiperinflação, o volume de crédito no Brasil quase dobrou nos últimos dez anos, e agora corresponde a quase 50% do PIB.

Mais recentemente, a inadimplência também tem estado em alta. Segundo a KPMG, o total das dívidas em atraso no Brasil pode alcançar R$ 330 bilhões; desse total, os bancos já disseram que não vão recuperar cerca de R$ 180 bilhões, tornando essa quantia potencialmente disponível para ser vendida aos cobradores de dívidas.

Os bancos costumavam vender carteiras de créditos com mais de cinco anos de atraso, mas com o crescimento do mercado de cobrança de dívidas, estão começando a vender carteiras mais recentes.

O Banco Santander Brasil S.A. vendeu cerca de R$ 16 bilhões em créditos inadimplentes em 2011, quase quatro vezes a quantia vendida em 2010. Esses empréstimos, equivalentes a cerca de 9% do total de empréstimos do Santander Brasil, são a pior parte da sua carteira – aqueles que não receberam nenhum pagamento por mais de um ano. O Santander afirma que “as condições atuais do mercado explicam a aceleração da venda de suas carteiras [de créditos inadimplentes], resultando em maior eficiência”.

Fonte: Rogerio Jelmayer The Wall Street Journal, Valor Economico

02 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Em homenagem às nossas lutas (e conquistas) de 2012:



Fonte: Aqui

Cinco Tendências Econômicas para 2012

By Sudeep Reddy
Blog Real Time Economics
Economic insight and analysis from The Wall Street Journal, December 30, 2011


The Council on Foreign Relations polled economists to identify five trends to watch in the coming year. They all fall under the increasingly common theme of “uncertainty,” and most of them touch on U.S. or euro-zone policies. Brief excerpts of their conclusions, which you can read in full here:

U.S. political polarization: “The increasing partisan and ideological division between the two parties constitutes the single most important influence on future economic policymaking. … We face the possibility that a political impasse will leave the government without a budget for essential federal functions and without the borrowing capacity to fund normal operations.” – Gary Burtless, Brookings Institution

Global volatility: “The main trend in 2012 is volatility, with the preponderance of extreme macroeconomic risk on the downside. It is a two-scenarios environment with roughly equal weight, with the center of global risk located in Europe. … Virtually all of the risk stems from uncertainty about bold policy action and coordination within and among advanced countries. As the probabilities attached to political gridlock shift, expectations about market and economic trajectories will move with them.” – Michael Spence, Council on Foreign Relations

China’s rise under stress: “History will note that 2012 marked China’s shift to a slower growth trajectory and the anointment of its ‘fifth generation’ of leaders. This comes at a time when the country faces formidable internal and external challenges. … With weak financial institutions and its infrastructure-led growth model under attack, [China] may not have all the tools to achieve its goals.” – Yukon Huang, Carnegie Endowment for International Peace

Shortage of AAA assets: “Unlike the Internet bubble, the household and sovereign credit boom was fueled less by dreams of fabulous growth than by the promise of safety. Financial engineering was supposed to turn risky mortgages into safe-as-houses, AAA-rated bonds; similarly, the euro was supposed to turn previously irresponsible countries into paragons of German fiscal discipline. With those illusions shattered, 2012 will witness a widening gap between the preferences of savers and the needs of borrowers.” – NYU’s Thomas Philippon and Morgan Stanley’s Ashley Lester

New appetite for risk: “The new trend to look for in the euro area in 2012 will manifest itself in financial markets rather than in the political realm. At some point, the economic fundamentals of the euro area–as well as the messy [policy responses of] its governments –will have ensured that market fears surrounding, for instance, Italian government debt will be surpassed by the greed of yield-hungry investors.” – Jacob Kirkegaard, Peterson Institute for International Economics

Humberto Eco

Em entrevista à Revista Época, o escritor italiano, Humberto Eco,comenta sobre a busca da informação na internet.

O escritor italiano diz que a internet é perigosa para o ignorante e útil para o sábio porque ela não filtra o conhecimento e congestiona a memória do usuário
LUÍS ANTÔNIO GIRON, DE MILÃO


ÉPOCA - Mas o conhecimento está se tornando cada vez mais acessível via computadores e internet. O senhor não acha que o acesso a bancos de dados de universidades e instituições confiáveis estão alterando nossa noção de cultura?

Eco
- Sim, é verdade. Se você sabe quais os sites e bancos de dados são confiáveis, você tem acesso ao conhecimento. Mas veja bem: você e eu somos ricos de conhecimento. Podemos aproveitar melhor a internet do que aquele pobre senhor que está comprando salame na feira aí em frente. Nesse sentido, a televisão era útil para o ignorante, porque selecionava a informação de que ele poderia precisar, ainda que informação idiota. A internet é perigosa para o ignorante porque não filtra nada para ele. Ela só é boa para quem já conhece – e sabe onde está o conhecimento. A longo prazo, o resultado pedagógico será dramático. Veremos multidões de ignorantes usando a internet para as mais variadas bobagens: jogos, bate-papos e busca de notícias irrelevantes.

01 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio



“Uau! Nevou mesmo noite passada! Não é maravilhoso?”
“Tudo que era familiar desapareceu! O mundo parece novo em folha!”
“Um novo ano… Um começo renovado e limpo!”
“É como ter uma grande folha de papel branco pra desenhar!”
“Um dia cheio de possibilidades!”
“É um mundo mágico, Haroldo, velho amigo…”
“… vamos explorar!”

Um ano mágico e cheio de possibilidades para vocês, nossos queridos leitores!

Sociedade Rent- Seeking

Candidatos aprovados em concurso, inclusive com diplomas de mestrado e doutorado, em muitos casos são alocados em atividades que não demandam muita qualificação

Recentemente terminei de lecionar um curso sobre Teorias de Crescimento Econômico para os alunos da Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico da UFPR. Entre vários artigos, apresentei um seminal sobre a Sociedade Rent-Seeking de autoria da professora Anne Kruger, da Universidade Johns Hopkins.

O artigo foi publicado em 1974 e nele se desenvolve uma análise sobre as ineficiências causadas pela intervenção governamental em alguns mercados devido à geração de rendas extraordinárias. O foco da análise foi o setor importador e como a imposição de cotas, ao elevar o preço dos produtos importados, gera uma renda extra para os agentes que operam nesse mercado. Com a elevação dos ganhos, ocorre uma competição para a obtenção de licenças para importação de forma a empregar trabalho e capital de forma não produtiva.

Esse tema é muito atual no Brasil e, certamente, tem efeitos relevantes no PIB. Muitas pessoas e capital estão sendo empregados para a obtenção de rendas geradas por intervenção governamental sem aumentar o PIB. Um exemplo são os elevados salários de alguns funcionários públicos de atividades que não demandam pessoas com grande nível de qualificação. Em nosso meio, é comum verificar que alguns dos melhores alunos dos programas brasileiros de pós-graduação acabam indo para instituições como o Ipea, Banco Central, Ministérios, Secretarias, agências reguladoras.

É claro que os candidatos estão respondendo aos incentivos, como salários elevados, estabilidade no emprego, aposentadoria, etc. Os atrativos são consideráveis, o que eleva muita a competição na entrada. Assim, os candidatos exitosos possuem boa qualificação, inclusive com diplomas de mestrado e doutorado, em muitos casos. No entanto, muitas vezes eles são alocados em atividades que não demandam muita qualificação. Ou seja, não empregam, em suas atividades diárias, o conhecimento e habilidades adquiridos anteriormente.

Portanto, em muitos casos, todo o esforço realizado anteriormente acaba sendo apenas para ter sucesso no concurso público e não para a realização das atividades que serão realizadas. Essa competição na entrada acaba sendo um desperdício de recursos (tempo se preparando, realização de cursos de mestrado e doutorado etc.)

É claro que essas instituições demandam pessoas com elevado nível de qualificação, mas apenas em áreas específicas. Para reduzir essa ineficiência, o governo federal deveria abrir concursos específicos em áreas que demandam pessoal com elevado nível de qualificação, inclusive com a exigência diplomas de mestrado e doutorado, pagando o diferencial de salário pela qualificação apenas nessas atividades. Adicionalmente, geraria um efeito colateral positivo ao melhorar as contas públicas.

Esse é apenas um exemplo que serve para ilustrar como uma intervenção governamental pode gerar alocação de recursos em atividades não produtivas. Existem inúmeros casos no Brasil que merecem estudos detalhados para a mensuração desses custos. Podemos pensar nas licenças para taxistas, na intervenção governamental no mercado produtivo favorecendo algumas empresas específicas, processos licitatórios, atividades que restringem a entrada de novos produtores etc.

Por um lado, o governo tem um papel fundamental em muitos setores e no bom funcionamento da economia como um todo. Por outro, é preciso levar em consideração esses custos quando ele interfere no funcionamento do mercado. As intervenções devem ser realizadas de forma a tentar estimular os setores produtivos e reduzir as rendas extraordinárias que geram competição e a consequente alocação de recursos em atividades não produtivas. Infelizmente, esse não é nosso histórico.


Fonte: Gazeta do Povo - Sociedade Rent- Seeking - Luciano Nakabashi, doutor em Economia, é professor do Departamento de Economia da UFPR e pesquisador do CNPq. E-mail: luciano.nakabashi@gmail.com

Feriado

Leitura do aprazível História das Constituições Brasileiras (é isto mesmo, leitor. Um livro de direito. E agradável !) informa que o governo provisório da república, através do decreto 42B, transformou 8 de dezembro em feriado nacional. O feriado em questão homenageava a Argentina, país que os republicanos admiravam. O feriado em questão só foi comemorado em 1889.

Fim da distinção entre trabalho em casa, na empresa ou a distância

A Lei 12.551, sancionada no meio de dezembro, alterou o artigo sexto da CLT para equiparar os efeitos jurídicos do trabalho exercido por meios telemáticos e informatizados ao exercido por meios pessoais e diretos. Significa que, no Brasil, deixa de haver distinção entre trabalho na empresa, em casa ou a distância. A lei é uma tentativa de acompanhar o avanço da tecnologia e o aumento da preocupação com qualidade de vida. Agora, oficialmente, não importa mais o local de trabalho, mas se o trabalhador executa a tarefa determinada pela empresa.

O funcionário com carteira assinada que trabalha longe do escritório passa a ter os mesmos direitos dos outros, como hora extra, adicional noturno e assistência em caso de acidente de trabalho. O controle das horas e a supervisão do trabalho podem ser feitos por meios eletrônicos.

Desde o dia 15 de dezembro, data de publicação da Lei 12.551, o artigo sexto da CLT passa a ter a seguinte redação:

“Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.”

EMENTA: Altera o art. 6º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto- Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, para equiparar os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos.


Fonte: aqui