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24 junho 2023

Dados interessantes

 Dados interessantes, retirados daqui. Iniciando pela relação entre pessoas que acreditam em fantasmas e nível educacional. Há uma relação inversa aqui, já que mais anos de estudos faz com que as pessoas acreditem menos em fantasmas. 


Uma das grandes vantagens do Facebook é o lembrete de aniversário. Parece que o "feliz aniversário", via Facebook, está caindo em desuso, ano a ano. 

Regularmente a imprensa divulga a lista dos bilionários do mundo. A fortuna deles é menor que o fundo soberano da Noruega, derivado da receita de petróleo. 

Gostei muito deste. As maiores cidades da América Latina são hoje mais seguras que diversas grandes cidades dos Estados Unidos. Veja a queda substancial do número de mortes, por habitantes, de São Paulo (linha verde claro) 
Em 1995 as pessoas namoravam através dos amigos. O cúpido era de carne e osso. Em 2017 a maioria dos encontros foram acertados via aplicativo. 

Bom final de semana

Quem paga a conta das buscas?

Recentemente, um grupo de bilionários decidiu realizar uma viagem para observar o Titanic. Esses empresários embarcaram em um submersível chamado Titan (foto), que acabou implodindo com cinco pessoas a bordo, resultando em suas mortes. Uma questão que me intrigou foi a operação de resgate e busca do submersível, e como isso poderia afetar os gastos públicos. Essa dúvida foi esclarecida em um breve texto publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", escrito pela jornalista Christine Chung.

As estimativas são de que as despesas desse resgate foram bastante grandes, mas não está claro ainda se os contribuintes dos países envolvidos, em última instância, serão obrigados a pagá-las — nem quanto vai dar a conta. Os passageiros do submarino pagaram US$ 250 mil cada um pela experiência de mergulhar rumo ao Titanic.

“Essas pessoas pagaram muito dinheiro para fazer algo extraordinariamente arriscado e difícil de se recuperar”, disse Chris Boyer, diretor executivo da Associação Nacional de Busca e Resgate, uma organização sem fins lucrativos que se concentra em resgates na natureza. A missão de resgate, disse ele, “provavelmente custou milhões”.

Nos EUA, os esforços de busca e resgate – quem os conduz e quem paga por eles – dependem de onde ocorrem, disse Boyer. Alguns Estados, como New Hampshire, cobram de indivíduos por resgates se as pessoas forem consideradas imprudentes.


Cynthia Hernandez, porta-voz do National Park Service, disse em comunicado que a agência não cobra pelas operações de busca e resgate que ocorrem em seus parques porque as considera um serviço público. O serviço do parque realizou 3.428 buscas e resgates no ano passado.

Mas, segundo ela, quando o custo dos esforços de busca e resgate “passa de um certo limite, os fundos podem ser desviados de fundos do parque para outros tipos de programas ou projetos”.

Não se sabe se a OceanGate Expeditions, a empresa que forneceu a excursão às ruínas do Titanic, exigia que seus participantes contratassem algum seguro de viagem.

Os organizadores de expedições arriscadas e aventureiras, incluindo operadoras como Abercrombie & Kent e Black Tomato, disseram que exigem extensas apólices de seguro.

Peter Anderson, diretor administrativo do serviço de concierge de luxo Knightsbridge Circle, disse que a empresa trabalha com serviços como a Covac Global, que pode “retirar e repatriar seus membros para emergências médicas”. Mas mesmo a apólice mínima, de US$ 100 mil, não chegaria nem perto de pagar pelos esforços atuais.

Resumindo: tudo leva a crer que será o contribuinte. 

Rir é o melhor remédio

 

Um pedido de um cliente é uma ordem. Afinal, o cliente tem sempre razão. No cabeleireiro. 

23 junho 2023

Um resumo do escândalo da PwC na Austrália

A PwC (PricewaterhouseCoopers), na Austrália, foi notícia nos últimos dias em razão de um escândalo envolvendo alguns funcionários da Big Four. O escândalo começou quando o chefe de impostos da PwC, Peter Collins, compartilhou informações confidenciais do governo. Collins usou as informações para ajudar a PwC a conquistar novos clientes, oferecendo soluções que burlavam as leis fiscais que ele mesmo estava ajudando o governo a redigir.

No início, a PwC minimizou o incidente, afirmando que era um caso isolado ocorrido em 2014 e que Collins já havia deixado a empresa. No entanto, a situação se agravou quando foram revelados e-mails internos da PwC que mostravam o envolvimento de vários funcionários da empresa, que usaram as informações confidenciais do Tesouro. Essa revelação levou a uma intensa cobertura da mídia e resultou na renúncia do CEO da PwC.


Após esses acontecimentos, a empresa enfrentou repercussões significativas. O Departamento de Finanças da Austrália revisou todos os contratos com a PwC, e muitos contratos foram reduzidos ou cancelados. Além disso, clientes corporativos da PwC, como a empresa Lendlease, suspenderam processos de licitação e revisaram sua relação com a empresa.

A investigação sobre o escândalo revelou falhas no sistema regulatório, com o Escritório de Impostos da Austrália (ATO) e o Conselho de Praticantes de Impostos (TPB) compartilhando informações de maneira inadequada. Houve críticas ao ATO por não investigar adequadamente o comportamento da PwC e por não informar o Tesouro sobre as violações.

Internamente, a PwC passou por um período de turbulência, com a revelação de que vários funcionários da empresa estavam envolvidos no vazamento de informações confidenciais. Isso levou a tensões e descontentamento dentro da empresa, com muitos funcionários questionando a liderança e considerando deixar a empresa.

A reputação da PwC foi prejudicada e seu futuro na Austrália ficou incerto.

Leia mais aqui

Ação afirmativa em uma universidade brasileira (UFBA)

Eis o resumo traduzido, via ChatGPT:

A ação afirmativa no ensino superior pode levar a uma discrepância, onde os estudantes admitidos por meio de tratamento preferencial enfrentam dificuldades acadêmicas devido à preparação inadequada antes da faculdade. Embora alguns estudantes possam enfrentar desafios iniciais, ao proporcionar acesso à educação de qualidade para indivíduos talentosos que de outra forma poderiam ser negligenciados devido a desvantagens sistêmicas, esses programas podem permitir que os estudantes diminuam a diferença e alcancem seus colegas. Neste estudo, examinamos os efeitos de uma política de ação afirmativa do tipo cota nas disparidades nos resultados universitários entre beneficiários em potencial e não beneficiários. Utilizando dados administrativos abrangentes de uma universidade brasileira líder, que implementou ação afirmativa em 2005, descobrimos que, em comparação com seus colegas não cotistas, os beneficiários em potencial das cotas têm menos probabilidade de progredir tranquilamente na faculdade e menos probabilidade de se formar, um resultado que é principalmente impulsionado por aqueles que não seriam admitidos na universidade de outra forma. No entanto, vale ressaltar que a maioria dessas diferenças diminui à medida que os estudantes avançam na faculdade, sugerindo um efeito de recuperação entre esses grupos. Embora os estudantes cotistas em potencial enfrentem desafios iniciais, resultando em uma carga horária reduzida nos primeiros anos da faculdade, eles compensam fazendo mais créditos nos anos posteriores para, no final, se formarem.

O estudo foi realizado na UFBA, a segunda do país a adotar cotas de ação afirmativa. A primeira foi a Universidade de Brasília. 

Eu destaquei dois trechos. Há uma diferença entre o cotista e o não cotista. Veja o gráfico abaixo:

Mas teria aqui um efeito recuperação, pequeno e perceptível em alguns dos índices. 

Igualdade de Gênero no mundo e no Brasil

 

Os dados são do Relatório de Lacunas de Gênero do Fórum Econômico Mundial, que mostra os efeitos na paridade de gênero, incluindo os efeitos da pandemia. O relatório indica o número de anos para eliminar a diferença mundial de gênero em 131 anos, em 2023.

Os países  escandinavas foram classificadas como as que mais se aproximaram de fechar a lacuna de gênero. Isto é obtido através de fatores como a participação e oportunidade econômicas, desempenho educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político. Além da Islândia, alguns países bem posicionados no ranking são surpresas, como é o caso da Nicarágua, da Namíbia, da Lituânia e Ruanda. O Brasil ficou em 57o. lugar, com uma péssima classificação para igualdade salarial para trabalho similar: 110o. E mulheres no parlamento (109o.). 

O percentual de mulheres nos boards ainda é bastante reduzido (16,9%). 


Rankings

 

Dinamarca, Irlanda e Suíça foram consideradas as economias mais competitivas do mundo na Classificação Mundial da Competitividade 2023, do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Gerencial (IMD). A Irlanda foi a grande surpresa, pois saiu do 11o. para o segundo lugar.

Há algo em comum nas primeiras colocações: são economias relativamente pequenas, permitindo que eles reajam mais rapidamente no ritmo acelerado de hoje economia globalizada.

O Brasil ficou em 60o. lugar, tendo perdido uma posição. O melhor item foi o desempenho da economia. O mapa a seguir deixa claro que a maioria dos países do mundo não são computadas no ranking, o que faz com que a nossa posição não seja algo para orgulho. 



Rir é o melhor remédio


 Abandonando o emprego após ganhar na loteria. 

22 junho 2023

Sobre o efeito negativo do ensino virtual durante a pandemia

Um artigo, recentemente publicado, discute os efeitos da pandemia de COVID-19 na educação nos Estados Unidos. Devido aos riscos de contágio, muitos administradores escolares adotaram o ensino virtual em vez das aulas presenciais. No entanto, os autores do estudo constataram que essas medidas contribuíram significativamente para a queda nas taxas de aprovação dos alunos em testes padronizados durante o ano escolar de 2020-2021.

Os resultados são baseados em dados de avaliações estaduais de matemática e língua inglesa, para alunos entre 3 a 8 anos de idade, em 11 estados. O gráfico, apresentado no estudo, mostra a queda nas taxas de aprovação durante a pandemia em comparação com anos anteriores. O gráfico revela pouca variação nas taxas de aprovação de 2016 a 2019, seguida de uma queda significativa em todos os estados e grupos demográficos em 2021. No geral, as taxas de aprovação médias entre 2019 e 2021 caíram 12,8 pontos percentuais em matemática e 6,8 em língua inglesa.

Os autores observam uma relação clara entre a quantidade de aulas presenciais e a magnitude da queda nas taxas de aprovação em matemática. Quanto mais dias de aulas presenciais as escolas ofereciam, menor era a queda nas taxas de aprovação. Um padrão semelhante, embora menos pronunciado, é observado em língua inglesa.

Por meio de uma análise de regressão de efeitos fixos, os pesquisadores mostram que os distritos com ensino totalmente presencial tiveram quedas médias menores do que os distritos que eram totalmente virtuais - 13,4 pontos percentuais a menos em matemática e 8,3 pontos percentuais a menos em língua inglesa.

Os resultados demonstram que o ensino híbrido e virtual não pode sustentar a aprendizagem dos alunos da mesma forma que a instrução totalmente presencial. Essas descobertas podem ajudar os administradores escolares e formuladores de políticas educacionais a considerar melhor os trade-offs ao recorrer a métodos de ensino virtual no futuro.

Baseado aqui

“Pandemic Schooling Mode and Student Test Scores: Evidence from US School Districts” appears in the June 2023 issue of the American Economic Review: Insights.

30 anos de ABC

Nossa, faz 30 anos que estamos usando o ABC. Ainda lembro do Relevance Lost, dos artigos de Cooper e de Kaplan, do livro de Gerencial deste último autor e da aversão que o sistema trouxe para os que achavam ter uma solução mais adequada para o problema de custos. 


Um estudo analisou os artigos publicados entre 1988 a 2019, constantes do Scopus. Uma conclusão importante: o sistema ainda é útil e há interesse crescente. Eis o resumo:

After more than 30 years of using Activity-Based Costing (ABC) to determine costs, just a few studies have analyzed its publications. This article aims to conduct a systematic, comprehensive literature review analyzing papers on ABC to overview what has been researched and give future research directions. The study includes descriptive, relational and content analyses of 1,260 articles retrieved from Scopus over 32 years (1988–2019). Our research shows publication trends, the most influential journals, authors and countries, citations, H-index, authorship, objectives, keywords co-occurrences, and research methods. Moreover, twelve objective categories are proposed. The results show a still-growing interest in ABC, especially in health and manufacturing, where there have been more practical applications. The case study is the most used research methodology, and the United States is the leading country regarding academic productivity and citations. The study provides useful information for professionals and business managers, and academics.

O perigo das correlações apressadas nas pesquisas realizadas na pandemia

A publicação rápida e não criteriosa de correlações durante a pandemia de COVID-19 pode ter gerado algumas pesquisas com qualidade duvidosa. Um estudo relacionou o aumento de eventos cardiovasculares graves em Israel durante a vacinação contra a COVID-19, em pessoas com menos de 40 anos. Embora a correlação pareça estatisticamente significativa, tudo leva a crer que é clinicamente irrelevante.

Muitas publicações durante a pandemia foram apressadas, possivelmente sem uma revisão rigorosa por pares, levando ao desperdício de esforços científicos. Na estatística temos vários exemplos de correlações sem sentido, como a relação entre o consumo de chocolate e o número de ganhadores do Prêmio Nobel, para ilustrar o problema de interpretação incorreta dos dados de correlação. Este é o fenômeno de correlação espúria, que já destacamos várias vezes no blog. 


O estudo de Israel, por exemplo, possui várias falhas na análise estatística e as conclusões não são sustentadas pela metodologia adequada. Publicar correlações é válido, desde que não sejam interpretadas erroneamente ou consideradas como evidências científicas ou relevantes para políticas.

As correlações devem ser publicadas, mas é importante interpretá-las corretamente e evitar conclusões equivocadas.

Baseado aqui. Foto Oliver Roos

Crescimento da Inteligência Artificial

Nos últimos anos, a tecnologia de inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais poderosa e tem se inserido em diversos domínios do nosso mundo. O interessante que isso foi alcançado apesar da disponibilidade limitada de recursos. Até recentemente, os investimentos em termos de capital e esforços científicos eram pequenos. No entanto, nos últimos anos, houve um aumento significativo nos investimentos corporativos e o campo científico cresceu em tamanho.

O gráfico abaixo mostra o crescimento do investimento empresarial no tópico. 


Este outro gráfico apresenta o crescimento das publicações científicas sobre o assunto no mundo. 


Considerando o rápido desenvolvimento da IA no passado, é de se esperar que a tecnologia se torne mais poderosa nas próximas décadas. Um dos principais impulsionadores desse avanço é o aumento do investimento. Além disso, o crescimento do campo científico da IA, com mais pesquisadores e cientistas dedicados ao tema, contribui para acelerar o progresso tecnológico.

A disponibilidade de maior poder computacional também tem desempenhado um papel fundamental. Hardware poderoso, como as unidades de processamento gráfico (GPUs) e chips especializados em IA, possibilitam o processamento de grandes volumes de dados e algoritmos complexos em velocidades muito mais rápidas. 

Além disso, o acesso a grandes conjuntos de dados e os avanços em algoritmos de aprendizado de máquina têm contribuído significativamente para o progresso da IA. Os algoritmos de IA aprendem a partir de uma grande quantidade de dados, permitindo que façam previsões e tomem decisões precisas. A capacidade de coletar e analisar enormes volumes de dados melhorou consideravelmente o treinamento e o desempenho dos sistemas de IA, tornando-os mais poderosos e eficazes.

Rir é o melhor remédio

Desenho preciso
 

21 junho 2023

Salário do baixo escalão da contabilidade e qualidade dos relatórios financeiros

Um artigo de pesquisadores da Stanford Graduate School of Business e da University of Washington descobriu uma relação entre o salário dos contadores de baixo escalão e a qualidade do seu trabalho. Ao contrário das pesquisas anteriores, que geralmente se concentram nos executivos de alto escalão, esse estudo examinou os incentivos contratuais dos funcionários de nível inferior e sua influência no comportamento e nos relatórios financeiros das empresas.

Os pesquisadores descobriram que as empresas que pagam bem seus funcionários de contabilidade tendem a emitir relatórios financeiros de maior qualidade. E quando a remuneração desses funcionários é contingente, em vez de fixa, a qualidade dos relatórios tende a ser inferior. Além disso, essa relação é mais acentuada em empresas cujos executivos seniores têm mais incentivos para produzir relatório de maneira inadequada. Isso destaca a importância dos funcionários de contabilidade de baixo escalão, que têm acesso direto e maior envolvimento nos processos contábeis e de controle da empresa.


Os pesquisadores argumentam que são os funcionários de nível inferior que têm um papel mais direto na produção dos relatórios financeiros. Mesmo que os executivos tenham motivos para manipular os números, são os seus subordinados que executam as alterações necessárias para efetivar essa manipulação. No entanto, esses funcionários podem ter incentivos para tomar ações corretivas ou denunciar as irregularidades.

Os pesquisadores examinaram um conjunto de dados com a remuneração dos contadores de 384 empresas de capital aberto nos EUA entre 2000 e 2004. Eles descobriram uma relação positiva entre os incentivos contratuais dos contadores e a qualidade dos relatórios financeiros de suas empresas. 

O estudo também revelou que a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) teve um efeito positivo nos salários dos contadores. As empresas que tiveram menor qualidade nos relatórios financeiros antes da implementação da SOX tiveram que gastar mais e aumentar a remuneração de seus contadores para cumprir as regulamentações. Essas empresas apresentaram melhorias significativas na qualidade dos relatórios financeiros após a implementação da lei.

O estudo está limitado ao mercado dos Estados Unidos, mas nada impede que o mesmo seja replicado no Brasil, para as empresas que divulgam o salário dos funcionários. 

Via Goingconcern

Carlos Ghosn tenta dar a volta por cima

O ex-chefe da Nissan Carlos Ghosn, de 69 anos, processa a montadora japonesa por demiti-lo em 2018 e por providenciarem sua prisão por suposta má conduta financeira. Ele pede mais de US$ 1 bilhão por “danos profundos” em suas finanças e reputação.



O ex-executivo, responsável pela aliança entre a montadora Nissan com a Renault e a Mitsubishi Motors, apresentou suas queixas ao promotor público no Tribunal de Cassação do Líbano, onde vive desde sua saída dramática do Japão no final de 2019 para fugir do julgamento. (...)

O processo reivindica US$ 588 milhões em compensações e custos perdidos e também US$ 500 milhões em medidas punitivas. Os acionistas da Nissan também sofreram perdas depois que a empresa desperdiçou sua vantagem de pioneirismo em relação aos veículos elétricos. O ex-executivo não faz mais parte do corpo de acionistas da empresa japonesa. (...)

Em 2020, um painel da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que a detenção de Ghosn em uma prisão japonesa por mais de 100 dias não era necessária e violava seus direitos. A decisão de prender Ghosn quatro vezes seguidas para estender sua detenção foi “fundamentalmente injusta”, de acordo com o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. (...)

Fonte: Exame. Foto: John Cameron

Isabel condenada por desvio na Sanangol

A empresária Isabel dos Santos e alguns de seus colaboradores foram condenados pelo Tribunal de Recurso de Amsterdã, nos Países Baixos, pelos crimes de gestão danosa e falsificação de documentos. A condenação ocorreu devido ao desvio de 52,6 milhões de euros da Sonangol, a petrolífera estatal angolana. 


A queixa foi apresentada em novembro de 2022 pela Sonangol, por meio de sua subsidiária Esperaza. Segundo a investigação, Isabel dos Santos teria desviado esse valor da Esperaza, empresa controlada pela Sonangol em 60% e pela Exem Energy, pertencente a Isabel dos Santos e seu falecido marido, Sindika Dokolo, em 40%. A Esperaza detém 45% da Amorim Energia, a maior acionista da Galp Energia. 

Um relatório preliminar constatou que as deliberações relacionadas ao suposto desvio foram baseadas em datas falsas e foram consideradas nulas, uma vez que foram tomadas após a destituição de Isabel dos Santos da presidência da Sonangol. Além disso, a investigação concluiu que Isabel dos Santos agiu em conflito de interesses, realizando atos jurídicos em nome da Sonangol que beneficiaram suas próprias empresas.

Fonte: aqui. Leia mais aqui. Foto: Jorge Sá Pinheiro

Fundos Anti-ESG

Assim como existe os fundos voltados para os investimentos em práticas ambientais, sociais e de governança de qualidade, o mercado de capitais mundial criou os chamados fundos contrários. Estes fundos anti-ESG tiveram uma popularidade grande no terceiro trimestre de 2022, com depósitos adicionais de 377 milhões de dólares somente nos Estados Unidos. 

Mas parece que o interesse por estes fundos está diminuindo, já que no primeiro trimestre de 2023 o acréscimo nos investimentos ficou em 188 milhões. Isto é muito pouco em comparação com os fundos ESG. 

Os fundos anti-ESG foram criados pelos críticos dos investimento nas práticas ESG. Apesar da redução do interesse, os ativos totais dos fundos chegaram a 2,1 bilhões no final do primeiro trimestre. Um ano antes, esse valor era de aproximadamente US$ 282 milhões. Todos os dados são válidos para o mercado dos Estados Unidos. 

Acredita-se que os fundos anti-ESG continuarão a existir devido à polarização mais profunda da população em alguns países. Já se observou que a oposição republicana tem enfraquecido propostas de acionistas voltadas para práticas ESG.

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, admite sonegação fiscal

Hunter Biden (foto) é um advogado e empresário americano, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele ganhou destaque na mídia devido a problemas relacionados aos impostos.

Em outubro de 2020, pouco antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, surgiram relatos sobre a investigação federal em andamento sobre as finanças de Hunter Biden. De acordo com esses relatos, Hunter estava sob investigação sobre possíveis irregularidades fiscais, lavagem de dinheiro e negócios internacionais suspeitos.

A investigação concentrou-se principalmente em suas atividades financeiras no exterior, especialmente na Ucrânia e na China. Hunter Biden era membro do conselho de uma empresa de energia ucraniana chamada Burisma Holdings, o que levantou questões sobre conflito de interesses devido à posição política de seu pai, na época em que era vice-presidente dos Estados Unidos.



Além disso, surgiram alegações de que Hunter Biden recebeu grandes somas de dinheiro de empresas e indivíduos estrangeiros, o que levantou preocupações sobre possíveis influências indevidas em relação às políticas dos Estados Unidos.

Ontem foi notícia que Hunter fez acordo com Departamento de Justiça para se declarar culpado de acusações envolvendo sonegação de imposto de renda e admitir formalmente que comprou ilegalmente uma arma de fogo, segundo documentos divulgados nesta terça-feira.

As acusações foram resultado de uma investigação liderada por David Weiss, procurador dos EUA em Delaware, estado natal do presidente. Espera-se que o Departamento de Justiça recomende a liberdade condicional para as acusações fiscais, o que significa que Hunter Biden não enfrentará uma pena de prisão efetiva.

As acusações afirmam que Hunter não apresentou suas declarações de imposto no prazo estabelecido, referentes a ganhos superiores a 1,5 milhão de dólares em 2017 e 2018. Durante esses dois anos, ele acumulou uma dívida de mais de 100.000 dólares em imposto de renda.

Mais aqui. Foto: aqui

Vale a pena investir em uma empresa "verde"? Não ...

Pode parecer contraditório, mas existe uma resposta não tão óbvia para a pergunta: é válido investir em uma empresa verde?


Se você pensou em responder "sim", talvez essa não seja a resposta correta, de acordo com alguns especialistas. Afinal, as empresas verdes são, em sua maioria, empresas de serviços, como o Spotify ou o Itaú. O Itaú, por exemplo, é considerado uma empresa verde por ser um banco, e espera-se que um banco não seja uma fonte de poluição. No entanto, é importante notar que uma empresa verde que tem acesso fácil a capital provavelmente não terá muito incentivo para mudar seu status atual.

E quanto às empresas poluidoras? Se o investimento for direcionado para essas empresas, o investidor pode ter a oportunidade de atuar dentro da empresa e influenciar uma mudança de direção. Além disso, ao fornecer capital para essas empresas, pode-se criar uma fonte de recursos necessários para projetos que possam alterar a forma de funcionamento dessas empresas.

Foto: Greg Rosenke. Leia mais aqui

Rir é o melhor remédio

 


20 junho 2023

Fundação IFRS na China

A Fundação IFRS expandiu sua rede internacional com a abertura de um escritório na China para promover os novos padrões de relatórios de sustentabilidade. O escritório em Pequim (foto) será a base chinesa do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB), juntando-se aos escritórios já existentes em Frankfurt, Londres, Montreal, São Francisco e Tóquio. O primeiro conjunto de padrões internacionais de sustentabilidade deve ser publicado até o final de junho. O escritório servirá como base para o membro do ISSB, Bing Leng, e o vice-presidente do ISSB, Jingdong Hua, que supervisionará a capacitação e o envolvimento do ISSB em economias em desenvolvimento e emergentes, e visitará regularmente o escritório.


O escritório será dirigido pelo contador qualificado Zhengwei Zhang, que foi nomeado diretor do escritório em Pequim e conselheiro especial do presidente do ISSB, Emmanuel Faber. Zhang possui mais de 20 anos de experiência em liderança em cooperação econômica e financeira internacional, abrangendo desenvolvimento sustentável, estabilidade financeira e cooperação e integração econômica regional. Ele também possui ampla experiência em finanças de desenvolvimento, tendo trabalhado em diversas instituições de investimento.

O escritório sediará a primeira reunião do ISSB na China durante a semana que começa em 13 de novembro de 2023. Além disso, em 17 de novembro de 2023, a Fundação IFRS trabalhará em parceria com parceiros locais para hospedar sua primeira conferência focada em sustentabilidade na China. A abertura do escritório na China segue a assinatura de um memorando de entendimento entre a Fundação IFRS e o Ministério das Finanças da China em dezembro de 2022.

O escritório em Pequim trabalhará em conjunto com os outros escritórios da Fundação no apoio ao trabalho do ISSB. A equipe terá foco na liderança e execução da estratégia do ISSB para economias emergentes e em desenvolvimento, atuando como um centro de engajamento de partes interessadas na Ásia, facilitando uma cooperação mais profunda e envolvimento com as partes interessadas, e realizando atividades de capacitação para economias emergentes, países em desenvolvimento e pequenas e médias empresas.

A China é um importante ator na entrega de divulgações de sustentabilidade em nível global, dada sua posição como a segunda maior economia do mundo e um componente importante das cadeias de suprimentos globais.

Leia mais aqui e aqui .Foto: Unsplash+

Suíça adere ao imposto de 15%

Os eleitores suíços aprovaram a implementação de um imposto mínimo sobre os lucros das empresas. Isto faz parte de um movimento global para combater a evasão fiscal por empresas internacionais. E como a Suíça é conhecida por abrigar multinacionais que se beneficiam de baixas taxas de impostos, a aprovação adquire um elevado simbolismo. 


Um acordo tributário entre 35 nações estabelece que um país pode cobrar impostos sobre os lucros de uma empresa instalada em outro país se esta estiver sediada em uma jurisdição que não tribute pelo menos 15% dos lucros. Isto significa que o país que não implantar a media poderá perder receita. Os eleitores suíços decidiram que a cobrança desse imposto deve ser feita pelo próprio país, não por governos estrangeiros, para que toda a renda adicional permaneça na Suíça.

A OCDE estima que, com os países que já aderiram ao imposto mínimo, 90% dos negócios internacionais com lucros acima de 750 milhões de euros estarão sujeitos a ele até 2025. A implementação desse imposto pode aumentar as receitas fiscais dos governos em todo o mundo em US$ 200 bilhões anuais.

Como parte deste esforço, a Fundação IFRS já está mudando as normas contábeis para se adequar a esta nova situação. 

Baseado aqui. foto: Johannes Hofmann

Perda e Despesa

Pesquisando no ChatGPT a diferença entre despesa e perda:

Perda e despesa são termos contábeis que se referem a conceitos diferentes no contexto financeiro de uma empresa. Vou explicar cada um deles separadamente:

Perda: Uma perda é uma diminuição no valor de um ativo ou um aumento nas obrigações da empresa que ocorre de forma anormal e imprevista. Ela resulta de eventos ou transações que não estão relacionados diretamente com as operações normais do negócio e geralmente não são consideradas parte das atividades principais da empresa. As perdas são classificadas como despesas não operacionais e são registradas no demonstrativo de resultado (ou demonstrativo de perdas e ganhos) [1], afetando o lucro líquido da empresa. Exemplos de perdas incluem roubo, incêndio, desastres naturais, baixa no valor de estoque devido à obsolescência, entre outros.


Despesa: Uma despesa é um gasto incorrido durante o curso normal das operações de uma empresa. Ela representa a utilização de recursos financeiros [2] para gerar receitas ou manter as operações da empresa em andamento. As despesas estão diretamente relacionadas à produção e venda de bens ou serviços da empresa. Elas são consideradas parte das atividades operacionais da empresa e são registradas no demonstrativo de resultado. Exemplos de despesas comuns incluem salários e encargos trabalhistas, aluguel, energia elétrica, matérias-primas, despesas de vendas e marketing, entre outros.

Em resumo, a diferença fundamental [3] entre perda e despesa é que a perda é uma diminuição anormal e imprevista no valor de um ativo ou um aumento nas obrigações da empresa, enquanto a despesa é um gasto incorrido durante as operações normais da empresa. 

De uma maneira geral, o texto é adequado, mas há sutilezas aqui. 

[1] Considerar o nome de "demonstrativo de perdas e ganhos" é inadequado. Afinal é também o demonstrativo das receitas e das despesas. A própria ordem dos termos não é boa, já que inicialmente temos as receitas (e ganhos) e depois as despesas (e perdas). 

[2] Não somente recursos financeiros

[3] Esta diferença é válida para uma empresa dos Estados Unidos. Isto está correto para as normas do Fasb, mas não para as normas internacionais. Pelas normas do Iasb, não existiria esta diferença fundamental entre receitas e ganhos, assim como entre despesas e perdas. 

Esta pesquisa foi realizada a partir da dica de uma aluna, Wanessa Santos. 

Foto: Mike Cho

Codificação do Fasb e usuário das normas contábeis

Cada vez mais, eu acredito que o sistema de codificação de normas contábeis adotado pelo FASB é a grande inovação contábil dos últimos anos. Essa inovação torna muito mais fácil a consulta sobre uma norma.


A codificação tradicional numera as normas por ordem de emissão. Esse é o sistema adotado pelo IASB, pelo CPC e por quase todos os reguladores contábeis. Se quero consultar uma norma sobre o reconhecimento de uma receita, tenho apenas uma leve pista no nome da norma. Com sorte, talvez exista uma norma específica sobre esse assunto, mas nada me garante que minha dúvida será esclarecida nessa norma. Há outro problema: minha dúvida pode estar em mais de uma norma e a resposta pode variar dependendo da minha consulta. Afinal, o conjunto de normas está cada vez mais extenso e nem sempre os reguladores estão totalmente atentos para evitar esse conflito. E tudo isso se torna mais complicado quando adicionamos as interpretações e orientações das normas.

O processo tradicional de codificação é muito conveniente para os reguladores. Se há uma emissão de uma norma, deixa-se a critério do preparador e do auditor a localização nos casos particulares. Se houver conflito, isso se torna mais uma demanda para o regulador, que cria um mecanismo para valorizar sua relevância devido à sua incapacidade de organizar as normas.

A entidade que emite as normas contábeis para serem endossadas pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, o FASB, alterou essa forma de trabalhar. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (FASB) facilitou a vida dos preparadores e outros usuários das normas ao mudar a classificação. Em vez de apenas numerar as normas pela ordem de emissão, o FASB separou os assuntos contábeis em grandes blocos e dentro deles há divisões padronizadas. Isso está explicado no livro "Teoria da Contabilidade", de Niyama e deste blogueiro.

Quando o FASB aprova uma norma que muda a definição de receitas e despesas, o texto dessa norma será alterado tanto no bloco que trata de receitas quanto no bloco que trata de despesas. Assim, só existirá uma definição de receita. Quando a mudança é no conceito de valor justo, isso irá alterar o bloco sobre mensuração.

Além dessa facilidade, os blocos receberam uma numeração que também facilita a vida do usuário das normas. Um item numerado como 116, por exemplo, é imediatamente identificado por um usuário, pois cada centena, dezena e unidade tem um significado. Isso naturalmente complica um pouco a vida do regulador, mas facilita a do usuário.

Há um risco aqui. Se no futuro for necessário criar um bloco adicional, a estrutura estará engessada. Mas certamente, até lá, o sistema do FASB já terá prestado um bom serviço ao usuário.

Uma pesquisa publicada recentemente no Journal of Accounting Research mostrou que este sistema realmente facilitou a vida dos preparadores e dos auditores. A influencia da codificação parece realmente ter ajudado estes dois usuários na localização das normas contábeis apropriadas para diferentes situações. 

Mas será que este sistema poderia ser adotado pelo Iasb? Eu vejo que há um grande problema: as normas internacionais emitidas pelo Iasb podem ou não serem adotadas por cada país. Criar um mecanismo como este poderia ser útil somente para os países que usam 100% das normas internacionais, o que não seria o caso do Brasil, por exemplo. Mas seria interessante uma análise mais profunda sobre o assunto. 

Did the FASB Codification Reduce the Complexity of Applying U.S. GAAP? - Oliver Binz, Robert Hills, Matthew Kubic - March 2023

Foto: Unsplash+

Rir é o melhor remédio

 


19 junho 2023

Efeito Beyonce

A passagem da cantora Beyonce pela Suécia, aonde começou a sua turnê mundial, pode ter afetado o índice de inflação do país. No mês de maio, a cantora fez shows em Estocolmo e também neste mês foi observado um aumento no preço dos hotéis e restaurantes. 


É bem verdade que isto é uma aumento transitório, que pode ser compensado pela taxa do mês de junho. E também estaria restrito ao setor de serviços. Veja que esta associação foi feita por um economista de um banco, mesmo quando a taxa reduziu em 10,5%, em abril, para 9,7%, em maio. 


Ratings e redução de assimetria

A classificação de rating tem valor para o mercado. Eis um resultado, usando dados históricos (tradução via Vivaldi):

Estudamos os efeitos das primeiras classificações de títulos corporativos. Em 1909, John Moody publicou um livro que dividia a maioria dos títulos de ferrovias listados em classificações por letras com base em suas avaliações do risco de crédito. Essas classificações não tinham implicações regulatórias e eram amplamente explicáveis usando informações disponíveis ao público. Apesar disso, descobrimos que os ratings mais baixos no mercado causaram um aumento nos retornos dos títulos no mercado secundário. Usando variáveis instrumentais, mostramos que os títulos que foram classificados sofreram um declínio substancial em seus spreads de compra e venda, o que é consistente com a redução das assimetrias de informação e a melhoria da liquidez. Nossas descobertas sugerem que as classificações podem melhorar a transmissão de informações, mesmo em ambientes com os mais altos riscos monetários, e destacam seu valor potencial para o funcionamento dos mercados financeiros.

Redução no número de doutores

Recebemos notícias recentes de uma provável crise referente a falta de profissionais contábeis em diversos países. Mas há outra crise na área de formação contábil: a falta de formação de doutores. Conforme o Journal of College, Teaching and Learning (via aqui), o número de doutorados e de doutores em contabilidade nos Estados Unidos continua em declínio. Ou seja, há um número menor de novos professores. O artigo é de 2007, mas parece que pouca coisa mudou.

Segundo o artigo isto seria reflexo de mudanças que foram menos alardeadas como mudanças de atitude em relação aos papéis de ensino, extensão e pesquisa e mudanças na medição e compensação de desempenho. 

No Brasil é possível observar algo próximo. Ainda não temos números precisos, mas depois de uma rápida expansão nos cursos de pós-graduação, os números dos candidatos que se inscrevem nos processos seletivos reduziu substancialmente. Talvez parte deste problema seja decorrente da pandemia, mas creio que não. Recentemente o tradicional curso da Unisinos fechou; ao mesmo tempo, há uma oferta predatória por parte de algumas instituições de ensino, com qualidade questionável. 

Marcas mais amadas de cada país

 As marcas mais amadas do mundo está aqui:

Você pode clicar na imagem para ver. O interessante é que são marcas locais. Você pode clicar na imagem para ver melhor. Aqui a fonte e alguma coisa sobre a metodologia. Quer saber qual marca foi considerada a mais amada do Brasil? Eis o detalhe da figura: 



Rir é o melhor remédio

 

A meta-análise de toda ciência indicou que ela não é significante. Fonte xkcd

18 junho 2023

Frase

Muitas pessoas perderam, mas a dessalinização foi uma grande história de sucesso tecnológica dos anos 2010. 

Fonte: aqui. Parece estranho, mas há uma empresa de Israel que é agora exportadora de água. 

Recorde


Um jovem de 21 anos, Max Park, bateu o recorde mundial de resolver o Cubo de Rubik: 3,13 segundos. O gráfico mostra que há vinte anos o tempo mais rápido era de 17 segundos. 

Parece brincadeirinha de criança, mas sugiro ler o artigo da Wikipedia, em língua portuguesa mesmo, para verificar que há um conjunto de estudo sobre a resolução do quebra-cabeça. 


Dez prédios bonitos e dez prédios feios

Warwick CastleHá um viés na pesquisa aqui, mas não deixa de ser interessante. BuildWorld selecionou alguns edifícios e analisou os tweets deles. A lista tinha mais de seis mil construções e a classificação levou em consideração as mensagens positivas e negativas. E somente nas mensagens em inglês. Inicialmente os prédios mais feios


O primeiro é o parlamento na Escócia, com uma rejeição de 42%. O prédio do FBI, em Washington, também é bastante odiado. Mas todas as construções estão na Inglaterra e Estados Unidos. 

Agora os prédios mais elogiados:

O castelo de Osaka, no Japão, com 97,5%. Depois, na ordem

2. Ely Catedral - Inglaterra

3. Rijksmuseum - Holanda

4. Lincoln Cathedral - Inglaterra

5. Cardiff Castle - Gales

6. Salisbury Cathedral - Inglaterra

7. Warwick Castle - Inglaterra

8. Neuschwanstein Castle - Alemanha

9. Absolute World - Canadá

10. La Sagrada Familia - Espanha (e isto parece desqualificar a lista, não?)


17 junho 2023

Receitas dos clubes da Premier League atingem recorde de £5,5 bilhões

Os clubes de futebol da Premier League, o campeonato inglês, alcançaram um marco histórico ao registrar uma receita de £5,5 bilhões, impulsionada pelo aumento nas receitas de jogos e patrocínios em toda a Europa, apesar da diminuição nas receitas de transmissão. Durante a temporada 2021/22, os clubes da Premier League apresentaram um crescimento de 12% na receita geral, um valor recorde. Segundo análises realizadas pelo grupo de negócios esportivos da Deloitte, os lucros operacionais (excluindo as negociações de jogadores) totalizaram £459 milhões no período, uma leve queda de £1 milhão em relação à temporada anterior.

No final de 2021/22, a dívida líquida dos clubes da Premier League diminuiu em 34%, chegando a £2,7 bilhões (em comparação com os £4,1 bilhões em 2020/2021), com a redução atribuída, em parte, às aquisições do Chelsea e do Newcastle United por novos proprietários.


O mercado europeu de futebol como um todo registrou um crescimento de 7%, totalizando €29,5 bilhões (£25,2 bilhões) em receitas na temporada 2021/22, impulsionado pelos ganhos recordes provenientes de partidas e acordos comerciais, após a suspensão das restrições impostas pela pandemia. Isto significa que a Premier responde por quase 20% desta receita.

Os clubes da Premier League relataram um aumento nos custos salariais totais pelo segundo ano consecutivo, alcançando £3,6 bilhões, um aumento de 6%. 

A receita proveniente das partidas da primeira divisão inglesa alcançou a marca de £763 milhões em 2021/22, um aumento de £732 milhões em relação à temporada anterior, que foi realizada sem torcida presente. Essa cifra também superou os valores pré-pandemia de £684 milhões registrados na temporada 2018/19, e a média de público nos jogos atingiu um nível histórico de 39.950 espectadores.

Adaptado daqui. Foto: Emilio Garcia

JP Morgan, Epstein e Ilhas Virgens

Recentemente nós postamos que o JP Morgan concordou em pagar uma indenização para vítimas do falecido pedófilo Jeffrey Epstein. É que a instituição bancária foi alertada das atividades inadequadas de Epstein e manteve Epstein como cliente durante vários anos. 

Mas parece que o JP Morgan não pretende pagar a fatura sozinho. Nas atividades de Epstein, o mesmo usou as Ilhas Virgens Americanas - USVI em inglês - para obter benefícios fiscais. Para isto, Epstein contou com a ajuda da elite política local e, em troca, pagou favores para alguns deles. Assim, o JP Morgan acusou o ex-governador e a ex-primeira-dama das USVI de aceitar uma doação na forma de mensalidades para o Skidmore College. 


A esposa do ex-governador, Cecile de Jongh (foto acima, com o criminoso), trabalhava como gerente de escritório de Epstein. Documentos revelaram um e-mail de agosto de 2011 em que Cecile de Jongh enviou uma fatura de mensalidade de US$ 25.000 para Skidmore. O JPMorgan alega que o pagamento da mensalidade aumentou a compensação geral de Cecile de Jongh em 2009 como gerente de escritório. O banco afirma que, em troca, ela concedeu a Epstein acesso à elite política das USVI e benefícios fiscais. 

E também mostraram que Cecile de Jongh ajudou Epstein a obter vistos de estudante para jovens mulheres.

Holmes alega não ter condições de pagar 250 dólares por mês

Os advogados de Elizabeth Holmes, ex-fundadora da empresa Theranos e responsável por uma das maiores fraudes recentes nos Estados Unidos, entraram com moções argumentando que ela não possui condições financeiras para pagar US$ 250 por mês aos seus credores quando for libertada da prisão. Esses pagamentos fazem parte de um acordo de restituição no valor de US$ 452 milhões, que ela deve pagar juntamente com seu ex-parceiro Ramesh "Sunny" Balwani. Os advogados de Holmes afirmaram que ela possui recursos financeiros limitados, pois está enfrentando dificuldades para ganhar a vida de forma honesta. Além disso, eles alegaram que o tribunal tratou Holmes e Balwani de maneira desigual na sentença.


Durante seu período na prisão, Holmes será obrigada a fazer pagamentos trimestrais de restituição no valor de US$ 25. Após sua libertação, ela foi ordenada a pagar às vítimas US$ 250 por mês ou 10% de seu salário, o que for maior.

O maior credor de Holmes é Rupert Murdoch, que investiu US$ 125 milhões. Em janeiro de 2022, Holmes foi considerada culpada de quatro acusações de fraude e conspiração, recebendo uma sentença de mais de 11 anos de prisão. Ela se entregou às autoridades no final de maio para iniciar o cumprimento de sua pena. Balwani também está cumprindo uma sentença de 13 anos de prisão desde abril, após ser condenado por 12 acusações de fraude e conspiração em julho do ano passado.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Amor enorme e mensurável. Dica aqui: o resultado será zero, já que log(1) = 0. 
 

16 junho 2023

Otimismo com o Brasil

 Um artigo na Bloomberg apresenta uma visão otimista do país. Eis o resumo do texto, segundo o ChatGPT:


O artigo discute a economia brasileira e argumenta que ela está melhor do que aparenta. Embora o país tenha enfrentado desafios econômicos recentemente, como a crise da pandemia e questões políticas, o autor destaca alguns indicadores positivos. O Brasil tem uma economia diversificada, com setores como agricultura, mineração e tecnologia impulsionando o crescimento. Além disso, o país possui uma grande população consumidora e um mercado interno robusto. O aumento do investimento estrangeiro também é mencionado como um sinal de confiança na economia brasileira. Embora existam desafios a serem superados, o artigo destaca que o Brasil possui fundamentos sólidos e um potencial de crescimento promissor.

Foto: Jaime Dantas

Será possível mensurar ESG?

A mensuração dos aspectos ambientais, sociais e de governança de uma empresa é uma preocupação válida. No entanto, a classificação ESG da Sustainalytics, uma ferramenta amplamente utilizada, atribuiu uma pontuação inferior à Tesla em comparação com a Philip Morris, o que é bastante estranho.

A Tesla é reconhecida como uma empresa que está contribuindo para resolver os problemas ambientais, promovendo a substituição dos carros movidos a petróleo por veículos elétricos. A Philip Morris é uma conhecida fabricante de cigarros, incluindo a marca Marlboro. Além disso, a British American Tobacco recebeu uma pontuação ainda mais alta da Bolsa de Londres.


É curioso observar que as empresas de tabaco estão adotando uma política de progressismo corporativo, com foco na diversidade em seus conselhos e iniciativas de justiça social, o que provavelmente contribui para suas pontuações elevadas. No entanto, não podemos ignorar os impactos negativos à saúde causados pelo tabaco.

A Tesla, composta na sua estrutura administrativa principalmente por homens brancos, não seguiu a mesma tendência e sua pontuação reflete isso. Essas pontuações mais baixas podem ser usadas como justificativa para a não realização de investimento por parte dos fundos na empresa.

Essa situação absurda demonstra como os critérios de pontuação ESG podem não ter uma conexão racional com os negócios reais das empresas, levantando dúvidas sobre a objetividade dessas métricas.

Baseado aqui e aqui

Lugares mais felizes do mundo

Eis um ranking surpreendente e muito útil: as atrações turísticas mais felizes do mundo. Não são as atrações mais famosas ou aquelas mais elogiadas. Se você chega a um lugar e pensa "é só isso?" provavelmente a atração não é tão interessante assim. Tipo o quadro da Mona Lisa (não conheço, risos aqui) ou a igreja de Barcelona (conheço, "é só isso?") ou a Torre de Belém (idem, idem). 

Uma análise facial tentou descobrir se os turistas ficam felizes em alguns pontos turísticos do mundo. Foi usada as fotografias tiradas neste pontos e analisadas. Foram mais de 100 países, com diferentes atrações. 

O resultado mostrou que as pessoas não ficam radiante em templos religiosos - o que parece razoável - nem em museus. E no mundo a atração mais feliz é ...


Um parque ecológico localizado em Honduras chamado Manawakie Eco Nature Park. Na análise, 76% das fotos tinham a marca da felicidade. E mais uma surpresa: 14 dos 20 lugares mais felizes do mundo estão na América Latina. 

No Brasil, o lugar mais "feliz" é o Jardim Botânico, com 66,7%. Veja que o castelo da cidade de Edimburgo tem um percentual de 41,6%. 

(Clique na imagem para ver melhor)



Como Javice enganou o poderoso JP Morgan


Com 31 anos, Charlie Javice (foto) cometeu uma fraude contra o poderoso JPMorgan Chase. É uma história bem interessante. Javice criou um aplicativo chamado Frank, que ajudava estudantes a lidar com auxílio financeiro para a faculdade. O banco decidiu comprar a empresa por US$ 175 milhões. Javice afirmava que o aplicativo tinha mais de 4 milhões de clientes, mas na verdade tinha cerca de 300.000, de acordo com a acusação.

Em setembro de 2021, Javice vendeu o Frank para o JPMorgan Chase e também se tornou chefe de soluções estudantis do banco. Porém, em janeiro de 2022, o banco percebeu que algo estava errado e ela foi demitida no final do ano.

Uma das trapaças de Javice foi contratar um professor de ciência de dados por US$ 18.000 para criar uma lista falsa de clientes. Atualmente, ela está em liberdade sob fiança e está sendo acusada de fraude de valores mobiliários, fraude eletrônica, fraude bancária e conspiração.