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Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Malcolm Gladwell. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
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15 outubro 2025

Ainda blogando (e sonhando) depois de trinta mil

Queridos amigos e leitores, esta nova publicação vem com um entusiasmo especial: em quase vinte anos de blog, chegamos à postagem 30.000. Não tem como alcançar este número sem voltar ao passado e revisitar a estrada.

Ao pensar neste marco, algumas postagens se destacam.  Dois milhões”, sobre o marco de dois milhões de acessos, conta um pouco do início do blog, em 2006, e quando dois alunos entusiasmadíssimos,  o Pedro e a Isabel, foram convidados a participar. Quando a Isabel recebeu o convite, pulou de alegria, literalmente. Ela sentiu que fazer parte de uma equipe com pessoas tão inteligentes e criativas seria um ponto marcante em sua trajetória. O Pedro precisou se afastar para focar outras questões, mas a memória e o lugar permanecem.

A continuação daquela postagem é a intitulada “Fazer (e continuar) um blog é um ato de amor”, quando chegamos a três milhões de acessos. Algumas vezes acontecem coisas em nossas vidas e não sabemos se serão ou não grandiosas. Eu sempre senti que o blog seria importante pra mim, mas nunca imaginei que esses débitos e créditos da vida real seriam a ocupação mais estável, o interesse mais genuíno.

Na postagem “blogs acadêmicos morreram?” o professor César, ao falar sobre a motivação para blogar, destaca uma citação: “um [blog é] cérebro externo que dá sua “direção e recompensa de pastoreio de conhecimento”, permitindo que ele arquive as coisas que despertam sua curiosidade enquanto vagueia pela Internet.” E acrescenta que estar aqui ajuda a aperfeiçoar possíveis explicações em sala de aula, além de ser parte do processo de publicar e pesquisar, já que muitas ideias surgem exatamente quando se escreve. (Leia também: Por que os professores de contabilidade não blogam?)

Quanto à Isabel, escrever sempre foi o seu jeito de entender o mundo e por aqui ela aprendeu a transferir isso para outras partes da vida, em um mundo cheio de referências, ideias e variedade. Foi por aqui que ela se organizou e deixou grande parte do mestrado. E espera também, em breve, fazer uma simbiose com o doutorado. Porém os amigos que fizemos por aqui são, sem dúvida, a parte mais doce da recompensa.

Aqui é possível descobrir lados curiosos da contabilidade, que a vida profissional cotidiana não chega nem perto. Aqui também é possível aprender a olhar reportagens com um senso crítico diferente, acompanhando os textos com referências, provocações, críticas e observações. Aqui percebemos que dá pra misturar bem jornalismo e contabilidade. E entendemos que dá pra gostar de normas e de narrativas ao mesmo tempo. Foi seguindo dicas do blog que alguns se aventuraram por Mr. Robot, Breaking Bad, Malcolm Gladwell, Daniel Kahneman e tantas outras vozes que nos moldaram. Tanta coisa aconteceu por causa do blog...

Escrever é uma atividade tão viva, que começamos este texto com o propósito de refletir novamente sobre o porquê de blogar, mas a emoção nos levou por veredas imprevisíveis e chegamos aqui. Esse é, inclusive, um dos motivos de gostarmos tanto de ler o que é aqui publicado: os nossos “eus líricos”, perceber quando as nossas personalidades pulam das páginas. Como leitores, sentimos que blogs nos trazem o privilégio de espiar dentro da cabeça de mentes que admiramos.

Li em algum lugar, provavelmente aqui, que um blog é uma conversa que nunca termina. Enquanto houver algo que nos intrigue, uma história, uma dúvida, uma curiosidade, uma vontade de ensinar, continuaremos parando os nossos dias por outras 30 mil vezes para aparecer por aqui. E se você está por aqui lendo, é porque de alguma forma essa conversa é sua também.

E chegamos ao dia de hoje com a necessidade de reforçar o vínculo com o leitor. No tempo de IA, quando ficou muito prático fazer uma pergunta para o app no celular e obter uma resposta, ainda insistimos em entregar um conteúdo diverso, com comentários pessoais, e ligações do que ocorre no mundo com os débitos e créditos. Ainda queremos fazer planos e sonhos, como já fizemos nesses dezenove anos de postagens, que incluíam ter uma maior participação no Instagram, convidar outros amigos para ajudar na postagem, fazer um livro de piadas de contabilidade, um canal no youtube, repostagens do Rir é o Melhor Remédio no Instagram, entre outros tantos. Sim, não fizemos nada disso, mas sonhos não envelhecem. O fato de estarmos aqui, na trigésima milésima postagem, é prova que queremos mais.

Não procure uma razão racional para isso. O que gastamos de tempo e dinheiro – o blog tem despesa de hospedagem e outras – compensa, pois cada postagem contribui para que possamos atender a um apelo, que uma vez li em um livro, de caminhar na beleza.

Aqui estamos, escrevendo esta trigésima milésima postagem, a quatro mãos. E estaremos, quem sabe, escrevendo muitas outras.

Agradecemos imensamente a companhia.

13 julho 2022

Viés da Confirmação



Um aspecto bom das finanças comportamentais é que vários dos seus conceitos são explicativos. O viés da confirmação é um deles. Como o nome diz, o viés refere-se a tendência a considerarmos a informação que confirma algo que acreditamos anteriormente. Isto inclui interpretar de maneira tendenciosa algo vago, desde que apoie àquilo que consideramos como correto. 


A figura a seguir resume o viés. Eu tenho uma crença prévia, que pode ser sobre religião, saúde, finanças ou qualquer outro assunto. Aparece uma informação sobre o tema. Se esta informação confirmar minha crença prévia, eu valorizo esta informação (é a nota dez da figura, na parte de cima). Se a informação não confirma ou contradiz o que acredito, eu coloco dúvidas na informação ou desconsidero. Isto é feito, em muitas situações, de forma sutil, sem que o processo da confirmação seja fruto de algo racional e claro. 


Outra forma de entender o viés da confirmação está na próxima figura. Quando os fatos encontram com sua crença sobre um determinado assunto, temos a tendência a superestimar tais fatos. Quando isto não ocorre, subestimamos a relevância dos fatos, por não satisfazer nossas crenças. 


 

Ao contrário do que podemos pensar, nossas opiniões não são resultantes de anos de análise racional e objetiva (1). Mas sim resultado de anos em que você voltou sua atenção para as informações que confirmavam aquilo que você acreditava, enquanto deixava de lado todas as coisas que desafiavam suas noções previamente definidas. 

***

Um experimento interessante foi realizado para mostrar como o viés da confirmação atua (2). Um grupo de pessoas assistiu um vídeo de uma garota respondendo a um teste. As pessoas também assistiram esta garota na aula. Após isto, as pessoas são convidadas a dar uma nota para o provável desempenho da menina em ciências, artes e matemática. O resultado obtido será necessário para fazer a comparação com as notas que foram dadas no segundo experimento. 


Novamente, as pessoas são convidadas a assistir um vídeo. Desta vez, para metade das pessoas, a garota está brincando em um bairro de classe alta; para outra metade, a garota está brincando em um bairro de classe baixa. As pessoas não assistem mais nada, mas são convidadas a dar uma nota para o que seria o desempenho da garota em ciências, artes e matemática. A menina é a mesma do primeiro experimento e a mudança que ocorreu é que o vídeo dela em sala de aula foi trocado por um vídeo brincando. As pessoas que assistiram o vídeo da garota brincando em um bairro de classe alta atribuíram uma nota mais alta em ciências, artes e matemática do que o primeiro experimento. Mas o grupo de pessoas que viu a garota brincando no bairro de classe baixa achava que seu desempenho seria pior do que aquele obtido no primeiro experimento e, naturalmente, bem pior quando a garota estava brincando no bairro de classe alta. 


Os pesquisadores prosseguiram com o experimento, agora juntando o primeiro experimento com o segundo. Para um grupo, foi mostrado um vídeo da garota brincando em um bairro de classe alta; depois, a menina responde a um teste e em sala de aula e finalmente atribuem uma nota para seu provável desempenho. A outra metade das pessoas fazem a mesma tarefa, só que a garota aparece brincando em um bairro de classe baixa. O desempenho termina sendo influenciado pelo primeiro vídeo. 


Há diversas pesquisas similares a esta. Em uma delas é solicitado a executivos expressar sua opinião sobre a aquisição de uma empresa (3). O pagamento é baseado no desempenho e informa aos participantes da pesquisa que seria possível acessar páginas da internet com detalhes da transação. Em algumas páginas, o artigo é claramente favorável; em outras páginas, o texto é contrário à transação. Depois de visitar as páginas, o executivo deve tomar a decisão, se favorável ou não ao processo de aquisição. O experimento registra a navegação do executivo, indicando as páginas visitadas e o tempo em cada uma delas. O resultado do experimento mostrou que o tempo usado por cada executivo era maior para olhar as páginas com uma posição favorável.  


Talvez o estudo mais conhecido seja um sobre pena de morte, publicado em 1979 (4). Neste estudo, as pessoas foram previamente separadas em dois grupos, em relação a sua posição sobre a pena de morte para os criminosos: favoráveis e contrários. Após esta separação, foram entregues artigos com argumentos dos dois lados, pró e contra. Depois da leitura, foi investigado a posição das pessoas sobre o assunto. Os pesquisadores notaram que aqueles que apoiavam a pena de morte, aumentaram seu índice de apoio; os que eram contrário, também aumentaram sua posição. Em outras palavras, as novas informações, com bons argumentos de ambos os lados, serviram para aumentar o radicalismo de cada grupo. Os argumentos que apoiavam a crença prévia eram valorizados; os argumentos no sentido oposto, eram minimizados. Examente o nosso conceito de viés da confirmação. 

***

O viés da confirmação é algo muito prático. O ciúme usualmente envolve situações com viés da confirmação. Imagine um casal, em que uma das partes começa a considerar a possibilidade de estar sendo traído. O sentimento não é comunicado, mas a cada gesto ou ação da outra parte é interpretada como uma confirmação de que realmente há uma traição na relação. 


Durante minha pesquisa sobre o viés da confirmação encontrei a seguinte frase do escritor francês Marcel Proust:  


 "É surpreendente como o ciúme, que passa seu tempo inventando tantas suposições mesquinhas mas falsas, carece de imaginação quando se trata de descobrir a verdade“ 


O amante ciumente teria uma atitude típica do viés de confirmação. O que Proust chamou de “inventar suposições” é a mesma atitude de valorizar o que seria um sinal claro de traição, esquecendo os sinais que não confirmam esta situação. 


A confirmação também está presente nas mídias sociais dos dias atuais. Participo de um grupo de muitas pessoas, que gostam de discutir política. Alguns são defensores do atual presidente; outros, contrários. Para os defensores, somente os argumentos favoráveis são importantes; para os opositores, os erros e problemas do atual governo são tão grandes que nenhum fato positivo deve ser considerado. 


O viés da confirmação está tão presente nos dias atuais que é possível prever a posição política de uma pessoa a partir de alguns poucos parâmetros (5). Provavelmente você gosta de um comentarista não pelas palavras que saem de sua boca, mas por que ele confirma suas crenças. 


Você decide comprar um livro sobre investimento no mercado acionário. Se você acredita que investir em ações é uma opção inteligente, sua escolha será no sentido de livros favoráveis ao mercado acionário. Mas se você acredita que o mercado é composto por um grande número de espertalhões, talvez você adquira um livro que fale dos escândalos que ocorrem no mercado.  Uma pesquisa mostrou que a compra de livros na Amazon em 2008, durante as eleições, mostrou que os que apoiaram Obama escolhiam livros que enfatizavam o lado positivo do presidente. Os que eram contrários, compravam livros críticos ao então futuro presidente (6).


***

Em geral lemos mais os artigos e livros que estão alinhados com nossa opinião. O viés da confirmação também ocorre quando começamos a prestar atenção em algo anterior, como uma decisão de compra ou uma música que escutamos. Se você decide comprar um celular novo, começa a ficar atento no que as pessoas dizem sobre aparelhos de telefone. Se ouvir uma música de manhã, uma referência no local de trabalho à música parecerá uma coincidência. 


Da mesma forma, o viés da confirmação parecerá preocupante quando você for fazer uma consulta a um médico, este pedir um exame e, ao olhar o laudo, informar que o resultado era aquilo que ele esperava. O viés da confirmação ajuda a explicar o racismo, o sexismo, as razões das pessoas jogarem e muitas situações práticas. 


Malcolm Gladwell escreveu um livro que mostra o viés da confirmação sob uma outra visão. Em Blink, Gladwell ressalta o poder da primeira impressão e como o sentimento que algumas pessoas possuem em acertar o caráter de uma pessoa em alguns poucos segundos. No livro, o autor destaca a relevância dos primeiros instantes de uma entrevista de emprego no seu resultado final. As informações posteriores, coletadas ao longo de toda a entrevista, teriam o carater confirmatório. Caso estas informações sejam contrárias à primeira impressão, as mesmas são descartadas ou reduzidas a uma menor importância. O livro de Gladwell fez muito sucesso e chamou a atenção para o viés da confirmação. 


***

Na área financeira, o viés da confirmação está presente em investimentos errados, mas que continuam sendo conduzidos. Neste caso, a gestão descarta as notícias ruins e enfatiza as notícias boas, para justificar a continuidade de um projeto. 


O problema do viés da confirmação também ocorre quando uma empresa decide adquirir um concorrente. O grande número de informações é filtrado de maneira seletiva. As que reforçam a decisão inicial de aquisição são enfatizadas. 


Este exemplo do parágrafo anterior é interessante por mostrar que “mais informação” não resolve o problema do viés da confirmação. Há alguns anos o site Edge fez uma pergunta para diversas pessoas sobre um conceito considerado importante. Uma resposta me chamou a atenção. O músico Brian Eno comentou o seguinte:

 

A grande promessa da Internet era que mais informações produziriam automaticamente melhores decisões. O grande desapontamento é que mais informações de fato rendem mais possibilidades de confirmar o que você já  acreditava de qualquer forma. 


Assim, não adianta ter mais informação. O problema do viés da confirmação é como usamos as informações disponíveis. A melhor maneira de evitar o problema é olhar o “outro lado” de forma criteriosa, sem descartar os argumentos e os dados. As evidências devem ser ponderadas honestamente. E sempre que possível, fazer o exercício de olhar as informações que contradizem nossa crença. 


Há um exercício interessante chamado Teste Ideológico de Turing. O teste de Turing foi criado há tempos para verificar se um computador ou um software consegue aproximar-se do raciocínio humano. Este é um teste similar, onde a ideia é olhar o lado oposto. Depois disto, solicita-se escrever um ensaio apresentando os argumentos que contradizem sua posição. Juízes neutros julgam se o texto expressa corretamente o lado oposto. Um exemplo: se tenho uma posição política de ser contrário ao presidente, tenho que construir um ensaio onde faço defesa dele, com argumentos favoráveis aos seus posicionamentos. O texto deve expressar os principais pontos que um defensor do presidente usaria. Somente após o teste ideológico de Turing é que seria possível você assumir uma posição - contra ou favor do presidente, por exemplo - sem ter um viés. 


Eu posso usar um similar quando pensar no time de futebol adversário que não gosto, na defesa de um investimento que é contrário ao meu perfil, nos argumentos favoráveis a uma política pública que condeno, entre outras situações. Procure fazer uma redação com os pontos de defesa da posição contrária a minha. Para isto será necessário mais informação e você irá valorizar substancialmente a informação que contradiz sua crença. 


****


1 - McRaney, David. Você não é tão esperto quanto pensa. São Paulo: Leya, 2013, capítulo 3. 

2 - Da pesquisa de John Darley e Paget Gross citado em Just, David. Introduction to Behavioral Economics, Wiley, 2014. 

3 - Vicki Bogan e David Just, também citado por Just, David, p. 97.

4 - A pesquisa foi conduzida por Leeper et al. Citada, por exemplo, em Montier, James. Behavioural Investing, 2007. 

5 - Uma pesquisa mostrou ser possível prever que uma pessoa apoiava o secretário de Estado dos Estados Unidos a partir de três pontos: se eram republicanos, se gostavam do exército e se gostavam de grupos de direitos humanos. Com estas três variáveis era possível prever, em 84% das vezes, o apoio ou não ao secretário de estado. A pesquisa é de Westen et al (2004) e foi citada por Angner, Erik. A Course in Behavioral Economics. Palgrave, 2012.

 

19 janeiro 2020

Falando com Estranhos

O novo livro de Malcolm Gladwell tem muito de Malcolm Gladwell: usando uma “teoria”, Gladwell escolhe alguns “casos” e conta de forma agradável, justificando sua “teoria”. Depois de Outliers, Ponto da Virada, Davi e Golias, Blink e o conjunto de artigos publicados em O que se passa na cabeça dos cachorros, Gladwell publica agora Falando com Estranhos. A ideia central é que os seres humanos não sabem julgar as pessoas. Não sabemos falar com as pessoas desconhecidas e isto causa mal entendidos.

Para a contabilidade, dois aspectos interessantes que Gladwell aborda no novo livro. O primeiro é a história de Madoff, um especialista em fundos de investimento que enganou muitos investidores. Gladwell centra a atenção naquele que ele não conseguiu enganar: Harry Markopolos que descobriu que Madoff era uma enganação e sua estratégia de investimento era uma pirâmide. O exemplo é usado pelo autor para destacar que o ser humano tem um pressuposto no julgamento dos desconhecidos: que eles falam a verdade. Assim, Hitler foi verdadeiro quando disse para Chamberlain que não iria fazer a guerra; e Madoff também foi verdadeiro quando disse em uma entrevista que não tinha fraude no seu fundo. Bons casos para destacar sua teoria.

O segundo aspecto interessante para a contabilidade é a parte Transparência. Aqui Gladwell usa Friends, Amanda Knox e um caso de estupro em uma festa universitária. Seu ponto de vista é que muitas informações pode ser sinal de decisões ruins. Isto é contrário ao que a contabilidade pensa e nós exigimos da regulação. Gladwell enfatiza o caso dos juízes que devem decidir quanto um acusado deve pagar de fiança para não ir preso. Os juízes insistem em “olhar nos olhos” dos acusados, antes da decisão. E tudo parece indicar que a transparência das expressão dos atores de Friends é válida para uma série de TV, não para a vida real. Na vida real, a expressão dos acusados pode ser enganosa e levar às decisões ruins. Mais informação é igual a decisão ruim.

Vale a Pena? Gladwell é polêmico nas suas ideias e simplifica demais algumas coisas. Mas é inegável que é um excelente contador de história. Não é o melhor livro dele (ficaria entre Outliers e Blink), mas é um livro fácil de ler.

16 dezembro 2014

Malcom Gladwell acusado de plágio



writer for the New Yorker for almost two decades, Malcolm Gladwell has made a name for himself peddling social theories that attempt to explain our world in simple-to-understand and incorrect ways. Has your boss ever sat you down to explain who in the office is a Connector or a Maven? Have you heard Macklemore rap about the “10,000 hour rule,” which professes that you can become an expert at something by logging that much practice? You can thank Malcolm Gladwell.

Plenty of criticism has been written about Gladwell’s theories, usually along the lines of Gladwell being guilty of “pseudo-profundity.” The 10,000 hour rule in 2008’s Outliers? Bunk. The idea in David and Goliath that maybe you should wish dyslexia on your child for a competitive edge? Zero proof. Virtually every one of Gladwell’s ridiculously popular books has been met with criticism for playing fast and loose with the facts and using anecdotes as evidence of some larger truth. Other criticisms have drilled down extensively on Gladwell’s professional origins as a unabashedly corporate-friendly journalist who has defended everything from tobacco companies to performance-enhancing drugs.

But few have questioned the originality of Gladwell’s work in The New Yorker. After reviewing a very small sample of his articles from the last few years, we’ve found a few that lifted quotes and other material without attribution. One column in particular appears to have lifted all of its material on a historic civil rights protest from one book written 40 years earlier.

We wondered how Gladwell, with a less than stellar reputation for accuracy, managed to operate at the New Yorker. As it turned out, he usually didn’t – at least not physically. A 2008 New York profile described Gladwell’s work arrangement:

A couple of miles north in Times Square are Gladwell’s editors at The New Yorker, who don’t see him in the office very often—owing to his self-professed “aversion to midtown”—but who grant him a license to write about whatever he chooses and accommodate him with couriers to pick up his fact-checking materials, lest he be forced to overcome that aversion.

These couriers must have been stuck in traffic a year earlier when Gladwell wrote an article incorrectly claiming that the authors of “The Bell Curve” had called for Americans with low I.Q.s to be “sequestered in a ‘high-tech’ version of an Indian reservation.” The New Yorker was forced to append the article with a correction: “In fact, [the authors] deplored the prospect of such ‘custodialism’ and recommended that steps be taken to avert it.” How had it happened? As Remnick told Upstart, “Malcolm thought he was sure of what it said, and we went with it, and we were wrong, and we corrected it.” But nonetheless, he claimed, “Malcolm doesn’t have a quote-unquote problem with the checking department.”

Remnick might want to revisit with his fact checkers about that. The articles excerpted below were all published in the last four years.


Continua aqui

23 novembro 2014

Listas: Os livros mais influentes dos últimos anos

2004: The Paradox of Choice - Barry Schwartz

2005: A Whole New Mind: Why Right-Brainers Will Rule the Future - Daniel Pink

2006: Mindset: The New Psychology of Success - Carol Dweck

2007: The No Asshole Rule: Building a Civilized Workplace and Surviving One That Isn’t - Robert Sutton

2008: Outliers: The Story of Success - Malcolm Gladwell

2009: The Talent Code: Greatness Isn’t Born. It’s Grown. Here’s How. - Daniel Coyle

2010: Switch: How to Change Things When Change Is Hard - Chip e Dan Heath

2011: Thinking, Fast and Slow - Daniel Kahneman

2012: Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking - Susan Cain

2013: Lean In: Women, Work, and the Will to Lead - Sheryl Sandberg

2014: A Path Appears: Transforming Lives, Creating Opportunity - Nicholas Kristof e Sheryl WuDunn

Fonte: Aqui

12 abril 2014

Teste da semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade durante a semana:

1. Em um estudo sobre o local de realização das assembleias de acionistas, Li e Yerkman perceberam que quanto mais longe da sede fosse o local marcado para o evento, piores eram os resultados analisados. Isso é um exemplo de:
Evidenciação negativa, ligada à teoria elaborada por Zimmerman
Evidenciação Ops!
Evidenciação Lie To Me
Evidenciação evasiva-criativa

2 O índice Big Mac é um grande conhecido aqui no blog. Nesta semana apresentamos outro índice relacionado ao preço de roupas. Que índice foi esse?
Forever 21
Zara
C&A
Dolce & Gabanna

3 Na postagem sobre a história da contabilidade fomos apresentados a um jogador de futebol que, aos 20 anos, pretendia terminar o curso de contabilidade. Quem foi ele? Uma dica: isso ocorreu na época da Copa do Mundo de 1978.
Paolo Rossi, o carrasco que desclassificou o Brasil
Mário Kempes, jogador da Argentina eleito chuteira de ouro da Copa de 78
Dominique Rocheteau, um dos maiores artilheiros da história do Paris SG
Antonio Cabrini, eleito melhor jogador jovem da Copa de 78

4 O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) comparou 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verificou se o que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade. O Brasil ficou pela quinta vez na pior posição. Quais Estados Soberanos ficaram nas primeiras posições?
Estados Unidos, Austrália, Coréia do Sul
Reino Unido, Japão, Alemanha
Estados Unidos, França, Itália
Reino Unido, França, Alemanha

5 Com base no gráfico que apresentou o Índice de Progresso Social foi possível perceber que o país com o pior desempenho foi:
Coréia do Norte
Chad
Brasil
Rússia

6 O livro resenhado esta semana se referia que autor frequentemente citado no blog?
Malcolm Gladwell
Dan Ariely
Daniel Pink
Thomas Friedman

7 Qual será o forma estimada como campeã de gastos com propaganda até 2016?
Revistas e jornais, somados os impressos e os virtuais
Internet móvel e televisão
Rádio e cinema
Mídias sociais

8) Quais empresas geraram a Strategy&?
PwC e Booz & Co
Deloitte e YMCA
Disney e DreamWorks
DreamWorks e Comcast





Respostas: 1) Ops; 2) Zara; 3) Rossi; 4)EUA, Austrália, Coréia do Sul; 5) Chad; 6) Gladwell; 7)Internet móvel e televisão; 8) PwC e Booz

Se acertou 7 = Excelente; 6 = Pode melhorar; 5 e 4 = Médio; Menos que 4 = Poxa, apareça mais por aqui!

09 abril 2014

Resenha: Davi e Golias

Malcolm Gladwell é um conhecido autor de divulgação cientifica. Ele escreveu Fora de Série, O Ponto da Virada, Blink, entre outros sucessos. Seus livros ocupam a lista dos mais vendidos em diversos países. Em geral Gladwell toma um assunto e conta casos da vida real para comprovar seu ponto de vista, além de apresentar pesquisas científicas sobre o assunto.

Davi e Golias segue a mesma receita dos livros anteriores. Neste livro Gladwell explora a luta entre o lado mais fraco e o lado mais forte. Segundo o autor, em situações de guerra entre países, o exército mais forte geralmente derrota o mais fraco. As exceções na história ocorreram quando o lado mais fraco não utilizou a estratégia convencional. Este é o mantra de Gladwell para esta obra: se for enfrentar um “gigante” não utilize a forma tradicional de luta. No caso dos países em confronto, quando o lado mais fraco usou a criatividade para combater o inimigo, o percentual de sucesso aumentou. O autor usa a história de Davi, que mesmo sendo mais fraco, não enfrentou Golias com as armas que o gigante estava acostumado a usar, mas escolheu uma pedra e uma funda para derrotá-lo. Davi sabia que sua vantagem era a flexibilidade e a rapidez.

Ao longo dos capítulos, o autor conta histórias da luta contra o câncer, o crime numa cidade grande, o bombardeio alemão, a perseguição aos judeus, os brancos da Klu Klux Kan e as equipes de basquetebol. A ideia é sempre a mesma: adote uma abordagem pouco usual para aumentar suas chances com o Golias.

Vale a Pena? A leitura do livro é agradável, como sempre. Mas Gladwell parece forçar um pouco em alguns casos. Na metade do livro o leitor talvez fique sem entender como aquele caso enquadra na obra. Não é o melhor dele, mas certamente é um bom livro.


GLADWELL, Malcolm. Davi e Golias. Sextante, 2014.

Se decidir comprar o produto, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
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Evidenciação – A obra foi adquirida com recursos do autor da resenha.

26 março 2013

Efeito Mateus

O termo “efeito Mateus” foi criado pelo sociólogo Merton na década de sessenta. A inspiração está numa história da bíblia (existente no Evangelho de Mateus - foto), contada por Jesus, onde o senhor deu a três empregados 5, 2 e 1 talento. O que recebeu mais conseguiu duplicar o dinheiro; aquele que recebeu 2 talentos também dobrou a quantia; mas aquele que recebeu 1 talento escondeu seu dinheiro embaixo da terra, com medo de roubarem. Ao pedir conta do dinheiro, o senhor repreende o servo que recebeu 1 talento, dizendo que ele foi mau e preguiçoso: “tirai este talento e daí ao que tem dez. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter”.

Merton usou esta parábola para caracterizar as situações onde pequenas diferenças iniciais são ampliadas no tempo. Malcolm Gladwell, no livro Outliers, conta o caso dos meninos que são selecionados para compor um time de futebol. Em geral esta seleção é feita por idade. Assim, os garotos de oito anos serão selecionados para formar um grupo de jogadores com esta idade. O problema é que o menino que nasceu em janeiro tem uma vantagem sobre o garoto que nasceu em dezembro de quase um ano. Esta pequena vantagem inicial faz com que a criança que nasceu em janeiro seja considerada como mais apta ao esporte que seu colega que tem dezembro como data de nascimento. Assim, os garotos que nasceram no início do ano acabam prevalecendo sobre os demais. Isto caracteriza o efeito Mateus.

Três pesquisadores tentaram verificar a existência do efeito Mateus na área acadêmica. Pierre Azoulay, Yanbo Wang e Toby Stuart usaram artigos científicos para verificar se os pesquisadores, e seus artigos, que foram premiados com o Howard Hughes Medical Investigator sofriam a influencia da fama. A resposta foi afirmativa. E o efeito Mateus é significante quando existe uma incerteza sobre a qualidade do artigo. Isto ocorre, por exemplo, quando estou na dúvida se um artigo é bom, mas diante de um nome conhecido, decido ler.

Apesar disto, os autores fazem um alerta: o efeito Mateus é superestimado na literatura. Isto justifica o título do artigo: efeito ou fábula?

Fonte: Azoulay, Pierre; Wang, Yanbo; Stuart, Toby. Matthew: Effect or Fable? Working paper, dez 2012,

03 março 2012

Momento Fora de Série 2

Malcolm Gladwell havia sido citado em um episódio de New Girl, como comentamos aqui.

Agora o nosso querido autor é relembrado em nada menos que um capítulo de Os Simpsons, um desenho norte-americano que imagino ser conhecido por todos...

No 11º episódio da 23ª temporada da série, Lisa cria uma rede social, a "SpringFace", pela falta de amigos na vida real. Por causa disso ocorrem alguns desastres na cidade (notem que estou tentando ao máximo evitar spoilers) e há um julgamento no qual Lisa comenta como era bom ter amigos e ser admirada.

Assim:





Quer símbolo maior de popularidade que esse? Ser motivo de sátira desse programa equivale a ganhar um prêmio de popularidade mundial.

Leia mais sobre Gladwell aqui.

20 fevereiro 2012

Freakonomics, Fora de Série, O Homem que Mudou o Jogo

Para quem não gosta de carnaval o/ uma boa opção nesse feriadão... aliás, uma ÓTIMA atividade nesse feriadão é: colocar a leitura em dia.

Algumas dicas - livros de negócios mais vendidos segundo o The New York Times:
Malcolm Gladwell: Fora de Série (1º da lista) e O Ponto da Virada (4º);

Michael Lewis: Moneyball (2º) e Big Short- a jogada do século - os bastidores do colapso financeiro de 2008 (5º);

Suze Orman: The Money Class (3º);

Steven D. Levitt and Stephen J. Dubner: XXXX (4º) Nem vou escrever o nome do livro. Ele está sempre presente na lista de mais vendidos do The New York Times... Se você ainda não leu, essa é a hora!

Cliff Michaels: 4 Essentials of Entrepreneur Thinking (7º);

Daniel H. Pink: Motivação 3.0 (8º);

Atul Gawande: The Checklist Manifesto (9º);

Clark Howard: Clark Howard’s Living Large in Lean Times (10º).

E para quem não quer ler, ou quer um "a mais", deixo ainda outra dica: Moneyball virou película – e concorre a Oscar de melhor filme. O Homem que Mudou o Jogo está em cartaz nas principais salas de cinema do Brasil.


- Quando os números não fecham, você precisa mudar o jogo. -

17 fevereiro 2012

Momento Fora de Série

New Girl é uma série norte-americana que estreou em 2011 na Fox. De forma MUITO resumida, o show se desenrola em torno de uma garota esquisita (e ótima!) e seus amigos tentando ajudá-la a se adequar.

- O primeiro episódio é excelente! Amo as referências à trilogia ”Senhor dos Anéis”. -

No último episódio (Episódio 13, temporada 1), Schmidt tenta explicar a Jesse algumas regras sobre relacionamentos sem envolvimento emocional. Uma parte do diálogo bem peculiar:

“Sei do que estou falando. Tenho as minhas 10 mil horas. Fora de Série? Você deveria ler! Malcolm Gladwell, um dos meus favoritos”.

Ele cita ainda alguns outros livros sérios, com um mix de absurdos para dar o tom engreçado da série. Mas que foi interessante ouvir o nome de Gladwell meio a essa série – nossa, como foi!

Não o conhece? Já falamos antes no blog: aqui, aqui e aqui. Corre lá! ^.^

23 junho 2011

Ser terceiro é melhor


Falando no Festival Cannes Lions, Malcolm Gladwell comentou uma mensagem simples, mas poderosa: ser terceiro (ou segundo) é melhor (e mais rentável) do que estar em primeiro lugar.

Usando a batalha de 1982 com Israel e Síria, Gladwell apontou a razão Israel ganhou (abateu 87 aviões sírios perdendo apenas 3 soldados): porque eles usaram as invenções dos outros. Ou seja, a Rússia e os Estados Unidos.

No exemplo de Gladwell a Rússia, tradicionalmente muito centralizadora, é excelente para o desenvolvimento de estratégia militar. Os Estados Unidos, com suas forças armadas descentralizadas e acesso a um setor privado é excelente em criar dispositivos intrincados e eficaz da guerra. Israel, pequeno e pobre, é excelente na implementação das estratégias e desenvolvimentos de outros para o seu sucesso.


Afastando-se do tema da guerra e com exemplos de empresas, Gladwell lembrou à platéia que Steve Jobs não inventou o computador pessoal, nem a sua interface gráfica do usuário. A Xerox, numa operação bem financiada com legiões de engenheiros e técnicos e com a cultura de inovação, inventou o que Jobs finalmente se transformou em um dispositivo acessível aos consumidores poderia compreender, usar e pagar.



Fonte: aqui

31 março 2011

Sete Livros que Recomendo

Noutro dia, ao ministrar uma palestra para alunos de administração, falei de um ou dois livros que recomendava a leitura. Surgiu então a idéia de fazer uma lista daqueles livros que considero de fácil leitura, mas sem perder certo vigor. Em outras palavras, livros que tenho inveja de não ter escrito. Considerei nesta lista somente livros em língua portuguesa. Afinal, um bom livro é bom o suficiente para interessar uma editora comercial. A ordem é meramente alfabética.

1. A Meta – Goldratt e Cox – Através de um romance, Goldratt e Cox apresentam a teoria das restrições. Um executivo precisa salvar uma fábrica em poucos meses e para isto lança mão de conceitos novos. A crítica à contabilidade de custos é pertinente.

2. Desafio aos deuses – Peter Bernstein – O falecido Bernstein traça uma história do risco, de maneira muito didática e interessante. Assuntos como seguros, probabilidades e modelos de precificação de ativos são discutidos de maneira acessível

3. Fora de Série – Malcolm Gladwell – A lista tinha que contar com pelo menos um livro de Gladwell. Poderia ser Blink ou O Ponto da Virada (mas não Que se Passa na Cabeça dos Cachorros). Qualquer um desses seria interessante o suficiente para constar na lista.

4. Freakonomics – Dubner e Levitt – É um livro que consegue fazer qualquer pessoa gostar de economia. A aplicação da economia nas decisões cotidianas é uma tendência moderna.

5. Mais sexo é sexo mais seguro – Steven Landsburg – Este talvez seja o livro da lista que teria mais receio de indicar. As pessoas deveriam ler duas ou três páginas, parar dois dias para pensar no assunto, e depois retomar a leitura. Ou talvez voltar a ler novamente. A lógica econômica nunca foi tão lógica. E polêmica. ]

6. O mito dos mercados Racionais – Justin Fox – É a história moderna de finanças, e o confronto entre as finanças tradicionais e as finanças comportamentais.

7. Previsivelmente irracional – Dan Ariely – Geralmente indico este livro dizendo que meu filho de 15 anos leu, entendeu e gostou. Diversas experiências de finanças comportamentais apresentadas de maneira elegante e simples.

Ao terminar a lista, fiquei com a impressão que esqueci algum livro. Qual foi?

09 novembro 2010

Teste #379

Uma empresa de crédito, Capital One, oferece empréstimos para automóveis a taxas de 2,3%, 2,7%, 3,1% e 3,5%. A questão é que a taxa de juros varia conforme o navegador utilizado: Explorer, Firefox, Safari e Safari para iPad. Ou seja, os juros que você pagaria no empréstimo depende da marca do navegador usado. Qual o navegador que "possui" a maior taxa?

Resposta doa Anterior: Enron. Fonte: O que se passa na cabeça dos cachorros. Malcolm Gladwell, Sextante, 2009, p. 177.

19 dezembro 2008

Livros de 2008

Uma lista com os 10 melhores livros de negócios de 2008 (The 10 Best Business Books of 2008) :

10. The Trillion Dollar Meltdown: Easy Money, High Rollers, and the Great Credit Crash - Charles R. Morris

9. Crowdsourcing: Why the Power of the Crowd Is Driving the Future of Business - Jeff Howe

8. The Game-Changer: How You Can Drive Revenue and Profit Growth with Innovation - A. G. Lafley & Ram Charan

7. Outliers: The Story of Success - Malcolm Gladwell

6. Nudge: Improving Decisions About Health, Wealth and Happiness - Richard Thaler & Cass Sunstein

5. Predictably Irrational: The Hidden Forces That Shape Our Decisions - Dan Ariely

4. The Back of the Napkin: Solving Problems and Selling Ideas with Pictures - Dan Roam

3. A Sense of Urgency - John Kotter

2. The Big Switch: Rewiring the World from Edison to Google - Nicholas Carr

1. The Snowball: Warren Buffett and the Business of Life - Alice Schroeder

18 dezembro 2008

A Regra das 10 mil horas

Descobri o blog Não Posso Evitar. Numa postagem recente, comenta-se o livro de Malcolm Gladwell (Outliers) e a regra das 10 mil horas. Abaixo faço uma longa citação pois o texto está realmente muito interessante.

Outliers - as dez mil horas

(...) Na década de 1990, o psicólogo K. Anders Ericsson e seus colegas realizaram, na Academia de Música de Berlim, um interessante estudo para verificar que fatores diferenciavam os gênios da música dos intérpretes mais ou menos. Eles separaram os alunos da elitista escola alemã em três grupos: os excepcionais, os bons e os medíocres.

A pesquisa pretendia verificar a intensidade dos estudos e horas de prática a que cada um deles se submetera, para avaliar a correlação entre a dedicação e sua atual performance. Todos eles haviam começado a tocar (violino, nesse caso) quase com a mesma idade (cinco anos) e praticavam uma média de duas a três horas semanais.

A partir dos oito anos, contudo, começaram a surgir as diferenças: nessa idade os melhores alunos praticavam cerca de seis horas por semana. Aos doze, a média subia para oito horas e chegava, aos quatorze anos, a dezesseis. Ao completarem vinte anos de idade, esses alunos já dedicavam à música trinta horas semanais e haviam acumulado dez mil horas de prática. (...)

Esse é o ponto onde, de acordo com Gladwell, os resultados são atingidos através de talento e preparação. Onde o trabalho duro lapida os dons inatos que construirão as pessoas de grande valor. Não só pela habilidade ou oportunidade que possibilitam que alguém esteja num grupo de elite, mas também pela sua dedicação e esforço em merecer estar ali.

Talvez o Zico tenha sido o melhor cobrador de faltas do mundo. Porque todo santo dia após o treino, chovesse ou fizesse sol, ele ficava em campo treinando, quando seus companheiros já tinham ido embora. Pendurava uma camisa na trave e ficava chutando sobre uma barreira de bonecos. Sozinho. Cem, duzentas cobranças. Quando terminava, o Manguito já estava em casa há muito tempo.

Oscar Schmidt não era um “mão-santa”. Era um “mão-calejada-à-beça”. Ayrton Senna não nasceu pilotando bem na chuva – ele ia para o autódromo sempre que começava a chover. Dez mil horas.

Porque prática não é aquilo que você faz quando você é bom. É o que faz com que você se torne bom.

08 dezembro 2008

Outliers

O autor de Blink, Malcolm Gladwell, lançou um livro chamado Outliers. Na pesquisa empírica, o termo outliers está associado ao dado que foge ao padrão usual de comportamento. Representa um grande problema, pois podemos ou não considerar aquela observação que foge ao normal dentro da pesquisa, resultado em conclusões que podem ser ou não convergentes.

Existem várias explicações para o outlier, incluindo Efeito Mateus (a maioria dos jogadores nasceu no primeiro semestre do ano).

Fonte: Aqui

04 dezembro 2008

Mais uma lista: os melhores livros

Segundo Stefan Stern (Best business books of 2008 e Best business books 2008 - stop press, 1/12/2008, Financial Times) a lista dos melhores livros do mundo deve incluir:

When Markets Collide: Investment Strategies for the Age of Global Economic Change
Mohamed El-Erian

Nudge: Improving Decisions About Health, Wealth and Happiness
Richard Thaler e Cass Sunstein

The Logic of Life: Uncovering the New Economics of Everything -
Tim Harford

A Sense of Urgency
John Kotter

McMafia: Crime Without Frontiers
Misha Glenny

The Snowball: Warren Buffett and the Business of Life
Alice Schroeder

Outliers: The Story of Success
Malcolm Gladwell

The Last Amateurs: To Hell and Back with the Cambridge Boat Race Crew
Mark de Rond

Cold Steel: Britain’s Richest Man and the Multibillion Dollar Battle for a Global Empire
Tim Bouquet e Byron Ousey

Remix: Making Art and Commerce Thrive in the Hybrid Economy
Lawrence Lessig

What They Teach You at Harvard Business School: My Two Years Inside the Cauldron of Capitalism
Philip Delves Broughton

The Ten Commandments of Business Failure
Don Keough

Grown Up Digital - how the net generation is changing your world
Don Tapscott

06 agosto 2008

Os melhores livros de negócios

Uma listagem dos “melhores” é sempre polêmica. Aqui uma interessante: os melhores livros de negócios

25. The Wealth of Nations (Riqueza das Nações) Adam Smith - 1776
24. The Functions of the Executive - Chester I. Barnard – 1968
23. The Principles of Scientific Management - Frederick Winslow Taylor - 1911
22. The Human Side of Enterprise - Douglas McGregor - 1960
21. Strategy and Structure: Chapters in the History of the Industrial Enterprise - Alfred D. Chandler - 1962
20. Organizational Culture and Leadership - Edgar H. Stein - 1992
19. The Wisdom of Crowds: Why the Many Are Smarter Than the Few and How Collective Wisdom Shapes Business, Economies, Societies and Nations - James Surowieki - 2004
18. The World Is Flat: A Brief History of the Twenty-first Century - Thomas L Friedman - 2005
17. Barbarians at the Gate: The Fall of RJR Nabisco - Bryan Burrough & John Helyar - 1990
16. My Years with General Motors - Alfred P. Sloan, Jr. - 1963
15. The Fifth Discipline: The Art & Practice of the Learning Organization - Peter M. Senge - 1990
14. The E-Myth Revisited: Why Most Small Business Don’t Work and What to Do about It - Michael E. Gerber - 1985
13. The Tipping Point: How Little Things Can Make a Big Difference - Malcolm Gladwell - 2000
12. Competing for the Future - Gary Hamel & C.K. Prahalad - 1994
11. Good to Great: Why Some Companies Make the Leap…and Others Don’t
- Jim Collins - 2001
10. Out of the Crisis - W. Edwards Deming - 1982
9. Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution - Michael Hammer & James Champy - 1993
8. Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies - James C. Collins & Jerry I. Porras - 1994
7. The Practice of Management - Peter F. Drucker - 1954
6. Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and Competitors - Michael E. Porter - 1980
5. The 7 Habits of Highly Effective People: Powerful Lessons in Personal Change
Stephen R. Covey - 1989
4. The One-Minute Manager - Kenneth H. Blanchard and Spencer Johnson - 1981
3. How to Win Friends & Influence People - Dale Carnegie - 1937
2. The Innovator’s Dilemma: When New Technologies Cause Great Firms to Fail - Clayton M. Christensen - 1997
1. In Search of Excellence: Lessons from America’s Best-Run Companies - Thomas J. Peters and Robert H. Waterman, Jr. - 1982

Sources: Aqui

Predomina a lista livros dos últimos trinta anos. Ausências sentidas de Maquiavel, Fayol, Weber, Elton Mayo e alguém da área de finanças. Ou seja, uma lista com mais discordâncias do que reconhecimento não é uma boa lista.