Achei esse resumo, que mostra o efeito da poluição sobre os ativos das empresas que fazem lançamentos de satélites. O cálculo mostra um impacto direto sobre a depreciação dos equipamentos. A primeira parte do resumo é bem técnica, mas a parte final é o que interessa:
Contribuições antropogênicas de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre têm causado resfriamento e contração na termosfera, um fenômeno que deve continuar por muitas décadas. Essa contração resulta em uma redução secular da densidade de massa atmosférica na região onde a maioria dos satélites opera, na órbita baixa da Terra. A diminuição da densidade reduz o arrasto sobre os detritos espaciais e prolonga sua permanência em órbita, o que representa um risco constante de colisão com outros satélites e aumenta a chance de geração em cascata de mais detritos. Este estudo utiliza projeções de emissões de CO₂ com base nos cenários socioeconômicos compartilhados (SSPs) para investigar o impacto das emissões de gases de efeito estufa sobre a capacidade de suporte da órbita baixa da Terra para satélites. Introduz-se o conceito de capacidade de Kessler instantânea para calcular o número máximo e a distribuição ideal de satélites característicos que mantêm a população de detritos em equilíbrio estável. Os cenários modelados de emissões de CO₂ entre os anos de 2000 e 2100 indicam uma possível redução de 50% a 66% na capacidade de suporte de satélites entre as altitudes de 200 a 1.000 km. Considerando a recente e rápida expansão no número de satélites nessa região orbital, compreender a variabilidade ambiental e seu impacto nas operações sustentáveis é essencial para evitar a superexploração do espaço.
Foto: Wikipedia, Sputinik, o primeiro satélite.
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