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15 dezembro 2011

Agências de rating




A tabela abaixo foi retirada da carta aos invetidores da Hayman Capital Management. Na segunda coluna, econtram-se as notas dada por uma das 3 agências de rating, Moody's, para o risco de calote de cada país.É bom ressaltar, que apesar das notas dadas variarem muito pouco entre as agências, diferentes critérios são utilizados na mensuração de credit rating.Por exemplo, a S&P calcula a probabilidade de default (calote), enquanto a Moody's calcula a expectativa (possibilidade)de perda para o investidor. A terceira coluna, mostra a precificação do risco de calote de acordo com os credit default swaps(CDS), que são derivativos que conectam bancos do mundo inteiro.Esses instrumentos financeiros protegem os credores no caso dos países não pagarem a dívida soberana. A última coluna mostra a diferença entre ,as notas da 2ª e 3ª coluna, de acordo com as escalas utilizadas pelas agências de classificação de risco. Desse modo, por exemplo, o mercado prefica o risco de default da Espanha equivalente a de um país com rating 7 graus menor (ex: El Salvador).



Será que o mercado ainda se importa com as agências de classificação de risco?



Não. Vide o recente rebaixamento da nota dos EUA.


Presentes e Renda Per Capita

O gráfico a seguir foi publicado na The Economist (via aqui). Apresenta a relação entre renda per capita (eixo x) e volume de gasto com presente de natal (eixo y).


A relação é forte, mas é interessante observar os casos fora do padrão normal (os “outliers”). Observe a Holanda (Netherlands, no gráfico), que possui elevada renda per capita, mas seus habitantes gastam pouco com os presentes. No outro extremo, a Irlanda se destaca. Países latinos (Portugal, Espanha e Itália) parecem que são mais consumistas. Estes quatro países citados anteriormente fazem parte dos PIGGS, países europeus com dificuldades financeiras.

Avaliação de Blogs

Aqui uma interessante postagem sobre avaliação de blogs dos Estados Unidos. Aplicou-se um método onde considera algumas variáveis que podem interferir no seu valor (os direcionadores de valor). Neste caso, o valor do blog refere-se ao preço potencial que pode ser obtido num processo de negociação.

Parece coisa pequena, mas é bom lembrar que recentemente o blog The Huffington Post foi adquirido pela AOL por 300 milhões.

As variáveis consideradas no processo de avaliação foram as seguintes:

a) Receita e lucro – um blog com elevado valor deve atrair receita de propaganda, por exemplo. Ou receita de produtos derivados (camisetas, assinaturas especiais etc). De qualquer forma, realmente a receita é uma variável fundamental no processo de valoração do blog. Além disto, é importante considerar que em alguns blogs o custo de operação pode ser elevado; nestes casos, a informação de lucro é mais importante;

b) Competição – existe competidor na mídia tradicional para o blog? Naturalmente que a existência de competição reduz o valor potencial do blog.

c) Risco do fundador – alguns blogs estão associados a fama do seu criador. O blog de Greg Mankiw está vinculado ao economista do mesmo nome. Isto reduz o valor, já que a aquisição de um blog como este poderá significar que seu criador irá se afastar, perdendo valor.

d) Tradição – apesar da atividade de blogar ser nova, alguns blogs já existem há mais de 15 anos. Em geral os blogs mais conhecidos são relativamente “velhos”.

e) Número de visitantes – consequência natural da receita e das outras variáveis.

Usando estes direcionadores, o WSJ determinou múltiplos de receita e, em alguns casos, do lucro operacional.
Eis a lista dos blogs mais valiosos:

1. Gawker = $318 milhões
2. Drudge = 93 milhões
3. PopSugar Media Network = 64 milhões
4. SBNation = 56 milhões
5. Macrumors = 52 milhões
6. Business Insider = 45 milhões
7. Seeking Alpha = 45 milhões
8. Cheezburger Network = 41 milhões

Mitos da economia chinesa




Ainda bem que existem indivíduos que enxergam o óbvio, um deles é Luis Stuhberger, que discorre sobre alguns mitos da economia chinesa. Como diria Nelson Rodrigues:"Só os profetas enxergam o óbvio."



A China, apesar de ser o maior comprador das exportações do Brasil, configura hoje um dos principais riscos estruturais para a economia brasileira, avalia o analista Luis Stuhberguer, da Credit Suisse Hedging Griffo. Em relatório intitulado “It´s the end of the world as we know it. And I feel fine!” (É o fim do mundo como o conhecemos. E eu me sinto bem!”, em referência à música de mesmo nome da banda REM, ele destaca os principais pontos de preocupação para o País, os problemas das economias europeias e comenta que os Estados Unidos, por sua vez, estão em recuperação.

Os principais riscos para a economia brasileira, na avaliação de Stulhberguer, estão relacionados a “mitos” da economia chinesa. Enquanto costuma-se prever que a China terá 1 bilhão de consumidores em 2030, o que significaria um gigantesco mercado consumidor não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo, ele diz que, na verdade, o crescimento demográfico está se tornando negativo no país. No mesmo sentido, enquanto se previa que o país asiático passaria por uma mudança para uma economia de consumo, com redução da poupança, o que se observa é o aumento da poupança de empresas e a continuidade da dependência do comércio internacional e do investimento.

Outro mito citado por ele é o dos investimentos em infraestrutura. Se antes era comum ouvir que os recursos chineses são bem direcionados, a realidade é que o país está construindo “elefantes brancos” e fazendo uma má alocação de recursos, diz o analista. Ele cita ainda o mito das “forças das reservas internacionais” chinesas, afirmando que o excesso de reservas é, na realidade, um sinal dos “desequilíbrios globais”. Como é um grande comprador de commodities brasileiras, qualquer sinal de deterioração das estruturas econômicas da China acaba sendo uma notícia negativa para o Brasil.

O analista também diz que há um aumento excessivo do crédito e um super investimento no setor imobiliário chinês e rebate a tese de que as ações de empresas vão se beneficiar do forte crescimento da economia, afirmando que “o retorno das ações e o crescimento do PIB não são positivamente correlacionados.”

O analista pondera, entretanto, que “apesar dos temores, [a China] ainda tem uma história positiva,” o que pode favorecer o Brasil, ainda que não seja o suficiente para eliminar os riscos. Segundo ele, é difícil imaginar que o retorno do investimento chinês seja negativo a ponto de não "ser pago". Ele diz ainda que a urbanização ainda é um fator estrutural favorável, uma vez que apenas cerca de 45% da população chinesa vive em cidades. Além disso, Stuhlberger diz que o apetite chinês por commodities deve “se manter voraz”, com o país em crescimento. Ele destaca que 47,7% da demanda global por minério de ferro – um dos principais itens exportados pelo Brasil – é da China.


Fonte: aqui

Breve retrato do STJ








O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formado por 33 ministros. Foi criado pela Constituição de 1988. Poucos conhecem ou acompanham sua atuação, pois as atenções nacionais estão concentradas no Supremo Tribunal Federal. No site oficial está escrito que é o tribunal da cidadania. Será?

Um simples passeio pelo site permite obter algumas informações preocupantes.

O tribunal tem 160 veículos, dos quais 112 são automóveis e os restantes 48 são vans, furgões e ônibus. É difícil entender as razões de tantos veículos para um simples tribunal. Mais estranho é o número de funcionários. São 2.741 efetivos.

Muitos, é inegável. Mas o número total é maior ainda. Os terceirizados representam 1.018. Desta forma, um simples tribunal tem 3.759 funcionários, com a média aproximada de mais de uma centena de trabalhadores por ministro!! Mesmo assim, em um só contrato, sem licitação, foram destinados quase R$2 milhões para serviço de secretariado.

Não é por falta de recursos que os processos demoram tantos anos para serem julgados. Dinheiro sobra. Em 2010, a dotação orçamentária foi de R$940 milhões. O dinheiro foi mal gasto. Só para comunicação e divulgação institucional foram reservados R$11 milhões, para assistência médica a dotação foi de R$47 milhões e mais 45 milhões de auxílio-alimentação. Os funcionários devem viver com muita sede, pois foram destinados para compra de água mineral R$170 mil. E para reformar uma cozinha foram gastos R$114 mil. Em um acesso digno de Oswaldo Cruz, o STJ consumiu R$225 mil em vacinas. À conservação dos jardins — que, presumo, devem estar muito bem conservados — o tribunal reservou para um simples sistema de irrigação a módica quantia de R$286 mil.



Para ler na íntegra, clique aqui.

Olympus

A Olympus divulgou os números da companhia depois de 13 anos de fraudes e revelou uma redução de ativos de US$ 1,1 bilhão no balanço patrimonial, levantando especulações de que precisará fazer fusão, vender ativos ou levantar capital para reparar as finanças.

A fabricante de 92 anos de câmeras e equipamentos médicos publicou o equivalente a cinco anos de balanços revisados, além dos resultados do primeiro semestre fora do prazo, apenas algumas horas antes do prazo da Bolsa de Tóquio acabar e automaticamente a deslistar.

O mais recente balanço, para o fim de junho de 2011, mostrou uma diminuição de 84 bilhões de ienes (US$ 1,08 bilhão) em ativos líquidos. A Olympus acrescentou que no fim de setembro os ativos líquidos somavam 46 bilhões de ienes, contra os 225 bilhões de ienes em março de 2007.

Também revelou um prejuízo líquido de 32,33 bilhões de ienes nos seis meses até setembro, o que alimentou comentários de que precisará se mexer rapidamente para melhorar o balanço e afastar o risco de ser alvo de uma aquisição. (...)

Alguns investidores ficaram aliviados pelo menos porque a Olympus cumpriu o prazo para revisar os balanços, sem ter caído em insolvência técnica. A Olympus garantiu aos investidores que continuará a se financiar. (...)



Folha de S Paulo

Leia mais aqui e aqui

RBS


Financial traders spotted the dangerous risks inside Royal Bank of Scotland (RBS) long before politicians or regulators because they did not accept the figures reported in the bank's accounts, the critical report has found.A instituição financeira inglesa Royal Bank of Scotland (RBS) teve sua contabilidade questionada pela FSA (Financial Services Authority). Num texto do The Telegraph, a contabilidade foi considerada um “paraíso dos tolos” (fools paradise)

O problema estaria na contabilidade do valor justo. Mais especificamente, a norma do Iasb sobre o assunto.

The FSA report found that IFRS's "fair value accounting" allowed the market fears to exaggerate the losses in RBS's trading book: "Trading losses are recognised immediately under fair value accounting. As a result, major losses on credit securities are recognised even if the securities are not yet in actual default."

Aqui a posição é mais forte: a norma de valor justo, leia-se Iasb, foi responsável pelos problemas do RBS.

Impostos e Racionalidade


Uma história interessante postada no Marginal Revolution (aqui): na Ucrânia as pessoas que importam automóveis muitas vezes cortam em dois pedaços.

O ato é justificado pelo fato que no país a carga tributária para partes de um automóvel é menor que os impostos para o automóvel completo. Com isto, é vantajoso cortar o automóvel para depois juntá-lo.

Auditorias e Europa

Segundo o Financial Times (Reforma europeia ameaça crescimento das auditorias
Por Adam Jones | Financial Times, de Londres, publicado em 13 de dezembro no Valor Econômico) , do faturamento de 22,7 bilhões de dólares da KPMG (aumento de 10% em relação ao ano anterior), boa parte se deve a trabalhos de consultoria e impostos.

O braço de consultoria da KPMG foi a fonte do crescimento mais acelerado, com uma expansão dos honorários em moeda local de 11%, para US$ 7,5 bilhões. As operações tributárias geraram US$ 4,7 bilhões, um crescimento de 9%. Os honorários arrecadados por sua divisão de auditoria tiveram um crescimento mais modesto, de 2%, para US$ 10,5 bilhões.

As grandes firmas de contabilidade e auditoria se expandiram fortemente na área de consultoria nos últimos anos, por meio de investimentos internos e aquisições - como a compra, pela KPMG, da assessoria em terceirização Equa Terra, alguns meses atrás.
No entanto, os conflitos de interesse passíveis de surgir quando uma auditoria oferece serviços de consultoria ou na área de impostos a seus clientes de auditoria levaram a Comissão Europeia a pressionar pela adoção de restrições rígidas.

Para fortalecer a independência das auditorias, a comissão quer que as quatro maiores - a PricewaterhouseCoopers (PwC), a Deloitte Touche Tohmatsu, a Ernst & Young e a KPMG - desmembrem suas divisões de auditoria como empresas separadas na União Europeia.

A UE também pretende proibir o fornecimento da maioria dos serviços de "não auditoria" aos clientes de auditoria. As Quatro Grandes estão combatendo as propostas, que ainda poderão ser alteradas antes de serem sancionadas em lei.

Contabilidade Pública


O governo terá mais liberdade para remanejar recursos da Previdência rural para a urbana. Portaria publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) retira uma amarra que obrigava a aprovação de uma lei toda vez que fosse necessário remanejar recursos entre as duas previdências. (...)


A portaria também determina que, a partir de 2013, o Tesouro Nacional terá que elaborar demonstrativos financeiros para dados contábeis da União, Estados e Municípios. A partir de 2014, o demonstrativo terá que ser feito também para as contas do setor público consolidado.

Fonte: Aqui

Pirataria


Será que as empresas que são contra a pirataria e o uso de programas de BitTorrent adotam a mesma postura que exigem dos outros?


O TorrentFreak descobriu que há piratas em várias empresas da indústria de entretenimento nos EUA, como Sony Pictures, Fox Entertainment e NBCUniversal.

Para chegar à conclusão, o site usou a ferramenta russa YouHaveDownload, que diz rastrear cerca de 20% de todos os downloads públicos. O serviço captura os nomes dos arquivos baixados e o endereço IP vinculado aos downloads. De posse dos números, o TorrentFreak cruzou os dados com endereços IP de grandes companhias para verificar se existia alguém pirateando conteúdo dentro das corporações.


Na sede da Sony, pessoas baixaram a versão mais recente do filme "Conan, o Bárbaro", e o novo álbum do grupo Black Keys. O filme "Super 8" foi pirateado por alguém na Fox.


Um IP registrado para o escritório corporativo do Google em Nova York tinha uma longa lista de torrents, incluindo uma cópia do Windows 7.

Funcionários de estúdios de Hollywood fazem pirataria, diz site

14 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

- Você não tem a experiência necessária
- Currículo interessante
- Precisamos do seu talento
- Pode começar na segunda?
Entrevista:

CVM e ativos duvidosos

No segundo ano de uso do padrão internacional IFRS no Brasil, o principal foco de atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em matéria contábil será verificar se as empresas estão reconhecendo ativos indevidamente ou se estão deixando de constituir provisões para casos de disputas judiciais.

Segundo Alexsandro Broedel, diretor da CVM, problemas ligados a casos como esse não são tão comuns quando se vê o universo completo das companhias abertas, mas o que importa nesse tema é a gravidade do assunto. "É uma ocorrência rara, mas muito problemática para a empresa."

Na supervisão que fez dos balanços publicados em 2010, a CVM questionou algumas empresas sobre casos como esses, mas ainda não chegou a uma conclusão definitiva para exigir a republicação dos demonstrativos financeiros. "É um processo que toma tempo e que demanda muita cautela e parcimônia", diz Broedel, explicando que é preciso ouvir os argumentos das empresas antes de tomar uma decisão.

Uma evidência de que uma provisão deveria ser constituída, por exemplo, é uma decisão judicial transitada em julgado contra a companhia. Já um ativo só deve ser registrado se houver segurança total de que a empresa tem direito àquele valor.

Broedel disse também que a partir de 2012 a CVM dedicará atenção especial para as notas explicativas que acompanham os balanços. Segundo ele, a avaliação do órgão regulador sobre o processo de adoção do IFRS é positiva, "para um primeiro ano". "Mas ainda tem bastante coisa para melhorar", afirma ele.

De acordo com o diretor da CVM, quase a totalidade das companhias apenas repetiu o texto da norma, em vez de explicar os critérios que usou para medir suas contas e fazer seus lançamentos contábeis.

Assim, em vez de dizer que mede seus instrumentos financeiros pelo valor justo, a empresa deve informar se usa o preço de fechamento, o médio ou de abertura, por exemplo. Na mesma linha, em vez de escrever que a receita é reconhecida quando ocorre a transferência de riscos e benefícios para o comprador (como diz a norma), a empresa precisa explicar em qual momento considera que isso ocorre. Em um exemplo, se na entrega do produto ao cliente ou se no momento do despacho.

Na avaliação dos balanços de 2010, os primeiros com o IFRS completo, a CVM procurou adotar uma postura de orientação para as empresas a respeito desses pontos de divulgação das notas explicativas. A partir da próxima safra, que sairá entre fevereiro e março de 2012, a promessa é endurecer a fiscalização e os pedidos de correção.

Com base nos números do ano passado, a autarquia listou oito pontos que deverão ser observados com mais cuidado no seu processo de fiscalização. São eles: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo; e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.


Regulador aperta cerco sobre ativos duvidosos - Valor Econômico - 13 de dezembro de 2011

Passagens

Um levantamento do jornal Valor Econômico (13 de dezembro de 2011, via aqui) revelou que nem sempre comprar passagem antecipada significa economia. Na realidade, em alguns trechos, deixar para última hora pode ser interessante:

O resultado mostra 34 reduções, 20 aumentos, cinco preços sem alteração e uma passagem esgotada. As variações para cima alcançaram até 162%, principalmente em voos de maior duração. Os reajustes para baixo predominaram em trechos mais curtos e atingiram até 60%.

Sadia

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou hoje dez dos onze acusados de uso de informação privilegiada em operações com ações da Sadia em 2008, com aplicação de multas somando quase R$ 5 milhões. As transações precederam a divulgação do fato relevante em que a companhia admitia perdas milionárias em arriscadas apostas com derivativos cambiais, em 2008.


Foram acusadas 11 pessoas, alguns ex-administradores da Sadia e pessoas ligadas a eles, muitos moradores da cidade de Concórdia, em Santa Catarina. Eles foram investigados de operarem no mercado de posse de informação privilegiada, um crime contra o mercado de capitais. A suspeita era que estas pessoas sabiam do rombo que estava por vir e foram ao mercado para se beneficiar da informação.


A maioria das multas aplicadas equivale a duas vezes o prejuízo que os investidores conseguiram evitar com as operações.

(Continue lendo aqui)

Teste CPA no Brasil




O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) firmou uma parceria com o conselho americano de contabilidade (AICPA, na sigla em inglês) [1] para realizar os exames de certificação CPA no Brasil a partir do próximo ano.

A prova é um requisito básico para trabalhar com auditoria nos Estados Unidos. Segundo Juarez Domingues Carneiro, presidente do CFC, os exames ocorrerão em sete estados: Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. No ano passado, 80 contadores brasileiros foram aos Estados Unidos para fazer a prova.

O convênio também prevê a estruturação de um curso sobre as normas internacionais de contabilidade (IFRS, em inglês) com carimbo do CFC e do AICPA que deverá ser dado no primeiro semestre do próximo ano no Brasil e Estados Unidos, com a possibilidade de ser estendido para outros países da América Latina.

O conteúdo do treinamento deve reunir experiências brasileiras bem-sucedidas no assunto. Entre elas, Carneiro destaca os cursos online fornecidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), além das aulas presenciais dos conselhos federais americano e brasileiro.

“Normalmente, os americanos querem trazer a marca deles para cá. Só que hoje somos nós quem temos muito a ensinar sobre o processo de convergência contábil”, afirma Carneiro. Segundo ele, está em estudo a criação de uma certificação em IFRS com o selo do CFC e do AICPA.

A experiência brasileira no processo de adoção do IFRS, para Carneiro, serve hoje de exemplo no mundo. “O nosso grande trunfo foi ter realizado primeiramente a convergência interna, com todos os órgão reguladores se reunindo em torno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)”, destaca Carneiro, que preside o Grupo Latino-Americano de Normatizadores de Informações Financeiras (Glenif). O órgão foi formado em junho deste ano, com objetivo de representar a América Latina no processo de elaboração das normas contábeis internacionais.

Fonte: Marina Falcão Valor Economico


[1] Instituto Norte- Americano de Contadores Públicos Certificados

Canções de Natal



Fonte:xkcd

Apoio para pesquisas no Reino Unido

A Universidade de Nottingham, no Reino Unido, anunciou que oferecerá dez auxílios visitantes para pesquisadores e professores em início de carreira que atuem em reconhecidas universidades brasileiras.

Os selecionados no Brazil Visiting Fellowships Scheme 2012 realizarão um projeto de pesquisa específico na instituição britânica, em sua área de atuação, durante 12 semanas, de 16 de abril a 6 de julho de 2012.

O apoio visa a promover a pesquisa colaborativa entre grupos de pesquisa da Universidade de Nottingham e de instituições de ensino superior e de pesquisa brasileiras.

Os candidatos não devem estar há mais de três anos em suas posições atuais na universidade em que trabalham. O prazo para envio de candidaturas termina em 16 de dezembro.

O apoio é oferecido em conjunto com a Universidade de Birmingham, que também oferece outras dez vagas para pesquisador visitante.

Fontes: Aqui e Aqui

Regras e mais regras para os bancos




As empresas de serviços financeiros do mundo inteiro estão sendo atingidas por uma média de 60 mudanças regulatórias por dia útil. O número representa um aumento de 16% em relação ao ano passado e não dá sinais de dar trégua no curto prazo.

As autoridades reguladoras mundiais anunciaram 14.215 alterações no período de 12 meses encerrado em novembro, em relação às 12.179 de igual período do ano passado, segundo pesquisa da divisão de governança, risco e conformidade da agência de notícias “Thomson Reuters”.

O estudo monitora desde a aprovação de leis e proibições a posições vendidas até a emissão de documentos apresentados ou formulados em reuniões de autoridades decisórias e pronunciamentos que contêm anúncios de política econômica – em resumo, tudo o que os departamentos de conformidade precisam saber. As normas vão desde pacotes mundiais como as reformas de capitalização dos bancos de Basileia 3 até as regras vigentes em cada um dos Estados americanos.

Os anúncios de ordem regulatória aumentaram de 16 a 20% a cada ano desde a crise financeira de 2008, e deverão continuar crescendo por saltos semelhantes até, pelo menos, 2013, disse David Craig, presidente da divisão GRC.

“[Os departamentos de conformidade] estão afogados [em normas], e não conseguem acompanhar o ritmo das mudanças. Estamos chegando a um ponto de fadiga regulatória, mas temos ainda alguns anos a mais pela frente.”

Mais de 50% da atividade regulatória dos últimos dois anos é originária dos Estados Unidos e do Canadá. O alto nível de atividade americana reflete o aumento do número de reguladores tanto no âmbito federal quanto no estadual. Reproduz também a enorme quantidade de formulação de leis que acompanhou a aprovação da lei federal de reforma Dodd-Frank, em 2010.

“O grande volume atribuível à América do Norte é prova de que a carga [de mudanças normativas] sobre os bancos sujeitos às iniciativas internacionais, como o Basileia 3 e a Dodd-Frank nos Estados unidos, é especialmente contundente”, disse Gregory Lyons, parceiro para os EUA do escritório de advocacia Debevoise & Plimpton. “As iniciativas internacional e domésticas não são coordenadas, o que resulta no fato de elas não apenas serem demoradas e caras como também de colocarem os bancos americanos em significativa desvantagem competitiva.”

Craig disse que os números americanos deverão permanecer elevados, num momento em que as autoridades reguladoras do país, embora tenham concluído o processo da lei Dodd-Frank, deverão ser reforçadas pela intensificação dos pronunciamentos das autoridades reguladoras europeias e asiáticas, que estão aumentando seu nível de atividade. Nos últimos dois anos, os reguladores britânicos e europeus responderam por 22% da atividade regulatória, enquanto a Ásia foi a origem de 15%.

Richard Reid, diretor de pesquisa do Centro Internacional de Regulamentação Financeira (ICFR, pelas iniciais em inglês), disse que os dados “ressaltam mais uma vez, de fato, os problemas que enfrentaremos na tentativa de harmonizar e coordenar os avanços da agenda regulatória em todas as regiões”.

“O baixo peso da atividade reguladora da Ásia e do Oriente Médio reflete, provavelmente, o fato de essas regiões terem passado relativamente bem durante a crise e de seus sistemas financeiros serem relativamente pequenos. Será interessante ver de que forma a investida para aumentar a amplitude e a profundidade dos sistemas financeiros vai afetar o volume de atividade regulatória na região.”

O nível e a rapidez da mudança parecem estar agindo como um entrave à economia mundial, uma vez que as empresas de serviços financeiros relutam em se comprometer com novos negócios enquanto o ambiente regulatório permanece incerto.

Fonte: Brooke Masters Financial Times, Valor Economico

Brasil tem a ponte aérea mais cara do mundo

Criado em 1959, no Brasil, para estimular a concorrência no voo mais movimentado e nobre do país, entre São Paulo e o Rio de Janeiro, o termo ponte aérea fez escola e passou a ser sinônimo de voos domésticos com alta densidade de tráfego. Passados 52 anos de seu lançamento, a rota entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont é a que tem a passagem mais cara do mundo



Fonte: Por Alberto Komatsu De São Paulo Valor

13 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Paternidade por Darth Vader

Relações políticas e os empréstimos do BNDES



Mais um exemplo de rent-seeking no Brasil:




As empresas que usam doações de campanha para construir boas relações políticas são as que têm mais acesso aos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Agora existe até uma conta para medir essa conexão: para cada deputado, governador, senador e até presidente da República eleito com seu apoio, uma empresa recebe do BNDES em média US$ 28 milhões na forma de empréstimos ou por meio de financiamentos a projetos de infraestrutura dos quais participa.

A conclusão e o cálculo - fruto de um exercício matemático feito com base nas informações de 289 companhias abertas e da Justiça Eleitoral - fazem parte de um estudo feito por quatro pesquisadores da área de administração: os professores Sérgio Lazzarini (Insper), Aldo Musacchio (Harvard), Rodrigo Bandeira-de-Melo (Fundação Getúlio Vargas) e Rosilene Marcon (Univali).

O objetivo dos pesquisadores é lançar a discussão sobre dúvidas que com frequência rondam o BNDES, dono do cofre mais cobiçado pelos empresários do País: as conexões políticas das empresas influem nas decisões do banco? A instituição funciona como hospital de empresas em dificuldades? O banco aplica seus recursos com eficiência? A estratégia de criar "campeões nacionais" ajuda no desenvolvimento do País?


Nesta entrevista, dois dos pesquisadores, Lazzarini e Bandeira-de-Melo, apresentam as principais conclusões do grupo de acadêmicos.

Vocês afirmam no estudo que empresas com boas relações políticas recebem mais empréstimos do BNDES. Como vocês chegaram a essa conclusão?

Sérgio Lazzarini: Montamos uma base de dados com 289 empresas de capital aberto. Mapeamos, nas eleições de 2002 e 2006, quem foram os candidatos que receberam contribuições para suas campanhas, quantos se elegeram e quantos não foram eleitos. Depois cruzamos esses dados com os financiamentos liberados pelo BNDES às empresas doadoras. Assim, conseguimos conectar diretamente as empresas que receberam recursos do banco aos candidatos eleitos.

Leia a entrevista na íntegra.

Empresas mais inovadoras

De acordo com uma análise de patentes realizada pela Thomson Reuters, as empresas que fazem semicondutores e outros componentes eletrônicos são as mais inovadoras. A análise classifica as empresas pela: proporção de suas aplicações de patentes que são concedidas, o número do "quadrilátero" de patentes (aquelas concedidos na China, Europa, Japão e América), quantas vezes as patentes são citados por outras empresas; e se as patentes se relacionam com novas técnicas e/ou invenções ou são apenas aperfeiçoamentos das já existentes.

Essa abordagem pretende superar as limitações do uso do número de patentes depositadas ou concedidas como uma medida de inovação. Das 100 empresas da lista, 40 são dos EUA, 27 do Japão e 11 da França. A classificação foi feita de acordo com as atividade de patentes de 2005-2010. As empresas chinesas não foram classificadas, pois o relatório ressalta que," embora a China seja líder mundial em volume de patentes, a quantidade não equivale a influência e qualidade." Aproveite e leia o post: O dragão está aprendendo a voar?


Filmes e Lucros 2

A temporada 2011 está chegando ao fim e Hollywood contabiliza um rombo que só poderá ser fechado fora do vermelho caso os filmes em lançamento neste mês arrecadem 44% a mais em relação a dezembro do ano passado. Uma missão praticamente impossível. A culpa pelo declínio na bilheteria estaria não apenas na pirataria, mas na concorrência com a televisão.

(...) Já há um consenso, entre os executivos dos estúdios estadunidenses que a participação do filme em 3D nas bilheterias está em queda, não sendo mais tão atrativo como antes. O ovo de ouro da galinha está gorando. É filme demais em 3D sem qualidade não apenas na conversão, mas também como produção fílmica propriamente dita.

(...) E, como é sabido, o mercado internacional tem garantido a sustentação de Hollywood nesses últimos 11 anos. "Os territórios internacionais", como chamam os analistas, respondem por dois terços das receitas dos grandes estúdios, o que está levando-os a uma maior presença em determinados mercados, como a China, onde, por exemplo, "Avatar" arrecadou US$ 204 milhões, recorde internacional. (...)



Fonte: Aqui

Filmes e Lucros


George Miller regressa a Happy Feet cinco anos após o original que recebeu o Oscar para melhor filme de animação em 2006.


Os resultados do primeiro filme nas salas de cinema foram suficientes para pagar as contas: 384 milhões de dólares para um custo de 100 milhões. Ou seja, todo o dinheiro proveniente do DVD e das televisões foi puro lucro [1]. 


O mesmo não se pode dizer da sequela que, até agora, só tem apresentado números fracos.


(...) Ao fim de 21 dias nas salas soma apenas 53 milhões de dólares. 


Curto para um filme com um preço [2] anunciado de 140 milhões a que terá de se juntar o forte investimento em marketing feito pela Warner Bros.


A esperança de um fecho de contas positivo passou a residir nas estreias internacionais – como tantas vezes está a acontecer nos últimos tempos, mas nem aí as notícias têm sido boas. Com excepção da Rússia, os resultados da sequela têm sido inferiores em comparação com o primeiro filme.


E a prova maior de que a contabilidade da produção não está feliz [3] com os resultados veio da Austrália. 


Foram 600 as pessoas despedidas nos Dr. D Studios, em Sidney. A empresa responsável pela animação digital dos dois “Happy Feet” ressentiu-se de imediato dos maus números na América do Norte e mandou para casa 600 dos seus 700 empregados. A parceria entre a empresa de produção de Miller e a Omnilab ruiu e as duas partes estão agora de candeias às avessas. 


Fonte: Aqui

[1] Não é bem verdade, já que na venda de DVD existe um custo variável. Pequeno, mas existe.
[2] Deve ser "custo"
[3] Quem leva a culpa é a contabilidade.

Caixa e Lucro


Mas analistas e especialistas em contabilidade estão também preocupados com uma tendência de longo prazo que eles dizem que acende um sinal vermelho: o caixa que a Avon tem disponível para coisas como pagar dividendos, recomprar ações e reduzir dívida ficou abaixo dos lucros que ela divulgou na maioria dos últimos dez anos. A ação da Avon já caiu mais de 40% este ano.


Analistas e contadores dizem que lacunas persistentes entre caixa e lucro geralmente indicam que os investimentos da empresa não estão dando muito retorno, ou que seu lucro líquido não reflete toda a depreciação e outros custos desses investimentos. O lucro líquido representa o faturamento menos custos e a depreciação dos ativos da empresa.


Como o fluxo de caixa disponível e o lucro líquido tendem a se equilibrar no longo prazo, hiatos persistentes entre os dois podem ser um arauto de futuras baixas contábeis ou queda no lucro.


"Há algo errado", diz Charles Mulford, um professor do Instituto de Tecnologia da Georgia especializado em fluxo de caixa. "Você vê nisso um sinal de uma futura queda no lucro", diz ele.


Embora investidores tendam a prestar atenção aos lucros, especialistas em contabilidade geralmente vão mais fundo para ver se o resultado final de uma empresa reflete o dinheiro que ela de fato pode gastar. Fluxo de caixa disponível — também conhecido como fluxo de caixa livre, ou operacional — é a quantidade de dinheiro gerado pelas operações menos os gastos de capital, tais como novas fábricas, equipamentos ou sistemas de distribuição.


O fluxo de caixa disponível muitas vezes fica abaixo do lucro líquido em empresas iniciantes, porque elas estão investindo muito em seu futuro. Mas ele geralmente começa a exceder o lucro líquido conforme a empresa amadurece e seus investimentos iniciais de capital começam a gerar retornos.


A Avon já disse que segue os princípios contábeis americanos estritamente, e que a lacuna entre seu fluxo de caixa livre e o lucro líquido decorre principalmente de uma má gestão de seu estoque, de uma série de despesas não recorrentes ao longo dos anos e de investimentos, a partir de 2007, em novos centros de distribuição no Estado americano de Ohio, no Brasil e na Colômbia.


Wall Street Journal

CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deixará de ter uma postura instrutiva para atuar de maneira mais energética quanto a adoção do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, por parte das empresas brasileiras na divulgação de informações financeiras.

De acordo com o diretor da autarquia Alexsandro Broedel Lopes, há muitos pontos a serem melhorados no ano que vem. "O resultado do primeiro ano da adoção do IFRS foi melhor que esperávamos. Não tivemos nenhuma republicação de balanço. Mas há bastante coisa para melhorar", analisou ele durante conversa com jornalistas para balanço do primeiro ano de adoção do IFRS.

Um dos pontos destacados pelo diretor da CVM está relacionado à maneira como as empresas esclarecem as informações na demonstração financeira. "Grande parte das organizações repetiu o texto da norma ao invés de explicar os fatores e os critérios utilizados", ressaltou ele. Lopes disse que a CVM não está preocupada com o tamanho das notas explicativas, mas quanto à qualidade das informações.

"Há 50 ofícios de questões relevantes de explicações relacionadas à contabilidade e que trazem conteúdo das notas explicativas", informou. Segundo ele, a CVM estará mais atenta quanto ao reconhecimento de ativos contingentes, que não podem ser divulgados nas demonstrações contábeis, e as provisões passivas têm de ser feitas de maneira adequada.

"Esses pontos não valem para a totalidade das empresas neste primeiro ano, mas em 2012 se houver um caso mais relevante, podemos exigir a republicação do balanço", explicou Lopes.



Fonte: Aqui

Correlação e Causalidade

Sobre correlação e causalidade (vide aqui uma das últimas postagens), os gráficos abaixo explicam o assunto:




Adaptado daqui

12 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

"O que MacGyver faria?"

Angus MacGyver, um agente secreto que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a conhecimentos científicos, materiais comuns e um canivete suíço que sempre carregava consigo. A capacidade inventiva do personagem, tomada como um exagero fruto de liberdade artística, é, entretanto, verossímil. Todos os truques executados por MacGyver são cientificamente viáveis


Fonte: aqui

Educação e Incentivos nos EUA

A situação do sistema de educação pública norte -americano:


The United States is the richest country in the world, but American ninth graders rank 33rd in math, 23rd in science, and 16th in reading achievement.1 Seventy-seven percent of American students graduate from high school, which ranks the United States in the bottom third of OECD countries (OECD 2010). In large urban areas with high concentrations of blacks and Hispanics, educational attainment and achievement are even more bleak, with graduation rates as low as 31% in cities like Indianapolis (Swanson 2009). The performance of black and Hispanic students on international assessments is roughly equal to national performance in Mexico and Turkey—two of the lowest performing OECD countries.

Fonte:Financial Incentives and Student Achievement: Evidence from Randomized Trials

11 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Seu IR preenchido pela Receita Federal


Os contribuintes com uma única fonte de renda que optarem pelo desconto padrão deverão deixar de entregar a declaração do Imposto de Renda em 2014, ano-calendário 2013, informou à Agência Brasil o Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. A medida vale para pessoas físicas.

Pelo projeto, a declaração será preenchida previamente pela Receita Federal e apresentada a esses contribuintes, que confirmariam ou não os dados contidos no documento, como os valores recebidos do empregador. Para os demais contribuintes a declaração permanecerá da forma que já é hoje, com alguns aperfeiçoamentos.

"O projeto de simplificação está em curso na Receita Federal. Existem modelos como esse em outros países. O Chile, por exemplo, tem um modelo parecido. Em breve estaremos caminhando para essa solução", disse Barreto.

Segundo o secretário, não é possível eliminar a declaração de todas as pessoas físicas porque existem algumas informações que necessitam ser prestadas pelo próprio contribuinte, como é o caso das despesas médicas, com educação e doações. "A administração tributária não tem previamente essas informações. Faz necessário que o contribuinte faça sua declaração e a transmita para a Receita".

O secretário explicou que os sistemas da Receita Federal teriam como fazer isso, mas o modelo adotado no País não permite que Fisco tenha todas as informações prévias como as despesas médicas, educação, gastos com dependente e doações. "Por isso, agora, não há como colocar um modelo desses porque grande parte teria que alterar aquilo que seria apresentado para o contribuinte como declaração. Por enquanto, não teremos como entregar a declaração completa para o contribuinte confirmar ou não confirmar".

(...)

A Receita Federal informou no último dia 5 que caiu o número de declarações das pessoas físicas retidas em 2011. Este ano ficaram na malha fina 569.671 declarações. Em 2010, o número de declarações na malha fina chegou a 700 mil.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

ERP no modelo SaaS



Modelo tem suas falhas e não pode ser tão barato como parece no início. Nem a redução de custos, normalmente associada à cloud computing, é garantida. A adoção exige cautela.


Implantar um ERP numa empresa pode ser uma dor de cabeça. Há uma alta barreira de entrada, tanto em termos de compromissos financeiros e como na contratação de especialistas em TI para mantê-lo funcionando. Naturalmente, usar um ERP através de um modelo de software como um serviço parece ser a maneira perfeita para mitigar esses problemas. Mas, infelizmente, ele não é válida para todos. Há muitas coisas a considerar antes de tomar a decisão de migrar o ERP para o modelo SaaS.

Andrew Dailey, diretor da MGI Research, em Mill Valley, na Califórnia, diz que há certos casos nos quais o ERP no modelo SaaS pode ser benéfico, mas eles devem ser analisados cuidadosamente. “Se uma empresa precisa de um sistema de gestão empresarial em muito pouco tempo, SaaS pode ser um modelo atraente”, diz. “Você estará investindo nele, mas estará pagando pelo que usar”.

O problema, segundo Dailey, é que muitas vezes as empresas só pensam na redução de custos imediata proporcionada por um sistema de ERP no modelo SaaS. “Mas não há dados confiáveis que atestem que o modelo SaaS será a solução mais barata, sempre”, disse ele. Especialmente no logo prazo. “Se você considerar uma planilha de custos de cinco anos, os custos do ERP como SaaS vão subir.” Muitas vezes as despesas acabam sendo semelhantes aos do sistema tradicional.

Aleksey Osintsev, analista de pesquisa da Technology Evaluation Centros Inc., de Montreal, concorda com Dailey. “Os cortes de custos seguem normalmente esta lógica”, diz . Muitas vezes as empresas são seduzidas pelo menor custo de instalação proporcionado pelo modelo SaaS”, e só.

Osintsev alerta para a necessidade de as empresas estarem o quanto poderão adaptar o ERP à suas necessidades, personalizando ou aampliando o sistema se for no modelo SaaS. “Se você precisa fazer algumas modificações, saiba que ainda existem dúvidas sobre esta questão com relação às aplicações baseadas em nuvem”, diz ele.

Este aspecto também preocupa Dailey. “Uma coisa são os benefícios associados a uma solução SaaS. Outra, a realidade de muitas empresas”, diz. “Em sistemas internos, quando você deseja atualizar uma parte da solução, você tem que atualizar toda a solução. Em um modelo de SaaS você não tem o controle do processo de atualização.”

Não só isso. Às vezes, em um modelo SaaS, as atualizações são forçados. Em geral, segundo Dailey, as empresas passam a ter menos controle sobre todos os aspectos do software. ““Quando uma nova funcionalidade é lançada, os clientes não podem escolher se a querem ou não”, explica Dailey. Isso pode ser um problema se a novidade retardar processos de negócios. Ou se, por exemplo, mudarem a interface do usuário de forma dramática, tornando características úteis difíceis de encontrar.

Na opinião de Osintsev, muitos desses problemas, tanto de segurança como de conformidade ou de readaptação, podem ser resolvidos se os clientes forem cuidadosos e lebrarem deles já na hora de assinar o contrato com o fornecedor de ERP. “Conheço alguns casos em que os fornecedores de software não fornecem os dados de volta para os clientes, quando o contrato acaba”, diz ele, para quem a coisa mais importante a fazer, se você ainda quiser ir em frente com uma solução de ERP SaaS, é se debruçar sobre detalhes do contrato e certificar-se que todas as suas preocupações estão cobertas. Recuperação de dados, garantias de serviço e atualizações devem ser top-of-mind em todos os contratos.

Fonte: JD Speedy, Computerworld/Canadá

10 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Correlação e causalidade


Uma das minhas postagens preferidas aqui do blog é a que fala sobre correlação espúria por ser um assunto extremamente pertinente não só na vida academica, mas principalmente fora dela. Quem nunca leu uma reportagem na qual o jornalista faz conclusões absurdas sem o devido embasamento!? (O Phd Comics tem uma tirinha super engraçada com esse tema, mas não consegui encontrar e vou ficar devendo. Se alguém achar, deixe o link nos comentários, ok?)

Para refrescar o assunto, uma postagem da PharmaCoaching:


(...)

Desde os seus primórdios, o homem sempre tentou encontrar sentido para tudo o que acontecia ao seu redor. Buscava explicações, inclusive, para fenômenos naturais como a chuva, o nascimento de um bezerro, ou um apêndice inflamado.

Tal comportamento explica-se pela necessidade de estar no controle: se você sabe as causas, você pode tentar controlar as consequências; se não sabe, aquilo está fora do seu controle.

Para atender a esta necessidade em encontrar explicações, valia qualquer coisa, inclusive encontrar padrões onde eles não existiam. Dos primórdios da humanidade até hoje, costumamos confundir coincidência (fatos que acontecem juntos por puro acaso) com causalidade (um fato causando e sendo responsável pelo outro).

Se um homem das cavernas subia numa árvore antes da chuva, ele fazia todos subirem em árvores quando queria que chovesse novamente. Se a vaca comesse um jiló e o bezerro nascesse forte, a dieta básica das vacas prenhas passava a ser jiló. E se alguém matasse um besouro na véspera de o seu apêndice estourar, o inseto tornava-se intocável.

(...)

Superstições nascem, assim, de coisas que coincidentemente acontecem antes dos eventos aos quais estamos prestando atenção. A relação é reforçada, ainda, porque convenientemente nos esquecemos das vezes em que o evento acontece sem que a coisa tenha ocorrido antes.

Quando enxergamos um padrão onde ele não existe, cometemos um Erro Tipo I - ou um Falso Positivo. Mas quando não enxergamos um padrão onde, de fato, ele existe, cometemos um Erro Tipo II - ou um Falso Negativo. Vejamos um exemplo prático:

Um paciente chega ao pronto socorro queixando-se de dores no peito. O médico plantonista precisa avaliar se ele está enfartando ou não.

Se o paciente não estiver enfartando e o médico disser que ele está bem de saúde, então o diagnóstico está correto. Se o médico disser, no entanto, que este paciente (que não está enfartando) deve receber o tratamento indicado para casos de enfarte, incorrerá num Erro Tipo I, ou Falso Positivo (dizer que ele tem uma condição que ele, na verdade, não tem).

Se o paciente estiver enfartando e o médico fizer o diagnóstico correto, ele receberá o tratamento adequado. Mas se estiver enfartando e o médico disser que não está, temos um clássico exemplo de Erro Tipo II, ou Falso Negativo (dizer que ele não tem uma condição que ele, na verdade, tem). (...)

Em situações novas, sempre estamos sujeitos a cometer um dos dois tipos de erros - mas nunca sabemos qual. O problema consiste, então, em avaliar o quanto cada erro pode custar. No exemplo acima, um Falso Positivo fará com que o paciente receba um tratamento de que não precisa, enquanto que com um Falso Negativo ele correrá risco de morte.

Assim, o custo de um Falso Negativo (risco de morte) é maior do que o risco de um Falso Positivo (gastos com tratamento desnecessário e possíveis eventos adversos). Em Medicina, este tipo de preferência em pecar pelo excesso é, de certa forma, justificável pois, muitas vezes, as consequências são irreversíveis.

Em muitas situações do dia-a-dia, contudo, os custos cumulativos dos Falsos Positivos acabam não aparecendo na conta final - exatamente porque não os percebemos.

A capacidade de encontrar padrões representa uma das mais valiosas habilidades das pessoas criativas. Mas quando em excesso, dá margem às superstições ou, em casos mais patológicos, à paranoia.

Para fugir das armadilhas do causalismo é preciso questionar se as relações que você está enxergando realmente fazem sentido (usar a mesma camisa em todas as provas faz você ficar mais inteligente?). Ao avaliar a ligação entre dois eventos, veja se não há um terceiro que cause os dois e, principalmente, se aquele que causa ocorre antes daquele que é causado.

IOF sobre derivativos cambiais

A Receita Federal editará nos próximos dias uma instrução normativa definindo qual será a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incidirá sobre os contratos de derivativos cambiais.

Todo o arcabouço legal que dá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) legitimidade para taxar os investidores que mantiverem posição vendida além do que têm em posição comprada de derivativos cambiais foi publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU).

A partir de hoje [9/12/2011], o CMN poderá “estabelecer, para fins da política monetária e cambial, condições específicas para negociação de contratos derivativos”. De acordo com o texto da Lei 12.543, publicada hoje, a alíquota do IOF poderá ir a 25%, que é o limite constitucional do imposto.

Os exportadores que fazem contratos como operação de hedge poderão descontar o IOF recolhido.

Em julho, o governo anunciou a intenção de taxar em 1% a variação na exposição vendida em derivativos cambiais. A lei aprovada a partir da MP 539, porém, não há nenhuma menção sobre a alíquota que será cobrada.


Fonte: Valor

Impacientes e endividados


A paciência é mesmo uma virtude. Um novo estudo mostra que pessoas pacientes também têm melhores oportunidades de crédito.

Segundo a pesquisa, as pessoas que estavam dispostas a esperar por benefícios de longo prazo apresentaram melhor pontuação de crédito do que as pessoas que aceitaram recompensas imediatas.

Os pesquisadores entrevistaram 437 famílias de baixa a moderada renda que procuravam ajuda na preparação do imposto.

Em um questionário, os pesquisadores perguntaram aos participantes se eles aceitariam uma pequena recompensa imediatamente, ou uma recompensa potencialmente maior pela qual eles teriam que esperar.

Os pesquisadores então acessaram a pontuação de crédito desses participantes, e descobriram uma correlação entre pontuação de crédito e as pessoas que estavam dispostas a aceitar um benefício a longo prazo. Os participantes que aceitaram recompensas imediatas tinham menor pontuação de crédito.

“Conceitualmente, faz sentido que a forma como as pessoas ‘planejam’ o futuro afete sua decisão de padrão em seus empréstimos”, disse Stephan Meier, autor do estudo. “As pessoas acumulam dívidas e têm que decidir se devolvem o dinheiro ou o usam para outra coisa”, explica.


Fonte: Aqui

09 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Quantidade indicada de café por dia

Seja para estudar ou trabalhar, são muitas as pessoas que não vivem sem seus cafezinhos diários. Mas grandes variações na quantidade de cafeína presentes nos cafés que compramos significam que o nosso consumo diário de cafeína pode ser maior do que acreditamos. Será que isso é realmente um problema? Qual a quantidade de cafeína segura para beber?

A quantidade de cafeína depende do quanto você ingere, em que condições o café cresceu, por quanto tempo ele foi torrado, o método de fabricação utilizado, o quanto de pó de café é usado para fazer a bebida e o tipo de grão usado.

(...)


As pessoas são afetadas pela cafeína de formas diferentes. Algumas são mais sensíveis às suas propriedades do que outras, e, portanto, tem que regular o quanto podem ingerir.

(...)


O café pode ter benefícios para a saúde. Acredita-se que ele aumente a capacidade de desempenho, habilidades mentais e nos deixe mais alertas, estimulando o sistema nervoso central. Um estudo realizado nos EUA descobriu que mulheres que bebiam duas ou mais xícaras de café por dia tinham menos probabilidade de ficar deprimidas.

Além disso, pesquisas sugerem que o café possa reduzir o risco de desenvolver câncer de próstata, câncer de mama e de útero. Outro estudo sugere que a bebida pode proteger as pessoas contra o aparecimento do Alzheimer.

Mas uma xícara de café (ou várias) pode não trazer só alegrias. Afinal, o café também pode ser viciante.

Todos nós devemos tentar tomar café com moderação, prestando atenção aos nossos próprios corpos. Pessoas diferentes também têm diferentes tolerâncias. Algumas reagem fortemente à cafeína, outras não. É importante conhecer seu próprio limite.

Se você está com vontade de desfrutar um cappuccino pela manhã tudo bem, mas se começar a sentir palpitações ou notar um aumento de nervosismo e insônia, você provavelmente deve cortar ou diminuir sua ingestão de cafeína. [!!!]

O conselho geral é que quatro ou cinco xícaras de café por dia é seguro, o que equivale a cerca de 400 mg de cafeína. Não há limite estabelecido para indivíduos saudáveis. É importante equilibrar diferentes bebidas e ser sensato e moderado na hora de ingerir o pretinho.

Fonte: Aqui

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Vídeo bem interessante (em inglês, sem legendas) indicado por Rafael Pinto, a quem agradeço: http://youtu.be/OTVE5iPMKLg

Avaliação Capes

"Como possíveis avanços à avaliação, foram citadas a inclusão de uma variável contexto regional e institucional no exame das propostas de regiões com recursos humanos mais escassos; a valorização da autoavaliação e a integração da avaliação de cursos acadêmicos e profissionais, entre outros".

Enprop discute avaliação, assimetrias e internacionalização da pós-graduação brasileira

Poker para aprender matemática?

Alexa Fisher, do Texas, parece e fala como uma menina normal de oito anos. Entretanto, ela tem uma habilidade pouco comum para alguém da sua idade: joga pôquer muito bem. De fato, Alexa é tão boa que consegue bater oponentes com idade sete vezes maior que a dela.

Ela começou a jogar com seu pai Justin, aos três anos. Ele diz que fez isso para ajuda-lá na matemática.

O pai começou a jogar assistindo programas de TV e jogando nos fundos da casa. Ele também usava as cartas para ensinar a filha a contar e aprender matemática antes de entrar na escola. E pelo jeito seus esforços valeram: Alexa aos poucos começou a entender o jogo e reconhecer a terminologia do pôquer, como um flush, um par e uma trinca.

Com quatro anos, e mãos que quase não aguentam segurar o maço de cartas, Alexa já sabia embaralhar, enfrentar apostas e até as estratégias básicas de blefe. Com cinco, ela já jogava Texas Hold’em como uma profissional. Aos poucos foi também desenvolvendo mais modalidades do jogo, como Badugi, Double Flop Hold’em e outros da Série Mundial de Torneios de Pôquer (WOSP).

Alexa também já jogou em eventos de caridade. Seu primeiro torneio foi em 2009, marcando um recorde para sua idade: venceu mais da metade dos participantes, incluindo seu pai.

Ela diz amar o jogo e a facilidade em aprendê-lo. Ela espera virar profissional quando crescer, e inspirar outras mulheres a fazer o mesmo.

Ao trocar uma viagem da Disney para Las Vegas, no ano passado, Alexa foi a um torneio do WOSP para conhecer seu ídolo, o jogador profissional Greg Raymer. O autógrafo diz: “Te vejo em 2024!”. Essa é data em que ela vai ser legalmente aceita a entrar no campeonato.

Fontes: HyperScience e OddityCentral

Receita anuncia redução de declarações fiscais

Por Azelma Rodrigues, Bárbara Pombo e Laura Ignacio De Brasília e São Paulo

Valor Econômico - 07/12/11

A Receita Federal anunciou ontem que vai eliminar, de forma gradativa, oito declarações fiscais obrigatórias, incluindo a do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ) a partir de 2014. O fim da entrega da DIPJ começará para as grandes empresas, como dos setores siderúrgico, automotivo e químico, que declaram pelo lucro real e respondem por cerca de 80% das receitas federais. Valerá para os dados relativos a 2013 e prestados em 2014.

Esse é um dos documentos que se encaixam nas queixas dos empresários sobre a duplicidade de informações enviadas ao Fisco. Mas a DIPJ só acabará depois que a Receita aprimorar a acumulação de dados fiscais no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Está em teste, armazenando informações tributárias das esferas federal e estadual, de notas fiscais eletrônicas do atacado, mas ainda sem alcançar o ISS.

A redução do volume de prestação de contas começa nos próximos dias. O governo deve eliminar a Declaração de Informações Fiscais (DIF-bebidas) relativa à produção de cervejas, refrigerantes e água. Posteriormente, a DIF acabará para outro setores. Uma próxima medida será a extinção da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) para imóveis imunes ou isentos. São propriedades de agricultura familiar ou de entidades religiosas, que já não pagam imposto, mas são obrigados a fornecer informações anuais.

"As informações serão mais ágeis e vão facilitar a fiscalização. Trabalhamos pela melhoria do ambiente de negócios e redução do custo Brasil", disse o subsecretário de fiscalização da Receita, Caio Cândido.

No entanto, a redução das declarações deve gerar queda de custos apenas ao longo prazo. Segundo Douglas Campanini, da ASPR Auditoria e Consultoria, os gastos com a implementação e capacitação de mão de obra para operar o sistema eletrônico são altos. "Isso demandará pessoas com maior capacitação para analisar os dados e não apenas executá-los, e elas terão que ser melhor remuneradas", diz. De acordo com pesquisa da Fiscosoft Editora, divulgada recentemente pelo Valor, 66,3% dos 1.181 executivos consultados disse que houve aumento de custos com a implantação do Sped.

Para o advogado tributarista Jorge Henrique Zaninetti, do Siqueira Castro Advogados, se for feito um cálculo do custo para entregar todas as declarações, a economia a ser gerada pela eliminação da DIPJ será ínfima. "O que demanda as empresas é a preparação dos arquivos magnéticos que devem apresentar mensalmente como a DCTF [Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais] e o Dacon [Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais] ", diz.

Como a partir de janeiro de 2012 o Sped passa a ser obrigatório para empresas tributadas pelo lucro presumido e a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS e da Cofins para todas as empresas, contabilistas pedem que as declarações sejam eliminadas de forma mais rápida. "Inclusive o Dacon e a DCTF", afirma José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Contabilidade do Estado de São Paulo (Sescon-SP). "Além disso, as pequenas e médias empresas ainda não estão preparadas para prestar informações só eletronicamente."

A redução de declarações fiscais implicará menores custos ao longo prazo. "No tempo, os pesados investimentos feitos com o Sped serão pagos", diz a diretora jurídica da Natura, Lucilene Prado. Para ela, a declaração da mesma informação à Receita aumenta a chance de erro, o que gera gastos com multas e processos administrativos. "Para uma empresa como a Natura, que tem muitas filiais e uma emissão enorme de guias e notas fiscais, há melhora nos custos."

A simplificação da legislação sempre trará redução de gastos, "por menor que seja", diz o diretor jurídico da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Helcio Honda. Segundo um estudo da entidade, realizado este ano, as empresas industriais comprometem 1,6% de seu faturamento anual (R$ 19,7 bilhões, em média) para cumprir a legislação tributária, o que inclui as obrigações acessórias

08 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio



Adaptado daqui

Links

Em Finanças Comportamentais

Romances com colegas de trabalho reduzem com a recessão

Os pecados do investidor

A importância no gênero (feminino e masculino) na pesquisa

Poquer: habilidade ou sorte

Ilusão da atenção

O Efeito placebo

Monty Hall explicado em vídeo

Nocebo: quando o “placebo” é negativo

Fim de Ano

O gráfico mostra a tendência de pesquisa com a palavra contabilidade no Google. Observe que existe uma sazonalidade semestral no volume de pesquisa, onde no final do ano e na metade a quantidade de pesquisa reduz em relação aos outros meses do ano. Será o efeito férias escolares? Realmente não penso em outra alternativa. E o leitor, o que acha?

Rafaele

O caça Rafale (fotografia) é um dos jatos que está concorrendo na licitação das Forças Armadas. No final do governo Lula, o lobby para compra do caça foi tão intenso que a decisão favorável a aeronave francesa foi anunciada pelo presidente. Entretanto, a pressão do ministro da justiça, Sr. Jobim, não foi suficiente para que o governo realmente fizesse a escolha final pelo produto francês.

Durante o atual governo a decisão foi postergada e não se tem notícia sobre quando será concretizada. Contra o caça francês quatro problemas: (1) é um das opções mais caras; (2) a experiência anterior com a França não foi muito positiva em termos de repassar tecnologia; (3) o produto não tinha muito teste prático; (4) existiam produtos melhores.

A questão do teste prático acredito que foi resolvida com os bombardeios na Líbia. As promessas de transferência de tecnologia, um dos principais obstáculos, ainda gera desconfiança.

Agora um notícia de que a produção deste caça poderá ser interrompida caso as compras não se concretizem. Isto ocorre em razão do fato de que o Rafale é usado somente pelas forças armadas franceses. Desde um estudo clássico do início da década de setenta, publicado no Journal of Finance, já se sabe que o preço final de um avião depende muito da economia de escala e da curva de aprendizagem. A inexistência de compradores estrangeiros faz com que não exista nem economia de escala nem aprendizagem na produção, fazendo com que o custo unitário do produto seja muito elevado.

Custos no Setor Público 2

A Resolução 1366 do Conselho Federal de Contabilidade trata da contabilidade de custos no setor público. No seu texto afirma que o objetivo de um sistema de custos na área pública é:


(a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas, projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade;
(b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas, estimulando a melhoria do desempenho dessas entidades;
(c) apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço;
(d) apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções mais aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados;
(e) apoiar programas de redução de custos e de melhoria da qualidade do gasto.

Ao apresentar na resolução alguns conceitos de custos (incluindo método de custeio), o texto adota certas posições desnecessárias. Por exemplo, segundo a resolução investimento "são todos os bens e direitos adquiridos e registrados no ativo". Trabalhar com o conceito de "bens e direitos" é uma retrocesso em termos de definição que não faz nenhum sentido.

Uma questão interessante diz respeito ao possibilidade de cada esfera pública fazer opção pelo seu sistema de custo. Isto significa dizer que um hospital no sul poderá estar mensurando seus custos pelo direito, enquanto outro no nordeste estará usando o ABC. Ou seja, não será possível fazer uma comparação entre os resultados.

Custos no setor público

Leio que o CFC aprovou as NBCs para custos no setor público. E que isto representa

"um marco histórico da Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil. A Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T SP 16.11 (Custos no Setor Público) – que estabelece as diretrizes básicas para implantação de Sistema de Informações de Custos no serviço público – era, muito mais, uma necessidade gerencial do que uma exigência legal."

Como autor de um livro sobre o assunto (Custos do Setor Público, Editora da UnB) gostaria de ser tão otimista. Mas como pesquisador que sou gostaria de questionar este otimismo. A maioria das importantes decisões no setor público ocorre na esfera política. Quem conhece um pouco de ciência política percebe que isto não é necessariamente ruim e que o jogo democrático pode conduzir a decisões razoáveis em termos do interesse comum da sociedade.

Se decisões são políticas, será que a informação de custo é relevante? Mais ainda, sabendo que o principal problema da gestão pública brasileira é a má gestão pública dos recursos, incluindo aqui a corrupção, como isto poderia ser relevante?

Mais importante que mensurar custos é usar a informação, inclusive a de custos, para a tomada de decisão. Sinto muito, mas não sou tão otimista assim.

Ambiente

O mapa mostra o Deforestation Index, entre 2005 a 2010. Mede, portanto, o grau de desflorestamento em cada país. Em vermelho, os países com maiores índices, que inclui Nigéria, Indonésia, Coréia do Norte, Bolívia, Papua, Congo, Nicarágua e Brasil, na ordem.  Em verde, os países com baixo risco, que inclui a China e Índia.

Olympus

Uma comissão de investigação constatou que a Olympus ocultou de seus investidores até US$ 1,67 bilhão em perdas, mas é provável que não tenha provas da participação do crime organizado na fraude, informou uma fonte na segunda-feira.

A comissão tampouco recomendará acusações criminais contra os executivos envolvidos no escândalo contábil, e se limitará a apresentar os fatos e permitir que a Olympus decida como agir quanto a isso, disse uma fonte familiar com o trabalho da comissão. "Isso cabe à companhia", disse a fonte. (...)

Mas pode ser que a Olympus consiga evitar essa humilhação caso não haja provas de uma conexão entre o acobertamento e a yakuza, a máfia japonesa, sobre a qual existem inúmeros boatos, e se a Olympus conseguir cumprir o prazo e corrigir sua contabilidade e anunciar os resultados de seu segundo trimestre fiscal antes de 14 de dezembro.

A fonte informou que a comissão concluiu que o antigo presidente-executivo Hisashi Mori e o ex-auditor interno Hideo Yamada haviam comandado o acobertamento dos prejuízos, que em seu momento mais agudo atingiram o valor de 130 bilhões de ienes (US$ 1,67 bilhão).

A comissão constatou que Mori e Yamada então informaram o ex-presidente da empresa Tsuyoshi Kikukawa, segundo a fonte. Kikukawa inicialmente rejeitou as acusações de acobertamento, quando surgiu o escândalo em outubro, mas ele posteriormente se demitiu e a companhia admitiu que seus prejuízos com investimentos remontavam à década de 1990.



Fonte: Reuters