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18 abril 2015

Notas Explicativas

Um estudo mostrando os efeitos da nova norma de notas explicativas criada no ano passado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) deverá ser divulgado até o final de maio mostrando efeitos positivos. Num levantamento inicial com 23 empresas, a CVM constatou uma redução, em média, de 9% na quantidade notas divulgadas nos balanços anuais de 2014 ante 2013.

De acordo com o Superintendente de Normas Contábeis e Auditoria da CVM, José Carlos Bezerra, foi uma redução positiva, mas ainda não dá para ter um diagnóstico. “Os dados são rudimentares e levou em conta apenas a quantidade e não a qualidade”, diz o dirigentes da autarquia.

Segundo o vice-coordenador de assuntos internacionais do CPC, Nelson Carvalho, esse é um processo que requer tempo e não é possível mudar da noite para o dia. “Estamos acostumados, desde 1976, com normas contábeis baseadas em regras, e o IFRS trouxe normas contábeis baseadas em bom senso”, diz.

O coordenador da Fundação de Apoio ao CPC, Alfried Plöger, explica que as notas explicativas deveriam priorizar a relevância, mas preocupadas em serem autuadas pela CVM pela falta de alguma informação, as empresas exageram na quantidade de notas explicativas.

O coordenador do CPC, Edison Arisa, disse ainda que agora o grupo de trabalho irá começar a olhar as demonstrações financeiras trimestrais e também irá analisar os formulários de referências que precisam ser enviados à CVM. “Vamos ver como fazer para maximizar a informação que está em diversos lugares de forma coordenada”, diz, ressaltando ainda que os balanços do primeiro trimestre deste ano já serão analisados.

Sobre os temas que serão debatidos pelas duas entidades ao longo do ano, está o IFRS15 que irá alterar o reconhecimento das receitas. “É uma norma nova, grande e tem a ver com as várias formas do reconhecimento da receita”, diz Carvalho, ressaltando que o tema será analisado até, no máximo, o início de 2016 para vigência em 2017.

Hoje, a linha de receita do balanço não discrimina de a origem de cada valor. “Se uma empresa aluga uma máquina, esse valor é incluído na linha de receita. Com a mudança, isso irá para uma linha de sub-receita”, informou.


Redução de notas explicativas já beneficia balanço de empresas - Alessandra Taraborelli - Brasil Econômico

14 abril 2014

Reduzindo das informações

Os reguladores (Iasb, CPC e Fasb/SEC) estão preocupados com a grande quantidade de informações colocados à disposição para os investidores. Particularmente esta preocupação está focada no tamanho das demonstrações contábeis e suas notas explicativas.

Uma palestra de Higgins, da SEC, indicou esta entidade está focado nesta finalidade, eliminando a duplicação de informação e reduzindo os custos para as empresas.

Recentemente tratamos deste assunto aqui no blog.

18 março 2014

Fórum de Discussão CPC – Notas Explicativas



Fórum de Discussão CPC – Notas Explicativas (Inscrições abertas)

O CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis e a FACPC - Fundação de Apoio ao CPC estão realizando Fóruns de Discussão para tratar da Consulta Pública do CPC sobre a ELABORAÇÃO DE NOTAS EXPLICATIVAS que está em período de sugestões desde 20 de janeiro até 24 de março de 2014.

São apresentadas as principais razões para a formação de um grupo de estudos e para a decisão de emitir um documento do CPC sobre a elaboração das notas explicativas e espera-se que os participantes possam fazer as suas sugestões sobre o tema. Nesse sentido o CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para este Fórum de Discussão CPC que ocorrerá no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – sobreloja – São Paulo / SP):

Fórum de Discussão CPC – Notas Explicativas - 20/03/2014 das 14hs às 16hs

14:00 - 14:10 – Comentários iniciais sobre o trabalho do Grupo de Estudos - Notas Explicativas (CPC/CODIM) – Haroldo R. Levy Neto - Coordenador

14:10 - 14:30 – Apresentação da Consulta Pública – Prof. Eliseu Martins – Vice Coordenador de Operações do CPC

14:30 - 14:40 – Principais questões a serem respondidas - Aldo Bertolucci – Relator no GE – Notas Explicativas

14:40 - 16:00 – Debates

No aguardo, o mais breve possível, de seu pedido de inscrição pelo e-maileventos@facpc.org.br, pedimos que informe o nome completo, a empresa e/ou aentidade a que pertence e o cargo que ocupa e aguarde a confirmação da sua inscrição.

Os fóruns são gratuitos, mas os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, sendo primordial que informe se não puder comparecer após a confirmação de sua inscrição.

Será dada prioridade àqueles que ainda não participaram dos fóruns anteriores.

Contatos: Leandro Pellizzaro
eventos@facpc.org.br
Telefone: 11 3628-8882

28 fevereiro 2014

Notas Explicativas

A qualidade das informações das notas explicativas publicadas pelas empresas de capital aberto em suas demonstrações financeiras é uma preocupação global dos reguladores do mercado de capitais, segundo o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira. Há no mundo, conforme ele, um movimento dos órgãos para orientar as companhias para que melhorem o conteúdo divulgado para que seja além de objetivo, simples.

"Existe uma preocupação de que a tentativa das empresas de cobrir tudo vai mais pela forma do que pela substância. Esse nunca foi o intuito do IFRS (normas contábeis internacionais). Informação demais começa a ser de menos e as pessoas passam a não entender, não ler", avaliou o presidente da CVM, nesta quinta-feira, 27.


Pereira tem razão. Mas seria interessante que os reguladores se colocassem no lugar das empresas. Existe uma estrutura conceitual que diz que a informação deve ser relevante para a tomada de decisão do usuário. Isto não ajuda muito, pois não se sabe direito que é o usuário, o que ele faz, como usa a informação. Ademais, o ambiente legal impõe uma grande penalidade na informação não divulgada, mas não na informação publicada em excesso. Ou seja, para o preparador da informação é muito mais tranquilo informar mais.

A publicação excessiva de informações implica ainda, de acordo com ele, em "custos desnecessários". Neste contexto, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que reúne instituições como a Abrasca, Apimec, BMFBovespa, Ibracon, Fipecafi e o Conselho Federal de Contabilidade, acelerou o debate sobre o tema e está promovendo discussões e fóruns para obter sugestões junto ao mercado para, posteriormente, divulgar orientações para as companhias de capital aberto no Brasil acerca das notas explicativas.

Não sei se é possível resolver isto com orientação para as companhias abertas. Além disto, não deveríamos esperar o Iasb?

O envio de sugestões para o CPC vai até o dia 24 de março. Não está definida ainda, conforme integrantes do Comitê, como a orientação sobre normas explicativas se dará. De acordo com Edison Arisa, representante do Comitê, não deve ser um pronunciamento que difere dos demais.


Observe que a orientação está fadada (a) a ser desnecessária por não diferir das demais; (b) promover a confusão, por apresentar diferenças. Em qualquer caso, seria prudente - esta palavra não deve ser pronunciada - fazer a orientação?

Até mesmo porque, conforme Pereira, as regras para as normas explicativas já constam no IFRS. "O que virá da consulta do CPC sobre as notas explicativas é uma sinalização para sempre. As demonstrações financeiras são um instrumento poderosíssimo e têm de ser", destacou o presidente da CVM.


O presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e representante do CPC, Alfred Plöger, alertou para a forma como será divulgada a orientação do Comitê ao mercado sobre as notas explicativas. Segundo ele, o CPC não almeja fazer um "check list" para as companhias de capital aberto seguirem. Pereira, da CVM, corroborou com a importância de não se fazer uma lista. Segundo ele, esse é um trabalho "intelectual".


Ou seja, o trabalho do preparador não é intelectual?

O próximo fórum sobre notas explicativas, promovido pelo CPC, está previsto para 20 de março, em São Paulo. "O objetivo do CPC neste caso não é fazer quebra do que requer o IFRS. Dentro do que é necessário no IFRS, não queremos incorrer em nenhum desvio do processo de convergência das normas contábeis internacionais. Queremos que a informação seja objetiva e clara", concluiu Arisa, do CPC.


CVM: notas explicativas preocupa reguladores no mundo
Por Aline Bronzati

06 fevereiro 2013

Observações sobre notas explicativas

Foi postado recentemente no blog um texto da revista Capital Aberto. O assunto era a grande quantidade de notas explicativas nas demonstrações contábeis. O texto, no entanto, merece alguns comentários.

Em primeiro lugar, a questão do excesso de notas explicativas não é exclusividade brasileira – como as vezes deixa transparecer o texto – nem é recente. Veja a frase a seguir:

Criadas para complementar as demonstrações contábeis em tópicos que necessitam de esclarecimentos extras, elas sofrem atualmente de verborragia a redundância.

Ou mais adiante:

A dificuldade das empresas em escreverem uma boa nota explicativa também está ligada ao processo de adaptação do mercado brasileiro à produção de demonstrações financeiras no novo padrão contábil. Diferentemente do modelo de contabilidade antigo, baseado em regras predefinidas, os IFRS exigem do emissor do balanço uma análise sobre a essência econômica das transações. Para justificar as decisões tomadas, os contadores podem estar dando mais voltas que o necessário.

As IFRS podem ser acusadas de muitas coisas, menos de serem indutoras do aumento da quantidade de páginas.

A segunda questão diz respeito ao que se espera das notas explicativas. Num primeiro momento, afirma-se que:

O grupo defende que as notas divulguem apenas fatos relevantes novos e informações complementares às publicadas anteriormente. Dados apresentados em períodos anteriores poderiam ser encontrados com um simples direcionamento para o local onde se encontram.

Na opinião de Eliseu Martins, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores especialistas brasileiros em IFRS, a nota explicativa "só deve conter o que interfere diretamente no processo de investimento".

Aqui temos um grande problema. Antigamente, as demonstrações contábeis eram detalhadas. Com o passar do tempo e o aumento da complexidade do ambiente de negócios, as demonstrações quantitativas ficaram mais enxutas, sendo colocados nas notas explicativas os detalhes. A proposta do grupo que está estudando o problema é inadequada. Se desejar conhecer qual o método de avaliação do inventário da empresa deveria consultar os relatórios onde isto foi informado. Se a empresa já possui dez exercícios que não muda o método de inventário, o usuário deverá procurar por relatórios de dez exercícios até encontrar esta informação.

A frase do Eliseu Martins esconde um grande problema: quem está produzindo os relatórios não sabe o que o usuário deseja. E provavelmente nunca saberá, pois estamos tratando de usuários, no plural. Com necessidades distintas. Assim, imaginar que aquele que produz o relatório terá condições de antecipar as necessidades dos usuários é temerário. De igual modo, é praticamente impossível separar aquilo que interfere na decisão de investimento do que não interfere.

O terceiro aspecto é decorrente do conservadorismo necessário ao que produz a informação. O texto lembra isto timidamente:

As notas longas demais e pouco elucidativas são, em alguns casos, incentivadas pelos próprios contadores e auditores. Com medo de represálias dos reguladores, esses profissionais preferem pecar pelo excesso.

A discussão é muito mais complicada do que faz parecer o texto.

04 setembro 2012

Tamanho dos relatórios


Entre 2004 e 2010, o tamanho de relatórios anuais cresceram 16 por cento, e as notas explicativas cresceram 28 por cento nas 25 das maiores empresas americanas, de acordo com um relatório de novembro 2011 da empresa de auditoria KPMG e Financial Executives Research Foundation, um grupo de pesquisa sem fins lucrativos. 

O relatório anual da Dow Chemical cresceu 72 por cento, para 203 páginas, enquanto o da Wells Fargo mais que dobrou para 212 páginas, o relatório afirmou. 

Fonte; Reuters

07 agosto 2012

Fasb propõe discussão das notas explicativas

As demonstrações contábeis são cada vez maiores, mas isto não significa que a qualidade esteja melhorando. O Fasb parece que resolveu voltar para a questão das notas explicativas. É interessante que o Fasb, órgão que regulamenta a contabilidade das grandes empresas dos Estados Unidos, tenha resolvido dedicar seu tempo sobre o assunto; em especial, é um projeto isolado, ao contrário de outros projetos conjuntos com o Iasb. (Isto talvez seja um sinal de que a convergência não está indo muito bem, mas isto é outro assunto)

Aqui o leitor do blog poderá ter acesso ao documento do Fasb. Neste link é possível ter acesso a uma contribuição de dois professores: particularmente gostei de duas sugestões: (1) colocar a política contábil de cada item junto com a nota explicativa de cada item; (2) fazer uma conciliação entre a DFC e DRE.

05 junho 2012

Notas Explicativas

Uma constatação antiga das demonstrações contábeis é o aumento substancial do número de páginas. Cada vez mais, as informações divulgadas apresentam mais informação, num número maior de páginas. A principal causa disto são as notas explicativas, que ficaram mais detalhadas.

Entretanto, o maior detalhamento não significa melhoria na qualidade da informação. Isto significa que o usuário da informação teria, pelo menos teoricamente, que consumir mais tempo lendo das demonstrações contábeis. Este fato, quando aliado ao fato de que muitas notas explicativas são desnecessárias e confusas demais, faz com que cresça a frustração com a evidenciação contábil.

Um dos problemas com as notas explicativas é a tendência a reproduzir o que foi informado no passado. Se nas demonstrações contábeis do exercício anterior certo item foi destaque, a tendência das empresas é repetir, com algumas alterações, o que foi divulgado anteriormente.

A presidenta do FASB, entidade que regula as normas contábeis dos Estados Unidos para as empresas de capital aberto, acrescenta outro aspecto: a ordem com que as notas são apresentadas. A ordem de apresentação segue, aproximadamente, a ordem com que a conta aparece nas demonstrações contábeis. Isto talvez não seja a maneira mais didática, segundo Leslie Seidman.

Para ler mais:
FASB nearing release of invitation to comment on disclosure framework - KEN TYSIAC – JOURNAL OF ACCOUNTANCY – 17 DE MAIO DE 2012

14 dezembro 2011

CVM e ativos duvidosos

No segundo ano de uso do padrão internacional IFRS no Brasil, o principal foco de atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em matéria contábil será verificar se as empresas estão reconhecendo ativos indevidamente ou se estão deixando de constituir provisões para casos de disputas judiciais.

Segundo Alexsandro Broedel, diretor da CVM, problemas ligados a casos como esse não são tão comuns quando se vê o universo completo das companhias abertas, mas o que importa nesse tema é a gravidade do assunto. "É uma ocorrência rara, mas muito problemática para a empresa."

Na supervisão que fez dos balanços publicados em 2010, a CVM questionou algumas empresas sobre casos como esses, mas ainda não chegou a uma conclusão definitiva para exigir a republicação dos demonstrativos financeiros. "É um processo que toma tempo e que demanda muita cautela e parcimônia", diz Broedel, explicando que é preciso ouvir os argumentos das empresas antes de tomar uma decisão.

Uma evidência de que uma provisão deveria ser constituída, por exemplo, é uma decisão judicial transitada em julgado contra a companhia. Já um ativo só deve ser registrado se houver segurança total de que a empresa tem direito àquele valor.

Broedel disse também que a partir de 2012 a CVM dedicará atenção especial para as notas explicativas que acompanham os balanços. Segundo ele, a avaliação do órgão regulador sobre o processo de adoção do IFRS é positiva, "para um primeiro ano". "Mas ainda tem bastante coisa para melhorar", afirma ele.

De acordo com o diretor da CVM, quase a totalidade das companhias apenas repetiu o texto da norma, em vez de explicar os critérios que usou para medir suas contas e fazer seus lançamentos contábeis.

Assim, em vez de dizer que mede seus instrumentos financeiros pelo valor justo, a empresa deve informar se usa o preço de fechamento, o médio ou de abertura, por exemplo. Na mesma linha, em vez de escrever que a receita é reconhecida quando ocorre a transferência de riscos e benefícios para o comprador (como diz a norma), a empresa precisa explicar em qual momento considera que isso ocorre. Em um exemplo, se na entrega do produto ao cliente ou se no momento do despacho.

Na avaliação dos balanços de 2010, os primeiros com o IFRS completo, a CVM procurou adotar uma postura de orientação para as empresas a respeito desses pontos de divulgação das notas explicativas. A partir da próxima safra, que sairá entre fevereiro e março de 2012, a promessa é endurecer a fiscalização e os pedidos de correção.

Com base nos números do ano passado, a autarquia listou oito pontos que deverão ser observados com mais cuidado no seu processo de fiscalização. São eles: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo; e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.


Regulador aperta cerco sobre ativos duvidosos - Valor Econômico - 13 de dezembro de 2011

30 novembro 2011

American Airlines

A notícia da falência da American Airlines não foi um grande surpresa. Entre as várias notícias é interessante destacar o comentário do Footnoted, um blog especializado na leitura dos relatórios descritivos das empresas. Na postagem sobre o assunto, o Footnoted afirma que somente em alguns trechos das demonstrações contábeis é possível notar algo estranho. Um deles afirma que:

a Companhia tem uma quantidade muito limitada de bens que poderiam ser usados ​​como garantia do financiamento futuro.

09 novembro 2011

MF Global


Esta entidade tem sua origem no comércio de açúcar, na Inglaterra, no século XVIII. Nos anos 1980s tornou-se um negócio de serviço financeiro.

Em final de outubro deste ano a empresa informou um prejuízo trimestral em decorrência dos negócios com títulos do governo da Europa. Por este motivo, a Moody e Fitch reclassificaram seu ranking como “junk”. Em 31 de outubro entrou com pedido de bancarrota, já que tinha 6 bilhões em títulos soberanos de países europeus. A empresa de auditoria era a Price, que está sendo pressionada a explicar a falta de separação dos diferentes tipos de ativos.

Os 6 bilhões aparecem numa tabela da página 78 do último relatório anual da empresa, com o título “outras obrigações – soberano”, com o valor nominal.

Um dos problemas que conduziram a empresa para esta situação decorre de uma brecha contábil que anteriormente tinha sido aproveitada pela Lehman Brothers. Que também está em bancarrota.

Mais, aqui

19 agosto 2011

Erro em informações sobre derivativos

A estratégia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de checar as informações que as empresas divulgam nos balanços sobre uso de instrumentos derivativos começa a dar resultados.

Já se tinha conhecimento de que a Saraiva havia feito uma divulgação incorreta sobre o uso desses instrumentos, e agora o órgão regulador informou que o mesmo problema ocorreu também nos demonstrativos financeiros da Celulose Irani.

Nos dois casos, as companhias disseram nas notas explicativas dos informes referentes ao primeiro trimestre de 2010 que não usavam nenhum tipo de derivativo. Ao cruzar a informação com os registros de operações feitos na Cetip, a CVM identificou que as empresas usavam instrumentos ligados à taxa de câmbio.

Os volumes eram baixos. O valor nocional – equivalente a exposição cambial – era de R$ 1,6 milhão no caso da Saraiva e de R$ 4 milhões na Celulose Irani.

Mesmo assim, a CVM entendeu que foram cometidas irregularidades, já que as empresas afirmaram expressamente, nas notas explicativas, que não usavam esse tipo de contrato. Segundo a autarquia, o cruzamento dessas informações se intensificou após os episódios de grandes perdas com derivativos na crise financeira de 2008.

Conforme comunicado de sexta-feira da CVM, o diretor financeiro e de relações com investidores da Celulose Irani, Odivan Carlos Cargnin, vai pagar R$ 90 mil à autarquia para pôr fim ao processo pelo erro de informação. Em maio, o diretor financeiro da Saraiva aceitou pagar R$ 100 mil para acabar com a investigação.

A Deloitte, que audita as duas companhias, foi julgada e inocentada no caso da Saraiva, devido ao baixo valor dos contratos.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

28 maio 2011

CMN aprova mais um ajuste às normas internacionais de contabilidade

As instituições financeiras poderão relatar em notas explicativas, fatos subsequentes ao fechamento do balanço semestral, como aquisições ou fusões ou erros contábeis. A medida foi aprovada hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e já vale para as demonstrações financeiras deste primeiro semestre.

De acordo com a resolução 3.973, as instituições poderão publicar, em nota explicativa, os chamados "fatos subsequentes", por exemplo alguma aquisição que ocorrer entre o fechamento do balanço e o período obrigatório para a publicação, que é de três meses. A demonstração financeira relativa a junho pode ser publicada, por exemplo, até o fim de setembro.

Por meio da assessoria de imprensa, o Banco Central (BC) explicou que trata-se de mais uma adaptação para convergência às normas contábeis internacionais do International Accounting Standards Board (IASB), determinada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

"Trata do registro contábil dos eventos ocorridos entre a data do balanço e a data de autorização para a emissão das demonstrações contábeis. Fatos já existentes na data do balanço devem ter seus efeitos reconhecidos nas demonstrações financeiras. Fatos ocorridos entre a data do balanço e a de publicação devem ser evidenciados em notas explicativas.", diz nota do BC

"A medida contribui ainda para o aprimoramento do arcabouço regulamentar em termos de transparência e disciplina de mercado", concluiu a nota do BC sobre o voto aprovado pelo CMN.

Fonte: Valor via UOL

24 janeiro 2010

Pior Evidenciação

O Footnoted é um dos endereços contábeis mais interessantes da internet. Diariamente publica notas explicativas esdrúxulas. No final do ano procedeu-se a escolha da pior Footnote de 2009 (And the worst footnote of 2009 was... . A empresa vencedora foi a Chesapeake Energy, que evidenciou o gasto de 12,1 milhões de dólares na compra de uma coleção de mapas antigos do Chairman e CEO Aubrey McClendon. Num dos trechos informa que um avaliador que ajudou Aubrey a adquirir a coleção num período de seis anos afirmou que o valor de reposição excedia o preço de aquisição. A nota também informava que a coleção seria exposta e que no futuro qualquer aquisição de mapas históricos seria realizado pela empresa.

05 outubro 2009

Notas Explicativas

Com as atuais regras contábeis, as mudanças potenciais devem ser reconhecidas em notas explicativas. Isto é uma fraqueza. Primeiro, notas explicativas são informações ad hoc essencialmente não padronizadas e, logo, tem limitações na comparabilidade entre empresas (...) Segundo, muitos interessados e investidores não prestam atenção nestas notas (...) E finalmente, estas notas usam várias abordagens para estimar o valor das perdas potenciais.


INTROSPECTIVE Accounting lessons from global crisis? Cayetano Paderanga, Jr. - 28/9/2009 - BusinessWorld- S1/5

23 março 2009

Importância do Texto na Contabilidade 1

(...) Uma pesquisa entre os membros do Chartered Institute of Management Accountants (CIMA) revelou que 93% acreditam que a complexidade das demonstrações aumentou nos últimos cinco anos. (...)

Demonstrações contábeis devem ir além de números prescritos pela legislação. (...) Embora seja muito difícil provar seu impacto positivo no rating da empresa diretamente, a PricewaterhouseCoopers (PwC) produziu uma evidencia interessante do seu efeito muitos anos atrás. Dois grupos de analistas tiveram acesso a níveis diferentes de informação sobre a mesma empresa. O primeiro grupo, que recebeu somente números, mas não narrativas, recebeu uma menor avaliação que o segundo grupo, que foi dado relatórios de narrativas contextuais.

(…) Minha paixão é a narrativa. Este estilo apresenta uma oportunidade vital para administração explicar sua estratégia para os investidores, discutindo o ambiente e informando como eles implementam sua estratégia. (...)

O ambiente em que nós operados é tão dinâmico que como a informação é apresentada pode ser muito diferente de dois anos atrás.


Corporate reports in narrative style give better impression
Charles Tilley - chief executive of the CIMA e autor de Complexity, Relevance and Clarity of Corporate Reporting; Views of CIMA FTSE350 Directors - 3 March 2009 - The Times – 1 – 52


Tenho realizado em conjunto com meus orientandos uma série de pesquisa na área de narrativa contábil. Isto inclui tanto o Relatório de Administração quanto as Notas Explicativas. Algumas destas pesquisas resultaram em dissertações de mestrado. Neste momento estou trabalhando em duas pesquisas sobre o assunto.

05 janeiro 2009

Pior de 2008

O blog Footnote publica, diariamente, trechos de notas explicativas (ou de outros textos narrativos) de empresas de capital aberto dos Estados Unidos. É uma proposta interessante e em várias situações o blog foi escolhido como sendo um dos melhores na área financeira.

No final do ano, foi feita a eleição da “pior” nota explicativa. E o vencedor foi a empresa A. Schulman. Basicamente a empresa comenta que durante o ano de 2008 a empresa manteve um arrendamento de um avião para transporte dos executivos. A nota informa que a aeronave é usada somente para fins de negócios. Mas o fim do contrato de arrendamento tornou poibitivo o acesso a um campo de pesca no Canadá. Este campo era usado somente para “propósitos de business entertainment” e foi colocado à venda em 2008.

28 novembro 2008

Bancas

Ontem participei de cinco bancas de meus orientandos.

Rafael Koifman, do mestrado, pesquisou as notas explicativas e os relatórios de administração. Como estas peças são textos, a pesquisa de Rafael foi no sentido de verificar se a maneira como o texto é produzido pela empresa possui relação com o desempenho da mesma.

Higor, da graduação, fez uma análise nos clubes de futebol do Brasil, tentando verificar se a qualidade da evidenciação está relacionada com o desempenho do clube (ranking da CBF) e o tamanho da receita. Não para o primeiro e sim para o segundo.

Amanda, também aluna da graduação, relacionou o índice retorno sobre o estoque (RSIE ou GMROI) com a elasticidade-inelasticidade do produto. Este é um trabalho teórico interessante que poderá alguns desdobramentos futuros interessantes.

Vanessa replicou uma pesquisa que realizei no início desta década sobre a relevância da correção monetária das demonstrações contábeis. Ela empregou duas técnicas adicionais, mas constatou que a relação entre os números com e sem correção monetária é elevada, indicando dificuldade em aceitar que a correção é útil nos dias atuais.

E finalmente Eber tentou verificar se a análise de balanços é útil, mensurando se os indices de capital de giro podem ser usados para antecipar agregação ou não de valor.