Translate

Mostrando postagens com marcador compra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador compra. Mostrar todas as postagens

14 fevereiro 2020

Irani e a data da venda

Em 2016, a Celulose Irani faz um contrato com a Global Fund. Pelo acordo, a Irani transfere a exploração de uma área por um período de onze anos, mas durante este período a Irani teria opções de recompra de madeira produzida na base florestal.

O que ocorreu aqui? A primeira opção é uma venda de ativo (a floresta). Se isto for o correto, a empresa deve fazer o registro da saída do ativo, no valor de R$55,5 milhões, e confrontar com o valor de custo (R$51,8 milhões). A diferença é a baixa de um ativo e o registro da diferença como resultado.

Mas será que o ativo foi efetivamente transferido? Uma das condições é que os riscos e os benefícios de uso do ativo passou a ser do comprador. Mas como a Irani tinha opção de recompra de madeira e o contrato tem um prazo de onze anos, talvez não tenha existido esta transferência.

Em 2016, a empresa reconheceu a operação como sendo uma venda. Reduziu o ativo, mas registrou uma receita oriunda da venda de floresta. O auditor da época, a PwC, somente considerou a transação como sendo uma dos principais assuntos de auditoria, reconhecendo que se dedicou muitas horas ao assunto. Mas o relatório foi sem ressalvas.

Em 2019 o novo auditor fez ressalva a este tratamento. Para a Deloitte, o registro deveria ter sido como um tipo de empréstimo, com garantia. Afinal, não teria existido uma mudança no dono do ativo. Para a Deloitte, não ocorreu uma mudança no risco e no benefício pelo uso da floresta. A empresa fez ressalva nas demonstrações contábeis de final de ano e publicadas no início de 2018. No ano que a ressalva foi publicada, o contrato foi alterado: deixou de existir a opção de recompra.

A CVM considerou que a transação foi de uma compra e venda de ativo. Ou seja, a Irani vendeu florestas para terceiros. A questão é que a CVM considera que esta transação só ocorreu quando isto ficou caracterizado, com a mudança no contrato. Ou seja, para CVM, a operação de venda ocorreu em 2018, não em 2016. E para apresentar de maneira mais adequada o assunto, a entidade determinou que a Irani republicasse os balanços de 2016 a 2018, considerando a operação como sendo um empréstimo nos dois primeiros anos e uma venda em 2018.

20 novembro 2017

Muito caro

Uma pergunta no Quora:

Quais os itens mais caros que as pessoas compram?

A resposta, fantástica, de Cihan Oklap:

"Não é apenas o preço que é caro. É o fato das pessoas não poderem aproveitar enquanto estão lá."

29 junho 2015

Finanças Pessoais: Não Faça Compras em Conjunto

Muitas linhas são escritas em finanças pessoais sobre o processo de compras. Como uma razoável parcela da despesa é com itens adquiridos no comércio, é natural que exista uma preocupação sobre a maneira mais correta para economizar. Na semana passada falamos da opção de não fazer pechincha, um conselho oposto ao que geralmente se espera. Hoje vamos indicar: não faça compras em conjunto. Este conselho também vai contra as indicações existentes sobre o assunto.

A ideia original é reunir mais de uma pessoa para efetuar compras, particularmente nos atacadistas. Duas ou mais pessoas poderia adquirir uma caixa de sabonetes, com valor unitário menor que uma compra isolada. Assim, ir a um grande atacadista poderia ajudar na economia já que haveria esta divisão nos custos.

Mas esta é uma péssima recomendação. Em primeiro lugar, provavelmente haveria uma grande dificuldade de encontrar as pessoas com quem dividir suas compras. Mesmo que você consiga encontrar alguém que tenha a mesma predileção pelo sabonete Y em barra, provavelmente esta pessoa não tem a mesma opção pelo alvejante X, de 500 ml, que você gosta.

Outro motivo para evitar fazer compras com alguém é o efeito que isto pode ter no seu carrinho. As pessoas observam bastante o que ocorre com seus colegas. Se um conhecido compra um produto supérfluo, as chances que você também compre aumentam. Isto é do comportamento humano. Um amigo pode induzi-lo a adquirir um vinho, quando você não aprecia este tipo de bebida; ou você compra o produto para impressioná-lo.

A presença de um conhecido fazendo compras com você pode aumentar o tempo que você passa no comércio. E mais tempo significa mais compras. Imagine que você geralmente faça suas compras em uma hora; mas sua companhia leva duas horas. O que você irá fazer neste período de tempo? Muito provavelmente consumir mais.

Assim, faça as compras só. E leve uma lista e siga rigorosamente o que esta nesta lista.

22 junho 2015

Finanças Pessoais: Não faça pechincha

A televisão mostra um consumidor que orgulhosamente fez uma extensa pesquisa de preço e conseguiu uma “grande” economia ao procurar o menor preço. E você se sente culpado por não fazer a mesma coisa. Mas em muitos casos o conselho é: não faça isto.

Em geral as pessoas não conseguem pesquisar toda a lista do supermercado. Por este motivo, concentram naqueles produtos “básicos”, como óleo de cozinha ou arroz. O grande problema é que o supermercado sabe disto e concentra sua promoção nestes produtos. Ao final das compras, o valor dos produtos que estão no carrinho de compras é muito maior, já que a “economia” obtida no óleo de cozinha foi compensada na barra de chocolate.

Além disto, o estabelecimento que oferece o menor preço nem sempre é a melhor opção de compra. Aqui temos três razões para isto. Em primeiro lugar, a quantidade de produtos que colocamos no carrinho não depende somente da lista que levamos para o supermercado. Outros fatores influenciam, como o tamanho da embalagem, a disposição dos produtos na prateleira, o tipo de pagamento aceito, a variedade dos produtos e marcas. Se o supermercado eleito possui o melhor preço do óleo de cozinha, mas possui produtos alimentícios tentadores e supérfluos, a economia jogada fora nos outros itens.

A segunda razão é levar em consideração todos os custos numa compra. Isto inclui o custo de transportar a mercadoria da loja para sua casa e o tempo que se levou para fazer a compra. Se a loja possui preços bons, mas você passa uma hora no caixa para efetuar o pagamento, valeu a pena economizar dez reais?

Finalmente a terceira razão é que somos péssimos em fazer pechincha. Somos facilmente enganados pelas propagandas, ludibriados por anúncios com ressalvas em letras minúsculas, estudados como cobaias pelos homens de marketing com novas estratégias para vender mais e somos levados a acreditar que fizemos um bom negócio só por ter adquirido um produto por um preço baixo que não precisávamos ter comprado.

Assim, ao ver mais uma reportagem sobre os consumidores “espertos” que economizaram não se sinta culpado. Aproveite o sofá, pegue o controle remoto e mude de canal.

29 julho 2014

Governo muda a forma de aquisição de passagem aérea

Segundo informação do jornal Estado de S Paulo , o governo decidiu eliminar um intermediário na aquisição de passagem aérea. Neste caso, o governo irá adquirir as passagens diretamente da empresa aérea, sem passar pela agência de turismo. Atualmente quando um órgão quer adquirir passagem aérea o processo passa por uma agência, que faz a aquisição. Entretanto, não existe garantia de que esta agência estaria buscando o menor preço.

Segundo informações do jornal, o modelo está sendo testado pelo Ministério do Planejamento e depois será expandido para outros ministérios e produtos. Este é um bom exemplo de atividade que não agrega valor.