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11 janeiro 2012

As práticas financeiras islâmicas

Enquanto a incerteza continua a incomodar os mercados mundiais, levando muitos investidores a um recuo total, uma parte do setor financeiro está se expandindo exponencialmente: os ativos financeiros que cumprem os preceitos da lei islâmica cresceram de cerca de US$ 5 bilhões no fim dos anos 1980 para cerca de US$ 1,2 trilhão em 2011.

Essa classe de ativos, que se caracteriza por risco compartilhado entre instituições e clientes, evita muitas das consequências mais graves da crise financeira mundial que começou em 2008. Essa capacidade de resistência, juntamente com vários outras características cruciais, está na base do elevado desempenho e crescente popularidade do mundo financeiro islâmico.

A crise financeira mundial afetou negativamente um pequeno número de instituições financeiras islâmicas, quando a economia real encolheu e alguns emissores de títulos islâmicos não honraram suas dívidas. Mas o compartilhamento de riscos inerente ao mercado financeiro islâmico tornou esses instrumentos mais resistentes à primeira rodada de contágio financeiro que surgiu em 2008. Economistas de renome, como Kenneth Rogoff, da Universidade de Harvard, têm sugerido que o sistema financeiro islâmico comprova as vantagens de maior igualdade e compartilhamento de riscos em relação ao viés convencional que privilegia instrumentos de dívida.

Várias características peculiares tornaram as instituições financeiras islâmicas relativamente estáveis durante a crise. Um desses aspectos é que os instrumentos financeiros islâmicos são garantidos por ativos, assegurando, assim, um vínculo direto entre as operações financeiras e atividades econômicas reais. Os retornos obtidos por instituições de poupança e investimento são intimamente interligados, porque são determinados pelo setor real, e não pelo setor financeiro.

Isso cria um mecanismo de ajuste flexível, para o caso de ocorrerem choques imprevistos. Isso também garante que os valores de ativos reais e de passivos sejam sempre iguais, ao mesmo tempo em que proíbem alavancagem excessiva e diversas formas complicadas de securitização. Além disso, o sistema financeiro islâmico é mais justo: credores e tomadores compartilham riscos e recompensas, o que aumenta o foco em metas de longo prazo e desestimula excessiva tomada de riscos em curto prazo.

Em suma, as instituições financeiras islâmicas tratam seus clientes como parceiros de negócios. Portanto, elas têm fortes incentivos para que avaliem cuidadosamente os pedidos de financiamento e para ajudar os tomadores de empréstimos nos maus momentos, reduzindo assim as pressões no sentido de vender ativos a "preços de liquidação" e minimizando a probabilidade de contágio financeiro. Finalmente, as práticas financeiras islâmicas protegem saldos de depósitos e impedem o crescimento excessivo do crédito.

Instrumentos financeiros islâmicos estão atualmente disponíveis em pelo menos 70 países e representam atualmente cerca de 0,5% do ativos financeiros em todo o mundo. Mas as perspectivas de crescimento rápido e contínuo são fortes. Em seu "Relatório sobre o sistema bancário islâmico mundial" (novembro 2011), o Deutsche Bank projeta uma taxa de 24% de crescimento anual composto para os ativos islâmicos durante os próximos três anos. Há cinco razões principais para essa previsão:

1) Os serviços financeiros islâmicos proporcionam a poupadores e investidores alternativas a instrumentos convencionais.

2) A qualidade dos serviços financeiros islâmicos está melhorando e esses não se limitam a determinados clientes.

3) Instituições financeiras multinacionais convencionais estão cada vez mais oferecendo ativos islâmicos e há um crescente interesse por eles em Londres, Luxemburgo e outras capitais do mundo financeiro.

4) O boom de commodities em alguns países muçulmanos gerou excedentes que precisam ser alocados por meio de intermediários financeiros e fundos de riqueza soberana.

5) Instrumentos financeiros islâmicos podem respeitar a sharia - código moral e lei religiosa islâmica -, bem como enviar sinais de mudança compatíveis com os recentes acontecimentos em vários países de maioria muçulmana.

Mas perceber o potencial do sistema financeiro islâmico exige forte acompanhamento supervisor. As instituições financeiras precisam melhorar o cumprimento dos requisitos para empréstimos e o cumprimento do monitoramento pós-empréstimo. Também é problemático o fato de que, em muitos países, dívidas recebem tratamento tributário vantajoso, o que privilegia alavancagem em detrimento de participação de capital e esquemas de compartilhamento de lucro e prejuízos. Isso precisa mudar.

Além disso, hipotecas, seguros, leasing e microfinanças são subdesenvolvidos, no mundo financeiro islâmico; procedimentos de insolvência e falência devem ser melhorados; e mecanismos para lidar com calotes envolvendo "títulos islâmicos" precisam ser estabelecidos. Finalmente, as instituições financeiras islâmicas precisam responder às preocupações quanto à gestão do risco de liquidez, cumprimento as regras da Basileia.

Embora recentes relatórios enfatizem a dimensão e o crescimento de ativos e instrumentos financeiros islâmicos, é a qualidade dos serviços, contínua inovação financeira e práticas sensatas de gestão de riscos que acabam por definir seu sucesso. Corrigindo suas deficiências, o sistema financeiro islâmico poderá incentivar o crescimento inclusivo em muitos países em desenvolvimento.

Se o esquema financeiro islâmico puder solucionar os principais entraves de regulamentação e de governança corporativa, poderá satisfazer mais necessidades bancárias e de investimentos das pessoas, expandir seu alcance e contribuir para maior estabilidade financeira e inclusão no mundo em desenvolvimento. Isso é algo a que todos deveriam dar boas vindas. (Tradução de Sergio Blum)

Mahmoud Mohieldin é diretor-executivo do Banco Mundial.

O case da galinha


(...) Dan Pallottta, que mantém um blog no website da revista de negócios Harvard Business Review, declarou recentemente que em aproximadamente metade de suas conversas sobre negócios não tem a mínima ideia do que seus interlocutores estão falando. Confessa que, quando jovem, sentia-se tolo por não entender o que as outras pessoas diziam, mas que agora suspeita que a "tolice" seja de seus interlocutores, por não conseguirem se fazer entender.


O autor identifica algumas manifestações curiosas do fenômeno. Uma delas é o “abstracionismo”, a prática de substituir palavras simples e de domínio público por expressões empoladas e complicadas. Por exemplo, uma simples maçaneta pode ser transformada em uma “inovação em acesso residencial” e um investimento duvidoso pode ser magicamente transmutado em uma “aplicação estruturada em derivativos de perfil agressivo”. Outra manifestação é a proliferação de expressões de grande efeito e pouco significado, tais como “pensar fora da caixa”, “quebrar paradigmas”, “provocar inovações de ruptura”, “adotar a estratégia do oceano azul” [??] e “encantar os clientes”.

O fenômeno descrito por Pallotta conta mais de três décadas. Desde os anos 1980, o mundo corporativo vem desenvolvendo dialetos peculiares. A origem tem base comum, mas suas manifestações parecem ter se multiplicado. Primeiro, vieram os consultores, apropriando-se inventivamente do vernáculo para embalar velhas ideias com novos significados. Sua criatividade oral foi retratada com exemplar ironia em uma anedota, popular nos anos 1990, na qual é perguntado a um consultor por que, afinal, uma galinha atravessa a rua, ao que o profissional responde:

“A desregulamentação da economia estava ameaçando sua posição dominante no negócio. A galinha teve de enfrentar desafios para criar e desenvolver as competências essenciais para o novo mercado competitivo. Nossa consultoria orientou a galinha a repensar sua estratégia. Usando um Modelo Galináceo Integrado (MGI), a consultoria ajudou a galinha a usar seu capital social para alinhar os recursos dentro de um framework de classe mundial. Um programa de sete passos foi realizado para alavancar seu capital intelectual, tanto tácito quanto explícito, e possibilitar um aumento da sinergia para agregar valor à cadeia produtiva. Tudo foi conduzido em direção à criação de uma solução holística e sustentável. Em suma: a consultoria ajudou a galinha a tornar-se uma galinha de sucesso”.

Em tempo, a resposta certa seria: para chegar ao outro lado da rua.

Fonte: Os herméticos - Thomaz Wood Jr

Em leilão comportado, KPMG ganha conta do BB

O cenário vivido na tarde de ontem no Banco do Brasil foi o mesmo de 29 de outubro de 2010: PwC, KPMG e Ernst & Young disputaram a conta de serviço de auditoria da instituição em um leilão eletrônico. O resultado também foi igual: a KPMG ganhou o certame e seguirá responsável, em 2012, pela checagem das contas da maior instituição financeira do país.

Apesar das semelhanças entre o início e o fim do processo, a disputa foi bem diferente da vista na primeira ocasião, em que a vencedora arrematou o contrato com um lance de apenas R$ 95 mil, com desconto de 99,5% ante o preço original, após uma dura batalha com a Ernst & Young.

A derrubada dos honorários para um nível tão baixo no leilão anterior, que teve uma repercussão negativa muito grande entre os profissionais do setor, parece ter ensinado algo às firmas de auditoria, que dependem da reputação para sustentar seu negócio.

Na época, auditores de diversas regiões do país divulgaram textos criticando a conduta de KPMG e EY, duas das chamadas “Big Four”, grupo que reúne as quatro grandes auditorias do mundo e conta ainda com Deloitte e PwC.

Do lado dos representantes dos auditores, o que mais se ouviu foram críticas ao modelo do pregão eletrônico usado pelo BB para contratação do serviço. Mas não havia como fugir à realidade de que o sistema não reduz os lances sozinho.

Dessa vez foi tudo diferente. Nenhuma das três auditorias que participaram da disputa reduziu o lance inicial. Com a proposta mais barata, de R$ 6,39 milhões, a KPMG saiu vencedora. A Ernst Young Terco havia proposto cobrar R$ 9,72 milhões e a PwC tinha pedido R$ 13,8 milhões.

Em 2010, a KPMG tinha pedido inicialmente R$ 19,6 milhões, enquanto a PwC colocou lance de R$ 12,5 milhões e a Ernst & Young, de R$ 6,0 milhões.

Embora o preço tenha subido de um ano para o outro, o BB seguirá pagando menos que seus pares pelo serviço. Em 2010, o Bradesco pagou R$ 33,7 milhões para a PwC, antes de trocá-la pela KPMG em 2011. Também em 2010, o Itaú pagou R$ 40,9 milhões à PwC, enquanto o Santander remunerou a Deloitte em R$ 9 milhões.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

Olympus

A fabricante japonesa de máquinas fotográficas Olympus apresentou um processo contra 19 executivos, por prejuízos causados à companhia em uma fraude contábil. O processo foi aberto no domingo por auditores em nome da empresa no tribunal distrital de Tóquio.

Entre os executivos incluídos no processo está o ex-executivo-chefe Tsuyoshi Kikukawa, o atual presidente (CEO), Shuichi Takayama, e outros 17 executivos de alto escalão da empresa que, de acordo com a acusação contida no processo, participaram ou tinham conhecimento da fraude.

A Olympus afirma que as perdas relacionadas ao escândalo da fraude chegam a 85,9 bilhões de ienes (US$ 1,1 bilhão). A companhia exige o pagamento de 3,6 bilhões de ienes (US$ 47 milhões) por danos ao ex-executivo-chefe. No caso dos demais acusados, a compensação exigida pela companhia é menor, incluindo 1 bilhão de ienes (US$ 13 milhões) do presidente da empresa, Masatoshi Kishimoto.

Seis membros do conselho implicados no relatório, incluindo Takayama, deverão renunciar na próxima reunião de acionistas, prevista para março ou abril. Há expectativa de que a companhia também eleja um sucessor para Takayama. Entre os candidatos estão os diretores da empresa Masataka Suzuki, Kazuhiro Watanabe e Shinichi Nishigaki —que, segundo a investigação, não partiparam do escândalo.

Fonte: Cibelle Bouças Valor, com agências internacionais

Aviação

De acordo com a Ascend, 2011 foi o ano mais seguro para a aviação. Houve 25 acidentes fatais , um pouco abaixo da média dessa década, de 26,6 acidentes. Mas , a taxa de tais acidentes de um por 1.52 milhão de voos foi a melhor da história, batendo ligeiramente taxa de 2009, de um por 1.51 milhão.

Os cinco piores acidentes : dois no Congo, dois na Rússia e uma no Irã , foram responsáveis ​​por 250 mortes, grande parte do total das 401 deste ano. Isso foi o equivalente a uma morte por 7,1 milhão de passageiros, uma taxa muito melhor que 2004 (anteriormente o ano mais seguro, segundo essa métrica), quando houve uma morte por 6,4 milhão de passageiros (e 434 mortes no total).

Paul Hayes, diretor de segurança da Ascend , disse em comunicado que: "As companhias aéreas estão ficando mais seguro e, em média, as operações de linhas aéreas globais são agora duas vezes mais seguras que há 15 anos."

10 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Imposto na nota fiscal

Na economia, não bastam boas ideias. Elas precisam ser viáveis. Seus custos não de­vem exceder os benefícios e, assim, evi­tar perdas para a sociedade. Exemplo de boa ideia é explicitar os impostos na nota fiscal. Ao saber quanto paga, diz-se, o consumidor se conscientizaria do seu enorme custo, cobraria do governo a adequada aplicação dos recursos e forneceria apoio político para a realização da reforma tributária. Tudo muito correto. O dia­bo, como sempre, mora nos detalhes. O custo excederia os benefícios.

Os defensores da ideia se inspiram em exem­plo não aplicável ao Brasil, o do sales fax ameri­cano, um imposto sobre vendas a varejo cujo valor é registrado na nota. O Brasil utiliza um método distinto, o do imposto sobre o valor agre­gado, que é arrecadado ao longo da cadeia de produção e consumo. O sales faX existe somente nos Estados Unidos e em uma ilha do Caribe. Por incidir apenas na venda final, tem elevado poten­cial de sonegação, o que é minimizado por suas alíquotas relativamente baixas, a maioria entre 6% e 8%. Isso só é possível nos Estados Unidos porque o grosso da carga tributária americana vem de impostos sobre a renda e a propriedade, e não sobre o consumo, como no Brasil.

A ideia de explicitar os impostos na nota fiscal é boa em tese, mas custosa e arriscada. Devem existir formas mais eficazes de mobilizar a sociedade em favor da reforma tributária O sales fax não é tão simples quanto se pensa.

(...) Se a explicitação dos impostos na nota viesse a ,ser aprovada, haveria enorme elevação dos custos de transação, derivada do aumento da complexa teia de normas e obrigações. No Bra­sil, as empresas gastam 2600 horas anuais para cumprir obrigações tributárias (nos países ricos, menos de 200 horas em média). (...)


Imposto da nota fiscal - 9 de Janeiro de 2012 - Veja. Imagem aqui

Deloitte

A geração Y é a geração composta pelos jovens nascidos após 1980. É também chamada de geração internet.Uma pesquisa recente (via aqui) mostrou que a Deloitte é a maior empregadora para a Geração Y.

Emergentes e vendas de carros

De acordo com o Scotia Bank, em 2012 , os mercados emergentes vão superar os desenvolvidos ,em vendas de carros:

A China é a grande responsável pelo crescimento das vendas.Em 2018, o país irá comprar 11 milhões de unidades de automóveis a mais que em 2011, assim, será responsável por 28% das vendas mundiais, enquanto os americanos responderão por 18% do total. Além disso, assim como os EUA, a China é importadora líquida de carros , ou seja, importa mais veículos do que produz. Em 2010, comprou 253 mil veículos a mais que produziu no mesmo período. Para 2018, a projeção é de que as compras chinesas superem sua produção, em 2,3 milhão de carros.É uma ótima notícia para as montadoras japonesas, sul-coreanas , e para a Europa que é uma grande exportadora de carros.

Ademais, o mercado de carros de luxo é cada vez mais dominado por compradores chineses. A Rolls-Royce, Ferrari , Aston Martin, Lamborghini estão faturando com a crescente demanda. Provável explicação: carro é sinônimo de status e uma forma de demonstrar riqueza. Assim, com o número crescente de novos ricos na China, é bem factível que o interesse por modelos de luxo seja cada vez maior. Conforme Dominique Moisi: " Eles sonham em consumir como os ocidentais e nosso pesadelo é trabalhar como eles."

1º Exame de Suficiência de 2012

De 12 de janeiro a 13 fevereiro estarão abertas as inscrições para o 1º Exame de Suficiência de 2012, cujas provas serão realizadas no dia 25 de março próximo. Essas informações estão no Edital do Exame, publicado hoje, 9 de janeiro, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no Diário Oficial da União (DOU) - Seção 3.

A aprovação no Exame de Suficiência é requisito para a obtenção ou o restabelecimento de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC), conforme estabelecido pela Lei nº 12.249/2010. As normas que regem o Exame estão previstas na Resolução CFC nº 1.373/2011.

O Exame de Suficiência é constituído de provas em duas modalidades: para bacharéis em Ciências Contábeis e para Técnicos em Contabilidade. As provas do 1º Exame de 2012 serão executadas pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), entidade contratada pelo CFC para a realização do certame em todo o território nacional.

Fonte: CFC

Emprego cresce, assim como o seguro-desemprego

O Brasil é o único país no mundo em que o emprego cresce e as despesas com seguro-desemprego disparam. O paradoxo decorre de instituições de má qualidade no campo do trabalho. Explico-me.

Para fazer jus ao seguro-desemprego, o empregado precisa ter trabalhado pelo menos seis meses com registro em carteira. Para poder sacar os recursos depositados no FGTS, o empregado necessita completar um ano de serviço, desde que dispensado sem justa causa.

Vejamos o que ocorre com um empregado que ganha R$ 1 mil por mês e que completa um ano na mesma empresa. As estimativas a seguir são feitas com aproximações e sem considerar os descontos de lei.

Se ele for dispensado sem justa causa, terá acumulado R$ 1.040 na sua conta do FGTS (inclusive a parcela do 13.º salário). No caso de ser desligado da empresa sem justa causa, sacará esse montante e receberá R$ 400 a título de indenização de dispensa, perfazendo R$ 1.440. Além do salário do mês, como parte das verbas rescisórias, ele terá direito a R$ 1 mil de 13.º salário e R$ 1.333 a título de férias e abono, o que no agregado soma R$ 3.773. Uma vez despedido, ele receberá quatro parcelas no valor de R$ 763,29 a título de seguro-desemprego, ou seja, R$ 3.053,16. Em resumo: para viver nestes quatro meses, o empregado em tela disporá de R$ 6.826, o que dá uma média mensal de R$ 1.706, ou seja, 70% a mais do que ganhava quando estava trabalhando.

Até aqui foi tudo legal. Mas, com a atual falta de mão de obra, o referido trabalhador pode se reempregar com facilidade. Para não perder o benefício do seguro-desemprego, muitos procuram um emprego informal. Digamos que o protagonista do exemplo consiga ganhar R$ 1 mil nessa atividade, ou seja, R$ 4 mil durante os quatro meses. O ganho total no período subirá para R$ 10.826, que dá uma média de R$ 2.706 mensais! Além disso, há o abono salarial.

Numa realidade desse tipo, não é à toa que tanta gente utilize esses expedientes. Isso ocorre principalmente entre os empregados de baixa renda. Os dados mostram que, em 2010, 85% dos saques do FGTS foram feitos em contas cujo saldo médio era de apenas R$ 1 mil (tendo totalizado R$ 12 bilhões). Para quem ganha R$ 1 mil por mês, um acréscimo de renda de 170% é de extrema valia.

Fonte: aqui

09 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 537

Nem tudo que está na internet é de boa qualidade. Eis um exemplo: no Yahoo Respostas alguém perguntou: “Quantos anos de depreciação de uma imóvel?”. A resposta, escolhida por votação, foi a seguinte: “Imóvei são bens que não se calcula Depreciação. Somente pode aconteçer casos raros de desvalorização em local isolado. Por algum motivo inesperado.”

Está certo ou errado?

Resposta do Anterior: Entidade

Frase

“O auditor decididamente não deve ser um confiável conselheiro para a companhia”

Discurso de Jim R. Doty Presidente do PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board)

Quem ganha com a produção de iPad e iPhone 4?

Estudo mostra que a montagem do Ipad e Iphone agrega pouco valor para a economia chinesa. Embora os produtos da Apple, incluindo a maioria dos seus componentes, sejam fabricados na China, os principais benefícios vão para a economia dos EUA, pois a Apple continua a manter o design do produto, desenvolvimento de software, gerenciamento do produto, marketing e as funções com altos salários nos EUA .Ou seja, a empresa continua a capturar a maior parte do valor de suas inovações. Outros países estão a frente da China, em termos de adição de valor à suas economias, através da produção de componentes eletrônicos. Um bom exemplo é o caso da FoxConn, que é de Taiwan, mas mantém suas fábricas na China Ocidental.

No caso de um Ipad 16 GB WI-FI,do valor total de US$ 499 , a empresa do Vale do Silício, fica com cerca de 30% de US$ 424 (preço de atacado) .Temos ainda 31% (US$ 154,69) do custo dos insumos e mão-de-obra direta , dos quais a China fica com apenas 8 dólares (1,8% do total). No caso do Iphone 4, a Apple fica com 58% de 549 dólares, temos ainda 21,9% do custos dos insumos e mão-de-obra direta , dois quais apenas 10 dólares vão para o pagamento dos trabalhadores chineses. O valor final recebido do Iphone é superior ao do Ipad, pois o cliente não paga diretamente a Apple, já que existe contrato com uma empresa de telecomunicação, em troca de subsídio. O preço de venda ao cliente do Iphone 4, em 2010, era de 199 dólares, todavia, a Apple recebe 549 dólares, já que 350 são oriundos do subsídio recebido de empresas como AT&T e Verizon. Assim, retirando todos os outros custos a empresa fica com 321 dólares, ou 58% de US$ 549.


Depois da Apple, os maiores beneficiários desta cadeia de suprimento são empresas sul-coreanas, como LG e Samsung, que fornecem as telas e os cartões de memória, e cujo lucro bruto representam 5% e 7%, respectivamente, do preço de venda para o iPhone e iPad. Os fornecedores japonese e taiwaneses capturam de 1 a 2% cada.





É bom ressaltar que não há nenhum fornecedor chinês para o Ipad ou Iphone. Ou seja, o maior benefício para a economia chinesa são os salários pagos para seus trabalhadores. Muitos componentes, como baterias e telas sensíveis ao toque, recebem o tratamento final na China, em fábricas de propriedade de empresas estrangeiras. Estima-se que 10 dólares ou menos vão para o pagamento da mão-de-obra direta dos chineses. Assim, enquanto cada unidade vendida nos EUA acrescenta de 229 a 275 dólares para o déficit comercial entre EUA e China, a parte retida na economia chinesa, é uma pequena fração desse montante:10 dólares para o Iphone e 8 para o Ipad.


Em suma, a montagem de produtos eletrônicos agrega pouco valor à economia de um país, e por consequência não é o caminho mais saudável para o desenvolvimento econômico e de expansão de conhecimento produtivo. Ademais, não há relação entre agregação de valor e o local da produção, conforme foi mostrado no estudo.

Salários de Ministros

Ocupantes do primeiro e do segundo escalão na Esplanada estão engordando os altos salários com participações, também conhecidas como jetons, em conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até privadas. Os extras para comparecer, em geral, a cada dois meses às reuniões dessas companhias vão de R$ 2,1 mil a R$ 23 mil por mês. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, participam dos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, que rendem, cada um, R$ 7 mil mensais, em média. Com tudo somado, o chefe da equipe econômica e sua colega vêm embolsando, atualmente, R$ 40,9 mil brutos todo mês.(...)

Economista da Tendências Consultoria e especialista em finanças públicas, Felipe Salto avalia que os supersalários recebidos pelos ministros e secretários representam um entrave para o corte de gastos anunciado pelo governo. “Esses valores servem como um mau exemplo e são prejudiciais para a constituição de uma estratégia fiscal de maior austeridade. Os funcionários que estão na base das carreiras sempre vão usar os que estão no topo como referência para pedir reajustes”, afirma.

Para o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, além dos altos salários dos ministros de Estado, a atuação de Adams em empresas privadas é grave. “A AGU, em tese, defende os interesses da União. Na medida em que o advogado-geral está em um conselho de capital majoritariamente privado e tem acesso a informações privilegiadas, há uma confusão entre o público e o privado”, sustenta.


Ministros embolsam megassalários - 08 de Janeiro de 2012 - Correio Braziliense - Ana D'Angelo & Cristiane Bonfanti

Mais do que isto, a participação dos ministros induz os gestores a posições contrárias ao interesse público. Um ministro que participa do conselho de um estatal será favorável a privatização? Certamente que não.

Auditoria no Bacen

Responsável por administrar a quantidade de dinheiro em circulação no País, o Banco Central possui "deficiências" no controle dos próprios gastos, que atingiram em 2010 um nível recorde de quase R$ 2 bilhões. Os problemas foram apontados pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em auditorias feitas em 2010 e divulgadas no ano passado.

A CGU apontou "deficiências" e ressaltou que o controle interno "não é plenamente efetivo" sobre os contratos e convênios firmados pelo BC, a maioria deles sem licitação ou concorrência pública.(...)

As deficiências encontradas pela controladoria estão relacionadas "aos controles do banco quanto aos bens imóveis de uso especial, aos processos licitatórios, ao sistema de tecnologia da informação, aos convênios firmados". Também foram localizados problemas com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), administrado pelo BC, quanto à "elaboração de relatório circunstanciado e cálculo atuarial".




Auditorias apontam problemas no BC - 8 de Janeiro de 2012 - O Estado de São Paulo - Iuri Dantas

08 janeiro 2012

Flash Mob de contadores

No twitter, o professor David Albrech perguntou se temos algo similar no Brasil. Vejam que vídeo interessante:



Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Corredores internacionais: Espanha (touro), Turquia (idem), Itália (mulheres), Estados Unidos (hamburguer), Japão (monstros) e Holanda (marijuana). Aqui

Frase

Eu duvido que a SEC irá tomar qualquer decisão sobre IFRS até depois da primeira terça-feira em novembro (dia da eleição) e os resultados estiverem divulgados.

David Albrecht. Para ele, a IFRS não é popular.