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26 dezembro 2025

Diretor gasta dinheiro de adiantamento da Netflix


Eis um caso interessante para uma aula de contabilidade: a Netflix decidiu investir em uma série de Carl Erik Rinsch, diretor conhecido pelo filme 47 Ronin — uma produção de alto orçamento que não obteve sucesso de bilheteria. Apesar de um histórico limitado e pouco exitoso como diretor, a empresa de streaming aportou US$ 11 milhões para o início de uma série de ficção científica intitulada White Horse.

Rinsch se beneficiou de um contexto de forte competição entre plataformas de streaming, como Netflix e Prime, o que teria motivado o adiantamento dos recursos. No entanto, ele desviou o dinheiro para a compra de drogas, investimentos arriscados e bens pessoais de luxo. O resultado foi que nenhum produto audiovisual chegou a ser entregue.

Do ponto de vista contábil, os US$ 11 milhões configuram um adiantamento feito pela Netflix, ou seja, um ativo. Contudo, a partir do momento em que ficou claro — conforme exposto no tribunal — que os recursos foram utilizados de forma indevida, a empresa deveria reconhecer a perda por meio de um teste de impairment. Caso o diretor venha a restituir parte do valor, esse montante deverá ser considerado contabilmente. Evidentemente, o episódio também evidencia a necessidade de correções na governança corporativa da empresa e no controle sobre a aplicação dos recursos.

Sim, o diretor está sendo processado e pode ser condenado.  

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