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Mostrando postagens com marcador Netflix. Mostrar todas as postagens
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23 fevereiro 2022

Netflix e a pegada de carbono

É um fato pouco divulgado que o uso da internet traz consumo de uma infraestrutura que pode gerar carbono. Um estudo fez uma análise de quatro serviços online populares (TikTok, Facebook, Netflix e YouTube) e surpresa: a Netflix é a grande inimiga do ambiente.

O advento de plataformas de tecnologia, comércio eletrônico, streaming on-line e redes sociais facilmente acessíveis levou a grandes quantidades de dados sendo armazenados e processados a cada segundo. As infraestruturas de TI necessárias para suportar essa era digital consomem uma grande quantidade de energia e têm um impacto negativo no meio ambiente. Houve vários esforços diferentes para estimar a pegada de carbono da Internet, mas não existe um método exato comprovado para ela. Portanto, os objetivos deste artigo são: primeiro - revisar criticamente os métodos de cálculo das emissões de carbono e comparar os resultados; e segundo - divulgar o impacto ambiental de nosso hábito diário simples de uso da Internet. Calculamos a pegada de carbono dos quatro serviços online mais populares (TikTok, Facebook, Netflix e YouTube) usando métodos mais citados, como os da Obringer, Shift Project, Andrae e Hintemann e Hinterholze. Ao comparar o dióxido de carbono emitido, a média ponderada do uso de streaming de vídeo on-line por dia é 51 vezes mais que 14 horas de uma viagem de avião. Netflix gera o maior CO2 emissões entre as quatro aplicações devido à entrega de vídeo em alta resolução e ao número de usuários.

(Acho que conseguirmos reduzir o tempo que passamos para escolher um programa já reduziria bem a pegada de carbono, não?) (Será que isto consta do relatório ambiental das empresas?)

29 novembro 2021

Netflix: Quantidade, não Qualidade


A Netflix é uma empresa a observar e entender. Mas há algumas críticas pesadas. A empresa está provocando uma corrida para produção de conteúdo. Eis um dado importante: a empresa produziu está lançando mais de 70 novos filmes por ano, bem mais que a MGM produzia no passado (50 filmes por ano). Isto colocou pressão em outras empresas, que correram para aumentar a produção de filmes. O problema é a qualidade. 

Os assinantes desejam um fluxo constante de filmes e séries para continuar pagando sua assinatura. Mas os filmes da Netflix obtiveram uma nota média de 59,1, em 100, entre os espectadores. E de 54,4 entre os críticos. Bem abaixo dos concorrentes: Disney = 70,3 e 66, entre espectadores e críticos, na ordem, por exemplo. 

Muitos originais da Netflix acabam se sentindo assim, como imitações baratas da coisa real.

Meme: aqui

03 novembro 2021

Netflix e o processo de escolha


Lendo Eric Johnson (que acabou de lançar um livro sobre escolha) no Behavioral Scientist (How the Netflix choice engine tries to maximize happiness per dollar spent) encontrei algo que tentava entender e não conseguia: a razão da mudança do sistema de classificação da empresa, de nota para binário. 

Mas antes disto é importante dizer que Johnson mostra como a Netflix trabalha para que você possa usar seus serviços. São vários itens. Por exemplo, a empresa tem um catálogo de 6 mil títulos, mas eles reduzem estas opções para algo em torno de 80, usando seus algoritmos. 

Mas a parte que me interessava: qual o motivo de deixar de usar uma escala de nota? Veja que isto interessa aos pesquisadores, que pedem para seus entrevistados responderem questionários, e gostam de usar a escala de nota. Mas a Netflix parece ter optado pela escala binária. Eis o que Johnson diz:

A Netflix usou uma escala de 5 estrelas, mas acreditava que as pessoas estavam confusas com a escala. As pessoas descobriram que a escala de polegares era mais fácil de usar e a mudança para polegares dobrou o número de classificações coletadas. Eles também descobriram que as pessoas tendiam a avaliar apenas os filmes de alto nível e sérios com uma 5 empresas, embora ficassem felizes em dar um sinal positivo para uma comédia assistida. A escala de resposta binária tornou os avaliadores menos pretensiosos e talvez mais honestos. 

Tudo isto foi feito usando os testes A/B, com milhões de espectadores. 

15 abril 2021

Campeões da Netflix por país


O mapa com os campeões da Netflix, por país. Enquanto a América do Norte (exceto México) vê Schitt´s Creek, México e alguns países da América Latina e da Europa preferem Stranger Things. A Rússia assiste Imposters, os chineses preferem Riverdale. O Brasil, e alguns países da América do Sul e da Europa, prefere Peaky Blinders, uma série sobre gangsters em Birmigham (muito boa, por sinal), que não é a série preferida na Inglaterra.

15 dezembro 2020

Gambito da Rainha


O Gambito da Rainha é uma série sobre xadrez, moda e drogas. Conta a história de uma jovem talentosa pelo jogo, mas que para isto faz uso de remédios e, com o sucesso, veste de maneira impecável. São sete capítulos, com a duração aproximada de uma hora cada. 

Apesar de ter contado com a consultoria daquele que é um dos maiores enxadristas de todos tempos, Gary Kasparov, há alguns deslizes na história. Como no lance em que o jogador pede, para surpresa da jovem, o adiamento da partida. Antigamente, as partidas podiam ser adiadas quando chegassem no 40o. lance; assim, o pedido de adiamento não deveria ser algo inesperado, como parece ocorrer. Apesar deste (e de outros) detalhes (jogador de xadrez não usa chapéu de Indiana Jones, os lances dos xadrez são mais pensados e menos automáticos, a tradução de Gambito da Dama para Gambito da Rainha, entre outros), eu entendo que isto é uma liberdade do diretor para contar a vida de Beth Hammon (foto) de maneira mais agradável para o público. E a série realmente chama a atenção. 

Vale a pena? - A série não tem enrolação e agrada quem gosta e quem não conhece xadrez. Explica de maneira didática os lances mais importantes para entender o que está ocorrendo de maneira didática. Eu gosto muito de xadrez e acompanho os jogadores, os jogos e os torneios. Mas acho que o maior destaque foi o figurino. Sim, vale a pena.

08 janeiro 2020

Netflix no Brasil

Dados da Similar Web sugerem que a Netflix teve um tropeço no quatro trimestre no Brasil. O nosso país é um mercado importante e foi um dos primeiros em termos de expansão da empresa. A estimativa de usuários ativos diários, que serve para analisar a tendência dos assinantes, caiu entre o quarto e o terceiro trimestre. A redução foi de 10%, o que levou a redução anual a 5%.

Estes são os usuários que abrem a página da empresa todo dia. Na América Latina, a Netflix possui 29 milhões de assinantes pagos, em 30 de setembro.

31 outubro 2019

Pirâmide Netflix

A Netflix pode ser um sucesso em termos de prestação de serviço, mas suas demonstrações contábeis são um horror. Veja alguns detalhes (via aqui)

Na semana passada ela informou que tomaria outro empréstimo de 2 bilhões de dólares (via venda de títulos). Em abril já tinha feito uma operação nas mesmas proporções. Os títulos irão vencer em 2030. Estes títulos estão classificados como Ba3 (Moody´s) ou BB- (SP), perto, muito perto, da pior classificação possível. E olhe que as empresas de ratings são ...

A própria Moody´s estimou que o ponto de equilíbrio financeiro somente será obtido em 2023. Como ela foi fundada em 1997, a Netflix parece um filho que ainda depende dos país.

Suas dívidas chegam a 25 bilhões de dólares, sendo 12 bi de “passivo de conteúdo”. O que é isto?

Quando a Netflix adquire o direito de reproduzir um filme ou série, o valor fica no passivo e faz um registro equivalente no ativo, chamado “ativo de conteúdo”. Se o passivo era de 12 bi, o ativo de conteúdo chegava a 23 bi. Mas isto é uma despesa futura. A questão é que o passivo deve ser pago em algum momento. Estima que esta despesa seja de 4 bilhões por ano, próximo ao valor das novas captações.

Esta questão contábil faz com que o fluxo de caixa seja negativo, mas a empresa tenha lucro. Afinal, o dinheiro da compra dos filmes e séries saem do caixa, mas só vão para a DRE a conta gotas. Veja a diferença: de janeiro a setembro de 2019 a empresa teve um lucro de 1,28 bi e um fluxo de caixa livre de menos 1,6 bi. Uma diferença de quase 3 bilhões.

E quando divulga seus balanços, a empresa enfatiza substancialmente o aumento no número de assinantes, como se isto garantisse o seu caixa futuro.

Não parece uma pirâmide?

12 abril 2019

Disney+

Ontem, em uma reunião com investidores, a Disney anunciou oficialmente quais exatamente são os seus planos para o Disney+, o futuro serviço de streaming da empresa. A revelação de ontem foi completa, e mostrou todo o plano de conteúdos do serviço, a data de lançamento nos Estados Unidos e, de forma global, o preço da mensalidade e até mesmo o layout de como será o acesso ao Disney+. E, pelo jeito, os investidores gostaram bastante do que viram.

Após o anúncio ocorrido na noite de ontem, as ações da Disney na Bolsa de Nova York subiram 9%, deixando claro que os investidores acreditam que a Disney está no rumo certo com seus planos para o serviço de streaming, e que ela está pronta a competir de igual para igual com a Netflix, que hoje domina completamente esse mercado. Na manhã desta sexta-feira (12) o valor teve uma leve queda de 3,5%, para se estabilizar como a maior alta da empresa na última semana.

Para os acionistas, a grande questão era nem tanto o conteúdo que seria oferecido, mas o preço cobrado para se acessar esse conteúdo, e a Disney não desapontou ao anunciar que seu serviço teria uma mensalidade na metade do preço do que é cobrado hoje pela Netflix.

De acordo com o analista e ex-chefe de estratégia de marketing da Amazon Studios, Matthew Ball, o preço da Disney torna a empresa imediatamente competitiva porque não será uma despesa a mais para o público dos Estados Unidos, mas apenas uma mudança de como essas pessoas gastam seu dinheiro. Ball relembra que, segundo os últimos relatórios de padrões de compra, os consumidores do país gastam US$ 2,8 bilhões por ano alugando ou comprando DVDs e Blu-rays de filmes e animações da Disney, valor que, caso seja dividido pelo número de residências do último censo dos Estados Unidos, daria uma média de US$ 24 gastos por ano, por cada residência, em produtos Disney. Como não são literalmente todas as pessoas do país que compram ou alugam filmes da Disney, na prática o que irá acontecer é que, ao cobrar US$ 70 em uma assinatura anual para o Disney+, esses consumidores que já gastam comprando e alugando DVDs passarão rapidamente a assinar o serviço, o que deverá significar que, assim que lançar seu streaming, a Disney já possui de cara cerca 40 milhões de potenciais consumidores.

Apesar de possuir outros concorrentes que já estão ou que deverão entrar logo no setor — como a Apple, a Amazon, a Warner e a CBS —, tudo se desenha para que no futuro a principal disputa pela dominância do mercado de streaming seja entre a Disney e a Netflix. Por enquanto, a alta das ações da Disney mostram que investidores e consumidores acham justo o preço anunciado pela empresa e estão dispostos a assinar o Disney+, mas só poderemos saber se esses consumidores realmente irão se tornar clientes do serviço e que essa previsão está correta a partir de novembro.


Fonte: Aqui

29 março 2019

Rir é o melhor remédio


“Venho dizendo isso há anos, meu! Deveria existir um Netflix para livros.”
“Você quer dizer uma biblioteca?”

Fonte: Aqui

05 fevereiro 2019

Netflix tem ao seu lado a contabilidade de custo

A Netflix está disposta a concorrer com os estúdios. O lançamento de Roma e a grande campanha para promover o filme visando o Oscar (vide aqui) mostra que a briga é séria. O filme de Bullock, "As Cegas", já foi visto por 45 milhões de pessoas.

Em número de filmes a comparação é interessante. Em 2019 existe uma projeção de lançamento de 55 filmes originalmente produzidos pela Netflix; incluindo documentários e filmes de animação, o total aumenta para 90. Para fins de comparação, a Universal produziu 40 filmes em 2018.

Como eles conseguem? O segredo está na análise dos custos. Enquanto um estúdio tradicional gasta muito com a distribuição (leia, redes de cinema) e propaganda, o processo da Netflix elimina os dois. Além disto, um filme fica no cinema duas ou três semanas, mas geralmente o forte é o primeiro final de semana. Um filme da Netflix pode ficar semanas na lista dos desejos do assinante.

15 janeiro 2019

Fluxo de Caixa livre negativo da Netflix

No dia 17 de janeiro a Netflix deverá divulgar seus resultados. A expectativa é a confirmação de que a empresa está queimando muito caixa. Em 2018 o fluxo de caixa livre da empresa atingiu um valor negativo de 3 bilhões de dólares. Foi de 2 bilhões em 2017.

O resultado seria uma grande aposta da empresa. Para se manter no mercado, a Netflix necessita de ter no seu catalógo um grande número de atrações. E isto exige dinheiro. Segundo seu executivo, Reed Hastings:

"Quando produzimos um show incrível como 'Stranger Things', é muito capital na frente, mas você recebe por muitos anos"

E a empresa tem aumentado a produção de séries como “Stranger Things”. Ao mesmo tempo, novos concorrentes estão entrando no mercado, como a Disney e a ATT, ou estão investindo também, como a Amazon. Assim, a Netflix precisa de boas produção e originais para manter o crescimento dos assinantes. Mais ainda, alguns programas precisam estar no catalogo da empresa, como Friends, que a Netflix pagou 100 milhões de dólares para manter os direitos de transmissão.

Há aqui um problema que é contábil e financeiro. Se Friends deve manter uma base de fiéis fãs, outros programas talvez não tenha o mesmo interesse. É difícil estabeler uma taxa de deterioração (rate of deterioration) que permite avaliar por quanto tempo um programa deve permanecer no catálogo da empresa. A contabilidade precisa estabelecer esta informação os usuários (internos e externos).

Uma estimativa de analistas do Morgan Stanley mostrou, no entanto, que o fluxo de caixa livre deverá ser positivo em 2021, conforme o gráfico abaixo:


Leia mais aqui

03 julho 2018

08 junho 2018

Lista: séries mais maratonadas no Brasil

  1. The Seven Deadly Sins
    Fonte da imagem: aqui
  2. Marvel's The Defenders
  3. Santa Clarita Diet
  4. Gilmore Girls: A Year in the Life
  5. 3%
  6. The Ranch
  7. Atypical
  8. Stranger Things
  9. Fuller House
  10. You Me Her
  11. Dear White People
  12. Chewing Gum
  13. Glitch
  14. Frontier
  15. Narcos
  16. Friends from College
  17. The Mist
  18. Anne with an E
  19. Love
  20. The OA
Fonte: Aqui

02 abril 2018

A Máquina

Sobre a série da Netflix O Mechanismo, a Bloomberg analisou o grande problema:

Parte do problema é a densidade de detalhes em um caso que mergulha em camadas sobrepostas de autoridades governamentais, partidos políticos, marcas corporativas e instituições policiais, de auditoria e de supervisão financeira. Talvez para deixar os espectadores não-iniciados atualizados, Padilha reúne boa parte desta série de oito episódios com narração de fora da câmera, contando a história em vez de mostrá-la.
Outro problema é a dose extra de licença poética que Padilha [o diretor] usa para acelerar o ritmo. Embora "inspirado em fatos reais", "O Mecanismo" muda nomes, embaralha datas e embeleza personagens, começando com o ex-policial bipolar que conduz secretamente a investigação de sua garagem, como um deus ex machina.

Isto não significa que não vale a pena assistir. Pelo contrário. Com a nota 9,2 no IMDB mostra, a série possui muitas qualidades. O fato de ter trocado uma fala - um pecado mortal para aqueles que não gostam dos fatos narrados na série - é um mero detalhe.

Como somos um blog de contabilidade é bom lembrar que a série destaca o papel do contador na descoberta do esquema de corrupção. (Foto: Carolina Abras, no papel Verena Cardoni)

23 janeiro 2018

A Netflix que quase ninguém vê

A Netflix informou que suas receitas, em 2017, aumentaram em 32%, para 11,7 bilhões de dólares. O mercado reagiu favoravelmente, aumentando o valor da empresa para mais de 100 bilhões. A margem líquida ficou próxima a 5%, com um lucro de meio bilhão.

Mas este sítio aqui não está muito otimista com o desempenho da empresa. No ano passado a Netflix teve um fluxo de caixa livre negativo de 2 bilhões de dólares e a estimativa para este ano é um valor entre 3 a 4 bilhões, negativo. A empresa justifica pelo descasamento entre o fluxo de caixa e a geração de receita: um série leva de 1 a 3 anos para chegar ao público e o crescimento recente fez com que o investimento feito em 2017 só apareça no resultado entre 2018 a 2020.

Isto também afeta seu financiamento: o passivo também aumentou em 2017, mas a empresa foi beneficiada com uma taxa de juros relativamente reduzida.