Fonte: New Yorker
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Sobre débitos e créditos da vida real
Fisco ainda assombra balanços
Valor Econômico - 17/4/2009
A safra dos balanços de 2008 terminou e as esperadas baixas contábeis que seriam motivadas pela crise não ocorreram. Havia grande expectativa de que as companhias corrigiriam para baixo o valor dos ativos comprados durante o cenário de exuberância e que embutiam perspectivas bem mais otimistas do que as atuais. Mas o ajuste não veio nem na proporção e nem na frequência esperadas.
Essa aposta estava calcada na estreia de uma das principais regras da contabilidade internacional, que passou a valer aqui com a nova legislação contábil: o teste de recuperabilidade ou "impairment".
Desde o balanço anual de 2008, as empresas estão no caminho do padrão internacional IFRS, que deve ser alcançado em 2010. Por isso, têm que testar o valor de registro de seus ativos.
O medo da Receita Federal explica a frustração da aposta para essa temporada. Mais uma vez, questões fiscais podem estar poluindo a qualidade dos balanços, influenciando o otimismo ou pessimismo das empresas.
Desde o começo, o processo de harmonização contábil brasileiro está envolto num esforço pela neutralidade fiscal. Foi um acordo de cavalheiros com essa finalidade entre Fisco e companhias abertas que permitiu que o Brasil entrasse na rota de adoção do IFRS.
Mas as empresas nunca estiveram completamente confortáveis com essa promessa. Nem mesmo a Medida Provisória 449, que criou o Regime Tributário Transitório (RTT), com vigência para 2008 e 2009, trouxe conforto. Pelo menos, não para todos os assuntos.
De forma simplificada, a MP garante que, na hora de calcular o imposto de renda e a contribuição social, as companhias irão desfazer todos os ajustes trazidos pela aplicação da nova legislação contábil (Lei 11.638) no balanço. A MP assegurou os anos de 2008 e 2009, enquanto a Receita trabalharia na criação de um regime fiscal definitivo. Consultada, a Receita não quis comentar o assunto.
O que pode ter afetado a disposição das companhias de corrigir o valor de seus ativos e ajustá-los ao cenário de crise é o benefício fiscal existente no ágio das aquisições. A regra atual da Receita permite que 34% desse valor seja revertido em economia fiscal, para ser aproveitada num intervalo entre cinco e dez anos.
O problema é que o RTT vale por dois anos, enquanto o benefício fiscal deve ser utilizado num prazo bem maior. Assim, para essa questão, o futuro ainda parece incerto. O tema está longe do consenso. Mas há mais sinais de alertas do que garantia da neutralidade na voz dos especialistas.
Sérgio Kubiaki, especialista em tributação da Terco Grant Thorton, explica que a preocupação se deve à diferença de prazos entre o período de aproveitamento fiscal do ágio - de cinco a dez anos - e a vigência do RTT, de apenas dois anos. "Qualquer um que diga saber o que virá para 2010 com certeza corre risco de errar", completa André Ferreira, sócio da auditoria da Terco.
Na opinião de Kubiak, a baixa contábil do ágio poderia colocar em risco as economias tributárias a partir de 2010. "Os anos de 2008 e 2009 estão garantidos pelo RTT, mas daí para frente depende de como vai ficar a regra."
Embora os auditores continuem enfatizando que o balanço deva espelhar a realidade econômica do negócio e não o planejamento fiscal da empresa, essa separação ainda não está completa. "Não é com a Receita que a companhia tem que se preocupar para decidir se tem baixa contábil ou não para fazer", enfatiza Sérgio Citeroni, sócio da Ernst & Young. Mesmo assim, admite a existência de sinais de preocupação com esse assunto.
De forma simplificada, o ágio que dá direito a economia fiscal era calculado pela diferença entre o valor da aquisição da companhia e seu valor patrimonial. Esse saldo fica alocado numa conta do balanço chamada ativo intangível porque significa a expectativa de rentabilidade futura que será obtida com o bem. É justamente a crença em lucros futuros que dava o direito ao benefício tributário. Mas é também ela que guarda as gorduras nos preços dos ativos acumuladas nos últimos anos de euforia, antes da crise financeira.
Pelo teste de recuperabilidade, caso a companhia não encontrasse valor igual ou maior que o de seus registros para um ativo, teria que lançar no resultado a deterioração do bem - e explicar todos os seus motivos.
O valor de um ativo está na sua capacidade de gerar lucro no futuro próximo pelo uso ou pela venda. Caso nenhuma dessas expectativas seja igual ou maior que o montante descrito no balanço, há necessidade da baixa contábil.
Os especialistas acreditam que ao afirmar que o ágio perdeu valor - porque a expectativa de lucros futuros acabou ou diminuiu - a empresa pode levar a Receita a pensar em rever o benefício fiscal que esse ativo dava direito.
O receio deste pensamento pode ter contribuído na decisão da Perdigão de não baixar o ágio da Eleva, adquirida em janeiro de 2008. A companhia tem um saldo de ágio de R$ 1,5 bilhão, o que lhe proporcionará economia fiscal total da ordem de R$ 500 milhões, a ser aproveitada nos próximos dez anos. Em junho, a empresa havia feito a baixa integral desse ágio, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a reversão dessa medida. A companhia não quis comentar o assunto.
Como o tema está distante do consenso, a Vale do Rio Doce, ao anunciar a baixa de R$ 2,4 bilhões do valor da Inco, afirmou que seu benefício fiscal estava garantido.
Alexsandro Broedel, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), vê espaço para discussão. Para ele, o debate nem depende do fim do RTT.
Segundo ele, a regra tributária dá direito à economia sobre o ágio de expectativa de rentabilidade futura real e fundamentada. Ao fazer uma baixa contábil e justificar a perda de valor do ativo e, portanto, do ágio, a companhia pode fornecer argumentos à Receita sobre o fim do motivo do benefício fiscal.
Ferreira, da Terco, explica que a nova contabilidade oferecerá muito mais informações sobre as companhias, o que poderá estimular a Receita a fazer algumas harmonizações com as regras definitivas.
Banco Mundial falha no combate a fraudes
Valor Econômico - 17/4/2009
Os procedimentos do Banco Mundial para detectar fraudes em seu principal programa de assistência a países pobres foram classificados como "fraqueza estrutural" num relatório interno, aumentando os problemas do banco no tratamento de questões de corrupção.
O Grupo de Avaliação Interna do banco deu-lhe a pior nota possível para procedimentos de deteção de fraude no programa de assistência de US$ 40 bilhões, chamado de Associação Internacional de Fomento. Isso pode prejudicar contribuições à iniciativa, que oferece empréstimos sem juros e um programa de doações aos 78 países mais pobres do mundo.
O relatório de 690 páginas, o primeiro para o programa, foi completado no fim do ano passado. Desde então tornou-se objeto de longas discussões entre o alto escalão do banco e a divisão de avaliação independente sobre se a classificação de "fraqueza estrutural", a pior de quatro possíveis avaliações, era justificada. Nenhuma das outras notas do programa foram baixas.
"Os tradicionais sistemas de controle dos bancos não foram projetados para resolver questões como fraude e corrupção", disse Ian Hume, um dos autores do relatório. "Eles foram criados para garantir a eficiência e integridade financeira do banco - ao menor custo possível". Isso aumenta o risco de corrupção no uso dos financiamentos da AIF, disse ele.
Há anos que o Banco Mundial tem sido alvo de críticas de que não leva a corrupção suficientemente a sério, e alguns funcionários temiam que a publicação do relatório estivesse sendo adiada por motivos políticos. Funcionários do banco dizem que houve muita pressão especialmente dos Estados Unidos para divulgar o relatório.
"Tivemos uma interação dura mas cordial com a direção (do Banco Mundial) durante esse processo", disse Cheryl Gray, diretora do grupo de avaliação.
O relatório foi publicado no website da unidade na quarta-feira à tarde, mas não recebeu destaque. Sua presença era notada por um pequeno ícone no canto inferior direito da página. Gray disse que o grupo não pretendia esconder o relatório e que a divisão não divulgou um comunicado à imprensa porque o relatório era "técnico e tinha jargão demais". Depois de questionamentos feitos pelo Wall Street Journal, o documento ganhou mais destaque no site.
O relatório concluiu que o Banco Mundial tinha, "até recentemente, poucas ou nenhuma ferramenta específica" para tratar diretamente de fraude e corrupção "em todos os estágios do processo de financiamento". Um comitê assessor que apoiou a designação de "fraqueza estrutural" escreveu que questões de fraude e corrupção "envolvem um risco considerável à reputação, podendo possivelmente causar uma perda de confiança dos vários interessados" no banco.
Nos EUA, o governo do presidente Barack Obama pediu recentemente ao Congresso que aprove uma contribuição de US$ 3,7 bilhões em três anos à AIF. Um integrante da maioria democrata no Congresso disse que ainda é muito cedo para saber se o relatório dificultaria a aprovação dos recursos. Em 2007, o Banco Mundial obteve de países doadores e de fontes internas um total de US$ 41,6 bilhões em compromissos de fundos para a AIF em três anos.
Funcionários do Banco dizem que o programa da AIF enfrenta desafios particularmente difíceis, porque a corrupção geralmente é um problema especialmente nos países pobres. "Nós operamos em alguns dos locais mais difíceis do mundo", disse um integrante do alto escalão do Banco. "Estamos sempre tentando melhorar as coisas."
A diretoria do banco pressionou para mudar a designação do quesito fraude e corrupção melhorada um grau, para "deficiência significativa". O argumento era que o grupo de avaliação não levou em conta as medidas adotadas pelo banco no último ano para melhorar seus sistemas de fiscalização e controle.
"O banco está totalmente comprometido em melhorar seus esforços de administração e de combate à corrupção em suas atividades de fomento ao desenvolvimento", afirmou a diretoria em comunicado. Ele cita várias melhorias, incluindo a criação de um conselho consultor independente. O banco informou também que está tentando integrar melhor os órgãos de prevenção de fraudes e corrupção à suas operações gerais.
O relatório não examina casos específicos de corrupção, embora ressalte que isso já foi divulgado em várias ocasiões, a exemplo de contratos para construir postos de saúde na Índia. Em vez de investigar, o papel do grupo é avaliar os sistemas e procedimentos existentes para evitar a corrupção ou identificá-la quando ela ocorrer.
O relatório adota padrões semelhantes aos aplicados para garantir a boa governança das empresas. No geral, a AIF se saiu bem na avaliação. "A descoberta de uma única fraqueza estrutural (...) no contexto geral deve ser considerado um resultado relativamente respeitável", afirmou o relatório.
Durante décadas, o Banco Mundial basicamente ignorou a corrupção, considerando que alguma propina era o preço de se fazer negócios em países pobres. A partir de 1996, porém, o ex-presidente da instituição James Wolfensohn deu mais atenção ao tópico, como fez seu sucessor, Paul Wolfowitz, que segurou empréstimos a alguns países pobres por preocupação relativa à corrupção. Isso levou a acusações de que o banco estava aplicando regras de corrupção seletivamente.
Depois que Wolfowitz foi criticado por mostrar favoritismo a sua namorada, uma empregada do banco, alguns países em desenvolvimento trataram os esforços do banco como hipocrisia. Wolfowitz pediu demissão em 2007 e o atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, tem tentado despolitizar a questão da corrupção, especialmente pelo fortalecimento do Departamento de Integridade Institucional.
Avaliações de outras instituições ligadas ao governo americano também indicaram a tal "fraqueza estrutural". Um "relatório de transparência" do Departamento do Tesouro dos EUA para o ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2008 denunciou quatro ocorrências do mesmo tempo, incluindo três envolvendo os esforços de modernização da IRS, a receita federal americana, na segurança de seus sistemas de informática e na contabilidade, e uma das ocorrências envolve até os boletins financeiros do governo americano.
Muitos administradores de fundos quantitativos (...) têm incorporado questões comportamentais e feito dinheiro com elas.
Where can asset allocation go from here? - John Authers - 13 April 2009 - Financial Times
Surveys FNM1 - 24
(...) As idéias da economia comportamental serão provavelmente mais influentes num emergente novo mundo. (...) Mercados estão (...) sujeitos a uma ampla variedade de intervenções sociais e distorções. Eles não são máquinas (...)
Gear change on recovery road - Lindsay Tanner - 16 Abril 2009 - The Age – First – p. 8
Um contrato de derivativo é formalmente identico a uma loteria, a uma aposta (simples ou composta ou a um jogo. (...) Igual a todas as formas de jogo (deliberadamente tomador de risco), jogar com mercado de derivativos pode ser viciante. Isto cria argumentos parternalistas para regular, restringir ou banir a atividade. (...)
Fonte: Useless finance, harmful finance and useful finance – Financial Times – 12/4/2009
La contabilidad creativa en EE.UU. promete nuevas burbujas en el mercado
MARTÍN BURBRIDGE Buenos Aires
El Cronista Comercial - 16/4/2009 - 018
Wells Fargo inauguró la era de la “contabilidad creativa” en la que las entidades se benefician con un esquema más flexible para valuar activos caídos en desgracia. Por eso, mostrarían ganancias
Con la eliminación del mark-to-market, normativa contable que obligaba a los bancos a registrar sus activos tóxicos a precio de mercado, los balances de las entidades van a mejorar en los próximos meses, con el riesgo de generar nuevas burbujas en los mercados financieros.
Si Wall Street jugara a la quiniela, en los últimos días seguramente habría apostado “a la cabeza” del número 157. Porque acaban de conseguir la reforma de la normativa 157 de la FASB (Financial Accounting Standard Board, que es el organismo que determina las normas contables en EE.UU.), la cual obligaba a los bancos a registrar en sus balances los activos tóxicos a precios de mercado. En un contexto de crisis financiera, el valor de mercado de estos activos era, en palabras del economista francés Jacques Attali, “de cero a menos infinito”. Y esta contabilidad habría sido en parte responsable de que los balances trimestrales de los bancos fueran tan negativos desde principios de la crisis financiera.
Pero como la crisis comienza a pegar coletazos peligrosos en el resto de la economía estadounidense, el gobierno de Obama decidió relajar la normativa para permitir que los activos se valoren con otros criterios más flexibles, algo así como darle la llave de la bodega a un alcohólico. Porque ahora serán los bancos quienes determinarán la valuación de estos activos, lo que les permitirá mejorar sus resultados trimestrales al reducir las pérdidas. El primer efecto de esta contabilidad creativa fueron los resultados presentados por Wells Fargo (ganancia de u$s 3.000 millones en el primer trimestre de 2009). Y el segundo efecto que comienzan a vislumbrar algunos analistas sería el riesgo de alumbrar una nueva burbuja especulativa en el mercado de acciones.
La principal crítica que se le hace a la medida de flexibilizar el mark-to-market es que la reforma contable quita transparencia a los balances bancarios. Son pocos los que se preguntaron cómo hizo el Wells Fargo para alcanzar estos resultados, en un contexto de recesión económica, con los precios de las viviendas un 40% por debajo de sus valores record. Desde el anuncio de los resultados trimestrales, la acción de Wells Fargo creció un 23%, señal de que los operadores prefieren ver la posibilidad de ganancia en el corto plazo, y de paso alimentar un nuevo rally alcista.
Llama la atención que el gobierno estadounidense haya tomado esta medida, sobre todo después de que el mismo Obama declarara hace pocos días atrás que “no podemos volver al statu quo. Tenemos que poner fin a la especulación irresponsable, al crédito de baja calidad, a los bancos excesivamente apalancados y a la ausencia de controles”. Pero a la luz de la política llevada adelante por la Fed de emitir dinero en grandes cantidades para evitar que el consumo y la actividad económica se frenen, esta reforma de la normativa contable va en la misma dirección de enfrentar los problemas del sector financiero sin aplicar cirugía mayor y, en cambio, tratar de que las cosas se vayan acomodando. Al permitir que los bancos dejen de registrar los activos tóxicos al valor de mercado, el objetivo del gobierno es el de desactivar el nerviosismo que todavía persiste en los mercados financieros, que cambie la tendencia a deshacer posiciones en acciones de bancos, que mejore el precio de estas acciones y que las entidades financieras vuelvan a prestar dinero para que la economía estadounidense se recupere de a poco.
El riesgo de esta política es el de generar una nueva burbuja, algo que a la Fed no le preocupa demasiado, si uno mira la política de baja de tasas que ha llevado adelante en los últimos años. Y, por lo que se vio en estos últimos días por parte del Departamento del Tesoro, la prioridad estará puesta en recuperar la economía a toda costa y ‘patear‘ el riesgo de una nueva burbuja para más adelante. Como si fuera la Argentina, después se verá qué hacer cuando estalle (o quién se tendrá que hacer cargo de apagar el incendio).
Novo regime traz dúvidas a investidores
Gazeta Mercantil – 16/4/2009
São Paulo, 16 de Abril de 2009 - A Medida Provisória 449, que veio para facilitar a relação do Brasil com o mercado internacional, trouxe o Regime de Tributação Transitória (RTT), com o objetivo esclarecer dúvidas contábeis. No entanto, o que era para elucidar, criou mais incertezas. Especialistas estão receosos e não sabem qual deve ser o valor do patrimônio líquido (PL) das empresas para calcular o ágio (valor pago em um investimento sobre o preço das ações da empresa investida), que em fusões representa a possibilidade de ganhos futuros, como aproveitá-lo na redução de impostos. Segundo a MP, por ser transitória, a empresa pode optar entre calcular pela velha ou pela nova forma. "Isto gera uma insegurança jurídica, principalmente com relação a fusões e aquisições", afirma Ricardo Borlan, do Lefosse, que opera no Brasil em parceria com a banca internacional Linklaters.
De acordo com o advogado, o artigo 16 desta MP modifica os critérios contábeis, mas como é um regime transitório, as empresas têm até o ano que vem para se atualizar (quando deve entrar em vigor). "Há uma dúvida: se deve fazer a adaptação aos cálculos agora ou deixar para depois e correr o risco de sofrer autuações da Receita Federal, por exemplo."
O principal problema é que ao calcular pela nova regra há uma oscilação do valor do patrimônio líquido da empresa - que é feito com o valor de mercado atualizado - e o ágio também pode variar. E caso o investidor queira lançar o resultado como uma despesa ou uma rentabilidade futura, quando incorporar a empresa, o ágio se tornará um ativo intangível. "Antes (da nova regra) o valor do PL poderia ser, por exemplo, de acordo com a base histórica da empresa e o ágio, lançado como lucro futuro, seria amortizado. Por isso, há vantagens em seguir a velha regra, mas corre-se o risco de autuações", diz Borlan.
A advogada Silvania Tognetti, do Barbosa, Müssnich e Aragão, também considera que há dúvidas quanto ao valor do patrimônio líquido da empresa. "Se o investidor jogar o ágio como lucro futuro, calculado com base no valor de mercado e a empresa se desvalorizar, o tributo que foi cobrado em cima do alto valor poderá não ser compensado no futuro (redução de imposto)", explica. E seu questionamento vai além. Para Silvania, a lei é necessária a medida que adapta as normas contábeis ao padrão internacional. "Antes um estrangeiro não sabia como investir no Brasil, porque não conhecia as regras contábeis, algo que só brasileiro entende", analisa. Porém, ela diz que não pode atrelar essa nova regra à área tributária. "O tributo deveria ser cobrado em cima de um acréscimo do ganho da empresa e não em relação à expectativa de lucro", complementa.
Atualização imediata
Para Ricardo Borlan, os mais conservadores estão optando por se atualizar agora. "Hoje, com a MP, deixar para calcular o ágio com base nas normas antigas é algo nebuloso. Mas há como provar que o texto da medida apresenta falhas técnicas", afirma. "O fato é que estamos em uma situação híbrida e ninguém ainda esclareceu estas dúvidas, que acontecem também em todos os casos em que envolvam o patrimônio líquido da empresa", ressalta Silvania.
No entanto, Mario Junqueira Franco Junior, do Martins, Chamon e Franco Advogados e Consultores, garante que a situação não muda e que não há motivos para não optar pelas velhas regras de contabilidade. "A legislação tributária ainda prevalece sobre a RTT, conforme a Lei das S.As.. Se a pessoa jurídica optar por levar o ágio como uma rentabilidade futura, pode ainda ser amortizado", esclarece o advogado.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 18)(Fernanda Bompan)
Auditorias terão novas normas a partir de 2010
Valor Econômico – 16/4/2009
Em 2010 as firmas de auditoria terão de seguir novos padrões de conduta e qualidade. O objetivo é que não apenas as regras contábeis adotadas no país estejam alinhadas aos padrões internacionais, mas também as que regem o trabalho dos auditores.
O Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibracon) está trabalhando na tradução das normas para as firmas, junto com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). As regras originais são da Federação Internacional de Contadores (Ifac).
"Estamos muito dedicados a esse trabalho", afirmou Ana María Elorrieta, presidente nacional do Ibracon. O processo de tradução deve terminar até o fim de junho, para que haja tempo para a divulgação das normas e o treinamento dos profissionais.
As diretrizes internacionais são basicamente as mesmas das brasileiras. No entanto, o material é mais detalhado e específico. Prova disso é o tempo que deve ser gasto apenas na revisão da tradução: cerca de duas mil horas.
De acordo Ana María, com mais detalhes, a tendência é que as responsabilidades dos auditores fiquem mais bem definidas.
As normas internacionais estabelecem, por exemplo, os procedimentos do auditor para lidar com o valor justo dos ativos - conceito da contabilidade internacional que está estreando no Brasil, no balanço anual de 2008, com o processo de convergência ao padrão internacional IFRS.
Na prática, significa que ativos e passivos das empresas precisam ser contabilizados pelo seu valor econômico. Quando se tratar de um bem negociável, o registro deve ser pelo valor de mercado. Quando não houver liquidez, é preciso utilizar métodos matemáticos difundidos para estimar seu valor.
"Nas regras nacionais o assunto não é sequer mencionado, pois elas foram escritas antes do conceito chegar aqui."
Como os novas normas para as auditorias impõe uma série de detalhes para os procedimentos, a expectativa é que os profissionais precisem de mais tempo para realizar o trabalho.
O cumprimento das regras será fiscalizado pelo CFC. O papel do Ibracon é auxiliar na tradução das normas e no treinamento dos auditores. Mas a verificação da adequação das firmas e de seus profissionais ficará por conta do conselho nacional.
As próprias regras internacionais, produzidas pelo Ifac, passaram recentemente por um processo de revisão. O objetivo principal era tornar o texto mais acessível aos leitores, simplificando a linguagem, de forma e permitir sua adoção tanto para as grandes firmas de auditoria, como para as de menor porte.
A adoção das normas internacionais para os auditores não é obrigatória para os países que adotam o padrão IFRS. São processos distintos.
No Brasil, a decisão por alinhar também os trabalhos de auditoria foi tomada quando, em 2007, o Banco Central (BC) determinou a convergência dos balanços consolidados dos bancos brasileiros ao IFRS. Na mesma norma, o BC também pediu a adoção das regras de auditoria. "Passou quase despercebido", disse Ana María.
Além disso, em janeiro do ano passado, o próprio Ifac fez essa recomendação ao Brasil. Entretanto, os trabalhos de tradução só começaram neste ano porque foi preciso aguardar a finalização das revisões feitas pelo órgão internacional.
O processo de convergência das normas contábeis brasileiras para o IFRS estará concluído em 2010. Neste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) terminarão de emitir as regras necessárias para a migração completa. Entre normas e orientações concentuais, devem ser emitidos 32 pronunciamentos até setembro.
A harmonização ao padrão externo, porém, já estreou nos balanços anuais de 2008, quando as empresas brasileiras de capital aberto divulgaram seus números de acordo com a Lei 11.638, que lançou as bases para a convergência.
Apesar de estar prevista a emissão de várias novas regras neste ano, a adoção delas só começará nos balanços trimestrais de 2010. Com isso, os resultados anuais de 2009 serão comparáveis aos do ano passado
(...) Recentemente, porém, percebemos nos chats de investidores americanos um sentimento igualmente forte, bem descrito na psicologia, mas de pouca consideração nos modelos econômicos: a raiva. Mais especificamente, pudemos notar que alguns investidores estavam agindo em função da raiva.
(...) As razões presumíveis são as frustrações com a perda de riqueza e com a perda de um modelo em que todos acreditavam, e se seguem à busca de culpados e à imensa vontade de punir. É aí que entra o inédito: ver pessoas punindo, com raiva, a partir de vendas maciças e a descoberto. Não são profissionais. São investidores comuns, com discursos patriotas, às vezes simplistas. Mas é marcante a diferença do discurso destas pessoas do de outros que compram ou vendem por ganância ou medo.
(...) A pesquisa acadêmica mostra que isto pode estar acontecendo. Inúmeros desvios da teoria de mercados eficientes já foram documentados pelas finanças comportamentais. A grande importância das emoções no nosso processo de tomada de decisão é cada vez mais compreendida e estudada: elementos afetivos assumem seu papel ao lado de processos cognitivos de alto nível.
(...) Mas existem evidências de que o medo e a raiva têm efeitos opostos na percepção do risco: enquanto pessoas com medo fizeram avaliações de risco pessimistas e fizeram escolhas avessas ao risco, pessoas com raiva expressaram avaliações otimistas em relação ao risco e fizeram escolhas propensas ao risco.
Talvez porque quem tem raiva se sinta mais no controle da situação do que quem tem medo. Isso apesar de a raiva e o medo, ambos, terem uma valência negativa.
Quando os investidores agem em função da raiva
15 Abril 2009 - Valor Econômico - Paulo Possas & Flávia Possas
Derivativos, teses e regulamentação - Ruy Dourado e Rubens Pieroni Cambraia
Valor Econômico - 15/4/2009
Após os recentes resultados divulgados por meio de balanços, que apresentam prejuízos financeiros em várias empresas causados pelos chamados "derivativos tóxicos", tornou-se lugar comum contrapor, de um lado, os bancos querendo que os contratos sejam cumpridos e, de outro lado, companhias que verificaram esses prejuízos alegando, dentre outras questões, o desequilíbrio desses contratos e a ocorrência de força maior. (...)
Ocorre que, do mesmo modo que esses produtos podem ser utilizados para proteger a empresa contra riscos financeiros, eles também podem servir como forma de especulação. Basta considerar como exemplo a empresa que não tem recebíveis em dólar e contrata o swap de câmbio. Essa empresa poderá ter ganhos financeiros com a queda do dólar, mas terá prejuízos financeiros consideráveis com uma eventual desvalorização do real. Portanto, a empresa que usa o produto financeiro como hedge não sofrerá perdas financeiras, porque está protegida contra os riscos da oscilação da moeda. Por outro lado, concluiriam alguns, se a empresa verificou prejuízos financeiros, é sinal de que especulou. Esse é um dos argumentos que tem sido utilizado nas recentes disputas judiciais.
No entanto, tal conclusão não é válida para todas as situações, não sendo razoável generalizar, como se tem visto em algumas opiniões parciais. Os casos judiciais de que se tem notícia não debatem produtos financeiros apresentados isoladamente à empresa, mas sim negócios complexos que não permitem concluir simplesmente que a companhia estava especulando.
Com efeito, ao buscarem recursos junto aos bancos, algumas vezes é oferecido às empresas o contrato de câmbio, quase como um acessório ao contrato de mútuo, em troca de taxas de juros reduzidas. Dentro desse contrato de câmbio são estipuladas fórmulas que limitam os possíveis ganhos da empresa, o que não ocorre na situação oposta. Esse modelo não pode ser considerado um contrato puro de câmbio. A empresa, que muitas vezes encontra-se em estado de necessidade, buscando recursos para desenvolver seu negócio, nem sempre especula. E muitas vezes as informações repassadas não são suficientes para a ampla compreensão do negócio.
Seja pelo desequilíbrio, seja pela informação insuficiente, o fato é que muitos bancos têm aceitado renegociar essas dívidas, quase que reconhecendo os excessos. Nos casos em que não há negociação espontânea, fica a cargo do Poder Judiciário intervir, dentro de seus limites, na relação negocial. Quanto ao desfecho das ações em curso perante o Judiciário, apenas com as decisões de mérito, em cada caso específico, é que será possível dizer quem tem razão. Previsões tendem a ser generalistas e, sobre esse assunto, não passam de mera especulação; são tão impossíveis quanto, anos atrás, prever a crise mundial atual.
Portanto, ao invés de debater teses, talvez seja mais oportuno investigar os derivativos em si, remontando à sua origem, regulamentando-os adequadamente. Mais do que debater apenas quem tem razão em casos específicos, que se decidirão à luz de suas peculiaridades, a hora é apropriada para se discutir o regramento desses produtos financeiros, tornando-os mais seguros e inteligíveis, especialmente aos juízes, que precisarão sobre eles decidir.
Satyam escapa de falência embaraçosa
Valor Econômico - 15/4/2009
O mundo empresarial indiano vem fazendo um bom trabalho de limitação de danos com a Satyam Computer Services. Três meses atrás, a companhia, que está no centro do maior escândalo empresarial ocorrido na Índia desde a liberalização de sua economia, parecia impossível de ser salva, depois que seu fundador, B. Ramalinga Raju, confessou que vinha inflando a contabilidade da empresas há anos. Parecia certo que a ameaça de processos da parte de acionistas, a recessão econômica, a fuga de clientes para provedores de serviços concorrentes e o espírito de equipe abalado nas fileiras da companhia iriam devastá-la.
Mas os sábios que caíram de paraquedas no conselho de administração da Satyam estão nos estágios finais do processo de busca de um novo proprietário. A Tech Mahindra - uma companhia de terceirização de tecnologia da informação controlada pelo conglomerado industrial Mahindra & Mahindra e parcialmente controlada pelo grupo de telecomunicações BT, do Reino Unido - venceu na segunda-feira o leilão de uma participação de controle, avaliando o quarto maior grupo de serviços de TI da Índia em pouco mais de US$ 1 bilhão. Supondo que as autoridades indianas aprovarão o negócio, a Tech Mahindra vai salvar a Índia corporativa da falência embaraçosa da Satyam.
Isso será festejado, especialmente pelos 50 mil funcionários da Satyam. Mas nada garante que as companhias de controle familiar que dominam o universo da bolsa de valores indiana tenham aprendido a lição com o caso, mesmo depois de algumas delas terem ampliarem seus conselhos de administração para que eles tenham mais diretores independentes. O primeiro-ministro Manmohan Singh deu o sinal verde aos investidores, ontem, dizendo estar "confiante" de que o sistema regulador possui "flexibilidade e força" para garantir que um escândalo como esse nunca mais acontecerá.
Isso é pensamento positivo. Mesmo assim, com o índice de ações Sensex (que mede a bolsa indiana) acumulando valorização de 30% desde o ponto mais baixo registrado em 9 de março, os investidores estão sendo generosos. Isso se deve em parte ao fato das avaliações continuarem benevolentes: o mercado está sendo negociado a uma relação P/L de cerca de 9,5. Se a Índia corporativa quiser reconquistar os múltiplos festivos do passado - e um acesso fácil aos mercados de capitais internacionais -, ela terá de fazer mais para mostrar que leva a governança corporativa a sério.
Ex-diretor da VCP indenizará minoritário de ON de Aracruz
14 Abril 2009
Valor Econômico
O ex-diretor de relações com investidores da Votorantim Celulose e Papel (VCP) Valdir Roque firmou acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para indenizar investidores de ações ordinárias, não controladores, da Aracruz, por ter prestado informação incorreta na época da primeira tentativa do grupo Votorantim de adquirir o controle da empresa - em 6 agosto de 2008.
Ele se comprometeu a pagar R$ 860,5 mil a 30 investidores já identificados e que foram prejudicados pela comunicação do executivo. Eles serão informados pela autarquia, para que autorizem a divulgação de seu nome e dados para que Roque faça o pagamento.
(...) A informação dada pelo então diretor fez com que alguns investidores comprassem ações da Aracruz no meio do pregão, antes que a VCP, no fim daquele mesmo dia, divulgasse comunicado corrigindo a declaração do executivo.
(...) Apesar de Roque, que já se desligou da empresa, assinar o compromisso, o inquérito do caso mostra que a Votorantim Industrial, dona da VCP, se comprometeu a arcar com as despesas.
O espírito animal
Antonio Delfim Netto - 14 Abril 2009 - Valor Econômico
A tese da maioria dos economistas de que existe um mercado financeiro "perfeito" é um "conto de fadas malvadas" (...)
Felizmente começa a fazer-se alguma claridade sobre as verdadeiras razões que levaram à atual crise financeira internacional. Acaba de ser publicado um livro extraordinário que precisa ser urgente e competentemente traduzido. Deve transformar-se em leitura obrigatória de todos os que desejam um esclarecimento cuidadoso e sofisticado, mas sem complicações, sobre o assunto. Trata-se do volume "Animal Spirits", escrito por dois extraordinários economistas George A. Akerlof e Robert J. Shiller (Princeton University Press, 2009), cujo subtítulo é "Como a psicologia humana comanda a economia e porque ela é importante para o capitalismo global". Apenas um aperitivo (em tradução livre) para estimular o leitor. "Nossa visão de como a economia funciona deve ser adotada não apenas porque ela explica a história macroeconômica. Deve sê-lo porque explica, também, os detalhes operacionais da economia capitalista. Há abundantes evidências do espírito animal discutido nos primeiros cinco capítulos: confiança, equidade, corrupção, ilusão monetária e histórica. Essas são as motivações reais das pessoas reais. E são ubíquas. A presunção da macroeconomia do 'mainstream' de que elas não têm importância choca-nos pelo absurdo. O absurdo é ainda maior porque o espírito animal joga um papel crucial nas respostas às oito questões relativas à economia capitalista que levantamos neste livro: 1) Por que as depressões acontecem? 2) Por que os Bancos Centrais têm poder real? 3) Por que existe o desemprego involuntário? 4) Por que existe uma troca entre inflação e desemprego no longo prazo? 5) Por que a poupança é tão instável? 6) Por que o mercado de ações varia tão selvagemente? 7) Por que há ciclos? e, finalmente, 8) Por que continua a existir uma minoria na pobreza?"

Homem morto 'trabalha' por uma semana
(Notícia do New York Times)
Os Gerentes de uma Editora estão tentando descobrir, porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS. George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de NY há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários.
Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até o sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana.
O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse:
'O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.'
A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.
SUGESTÃO:
De vez em quando acene para os seus colegas de trabalho. Certifique-se de que eles estão vivos. E mostre que você também está!
MORAL DA HISTÓRIA:
Não trabalhe demais. Ninguém nota mesmo...

Regulador EEUU emite guía para valoración de activos difíciles
Por Emily Chasan
Reuters - Noticias Latinoamericanas - 9/4/2009
NUEVA YORK, abr 9 (Reuters) - El Consejo de Normas Contables Financieras de Estados Unidos, que fija las reglas de contabilidad en el país, emitió el jueves una guía formal que dará las empresas más flexibilidad para usar el método de valoración de activos a precios justos o de mercado.
La norma se conoce luego de una votación a favor del directorio del consejo de la semana pasada, bajo presión del Congreso. Las expectativas son que el cambio mejore las ganancias y la base de capital de los bancos.
Legisladores, bancos y otros que apoyaban el cambio argumentaban que la versión anterior de la norma obligaba a las empresas a valorar sus activos a los precios de una liquidación por urgencia, creando una espiral bajista y forzando a amortizar miles de millones de dólares por el menor valor de esos activos.
El consejo (FASB por su sigla en inglés) dijo que los cambios tendrán vigencia en el segundo trimestre para la mayor parte de las empresas estadounidenses, pero se permitiría un uso de la norma para el primer trimestre.
FASB dijo el jueves que su nueva guía explica como las empresas deben usar las valoraciones a precios de mercado cuando no hay un mercado activo, y añadió que se debe ser criterioso al averiguar cuando un mercado que era activo ya no lo es.
El comité, como se esperaba, también exige más información -sobre los flujos de caja esperados de las empresas, las pérdidas por crédito, la maduración de instrumentos financieros con pérdidas que no se han realizado- para decidir como amortizar activos que han perdido mucho valor
"Prácticamente todos los inversores que se han manifestado expresaron la necesidad de mayor trasparencia de los bancos", dijo en un comunicado el presidente del directorio de FASB, Robert Herz.
"En conjunto, estos tres documentos piden información pública significativamente mejor y más amplia", añadió.
Algunos inversores y ex reguladores han expresado su preocupación por los cambios, argumentando que más flexibilidad en las reglas puede dejar que los bancos escondan el valor real de sus activos en problemas.
(Por Emily Chasan. Editado en español por Javier López de Lérida)