




Clique aqui para ver mais
Sobre débitos e créditos da vida real






Tenho dúvidas contábeis sobre a notícia: como um adiantamento explica o resultado (lucro) da entidade? Pelo regime de competência isto não é possível.
Parceiros antecipam receita, e CBF tem lucro
Folha de São Paulo - 30/3/2008
Três empresas injetam R$ 14,3 milhões na entidade
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Um ano depois de ter declarado um prejuízo de R$ 22 milhões em 2006, a CBF publicou balanço no qual diz ter lucrado R$ 10.412.000 em 2007.
O resultado positivo foi conseguido com ajuda de parceiros (Traffic, Nike e International Sports Events Company). No total, as três empresas anteciparam R$ 14.302.000 aos cofres da entidade. No ano passado, a CBF foi escolhida pela Fifa para organizar a Copa de 2014.
No relatório de 2007, a International Sports Events Company surge como o parceiro que mais adiantou dinheiro para a CBF. A empresa antecipou R$ 12.077.000 para a confederação pelo contrato referente aos direitos sobre os amistosos da seleção até a Copa do Mundo de 2010. A Nike, por sua vez, antecipou R$ 1,77 milhão. Já a Traffic, que detém os direitos de transmissão por rádio e televisão para o exterior dos jogos realizados no país, adiantou 454 milhões para a CBF.
Além da ajuda dos parceiros, a CBF reduziu pela metade -de R$ 51 milhões para pouco mais de R$ 25 milhões- os gastos com o futebol profissional um ano após a Copa alemã.
De acordo com o balanço da entidade, publicado durante o feriado da Semana Santa no jornal carioca ""Monitor Mercantil", a confederação arrecadou R$ 114 milhões em 2007.
O lucro da CBF no ano passado contrasta com o prejuízo declarado pela entidade no ano do Mundial de 2006, quando a seleção foi eliminada nas quartas-de-final pela França, por 1 a 0, em Frankfurt.
Mesmo com o balanço registrando a entrada de R$ 53 milhões oriundos de patrocinadores no ano da Copa da Alemanha, a confederação teve um prejuízo recorde -R$ 22.133.000, segundo o balanço.
A entidade comandada por Ricardo Teixeira informou que ""destinou" R$ 5,9 milhões na candidatura para a Copa do Mundo de 2014. Em outubro, em evento com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Fifa escolheu o Brasil para sediar o Mundial. O país era o candidato único.
O valor informado pela confederação é bem menor que o orçado para a candidatura brasileira para os Jogos Olímpicos de 2016. Para o Ministério do Esporte, a candidatura do Rio aos Jogos custará mais do que os R$ 88 milhões contabilizados pelo prefeito Cesar Maia. Se a cidade chegar até a fase final, o custo será de R$ 100 milhões, pelos cálculos da pasta. E o ministro Orlando Silva Jr. descartou o governo federal gastar mais do que prefeitura e Estado, como foi cogitado.
Ainda neste ano, a entidade deverá inaugurar o comitê de organização do Mundial na Barra da Tijuca.
Com a criação do órgão, a contabilidade da Copa será independente da CBF.

KPMG sofre acusações
Valor Econômico - 31/3/2008
Um relatório encomendado pelo Departamento de Justiça nos Estados Unidos aponta que a firma de auditoria KPMG deu início às fraudes contábeis na New Century Financial ou foi conivente com elas. A New Century já foi uma das maiores empresas americanas de crédito imobiliário e há cerca de um ano entrou com pedido de recuperação judicial, como uma das primeiras grandes empresas abatidas na crise das hipotecas. O relatório da Justiça mostra que a companhia implantou uma série de "práticas impróprias e imprudentes" em relação às operações de crédito e às demonstrações contábeis, em 2005 e 2006. Acusada de ter contribuído para os erros, a KPMG informou que discorda fortemente do relatório, segundo a Reuters. Mais de 450 pessoas ou empresas que abriram processos contra a New Century poderão se voltar também contra a KPMG.

Recentemente postei um comentário de Varian que indicou que a proteção industrial não é necessariamente sinal de inovação. Esta relação tem sido defendida por pessoas que querem que o sistema de patente perdure em setores como fármacos ou filmes. Entretanto, Varian citava o exemplo do setor de moda.









"O maior constrangimento para nós foi Mozilo Angelo, o CEO da Countrywide Financial, que viu a sua empresa implodir nos últimos 12 meses devido à crise hipotecária, forçando sua venda ao Bank of America por uma fracção do seu valor. "




"Mensagens de e-mails descobertas pela investigação mostrou que alguns auditores da KPMG levantaram bandeiras vermelhas sobre as práticas contábeis da New Century, mas que os sócios da KPMG rejeitaram tais preocupações com medo de perder o cliente." New York Times


O estudo, "Influence Through Ignorance", é o primeiro a examinar minuciosamente situações em que o poder está no controle do fluxo de informação pública, em oposição à posse de informações privadas.
Como explica Brocas e Carrillo [os autores do estudo], existem segredos - fatos, que são deliberadamente retidos - e há fatos que não são conhecidos por ninguém.
"Não é necessário dispor de informações adicionais", diz Brocas. "Você pode induzir as pessoas a fazer o que você deseja apenas por deter o fluxo de informações ou sua continuidade. Isso é o suficiente." (...)


Nova ferramenta revela tempo e custo de recursos
Valor Econômico - 27/3/2008
Um estudo realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) identificou que a tramitação de um recurso na corte demora 147 dias e custa R$ 762,72, em média. Os dados são provenientes das primeiras avaliações de custo processual feitas pela coordenadoria de auditoria da secretaria de controle interno do STJ e foram feitas com a análise de causas que chegaram ao tribunal depois de 1º de abril de 2006 e foram encerradas no exercício de 2007. Ao todo foram analisados 228.396 processos.
De acordo com o estudo, em média os habeas corpus permaneceram 159 dias no STJ e tiveram um custo de R$ 871,95. Já os recursos especiais tiveram um valor médio de R$ 798,00 e permanência de 160 dias na corte superior. E os agravos de instrumento, que representaram 51,32% dos processos avaliados, ficaram uma média de 124 dias no STJ ao custo de R$ 651,05.
O cálculo, segundo informações da coordenadoria, é feito para cada processo individualmente e não é raro encontrar valores discrepantes - como um recurso especial que ficou no STJ apenas dois dias e custou R$ 10,00 e outro que teve uma tramitação de 622 dias e um custo de R$ 3.627,97.
O estudo foi realizado com o uso do sistema Prisma, o primeiro mecanismo de medição de custos do Poder Judiciário, que reúne todas as despesas efetuadas, identifica o tipo de custo e para onde ele vai. Com estes valores detalhados, será possível estabelecer metas de redução de custos e aumento de produtividade. O sistema Prisma ainda é um protótipo e por enquanto está disponível apenas nos computadores da coordenadoria de auditoria, mas a secretaria de tecnologia da informação do STJ está agora desenvolvendo um aplicativo para que o sistema seja acessível a todos os gestores do tribunal.

O banco Citigroup concordou em pagar a credores da Enron US$ 1,66 bilhão para encerrar um processo sobre sua responsabilidade no colapso da companhia de energia norte-americana, informou ontem um grupo que representa credores. O maior banco dos Estados Unidos também está desistindo de US$ 4,25 bilhões em reclamações contra a Enron, enquanto a empresa está encerrando todos os processos abertos contra o banco. O Citigroup também informou em comunicado que nega qualquer ato indevido e que fez os acordos somente para evitar custos judiciais e a incerteza dos processos.
Reservas
O pagamento de US$ 1,66 bilhão representa cerca de 60% dos US$ 2,8 bilhões que o Citi havia reservado para pagamentos relacionados a processos. O Citigroup informou que acredita que suas reservas são adequadas para cobrir sua exposição. E acrescentou que liberará US$ 1,7 bilhão em dinheiro que estava bloqueado em uma reserva de indenizações pendentes. Os credores da Enron tinham apresentado reivindicações contra o Citigroup no valor de US$ 21 bilhões diante do Tribunal de Falências dos Estados Unidos, mas após este acordo, parte delas foram retiradas.
Além disso, o banco fechou também um acordo para resolver as disputas que tinha pendentes com os donos de US$ 2,4 bilhões em bônus emitidos pelo Citigroup, com rendimento vinculado à qualidade creditícia da Enron. Os donos de bônus alegavam que o Citi sabia que as dívidas da Enron eram muito superiores às que figuravam em seus balanços financeiros e que a exposição da firma financeira na companhia energética era, em 1999, de US$ 1,7 bilhão. Ou seja, quatro vezes o limite interno estabelecido pelo banco para seus investimentos na Enron.
Entre 1999 e 2001, o risco do Citigroup na Enron subiu ainda mais, ao mesmo tempo em que a companhia energética recebia uma série de créditos de parte do Citigroup que eram disfarçados como receitas, segundo argumentaram os advogados. Os titulares desses bônus pensavam que, em caso de uma quebra, seus compromissos teriam uma prioridade alta de pagamento entre todos os outros credores da Enron.
Os credores da Enron asseguraram que o acordo "representa uma enorme conquista, já que põe fim ao megaprocesso interposto contra 11 bancos em 2003".
Último acordo
A instituição é a última de 11 bancos a encerrarem pendências com credores da Enron nos processos conhecidos como "MegaClaims". Esses processos MegaClaim estão retornando mais de US$ 5 bilhões aos credores da Enron. Ao fazer o acordo, o Citi evita um julgamento, que poderia começar este ano. "Permite-nos recuperar US$ 5 bilhões para os credores, incluindo cerca de US$ 2,1 bilhões mais juros, lucro e dividendos aos titulares dos bônus Yosemite", afirmou John Ray, presidente e executivo-chefe da Enron Creditors Recovery Corp, sociedade que reúne credores da firma.
A Enron declarou a segunda maior quebra da história empresarial norte-americana em dezembro de 2001, após reconhecer que havia contabilizado centenas de créditos como operações de compra e venda.

Os vereadores aprovaram ontem, em duas discussões, o projeto de lei que incorpora gratificações ao vencimento básico de 96 mil servidores da Prefeitura do Rio. Os aumentos, que chegam a 69% do salário, começam a valer na folha de abril, que será paga em maio.
O projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, recebeu críticas da oposição, por ter sido encaminhado próximo ao período eleitoral. Apesar disso, a proposta teve a adesão da maioria dos vereadores, que fez questão de discursar para os servidores que lotaram as galerias da Câmara.
— Quem vai ser louco de votar contra essa matéria? O próximo prefeito é quem vai pagar a conta — criticou o vereador Luiz Antônio Guaraná (PSDB).
Câmara do Rio aprova aumento dos servidores
O Globo - 27/3/2008 - 16
Letícia Vieira