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25 julho 2007

Globalização

Na coluna de artes do Financial Times (The ancient art of globalisation, Jeremy Grant, 24/07/2007), USA Ed1, p. 15, o jornal inglês comenta uma exposição sobre a história de Portugal. O título da matéria é apropriado e interessante pois informa que a globalização é mais antiga do poderíamos pensar.

Além disto, a matéria informa sobre a espionagem italiana, que rouba o "Cantino Planisphere", um mapa que contém informações das quatro grandes expedições marítimas: Colombo, Cabral, Vasco da Gama e os irmãos Corte-Real.

In 1502, an Italian diplomatic agent working in Lisbon for the Duke Ercole d'Este of Ferrara pulled off what must rank as one of the boldest thefts of a state secret. Somehow, he managed to make off with an item of inestimable value to the Portuguese king: a copy of the "Cantino Planisphere", a large map. This was no ordinary map. Using information brought back by Portuguese sailors in the latter half of the 15th century, it represented the most accurate view of the known world at that time, allowing the Portuguese to project their emerging maritime empire more effectively than any rival.

With the beginning of the reign of Joao II in 1481, Lisbon had become the seat of a vast project of exploration, carried out along the African coasts, with the objective of reaching the Indian Ocean and southern Asia. The Portuguese had begun their explorations in the early part of the century, colonising Madeira and the Azores, moving later along the west coast of Africa in search of slaves and gold. Asia soon followed, then Brazil.

Royal cartographers fashioned the map using information brought back by sailors from four series of voyages: Columbus to the Caribbean; Pedro Alvarez Cabral to Brazil; Vasco da Gama to eastern Africa and India; and finally the brothers Corte-Real to Greenland and Newfoundland. Except for Columbus, all had sailed under the Portuguese flag. The original of the Cantino map is presumed to have been lost in the Lisbon earthquake of 1755. But the stolen version - a copy - has been housed at a library in Modena ever since.

(...) As empires go, the Portuguese seems to get less attention than those that followed. But Portugal was the first European nation to build an extensive commercial empire, creating a global network that relied more on trade than conquest of land. In the process, they not only made contact with regions previously unknown to Europeans, but also left a legacy that was more cultural than political. (...)

Será um bom negócio

Segundo o Financial Times (Falkland Oil leads surge, Neil Hume e Robert Orr, 24/07/2007, p. 40) a Falkland Oil & Gas tem por finalidade pesquisar e explorar petróleo nestas ilhas do Atlântico Sul.

As ilhas Falkland (ou Malvinas) são reinvidicadas pela Argentina, motivo pelo qual os dois países já entraram em conflito no passado. E o atual presidente Néstor Kirchner insiste que a ilha pertence a Argentina.

A notícia do Financial Times informa que os parceiros da Falkland Oil & Gas podem ser a Shell ou a Petrobrás, que têm mostrado interesse na área.

Para Petrobrás, que possui sólidos investimentos na Argentina (inclusive patrocina o River Plate, o segundo time mais popular daquele país), seria interessante este investimento?

Links

1. Contabilidade pública - Reunião técnica no TCDF - em powerpoint

2. Ministro para na vaga de deficiente - com foto

3. Glossário do Tesouro Nacional

Pesquisa: Descobrindo um Astro

Seria possível, baseado na experiência histórica, fazer uma expressão matemática para determinar a probabilidade de um artista se transformar num astro? Laura Spierdijk e Mark Voorneveld testaram um trabalho anterior de Chung e Cox e refutaram que a distribuição de probabilidade seja um modelo denominado Yule. Aqui e aqui.

Orçamento

NO BAÚ DAS PALAVRAS: ORÇAMENTO - Caio Tibúrcio

Há dezenas e dezenas de milhões de anos, a mulher e o homem aprenderam a usar a fala como forma de expressar as necessidades e as vontades; com a evolução, a laringe humana se alargou e a vibração das cordas vocais permitiu a emissão de sons variados.

No início, os povos primitivos criaram palavras curtas, básicas, algumas assemelhadas a grunhidos, mugidos, como podemos encontrar ainda em diversas línguas: moon (lua); mater (mãe); eau (água); stone (pedra); hierro (ferro), tierra (terra).

Assuntos dessa natureza estão relacionados à Linguagem (faculdade que o homem tem de expressar seus pensamentos por meio de sinais, da fala, da escrita); à Lingüística (ciência que estuda as linguagens em determinada época ou em períodos diferentes; as relações das palavras, as raízes); à Etimologia (estudo da origem e formação das palavras);(1) à Ecolingüística (estudo das relações da Língua com o Meio Ambiente)(2).

Segundo a Ecolingüística, para que se forme uma Língua é necessário “uma teia de relações”, que exista um povo cujos membros vivam e convivam em determinado território.(3) É o caso do Latim, língua mater do Português. Como se sabe, o Latim nasceu de um dialeto falado por uma tribo situada às margens do Rio Tigre, localizado na Península Itálica atual. Em 753 A.C., Rômulo e Remo fundaram, nas colinas de Latium (Lácio), a cidade de Roma. E, apenas recentemente, no fim do Século I do milênio passado, com a expansão do Império Romano, o Latim vulgar dos soldados e mercadores passou a ser a língua mais usada na Península Ibérica, região onde foram formados Portugal e Espanha. (4)

A palavra “Orçar” tem origem no Latim popular do século XV, ortĭa, orzare, segundo Antenor Nascentes. Orçar significa aproximar o navio da linha do vento. “O vocábulo veio da linguagem marítima. Meter à orça era proejar, chegar-se para o vento, bolinar”.(5)

No século seguinte, a palavra de origem náutica passou a ser utilizada no sentido figurado, no dia-a-dia, pelos navegadores, pelos portuários, pela população em geral, enfim na vida palaciana. A partir daí, a idéia de calcular aproximadamente, estimar. Diz Antenor Nascentes: “das tentativas para dirigir a proa na direção do vento teria vindo o sentido de ‘calcular por alto'” (6).

Nessa evolução, o substantivo “Orçamento” só veio a ser utilizado ao final do século XVIII e início do século XIX. Hoje, dicionários portugueses registram também esses significados para o termo: “acto ou efeito de orçar; cálculo ou conta das receitas e despesas prováveis de um estado, de um município, de uma empresa, etc., durante um ano econômico; cálculo pormenorizado do que é preciso gastar para se realizar qualquer obra“. (7)

Assim, a palavra “Orçamento” é um exemplo da relação do homem com o seu ambiente na geração das palavras, da utilização da língua como expressão de uma identidade coletiva, como meio de descrever a realidade de um povo.

Por isso, na proa da linguagem náutica, vem à tona os planos plurianuais, os planos setoriais, as leis de diretrizes orçamentárias, as leis orçamentárias anuais, que devem integrar um Sistema de Planejamento, Programação e Orçamentação das Unidades da Federação, nas dimensões de longo, médio e curto prazos. (8) Espera-se que a estes instrumentos sejam aportadas previsões corretas, de tal forma que possibilite o alcance dos objetivos da sociedade ou se aproxime deles, pois planejar é preciso. Ainda, que as finanças públicas não fiquem à deriva e a sociedade a ver navios.(9)

(1) Macedo, de Walmírio. Dicionário de Gramática. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1979.
(2) Couto, Hildo Honório do. Ecolinguística: Estudo das Relações Entre Língua e Meio Ambiente. Brasília: Thesaurus., 2007.
(3) Couto, Hildo Honório. Op. Cit.
(4) Gehringer, Max . Big Max - Vocabulário Corporativo: origens e histórias curiosas de centenas de palavras para você digerir. São Paulo: Negócio Editora, 2003.
(5) Nascentes, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, Acadêmicos, São José e Livros de Portugal, 1932.
(6) Nascentes, Antenor. Dicionário de Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro: Bloch, 1988.
(7) Priberam Informática S.A. Dicionário - Língua Portuguesa On Line. < http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx >. Acesso em 10/07/2007.
(8) Anthony, Robert apud Cunha, Armando Moreira da. Manual da Disciplina: Planejamento,. Programação e Orçamentação. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Administração Pública/Fundação Getúlio Vargas/Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração. Pública – EBAP/FGV/CIPAD, 1981.
(9) Serra e Gurgel, J.B. Dicionário de Gíria – Modismo Lingüistico – O Equipamento Falado do Brasileiro. Brasília: J.B. Serra e Gurgel, 6ª Ed., 2000.

24 julho 2007

Rir é o melhor remédio: Mulher vive mais do que o homem





Fotografias que tentam explicar o motivo pelo qual a mulher vive mais do que o homem. Fonte: Aqui

ANP, Petrobrás e custos

No dia 23/07/2077 o Estado de São Paulo publicou a seguinte notícia:

ANP investiga contas da maior bacia da Petrobrás
COMBUSTÍVEIS Governo do Rio suspeita que empresa inflou custos do projeto Marlim e vem pagando menos participação especial ao Estado do que deveria
Nicola Pamplona

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu rever as contas da Petrobrás referentes ao campo de Marlim, na Bacia de Campos, o maior produtor de petróleo do Brasil. A medida foi tomada a pedido do governo do Estado do Rio. Há suspeitas de que a empresa inflou os custos do projeto e vem pagando um valor inferior ao que deveria a título de participação especial, taxa cobrada sobre os campos de alta produtividade no País. A revisão da contas, aprovada em reunião de diretoria da agência no dia 3, pode representar maiores ganhos para o caixa estadual, um dos beneficiários da cobrança. Regulamentada pelo decreto 2705/98, a participação especial é cobrada sobre a rentabilidade de um campo de petróleo. Ou seja, para calcular o valor devido por um projeto, a ANP abate os custos e cobra um porcentual sobre o restante da receita.

No ano passado, a participação especial representou uma arrecadação de R$ 8,84 bilhões, que são divididos entre os Ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente, além dos governos estaduais e prefeituras de municípios produtores de petróleo.

(...) Embora já tenha entrado em declínio, Marlim é o maior pagador de participação especial do País. No ano passado, o campo produziu uma média de 414,2 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 23% da produção nacional de 2006. O campo foi descoberto em 1985 e começou a operar em 1994. O pico de produção, de 586,3 mil barris por dia, foi atingido quatro anos depois. Hoje, o projeto conta com nove plataformas de produção, que extraem petróleo e gás de 107 poços submarinos.

A revisão do cálculo é encarada pelo governo estadual como uma chance de aliviar suas contas, que já acumulam déficit de R$ 1 bilhão este ano. Em 2006, a ANP chegou a fazer uma revisão das contas de Marlim, o que garantiu ganho extra de R$ 170,4 milhões aos cofres do Estado - os ministérios ficaram com R$ 213 milhões e os três municípios com R$ 42,6 milhões. (...)


No dia 24/07/2007 outra reportagem sobre o assunto:

ANP cobra R$ 1,3 bi da Petrobrás
Cobrança decorre de "deduções indevidas" na contabilidade do Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ)
Nicola Pamplona
Estatal nega diferença e diz que vai defender seus direitos na Justiça

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) cobra R$ 1,3 bilhão da Petrobrás por "deduções indevidas" na contabilidade do Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ). A cobrança é resultado de uma revisão nas contas do projeto, iniciada em 2004, e retomada este ano a pedido do governo do Estado do Rio, explicou o diretor da agência Victor Martins. A Petrobrás, no entanto, disse, em nota oficial, que não reconhece a dívida e vai recorrer. A ANP informou que outros campos operados pela empresa serão investigados. No ano passado, a estatal pagou R$ 399 milhões referentes à revisão da participação especial paga por Marlim entre 2002 e 2006. A participação especial é uma taxa cobrada sobre campos de petróleo com alta rentabilidade e é calculada após a dedução dos custos operacionais do projeto. Na auditoria de Marlim, a agência concluiu que a Petrobrás vinha pagando menos do que deveria, entre outros motivos, por deduzir como custo parte da remuneração paga à Nova Marlim Petróleo, empresa criada para financiar o projeto. A direção da ANP afirma que não houve "tentativa de dolo ou má-fé" da Petrobrás no episódio. Na avaliação do órgão regulador, o problema é fruto da pouca prática com a legislação que regula as participações especiais. "A própria ANP ainda não tinha analisado a fundo os custos operacionais dos projetos de petróleo", disse o diretor Newton Monteiro. "Chamamos a Petrobrás para conversar e eles concordaram com nossa posição", completou. "O projeto tem uma engenharia financeira extremamente complexa", acrescentou Martins. Em nota distribuída ontem, a empresa afirmou que já havia quitado qualquer pendência com a ANP e a nova cobrança "não encontra respaldo jurídico, ferindo princípios constitucionais e impondo a esta companhia a busca da proteção de seus direitos". (...)


É lógico que um cálculo baseado em receita menos custos será sempre questionável. Qualquer mudança no critério de alocação de custos irá afetar o resultado. Quem conhece um pouco de contabilidade de custos sabe como é difícil reportar para órgãos reguladores baseado nos custos.

Google

Custo do Google alerta investidores
Gazeta Mercantil - 24/07/2007

São Francisco (EUA), 24 de Julho de 2007 - Uma alta inesperada nas contratações e nas despesas operacionais abalou a confiança dos investidores no Google, líder de buscas na internet, pela segunda vez em seus três anos como empresa de capital aberto, causando queda nas ações do grupo.

Uma vez mais a culpa foi atribuída à teimosia do Google em manter Wall Street no escuro sobre suas perspectivas - o que ajuda a empresa a resistir a pressões de curto prazo quanto a lucros mas cria incertezas desnecessárias para os investidores, queixaram-se analistas.

Na quinta-feira, o Google reportou um aumento de 58% em sua receita no segundo trimestre, o que confirmou a estimativa média de analistas. Mas o lucro líquido ficou bem aquém do esperado, depois de uma alta de 13% no número de contratações nos últimos três meses, o que elevou a folha de pagamento e as despesas operacionais, e prejudicou a margem de lucro operacional do Google.

Desde que o Google abriu seu capital, em agosto de 2004, a empresa vem se recusando a fornecer projeções financeiras, usadas pelos analistas de Wall Street para estimar resultados futuros. Ajustes periódicos de contabilidade podem criar oscilação súbita nos resultados.

Na quinta-feira, o Google surpreendeu os analistas ao promover um repentino ajuste de US$ 60 milhões em suas contas, com o objetivo de distribuir as bonificações pagas aos funcionários igualmente pelos quatro trimestres, em vez de concentrá-las no balanço dos últimos três meses do ano.

Big Brother nas Empresas

Uma reportagem do Jornal do Commercio sobre a presença de vigilância nas empresas:

Big brother corporativo
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 24/07/2007

Sorria, você está sendo filmado. Se há dez anos a frase gerava curiosidade nas pessoas que estavam sendo observadas, atualmente, mais desconfiadas e com medo, gera intimidação. No mundo corporativo não é diferente. Empresas têm instalado câmeras em escritórios para, além da prerrogativa de segurança, espionar funcionários e inibir atitudes ilícitas. O Big Brother corporativo entra em ação, a perda de privacidade é garantia e, com o passar do tempo, os colaboradores se adaptam ao cotidiano vigiado pelas lentes, em alguns casos escondidas.

Na avaliação de Alexandre Freire, professor nos cursos de marketing e gestão empresarial da escola de pós-graduação em economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e autor do recém-lançado livro Inevitável mundo novo - O fim da privacidade, a alegação para todo esse controle é a proteção. Ele frisa que as organizações usam o discurso de segurança como moeda de troca com os funcionários para garantir aos mesmos sua integridade.

“Os funcionários abrem mão de sua privacidade para as empresas lhes garantir segurança. Este é o novo mundo empresarial. Deve-se tomar cuidado, no entanto, para não transformar o protegido em perseguido. A conseqüência direta do uso das câmeras é a intimidação. Contudo, observa-se movimento sutil de reação, que é a aceitação passiva da câmera como parte do dia-a-dia. O motivo de tudo isso é o medo. Fiz uma pesquisa com meus alunos do MBA e 40% deles responderam que gostariam de ver pelo celular suas casas enquanto estivessem fora”, revela Freire.

Na Datacom, empresa de microfilmagem e processamento de dados, 15 câmeras espalhadas pelos três andares do prédio de 900 metros quadrados monitoram o cotidiano. Os ambientes de produção, administrativo e corredores são vigiados pelas lentes. Todo este aparato garante que as imagens possam ser vistas no laptop de Fernando Ewerton, diretor executivo da empresa.

INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS. Segundo Ewerton, a exigência de controle surgiu de seus clientes porque muitas informações confidenciais são processadas na empresa. Para Ewerton, não é controle de gestão de pessoas, mas de ambientes. A presença das câmeras evita que pessoas não autorizadas circulem em determinados lugares do prédio e, em caso de auditoria, pode comprovar para seus clientes que todo o processo está seguro e o sigilo das informações está mantido.

“A função primordial das câmeras é garantir segurança. Indiretamente, funciona para controlar funcionários, seus horários de chegada e saída da empresa. Isso gerou auto-disciplina porque, como sabem que estão sendo vigiados, os funcionários evitam fazer coisas erradas. Embora este não seja o objetivo principal, o resultado foi ganho em produtividade”, ressalta o executivo da Datacom.

contato com a filial. Ewerton lembra também que uma das funções da câmera é a rápida localização de um funcionário. Para saber onde determinado colaborador se encontra, basta acessar em seu laptop as imagens. Além disso, permite o constante acesso da matriz no Rio de Janeiro com a filial em São Paulo. “No início da utilização das câmeras houve reação natural dos funcionários: todos eles se sentiram vigiados. Mas, com passar do tempo, passaram a reparar mais no equipamento, que passou a fazer parte do dia-a-dia. Não acredito que os profissionais ajam de maneira diferente”, diz.

No Grupo Rai, empresa de publicidade e promoção, a presença das câmeras, instaladas há dois anos, inibiu a o furto de pequenos brindes promocionais. Camisas, aparelhos celulares e canetas deixaram de ser levados para a casa devido à vigilância, informa Fábio Burg, presidente da companhia. Mesmo que até hoje ninguém tenha sido pego em flagrante, só o fato da existência das câmeras reduziu a zero a ação dos que furtavam.

“A função da câmera é dar segurança. Contudo, no caso da nossa empresa, inibe o furto de pequenos brindes promocionais dos clientes. Antes, os itens sumiam porque não havia vigilância. Não acredito que a câmera iniba o funcionário, mas evita que tenha atitudes erradas. O Grupo Rai é feito de profissionais criativos. A câmera não tem o objetivo de inibir os movimentos expansivos característicos deles”, aponta Burg. O executivo conta que quando as câmeras passaram por reparos há cinco meses, os furtos recomeçaram.

Juscilan Brasil, diretor da Berta Contabilidade, é avesso a qualquer tipo de controle que tire sua privacidade. Entretanto, diz que a instalação de câmeras no escritório foi uma ação exigida pelos próprios funcionários da empresa para garantir-lhes segurança, mesmo com a perda de privacidade.

“Não gosto da idéia de ter câmeras no escritório, mas os profissionais exigiram este aparato tecnológico para dar segurança. Acredito que isso iniba as pessoas e suas ações. A perda da liberdade é o preço da segurança. A intimidação é óbvia”, destaca.

IAS encoraja os ganhos de curto prazo

Leia, a seguir, um artigo sobre o IAS do Valor Justo e os efeitos sobre o comportamento das empresas:

Standards that encourage short-term gain.
Por CHARLES PICTET
Financial Times - 23/07/2007, p. 6

The 2005 IAS 36 fair value accounting standards encourage listed companies to pursue takeovers for short-term gain - a tendency exacerbated by low financing costs - regardless of possible longer term consequences.

A listed company has three basic ways to pursue a growth or value-creation strategy.

First, a company may simply buy back its own stock to increase earnings per share. This can be done either with cash, borrowings or a combination of the two. Although earnings per share may increase (as long as the company's return on equity is higher than its financing costs), this approach creates no real economic value. Its only purpose is to protect the company from takeover.

In the second, "traditional" method, a company expands through capital investment, which typically has a three to five-year pay-off. For the investor-entrepreneur, this presents uncertainty: it is difficult to assess the future value creation in advance, especially in new business fields, while the investment has to be amortised, which in the short term depresses profits and valuation multiples. Such organic growth is the classic long-term strategy of unlisted companies free from the pressures of quarterly earnings results.

The third, more straightforward, growth strategy is to acquire another company for cash or borrowings. The acquirer can achieve its objectives much more quickly and assess the return on its purchase more accurately.

The purchase price is generally higher than the shareholders' equity on the balance sheet of the acquired company. This difference, called goodwill, is an intangible asset that reflects the company's reputation, brand and client base. For the acquiring company, goodwill represents the additional cost of buying a business that is already productive.

Until the advent of IAS 36, the accounting and tax treatment was the same whether companies grew organically or expanded through acquisition. Companies growing organically had gradually to amortise their investments, while acquisitive companies had to amortise the recently purchased external goodwill. This approach considered goodwill as a wasting asset.

Writing off goodwill is not only transparent, but has the added virtue of limiting the acquisition price, because the amortisation requirement reduces the net profits of the acquiring company.

The new international accounting standards, known ironically as "fair value" accounting, have turned this notion on its head. Rightly, they recognise that goodwill should not necessarily be written off; a company's reputation, brand value and client base may well have an enduring value. Thus, under the new rules, a company that takes over another no longer has to amortise the goodwill of the business it acquires.

But the acquirer can also include the goodwill on its balance sheet immediately. If the company it buys is already efficient and productive, the acquiring company will therefore increase its profits instantly, boosting the share price and benefiting the management and board of directors of the acquiring company, even if the goodwill ultimately has to be written down.

What is the "fair" value of goodwill? For market purists, the price paid is by definition fair value. But in the event of a hostile takeover, for example, the price paid for goodwill is often far too high. This is especially true if the predator is sitting on a lot of cash or if it can borrow at low interest rates (as today), which naturally leads to overpaying.

The result is that in today's conditions of easy money, the recent change in international accounting standards has fuelled the mergers and acquisition boom, and given an acquiring company wide discretion in the statement of its profits, which in turn affects valuation multiples. The lure of short-term gain may be difficult to resist.

To be sure, since goodwill is held as an asset on the balance sheet, its value is subject to an annual "impairment" test under the new rules. Such impairment normally arises from a lower projected return on investment, either because the assets are deemed to have become less productive, or simply because of higher interest rates, which depress the internal rate of return. This is potentially very damaging, because such write-downs invariably come at the low point of the cycle.

Either way, IAS 36 allows companies that pay too much for acquisitions in a period of low interest rates the freedom to boost profits now and take the hit later, probably when they can least afford it. And, as the ancient wisdom has it: "If you don't pay at the beginning, you pay at the end." Investors would be well advised to heed this traditional advice.

Charles Pictet is a former managing partner of Pictet & Cie and a member of the Swiss Banking Commission

Inbev + Bud?

O comentário sobre um acordo potencial entre a Anheuser-Busch e a Inbev (marca Brahma e Antartica) mostra que probabilidade é de 70% (Fonte: WSJ). O acordo selaria a união de uma cerveja com domínio no mercado norte-americano com a maior cervejaria do mundo. Além disto, são estimadas economias de 10 bilhões de dólares no acordo. Atualmente a capitalização do mercado é de 50 bilhões para Inbev e 38 bilhões para Bud.

Salários

Olhe que interessante esta lista. Os maiores salários das profissões nos Estados Unidos:

1. Anestesistas - 184,340 dólares
2. Cirurgiões - $184,150
3. Obstetras e ginecologistas - 178,040
4. Ortodentistas - $176,900
5. Cirurgiões (Maxial e Oral) - $164,760
6. Médicos Internistas Geral - 160,860
7. Prododentistas - $158,940
8. Psiquiatra - 149,990
9. Médicos de Família - 149,850
10. Executivos Chefes - 144,600
11. Médicos e Cirurgiões- 142,220
12. Pediatra Geral - 141,440
13. Dentista Geral - 140,950
14. Pilotos, Co-pilotos e Engenheiros de voô - 140,380
15. Médicos do pé - 118,500
16. Advogados - 113,660
17. Controladores de Trâfego aéreo - 110,270
18. Engenheiros - 110,030

Fonte: Forbes - Clique aqui

23 julho 2007

Rir é o melhor remédio


Segundo este endereço, este é o símbolo internacional do casamento.

Restos a Pagar e Lei de Responsabilidade Fiscal

Estados e municípios usam restos a pagar para contornar rigidez da LRF
Valor Econômico - 23/07/2007

As finanças de Estados e municípios mostram evolução razoável desde o começo da década, considerando indicadores como a relação entre a dívida consolidada líquida e a receita corrente líquida e a proporção com pessoal do Executivo e a receita. Entre os cinco maiores Estados, apenas o Rio Grande do Sul mostra uma relação dívida/receita acima do teto de 200% definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - em 2006, o percentual ficou em 253,6%, mas ele está em queda. Entre os cinco maiores municípios, apenas São Paulo tem o indicador superior ao máximo de 120% - 196,6% no ano passado, mas também em declínio.Uma análise restrita a esses números indica uma situação fiscal positiva. Mas, se depois da entrada em vigor da LRF houve de fato maior austeridade na condução das contas públicas por governadores e prefeitos, também é verdade que esses indicadores não captam plenamente a situação fiscal dos governos, avaliam economistas como José Roberto Afonso e Beatriz Meirelles.

Há um uso cada vez mais freqüente, segundo eles, de um expediente que consiste em assumir dívidas diretamente com fornecedores, empreiteiros ou mesmo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "No fim do ano, muitas das despesas restam a pagar para o ano seguinte, mas em valores que superam a casa dos bilhões", escrevem eles, em estudo que conta também com a colaboração de Kleber Castro. Nos restos a pagar se concentram despesas referentes a exercícios fiscais de anos anteriores. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o total de restos a pagar cresceu de R$ 1,940 bilhão em 2002 para R$ 3,477 bilhões em 2006, uma alta de 79%, já descontada a inflação. Em São Paulo, o aumento foi de 33,3%, para R$ 7,049 bilhões, e em Minas Gerais, de 29%, para R$ 4,829 bilhões.Para eles, um dos sinais de que a chamada "contabilidade criativa" encobre muitas vezes a verdadeira situação fiscal dos Estados é que, ao tomarem posse no começo do ano, vários governadores "logo adotaram medidas severas para o controle das contas públicas". Os economistas chamam a atenção para a situação do Estado do Rio de Janeiro: em 2006, os gastos com pessoal do Executivo equivaliam a apenas 27,5% da receita, bem abaixo do limite de 49% definido pela LRF. Esse número, isoladamente, indica um quadro que não explica o que fez o governador Sérgio Cabral (PMDB) ao assumir o cargo no começo do ano. Ele promoveu a contenção de despesas com viagens e celulares, cortes de 30% de cargos comissionados e auditoria na folha de pagamento.Segundo eles, no paraíso da contabilidade criativa, "ora somem dos gastos com pessoal os inativos, de um poder ou de todo o governo, ora são contados como se fossem serviços, ora desaparece a parcela do Imposto de Renda retido dos servidores, ora a dívida ativa vira crédito líquido e certo".Beatriz considera, porém, que a situação de Estados e municípios ficou de fato mais saudável depois da LRF. Questões como a do aumento dos restos a pagar acabam por maquiar um pouco a situação real, mas não a ponto de se dizer que não houve melhoras, diz ela. O analista Alex Agostini, da Austin Rating, também avalia que a LRF tem sido fundamental para a evolução positiva dos indicadores fiscais de Estados e municípios. "Ela diminui muito o espaço para governos populistas." A Austin faz a classificação de risco dos quatro principais Estados (SP, MG, RJ e RS) e das respectivas capitais, conferindo o grau de investimento (ou seja, com baixa probabilidade de dar calote) a todos eles, com exceção do Rio Grande do Sul, que possui uma relação dívida/receita muito elevada, além de ter uma economia que sofreu bastante nos últimos anos, em função de problemas como a valorização do câmbio.O especialista em contas públicas Amir Khair vê uma situação fiscal razoável de Estados e municípios, mas faz algumas observações. Ele lembra que, para desinflar gastos com pessoal, alguns Estados e prefeituras elevaram as despesas com terceirização. Isso facilita a obtenção de bons indicadores em relação aos gastos com funcionalismo. Khair lembra que a arrecadação cresceu com força nos últimos anos, também no âmbito estadual e no municipal. Para ajudar, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que corrige as dívidas de Estados e municípios com a União, tem registrado variações muito modestas. A combinação de arrecadação em alta e o IGP-DI baixo contribuíram para o tombo de relações dívida/receita como a do município de São Paulo, que caiu de 246,5% em 2004 para 196,6% em 2006. Em Curitiba, a relação atingiu 2,42% no fim de 2006.Khair chama a atenção ainda para o que considera o "escândalo dos precatórios", as dívidas judiciais que os governos têm de pagar, mas o fazem a um ritmo muito lento. Graças a uma proposta de emenda constitucional - a PEC 12 -, o calote desses débitos poderá ser consagrado, acusa ele, porque ela possibilitará o parcelamento dos débitos por prazos muito longos. Para os credores, uma péssima notícia. Para Estados e municípios, porém, um alívio fiscal.

Auditoria e Gestão de Pessoas

Accounting for good people - Talent management - Talent management
The Economist - 21/07/2007

Surprising as it might seem, the Big Four accountancy firms have lots to teach other companies about managing talented people

BEING interesting can be overrated. Accountants became suddenly intriguing in 2002 with the spectacular collapse of Arthur Andersen, because of its involvement in the scandals surrounding the fall of Enron. This added unwanted colour to a grey profession. Since then the surviving titans of accountancy—Deloitte Touche Tohmatsu, Ernst & Young, KPMG and PricewaterhouseCoopers (PwC), also known as the Big Four—have mostly retreated back into the shadows of public awareness. But interesting they remain, above all for the way they manage their people.

It is not just that they collectively employ some 500,000 people around the world. Many companies are as big as they are. Unlike most, however, the Big Four really mean it when they say that people are their biggest assets. Their product is their employees' knowledge and their distribution channels are the relationships between their staff and clients. More than most they must worry about how to attract and retain the brightest workers.

Time is regularly set aside at the highest levels to chew over how best to do this. Detailed goals are set: Deloitte's 2010 business plan includes targets for staff turnover, the scores it seeks in its annual staff survey and the proportion of female partners it would like to have. Partners are increasingly measured and rewarded as managers of people, not just for the amount of money they bring in. People-related items account for one-third of the scorecard used to evaluate partners at PwC. KPMG's British firm has introduced time codes so that employees can account for how long they spend dealing with staff matters. The idea is that those who devote lots of time to people-related matters are not disadvantaged as a result in pay rises and promotion.

The Big Four are by no means perfect. The sheer numbers they employ can still make them feel like sausage factories. Small firms are quick to take advantage of that when recruiting. Nevertheless, the big firms' evolving efforts to attract the best candidates and to encourage and keep the brightest people provide useful lessons for other companies.

The most intractable problem is that there are never enough skilled or promising people to go around. Just as competition for the best of the bunch is growing, the pool of available talent is changing. In America baby-boomers are flooding into retirement; in Europe the market is greying; and in India and China the large number of graduates masks low numbers of truly high-quality candidates.

Staff demands

There are added problems for accountancy firms. Job cuts earlier in the decade created a shortfall of people now. Regulatory changes, such as America's Sarbanes-Oxley Act, have boosted demand from clients not just for accountants' services but also for their staff. To add to their difficulties the Big Four are now aggressively re-entering the field of advisory services, necessitating a new burst of hiring. Ernst & Young is not unusual: it hired some 25,000 people in 2006, but expects to hire 30,000 this year and 35,000 in 2008.

Much of this recruitment is aimed at hard-to-find experienced professionals, especially important in the advisory businesses where corporate knowledge is highly valued. As a result, an old taboo is being broken and more outsiders brought straight in as partners. Robust selection procedures are used to ensure that they fit in. Programmes that help keep the firm in touch with former employees are also being strengthened so that people who leave can more easily find their way back (these “boomerangs” account for up to a quarter of those hired by the Big Four in America).

Former employees can also act as useful recruiting agents and help to drum up new business. For these alumni programmes to work “a massive cultural switch” is needed, says Keith Dugdale, who looks after global recruitment for KPMG. Few employers are used to helping people leave on good terms. But in an era of job-hopping and a scarcity of skills, loyalty increasingly means having a sense of emotional allegiance to an employer, whether or not that person is still physically on the payroll.

A similar change in attitude is needed to manage the careers of female employees. Each of the Big Four wants to promote more women, who account for about half of their recruits but around a quarter, at best, of their partners. Many women drop off the career ladder at some point (usually to have children or to care for an elderly relative) and find it difficult to get back on again. Options such as career breaks and part-time working are part of the accountants' response. “The Big Four are ahead of most in managing talented women,” says Sylvia Hewlett, author of “Off-Ramps and On-Ramps”, a new book on the subject (see box on next page).

Across borders

Gaps in one country can be plugged with people from another. The Big Four have big plans in Asia, especially China. Deloitte aims to have 20,000 people in greater China by 2015, up from some 8,500 now. But like other firms it is finding that experienced people are thinner on the ground than promising but untested ones. One answer is to use member firms outside China to find experienced Chinese émigrés who want to return home, although they do not always get on well with local employees. Similar techniques are used to handle temporary gluts of work. Canadian accountants cross the border in droves during the American audit season to reinforce their American colleagues' efforts.

Mobility is seen as a useful way to retain and help employees develop. International assignments can be critical in attracting new graduates. According to Pierre Hurstel, Ernst & Young's global managing partner for people, new entrants want to work abroad: that's the biggest change in recruits in the past five years, he says. Recruiters at PwC are authorised to promise the best candidates on campus language training and an overseas visit at the end of their first year. International assignments can be pledged after two to three years. High-minded young people also want to work for companies with a decent ethical reputation.

Retaining good people is the biggest challenge. Turnover rates at the Big Four have historically been high—roughly 15-20% leave each year, compared with as few as 5% in some other industries. The cost of this is “astronomical”, says Jim Wall, Deloitte's managing director of human resources. Mr Wall reckons that every percentage-point drop in annual turnover rates equates to a saving of $400m-500m.

Even so, the accountant's goals are more nuanced than simply increasing retention rates. None of the big accountancy firms wants churn rates to fall too far, if only to keep the performance bar high. Mr Wall thinks a 10-12% turnover rate would be about right; Richard Baird, PwC's people chief, reckons that 12-15% is comfortable. Rather, the Big Four want more of their most talented people to stay.

The biggest staff exodus comes after three years, once recruits have been certified as accountants. Many never intend to stay any longer, aiming instead to parlay their qualifications into a new job and a fatter pay cheque somewhere else. That presents the Big Four with a particular problem: how to identify future stars among the mass of raw recruits. The trouble is, most talent-development programmes start at a later stage in people's careers.

One strategy is simply to persuade people to stay longer, which provides more time for employers to spot and seduce the best performers. The Big Four can point to research conducted among leavers that many would like to return and that even more wish they had stayed longer. Leaving after six years rather than three, say, means that people tend to go into better jobs with higher pay—which can also help the effectiveness of the alumni network.

Driving talent-management practices deeper into the organisation is the bigger priority, says Tony Osude, of the Association of Chartered Certified Accountants. Talent-spotting has traditionally been left to a middle-management layer of audit supervisors until people get closer to being a partner (partly because employees tend to be invisible to many of their superiors, working as they do in small teams at the offices of the client).

The effect has been to underutilise one of the big organisational advantages that the Big Four have: a large pool of partners who can help coach less experienced staff. That is changing. Rather than seeing junior staff as expendable drones, the Big Four's talent bosses want partners to view them as future assets. As well as tying reward schemes to the better management of people, the behaviour of partners is being changed in smaller ways. Deloitte's British firm asks partners to spend a minute with their staff immediately after client meetings to provide feedback so that they fulfil more of a training role.

Scoring skills

Changing the way partners behave takes time and will not solve every problem. Audit work is not the world's most fascinating job and junior staff have limited influence over their assignments. But they can be given a clearer idea of how their career might shape up and greater control over it. Ernst & Young spent years asking partners to identify the skills needed for a gamut of roles, each of which carries a rating from one for beginner to five for a master. Using this, staff will soon be able to view not only a profile of their skills but also what capabilities they need to acquire in order to move up into more senior positions. Many of the training and development services are delivered electronically.

By giving people more control over their career development the big accounting firms are starting to recognise that an overly aggressive “up or out” approach is a risky strategy when skills and bright people are in short supply. “Not everyone will be a senior partner,” says Doug Jukes, KPMG's lead partner for people management. “But they can still be extremely valuable to the firm.” Deloitte is in the process of boosting the status and pay of principals, a grade between director and partner for senior people.

Even so, a partnership remains the goal of the ambitious. KPMG has a programme called Compass, which identifies 11 career milestones on the path to becoming a senior partner, each of which triggers development activities. PwC runs Genesis Park, a five-month residential course for a hand-picked group of would-be partners from around the world.

People are expected to keep learning and networking after they have been made a partner too. Mr Hurstel, at Ernst & Young, worries about how to keep long-serving partners happy and energised, especially after the Enron scandals have eroded their godlike status. “Great armies have the capacity to restore their wounded,” he says. One of the programmes he runs is called “leaving a legacy”. It is designed in part to help prepare partners for life outside the firm, perhaps as board directors, but also to help them pass on their expertise.

The scale of resources pumped into talent management by the Big Four may be beyond most employers, but many of their ideas could still be copied. Building programmes that keep the company in touch with former employees, offering more flexible career paths to women and making people management an explicit part of the incentive system for senior staff are all useful tools for employers of people who think for a living. A more intriguing question is whether the organisational structure of the big accounting firms also has lessons for other companies.

More room at the top

Being a partnership confers some advantages. It is not just that a large number of senior people are available to help train and encourage junior ones—what Deloitte's Mr Wall calls an apprentice model—but that more people can succeed. Whereas success at a typical company means climbing to one of a few top positions—and probably elbowing others aside in the process—partnerships provide a broader top to the pyramid. Between them, the Big Four firms had more than 30,000 partners in 2006.

Partnerships are also flexible: if someone is good enough, the number of partners can be expanded to accommodate them. They are also consensual in style, which is important when managing clever, self-regarding people. The principles of joint ownership help to encourage networking and co-operative behaviour. “It is easier to persuade people about the importance of talent management in a partnership,” says Mr Baird.

But partnerships also have their downsides. Decision-making and innovation can be a lot tougher when so many other people have to be consulted. And in big partnerships people cease to know each other personally. For the Big Four, these problems are reinforced by their unwieldy federations of individual member firms scattered around the world.

According to Lowell Bryan, a partner at McKinsey and author of “Mobilising Minds”, a new book on getting the most from people, the ideal corporate organisation would blend elements of the typical company, the armed forces and professional services firms. An expanded “partner-like” group of senior managers at the top of the company is one of the features that he thinks could usefully be borrowed from professional services.

Cynics may wonder if the Big Four's focus on talent is only cyclical. Will expansion in their fast-growing advisory businesses make them less concerned about nurturing people in lower-margin audit work? Would an economic downturn quickly send head-counts plunging again? The size of workforces at individual firms, and in the business lines within them, will continue to ebb and flow with demand. But the supply constraints faced by employers are more rigid. As the battle in the long-heralded “war for talent” is joined across industries and countries, it could be worth keeping an eye on how the Big Four are quietly leading the charge.

Caixa e Crescimento

Geralmente a análise econômico-financeira indica que o crescimento da empresa representa uma redução no fluxo de caixa operacional. Uma reportagem, da CFO (Growing with the Flow, julho de 2007), mostra que pode existir exceção.

Um dos estudiosos do fluxo de caixa, Mulford, desenvolveu uma medida de free cash flow, onde se tenta mensurar o montante de fluxo de caixa incremental que será proveniente do crescimento da receita.

Índia adere as normas internacionais

É o que informa o Financial Express (Financial Express: Indian accounting to go global, 21/07/2007) e o Business Standard ( Indian accounting standards to match global norms by 2011 ; Indian accounting standards will be fully in line with the..., 22/07/2007). O prazo é 1o. de abril de 2011. Esta decisão foi toma pela Institute of Chartered Accountants of India (ICAI) e no início somente as empresas abertas estarão obrigadas. Conforme a reportagem do Financial Express:

Avinash Chander, technical director at, told FE that many of the present accounting standards would be revised as a result of the decision while ICAI will also introduce new ones to be in tune with international standards. For example, the present Accounting Standard 10 (AS10) will be revised and its title will be changed from Accounting for Fixed Assets' to Property, Plant and Equipment', as is there in international standard of IASB. "As part of this revision, companies will have to either go for historical costs for valuing their fixed assets or else choose for a periodic revaluation system, also specifying the periodicity of revaluation that would need to be followed on a mandatory basis," Chander said. He said while companies can still revalue fixed assets like land and buildings, it is presently at their discretion and there is no fixed periodicity attached to the process. Other areas where changes can be expected are on financial instruments, where the ICAI is now planning to incorporate standards on accounting for derivatives like futures, options and swaps.

Mulher e auditoria

A revista The Economist relata a discriminação contra a mulher na área de auditoria (Breaks and ladders - Women and work, 21/07/2007). A questão está refletida na própria tendência esperada pelas empresas. Na KPMG a expectativa é que um quarto dos partners em 2010 sejam de mulheres. Na Deloitte o objetivo é 31% de partners e diretores do sexo feminino em 2009, um aumento de 26% em relação a atual situação. Mesmo assim, estes objetivos são considerados como modestos por Sylvia Hewlett, do Centre for Work-Life Policy de Nova Iorque.

Um dos problemas apontados pela reportagem é dificuldade de conciliar trabalho e vida através de um trabalho mais flexível. E não é só criança, mas também o cuidado com parentes mais idosos.

Propaganda de remédios


Existe um movimento de restrição de certos tipos de propaganda. No Brasil há uma movimentação para restringir a propaganda de cerveja na televisão, assim como já foi proibido a propaganda de cigarro. No Estados Unidos, existe uma tentativa de proibição de propaganda de novos medicamentos (aqui)

O gráfico mostra que o volume de dinheiro gasto em propaganda pelos remédios é significativo e está crescendo nos últimos anos. A diferença entre proibir a propaganda de cerveja e de novos remédios é que a cerveja é algo que provoca problemas na saúde do consumidor.

Figura Explicativa


Um endereço na internet traduziu na bandeira de vários países informações sobre aspectos da sociedade. No caso do Brasil, mostra a percentagem de pessoas que vivem com menos de 10, 100, 1000 e 100.000 dólares por mês. Um forma extremamente criada de falar muito com pouco esforço.

A outra figura mostra a percentagem que uma cor aparece nas bandeiras. Há um predomínio do branco. Mas nenhuma bandeira tem rosa.

Pesquisa: Chances e toque

Uma pesquisa (via Freakonomics Blog feita por Nicolas Gueguen, um professor de psicologia, solicitou que homens abordassem 240 mulheres na rua e solicitasse o número do telefone. Com a metade da amostra a pergunta foi feita com um leve toque no braço; com a outra metade, sem nenhum contato físico. Naquelas que foram tocadas, 19% deram o número do telefone; nas que não foram tocadas, 10% aceitaram dar o número.

Consumo de Drogas


Usando a análise do esgoto das cidades, estimou-se o consumo de cocaína em diversas cidades do mundo. O gráfico informa que Nova Iorque é o paraíso das drogas. Fonte: Big Picture

20 julho 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: New Yorker

Pesquisa: Incentivo financeiro e Desempenho em Hospitais

Pagar dinheiro extra para hospitais não melhora de forma significativa seu desempenho no tratamento de ataque do coração. Os incentivos financeiros têm sido considerados como importante por alguns especialistas. Clique aqui para ler mais

Pesquisa: Legibilidade

Conforme o sítio Metalink a forma mais legível de postar texto na internet é com letras de cor verde sob fundo amarelo. A letra Times New Roman é melhor que Arial. Preto em cinza é melhor que preto em branco.

Pesquisa: Uma tribo da Amazônia pode mudar o que conhecemos sobre linguagem

Uma reportagem da New Yorker mostra uma tribo da Amazônia que está sendo objeto de estudo pelos linguistas. A tribo de Pirahã é sobrevivente da família Mura, sendo uma linguagem isolada, sem qualquer conexão com outra língua viva.

Isto de certa forma contradiz a teoria mais aceita, da existência de uma origem comum para todas as línguas.

Pesquisa: Efeito da Ordem do Nascimento

As crianças mais velhas de uma família tendem a ter um QI maior que seus irmãos. Isto faz parte de um longo debate entre os pesquisadores para saber se a ordem afeta a inteligência. Ver mais aqui

Para mentiras, MRI

Um novo tipo de scanner poderia ser usado para detectar mentiras, conforme New Yorker (via WSJ Blog, usando uma máquina que revela a quantidade de oxigênio no cérebro. Seria uma revolução maior que o exame de DNA?

ONG

Como separar o joio do trigo? As organizações sociais sérias prestam contas aos seus patrocinadores, apoiadores, investidores, parceiros, por meio de relatórios circunstanciados de suas ações, projetos e programas. Têm seus registros invariavelmente em dia. São transparentes. Possuem conselhos de administração e fiscal compostos de pessoas ilustres e comprometidas com a missão da instituição. Quando lidam com um volume muito grande de recursos de terceiros – governamentais e privados – costumam contratar auditoria externa. As organizações “fantasmas” ou “pilantrópicas”- especialistas em servirem a fins espúrios – são nebulosas. Mais escondem do que mostram seu trabalho, formam conselhos “de fachada”, enfim emitem sinais para bom entendedor de qual é seu “negócio”.


Ana Lucia Jansen de Mello de Santana, ONGs, joio e trigo. Gazeta do Povo, 20/07/2007

Clima e empresas

A auditoria KPMG e a Global Reporting Initiative (GRI), um grupo que analisa os resultados divulgados pelas empresas, estudaram relatórios de sustentabilidade divulgados por 50 grandes corporações de todo o mundo, entre os quais a HSBC Holdings Plc, o maior banco europeu por valor de mercado, a Microsoft Corp., a maior fabricante mundial de software, e a Nomura Holdings Inc., a maior corretora do Japão.

Os pesquisadores detectaram que, embora 90% das empresas tenham informado sobre mudança climática, apenas 20% delas mencionaram quaisquer riscos representados pelo aquecimento planetário a suas operações. (...)

"As empresas discorreram muito mais sobre oportunidades em potencial do que sobre os riscos financeiros ocasionados a serem sofridos pelas suas corporações em decorrência de mudanças climáticas", escreveram os pesquisadores no relatório publicado no último dia 17. "Isso contrasta com recentes novas evidências de que a mudança climática representa graves riscos econômicos se não forem tomadas medidas."

(Risco das mudanças climáticas deve ser considerado, diz KPMG - Gazeta Mercantil - 20/07/2007, p. 4)

Links

1. O negócio da prostituição no Rio durante os Jogos - Aqui e aqui

2. Fotos de carros de polícia no mundo - Note que alguns não tem espaço para um prisioneiro

3. Você já escutou aquela história de que a McDonald´s tem a mesma comida em todo lugar no mundo? É balela. Veja as fotos interessantes do cardápio da empresa em diversos locais do mundo (faltou foto do pão de queijo, no Brasil)

4. As modelos que mais receberam. No topo, Gisele, com 33 milhões de dólares. Depois Kate Moss, Heidi Klum ($8 milhões) e duas brasileiras: Adriana Lima ($6 milhões) e Alessandra Ambrosio ($6 milhões)

Harry Potter

Na expectativa do lançamento mundial do último livro de Harry Potter, um fã teve acesso a obra e decidiu fotografar cada página da obra e postar na internet. A questão é que uma análise técnica das fotos torna possível identificar a pessoa que está fotografando cada página. Através de um "metadado" existente em cada foto identificou que a máquina é uma Canon Rebel 350, modelo de 3 anos de idade. (Aqui para mais detalhes)

19 julho 2007

Rir é o melhor remédio

Links

1. CVM Multa Executivo - Notícia de 11/07

2. ONG Doutores da Alegria - Um bom estudo de caso sobre doação e receita numa ONG

3. Mercados Adaptativos - Uma teoria alternativa a teoria clássica de finanças

Comportamento no investimento em ações

Uma pesquisa realizada por dois professores da Universidade de Illinois (“Information Diffusion Effects In Individual Investors’ Common Stock Purchases: Covet Thy Neighbors’ Investment Choices” The Review of Financial Studies, Zoran Ivkovich e Scott J. Weisbenner) mostra que a vizinhança pode ser um importante fator que induz os indivíduos a investir em ações. Os autores usaram dados de 35 mil casas, clientes de corretoras, entre 1991 a 1996. Usando o número do Código Postal, os autores determinaram as decisões de investimento dos aplicadores em uma ação se os vizinhos compraram aquela ação ou outra do mesmo setor. Segundo o NY times existe evidência que o comportamento na decisão de investimento seja influenciada pelo vizinho.

CVM condena Bolsa de Atletas

CVM reprova a Bolsa de Atletas
O Estado de São Paulo - 19/07/2007

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apontou irregularidades na chamada Bolsa de Atletas' do Palmeiras - projeto em que investidores adquirem parte dos direitos de jogadores para obter lucro.

De acordo com a entidade, há a "necessidade do registro da CVM para qualquer oferta pública de valores mobiliários, inclusive quando se tratar de contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros, como seria o caso do investimento em sociedades em contas de participação relacionadas aos direitos federativos de jogadores, caso ele venha a ser oferecido ao público."

O diretor de Futebol do Palmeiras, Savério Orlandi, explicou que o clube paulista prestou esclarecimento à CVM há um mês. "E não se trata de algo público, nunca foi feito divulgação da Bolsa", garante. "São contratos particulares."D.A.B.


A reportagem deixou de contar que a CVM também condenou o Guarani Futebol Clube.

Impostos

Título da reportagem do jornal O Globo diz tudo:

Brasileiro pagou R$1,5 bi por dia em impostos à União

Desastre da Tam, segundo o WSJ

O acidente da TAM foi analisado pelo Wall Street Journal de 19/07/2007 (Politics & Economics: Brazil Crash Casts Light on Global Safety Concerns --- Air Infrastructure Fails to Keep Pace With Traffic Surge, por Matt Moffett, Andy Pasztor and Paulo Prada, p. A8). O jornal destaca que apesar do acidente ser "previsível" diante dos problemas do setor no Brasil, a tragédia também está vinculada a incapacidade da indústria da aviação em acompanhar o crescimento do setor com atenção para segurança.

O jornal cita que o tráfico deve crescer 8,3% este ano, comparado com o crescimento esperado de 4,4% do mundo, sendo dados a IATA. Apesar dos problemas, destaca-se que a segurança no ar na América Latina apresenta melhores desenvolvimentos que a existente na China e no Oriente Médio.

Apesar das considerações positivas, o WSJ destaca os tumultos nos aeroportos, os problemas de infra-estrutura, a relutância do presidente da república em agir de forma decisiva e os membros do governo que tentam minimizar a crise com frases que servem para enfurecer os passageiros (cita o caso específico da frase "relax and enjoy.")

18 julho 2007

Custo de uma xícara de Café

Terminei a leitura do livro Economista Clandestino, de Tim Harford. Algumas histórias interessantes, mas falta ao livro um pouco mais de fôlego. Confesso que espera mais. A análise do custo do café é possível de ser usada em sala de aula da disciplina de economia (micro) e custos ou similar. [aqui para ler o texto em inglês]. Basicamente Harford mostra que o custo de fazer um café numa loja é muito barato. Mas a análise sobre o comércio justo, que já tinha comentado antigamente no meu sítio foi tratada de forma superficial. Mas existem trechos interessantes, como a comparação entre Camarões (o país) e a China, quando o autor discute "por que os países pobres são pobres?".

Abaixo, sobre o comércio justo

Quem Ganha com o Comércio Justo?

Uma reportagem do Wall Streat Journal, de junho de 2004, mostra que ganha com o denominado "comércio justo". Esse termo designa produtos que prometem doar percentagem das vendas para os produtores, geralmente trabalhadores pobres de um país pobre. Esses produtos incluem café, bananas, cacau, entre outros itens que são vendidos no varejo dos países ricos. O dinheiro adicional ajudaria produtores a financiar educação, saúde, treinamento etc.

Uma análise da planilha de custo de um desses produtos - café orgânico certificado como de comércio justo - vendido nos Estados Unidos mostra uma realidade diferente. Veja a tabela abaixo.


1,41 => Preço pago ao produtor do café
0,39 => Custos administrativos e frete
0,36 => Encolhimento durante a torrefação
2,50 => Custos operacionais e de manutenção da atacadista/ torrefadora
0,14 => Embalagem e custos diversos
=4,80 => Custo até a Torrefadora

5,00 => Preço que a torrefadora vende para as lojas
-4,80 => Custo total da torrefadora
=0,20 => Lucro da Torrefadora

8,49 => Preço de Venda das Lojas
5,00 => Preço que a loja comprou
=3,49 => Lucro da Loja antes das despesas

Fonte: Publicado no The Wall Street Journal Americas. Terça-feira, 8 de junho de 2004
e traduzido e publicado no O Estado de S. Paulo, p. B10.

Aquecimento global

Ainda sobre o aquecimento global e os relatórios sobre a previsão do clima no mundo. Dois pesquisadores, Green (isto mesmo) e Armstrong publicaram um texto onde discutem a parte técnica do relatório conhecido como IPCC.

"Nós conduzimos uma auditoria do capítulo 8 do IPCC WG1 Report. Nos encontramos informação suficiente para fazer julgamentos de 89 de um total de 140 princípios [de previsão]. Os procedimentos de previsão que foram usados violaram 72 princípios. Muitas das violações são, para nós, críticas."


Em outras palavras, o texto dos dois professores afirma que a base de conclusão do relatório é frágil tecnicamente. E que não é possível afirmar que haverá este ou aquele efeito referente ao aquecimento global. (Vide a neve em Buenos Aires, recentemente, onde não nevava desde o início do século XX)

No mesmo sentido, Taylor, do Heartland Institute, afirma que "muitas das afirmações de Gore faz em seu filme "Uma verdade inconveniente" tem sido refutadas pela ciência, tanto antes quanto depois que eles as fez."

Este é um problema quando existe um certo "consenso" quanto a um determinado assunto. Citando Debra Saunders quando a maioria dos cientistas acreditam num determinado ponto, neste caso o aquecimento global, começa a ignorar os cientistas que não acreditam.

Recentemente postei um comentário onde questionava os "benefícios" da harmonização contábil. Fui taxado de ser o "único" doutor que era contrário ao processo. (clique aqui para ler sobre isto)

Padronização

Anteriormente usei o teclado do computador para falar sobre padronização contábil (e aqui também). Agora um blog informa que Stan Leibowitz e Stephen Margolis mostram que a superioridade do teclado Dvoark é uma fábula. Mas obviamente que a adoção do teclado QWERTY no Brasil é um exemplo onde a padronização é ruim para o usuário.

Pesquisa e Blog

O PhD Satoshi Kanazawa, em conjunto com o também PhD Alan Miller publicaram na Psychology Today sobre algumas verdades politicamente incorretas. O texto atraiu a atenção do famoso blog Freakonomics que deu amplo destaque as posições dos autores. Anteriormente o mesmo blog já tinha dado um destaque a outra pesquisa de Kanazawa, sobre a atração de mulheres bonitas por homens feios.
(Além disto, fiz um vínculo para o artigo do Psychology Today)

Um blog especializado em estatística faz um comentário devastador sobre a pesquisa de Kanazawa. Basicamente os estudos de Kanazawa possuem erros estatísticos. Quando controla-se as variáveis intermediárias não existe nada que comprove que "pais bonitos tem mais filhas". Ou seja, a teoria não foi comprovada estatísticamente.

Educação e negócio

Educação não é mercadoria'
Instituições buscam melhorar gestão
ENSINO SUPERIOR Rede privada tem queda no ritmo de crescimento de faculdades, universidades e centros universitários; setor abre capital
Renata Cafardo Simone Iwasso
O Estado de São Paulo - 16/07/2007

A entrada de recurso estrangeiro no ensino superior privado, por meio da abertura de capitais, insere as instituições educacionais na mesma lógica de funcionamento de qualquer outra empresa, transformando o que seria um direito numa mercadoria. O raciocínio, extremamente crítico ao processo que está ocorrendo no Brasil, é da educadora Regina Vinhais, da Universidade de Brasília (UnB). "Sou totalmente contra qualquer tipo de iniciativa nesse sentido. Educação não é mercadoria, é direito da sociedade."

De acordo com a professora, um dos riscos embutidos nessa abertura para investimentos é a preocupação comercial, com o lucro, em detrimento da qualidade de ensino. "Temos de buscar uma qualidade internacional, mas não entrar em conglomerados, como está ocorrendo", diz.

"Se tiver risco para o ensino, é só de melhorar", discorda o ex-ministro Paulo Renato Souza. Para ele, maior profissionalismo das instituições resulta em mais qualidade da educação. "Isso não quer dizer que vão deixar de existir instituições como USP ou Harvard", completa. Paulo Renato acredita que são perfis diferentes de instituições que passam a formar o cenário do ensino superior. As particulares, que partem para uma abertura de capital, buscam mais e mais alunos e um ensino de massa. "O desafio delas não é oferecer excelência, e sim tentar fazer diferença na vida daquele aluno." R.C. e S.I.

Diminuiu o ritmo de crescimento do número de universidades, centros universitários e faculdades privadas no Brasil. O índice de aumento entre 2006 e 2007, até agora, está em 0,14%. O porcentual é muito inferior ao crescimento médio de 13% registrado anualmente desde 1997. Desde o ano passado, instituições fecharam, outras foram compradas por grandes grupos e poucas cresceram. Num setor já consolidado e de concorrência voraz, só sobrevive agora quem investir para profissionalizar a gestão. E a novidade da vez é a venda de ações na Bolsa de Valores. Na semana passada, a maior universidade do País em número de alunos, a Estácio de Sá, abriu seu capital para investidores. A expectativa é captar R$ 800 milhões. O grupo mineiro Pitágoras, que tem 190 mil alunos em escolas e faculdades, seguiu o mesmo caminho no início deste mês.

As duas foram embaladas pelo sucesso da precursora nesse tipo de operação no ensino superior brasileiro, a Anhanguera Educacional. A procura pelas ações da instituição foi 12 vezes maior que o esperado, e o valor total da operação ficou em US$ 250 milhões (R$ 466,9 milhões). "É um movimento fantástico, você consegue atrair investimentos cada vez maiores", diz Alexandre Saigh, sócio do Banco Pátria, responsável pela operação da Anhanguera. Depois da abertura, a instituição, que surgiu no interior do Estado, comprou o Centro Universitário Ibero-Americano (Unibero) e chegou à capital. O processo de aquisições deve continuar, já que a Anhanguera prometeu a seus acionistas que cresceria cerca de 30%.

"Ao abrirem o capital, as instituições são obrigadas a ter uma relação de governança com transparência absoluta. Não pode haver caixa 2, nepotismo", diz o ex-ministro da Educação e deputado federal (PSDB-SP), Paulo Renato Souza. A nova realidade se choca com a tradição no País de instituições educacionais formadas por grupos familiares, muitas vezes de gestão amadora, estrutura de custo pesada e inchada. Nesse cenário, investidores internacionais são bem-vindos porque, mesmo sendo acionistas minoritários, estão mais acostumados com a cobrança e o monitoramento de resultados, diz Paulo Renato. A Anhanguera teve 75% de suas ações compradas por estrangeiros, uma tendência que pode se repetir com outras instituições. A limitação da participação de capital estrangeiro em universidades chegou a ser discutida na reforma universitária do Ministério da Educação, mas não saiu do papel. NOVO GRANDE NEGÓCIO'

"O setor de ensino superior caminha para atingir a maturidade, em um nível de profissionalização nunca antes obtido em sua história", acredita o consultor da área e presidente da Hoper Educacional, Ryon Braga. Os estudos da consultoria mostram que, nos próximos quatro anos, entre cinco e oito novos grupos de educação devem abrir capital. "Das cinco maiores instituições privadas do Brasil, duvido que alguma delas não irá daqui para frente abrir o capital", completa o especialista no setor e proprietário da CM Consultoria, Carlos Monteiro. A tendência atual - que não atinge apenas o setor educacional - é explicada por uma conjunção de fatores internos e externos. O Brasil vive um momento de economia estável e queda de juros, o que torna a Bolsa de Valores um caminho atraente para captar recursos. "A educação é um novo grande negócio, como já disse Bill Gates", completa o ex-ministro. Paulo Renato acredita que ainda há espaço para crescimento no número de alunos no ensino superior privado - hoje são 3,2 milhões no País -, principalmente porque o governo tem financiado as mensalidades. Programas como o Universidade para Todos (ProUni) oferecem milhares de bolsas por ano em instituições particulares para estudantes de baixa renda. Há especialistas, no entanto, que defendem que só o crescimento das vagas em universidades públicas vai aumentar o índice atual de apenas 11% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. Segundo números do MEC há atualmente 2.141 instituições privadas de ensino superior no Brasil. Em 2006, eram 2.138. As aparentes três instituições a mais são, na verdade, um resultado entre as que fecharam e as que foram abertas de um ano para o outro. O MEC ainda não tem o número do total de novas instituições de 2007. Entre 2005 e 2006, porém, o índice de crescimento havia sido de 10,5%, com 204 novas instituições. Desde 1997, foram criadas mais de 1.400 universidades, faculdades ou centros universitários no País.

Muitas delas, no entanto, devem ser compradas ou fundidas umas às outras. "As instituições terão de trabalhar num mercado onde ou você cresce ou é engolido, como o que acontece no sistema bancário", diz Monteiro. Para Braga, cerca de 600 instituições devem "sair do mapa" nos próximos anos. O que vale mais para fechar um bom negócio é o status de centro universitário ou de universidade. As instituições que recebem uma das duas nomenclaturas - criadas pelo governo federal nos anos 90 - têm o direito de abrir novos cursos sem prévia autorização do MEC, ao contrário do que ocorre com faculdades. A cidade-sede também faz diferença; instituições em São Paulo, onde há muitos alunos em potencial, são mais valorizadas. Apesar de ainda não confirmado, circula no mercado que a Estácio de Sá pagou R$ 60 milhões pelo Centro Universitário Radial (UniRadial), com cerca de 10 mil alunos.

No ano passado, a Faculdade Tancredo Neves fechou as portas por falta de alunos. A Anhembi Morumbi continua existindo, mas teve, em 2005, 51% de seu capital comprado pela Laureate Education, uma rede internacional de universidades. Outros grupos do exterior também já negociam a sua entrada no País por meio de compra de instituições.

Custo no Iraque

Um artigo de Nicholas Kristof ('Inspiring Progress' On Iraq?), publicado no The New York Times (12/07/2007) e no Estado de S Paulo (13/07/2007, p A13, Ocupação custa US$250 mil por minuto) apresenta alguns fatos interessantes sobre custo da guerra:

=> O custo médio de um soldado no Iraque aumentou para 390 mil dólares por ano, conforme um estudo do Congressional Research Service.

=> O custo total será, em 2007, de $135 bilhões, o que significa um pouco mais de 250 mil dólares por minuto.

=> O gasto total da guerra seria suficiente para financiar a saúde dos norte-americanos que não possuem segupo por 30 anos.

Provavelmente nestes dados não constam o custo que será incorrido no futuro, como as pensões para os soldados mortos.

Crime: causa x efeito

Uma reportagem do Estado de S. Paulo (Estudo liga gravidez indesejada a crimes violentos em cidades de SP SEGURANÇA Queda de 10% no número de crianças que vivem com mães solteiras reduziria em 5,1% os homicídios, de Fernando Dantas, 16/07/2007, p. c1) informa que a gravidez indesejada pode ser uma das causas dos crimes violentos em São Paulo. Esta conclusão faz parte de um estudo feito por um economista, Gabriel Hartung, usando dados de 643 dos 645 municípios de São Paulo.

É fácil lembrar do famoso estudo de Levitt - autor do best-seller Freakonomics - que registrou um vínculo entre legalização do aborto e redução da criminalidade. Este estudo ainda é muito polêmico já que Levitt cometeu um erro estatístico no seu estudo.

Como não existe legalização do aborto no Brasil, Hartung mostrou um vínculo entre a redução do número de crianças vivendo com mãe solteira e homicídios. A reportagem afirma que "segundo o pesquisador, o trabalho aponta o controle de natalidade como instrumento fundamental para o combate à criminalidade no Brasil. Pessoalmente, ele também defende a descriminalização do aborto. "O meu estudo é uma evidência de que a gravidez indesejada aumenta o crime", diz Hartung, que faz doutorado na Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio."

Mais recentemente um artigo do Washington Post comenta uma pesquisa realizada por Rick Nevin onde a presença de chumbo foi a causa da variação nos crimes violentos nos Estados Unidos. A proposta decorre da constatação de que a exposição ao chumbo torna a criança mais violenta. Anteriormente, existia presença de chumbo na gasolina e na tinta usada nos Estados Unidos. Nevin afirma que este não é o único fator a explicar a redução no crime, mas é o principal.

Esta não é a única explicação para a redução na criminalidade nos Estados Unidos. clique aqui para ler

Links

1. Sindrome do Aplauso Excessivo (SAE)

2. Cade, aquisição e fusão

3. A concentração na imprensa norte-americana. Uma análise de Murdoch, pelo NY times

Bovespa

Os avanços da bovespa
Gazeta Mercantil - 18/07/2007

18 de Julho de 2007 - A Bovespa tem sido um dos grandes destaques mundiais em termos de captação de recursos através de oferta de ações.

Entre os países emergentes, a Bovespa figura em terceiro lugar, perdendo apenas para as bolsas de Hong Kong e de Xangai, o que apenas reflete o tamanho e o crescimento da China, mas de qualquer forma a Bovespa ainda supera com folga - principalmente quando analisamos apenas as novas companhias vindo a mercado - as bolsas que vêm em seguida na lista, como as bolsas da África do Sul, da Índia, de Istambul, de Teerã e da Coréia.

Mesmo incluindo-se os desenvolvidos, a posição da Bovespa é de destaque mundial. Figurando na sétima posição, a Bovespa está atrás apenas das duas bolsas chinesas, da bolsa da Espanha, do Canadá, da Austrália e das mais tradicionais bolsas do mundo: a de Londres e a de Nova York (Nyse). Se considerássemos apenas as novas companhias vindo a mercado, a Bovespa ainda estaria na frente das bolsas da Espanha e do Canadá, ficando muito próxima da australiana, perdendo ainda apenas para as mais tradicionais americanas (nesse caso, incluiria a Nasdaq) e londrina e para as chinesas.

Desses dados podemos chegar a algumas conclusões. Primeiro, que a Bovespa efetivamente vive um momento um tanto excepcional, em parte como resultado de mais de uma década de oferta reprimida, quando nenhuma nova companhia conseguiu emitir ações no Brasil.

Por outro lado, há também uma conjuntura internacional muito positiva, bastante líquida, e que os países emergentes têm conseguido tirar proveito disso, particularmente a China, o Brasil, a Índia e a África do Sul. Este último quase não aparece nos destaques da mídia, mas além de ter tido um volume relevante de captações também está entre as principais bolsas de países emergentes, com tamanho apenas um pouco menor que a Bovespa. Na verdade, é uma bolsa que é um bom benchmark de comparação para a Bovespa.

Finalmente, esses dados também dizem muito sobre a sustentabilidade do movimento de aberturas de capital. Apesar de o atual ritmo ser acima do esperado, os dados mostram que outras bolsas de países emergentes de destaque também têm conseguido captar recursos consistentemente e que a Bovespa tem total condição de continuar sendo uma alternativa viável de captação de recursos.

Por outro lado, fica a questão de qual vai ser o futuro da Bovespa. Entre os mercados mais avançados, vê-se uma tendência crescente de consolidação, seja a verificada no passado recente entre algumas bolsas européias (e ainda há espaço para mais), seja a aliança entre a Nyse e a Euronext ou a compra da Nasdaq de participação na Bolsa de Londres ou da bolsa sueca, além, claro, da recente fusão de CBOT e CME formando a maior bolsa do mundo - de commodities e futuros nesse caso.

Naturalmente, o papel que se espera natural da Bovespa é o de consolidadora do mercado de capitais da América Latina. O primeiro desafio seria a barreira da língua, uma vez que, operando totalmente em português, fica muito mais complexa a integração com bolsas onde os participantes falam espanhol - nesse sentido, por exemplo, a bolsa do México levaria uma vantagem sobre nós.

Ao mesmo tempo, ainda que a Bovespa consiga desempenhar esse papel de consolidação, a soma de todas as bolsas latino-americanas excetuando-se a mexicana não representa cerca de 30% da capitalização de mercado atual da Bovespa, o que não faria com que ela saltasse de patamar. Ao mesmo tempo, a do México, que representa pouco menos da metade da Bovespa, tenderia mais facilmente para as bolsas americanas que para a nossa.

Representando a décima-sétima posição entre as capitalizações de mercado das companhias listadas e a vigésima-primeira entre as médias diárias de negociação, parece hoje improvável que a Bovespa desapareça, até pela facilidade de transação, mas é de se esperar que ela acabe se juntando a um grupo de bolsas estrangeiras, seja através de parcerias operacionais ou através de uma eventual venda de participação.

Enquanto isso, a Bovespa tem cumprido com excelência o seu papel de viabilizar as aberturas de capital no Brasil, crescendo organicamente e aproveitando o boom brasileiro e buscando viabilizar novas opções para atrair mais companhias e investidores, como o Bovespa Mais e o próprio Novo Mercado.

Diz-se que a própria Bovespa pretende abrir o capital, talvez então a gente descubra que ela já tem um plano para responder essas questões.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Márcio Veríssimo - Consultor)

Diretor Volta

Sergio Weguelin volta ao cargo na CVM inocentado
Valor Econômico - 18/07/2007

"Se eu soubesse que demoraria tanto, não teria me afastado", diz Sérgio Weguelin, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que enfrentou na pele a lentidão dos processos de investigação da autarquia. Ele retornou ontem as suas tarefas no órgão regulador de mercado, depois de 10 meses longe das atividades. No cargo desde novembro de 2004, Weguelin volta para seu posto tranqüilo com o resultado das investigações sobre sua conduta no caso da reestruturação da Telemar. Ele foi transformado no pivô de uma suspeita de vazamento de informação da CVM, a respeito do parecer 34. O documento foi determinante para os rumos da reorganização planejada pela operadora, que acabou barrada pelos acionistas minoritários. No final de agosto passado, ao saber que a autarquia estava sendo acusada, por meio de carta anônima que circulou na imprensa, o diretor revelou ao então presidente Marcelo Trindade uma troca de emails com um investidor estrangeiro.

Diante do mal estar com a situação, decidiu voluntariamente se afastar do cargo, para garantir transparência aos procedimentos. Mas acreditava que retornaria ao trabalho em dois ou três meses, no máximo. "Na verdade, pensei em menos de um mês. Quando o Marcelo (Trindade), falou dois ou três meses já foi um choque."A causa de seu afastamento foi a resposta a um e-mail de um representante de um fundo internacional que questionava a operação da Telemar e debochava da governança corporativa no Brasil. Weguelin disse sucintamente na sua mensagem que a CVM avaliava a formulação de um parecer de orientação sobre o tema, mas sem mencionar o conteúdo do documento - que sequer estava pronto. As relações com esse investidor tiveram início de um contato no exterior, quando apresentava a melhora da governança corporativa no mercado brasileiro, no âmbito de um projeto do regulador, com a Bovespa, BM&F e outros - o Best.Weguelin foi alvo de investigação interna da CVM e também de uma comissão de sindicância do Ministério da Fazenda. A conclusão de ambos os processos é de que o diretor é inocente, pois não forneceu nenhuma informação sobre o conteúdo do parecer. Além disso, predominou o entendimento que sua conduta diante do questionamento foi adequada. Ele não errou ao informar ao estrangeiro que a autarquia avaliava a formulação de um parecer. (...)

17 julho 2007

Brasil e Normas Internacionais

Padrão internacional pressupõe aumento de responsabilidades
Gazeta Mercantil - 17/07/2007

São Paulo, 17 de Julho de 2007 - As companhias brasileiras vão enfrentar vários desafios para adotar o padrão contábil internacional, o International Financial Reporting Standadrs (IFRS). O primeiro obstáculo a ser vencido é o próprio contexto da norma. Como o IFRS é baseado em princípios, sua aplicação requer uma grande dose de interpretação, o que pressupõe um aumento das responsabilidades de quem está preparando e auditando as informações, comenta Gregory Gobetti, sócio de instituições financeiras da Ernest Young, uma das quatro maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo. "Trata-se de um conjunto de normas diferentes para os brasileiros, reunidas em 1.500 páginas e em língua inglesa, que terão que usadas para preparar o balanço e sua utilização pressupõe alterações nos processos internos de controle e nos sistemas de informações das companhias", diz.

O consultor conta que há dificuldades na opção que atingem o próprio negócio. A escolha de um determinado principio podem geram lucro ou prejuízo na contabilização de uma operação, afirma.

A língua e a adaptação do meio acadêmico são outros limitadores, na avaliação de Gobetti. "As faculdades no Brasil não formam profissionais nessa área", diz. Só nas grandes consultorias e na empresas com matriz na Europa há profissionais com experiência nas normas do IFRS, acrescenta. O prazo para a adaptação das empresas européias terminou em dezembro de 2005.

No Brasil, a utilização da norma contábil internacional foi determinada pela Instrução nº 457 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), publicada no último dia 13. A instrução diz que a adoção do IFRS é opcional entre 2007 e 2009 e que a partir de 2010 a utilização do padrão será necessária. A instrução da CVM acompanha medida do Banco Central que já determinou que as instituições financeiras adotem o padrão internacional também a partir de 2010.

Ao contrário do BC, porém, a instrução da CVM não tem força de lei. Para se tornar obrigatória, a medida ainda precisa que a legislação sobre a contabilidade das companhias seja tirada do âmbito da lei atualmente em vigor, que é tão antiga que não prevê sequer normas para a contabilização de operações com derivativos.

O projeto que tira a contabilidade do âmbito da lei está em tramitação no Congresso e espera-se que até 2010 já esteja aprovado. O projeto de lei transfere a regulação contábil brasileira para a Comissão Nacional de Normas Contábeis (CNC), que será a versão brasileira do International Accounting Standard Board (IASB), o regulador das normas internacionais. O CNC, de acordo com Gobetti, já tem compromisso com o padrão contábil internacional.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

Pan

Ana Flávia Sgobin conquistou medalha de prata no ciclismo. Ana Flávia trabalha num escritório de contabilidade.

China

CHINA: País implanta padrões internacionais de contabilidade
Gazeta Mercantil News (Tempo Real) - 13/07/2007

SÃO PAULO, 13 de julho de 2007 - As companhias estatais chinesas e as grandes e médias empresas privadas adotarão até o fim de 2009 novos padrões internacionais de contabilidade de acordo com as Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF).

O diretor do departamento de contabilidade do ministério da Fazendo, Liu Yuting, explicou que as novas diretrizes se aplicarão primeiro nas empresas estatais em 2008 e se ampliarão para alcançar a empresas privadas um ano depois. (...)

Links

1. As melhores fotos, por ano

2. Impactos da mudança no clima no mundo

3. Por que leio clássicos

4. O impacto do tempo nos rostos das atrizes de Hollywood

5. Quanto vale um nome

Líderes no cibercrime

Segundo a revista Forbes (via Symantec) os países com maiores problemas de crimes digital são

1. Estados Unidos
2. China
3. Brasil
4. Rússia
5. Suécia
6. Ucránia
7. Grã-Bretanha e Índia
8. Alemanha

O Brasil responde por 14,2% dos problemas mundiais. Destaca a revista os muitos trojans, para inserir senhas de bancos, em virtude no número pequeno de bancos existentes no país.