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07 julho 2023

Feliz dia do Chocolate

Hoje é o Dia Mundial do Chocolate. Originário da América Central e do Sul, chocolate era conhecido dos astecas e maias, entre outros povos. As pesquisas parecem mostrar que sua origem retrocede a milhares de anos e hoje faz parte da cultura universal. 

Ele também é um exemplo da globalização, sendo cultivado em países como Gana, Equador e Indonésia. Os grãos de cacau geralmente são enviados para Europa, local onde se produz os melhores chocolates do mundo. 

Alemanha, Bélgica e Holanda foram os maiores exportadores mundiais de chocolate e outras itens fabricados tendo por base o cacau (gráfico abaixo). As exportações foram de 1.009, 594 e 482 milhões de kg, respectivamente. O Brasil não está entre os dez maiores produtores. 


Mas nem todo mundo gosta tanto de chocolate como eu. Em muitos países da Ásia, as pessoas preferem outros lanches. Os suíços são os campeões de consumo per capita, com 11,8 quilos por ano. É de lá que vem os chocolates Toblerone e Lindt. O consumo deles é de dez vezes o consumo do brasileiro, conforme o gráfico abaixo



Rir é o melhor remédio

Em The Windors, uma sátira da família real, o príncipe Charles é um idiota preocupado com o ambiente. Em uma cena, com a então primeira-ministra Teresa May, ela discute com ele sobre seu papel. O tema é a compensação pela emissão de carbono: 




PwC Austrália

A PwC Austrália informou tardiamente os detalhes de uma investigação oficial sobre o escândalo de vazamentos fiscais a um poderoso órgão fiscalizador de auditorias dos Estados Unidos, o que aumenta significativamente o risco para as operações globais da empresa.

A empresa australiana também perdeu o prazo estatutário de 30 dias para autodeclarar "eventos reportáveis" para a Junta de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB, na sigla em inglês) dos EUA em mais de um ano, aumentando o risco de ação regulatória.

O professor emérito da Macquarie Business School, James Guthrie, disse que a PwC teve que reportar o assunto dos vazamentos porque isso afetou os parceiros globais da PwC, especialmente os parceiros nos EUA. "Isso é muito importante porque afetará a reputação da PwC nos EUA".

A PwC Austrália tem sido alvo de críticas localmente desde maio, quando o The Australian Financial Review noticiou um conjunto de e-mails que mostravam que vários parceiros da PwC receberam correspondência relacionada a um plano para explorar informações fiscais confidenciais do governo.

A PCAOB, criada em 2002 pelo Congresso dos EUA devido ao fracasso da autorregulação dos auditores, supervisiona as empresas de contabilidade e pode impor sanções por comportamento inadequado, incluindo multas financeiras de milhões de dólares e restrições à capacidade de uma empresa continuar auditando empresas públicas. O conselho também tem amplos poderes coercitivos para exigir documentos e informações das empresas.

(...) 

Fonte: Australian Financial Review

Significado do termo BRL e diferença para o R$

Eis um texto bem interessante: a diferença entre o termo BRL e o real: 

Ao realizar compras internacionais em plataformas pela internet, é comum que os consumidores se deparem com o termo BRL. Mas será que de fato você sabe o que significa esse termo?

Apesar desse código simbolizar o real, quando o preço de um produto é colocado em BRL não é porque ele está sendo vendido diretamente em moeda brasileira. O valor que aparece ali é uma estimativa de quanto aquele item valeria após conversão para o real. Entenda o que é BRL e onde essa sigla é utilizada.

O que é BRL?

BRL é uma sigla ou código monetário que faz referência ao real brasileiro, embora ele seja o símbolo oficial da moeda no Brasil, já que essa função é realizada pelo “R$”.

No contexto de comércio, por exemplo, enquanto o “R$” é usado para demonstrar o valor do produto que já está precificado em reais, o BRL representa uma projeção de preço após a conversão de uma outra moeda para o real.

Nesse sentido, a função do BRL seria exibir o preço de produtos em sites de compras internacionais com valor estimado em reais, além de servir para converter os valores por meio da taxa de câmbio.

Por que BRL é diferente do real?

A principal diferença entre BRL e real é que enquanto o primeiro termo é um código usada para conversão de outras moedas para o real, o segundo se refere ao nome da moeda oficial do Brasil.

Sendo assim, apesar de representarem a mesma coisa, na prática, eles são utilizados de formas diferentes, o que acaba confundindo muitas pessoas que buscam entender o que significa BRL.

Para entender melhor a diferença entre real e BRL, vale citar um exemplo. Suponha que em uma plataforma brasileira X o preço de um produto é R$ 2.000,00. Enquanto isso, o mesmo produto no site estrangeiro Y, que vende inicialmente aquele item em dólar, mostra o preço na tela de 1841,25 BRL.

Desse modo, na plataforma X, o produto já foi colocado pelo vendedor como R$ 2.000,00, enquanto no site estrangeiro Y o produto foi colocado à venda por US$ 380,00. Assim, convertendo para o real conforme a taxa de câmbio, com uma cotação hipotética do dólar de R$ 4,85, o preço do item chega a R$ 1841,25, mostrado no site como 1841,25 BRL.

No segundo caso, o valor representado em reais é apenas estimado. Ele pode variar conforme mudanças na taxa de câmbio e segundo o tipo de cotação usada pelo site, que pode ser diferente da utilizada por operadoras e bancos.

(...) O código monetário BRL compõe um padrão internacional de moedas correntes, estabelecido pela Organização Internacional para Padronização, chamado ISO 4217. Essa padronização foi feita de modo que os códigos de moedas pudessem ter 3 caracteres.

Dos 3 caracteres, os 2 primeiros devem fazer alguma referência ao país da moeda, enquanto o terceiro pode ser uma letra aleatória, ou seja, sem uma regra definida. Não por acaso, todos os códigos de moedas brasileiras desde a criação do ISO 4217 começaram com “BR” e tiveram uma terceira letra sempre diferente da utilizada anteriormente.

Assim, a “moeda” BRL foi criada no ano de 1978, juntamente com a ISO 4217. Como se trata de um padrão internacional, os demais países também passaram a ter suas próprias siglas representativas de moedas correntes.(...)

Onde a sigla BRL é utilizada?

Geralmente, a sigla BRL é utilizada em duas situações principais: para compras internacionais e para identificação do real no sistema de câmbio. 

O primeiro caso é mais comum de ser observado em plataformas de produtos importados ou de fabricação estrangeira, em que os preços dos itens em moeda estrangeira são convertidos em BRL, apresentando uma estimativa do valor do produto em reais.

Um ponto importante a ser observado nesses casos é que o preço de produtos em BRL pode variar. Isso acontece em razão do câmbio flutuante, fazendo com que as movimentações do dólar frente ao real e o tipo de cotação utilizada pelo site possa influenciar no valor final do item.

No segundo caso de uso, observar as cotações de outras moedas em relação ao real pode ser mais simples usando os códigos estabelecidos no ISO 4217. Sendo assim, a sigla BRL pode ser útil quando for preciso realizar trocas de moedas.

Fonte: Exame

Oposição ao imposto mínimo mundial no maior país capitalist

O acordo mundial para estabelecer uma taxa mínima de imposto sobre as sociedades, liderado pelo presidente Biden, está enfrentando desafios nos Estados Unidos, segundo informa o Washington Post. Enquanto muitos países ao redor do mundo estão adotando ou se preparando para adotar legislação para implementar as alíquotas de imposto mínimas acordadas, o Congresso dos EUA não tomou nenhuma ação para ajustar a lei tributária do país. 



Isso significa que algumas empresas americanas podem encontrar maneiras de reduzir sua carga tributária abaixo do mínimo acordado. Os republicanos no Congresso estão lutando contra o plano e argumentam que ele prejudica a base tributária dos EUA. A falta de ação do Congresso e a estrutura do acordo podem levar a consequências, como notas fiscais complexas para as empresas americanas, diminuição da receita tributária dos EUA e possíveis penalidades de países estrangeiros contra as empresas americanas. 

No entanto, o governo Biden continua otimista de que o Congresso adotará a legislação necessária em algum momento. Alguns economistas questionam se o acordo será benéfico para os Estados Unidos ou se beneficiará principalmente outros países. O acordo global permitirá que os países tributem as subsidiárias de empresas não conformes para compensar a diferença se um país não tributar suas próprias empresas à taxa mínima acordada. A probabilidade de isso acontecer ainda não está clara.

(É bom lembrar que o jornal é de propriedade da Amazon, uma empresa com interesses nesta questão)

06 julho 2023

Gênero e imposto

Declaração de imposto de renda também mostra a questão de gênero - e sua evolução no tempo. Eis o resumo do artigo:

Casais casados que apresentam uma declaração conjunta colocam o nome do homem em primeiro lugar 88,1% das vezes no ano fiscal de 2020, uma queda em relação aos 97,3% de 1996. É mais provável que o nome do homem venha primeiro quando uma proporção maior da renda alocável do casal é atribuída a ele e quanto mais velho for o casal. Com base nas médias estaduais, colocar o nome do homem em primeiro lugar está fortemente associado a atitudes políticas conservadoras, religiosidade e uma medida baseada em pesquisa de atitudes sexistas. Tanto a disposição para correr riscos quanto a não conformidade fiscal estão associadas à colocação do nome do homem em primeiro lugar.

Denúncias e Fraude

Examinamos o impacto do aumento das recompensas por denúncias sobre a estratégia dos denunciantes e a eficiência regulatória na detecção de fraudes. Nossa análise mostra que o órgão regulador extrai informações sobre a incidência de fraudes das ações dos denunciantes, e a qualidade dessas informações depende do tamanho das recompensas por denúncias. Com uma recompensa maior, ao receber um relatório de denúncia, a qualidade das informações do órgão regulador sobre a fraude se deteriora, ao passo que, ao não observar nenhuma denúncia, a qualidade das informações sobre a ausência de fraude melhora. Embora a melhoria da informação quando não há denúncia não tenha sido amplamente discutida, demonstramos que ela é um determinante fundamental do programa ideal de denúncia. Demonstramos que, considerando o valor informativo da denúncia e da ausência de denúncia, o regulador deve definir a recompensa para incentivar mais denúncias quando a crença prévia de fraude for mais forte e o insider estiver mais bem informado. Nossa análise gera implicações políticas e empíricas para a elaboração e o estudo de programas de denúncia de irregularidades.

Via aqui

Desafios Financeiros e Gerenciais no Terceiro Setor: O Caso da Color of Change

A maior entidade do terceiro setor de justiça social dos Estados Unidos, com mais de sete milhões de membros, parece estar enfrentando dificuldades comuns às organizações sem fins lucrativos. Desde 2006, a Color of Change atua no combate ao preconceito, especialmente o racial. Após as manifestações de 2020 relacionadas ao assassinato de George Floyd pela polícia, a organização expandiu sua atuação, incluindo parcerias com o Airbnb, por exemplo, e seu presidente, Rashad Robinson (foto), tornou-se uma celebridade na mídia, com aparições na Oprah e na Forbes.


Isso também resultou em um aumento nas doações, com um valor de 30 milhões de dólares somente no primeiro semestre de 2020, superando as receitas anuais anteriores. Mais dinheiro deveria significar uma melhoria nos controles e na transparência contábil, mas isso não parece funcionar no terceiro setor, onde maiores receitas frequentemente são acompanhadas por descontrole financeiro.

Períodos de bonança levaram a um aumento nos salários dos executivos da Color of Change, realização de eventos maiores, projetos questionáveis e falta de supervisão. Com a redução da receita, esses gastos excessivos resultaram em déficits. Uma característica interessante das entidades do terceiro setor é que geralmente o volume de doações aumenta durante as crises para as quais a organização foi criada. Após o impacto da morte de Floyd, as receitas diminuíram. Embora houvesse uma expectativa de orçamentos anuais no valor total de 43 milhões nos últimos dois anos, o valor efetivo foi de 26 milhões.

A situação se complicou a ponto de, em uma reunião da diretoria, ser sugerida a falência da organização. Assim, a Color of Change começou a reduzir seu orçamento, o que incluiu demissões de funcionários.

Uma relação importante em uma entidade do terceiro setor é a relação entre despesas administrativas e receita, que consiste principalmente em doações para a organização. Com a queda na receita, essa relação aumentou para 1,52. Em outras palavras, a cada unidade monetária doada para a entidade, havia 1,52 unidades monetárias de gastos. Isso tem sido uma constante nos últimos meses.

A solução foi utilizar o caixa acumulado de 4 milhões para pagar as contas. No entanto, o valor não foi suficiente e resultou em atrasos nos pagamentos. Sem receber pagamento, os fornecedores começaram a interromper os serviços.

Um dos pontos observados é que a organização aparentemente não tinha uma auditoria independente. O termo "aparentemente" é sintomático aqui, pois a contabilidade da organização era e ainda é opaca. Esse parece ser um problema comum das entidades do terceiro setor, que só se preocupam com a contabilidade quando a crise surge.

Técnicas de análise de custo-benefício não eram consideradas. Em uma situação, a organização gastou 25 mil dólares em um podcast que tinha apenas 300 ouvintes mensais. Não é preciso ser um especialista em finanças para perceber que uma análise custo-benefício reprovaria esse gasto.

Outro exemplo de gasto inadequado foi o pagamento de aluguel para o filho da presidente da diretoria da organização em Manhattan, além de despesas com sua segurança e automóveis de luxo. E o salário anual do presidente da organização, até recentemente, era próximo de 500 mil dólares, muito embora essa informação não foi, e ainda não é divulgada, sendo baseada em suposições.

Fonte: Business Insider

Rir é o melhor remédio

 

Parece óbvio, mas o cartaz diz: Este quarto está equipado com luz elétrica Edison. Não tente acender com fósforo. Basta girar a chave na parede ao lado da porta. 

Fonte: aqui

05 julho 2023

Economia do desmatamento tropical

Dois fatores têm elevado recentemente o interesse acadêmico e político no desmatamento tropical: em primeiro lugar, a percepção de que ele é um importante contribuinte para as mudanças climáticas; em segundo lugar, uma revolução na medição baseada em satélite que revelou que o desmatamento está ocorrendo em ritmo acelerado. Começamos revisando os avanços metodológicos que possibilitaram a medição da perda florestal em alta resolução espacial em todo o mundo. Em seguida, desenvolvemos um modelo de referência simples de desmatamento com base em modelos clássicos de extração de recursos naturais. Ao incorporar características que caracterizam o desmatamento em países em desenvolvimento - pressão por mudança no uso da terra, externalidades locais e globais significativas, direitos de propriedade fracos e restrições da economia política - obtemos um quadro para revisar a crescente literatura empírica sobre a economia do desmatamento nos trópicos. Essa combinação de teoria e empiria oferece insights não apenas sobre os impulsionadores econômicos e os impactos do desmatamento tropical, mas também sobre políticas que podem afetar sua progressão. Concluímos identificando áreas em que mais pesquisas são necessárias nesse importante campo de estudo.

The Economics of Tropical Deforestation - Clare A. Balboni, Aaron Berman, Robin Burgess & Benjamin A. Olken


O Brasil é citado 48 vezes neste texto de 45 páginas. Há uma discussão sobre o valor da conservação ambiental, destacando a importância do valor de opção de não desmatar como um fator de grande importância na tomada de decisão dos proprietários de terras. Enquanto abordagens anteriores se concentraram no valor das diferentes utilizações alternativas da terra, o artigo ressalta a importância do valor de manter a terra como floresta, o que pode gerar retornos futuros potenciais. 

Foto: Unsplash+

Clima e Zona climática ideal

As condições climáticas permitiram à humanidade florescer ao longo dos últimos milhares de anos. Após um período de temperaturas relativamente estáveis nos últimos 7.000 anos, o aquecimento global está agora interrompendo rapidamente o clima confiável que favoreceu o desenvolvimento da agricultura avançada, a construção de cidades e o progresso tecnológico.


Um estudo publicado na revista Nature Sustainability descreve duas consequências perigosas dessas mudanças rápidas. Primeiro, grandes populações estão vendo suas regiões de origem se deslocarem para fora da chamada "zona climática" ideal para a vida humana. Segundo, os riscos de eventos extremos de calor, como a onda de calor de 2021 que causou mais de 1.000 mortes em Oregon, Washington e Colúmbia Britânica, estão aumentando.

No entanto, o estudo mostra que tomar as medidas certas agora pode ajudar imensamente. A cada décimo de grau de aquecimento global que a sociedade puder evitar, mais de 100 milhões de pessoas permanecerão em um clima mais favorável. Isso pode ajudar a prevenir problemas previstos pelos autores do estudo, como o aumento do risco de doenças, agricultura e trabalho menos produtivos, e crescentes riscos de violência, instabilidade e migração em massa.

O estudo utiliza a expressão "zona climática ideal" para descrever o clima que era mais adequado para a produtividade econômica e agrícola em 1980. A maior parte das pessoas vivia em áreas com temperaturas médias anuais entre 7°C e 17°C. À medida que as temperaturas globais aumentam, áreas mais quentes próximas ao equador se tornarão menos adequadas e perigosamente quentes, enquanto algumas regiões frias se beneficiarão de temperaturas mais elevadas.

No entanto, o estudo destaca os desafios enfrentados pelas populações que estão fora dessa "zona climática". A exposição a temperaturas extremas pode resultar em aumento de morbidade, mortalidade, queda na produtividade, aprendizado prejudicado, queda na produção agrícola, aumento de conflitos, migração e disseminação de doenças infecciosas.

Para a contabilidade, a presença em regiões mais quentes é um fator de risco para os negócios, podendo afetar a geração de riqueza futura, com influencia até na continuidade. Por este motivo, levar em consideração o clima no risco de negócio é algo necessário. Resta saber como devemos fazer isto. 

Baseado aqui

CPA e o ChatGPT: aprovado na segunda tentativa

Uma versão aprimorada do ChatGPT obteve sucesso em seu segundo teste simulado do exame de CPA (Certified Public Accountant). Com uma pontuação média de 85,1, o ChatGPT conseguiu passar no exame após um fracasso inicial, assim como cerca de metade dos candidatos humanos que falham em sua primeira tentativa.


Esse resultado levanta questionamentos sobre a suposta "vantagem competitiva" dos contadores humanos em relação às máquinas. Pela primeira vez, a inteligência artificial (IA) desempenhou tão bem quanto a maioria dos contadores humanos em uma tarefa de contabilidade do mundo real, o que traz à tona importantes questões sobre a colaboração entre máquinas e contadores no futuro.

Os autores do estudo destacaram a importância desse marco, levantando reflexões sobre como as máquinas e os contadores poderão trabalhar em conjunto no cenário contábil. Será necessário repensar o papel dos contadores e como eles podem aproveitar o potencial da IA para melhorar sua eficiência e desempenho.

Embora o sucesso do ChatGPT no exame de CPA seja significativo, ainda existem questões a serem exploradas. O desafio será encontrar uma maneira de combinar a capacidade analítica e interpretativa dos contadores humanos com a precisão e a velocidade da IA. A colaboração entre máquinas e contadores pode resultar em uma sinergia poderosa, na qual a IA complementa as habilidades humanas, resultando em um desempenho aprimorado e uma eficiência aprimorada.

Fonte: aqui

Curso sobre Taylor

A Universidade de Stanford está oferecendo um novo curso sobre Taylor Swift, intitulado, em português, de "A Anti-Heroína, Taylor Swift". A iniciativa foi liderada por uma estudante chamada Jeffs, que criou seu próprio programa para o curso e conseguiu o apoio do professor de língua inglesa Mark McGurl. O curso faz parte do programa de Cursos Iniciados pelos Estudantes da universidade, que permite que os alunos explorem áreas de interesse ou enriquecimento. As aulas serão avaliadas como "satisfatórias" ou "não satisfatórias" e não terão impacto na média dos alunos. Alguns fãs da cantora, não necessariamente alunos da universidade, estão empolgados em discutir sobre a cantora. 


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


 Este cartoon é do texto sobre clima, publicado hoje. Localização, localização e localização é um mantra para enfatizar a relevância de escolher bem o local (vide, por exemplo, um dos capítulos do livro Não confie nos Instintos, de Stephens-Davidowitz). A casa está entre uma em chamas e outra coberta de gelo. Localização. 

04 julho 2023

Prime Day

Queridos amigos e leitores, nos dias 11 e 12 de julho haverá o Prime Day, da Amazon. É um dia em que os clientes que assinam o Prime conseguem descontos em vários produtos.

O "esquenta" do Prime Day já começou, então é possível encontrar itens com desconto, especialmente livros. 

Nesse clima, vamos aproveitar para divulgar o nosso link de associados Amazon. A gente ganha uma pequena porcentagem em cima das compras de vocês, que usamos na anuidade do domínio aqui do blog. Se, antes de pagarem as compras, vocês clicarem no nosso link e de lá forem pro carrinho, já conta! 

Link Afiliado Amazon: Aqui

Gratos

PwC, Austrália e a captura do governo

(...) O mercado de consultoria de gestão da Austrália é o maior do mundo per capita e o quarto maior em geral, o que é notável para um país com apenas 25 milhões de habitantes. E o governo federal tem liderado nessa área. Entre 2013 e 2022, seus gastos anuais com consultores aumentaram de US$352 milhões para US$888 milhões. No mesmo período, as quatro principais empresas de serviços profissionais - PwC, KPMG, Deloitte e Ernst & Young - embolsaram US$1,2 bilhão em contratos de consultoria do governo federal. 



Ao contratar essas empresas, que prestam serviços tanto para o governo quanto para o setor privado, os riscos de conflito de interesses são inevitáveis. Nesta semana, por exemplo, a KPMG lançou sua própria revisão interna de seus contratos para aconselhar tanto o governo quanto os operadores em auditorias de qualidade e segurança de instalações de cuidados para idosos. Até mesmo a Polícia Federal Australiana, que está investigando Collins por possível conduta criminosa, concedeu contratos de consultoria à PwC no valor de mais de US$20 milhões nos últimos dois anos, e outros US$30 milhões para as outras "Sete Grandes" empresas de consultoria (um grupo que também inclui a Accenture). Ironicamente, a PwC também é a auditora externa da AFP.

Como sempre acontece com as grandes empresas de serviços profissionais, a corrupção vai além dos problemas de conflito de interesses. Embora esses problemas sejam relevantes, focar apenas no conflito de interesses é perder o ponto principal sobre a consultoria governamental; mesmo que fosse abordado dividindo as empresas, como a PwC está fazendo agora, é provável que as administrações ainda dependessem de consultorias externas - e isso é uma perspectiva muito preocupante.

Na Austrália, como em muitos outros países, os consultores externos se tornaram parte integrante das operações governamentais centrais, ganhando contratos lucrativos sem melhorias tangíveis no desempenho. Isso se tornou impossível de ignorar durante a pandemia de Covid-19. Em um exemplo notável, o governo federal terceirizou o planejamento, logística, monitoramento e entrega das vacinas. Ele concedeu à McKinsey contratos no valor de 3 milhões de dólares para planejamento estratégico, consultoria e serviços profissionais, enquanto a Ernst & Young recebeu mais de 1,5 milhão de dólares para conduzir avaliações de prontidão do sistema de vacinação.

Eles obtiveram retorno sobre seu investimento? Não exatamente. Até que fosse centralizado sob o comando do tenente-general John Frewen, o fracasso da campanha de vacinação da Austrália se tornou lendário, ganhando o apelido de "the strollout" (algo como "a caminhada lenta") - a palavra do ano do Dicionário Nacional Australiano de 2021. Os governos estaduais também dependiam fortemente de consultores em suas respostas à pandemia, com efeitos semelhantes. (...)

Ao criticar a crescente dependência de nossas elites políticas dessa nova classe de consultores, é comum os críticos se referirem à "desarticulação do Estado", em que funções anteriormente desempenhadas pelo governo são cada vez mais terceirizadas para fornecedores privados. Esse processo tem uma dinâmica auto-reforçadora: uma vez que o trabalho é feito fora do governo, os funcionários públicos perdem habilidades e capacidades vitais, tornando-se ainda mais dependentes do setor privado, especialmente em uma crise.

No entanto, um erro comum é atribuir esse processo apenas à ideologia neoliberal de "Estado mínimo" e a modismos da administração pública, como a "nova gestão pública". É certo que a terceirização muitas vezes é justificada com a premissa de que o setor privado é inerentemente superior às burocracias públicas burocráticas; além disso, a erosão da capacidade do serviço público também fornece argumentos para aqueles que gostariam de ver governos ainda menores. Mas na Austrália, mesmo com a diminuição da participação do serviço público na força de trabalho desde os anos setenta, a parcela do governo nos gastos públicos aumentou. Se o neoliberalismo não é o culpado, o que é?

Pelo menos na Austrália, a história maior por trás do aumento do uso de consultores externos pelos governos é a erosão da responsabilidade democrática. Aqui, a terceirização para o setor privado é uma das várias medidas projetadas para fornecer aos governos uma negação plausível, distanciando-se dos processos de formulação e implementação de políticas. Da mesma forma, houve uma tendência crescente de fortalecer órgãos estatais cujas operações são isoladas da política democrática. O Reserve Bank of Australia, por exemplo, tornou-se independente em termos operacionais nos anos noventa e recebeu uma meta de inflação que desde então substituiu outros possíveis objetivos de política, como pleno emprego, salários mais altos ou a sobrevivência da indústria manufatureira. (...)

Aqui podemos ver o verdadeiro problema por trás do uso excessivo de consultores: a existência de uma classe política que evita a responsabilidade e terceiriza a tomada de decisões para especialistas técnicos. À medida que a política pública se torna cada vez mais especializada e complexa, os políticos eleitos estão cada vez mais propensos a buscar soluções fora do governo, a fim de evitar o escrutínio público e se proteger de potenciais danos políticos. A terceirização para consultores externos é apenas uma forma desse processo mais amplo de evasão da responsabilidade democrática.

Portanto, enquanto o escândalo envolvendo a PwC na Austrália é certamente chocante e preocupante, ele é apenas um sintoma de um problema maior. A dependência excessiva de consultores externos é um sintoma de uma classe política que evita a responsabilidade e busca refúgio na expertise técnica, em vez de enfrentar as complexidades da governança democrática. Enquanto essa dinâmica persistir, o uso excessivo de consultores externos continuará a ser um desafio para a transparência, a responsabilidade e a eficácia governamental.

Fonte: aqui. foto: Antonio Albanese, da PwC

Chuva e religião

Crença religiosa e o clima, em um artigo do NBER

Estudamos o clima como determinante da crença religiosa. As pessoas acreditam no divino quando as autoridades religiosas (a "igreja") podem intervir de forma crível na natureza em seu nome. Apresentamos um modelo no qual a natureza determina o padrão de chuvas ao longo do tempo e a igreja escolhe o momento ideal para rezar, a fim de persuadir as pessoas de que causou a chuva. Apresentamos evidências de rezas por chuva em Murcia, Espanha, de que a igreja segue uma política ótima e que suas rezas, portanto, preveem a chuva. Em nosso modelo, rezar por chuva só pode persuadir as pessoas a acreditar se o risco de chuva durante um período de seca estiver aumentando ao longo do tempo, de modo que a probabilidade de chuva seja maior quando as pessoas mais desejam chuva. Testamos essa previsão em um conjunto de dados original sobre se grupos étnicos ao redor do mundo tradicionalmente rezavam por chuva. Descobrimos que a oração por chuva é mais comum entre grupos étnicos dependentes de agricultura intensiva para subsistência e que os grupos étnicos enfrentando um aumento no risco de chuva têm 53% mais chances de rezar por chuva, de acordo com nosso modelo. Interpretamos essas descobertas como evidência da instrumentalidade da crença religiosa.

Eis o mapa onde o ritual da chuva é praticado no mundo:



Reconhecimento da receita

O IASB emitiu uma consulta para revisar a eficácia do padrão contábil IFRS 15 para receitas de contratos com clientes. Alguns consideram o padrão complexo de implementar, mas reconhecem que melhorou a comparabilidade das informações de receitas. O IASB está avaliando se o padrão está funcionando conforme o planejado e se há necessidade de alterações. A revisão também aborda questões como incentivos de marketing, tratamento de receitas negativas e interações com outros padrões contábeis. O feedback dos interessados ajudará o IASB a decidir se são necessárias mudanças no padrão.


Andreas Barckow, presidente do IASB, disse: "Encorajamos os interessados a compartilhar conosco as evidências que possuem sobre se o IFRS 15 está alcançando seu objetivo, em relação à compreensibilidade do padrão e aos custos e benefícios de sua aplicação.

'Uma revisão pós-implementação de um padrão contábil não leva automaticamente ao estabelecimento de um novo padrão. Após analisar o feedback dos interessados e as evidências provenientes de atividades de divulgação e pesquisa, o IASB determinará se e quando realizará o estabelecimento de um novo padrão.'

Foto: Daniel Öberg

Venda antes da queda

De acordo com informações de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, os diretores da companhia venderam R$ 244 milhões em ações da varejista ao longo do segundo semestre de 2022, meses antes da revelação do escândalo contábil em janeiro deste ano.


Esta foi a primeira vez que os números exatos foram divulgados desde o grande rombo na Americanas. Até o momento as únicas informações eram que os diretores haviam vendido os papéis, mas não os valores eram desconhecidos.

Ainda de acordo com Jardim, o ex-CEO, Miguel Gutierrez, vendeu R$ 156 milhões em ações da Americanas. Enquanto isso, Anna Saicali e Thimoteo Barros, venderam R$ 59 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente. A menor venda foi de Marcio Cruz, que vendeu R$ 5,6 milhões.

Fonte: aqui

Consequência do censo

Preocupadas com a perda de recursos, centenas de prefeituras de todo o País, devem acionar a Justiça para pedir revisão dos dados populacionais do censo que contou a população do Brasil. A quantidade de moradores impacta os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), receita importante para a maioria das cidades brasileiras. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 770 cidades receberão menos recursos do FPM devido à população menor contada pelo Censo Demográfico de 2022, divulgado no último dia 28. 

O FPM, principal receita para 7 de cada 10 municípios brasileiros, tem entre os fatores de cálculo do repasse a quantidade de moradores. A queda na população reduz o valor. As perdas, somadas, chegam a R$ 3 bilhões, segundo a CNM. 


Há uma clara manipulação no texto acima, publicado no Estadão. Sim, é verdade que algumas cidades irão perder receita em razão do censo. Este é o número de 770 cidades. Mas o país possui mais de cinco mil municípios, em que uma parcela deverá receber mais recursos. Isto não é contemplado no texto. 

03 julho 2023

Pesquisa sobre IFRS 7

O International Accounting Standards Board (IASB) procura nomear uma equipe de pesquisadores para concluir um projeto de pesquisa sobre o IFRS 7 'Instrumentos Financeiros: Divulgações'.

O projeto começará em 1 de agosto de 2023 e deve ser concluído até 1 de dezembro de 2023.

Os pesquisadores coletarão dados das empresas listadas sobre como essas entidades fornecem informações relacionadas ao risco de crédito em suas demonstrações financeiras anuais e como aplicam os requisitos de divulgação de risco de crédito na IFRS 7. Os resultados desta pesquisa serão resumidos em um relatório que será usado pela equipe do IASB e pelo IASB para informar a revisão pós-implementação do IFRS 9 Instrumentos financeiros.

Fonte: aqui. Este tipo de projeto é muito interessante para o regulador. Atrai pesquisadores especializados que podem contribuir com a norma, com um custo bem reduzido - bem menor que seus membros burocráticos caros. A única questão é fazer uma seleção de interessados. 

Frase

Do deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) sobre uma proposta de reforma tributária que simplifique a cobrança de impostos:

Acaba com a era da burocracia declaratória, que tantos problemas trouxe para as empresas e a economia brasileira, a ponto de existir empresas com 10 ou 20 vezes mais funcionários na contabilidade do que qualquer país do mundo.

De onde ele tirou este número é uma incógnita. Se é assim, deveríamos ter as entidades de classe lutando contra a reforma tributária e não parece ser este o caso. 

Custo econômico da violência

 No índice Global da Paz, o Brasil ocupa a 132ª posição entre 163 países ao redor do mundo, o que coloca o país em uma posição desfavorável. Se considerarmos um termômetro para avaliar a situação, estaríamos em um patamar baixo, ao lado de nações como Venezuela, Colômbia, México e Estados Unidos, mas distantes de países como Argentina, Chile e Uruguai. Essa realidade me parece bastante preocupante.

No entanto, uma estimativa interessante apresentada pelo documento é o custo econômico da violência. Esse cálculo abrange tanto os custos diretos quanto os indiretos da violência, incluindo um multiplicador econômico aplicado aos custos diretos. É importante mencionar que o custo econômico da violência leva em conta apenas os custos diretos e indiretos. A partir desse cálculo, são determinados os resultados per capita e a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) afetados pela violência.

Embora essas informações sejam um tanto limitadas, podemos observar que o maior impacto econômico da violência ocorreu, em 2022, em países como Ucrânia, Afeganistão, Sudão, Coreia do Norte e Somália, com porcentagens do PIB variando de 35% a 63%. No caso do Brasil, o documento estima que o impacto econômico da violência seja de 11%, o que nos coloca na 29ª posição em relação a outros países. Nesse ranking, estamos logo após Rússia, Palestina, Arábia Saudita, Bahrein e Mauritânia, que ocupam as posições de 24º a 28º. Em termos per capita, o impacto da violência é de 2.150 dólares no Brasil.



02 julho 2023

Doação para o Museu Nacional


O Museu Nacional da Dinamarca doou a sua mais excepcional Capa de Penas brasileira do século XVII para o novo Museu Nacional, a fim de ajudar na reconstrução do patrimônio do museu, após a destruição de toda a sua coleção etnográfica de 20 milhões de artefatos insubstituíveis em um incêndio em 2018. Curiosamente, as icônicas capas de penas de ibis escarlate não estavam entre elas, pois todos os poucos exemplares sobreviventes conhecidos estavam em museus europeus.

Feita com penas de ibis escarlate e arara em uma rede de algodão tecida, a capa remonta ao início dos anos 1600 e foi criada pelo povo Tupinambá do Brasil. Os Tupinambá foram os primeiros povos indígenas que os portugueses encontraram quando chegaram ao Brasil em 1500. Os cronistas europeus registram que os Tupinambá eram adeptos das penas e as utilizavam em joias, faixas, bandanas, mantos e até mesmo como agulhas de tatuagem, todas feitas com penas de aves locais. As capas escarlates de ibis, utilizadas em rituais e cerimônias importantes, eram reverenciadas por sua beleza e significado religioso. (...)

Sabe-se que apenas 11 capas de penas Tupinambá sobreviveram, sendo que várias delas também pertencem ao Museu Nacional da Dinamarca. A capa recém-doada é a melhor preservada de todas elas.

Fonte: aqui

Fiquei pensando em como a capa seria contabilizada pelo Museu Nacional. É uma doação, mas cujo valor monetário é muito difícil de ser estimado. 

ChatGPT combate chamadas de telemarketing indesejadas

O Jolly Roger é um serviço telefônico que usa inteligência artificial (IA) para combater as chamadas de telemarketing indesejadas. Ele cria personagens fictícios e tagarelas que mantêm os golpistas ocupados ao telefone, desperdiçando seu tempo. Esse serviço é uma maneira de revidar contra as chamadas automáticas que se tornaram cada vez mais frequentes.


O Jolly Roger utiliza o ChatGPT e um software de modulação de voz para criar e ler roteiros para os operadores de telemarketing. Os personagens digitais, como Whitey Whitebeard e Salty Sally, são criados para enganar e entreter os golpistas. Desde a introdução do ChatGPT, o tempo médio de conversa com os operadores chegou a até 30 minutos, proporcionando grande satisfação aos usuários.

Para ter acesso ao serviço, os usuários pagam uma assinatura anual de US$ 24,99 e têm acesso a um sistema telefônico baseado em nuvem. Além disso, existem aplicativos que permitem visualizar, ouvir e compartilhar as chamadas gravadas entre o bot e o operador de telemarketing frustrado. Os usuários também podem criar seus próprios personagens irritantes.

Fonte: Business Insider. Foto: Petr Macháček

Rir é o melhor remédio

 

Calvi. Junho acabou

01 julho 2023

Decisão humana ou IA?

Para Daniel Kahneman, psicológo ganhador do Prêmio Nobel de Economia, não tem como o ser humano competir com a inteligência artificial (AI) quando o assunto é tomada de decisão. (...)

“Imagine uma situação de tomada de decisão: tem um ser humano com intuição e julgamento de um lado e tem o algoritmo do outro. E se eles não concordam? Quem tem a palavra final? É natural a gente dizer que é o ser humano, mas a decisão será ruim. Em última análise, é melhor optar pela decisão do robô”, afirmou durante sua apresentação na Febraban Tech 2023, nesta quinta-feira (29).

“A exceção é quando o humano tem uma informação que a máquina não possui. Aí, naturalmente, a decisão do ser humano será melhor”, acrescenta.

Na visão dele, pelo fato de o ser humano ser suscetível a vieses e ruídos, as nossas avaliações são prejudicadas por julgamentos e intuições.

O viés está associado à pré-conceitos, atalhos do cérebro e vícios das decisões intuitivas, como a discriminação de grupos ou o excesso de otimismo em momentos de bull market (mercado em alta). O viés prejudica o julgamento racional. Kahneman possui um livro que discute extensamente sobre o tema: “Rápido e Devagar”, publicado há dez anos.

O ruído, por sua vez, está associado à inconsistência e imprevisibilidade de um erro. Sobre este tema, Kahneman publicou o livro “Ruído: uma falha no julgamento humano”, em parceria com Olivirer Sibony, professor de estratégia na HEC Paris, e Cass Sustein, professor de direito em Harvard.

Um exemplo já conhecido é o da balança: se uma balança, ao pesar uma pessoa, sempre adiciona 5kg ao peso real do indivíduo, ela é enviesada; porém, se toda vez que alguém sobe na balança, ela apresenta variações de valores aleatórios, para cima ou para baixo, sem tendência definida, ela é um caso de ruído, conforme as teorias de Kahnemann.

Em seu livro, o escritor explica que há ruídos em vários momentos do nosso dia a dia, como médicos dando diagnósticos diferentes para o mesmo problema, analistas financeiros com opiniões opostas sobre o mesmo caso, entre outros.

Ainda, se uma balança sempre aumenta o peso real de quem sobe nela com valores diferentes, é enviesada e ruidosa. Ele afirma que viés e ruído combinados prejudicam muito o julgamento de situações — e ambos os fenômenos fazem parte do ser humano. Por isso, ele tem uma avaliação mais pessimista sobre a performance do ser humano na comparação com a inteligência artificial.

O tema é um dos assuntos do ano de 2023, depois da liberação do ChatGPT, da OpenAI, ao público no início do ano. A democratização em acesso foi o pontapé para uma série de discussões, além de um forte impulso para a corrida da AI generativa, com o Google e o lançamento do Bard, chatbot concorrente.

Kahneman acredita a interação com a inteligência artificial é um caminho sem volta e cada vez mais será aplicada em diferentes situações e para diversos usos, incluindo predições de problemas.

“Quando consideramos o diagnóstico de pacientes: o diagnóstico da inteligência artificial vai ser mais acurado que o do médico. A IA tem a capacidade de aprender de várias experiências com as quais tem interações, enquanto o ser humano aprende a partir da própria intuição e experiências que vive, tem sua própria perspectiva”.

Apesar disso, ele listou alguns tópicos que o ser humano ainda vai ter poder de decisão maior que o da IA pelo menos na próxima década:

 Grandes investimentos;

Tratamentos de saúde;

Guerras (se vai acontecer ou não).

Tem solução?

Diante da velocidade que a IA está sendo desenvolvida e de sua capacidade, há um problema, segundo Kahneman: “como melhoramos o nosso poder de julgamento? Urgentemente precisamos melhorar nossa avaliação, o padrão tá alto com a IA”, diz.



“A solução é padronizar processos. Não é legal dizer isso, mas para melhorar o julgamento humano precisamos fazer algo mais perto do que o algoritmo faz do que seguir nossa intuição. Especialistas cometem erros. A IA vai ser melhor do que o melhor expert humano, vai jogar xadrez melhor que o campeão mundial. Acreditamos em mais experts do que realmente existem”, afirma Kanehmann. E continua: “as pessoas podem acreditar na intuição e faz parte da nossa vida, por exemplo, quando você ouve o tom de voz consegue interpretar a pessoa. Mas em muitos casos não dá pra acreditar na intuição”.

Ele diz que um exemplo onde o julgamento humano é muito presente e gera muitos erros é na hora de contratar um novo funcionário. “Muito comum nas decisões de contratações. As pessoas têm intuições fortes sobre os candidatos, que costumam ser inacuradas debilitando a contratação”.

Na visão dele, embora o caminho seja árduo, uma evolução são as empresas. “Companhias como bancos, clínicas, seguradoras, são um caminho. Empresas aprendem melhor que o ser humano porque possuem procedimentos que evitam vieses e ruídos. E precisamos dessa evolução enquanto há tempo”, afirma.

Fonte: aqui

Bancas: passado saudoso

Sempre tive uma conexão sentimental profunda com as bancas de revistas. Desde os meus primeiros anos, havia uma banca na minha cidadezinha onde eu adquiria com entusiasmo a revista Placar, coleções da Abril, a revista Recreio e outras publicações. Ao me mudar para Brasília, já adulto, mantive o hábito de comprar jornais, livros e revistas na banca mais próxima de casa. 

Hoje em dia, entretanto, as bancas de revistas se transformaram e vendem uma infinidade de coisas, com as revistas se tornando apenas uma presença ocasional. 

Recentemente, duas notícias do mundo editorial trouxeram à tona essa nostalgia. A primeira delas foi o anúncio da revista National Geographic, agora pertencente à Disney, de que encerrará suas vendas em bancas a partir de 2023, resultando em uma série de demissões em sua equipe. São 135 anos de uma revista que cativou gerações, trazendo para o nosso alcance histórias inesquecíveis, como a icônica capa da menina afegã e as comoventes narrativas de "As Pontes de Madison".


A National Geographic sempre foi sinônimo de qualidade, tanto em seus textos cativantes quanto em suas fotografias deslumbrantes. Porém, sabemos que a qualidade tem seu preço, e foi exatamente isso que levou a revista a tomar essa difícil decisão. Ao invés de manter uma equipe fixa, optaram por contratar freelancers, resultando em textos mais rasos e baratos, projetados para gerar curtidas rápidas nas redes sociais. 

Em termos históricos, a perda do Wiener Zeitung é talvez maior. Esse jornal, pertencente ao governo austríaco, mesmo sendo independente, sofreu um duro golpe quando uma nova lei eliminou a exigência de publicação dos registros comerciais das empresas em sua edição impressa. Esse acontecimento resultou em uma drástica redução na receita e, consequentemente, na equipe editorial. De 63 pessoas, restaram apenas 20. Agora, o jornal passará a operar predominantemente online, com uma edição mensal impressa. É o fim de uma era para um jornal que já completou impressionantes 320 anos de história.



Política de Imigração e Taxa de Crescimento Populacional do Canadá

Esta semana tivemos a divulgação dos dados do censo demográfico do país. Em agosto de 2021 o IBGE tinha feito uma estimativa de 213 milhões de habitantes. Mas o censo indicou dez milhões a menos - uma cidade de São Paulo: 203 milhões. A taxa de crescimento da população foi de 0,52%, bem abaixo da média mundial ou do Canadá. 

Por sinal, o Canadá possui uma elevada taxa de crescimento populacional: 3,5%. Segundo estimativas, sua população chegou a 40 milhões de pessoas. Apesar desse número, o país ainda não é densamente povoado, pois o território canadense é um dos maiores do mundo.


A razão desse crescimento demográfico é a política de imigração do país. Além de estabelecer metas rígidas para a imigração, o Canadá está incentivando agressivamente a vinda de mais pessoas, especialmente imigrantes "brilhantes". Uma das ideias recentes é atrair pessoas que trabalham nos Estados Unidos com vistos H1B, ou seja, vistos qualificados. Em outras palavras, o Canadá está importando imigrantes de outros países.

(Gráfico com a taxa de crescimento da população do Canadá - em vermelho - e dos Estados Unidos)

Mais uma curiosidade: hoje é o dia do Canadá

30 junho 2023

Fundador da Binance está retido em Dubai

O bilionário fundador da Binance, Changpeng Zhao (foto), está preso em Dubai enquanto promotores franceses investigam a maior bolsa de criptomoedas do mundo por suposta lavagem de dinheiro, de acordo com vários colegas que estiveram em contato com ele.

Zhao, mais conhecido como CZ, tradicionalmente dividia seu tempo entre Dubai, Paris e outras cidades globais, inclusive no sudeste da Ásia, mas evitou viajar para a França desde que a investigação foi divulgada pela mídia francesa há cerca de duas semanas. Nos Estados Unidos, a Comissão de Valores Mobiliários processou a Binance e a CZ, acusando-as de enganar investidores e desviar fundos de clientes.



Os EUA e os Emirados Árabes Unidos não têm um tratado de extradição, mas a França e os Emirados Árabes Unidos têm um acordo desde 2007. Dubai aumentou a aplicação dos pactos de extradição depois de um rebaixamento da Força-Tarefa de Ação Financeira, órgão de fiscalização global, no ano passado.

Um porta-voz da Binance contestou a caracterização, dizendo que CZ tem uma casa na França que ele usa com frequência e que ele ainda está viajando a negócios. A bolsa também disse que "cumprimos todas as leis na França, assim como fazemos em todos os outros mercados".

A empresa não reivindica um local definido para sua sede, com CZ afirmando no passado que a empresa está sediada onde quer que ele esteja a qualquer momento.

Fonte: Semafor

P.S. Inicialmente a França era uma grande amiga da Binance, pois existia uma vontade de transformar o país em um centro no setor de criptomoedas.

Céu é o limite

 

Segundo informações, a SpaceX está tentando vender ações de insiders a US$ 80 cada - um preço que elevaria a avaliação da empresa a surpreendentes US$ 150 bilhões, tornando-a a segunda startup mais valiosa do mundo, perdendo apenas para a Bytedance, proprietária do TikTok.

Fundada em 2002 por Elon Musk, a SpaceX foi criada para revolucionar o transporte espacial, com a meta de longo prazo de um dia colonizar Marte. No entanto, o empreendimento - talvez sem surpresa - rapidamente se mostrou um empreendimento caro. Depois de procurar inicialmente reutilizar antigos foguetes russos, a equipe da SpaceX percebeu que poderia fazer os foguetes mais baratos por conta própria. Várias tentativas de lançamento fracassadas (e o flerte com a falência) se seguiram antes que a empresa começasse a se provar. O financiamento externo veio em ondas, e a cada marco, de foguetes reutilizáveis a missões tripuladas, a credibilidade da SpaceX e sua avaliação aumentavam.

A fronteira do WiFi

A empresa aumentou significativamente o número de satélites e foguetes que lança no espaço, tornando-se o lançador de foguetes mais movimentado do mundo. Essa experiência permitiu que a SpaceX construísse sua rede de satélites Starlink, cujo objetivo é fornecer acesso global à Internet. Atualmente, há mais de 4.000 satélites em sua "constelação WiFi", e a empresa informou ter 1,5 milhão de assinantes.

Fonte: Chartr, tradução DeepL

Duolingo em ação

Aplicativo de influência

A revista Time divulgou sua última lista das 100 empresas mais influentes. Muitos dos suspeitos de sempre aparecem nas classificações - Apple, Chipotle, Disney - mas uma empresa em particular chamou nossa atenção.


Com centenas de milhões de downloads, o aplicativo gamificado de aprendizado de idiomas Duolingo foi nomeado na prestigiosa seção Líderes da lista da Time. O aplicativo, que ajudou milhões de usuários a aprender idiomas - e talvez tenha irritado outros tantos com suas notificações push notoriamente persistentes - foi elogiado por sua incorporação de IA, tendo sido alimentado por seu próprio modelo, Birdbrain, durante anos. Porém, mais recentemente, a empresa está incorporando novas ferramentas de IA em seus produtos, como o GPT-4, que permite aos usuários praticar com base em cenários, como comprar móveis, pedir a um amigo para fazer uma caminhada ou pedir um café em uma cafeteria em Paris.

É tudo um jogo


Em 2009, o empresário guatemalteco Luis Von Ahn tinha acabado de vender seu software de autenticação on-line reCAPTCHA para o Google. Com o desejo de desenvolver um produto no mundo da educação, von Ahn se uniu ao cientista da computação Severin Hacker e fundou o Duolingo apenas dois anos depois.

Em um espaço competitivo, o Duolingo conquistou seu nicho ao gamificar a experiência de aprendizado sempre que possível. Placares de líderes, pontos de experiência, níveis, a pressão para manter sua "sequência" e até mesmo uma moeda dentro do jogo ajudaram o aplicativo a criar hábitos para os usuários - tudo comunicado por meio de notificações intermináveis em seu telefone. Irritante? Talvez. Eficaz? Sem dúvida. De acordo com a última contagem, cerca de 20,3 milhões de pessoas usam o aplicativo todos os dias.

Fonte: newsletter Chartr

Algumas das técnicas que o Duolingo usa já estão sendo usadas para ensinar contabilidade, como gamificação. 

29 junho 2023

Finalmente temos alguma informação censitária

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 28, os primeiros dados do Censo 2022. Os resultados de População e Domicílios revelaram que o Brasil tem 203.062.512  de habitantes.

O retrato do Brasil chega com quase três anos de atraso. A pesquisa deveria ter acontecido em 2020, mas a pandemia de covid-19 e problemas orçamentários do governo federal impediram a realização da coleta.



Em comparação com os dados da coleta de 2010, a população do Brasil cresceu 6,5% (ou 12.306.713 pessoas). Trata-se de um aumento médio anual de 0,52%, a menor taxa observada na série em análise.





O resultado reforça a tendência do declínio dos níveis de fecundidade, que começou em 1970, e mostra a redução do crescimento populacional. Nos cento e cinquenta anos de coleta, o volume populacional brasileiro cresceu 193,1 milhões de habitantes.

Fonte: aqui

Este tipo de informação é muito importante na distribuição dos recursos arrecadados no governo federal. O número obtido está bem abaixo da estimativa - algo em torno de 215 milhões. 

Promessas vazias Kit Kat

As multinacionais têm feito todo tipo de reivindicações de neutralidade de carbono nos últimos anos. Veja, por exemplo, a conhecida marca de barras de chocolate da Nestlé, KitKat, que afirmou em 2021, a barra de chocolate "se tornaria neutra em carbono até 2025."Mas o deslocamento foi parcialmente baseado no plantio de árvores, que não é confiável e difícil de medir, com muito pouca transparência sobre o nível de emissões reduzido ou compensado. Em outras palavras, a Nestlé fez reivindicações de sustentabilidade sem evidências concretas (alguns chamam isso de golpe de 'lavagem verde'). 

"Para apoiar isso KitKat ajudará os agricultores a plantar cinco milhões de árvores de sombra onde obtém seu cacau até 2025 ", escreveu a Nestlé em um comunicado à imprensa em abril de 2021. Eles declararam muito pouca informação sobre a atualização das operações da cadeia de suprimentos com reduções diretas nas emissões de carbono, em vez disso, focaram-se em reivindicações obscuras como "restaurar florestas." 


A Nestlé, que vê todo o movimento ESG, ou Ambiental, Social e Governança, saindo pela culatra, como o CEO da BlackRock, Larry Fink abandonou o termo "ESG" apenas alguns dias atrás, abandonou os planos para uma barra KitKat neutra em carbono até 2025, segundo a Bloomberg. 

Um porta-voz da gigante suíça de alimentos disse que a empresa está "se movendo em direção a programas internos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em suas operações e cadeia de suprimentos."Portanto, não há mais plantio de árvores nos países do terceiro mundo?

Além da Nestlé, outras empresas, como a companhia aérea EasyJet Plc e o proprietário da Gucci, Kering, estão se afastando de suas alegações neutras em carbono para evitar controvérsias sobre 'lavagem verde'. Grupos de consumidores alegaram que muitas dessas empresas enganaram os clientes a acreditar que seus produtos são melhores para o meio ambiente.

Fonte: aqui. Grifo nosso, traduzido via Vivaldi

Moeda digital do Banco Central

O valor de Bitcoins e NFTs pode estar diminuindo, mas uma abordagem diferente criptomoeda está crescendo em popularidade em todo o mundo, apresentando uma face totalmente diferente da blockchain. As moedas digitais do banco central [CBDC] são controladas por governos como as moedas tradicionais e, portanto, representam o oposto polar da ideia de Bitcoins descentralizados e não rastreáveis. Várias nações pequenas e - desde outubro de 2021, na Nigéria - lançaram moedas digitais do banco central, e vários outros países populosos estão se preparando para pular a bordo de um trem de criptografia de criptografia diferente.


A União Europeia propõe hoje um quadro jurídico para o lançamento planejado do euro digital. De acordo com o rastreador de moeda digital do Banco Central pelo Conselho Atlântico, planos concretos para lançar um CBDC também foram registrados no Canadá, Brasil e Estados Unidos, entre outros.

Países que já estão em um CBDC na fase piloto inclui Rússia, Tailândia, Índia, Coréia do Sul, Suécia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, de acordo com a fonte. Não está claro, no entanto, qual desses programas poderá ser lançado em seguida.

Os CBDCs foram introduzidos ainda mais cedo do que na Nigéria nos países do Caribe, por exemplo, nas Bahamas e nações e territórios que compartilham a moeda do dólar do Caribe Oriental. O dólar das Bahamas foi a primeira moeda digital do banco central do mundo após seu lançamento em 2019 e abriu caminho para uma rápida adoção em torno dos pequenos países da região.

O piloto digital chinês do Yuan ganhou as manchetes em abril de 2019, mas o projeto não avançou desde então. Como a Nigéria, a China possui uma sólida infraestrutura de pagamento digital e móvel. Grande parte da população dos dois países ultrapassou os pagamentos com cartão e passou diretamente do dinheiro para as opções de pagamento digital, que se tornaram extremamente populares - que sejam elas baseadas em aplicativos ou texto. Nos países em desenvolvimento, os bancos centrais também consideram o potencial das moedas digitais atingindo os não bancários.

Outra razão para alguns governos defenderem moedas digitais oficiais é a coleta de dados. Pagamentos digitais onipresentes e vigilância governamental rigorosa levaram a uma infinidade de dados de pagamento já disponíveis para os administradores chineses. Esse conhecimento de como as pessoas gastam dinheiro só crescerá com a implementação do Yuan digital, embora o banco central do país tenha dito que limitará a rastreabilidade e criará o que chama de "anonimato controlável".”Esses aspectos das moedas digitais são vistos negativamente pelos europeus, que segundo a pesquisa do Banco Central Europeu preocupam-se com a privacidade dos pagamentos em relação ao euro digital.

Fonte: aqui

De onde vem o lucro

Eis um exemplo de como é importante acompanhar os resultados financeiros de uma empresa. Pode alterar a estratégia a partir da análise de área de negócios. 

O Spotify está se preparando para lançar um novo nível de assinatura chamado "Supremium", que será mais caro e incluirá recursos como HiFi e possivelmente acesso a audiolivros. A empresa espera que esses recursos atraiam mais usuários gratuitos a se tornarem assinantes pagos, já que apenas 40% dos usuários do Spotify atualmente optam pela assinatura paga. Essa porcentagem representa 97% do lucro bruto acumulado da empresa desde 2017. Além disso, o Spotify reduziu significativamente seus esforços em podcasting, demitindo 200 funcionários da divisão de podcasts e mudando sua estratégia em relação aos "Spotify Originals". Também encerrou parcerias com Trevor Noah, Príncipe Harry e Meghan, após um acordo lucrativo em 2020.

(Informação da newsletter Chartr)

Rir é o melhor remédio

 

A evolução de uma marca: o caso Zara

28 junho 2023

Americanas oficializa a mudança de auditor

A Americanas (AMER3) comunicou nesta quarta-feira (28) que o conselho de administração da companhia aprovou a rescisão do contrato com a PricewaterhouseCoopers (PwC), que será substituída pela BDO para executar a auditoria das demonstrações financeiras de 2022 e o refazimento do balanço de 2021.


A Americanas está correndo para finalizar seu balanço do quarto trimestre, enquanto redobra os esforços para obter apoio dos credores ao plano de recuperação judicial, segundo fontes próximas ao assunto ouvidas pela Reuters recentemente.

A varejista entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano após descobrir um rombo contábil de 20 bilhões de reais.

“A Americanas não faz qualquer julgamento acerca da natureza ou extensão da participação das empresas de auditoria no episódio”, afirmou a empresa em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fonte: aqui

Família Trump tem uma pequena vitória


Uma ação judicial de fraude no valor de $250 milhões foi instaurada pelo estado de Nova York contra Donald Trump, sua empresa e três de seus filhos. A notícia recente é que Ivanka Trump foi retirada da ação. Um tribunal de apelações estadual determinou que as acusações contra ela eram antiquadas.

A ação foi iniciada em setembro pela Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, alegando que os membros da família Trump manipularam demonstrações financeiras por vários anos, com o intuito de enganar instituições bancárias e seguradoras, obtendo assim vantagens para a Trump Organization em seus negócios. A decisão proferida na terça-feira pode impactar as alegações relacionadas a transações ocorridas antes de 2014, incluindo acordos de financiamento para o clube de golfe Trump National Doral em Miami e um hotel Trump em Chicago.

Todos os membros da família Trump negam veementemente qualquer conduta imprópria. 

Mais aqui

Cultura na PwC da Austrália


A iniciativa dos líderes globais da PwC de assumir o controle da empresa australiana atingida pelo escândalo mostra como os líderes locais lidaram mal com o escândalo de vazamentos de impostos - e como existe o temor de que as autoridades estrangeiras comecem a examinar o assunto.

O líder global de clientes e setores da rede, Kevin Burrowes, que atualmente reside em Cingapura, assumirá o cargo de CEO da PwC Austrália dentro de algumas semanas, assim que superar os obstáculos da imigração. Ele substituirá a CEO interina Kristin Stubbins, que está no cargo há sete semanas.

Burrowes, um veterano da empresa que também ocupou cargos sênior na IBM e no Credit Suisse, herdará uma empresa muito reduzida, e provavelmente levará anos para ajudar a PwC Austrália a se recuperar dessa crise.

A forma do duro remédio oferecido já está se tornando evidente, e o que restará é uma empresa muito reduzida que oferece serviços essenciais de auditoria, consultoria de gestão e conformidade fiscal. Os dias de liberdade para se envolver agressivamente em novos negócios e esquemas fiscais agressivos devem ter acabado de fato.

Mas os problemas culturais da empresa são profundos. A arrogância, o desprezo flagrante pela conduta profissional e uma cultura de vendas agressiva levaram aos vazamentos de impostos em primeiro lugar. Isso foi combinado com o excesso de confiança de um pequeno grupo de que eles eram inteligentes o suficiente para evitar que tudo se tornasse público.

O outro grande desenvolvimento da saga é o acordo proposto para que a PwC venda seus negócios de consultoria em governo, saúde, infraestrutura, defesa e risco para o investidor de capital privado Allegro Funds por apenas US$ 1.

A Allegro planeja criar uma nova empresa, de codinome Bell, que apaziguará as preocupações com a crise fiscal ainda não resolvida da PwC e com o conflito de interesses inerente ao fato de a empresa das quatro grandes prestar consultoria a clientes dos setores público e privado.

A proposta da Bell é que ela prestará apenas serviços de consultoria para o setor público e será estruturada como uma empresa com padrões de governança no nível da ASX. Em contrapartida, a PwC desistirá de prestar esse tipo de serviço. (...) 

Edmund Tadros - Financial Review 

Foto: Photoholgic