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Mostrando postagens com marcador Epstein. Mostrar todas as postagens
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17 dezembro 2025

De professor de matemático do ensino médio a consultor de investimento de milionários


Acho que os fatos já eram conhecidos, mas foram requentados agora pela imprensa:  

Uma investigação da New York Times Magazine rastreia a fortuna de 600 milhões de dólares de Jeffrey Epstein a um golpe simples: convencer homens ricos de que suas finanças eram um desastre e, depois, cobrar para consertá-las. A grande maioria de sua riqueza — 490 milhões de dólares entre 1999 e 2018 — veio de taxas, não de investimentos. Apenas dois bilionários pagaram a ele 370 milhões de dólares: Leslie Wexner (200 milhões) e Leon Black (170 milhões).

Epstein era um desistente da faculdade que ensinava matemática na Dalton School, em Manhattan, quando um encontro casual em uma galeria de arte em 1976 o conectou a Ace Greenberg, executivo da Bear Stearns. Ele conseguiu entrar na firma na base da conversa, mas os problemas surgiram rapidamente. No início de 1981, a Bear Stearns o investigou por violações de valores mobiliários envolvendo ações de um IPO de uma namorada e um empréstimo indevido de 15 mil dólares a um amigo do ensino médio. A SEC também investigou negociações feitas em momentos suspeitamente oportunos. Epstein foi multado em 2.500 dólares e suspenso por dois meses.

Sua conexão com Wexner, fundador da The Limited, alarmou os colegas do varejista desde o início. "Tentei descobrir como ele passou de professor de matemática do ensino médio a consultor de investimentos privado", disse o vice-presidente da empresa ao Times em 2019. "Simplesmente não havia nada ali." Um membro do conselho contratou a Kroll para investigar o passado de Epstein. Até o advogado pessoal de Wexner o instou a cortar laços. Wexner ignorou a todos.

O que exatamente Wexner obteve de Epstein permanece incerto — ele se recusou a responder perguntas. Mas o padrão se repetiu com Leon Black: Epstein convencia homens ricos de que seu dinheiro estava vulnerável e, então, posicionava-se como a solução.

14 junho 2023

JP Morgan e as relações perigosas

O JPMorgan concordou, em princípio, em pagar US$ 290 milhões para encerrar um processo coletivo movido por uma vítima anônima de Jeffrey Epstein, pedófilo condenado, já falecido. O acordo, que ainda precisa de aprovação judicial, busca compensar as vítimas dos abusos cometidos por Epstein. O caso foi movido por uma mulher anônima em nome das vítimas do financista. O JPMorgan também enfrenta processos das Ilhas Virgens Americanas e está litigando contra o ex-executivo Jes Staley por suas ligações com Epstein. Mary Erdoes (foto), executiva do JPMorgan, está sob escrutínio devido a sua relação com Epstein. O acordo com o Deutsche Bank, onde Epstein se tornou cliente após o JPMorgan encerrar a relação, foi de US$ 75 milhões.



Há um pedido para que o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, venha depor em um tribunal. 

A acusação contra o banco é que o mesmo se beneficiou das operações de tráfico sexual de Epstein. No caso do JP Morgan, depõe contra a instituição o fato de que somente cinco anos após seus funcionários levantarem preocupações sobre tê-lo como cliente e que a relação foi encerrada. 

19 maio 2023

Deutsche Bank e sua ligação com um criminoso

 


O Deutsche Bank e Jeffrey Epstein têm uma ligação complexa que atraiu a atenção da mídia e de investigadores em todo o mundo. Epstein, um financista norte-americano, tornou-se conhecido por seu envolvimento em um esquema de tráfico sexual de menores e foi acusado de inúmeras violações graves. O Deutsche Bank, por sua vez, é um dos maiores bancos da Alemanha e tem uma extensa rede de negócios internacionais.

A relação entre o Deutsche Bank e Epstein começou no início dos anos 2000, quando Epstein se tornou um cliente da instituição. O banco forneceu serviços bancários, gerenciamento de fortunas e empréstimos a Epstein durante muitos anos, apesar das acusações e das controvérsias que o cercavam. Em 2019, Epstein foi preso novamente e acabou, supostamente, tirando sua própria vida na prisão.

Após a morte de Epstein, surgiram dúvidas e investigações sobre a natureza dessa relação. O Deutsche Bank enfrentou acusações de falhas nos procedimentos de conformidade e lavagem de dinheiro, relacionadas às transações com Epstein. Em 2020, o banco concordou em pagar uma multa milionária nos Estados Unidos para encerrar as investigações relacionadas a Epstein.

Essa ligação entre o Deutsche Bank e Jeffrey Epstein levantou questões sobre a ética nos negócios e os mecanismos de controle dentro da instituição bancária. Além disso, colocou em destaque a importância de regulamentações financeiras rígidas para evitar o uso indevido de serviços bancários para atividades ilegais.

A notícia mais recente é que o Deutsche Bank concordou em pagar US $ 75 milhões às vítimas de seu ex-cliente. Isto encerraria os processos contra o banco, de que a instituição permitiu e se beneficiou de seu tráfico sexual. Outra instituição que também terá que ajustar as contas com a lei é o JPMorgan Chase.

Foto: Eduardo Soares

22 fevereiro 2021

Voltando para a iniciativa privada


No Brasil, quando um ocupante de um cargo público abandona seu emprego, parece não faltar convites na iniciativa privada. Talvez a experiência ou quem sabe o vínculo que estabeleceu durante seu período no governo sejam atrativos para a contratação. Isto também ocorre em outros países. 

Veja o caso de Jay Clayton. Durante um bom período, Clayton foi presidente da SEC, a entidade que fiscaliza o mercado de capitais nos Estados Unidos. Com a derrota dos republicanos, Clayton saiu da SEC. Além de voltar para seu cargo em uma empresa de advocacia (a Sullivan Cromwell), da qual era sócio, Clayton irá ministrar aula na universidade de direito da Pensilvânia. 

Como sobrou um tempo na sua agenda, Clayton será, a partir de março, "diretor independente" da Apollo. A Apollo é uma empresa de investimento, fundada em 1990. Com uma receita de quase 3 bilhões de dólares e ativos de 8,5 bilhões, a Apollo esteve recentemente envolvida em um caso muito estranho. Seu líder, o contador Leon Black, parece que era amigo próximo de Jeffrey Epstein, um conhecido pedófilo, que faleceu em um estranho suicídio na prisão. Mais ainda, Black pagou uma grande quantia para Epstein por consultoria, com dinheiro da Apollo. 

Imagem: aqui