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23 outubro 2007

A importância da Máfia na Itália

Um relatório, divulgado nos jornais, mostra a importância da máfia na economia da Itália. Segundo o New York Times (Organized Crime Takes Lead In Italian Economy, Report Says, Peter Kiefer, 23/10/2007, p. 14), o crime organizado é o maior segmento da economia italiana, movimentando mais de 127 bilhões de dólares.

Usury represents the most lucrative activity by organized crime, with syndicates taking in $43 billion while racketeering brings in $14 billion, the report estimated. Illegal construction nets about $19 billion.

The report says 80 percent of the businesses in the Sicilian cities of Catania and Palermo regularly pay protection money, known as ''pizzo.''



Já o jornal Las Provincias (Cuatro grupos de la Mafia controlanel 7% de la economía en Italia, Íñigo Domínguez, 23/10/2007) informa que

Unos 160.000 empresarios pagan el impuesto mafioso en el sur del país

No es nada nuevo, pero conviene recordarlo: la Mafia o, mejor dicho, las cuatro mafias italianas –Cosa Nostra siciliana, Ndranghetta calabresa, Camorra napolitana y Sacra Corona Unita de Puglia, una por cada región del sur– son la primera empresa del país por volumen de negocio, 90.000 millones de euros, el 7% del PIB. (...)

Sus 86 páginas son un llanto sin fin, inverosímil para un país de la UE. La economía básica de la Mafia es el pizzo, el impuesto mafioso. Sirve para los gastos ordinarios y para mantener a las familias con parientes encarcelados. Por eso sube cada vez que hay redadas. Unos 160.000 empresarios lo padecen como un gasto más, casi todos el sur, endémico agujero negro de la economía italiana. Seis décadas de gobiernos caóticos e inversiones millonarias volatilizadas no lo han solucionado y la questione del Mezzogiorno es retórica fija en cada campaña electoral.

(...) Por poner un ejemplo, en Nápoles la Camorra domina el comercio de leche, pan y café. En la región hay unos 2.500 hornos panaderos ilegales. (...) Otro aspecto que siempre impresiona es el de la usura: muchísima gente acude a la Mafia en vez de a los bancos si necesita un préstamo. Son 150.000 los comerciantes con familias pobres y pequeñas empresas que se endeudan, con intereses del 10%. Otro aspecto exótico es el del ocultismo: en un país tan supersticioso hay unos 22.000 magos que mueven 5.000 millones.

Profissão contábil nos próximos 20 anos

A Accounting Today fez um artigo com a tendência da profissão contábil para os próximos 20 anos. O principal ponto que irá influenciar a profissão será a inovação tecnológica. Clique aqui para ler

Aqui, um retrospecto dos últimos 20 anos.

Leilão e capital aberto

Vencedor de leilão no rio Madeira terá de manter capital aberto
Valor Econômico - 23/10/2007

A sociedade montada após o leilão da usina Santo Antônio, primeira das duas hidrelétricas do rio Madeira, deverá fazer uma oferta pública de ações e manter capital aberto. Também precisará seguir regras de governança corporativa que restringem o poder de construtoras e fornecedores de equipamentos nas decisões societárias. Essas determinações estão em portaria do Ministério de Minas e Energia com as diretrizes finais para o edital de licitação da usina. (...)

22 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Boston, Estados Unidos, dezembro de 1994: Winston Treadway decide roubar duas lagostas vivas do tanque de um supermercado, escondendo-as nos bolsos de suas calças. O incauto assaltante só não contava com a resistência das lagostas. Segundo os relatos médicos da época, a conseqüência do roubo foi uma espécie de "auto-vasectomia". Winston, (in)felizmente, jamais terá filhos.

Fonte: Os criminosos mais estúpidos do mundo

Diversos

Acidentes estranhos. Aqui um avião de uma empresa aérea conhecida.



As piores capas de álbuns. Aqui, Duduca e Dalvan

Novo indicador

A revista Forbes traz uma reportagem sobre um indicador de previsão denominado F ("F Is for Fudging; Want to spot weak accounting before there is an embarrassing restatement? Fabulous earnings and a goodwill-rich balance sheet are a good place to start, de Daniel Fisher, Forbes, 29/10/2007, v. 180, n. 9).

Este indicador foi criado por pesquisadores norte-americanos a partir da observaçãoade problemas contábeis ocorridos com empresas daquele país. A pesquisa foi realizada por Patricia Dechow e mais três colegas e consistiu na obtenção de um algoritmo que pudesse verificar se a empresa fez algo errado na sua contabilidade.

O índice mostra sensível para empresas que cresceram muito em termos de ativo, que pode ser considerado um padrão de eficiência, mas também de desastre.

Dechow's research doesn't purport to show that any of these companies are manipulating earnings. What it suggests is that they deserve a closer look. One key signal: the simultaneous occurrence of rising cash sales and a cash margin rate that is falling. "Cash sales" here means revenue minus the increase in accounts receivable. For "cash margin" you subtract from cash sales the sum of the cost of goods sold and the increase in inventory, and divide the result by cash sales. A confluence of these two trends could mean the company is extending credit to customers to make sales and building excess inventory. Enron displayed this combination in 2000.

The F-formula also penalizes companies with fast-rising stock prices that trade at high multiples of book value, perhaps because managers of such companies feel pressed to continue their winning streak. It penalizes them for goodwill that rises faster than cash revenue.

(...) Dechow's research builds on more than a decade of studies into so-called accruals, that being a catchall term to describe the divergence of book profits and cash results. A company piling up inventory and receivables, or capitalizing its expenses, can report terrific book profits at the same time that its bank account dwindles and it verges on bankruptcy. Apart from causing a liquidity problem, a rise in accruals suggests that managers are stretching the rules of accounting to report rosy results. Dechow's husband, Richard Sloan, whom she met at the University of Western Australia in the late 1980s, wrote some of the earliest papers showing that high-accrual firms tend to have lower stock returns.

(...) For their latest study Dechow and her colleagues broadened the search past accruals to include 27 variables they thought might predict earnings puffery. They identified 411 firms that had been sanctioned by the sec for manipulating at least one account between 1982 and 2005, and with some statistical analysis came up with the F-score, which, they say, reflects the odds a company will join those 411. One weakness in this kind of scoring is that companies may already be manipulating their way around it. If managers now know their stock will be penalized for high accruals, they may massage cash flow instead.

Revista

Recebi o número 24 da Revista Brasileira de Gestão de Negócios, publicada pela FECAP. A RBGN está muito bonita, com uma ótima apresentação, e bons artigos. Achei particularmente interessante o artigo Custos de Transação e Estrutura de Governança no Setor Público, de Úrsula Dias Peres:

"conluímos que, em determinadas situações, pode ser vantajoso criar organizações mais protegidas da política, como autoridades públicas e fundos com recursos vinculados."

Consignado e risco

O empréstimo consignado é aquele onde o valor das parcelas é descontado diretamente na folha de pagamento do funcionário. Em geral é um tipo de empréstimo com baixo risco. Mas não em alguns estados, conforme revela o Valor de 22/10/2007:


Alguns estados criaram um novo risco para as carteiras de empréstimos consignados: simplesmente descontam os recursos da folha dos servidores e não repassam o dinheiro aos bancos. A irregularidade ocorreu em Alagoas, Piauí e Rio de Janeiro, começando nos últimos meses de 2006. Agora, os estados negociam o pagamento dos atrasados com os bancos. Alagoas está na pior situação: o último governo não repassou R$ 40 milhões em parcelas de consignado que venciam entre maio e novembro de 2006, e até agora não há uma proposta firme de renegociação. (...)
Estados descontam consignado e não repassam a bancos
Valor Econômico -22/10/2007

20 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Depois de uma longa enfermidade, a mulher morre e chega à porta do céu. Enquanto espera por São Pedro, ela vê através das frestas seus pais, amigos e todos os que haviam partido antes dela, sentados em uma mesa, desfrutando de um banquete maravilhoso. Quando São Pedro chega, ela comenta:
- Que lugar tão lindo! Como faço para entrar?
Eu vou dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, entras; se errares, vás direto para o inferno -respondeu São Pedro.

- Ok, Qual é a palavra?

- AMOR - disse São Pedro. Ela a soletrou corretamente e entrou no céu.

Um ano depois, São Pedro pediu pra que ela vigiasse a porta. E nesse dia, para sua surpresa, apareceu ele que fora seu marido.
- Olá, que surpresa! - disse ela- Como estás?
- Ah, tenho estado muito bem desde que faleceste. Me casei com aquela bela enfermeira que cuidou de ti, ganhei na loteria e fiquei milionário. Então vendi a casa onde vivíamos e comprei aquela mansão no bairro alto que tu sempre admiraste. Viajei com minha esposa pela Europa, Ásia e Oceania. Estávamos de férias nos Alpes Suíço justamente quando decidi esquiar. Caí..., o esquí bateu na minha cabeça e aqui estou.
E diga-me. Como faço para entrar, querida?

- Eu vou lhe dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, podes entrar. Se não, vás direto para o inferno.
-respondeu ela.

- OK -disse ele - Qual é a palavra?

- SCHWARTZENEGGER

Enviado por Matias

Valor Justo

Abaixo, um artigo publicado na Accountancy, com alguns pontos interessantes sobre o valor justo. O Grifo é meu.

Financial Reporting - Fair value - Bring back Prudence.
8 October 2007 - Accountancy - 76

Fairness is a judgment, not a description; in our discussion of valuation in financial reporting we set aside the rhetorically loaded 'fair' value in favour of the neutral 'current' value. The 'fair' label discourages discourse by implying that its critics favour 'unfair' accounting.

Discussions of fair value accounting have focused on two issues: the decision usefulness and stewardship functions of accounting. We discuss both and show that current valuation is no better than other valuation methods in serving either of these two goals; in some respects it is worse. It may also undermine the reliability of the audit opinion.

The usefulness of current values for making investment decisions is a simple and straightforward statistical argument: if a company's resources are valued more accurately, decisions based on more accurate data would be better. Since value of resources tends to change over time, historical numbers associated with resource acquisition transactions tend to become obsolete with the passage of time, thus creating price movement inaccuracies. Other things being equal, current values should provide more accurate data and therefore be a better basis for making investment decisions.

Other things are not equal

However, other things are not equal. Current values of some resources can be determined with precision, especially if they are standardised, and traded in liquid markets. Steel girders, food grains, automobiles and treasury bonds are examples of such resources. Financial reports based on current prices of such liquid resources (adjusted for their small transaction costs) serve the decision-making function well. The case for current value accounting is based on such resources.

If all resources belonged to this 'liquid' class, the decision-usefulness argument for current values would be quite reasonable. Unfortunately, this is not so in most companies, industries, or the economy as a whole. Most resources are not so liquid, and their current values are subject to estimation or guesswork that introduces varying degrees of inaccuracy in the current numbers, thus creating price measurement errors.

Whether current values are more useful for making decisions depends on the relative magnitudes of the two kinds of errors: movement errors arising from ignoring the changing prices; and measurement errors arising from the imperfections in the markets from which current values are determined. Price instability (for example, inflation, demand or technological change) contributes to movement errors while market imperfections contribute to measurement errors.

When movement errors are large relative to measurement errors, current values are better for decision-making; when the reverse is true, the use of current values results in worse decisions.

Price volatility, and therefore the magnitude of movement error, varies by resource, company, industry, economy and over time. Similarly, market imperfections, and therefore the magnitude of measurement error, also vary by resource, industry and economy. Whether current valuation yields a better basis for making decisions would depend on the specific circumstance; it is not possible to establish their general superiority or inferiority for this purpose. Yet, the standard-setters have chosen to make current values the new basis of accounting for all resources, companies and industries, ignoring the absence of logical or evidentiary basis for its superiority for making decisions.

Stewardship problem

Besides the statistical problem of identifying the circumstances in which current values do and do not serve as a basis for making better investment decisions, there is a stewardship problem.

Shareholders entrust managers with their investment in companies to be run for their mutual benefit. They expect a higher rate of return for themselves by rewarding managers efficiently to deploy their skills in conjunction with capital. What kind of financial reporting arrangement between the owner and manager better serves the interests of both?

When the shareholder cannot know whether or not the financial reports from the managers are factually correct, the possibility of manipulation by the managers of inaccurate valuations made in good faith, reduces the confidence of the shareholder in both the financial reports and in the managers. Absence of trust leads to precautionary moves, which render the relationship less productive to both.

Undermining the audit

Given the measurement errors associated with current values of most resources, their blanket use in financial reporting is a prescription for poorer stewardship and accountability of managers. It may also undermine the value of audit, a key function in reinforcing capital markets' confidence in financial reporting.

The International Accounting Standards Board and the US Financial Accounting Standards Board's proposed conceptual framework for financial reporting is a model of relevance, faithful representation, neutrality, completeness and comparability. It has moved away from reliability and conservatism. Substance over form is subordinated to faithful representation.

When a market mis-prices securities, such as during the dot.com boom and the subprime mortgage market, accounting reports based on current values reflect inflated prices and tend to support, or even reinforce price bubbles.

Audit is an important subset of financial reporting and depends heavily on the quality of the reporting standards. Going forward, auditors may report that current value financial statements are in compliance with GAAP under its conceptual framework. If there are publicly available market prices, the auditor may verify that current values faithfully represent market values but that value may not be neutral or comparable with others. Absent availability of prices from liquid markets, the auditor becomes more dependent on managers' judgment and assurances about the values of some assets. Auditors may find themselves having to express an opinion on a mark to model estimate, which US pundit Warren Buffett has suggested may become mark to myth.

Because current value information may lack reliability, the level of assurance an auditor can offer on current value financial statements will be lower and the value of the audit to shareholders may be diminished.

Under a stewardship regime as in the UK, shareholders may well prefer an audit carried out under a true and conservative accounting model that gives primacy to substance over form and provides the opportunity to apply judgment to override distortion.

If the subprime bubble does nothing else, it questions whether accounting should simply reflect bubbles or should help bring restraint into financial reporting. Without truth, fairness and conservatism, it will be more difficult for shareholders to assess the stewardship of managers. It is still not clear whether, under the 2006 Companies Act, true and fair will return as it was before International Financial Reporting Standards or will remain subordinated to it.

How does a current value balance sheet, when some such values cannot properly be substantiated, contribute to adequate assessment of future cashflows for decision- making? We should invite our old friend Prudence back to financial reporting and auditing. We miss her, and under fair value accounting, so will the auditors.

False prophets

We have consistently maintained that there is no one answer to the world's accounting dilemmas. All accounting is defective and will continue to be defective as long as business activities and behaviours continue to change. Standard-setters may believe that they have found the holy grail. However, like The Da Vinci Code, the proposed answer remains unconvincing. We should eschew monopoly in accounting and allow alternative sets of standards to compete to attract a following in the marketplace rather than persist with a model that supports false prophets.

- Stella Fearnley is professor of accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is James L Frank professor of accounting, economics and finance at Yale School of Management.

19 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


De um catálogo de 1975

Impostos


Afinal, a carga tributária no Brasil é elevada ou não? A figura mostra um estudo da OECD para alguns países e a estrutura tributária.

Já a The Economist da semana afirma que grandes países possuem uma alíquota sobre empresas maior que pequenos países, conforme o C.D. Howe Institute, do Canadá.


Orkut

O Wall Street Journal traz uma extensa reportagem sobre os problemas da Google no Brasil com o Orkut. Alguns trechos:

Em agosto, o Google Inc. discretamente retirou todos as propagandas que apareicam no Orkut, seu site de relacionamento social.

O Orkut tem colocado o gigante americano de buscas em confronto com Thiago Tavares Nunes de Oliveira, um professor de Direito de 28 anos. Ele move uma campanha há dois anos acusando a empresa de ter permitido que o Orkut — que deixa usuários criarem páginas pessoais e postarem conteúdo livremente — se tornasse um reduto para a atividade criminosa, como pornografia infantil e discursos racistas, desprezando a legislação brasileira.

(...) O Google afirma que o Orkut não está diretamente sujeito à lei brasileira porque seus dados são armazenados em computadores que ficam nos EUA. A empresa garante que vai atender pedidos da polícia e da Justiça com mais agilidade, e que remove regularmente conteúdo ilegal de seus serviços.

(...) No dia 17 de agosto, Tavares enviou uma queixa de 18 páginas para o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), documentando casos de justaposições preocupantes: propagandas de uísque Johnnie Walker, da Diageo, ao lado de imagens pornográficas; um anúncio de uma loja de animais de estimação ao lado de uma comunidade sobre como esfaquear animais. Na queixa, Tavares alega que "são flagrantes as ilegalidades" do Google. (...)

Europa e o Iasb

Existe uma preocupação quanto as exceções às normas internacionais do Iasb por parte do Iasb. Isto poderia abrir caminho para que outros países façam a mesma coisa. A Europa não aceitou o IAS 39 (hedge accounting) e esteve próxima de mudar o IFRS 8 (business segments). Segundo o CFO (Europe Called Threat to Accounting Convergence
Alan Rappeport, 18/10/2007)

Last month, during the SEC's comment period on convergence, a letter from the European Association of Listed Companies highlighted the difficulty European firms could face if forced to adopt IFRS in their "pure" form. The letter said: "While European companies would prefer that there be only one 'IFRS' (and not an IASB version plus jurisdictional variants), they are faced with the reality that they are legally bound to publish financial statements in accordance with IFRS as adopted by the European Union."


A insatisfação com a IFRS já era objeto de comentário da Accountancy em 8/10/2007 (EU Financial Reporting - IFRS: time to walk away?)

European dissatisfaction with IFRS is rising high. But, reports John House, the UK's ASB is urgently cautioning Europe against breaking away.

At the end of last month, Ian Mackintosh, chairman of the UK Accounting Standards Board, spoke out against a rising tide of dissatisfaction in Europe with International Financial Reporting Standards. He told Accountancy that there is a risk that Europe could be about to walk away from IFRS at a time when the EU's participation in the drive towards global accounting standards is more crucial than ever. (...)

Links

1. O Iguatemi é um exemplo de ação que está indo bem, quando a Bovespa vai mal "O Ibovespa caiu quase 2% e IGTA3 subiu 6%, o resto dos papéis do segmento ficaram no zero a zero"

2. Sobre a concessão das rodovias - a diferença nos resultados pode ser explicada por quem paga a conta: o usuário (modelo anterior) ou a sociedade (modelo atual)

3. A influência dos IPOs no câmbio

4. Número de médicos por habitantes - um gráfico muito interessante

Corrupção

En México, Brasil, China, India, Indonesia, Rusia y Turquía (E7), la corrupción es el "crimen económico" más común, seguido por los riesgos en la integridad de los empleados. Sin embargo, las transnacionales con capital en países emergentes "consideran el fraude como un problema endémico en estos mercados y entienden que es sólo uno de los obstáculos que debe ser vencido para hacer negocios".

Los empresarios que participaron en el estudio reportaron que la forma de corrupción más común en sus compañías es el uso incorrecto de los recursos.


Corrupción, el crimen económico más común - Manuel Lombera Martínez
El Universal - 18/10/2007

O negócio F1

Fórmula 1 encerra o ano com receita estimada de US$ 4,3 bi
Valor Econômico - 19/10/2007

A bandeirada no final do Grande Prêmio Brasil deste domingo encerra não só a emocionante disputa pelo título de campeão de 2007 como a contabilidade de um dos esportes globais mais rentáveis. A Formula One Group, empresa que administra a Fórmula 1 no mundo, estima arrecadar US$ 4,3 bilhões só com os negócios nas pistas, segundo levantamento da consultoria britânica Money Sport Media.

Em direitos de transmissão de TV a arrecadação soma US$ 380 milhões - as 17 corridas da Fórmula 1 são exibidas em 185 países com audiência mínima de 50 milhões de espectadores. O maior investimento é o dos competidores, as chamadas escuderias, que em 2007 colocaram US$ 1,5 bilhão em suas equipes. A Fórmula 1 também sabe explorar a paixão masculina por jogos eletrônicos e vai encerrar a temporada com US$ 15 milhões só com o licenciamento para video games. A Sony saiu na frente e tem contrato exclusivo com os organizadores do esporte.

Mas a Fórmula 1 não é um esporte de homens para homens. A estimativa é de que o público feminino responda por 40% da audiência. Esporte feito e praticado pela elite, as corridas acabaram atraindo um público fiel entre as classes de menor poder aquisitivo - a maior fatia da audiência das corridas transmitidas pela TV Globo no Brasil é formada por consumidores da classe C. Uma audiência global tão diversificada em renda, sexo e idade, são os principais atrativos para empresas dos mais variados setores da economia.

(...) Só para colocar suas marcas nas pistas, em forma de placas publicitárias, empresas como Shell, Bridgestone e Vodafone, entre outras, investiram US$ 2 milhões cada uma na edição de 2006 do Grande Prêmio de Mônaco, o mais badalado do calendário. O principado gerou receita de US$ 17,5 milhões com esse tipo de publicidade - o Brasil ficou em 15º lugar neste ranking, com US$ 6,2 milhões investidos por empresas (...) Nas 17 provas da temporada a arrecadação somou US$ 164,2 milhões.

18 outubro 2007

Rir é o melhor remédio


Onde a Google estoca seus dados?

Cisco



Enquanto os empresários da Cisco são presos, o cliente tem um aumento na sua cotação. Existiria uma relação?

O primeiro gráfico é a cotação da Cisco nos últimos cinco dias. O mercado não reagiu de forma negativa diante do destaque que a notícia teve no Financial Times e outros jornais estrangeiros. Qual a razão?

O jornal Valor Econômico arrisca uma resposta (SOX mantém brechas sobre negócios menores, 18/10/2007)

(...) Enquanto os principais executivos da empresa estão presos em São Paulo, por suspeita de fraudes com importação que levaram à sonegação de R$ 1,5 bilhão, a matriz da multinacional de tecnologia informa apenas que está colaborando com as investigações e que o Brasil responde por 1% de suas vendas globais. Esse percentual talvez ajude a entender a reação inicial da matriz.

Guillermo Braunbeck, (...) explica que a extensão do rigor exigido pela Lei Sarbanes-Oxley (SOX) sobre os controles internos das companhias, a partir de 2004, é proporcional à relevância da unidade na composição do faturamento da matriz, no caso de grupos com diversas subsidiárias internacionais. Segundo ele, com uma participação tão pequena é provável que a sofisticação dos controles aqui não seja a mesma adotada nos EUA. (...) A proporção do escândalo localmente, porém, sinaliza que a repercussão do caso pode não ficar restrita às operações da empresa abaixo da linha do Equador. "A matriz já se manifestou sobre o assunto. Acredito que é só uma questão de tempo para repercutir lá fora", diz o sócio responsável da área de governança corporativa da KPMG, Sidney Ito.

O olhar internacional sobre esse caso pode mudar substancialmente se a Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador do mercado de ações nos EUA, começar a investigar o que aconteceu. Como empresa de capital aberto nos Estados Unidos, além das regras da SEC, a Cisco está sujeita à lei Foreign Corrupt Practice Act (FCPA), que estabelece normas para eliminar práticas de corrupção.Quando o tema cruza a fronteira, tudo muda de proporção. Não por acaso. (...) De grande porte, a empresa possui ferramentas próprias para tentar coibir ações de má-fé. Entre elas, o Código de Conduta de Negócios. Nesse documento, reforça que todos os funcionários, que atuam nos Estados Unidos e fora, estão sujeitos às regras da FCPA. (...)

Na auditoria, o rigor sobre seus controles internos foi classificado pela PricewaterhouseCoopers como "eficaz", em todos os países do mundo, nos aspectos relevantes. "Isso significa que a companhia não teve problema durante o período de avaliação", comenta o sócio da KPMG. Tanto SOX como FCPA prevêem penas duras para fraude e corrupção. (...)


O segundo gráfico é da Vivo, um dos clientes da empresa. O mercado ignorou possíveis extensões do problema para os clientes?

Bovespa segue a Bolsa dos EUA

Bolsa Hoje informa que a Bovespa deve seguir o comportamento das bolsas estrangeiras em "Por haver diversas empresas com ações negociadas na Bolsa de NY, através de ADRs, o que acontece lá acontece aqui. Nosso mercado está atrelado aos mercados americanos. A BOVESPA nunca irá descolar dos movimentos externos."


Já tinha sido notado que a correlação entre os mercados brasileiros e internacionais estava tendendo com o passar do tempo para valores elevados, próximos de um.

Previsão do Nobel

A previsão do Nobel de Economia revelou-se um fiasco (clique aqui para postagem do blog). Entretanto, o problema não é a previsão, mas o mecanismo. Conforme lembra bem o sítio stumblingandmumbling, previsão usando mercado funciona melhor quando existe informação dispersa e que são agregadas nas apostas. Neste caso, a decisão é tomada por um juri com poucas pessoas, o que torna difícil fazer a projeção.

Auditores, Independência e Contabilidade

Os Auditores são realmente independentes? Numa reportagem do Wall Street Journal , David Reilly (With New, United Voice, Auditors Stand Ground On How to Treat Crunch, 17/10/2007) questiona alguns pontos sobre o papel da auditoria na contabilidade, inclusive diante da possibilidade de adoção do valor justo, o que implicaria numa maior subjetividade da contabilidade. O foco do artigo é o Center for Audit Quality, que está desempenhando papel na regulação contábil de forma indireta. Selecionei alguns trechos importantes:

That is in contrast to the accounting firms' behavior during previous crises, particularly during the technology-stock boom, when auditors often acted as partners with management and sometimes caved in to corporate demands for aggressive accounting positions.

In spite of the praise, there is unease over the role the center is playing in shaping and communicating the auditors' positions. The worry: The center is taking on a role that should be played by regulators such as the SEC or standard setters such as the Financial Accounting Standards Board. While many accounting observers agree with the positions taken by the center during the current crisis, they worry it represents a tentative first step on the road back to self-regulation of the audit profession.

The SEC hasn't "endorsed or approved" the center's papers, officials said. SEC Chief Accountant Conrad Hewitt said "auditing firms are the first line of defense," in terms of how standards are applied. He added that management, corporate audit committees and auditors should work to ensure that accounting standards are being implemented appropriately .


No fundo, a questão é como fazer do auditor uma terceira parte entre a empresa e os usuários da informação contábil? O papel do auditor é muito importante para ser esquecido.

Pirataria de livros

Se você acredita que a questão da pirataria é algo novo, "advindo da globalização da economia", mude de idéia. Uma repostagem (aqui) mostra que na década de 70 muitos livros foram publicados em países desenvolvidos (incluindo Canadá) e que eram cópias de obras que foram origalmente publicadas em outros países. As diferenças estavam principalmente no título e no nome do autor. Mais interessante ainda é que os livros analisados são bastantes específicos: livros de xadrez. No link existe uma boa mostra destas obras.

Custos e @gronegócio

Saiu o novo número da revista Custos e @gronegócio, publicada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Os artigos são os seguintes:

Um estudo exploratório sobre a sistemática de gestão de custos das agroindústrias familiares estabelecidas no extremo oeste do Estado de Santa Catarina - Brasil - Antonio Maria da Silva Carpes e Valmir Roque Sott

A economia dos custos de transação como base de análise para a agricultura alternativa: O caso do arroz biodinâmico - Guilherme Cunha Malafaia, Denise Barros de Azevedo, Alessandra Santos dos Santos e Maria Emília Camargo

Análise da relação custo/volume/lucro na agricultura familiar: O caso do consórcio
mamona/feijão - Aldo Leonardo Cunha Callado, José de Lima Albuquerque e Ana Maria Navaes da Silva

Apuração dos custos na produção de leite em uma propriedade rural do município de Irani-SC - Cristiane Zucchi Sopelsa Segala e Ivanir Techio da Silva

Análise dos custos ambientais da indústria de couro sob a ótica da eco-eficiência - Renata Paes Barros e Eduardo Vila Gonçalves Filho

Iasb e Chairman

Segundo o New York Times (European Will Oversee Accounting Standards, FLOYD NORRIS, 18/10/2007), Gerrit Zalm deverá ser o novo chairman do Iasb. Zalm foi ministro das finanças da Holanda.

The International Accounting Standards Committee Foundation, which both appoints members of the standards board and raises money for its operations, has come under considerable pressure in Europe from some politicians who think the board should be more accountable to governments, and should pay more attention to their opinions in setting accounting standards.


Precede Zalm o norte-americano Volcker, o italiano Tommaso Padoa-Schioppa e o norte-americano Philip A. Laskawy.

No currículo de Zalm, além do cargo como ministro de finanças, o cargo de economista chefe do DSB Bank, consultoria na PricewaterhouseCoopers e na Permira.

Fraudes

Reportagem da Gazeta traça um perfil da fraude nas empresas.

Estados Unidos têm mais fraudes
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

Existência de rígidos controles internos permite identificar maior número de casos. A lei americana Sarbanes Oxley (Sox), a mais severa regulamentação de governança corporativa em vigor no planeta, contribuiu para a identificação de casos de fraude, ao exigir das empresas a manutenção de rígidos controles internos. É o que mostra pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers, sobre atos praticados por indivíduos ou grupos de indivíduos visando o benefício próprio por meio de instrumentos que produzem perdas às corporações - como fraudes de diversos tipos, corrupção, pirataria, lavagem de dinheiro e manipulação contábil - com base em 5.428 entrevistas, em 40 países.

Segundo a pesquisa, os Estados Unidos aparecem no topo do ranking de ocorrência de fraudes nos últimos dois anos - 52% dos entrevistados afirmaram ter sofrido algum tipo de fraude - mas não devido à maior incidência e sim porque lá há mais regulamentação, o que propicia a identificação de mais casos. A Sox dedica uma seção inteira aos controles internos (a 404).

No Brasil, a pesquisa ouviu 76 executivos de vários segmentos da economia. Dos entrevistados, 46% responderam que suas organizações sofreram algum tipo de crime econômico nos últimos dois anos, percentual similar ao da pesquisa de 2005. Os controles internos da organização, representados por auditoria interna, segurança corporativa, rotação de pessoal e sistemas eletrônicos de detecção, foram responsáveis por 43% dos casos, enquanto fatores de cultura corporativa, representados por indicações internas, indicações externas e o uso do canal de denúncias, representaram 53% dos casos. Isso mostra que, além da implementação e do aperfeiçoamento de mecanismos de controles internos objetivos, a implementação de programas de conscientização e o estabelecimento de um ambiente de confiança também resultam em retorno igualmente importante no que se refere à identificação de procedimentos fraudulentos.

As respostas obtidas apontam que o fraudador típico é do sexo masculino (88% dos casos), tem escolaridade até o segundo grau (65%), e é parte do corpo de empregados das empresas (67%). Com relação à idade, a pesquisa mostrou que existe uma concentração pronunciada na faixa entre 31 e 40 anos (43% dos casos), com distribuições semelhantes nas faixas de até 30 anos e de 41 a 50 anos (25% e 32%, respectivamente).

De acordo com o resultado da pesquisa, os fraudadores parecem concentrados nos extremos do "tempo de casa", com maior destaque para a faixa acima de 10 anos. A maior ocorrência no quesito posição hierárquica está no pessoal abaixo da média gerência, com 47% do número de casos.

Pelo resultado da pesquisa, as fraudes de maior valor individual são aquelas perpetradas pela média e alta gerência das empresas, que somaram 36% dos casos relatados. Das fraudes detectadas, em 67% dos casos, nada foi recuperado, em 23%, até 60% do prejuízo foi recuperado, e em somente 10% dos casos a recuperação passou de 60%.

A pesquisa contou com a participação do instituto de pesquisa social TNS Emnid e do Centro de Pesquisa em Crimes Econômicos da Martin-Luther University Halle-Wittenberg, da Alemanha.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

Os melhores

Abrasca divulga finalistas ao prêmio de melhor relatório
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

A 9ª Edição do Prêmio Abrasca Melhor Relatório Anual, teve 84 inscritos. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 24, em evento promovido na Bovespa. Ontem a Abrasca - a associação que representa 85% do valor de mercado da Bolsa, de US$ 1 trilhão - divulgou a lista dos finalistas. Na categoria companhias abertas os escolhidos foram: Acesita; ALL - América Latina Logística; Aracruz Celulose; Banco Bradesco; Banco do Brasil; Banco Itaú Holding Financeira; Brasil Telecom; Cemig, Coelce; CPFL; CVRD; Elektro Eletricidade ; Embraer; Energias do Brasil S.A; Gerdau; Iochpe Maxion; Perdigão S.A; Petrobras; Sadia; Suzano Papel e Celulose S.A e VCP.

Na categoria empresas fechadas classificaram-se para a final os Relatórios da BM&F - Bolsas de Mercadorias e Futuros; Banco ABN Amro Real; Banco Santander; Camargo Corrêa Desenvolvimento Mobiliário; Camargo Corrêa S.A; Mapfre Seguros; Petroquímica Triunfo S.A e Serasa S.

Contabilidade criativa na Espanha

O tratado de Maastricht, assinado em 1992, exigiu que os países do clube do euro tivessem um déficit público inferior a 3% do PIB. Alguns países se destacaram por estar fora deste limite.

A solução foi atacar não o numerador, ou seja, o gasto público, mas o denominador da equação, o valor do PIB.

Uma reportagem de um periódico da Espanha destaca a contabilidade criativa para obter este número:

La opción más obvia consistía en incluir, a efectos estadísticos, actividades paralegales, como la prostitución y el juego, de forma que el cociente resultase menos estridente.

Esta simple anécdota pone sobre la mesa un asunto de actualidad en estos momentos: el empleo de la contabilidad creativa no se ha limitado a empresas como Parmalat, Ahold o Enron; las entidades públicas, en mayor o menor medida, han empleado la contabilidad creativa para alterar sus cuentas, desviando sin embargo todo el foco mediático hacia el sector privado, al que han regulado, han impuesto muy estrictos estándares contables y han aplicado contestables medidas de buen gobierno.

A pesar de ser bien recibidas por el legislador, su resistencia a aplicarlas y a atajar las prácticas de prostitución contable [grifo meu], que afectan al sector público, delata una actitud farisaica.

Centrémonos en un par de ejemplos que dejan constancia de este proceso: los déficit de pensiones y la deuda fuera de balance. La contabilidad internacional, al igual que la norteamericana, fuerza a cualquier compañía con fondos de pensiones internos a informar al mercado del déficit o superávit que tiene el fondo de pensiones, valorando los activos a precio de mercado y descontando las obligaciones futuras a los empleados a una tasa de descuento muy cercana al coste de la deuda de la empresa. Con esta medida, se ha intentado aplacar el muy extendido uso de prácticas contables apoyadas en cálculos actuariales, que pretendían simular que las promesas realizadas a los trabajadores mediante las pensiones estaban cubiertas con creces con los fondos actuales, cuando en realidad se debía mucho más dinero que el que realmente se tenía.

(...) La deuda fuera de balance a la que han acudido como instrumento contable muchas administraciones se puso de moda con la bancarrota de Enron. La firma tejana procedía a titulizar todo tipo de activos, con el objeto de sacarlos de balance, así como la cuantiosa deuda que los soportaba. El abuso de esta práctica provocó la caída de la empresa, y desde entonces los esfuerzos contables tienden a dificultar las prácticas conducentes a ocultar la deuda fuera del balance de situación.

Sin embargo, los entes públicos han practicado, practican y practicarán la financiación fuera de balance con total impunidad: las comunidades autónomas emplean la deuda fuera de balance de una forma agresiva, hasta el punto de que la deuda regional así “contabilizada” alcanza ya los 7.080 millones de euros, alrededor del 1% del PIB español.

Mediante el aparcamiento de esta deuda en empresas mixtas se acometen cuantiosas inversiones en infraestructuras, de forma que la Unión Europea no contabilice estos compromisos como deuda pública. Este esquema ha sido agresivamente utilizado en Cataluña, donde la deuda alcanza 3.502 millones de euros; en la Comunidad Valenciana, donde asciende a 1.538, y en la Comunidad de Madrid, con 488 millones.

Así, por ejemplo, esta última lo puso en práctica a través de la sociedad Mintra, encargada de la ampliación del metro. La deuda acumulada de Mintra ascendió a 3.000 millones de euros; sin embargo, no fue consolidada en las cuentas de la Comunidad de Madrid hasta que la Unión Europea lo forzó. (...)

El Producto Interior Bruto y la prostitución
Gaceta de los Negocios -18/10/2007

Contabilidade organizada

Como qualquer negócio que deseja ter um controle sobre os recursos, o tráfico necessita de uma contabilidade. Notícia do Globo apresenta isto de maneira clara:

Propinas a policiais anotadas
O Globo - 18/10/2007

Material da contabilidade do tráfico é apreendido

Juntamente com armas e drogas, os policiais apreenderam um farto material da contabilidade do tráfico da Favela da Coréia. Em várias folhas de caderno, estão anotadas as despesas da quadrilha, desde propinas a policiais (chamadas “arrego”), gastos com médicos para atender bandidos feridos e com festas na comunidade, pagamentos de gás e também às “tias”. Segundo policiais, as “tias” são senhoras que moram na favela, consideradas acima de qualquer suspeita. Quando um bandido é preso, elas vão às delegacias atestar que ele é trabalhador. Também fazem visitas nas penitenciárias para garantir a comunicação do criminoso com o mundo externo e podem esconder armas e drogas. Segundo as anotações, as “tias” recebem R$300 para despesas como aluguel. (...)

17 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Isto é que é pirataria:







Fasb pode atrasar a adoção do valor justo

Diante da oposição e críticas do valor justo, o Fasb está considerando a possibilidade de atrasar as regras do valor justo (Fasb 157). A seguir, notícia completa da Reuters sobre o assunto:


FASB to discuss delay of valuation accounting rule
Emily Chasan - Reuters News - 16/10/2007

NEW YORK, Oct 16 (Reuters) - The Financial Accounting Standards Board (FASB) will consider at its Wednesday meeting whether to delay a new accounting rule designed to standardize the way companies measure assets at market values.

The rule, also known as FAS 157, provides a definition and framework for how companies should determine fair value measurements -- or the price an asset could fetch in a current market transaction.

The standard is set to take effect for fiscal years beginning after Nov. 15, but has drawn opposition from industry groups who say businesses need more time to address implementation issues.

Financial Executives International (FEI), a trade group for finance chiefs, treasurers and corporate comptrollers, asked the board this month to delay the standard by a year.

"FAS 157 requires us to learn how to develop measurements of hypothetical transactions based on hypothetical market participant assumptions that may never actually manifest themselves in a transaction," FEI said in its appeal to FASB.

"This is an entirely new paradigm, which the preparer community, their auditors and valuation consultants are not yet ready to implement," the letter continued.

The Institute of Management Accountants, in a separate letter to FASB, said new rule was a "fundamental shift" for accountants. Adopting the standard would require more education and training for those trying to apply it, it said. The group also expressed concern that some technical questions about the standard still need to be resolved.

FASB, according to an agenda on its website, will "discuss and consider factors affecting the application of" the standard at its meeting on Wednesday in Norwalk, Connecticut.

FASB approved the standard in February saying that it would expand disclosure about how assets were valued and eliminate inconsistencies about fair value measurements in U.S. accounting rules.

Several financial companies have already adopted the standard, but FEI said in its letter that implementation issues in application of the rule have already surfaced.

Playboy de Monica Veloso para um analista estrangeiro

Para um analista (aqui)
a decisão da Playboy de contratar Monica Veloso para suas páginas centrais é um ato de desespero diante da queda de vendas e do aumento da competição, especialmente da internet:

If this all seems like a desperate ploy to make magazine relevant and sell copies, it probably is. Playboy stock has been a terrible performer in recent years, as revenue growth has been sporadic at best in the face of increased competition, especially on the internet.

Liberdade de Imprensa

O Brasil perdeu classificação no ranking dos Reporteres sem Fronteira (). A colocação do Brasil (84o.), atrás do Senegal, Congo, Qatar, Quênia, Armênia, Haiti, Mongólia e outros países.

Críticas ao Nobel de Economia

Nem só de elogios vivem os ganhadores do Nobel. A reação de alguns blogs de economia ao anúncio não foi muito "agradável".

I regard the "mechanism design" literature as representing a lot of effort expended on papers that only interest the expenders
Fonte: aqui

Fraude

As agências de notícias informaram ontem (16/out) da operação da Polícia Federal contra um esquema de fraude.

Mais de 30 empresas participaram do esquema de fraudes em importações desvendado pela Polícia Federal e Receita Federal na Operação Persona. Segundo o coordenador-geral de Pesquisa e investigação da Receita Federal, Gerson Schaan, as empresas devem aos cofres públicos R$ 1,5 bilhão, número que inclui o que deixou de ser pago em impostos e multas.

(...) as empresas deixavam de pagar custos de importação, armazenamento e tributos. Foram expedidos mandados de prisão para 44 pessoas, 28 em São Paulo, quatro em Campinas, dois em Ilhéus (BA), dois no Rio de Janeiro e oito em Salvador (BA). (...)


Mais de 30 empresas participaram de esquema de fraude
Lorenna Rodrigues

Inicialmente foi preservado o nome da empresa. Posteriormente, novas notícias (aqui) divulgaram os nomes dos envolvidos

Já vi este filme antes

Quito, 16 out (EFE).- O Governo do Equador ressaltou hoje que não houve nenhuma ação ilegítima nem confisco das empresas petrolíferas privadas, com o decreto que dá ao Estado 99% dos ganhos extraordinários com o petróleo.

Em reunião com diplomatas credenciados em Quito, o ministro de Minas e Petróleo, Galo Chiriboga, disse que hoje conversou com representantes da hispano-argentina Repsol-YPF. Ele também se reuniria com diretores de cinco petrolíferas, entre elas a Petrobras, que aceitaram estudar uma renegociação de seus contratos.

(...) Chiriboga repetiu os argumentos do Governo de que o decreto de 4 de outubro foi uma mudança "regulamentar", dos 50% aprovados no ano passado para 99% na parte do lucro extraordinário para o Estado, sem afetar os contratos originais. (...)


Quito garante que não vai confiscar empresas petrolíferas
Agencia EFE - Serviço em português- 16/10/2007

16 outubro 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

História da Religião

Neste sítio, a história do mundo e da religião, através do mapa e do tempo. Muito interessante a evolução (expansão e contração) das 5 principais religiões do mundo (Cristianismo, Budismo, Islamismo, Judaísmo e Hinduísmo).

Links

1. Miniaturas

2. Cientistas subestimados Votei em Lamarr

3. Uso do cerébro: um pequeno teste

4. Os maiores blogs pelo Reader

20 anos do Crash de 1987


Completou 20 anos a crise na bolsa de valores de 1987 ou Black Monday.

Aqui uma análise do ocorrido

Vale do Rio Doce

Duas notícias sobre a Vale do Rio Doce. A primeira informa que a empresa

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) dará preferência a seu fluxo de caixa para dispor dos US$ 11 bilhões de investimentos previstos para o exercício de 2008. (Vale: preferência pelo fluxo de caixa próprio; Daniele Carvalho - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 16/10/2007)


Ou seja, para financiar seus investimentos, a empresa irá usar recursos próprios gerados internamente.

os investimentos para 2008 poderiam ter sido maiores se não fossem as dificuldades encontradas com o fornecimento de máquinas, projetistas e a liberação de licenças ambientais. “Não se trata da falta de recursos. Poderíamos fazer investimentos ainda maiores se não fossem estas limitações”, defendeu o presidente da CVRD.


A segunda notícia informa o sucesso da aquisição da Inco:

Vale ganha US$ 100 bi em um ano com a Inco MINERAÇÃO Compra da mineradora canadense ajudou grupo a triplicar de tamanho
Adriana Chiarini - O Estado de São Paulo - 10/10/2007

O valor de mercado da Companhia Vale do Rio Doce aumentou US$ 100 bilhões desde que a mineradora apresentou a proposta de compra da produtora canadense de níquel Inco. Do dia 11 de agosto de 2006 até a segunda-feira passada, o valor de mercado da empresa passou de US$ 53,43 bilhões para US$ 153,70 bilhões. (...) "A compra da Inco praticamente dobrou a Vale do Rio Doce em relação ao ano passado", disse o presidente da empresa, Roger Agnelli, referindo-se não ao valor de mercado, que praticamente triplicou, mas a diversos outros números da empresa como os de geração de caixa e despesas com funcionários. A compra da Inco, por US$ 18,9 bilhões, foi um dos elementos fundamentais para a valorização da empresa, diz Agnelli. A Vale acaba de passar a Petrobrás como a maior empresa do Brasil em valor de mercado.

A Inco foi a maior responsável pelo aumento da receita operacional da Vale no segundo trimestre deste ano, em relação a 2006. A empresa canadense contribuiu com R$ 7,133 bilhões dos R$ 8,066 bilhões de aumento da receita. De abril a junho deste ano, a receita atingiu R$ 18,197 bilhões. A aquisição da Inco mudou o perfil da Vale. No primeiro semestre do ano passado, 71,6% da receita bruta vinha dos minerais ferrosos. Os minerais não ferrosos, como o níquel, tinham participação de apenas 5,8%. No primeiro semestre deste ano, os minerais não ferrosos foram a principal fonte da receita da Vale, respondendo por 44,4%, enquanto os minerais ferrosos ficaram com 41,9%. Graças à Inco, o grupo agora é líder mundial também em níquel, além do minério de ferro. A Vale também está bem posicionada no cobre, com contribuição significativa da Inco. O níquel transformou-se no principal produto individual da CVRD em geração de receita bruta, contribuindo com R$ 6,340 bilhões, o que equivale a 34,8% do total de R$ 18,197 bilhões.

O minério de ferro respondeu por 30,2%, com R$ 5,498 bilhões. As pelotas somam mais R$ 1,624 bilhão, o equivalente a 8,9% da receita total. Para o analista Edmo Chagas, do UBS Pactual, o níquel vai continuar tendo grande participação na geração de receitas para a Vale. Ele diz que o preço do níquel vai se sustentar nos altos níveis atuais.

A venda do níquel nessa faixa de preço contribuiu para que a Inco gerasse caixa no montante de R$ 4,878 bilhões no segundo trimestre, perto da metade da geração de caixa total da Vale, que foi de R$ 10,255 bilhões.

A participação da Inco no lucro líquido da Vale, porém, é bem menor. O lucro líquido da Vale chegou ao recorde de R$ 5,842 bilhões no trimestre, mas a parcela da Inco foi de R$ 619 milhões, acumulando R$ 2,2 bilhões no primeiro semestre, quando o lucro líquido da Vale foi de R$ 10,937 bilhões. A Vale consolidou seu perfil de empresa global. O número de postos de trabalho no exterior, que cresceu mais de 2000% do primeiro semestre de 2006 para o mesmo período deste ano, passou de 1.143 para 24.052. Essa conta inclui 10.414 trabalhadores terceirizados.

Nobel de Economia

Foram premiados os economistas Eric Maskin, Roger Myerson e Leonid Hurwic na área de design theory. Os ganhadores não estavam entre os favoritos (aqui).

Aqui a justificativa da Academia Sueca. Aqui, um resumo da reação dos blogueiros.

O trabalho foi importante na recente crise financeira dos Estados Unidos (aqui).

Aqui , aqui e aqui links sobre a obra dos economistas premiados.

A Agência O Globo apresentou a seguinte notícia sobre os ganhadores:

Nobel para a arte de negociar
Luciana Brafman e Fabiana Ribeiro*

A teoria que rendeu aos americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson o Prêmio Nobel de Economia de 2007 não é fácil “de ser explicada para sua avó”, segundo um dos mais populares sites sobre economia, o Marginal Revolution. Desconhecida do grande público e até de muitos economistas, a teoria do desenho de mecanismos pode ser traduzida em aplicações práticas no dia-a-dia das pessoas, ao examinar a eficácia da alocação dos recursos pelos diferentes agentes econômicos em uma negociação e avaliar se a intervenção governamental é necessária.

Com base na teoria dos jogos e em incentivos que levam os participantes de uma negociação a dizerem a verdade sobre suas intenções, o estudo foi desenvolvido em separado pelos pesquisadores. Eles dividirão um prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US$1,57 milhão). A Academia Sueca de Ciências explica qual a importância da teoria:

“A clássica metáfora de Adam Smith sobre a mão invisível se refere a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados, e a produção e o consumo desejáveis privadamente podem gerar custos e benefícios sociais”.

Os estudos de Hurwicz, Maskin e Myerson levaram ao desenho de modelos matemáticos que permitem entender como é a tomada de decisões na vida real, levando-se em conta, inclusive, que as pessoas mentem sobre suas intenções e motivos.

— É uma economia posta na prática. E, com isso, permite criar situações para regulamentações, contratos, leilões, concessões. Já há modelos regulatórios que têm como base essas teorias — disse Aloisio Pessoa de Araújo, professor da Fundação Getulio Vargas. (...)

Fraude 2

TORONTO, 15 de outubro (Reuters) - A Nortel pagará 35 milhões de dólares em um acordo com a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que acusa a empresa canadense de ter fraudado sua contabilidade para atingir as expectativas de lucro de analistas de Wall Street.

A Nortel, produtora de equipamentos de telecomunicações, se envolveu em dois esquemas de fraude contábil, uma relacionada a lucros e outra a receitas, segundo queixa da SEC no tribunal distrital de Manhattan.

Os esquemas permitiram à Nortel atingir "a orientação irrealista de lucros e receita que foi fornecida à Wall Street em 2000 e novamente em 2002 e 2003", alegou a SEC em seu processo.

A Nortel fechou acordo para encerrar o litígio sem negar ou admitir culpa no caso, de acordo com documentos do tribunal nesta segunda-feira.

O órgão que regula o mercado de capitais dos EUA disse que a demanda por equipamentos de telecomunicações e de rede caiu em 2000, e o número de pedidos por produtos da Nortel diminuiu.

Segundo a SEC, a Nortel usou nessa época de ajustes "incompatíveis com os princípios de contabilidade dos EUA geralmente aceitos para mover receitas e lucros para cima e para baixo o necessário para atingir as irrealistas expectativas de Wall Street".


Nortel paga US$35 mi para por fim a acusações de fraude contábil
Reuters Focus - 15/10/2007

Fraudes no mundo

No mundo todo, 43% das 5.428 empresas consultadas detectaram a ocorrência de crimes corporativos entre 2006 e 2007, contra 45% no biênio 2004-2005. Apesar da pequena queda, as porcentagens são praticamente iguais àquelas registradas há oito anos, quando a pesquisa bienal foi iniciada, informou a PwC. O levantamento é feito com base no depoimento dos altos executivos das companhias.Além disso, o volume de perdas geradas pelas fraudes subiu de US$ 1,7 milhão por empresa, em 2004 e 2005, para US$ 2,4 milhões em 2006 e 2007.

Perdas com crimes crescem 40% no mundo
Valor Econômico - 16/10/2007

15 outubro 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Links

1) Produtos complementares ou substitutos: sexo

2) Normas japonesas

3) Edit Piaf

4) Sadia, por um investidor estrangeiro

Venture capital

Os venture capital estão chegando
Gazeta Mercantil - 15/10/2007
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

(...) Os fundos de venture capital estão expandindo sua presença no Brasil, seguindo o caminho aberto pelos seus irmãos em risco, os private equity, que já haviam colocado o País na sua rota principal de investimentos. Os venture capital investem em empresas que entram em fase de expansão mas têm dificuldades para financiar seu crescimento no mercado de dívidas (empréstimos bancários por exemplo) com um custo/benefício adequado. Já os private equity investem em empresas já consolidadas que precisam de reestruturação para fazer uma oferta pública de ações ou para uma fusão ou aquisição. (...)

"A bolsa brasileira foi a que melhor suportou os solavancos de agosto, provocados pela crise imobiliária nos Estados Unidos", afirmou. Outro aspecto importante foi a consolidação da bolsa como um mecanismo de saída para o investidor. O objetivo do fundo é investir na empresa durante um período pré-determinado, criar valor e depois buscar novos desafios. As alternativas para isso são uma operação de venda direta ou uma oferta pública de ações em bolsa de valores.

A nossa incompetência

A via-crúcis do PL 3.741
Folha de São Paulo - 15/10/2007
ROBERTO TEIXEIRA DA COSTA
Primeiro presidente da CVM

Não conseguimos explicação convincente para justificar o emperramento do PL 3.741, que, repito, é de grande relevância para o nosso país

EM 8/11 de 2000, o Executivo enviou à Câmara dos Deputados o projeto de lei 3.741, propondo a alteração da Lei das Sociedades Anônimas (lei 6.404/76), que estendia às empresas de grande porte disposições relativas à elaboração e publicação de demonstrações contábeis, ainda que não organizadas na forma de sociedades anônimas, e dispunha sobre os requisitos de qualificação de entidades de estudo e divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e auditoria como organizações da sociedade civil de interesse público.

Desde então, o projeto vem se arrastando nas comissões da Câmara sem que a questão das normas contábeis tenha sido apreciada em caráter terminativo. Assim, ele foi desmembrado para que aspectos polêmicos, como a maior transparência para sociedades de maior porte, ficassem separados do âmago do projeto.

Outro ponto muito questionado e que se tornou ao longo desses oito anos um enorme empecilho ao andamento da legislação das normas contábeis era a dispensa da publicação, em Diário Oficial dos Estados, dos demonstrativos financeiros das companhias abertas. O poderoso lobby dos governos estaduais foi acionado para bloquear o projeto de lei.

O relator inicial, o ex-deputado Emerson Kapaz, que, durante seu mandato, fez um grande esforço para que o andamento acontecesse com velocidade, não conseguiu que seus pares se sensibilizassem. Com o fim de seu mandato e a aprovação do projeto na Comissão de Desenvolvimento Econômico no final de 2002, ele foi parar, em 2003, na Comissão de Finanças e Tributação, nas mãos do deputado Armando Monteiro Neto.

O projeto teve vários substitutivos, várias pessoas foram convocadas para audiências públicas versando principalmente sobre a questão da publicação em Diário Oficial. Só em 19/6/07 o parecer aprovado na Comissão de Finanças e Tributação foi encaminhado para publicação na Coordenação de Comissões Permanentes.

Em 21/6 deste ano, após encaminhamento à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, foi designado relator o deputado Carlos Willian.

Em 12/6 fora encerrado o prazo para emendas ao projeto, que não foram apresentadas. Após a deliberação da CCJ, se for interposto recurso contra a apreciação conclusiva pelas comissões técnicas, o projeto terá ainda que ir a plenário e só depois deve ser enviado ao exame do Senado. Se houver modificações, voltará à Câmara.

Nesse percurso, o projeto original foi transfigurado. A publicação obrigatória de balanços pelas sociedades fechadas ou limitadas de grande porte (prática comum nos países desenvolvidos) e a redução dos custos pela desobrigação da publicação de demonstrações financeiras em Diário Oficial foram retiradas. Foram-se os anéis para não perdermos os dedos! São decorridos cinco anos de tramitação na CFT e, pasmem, seis substitutivos e 33 emendas!

Nesse período, o Banco Central tornou obrigatória, a partir de 2009, a publicação dos demonstrativos financeiros das instituições bancárias pelo padrão contábil IFRS, definido pelo Internacional Accounting Standards Board, e, mais recentemente, a CVM, seguindo o mesmo caminho, tornou compulsória a adoção do IFRS a partir de 2010 pelas companhias abertas.

Não há como explicar ou justificar tamanha lentidão de nossos congressistas em dar andamento a um projeto dessa magnitude e de tanta relevância para nosso país.

Só para que se tenha uma idéia comparativa, fui pesquisar quanto tempo levou a tramitação da reforma da Lei das Sociedades Anônimas, que se converteu na lei 6.404. A apresentação do anteprojeto de lei na Câmara dos Deputados ocorreu em 31/3/76.

Depois de um percurso de audiências, quando o projeto de Alfredo Lamy e do saudoso José Luiz Bulhões Pedreira passou por amplos debates, dentro e fora do Congresso, a lei foi editada em 15/12/76, num prazo de tramitação de oito meses e 15 dias.

Vale a pena frisar a complexidade daquela legislação, que reformava o decreto-lei 2.627/40. Não há como comparar uma legislação com a outra e não conseguimos explicação convincente capaz de justificar o emperramento do PL 3.741, que, repito, é de grande relevância para o nosso país.

Esperamos que agora se acelere sua votação, pois na opinião de auditores/contadores de prestígio, o projeto é muito bom e revoluciona a contabilidade. Assim seja!

Al Gore mereceu o Nobel?

Aqui uma outra visão sobre o Nobel para Al Gore. Aqui, postagem antiga sobre Gore.

R

Marcos F Silva é técnico de controle externo do TCE/RJ e fã do software R. Ele enviou um texto "Usando R na Análise de Relatórios do SIAFEM". É muito interessante pois o R é um software livre (ao contrário do SPSS e SAS, por exemplo). As dicas são interessantes e você pode conferir em http://marcosfs2006.googlepages.com

Setor informal no Brasil

Um estudo sobre o setor informal do Brasil (Áureo de Paula e José A. Scheinkman) usou mais de 48 mil pequenas empresas. Considerando a definição do setor informal como sendo as entidades que evitam o pagamento de impostos, Paula e Scheinkman encontraram que as empresas possuem um custo de capital mais elevado e tamanho reduzido. Existe correlação entre a educação e o tamanho da empresa.

Divulgação

O Curso de Ciências Contábeis do CCJS/UFCG comunica que estará sediando o VII EPECIC (Encontro Paraibano dos Estudantes de Ciências Contábeis) que realizar-se-á durante os dias 12 e 13 deste mês. Acessem o site e obtenham maiores informações: http://www.viiepecic.com.br

14 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

A marca Axe, de desodorante masculino, tem enfatizado o lado "conquistador" do seu cliente, com muito humor. Aqui cartazes de propaganda do produto. Fonte: Aqui







Ética na Enron

Lynn Brewer trabalhava na Enron e foi "escolhida" pela imprensa para representar o lado bom da empresa, de pessoas que tiveram ética em denunciar o que estava ocorrendo.

Com base na sua experiência, Brewer escreveu um livro contando sua experiência e fundou a The Integrity Institute, Inc. Agora, o USA Today revê a história de Brewer para concluir que esta executiva talvez não tenha agido com a ética anunciada. Clique aqui para ler.

13 outubro 2007

Previsão

Aposta nos prováveis ganhadores do Nobel de Economia (aqui)

Elhanan Helpman 5/1
Gene M Grossman 5/1
Paul Romer 6/1
Chris Pissarides 7/1
Dale T Mortensen 7/1
Peter A Diamond 7/1
Paul Krugman 8/1
Eugene Fama 9/1
Robert Barro 10/1
Gordon Tullock 12/1
Jean Tirole 12/1
Nancy Stokey 12/1
Avinash Dixit 20/1
Edward P Lazear 20/1
Thomas J Sargent 20/1
William Baumol 20/1
Lars E O Svensson 40/1
Paul Milgrom 40/1
Robert B Wilson 40/1
Assar Lindbeck 50/1
Cris Sims 80/1
Lena Edlund 100/1

Gol

Gol ajusta sua rota
ADRIANA MATTOS

Os meses andam para lá de agitados pelas bandas da família Constantino, dona da Gol. Num espaço de quatro meses, a companhia aérea reviu duas vezes as projeções financeiras para 2007, reduziu a previsão de ampliação na frota e publicou um balanço financeiro um tanto apagado. Há duas semanas, chegou a acenar com a possibilidade de fechar capital, colocando o mercado em polvorosa. O apetite dos investidores pelo papel da empresa cresceu. A procura pelas ações da Gol aumentou, puxando para cima a cotação nos últimos dias. Mesmo assim, até a última quarta-feira, o valor de mercado do grupo havia encolhido R$ 1,4 bilhão em relação a 2006. Somado a isso, nas contas que os especialistas da área têm feito, trabalha-se com a hipótese de que a absorção da Varig possa estar exigindo da empresa uma engenharia financeira muito maior do que o previsto inicialmente. Por causa da Varig, estima-se que, de abril a junho, entraram mais de R$ 90 milhões em prejuízo no balancete da Gol, apurou a DINHEIRO junto a analistas de mercado. Com essa perda, a Gol passou do azul ao vermelho, de uma tacada só – foram R$ 35,4 milhões de saldo negativo na linha final do balancete.

Para complicar ainda mais esse cenário, a companhia sofreu um baque inesperado. Um de seus principais homens, David Barioni Neto, que ocupava a vice-presidência, assumiu em setembro a vicepresidência de operações da TAM.

Essa fase delicada que a empresa atravessa, no entanto, não pode ser explicada apenas pela perda de um executivo ou pelo efeito Varig. O momento do mercado também não é dos melhores. O ápice da crise aérea, após a queda do avião da TAM em julho, elevou as perdas da companhia.

Atrasos e cancelamentos de vôos, o fechamento do Aeroporto de Congonhas e, por fim, a necessidade de reestruturar a sua malha aérea afetou a taxa de ocupação dos vôos. Esse indicador caiu 8,6 pontos de abril a junho sobre 2006. A própria empresa comenta, em seu último balanço, a existência dessas pressões. Numa análise mais recente, o fato de o combustível ter ficado mais caro, com o preço do barril de petróleo em alta, e os gastos maiores com manutenção e reparo nas aeronaves têm pesado nas contas. “A taxa de ocupação dos aviões caiu, o custo fixo subiu e a conta não fecha mesmo. Ainda é esperado um desempenho fraco no terceiro trimestre”, diz a analista da corretora SLW, Kelly Trentim. “Os efeitos negativos da crise aérea ainda respingam sobre a empresa. Os gargalos da infra-estrutura dos aeroportos devem pressionar os números nos próximos meses”, diz Eduardo Puzziello, analista da Fator Corretora. Na última revisão nas projeções para 2007, publicada neste mês pelo grupo, lucro por ação, margem operacional e taxa de ocupação caem. Procurada pela reportagem da DINHEIRO, a Gol não se manifestou.

O mercado, agora, espera pelos próximos resultados. O que poderia parecer um longo inferno astral, tem chances de não passar de um tropeço maior na rota de sucesso, até agora traçada pelo grupo. Dados recentes mostram, por exemplo, que a Gol já consegue absorver alguns ganhos com a Varig. Foram R$ 200 milhões em créditos fiscais nos últimos meses. A participação de mercado da Gol passou de 37% em janeiro para 39% em setembro.

Continua a aumentar o número de vôos diários e de destinos atendidos pela Varig, operação que tem tomado boa parte do tempo da linha de frente da Gol. Em junho eram 90 vôos para 11 destinos. Em outubro, subiu para 120 vôos e 13 destinos.

12 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Links

1. KPMG no tribunal: um dos maiores casos de fraude fiscal ou clique aqui

2. Madonna assina um contrato de 120 milhões de dólares

3. Ativistas acionários perdem batalhas

Propaganda em São Paulo

A proibição de poluição visual em São Paulo é notícia da revista The Economist (Visual pollution, 11/10/2007). Este tipo de proibição existe em várias cidades: Vermont, Maine, Havai, Alasca, Bergen (Noruega), Moscou etc.

O problema é que inspirado em São Paulo, outras cidades estão estudando medidas idênticas: Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Buenos Aires ...

Mas a reportagem conclui que São Paulo poderá reintroduzir a propaganda um dia por razões financeiras: $$$.

11 outubro 2007

Abertura de capital

Regras mais rigorosas para abrir capital
ANA PAULA CARDOSO
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 11/10/07

A revisão da instrução 202 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – que dispõe sobre o registro de companhia para negociações de seus valores mobiliários em Bolsa de Valores ou no mercado de balcão – está na pauta de prioridades da atual presidente da Autarquia, Maria Helena Santana. De acordo com Maria Helena, as normas poderiam ser um pouco mais rígidas. “Trata-se de uma regulamentação um pouco antiga, que precisa ser atualizada”, disse ontem em entrevista coletiva á imprensa no Rio de Janeiro.

Para a presidente da CVM, uma amostra da direção pela qual a instrução 202 pode ser atualizada é o conteúdo do prospecto que está na instrução 400. Na parte das informações, o emissor é obrigado a prestar mais informações na hora de a oferta pública de valores mobiliários do que àquelas relativas à oferta em si. ”As informações obrigatórias pela instrução 400 são relativas ao próprio emissor e à atividade da empresa. Há na instrução 400 muito mais detalhes do que aquelas que hoje são exigidas pela instrução 202”, completou Maria Helena. (...)

Censura ou norma?

Presidente da CVM defende normas para jornalistas
Folha de São Paulo - 11/10/2007
JANAINA LAGE

A presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Maria Helena Santana, 48, afirmou ontem que ficou "frustrada" com a reação da imprensa à instrução que propõe normas de conduta para empresas jornalísticas. A norma estará em consulta pública até o dia 17 deste mês.

Depois de receber os comentários e propostas, a autarquia definirá o formato da norma, que trata da regulamentação de analistas, mas traz um artigo sobre o jornalismo financeiro.

"Fico um pouco frustrada porque é uma reação que não reconheceu o propósito da nossa proposta. Nós propusemos um tratamento favorecido para a atividade de fazer recomendações de valores mobiliários específicos por meio de um veículo de comunicação. É pena que isso não tenha sido visto assim", disse.

A proposta causou polêmica e foi classificada como uma espécie de censura por entidades de classe.

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) criticou a pretensão da CVM por meio de nota, assinada pelo vice-presidente Júlio César Mesquita, responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão.

"Nenhuma instância, governamental ou não, pode se colocar acima do preceito constitucional que protege a liberdade de expressão e garante o livre exercício da profissão de jornalista. Na minuta de alteração da Instrução da CVM, está aberta a possibilidade de enquadramento dos jornalistas, no exercício de sua profissão, na legislação de crimes contra o mercado de capitais. Tal perspectiva é inadmissível, diante do disposto no parágrafo primeiro do artigo 220 da Constituição: "Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social'", afirma a entidade.

"Nível de conforto"

Durante a palestra concedida a empresários e organizada pela Câmara de Comércio França-Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Santana afirmou que o objetivo da norma da CVM era dar um "nível de conforto" para quem recebe a informação sobre eventuais questões de conflito de interesse.

"A proposta é criar um tratamento especial para que essa atividade possa ser exercida por meio de veículos de comunicação sem a necessidade de registro do profissional na CVM, mas sujeito a regras de conduta que possam ser estabelecidas pela auto-regulação, pelo veículo em que o jornalista está empregado ou pela própria entidade de classe", disse a presidente da comissão.

Na avaliação de Santana, a auto-regulação é uma maneira de incentivar a expansão do setor em um momento de "crescimento exponencial" do mercado de capitais no país. Segundo ela, a discussão sobre fundamentos de negócios e as recomendações de investimento são importantes e contribuem para a tomada de decisão do investidor.

Os requisitos listados na norma tratam da distinção entre informação factual e interpretações, estimativas e opiniões; do caráter fidedigno das fontes de informação; de restrições criadas pelas empresas para compra e venda de ações pelos analistas e da demonstração pelos profissionais do caráter "razoável" das recomendações.

"Nosso propósito não é tratar da reportagem. A reportagem que cita analistas ou mesmo uma fonte em off, mas que esteja trazendo notícia, não está submetida a essa regra. Nem era nossa intenção que estivesse", afirmou.

SEC trabalha mais

Crescem acusações por violação da lei
Gazeta Mercantil - 11/10/2007

Washington, 11 de Outubro de 2007 - SEC aumentou ações para fazer cumprir a lei, pela primeira vez em quatro anos. Pela primeira vez em quatro anos, a Securities Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários americana ampliou suas ações para obrigar empresas e pessoas físicas a cumprirem a lei. No ano fiscal de 2007, as acusações contra empresas ou indivíduos por violação das leis da SEC cresceram 10% mais que no ano anterior, disseram s fontes que pediram para não ser identificadas porque a contagem ainda não é oficial.

(...) A SEC deu entrada em nada menos que 11 casos no ano passado ligados a opções de ações pré-datadas, visando companhias como a Brocade Communications Systems e executivos da Apple. Uma onda de negociações com ações mediante informações privilegiadas, antes de operações de compra de controle acionário, renderam mais de uma dúzia de casos relacionados, incluindo um que envolveu ex-funcionários dos bancos UBS, Morgan Stanley e Bear Stearns.

(...) A reguladora também contou instâncias em que cassou o registro de ações de dúzias de empresas que não entregaram os relatórios financeiros dentro do prazo. "Alguns casos envolvem um quantidade incrível de trabalho por uma equipe de advogados", enquanto outras se concentram em "simples omissões", disse Crimmins. "O número total que temos a cada ano realmente não leva em conta essas diferenças", disse.

Cox atribuiu o número menor de casos à perda de pessoal e prometeu "ampliar" os esforços. A divisão de execução da lei terminou 2006 com 1.273 funcionários e a SEC "não pensa em voltar" aos níveis anteriores de pessoal, informou o Departamento de Contas do Governo em um relatório no mês passado. Os senadores republicanos Charles Grassley, por Iowa, e Arlen Specter, pela Pensilvãnia, investigaram a supervisão da SEC de negociação com ações mediante informações privilegiadas. O senador republicano Richard Shelby, pela Alabama, perguntou para Cox, numa audiência realizada no mês passado, se a agência tem autoridade suficiente para policiar as agências de notação de crédito em meio à crise de crédito hipotecário de alto risco, ou "subprime".

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Bloomberg News)