15 dezembro 2011
Contabilidade Pública
O governo terá mais liberdade para remanejar recursos da Previdência rural para a urbana. Portaria publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) retira uma amarra que obrigava a aprovação de uma lei toda vez que fosse necessário remanejar recursos entre as duas previdências. (...)
A portaria também determina que, a partir de 2013, o Tesouro Nacional terá que elaborar demonstrativos financeiros para dados contábeis da União, Estados e Municípios. A partir de 2014, o demonstrativo terá que ser feito também para as contas do setor público consolidado.
Fonte: Aqui
Pirataria
Será que as empresas que são contra a pirataria e o uso de programas de BitTorrent adotam a mesma postura que exigem dos outros?
O TorrentFreak descobriu que há piratas em várias empresas da indústria de entretenimento nos EUA, como Sony Pictures, Fox Entertainment e NBCUniversal.
Para chegar à conclusão, o site usou a ferramenta russa YouHaveDownload, que diz rastrear cerca de 20% de todos os downloads públicos. O serviço captura os nomes dos arquivos baixados e o endereço IP vinculado aos downloads. De posse dos números, o TorrentFreak cruzou os dados com endereços IP de grandes companhias para verificar se existia alguém pirateando conteúdo dentro das corporações.
Na sede da Sony, pessoas baixaram a versão mais recente do filme "Conan, o Bárbaro", e o novo álbum do grupo Black Keys. O filme "Super 8" foi pirateado por alguém na Fox.
Um IP registrado para o escritório corporativo do Google em Nova York tinha uma longa lista de torrents, incluindo uma cópia do Windows 7.
Funcionários de estúdios de Hollywood fazem pirataria, diz site
14 dezembro 2011
Rir é o melhor remédio
- Você não tem a experiência necessária
- Currículo interessante
- Precisamos do seu talento
- Pode começar na segunda?
Entrevista:
- Currículo interessante
- Precisamos do seu talento
- Pode começar na segunda?
Entrevista:
CVM e ativos duvidosos
No segundo ano de uso do padrão internacional IFRS no Brasil, o principal foco de atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em matéria contábil será verificar se as empresas estão reconhecendo ativos indevidamente ou se estão deixando de constituir provisões para casos de disputas judiciais.
Segundo Alexsandro Broedel, diretor da CVM, problemas ligados a casos como esse não são tão comuns quando se vê o universo completo das companhias abertas, mas o que importa nesse tema é a gravidade do assunto. "É uma ocorrência rara, mas muito problemática para a empresa."
Na supervisão que fez dos balanços publicados em 2010, a CVM questionou algumas empresas sobre casos como esses, mas ainda não chegou a uma conclusão definitiva para exigir a republicação dos demonstrativos financeiros. "É um processo que toma tempo e que demanda muita cautela e parcimônia", diz Broedel, explicando que é preciso ouvir os argumentos das empresas antes de tomar uma decisão.
Uma evidência de que uma provisão deveria ser constituída, por exemplo, é uma decisão judicial transitada em julgado contra a companhia. Já um ativo só deve ser registrado se houver segurança total de que a empresa tem direito àquele valor.
Broedel disse também que a partir de 2012 a CVM dedicará atenção especial para as notas explicativas que acompanham os balanços. Segundo ele, a avaliação do órgão regulador sobre o processo de adoção do IFRS é positiva, "para um primeiro ano". "Mas ainda tem bastante coisa para melhorar", afirma ele.
De acordo com o diretor da CVM, quase a totalidade das companhias apenas repetiu o texto da norma, em vez de explicar os critérios que usou para medir suas contas e fazer seus lançamentos contábeis.
Assim, em vez de dizer que mede seus instrumentos financeiros pelo valor justo, a empresa deve informar se usa o preço de fechamento, o médio ou de abertura, por exemplo. Na mesma linha, em vez de escrever que a receita é reconhecida quando ocorre a transferência de riscos e benefícios para o comprador (como diz a norma), a empresa precisa explicar em qual momento considera que isso ocorre. Em um exemplo, se na entrega do produto ao cliente ou se no momento do despacho.
Na avaliação dos balanços de 2010, os primeiros com o IFRS completo, a CVM procurou adotar uma postura de orientação para as empresas a respeito desses pontos de divulgação das notas explicativas. A partir da próxima safra, que sairá entre fevereiro e março de 2012, a promessa é endurecer a fiscalização e os pedidos de correção.
Com base nos números do ano passado, a autarquia listou oito pontos que deverão ser observados com mais cuidado no seu processo de fiscalização. São eles: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo; e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.
Regulador aperta cerco sobre ativos duvidosos - Valor Econômico - 13 de dezembro de 2011
Segundo Alexsandro Broedel, diretor da CVM, problemas ligados a casos como esse não são tão comuns quando se vê o universo completo das companhias abertas, mas o que importa nesse tema é a gravidade do assunto. "É uma ocorrência rara, mas muito problemática para a empresa."
Na supervisão que fez dos balanços publicados em 2010, a CVM questionou algumas empresas sobre casos como esses, mas ainda não chegou a uma conclusão definitiva para exigir a republicação dos demonstrativos financeiros. "É um processo que toma tempo e que demanda muita cautela e parcimônia", diz Broedel, explicando que é preciso ouvir os argumentos das empresas antes de tomar uma decisão.
Uma evidência de que uma provisão deveria ser constituída, por exemplo, é uma decisão judicial transitada em julgado contra a companhia. Já um ativo só deve ser registrado se houver segurança total de que a empresa tem direito àquele valor.
Broedel disse também que a partir de 2012 a CVM dedicará atenção especial para as notas explicativas que acompanham os balanços. Segundo ele, a avaliação do órgão regulador sobre o processo de adoção do IFRS é positiva, "para um primeiro ano". "Mas ainda tem bastante coisa para melhorar", afirma ele.
De acordo com o diretor da CVM, quase a totalidade das companhias apenas repetiu o texto da norma, em vez de explicar os critérios que usou para medir suas contas e fazer seus lançamentos contábeis.
Assim, em vez de dizer que mede seus instrumentos financeiros pelo valor justo, a empresa deve informar se usa o preço de fechamento, o médio ou de abertura, por exemplo. Na mesma linha, em vez de escrever que a receita é reconhecida quando ocorre a transferência de riscos e benefícios para o comprador (como diz a norma), a empresa precisa explicar em qual momento considera que isso ocorre. Em um exemplo, se na entrega do produto ao cliente ou se no momento do despacho.
Na avaliação dos balanços de 2010, os primeiros com o IFRS completo, a CVM procurou adotar uma postura de orientação para as empresas a respeito desses pontos de divulgação das notas explicativas. A partir da próxima safra, que sairá entre fevereiro e março de 2012, a promessa é endurecer a fiscalização e os pedidos de correção.
Com base nos números do ano passado, a autarquia listou oito pontos que deverão ser observados com mais cuidado no seu processo de fiscalização. São eles: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo; e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.
Regulador aperta cerco sobre ativos duvidosos - Valor Econômico - 13 de dezembro de 2011
Passagens
Um levantamento do jornal Valor Econômico (13 de dezembro de 2011, via aqui) revelou que nem sempre comprar passagem antecipada significa economia. Na realidade, em alguns trechos, deixar para última hora pode ser interessante:O resultado mostra 34 reduções, 20 aumentos, cinco preços sem alteração e uma passagem esgotada. As variações para cima alcançaram até 162%, principalmente em voos de maior duração. Os reajustes para baixo predominaram em trechos mais curtos e atingiram até 60%.
Sadia
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou hoje dez dos onze acusados de uso de informação privilegiada em operações com ações da Sadia em 2008, com aplicação de multas somando quase R$ 5 milhões. As transações precederam a divulgação do fato relevante em que a companhia admitia perdas milionárias em arriscadas apostas com derivativos cambiais, em 2008.
Foram acusadas 11 pessoas, alguns ex-administradores da Sadia e pessoas ligadas a eles, muitos moradores da cidade de Concórdia, em Santa Catarina. Eles foram investigados de operarem no mercado de posse de informação privilegiada, um crime contra o mercado de capitais. A suspeita era que estas pessoas sabiam do rombo que estava por vir e foram ao mercado para se beneficiar da informação.
A maioria das multas aplicadas equivale a duas vezes o prejuízo que os investidores conseguiram evitar com as operações.
(Continue lendo aqui)
Foram acusadas 11 pessoas, alguns ex-administradores da Sadia e pessoas ligadas a eles, muitos moradores da cidade de Concórdia, em Santa Catarina. Eles foram investigados de operarem no mercado de posse de informação privilegiada, um crime contra o mercado de capitais. A suspeita era que estas pessoas sabiam do rombo que estava por vir e foram ao mercado para se beneficiar da informação.
A maioria das multas aplicadas equivale a duas vezes o prejuízo que os investidores conseguiram evitar com as operações.
(Continue lendo aqui)
Teste CPA no Brasil
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) firmou uma parceria com o conselho americano de contabilidade (AICPA, na sigla em inglês) [1] para realizar os exames de certificação CPA no Brasil a partir do próximo ano.
A prova é um requisito básico para trabalhar com auditoria nos Estados Unidos. Segundo Juarez Domingues Carneiro, presidente do CFC, os exames ocorrerão em sete estados: Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. No ano passado, 80 contadores brasileiros foram aos Estados Unidos para fazer a prova.
O convênio também prevê a estruturação de um curso sobre as normas internacionais de contabilidade (IFRS, em inglês) com carimbo do CFC e do AICPA que deverá ser dado no primeiro semestre do próximo ano no Brasil e Estados Unidos, com a possibilidade de ser estendido para outros países da América Latina.
O conteúdo do treinamento deve reunir experiências brasileiras bem-sucedidas no assunto. Entre elas, Carneiro destaca os cursos online fornecidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), além das aulas presenciais dos conselhos federais americano e brasileiro.
“Normalmente, os americanos querem trazer a marca deles para cá. Só que hoje somos nós quem temos muito a ensinar sobre o processo de convergência contábil”, afirma Carneiro. Segundo ele, está em estudo a criação de uma certificação em IFRS com o selo do CFC e do AICPA.
A experiência brasileira no processo de adoção do IFRS, para Carneiro, serve hoje de exemplo no mundo. “O nosso grande trunfo foi ter realizado primeiramente a convergência interna, com todos os órgão reguladores se reunindo em torno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)”, destaca Carneiro, que preside o Grupo Latino-Americano de Normatizadores de Informações Financeiras (Glenif). O órgão foi formado em junho deste ano, com objetivo de representar a América Latina no processo de elaboração das normas contábeis internacionais.
Fonte: Marina Falcão Valor Economico
A prova é um requisito básico para trabalhar com auditoria nos Estados Unidos. Segundo Juarez Domingues Carneiro, presidente do CFC, os exames ocorrerão em sete estados: Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. No ano passado, 80 contadores brasileiros foram aos Estados Unidos para fazer a prova.
O convênio também prevê a estruturação de um curso sobre as normas internacionais de contabilidade (IFRS, em inglês) com carimbo do CFC e do AICPA que deverá ser dado no primeiro semestre do próximo ano no Brasil e Estados Unidos, com a possibilidade de ser estendido para outros países da América Latina.
O conteúdo do treinamento deve reunir experiências brasileiras bem-sucedidas no assunto. Entre elas, Carneiro destaca os cursos online fornecidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), além das aulas presenciais dos conselhos federais americano e brasileiro.
“Normalmente, os americanos querem trazer a marca deles para cá. Só que hoje somos nós quem temos muito a ensinar sobre o processo de convergência contábil”, afirma Carneiro. Segundo ele, está em estudo a criação de uma certificação em IFRS com o selo do CFC e do AICPA.
A experiência brasileira no processo de adoção do IFRS, para Carneiro, serve hoje de exemplo no mundo. “O nosso grande trunfo foi ter realizado primeiramente a convergência interna, com todos os órgão reguladores se reunindo em torno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)”, destaca Carneiro, que preside o Grupo Latino-Americano de Normatizadores de Informações Financeiras (Glenif). O órgão foi formado em junho deste ano, com objetivo de representar a América Latina no processo de elaboração das normas contábeis internacionais.
Fonte: Marina Falcão Valor Economico
[1] Instituto Norte- Americano de Contadores Públicos Certificados
Apoio para pesquisas no Reino Unido
A Universidade de Nottingham, no Reino Unido, anunciou que oferecerá dez auxílios visitantes para pesquisadores e professores em início de carreira que atuem em reconhecidas universidades brasileiras.Os selecionados no Brazil Visiting Fellowships Scheme 2012 realizarão um projeto de pesquisa específico na instituição britânica, em sua área de atuação, durante 12 semanas, de 16 de abril a 6 de julho de 2012.
O apoio visa a promover a pesquisa colaborativa entre grupos de pesquisa da Universidade de Nottingham e de instituições de ensino superior e de pesquisa brasileiras.
Os candidatos não devem estar há mais de três anos em suas posições atuais na universidade em que trabalham. O prazo para envio de candidaturas termina em 16 de dezembro.
O apoio é oferecido em conjunto com a Universidade de Birmingham, que também oferece outras dez vagas para pesquisador visitante.
Fontes: Aqui e Aqui
Regras e mais regras para os bancos
As empresas de serviços financeiros do mundo inteiro estão sendo atingidas por uma média de 60 mudanças regulatórias por dia útil. O número representa um aumento de 16% em relação ao ano passado e não dá sinais de dar trégua no curto prazo.
As autoridades reguladoras mundiais anunciaram 14.215 alterações no período de 12 meses encerrado em novembro, em relação às 12.179 de igual período do ano passado, segundo pesquisa da divisão de governança, risco e conformidade da agência de notícias “Thomson Reuters”.
O estudo monitora desde a aprovação de leis e proibições a posições vendidas até a emissão de documentos apresentados ou formulados em reuniões de autoridades decisórias e pronunciamentos que contêm anúncios de política econômica – em resumo, tudo o que os departamentos de conformidade precisam saber. As normas vão desde pacotes mundiais como as reformas de capitalização dos bancos de Basileia 3 até as regras vigentes em cada um dos Estados americanos.
Os anúncios de ordem regulatória aumentaram de 16 a 20% a cada ano desde a crise financeira de 2008, e deverão continuar crescendo por saltos semelhantes até, pelo menos, 2013, disse David Craig, presidente da divisão GRC.
“[Os departamentos de conformidade] estão afogados [em normas], e não conseguem acompanhar o ritmo das mudanças. Estamos chegando a um ponto de fadiga regulatória, mas temos ainda alguns anos a mais pela frente.”
Mais de 50% da atividade regulatória dos últimos dois anos é originária dos Estados Unidos e do Canadá. O alto nível de atividade americana reflete o aumento do número de reguladores tanto no âmbito federal quanto no estadual. Reproduz também a enorme quantidade de formulação de leis que acompanhou a aprovação da lei federal de reforma Dodd-Frank, em 2010.
“O grande volume atribuível à América do Norte é prova de que a carga [de mudanças normativas] sobre os bancos sujeitos às iniciativas internacionais, como o Basileia 3 e a Dodd-Frank nos Estados unidos, é especialmente contundente”, disse Gregory Lyons, parceiro para os EUA do escritório de advocacia Debevoise & Plimpton. “As iniciativas internacional e domésticas não são coordenadas, o que resulta no fato de elas não apenas serem demoradas e caras como também de colocarem os bancos americanos em significativa desvantagem competitiva.”
Craig disse que os números americanos deverão permanecer elevados, num momento em que as autoridades reguladoras do país, embora tenham concluído o processo da lei Dodd-Frank, deverão ser reforçadas pela intensificação dos pronunciamentos das autoridades reguladoras europeias e asiáticas, que estão aumentando seu nível de atividade. Nos últimos dois anos, os reguladores britânicos e europeus responderam por 22% da atividade regulatória, enquanto a Ásia foi a origem de 15%.
Richard Reid, diretor de pesquisa do Centro Internacional de Regulamentação Financeira (ICFR, pelas iniciais em inglês), disse que os dados “ressaltam mais uma vez, de fato, os problemas que enfrentaremos na tentativa de harmonizar e coordenar os avanços da agenda regulatória em todas as regiões”.
“O baixo peso da atividade reguladora da Ásia e do Oriente Médio reflete, provavelmente, o fato de essas regiões terem passado relativamente bem durante a crise e de seus sistemas financeiros serem relativamente pequenos. Será interessante ver de que forma a investida para aumentar a amplitude e a profundidade dos sistemas financeiros vai afetar o volume de atividade regulatória na região.”
O nível e a rapidez da mudança parecem estar agindo como um entrave à economia mundial, uma vez que as empresas de serviços financeiros relutam em se comprometer com novos negócios enquanto o ambiente regulatório permanece incerto.
Fonte: Brooke Masters Financial Times, Valor Economico
As autoridades reguladoras mundiais anunciaram 14.215 alterações no período de 12 meses encerrado em novembro, em relação às 12.179 de igual período do ano passado, segundo pesquisa da divisão de governança, risco e conformidade da agência de notícias “Thomson Reuters”.
O estudo monitora desde a aprovação de leis e proibições a posições vendidas até a emissão de documentos apresentados ou formulados em reuniões de autoridades decisórias e pronunciamentos que contêm anúncios de política econômica – em resumo, tudo o que os departamentos de conformidade precisam saber. As normas vão desde pacotes mundiais como as reformas de capitalização dos bancos de Basileia 3 até as regras vigentes em cada um dos Estados americanos.
Os anúncios de ordem regulatória aumentaram de 16 a 20% a cada ano desde a crise financeira de 2008, e deverão continuar crescendo por saltos semelhantes até, pelo menos, 2013, disse David Craig, presidente da divisão GRC.
“[Os departamentos de conformidade] estão afogados [em normas], e não conseguem acompanhar o ritmo das mudanças. Estamos chegando a um ponto de fadiga regulatória, mas temos ainda alguns anos a mais pela frente.”
Mais de 50% da atividade regulatória dos últimos dois anos é originária dos Estados Unidos e do Canadá. O alto nível de atividade americana reflete o aumento do número de reguladores tanto no âmbito federal quanto no estadual. Reproduz também a enorme quantidade de formulação de leis que acompanhou a aprovação da lei federal de reforma Dodd-Frank, em 2010.
“O grande volume atribuível à América do Norte é prova de que a carga [de mudanças normativas] sobre os bancos sujeitos às iniciativas internacionais, como o Basileia 3 e a Dodd-Frank nos Estados unidos, é especialmente contundente”, disse Gregory Lyons, parceiro para os EUA do escritório de advocacia Debevoise & Plimpton. “As iniciativas internacional e domésticas não são coordenadas, o que resulta no fato de elas não apenas serem demoradas e caras como também de colocarem os bancos americanos em significativa desvantagem competitiva.”
Craig disse que os números americanos deverão permanecer elevados, num momento em que as autoridades reguladoras do país, embora tenham concluído o processo da lei Dodd-Frank, deverão ser reforçadas pela intensificação dos pronunciamentos das autoridades reguladoras europeias e asiáticas, que estão aumentando seu nível de atividade. Nos últimos dois anos, os reguladores britânicos e europeus responderam por 22% da atividade regulatória, enquanto a Ásia foi a origem de 15%.
Richard Reid, diretor de pesquisa do Centro Internacional de Regulamentação Financeira (ICFR, pelas iniciais em inglês), disse que os dados “ressaltam mais uma vez, de fato, os problemas que enfrentaremos na tentativa de harmonizar e coordenar os avanços da agenda regulatória em todas as regiões”.
“O baixo peso da atividade reguladora da Ásia e do Oriente Médio reflete, provavelmente, o fato de essas regiões terem passado relativamente bem durante a crise e de seus sistemas financeiros serem relativamente pequenos. Será interessante ver de que forma a investida para aumentar a amplitude e a profundidade dos sistemas financeiros vai afetar o volume de atividade regulatória na região.”
O nível e a rapidez da mudança parecem estar agindo como um entrave à economia mundial, uma vez que as empresas de serviços financeiros relutam em se comprometer com novos negócios enquanto o ambiente regulatório permanece incerto.
Fonte: Brooke Masters Financial Times, Valor Economico
Brasil tem a ponte aérea mais cara do mundo
Criado em 1959, no Brasil, para estimular a concorrência no voo mais movimentado e nobre do país, entre São Paulo e o Rio de Janeiro, o termo ponte aérea fez escola e passou a ser sinônimo de voos domésticos com alta densidade de tráfego. Passados 52 anos de seu lançamento, a rota entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont é a que tem a passagem mais cara do mundo

Fonte: Por Alberto Komatsu De São Paulo Valor

Fonte: Por Alberto Komatsu De São Paulo Valor
13 dezembro 2011
Relações políticas e os empréstimos do BNDES
Mais um exemplo de rent-seeking no Brasil:
As empresas que usam doações de campanha para construir boas relações políticas são as que têm mais acesso aos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Agora existe até uma conta para medir essa conexão: para cada deputado, governador, senador e até presidente da República eleito com seu apoio, uma empresa recebe do BNDES em média US$ 28 milhões na forma de empréstimos ou por meio de financiamentos a projetos de infraestrutura dos quais participa.
A conclusão e o cálculo - fruto de um exercício matemático feito com base nas informações de 289 companhias abertas e da Justiça Eleitoral - fazem parte de um estudo feito por quatro pesquisadores da área de administração: os professores Sérgio Lazzarini (Insper), Aldo Musacchio (Harvard), Rodrigo Bandeira-de-Melo (Fundação Getúlio Vargas) e Rosilene Marcon (Univali).
O objetivo dos pesquisadores é lançar a discussão sobre dúvidas que com frequência rondam o BNDES, dono do cofre mais cobiçado pelos empresários do País: as conexões políticas das empresas influem nas decisões do banco? A instituição funciona como hospital de empresas em dificuldades? O banco aplica seus recursos com eficiência? A estratégia de criar "campeões nacionais" ajuda no desenvolvimento do País?
Nesta entrevista, dois dos pesquisadores, Lazzarini e Bandeira-de-Melo, apresentam as principais conclusões do grupo de acadêmicos.
Vocês afirmam no estudo que empresas com boas relações políticas recebem mais empréstimos do BNDES. Como vocês chegaram a essa conclusão?
Sérgio Lazzarini: Montamos uma base de dados com 289 empresas de capital aberto. Mapeamos, nas eleições de 2002 e 2006, quem foram os candidatos que receberam contribuições para suas campanhas, quantos se elegeram e quantos não foram eleitos. Depois cruzamos esses dados com os financiamentos liberados pelo BNDES às empresas doadoras. Assim, conseguimos conectar diretamente as empresas que receberam recursos do banco aos candidatos eleitos.
Leia a entrevista na íntegra.
A conclusão e o cálculo - fruto de um exercício matemático feito com base nas informações de 289 companhias abertas e da Justiça Eleitoral - fazem parte de um estudo feito por quatro pesquisadores da área de administração: os professores Sérgio Lazzarini (Insper), Aldo Musacchio (Harvard), Rodrigo Bandeira-de-Melo (Fundação Getúlio Vargas) e Rosilene Marcon (Univali).
O objetivo dos pesquisadores é lançar a discussão sobre dúvidas que com frequência rondam o BNDES, dono do cofre mais cobiçado pelos empresários do País: as conexões políticas das empresas influem nas decisões do banco? A instituição funciona como hospital de empresas em dificuldades? O banco aplica seus recursos com eficiência? A estratégia de criar "campeões nacionais" ajuda no desenvolvimento do País?
Nesta entrevista, dois dos pesquisadores, Lazzarini e Bandeira-de-Melo, apresentam as principais conclusões do grupo de acadêmicos.
Vocês afirmam no estudo que empresas com boas relações políticas recebem mais empréstimos do BNDES. Como vocês chegaram a essa conclusão?
Sérgio Lazzarini: Montamos uma base de dados com 289 empresas de capital aberto. Mapeamos, nas eleições de 2002 e 2006, quem foram os candidatos que receberam contribuições para suas campanhas, quantos se elegeram e quantos não foram eleitos. Depois cruzamos esses dados com os financiamentos liberados pelo BNDES às empresas doadoras. Assim, conseguimos conectar diretamente as empresas que receberam recursos do banco aos candidatos eleitos.
Leia a entrevista na íntegra.
Empresas mais inovadoras
De acordo com uma análise de patentes realizada pela Thomson Reuters, as empresas que fazem semicondutores e outros componentes eletrônicos são as mais inovadoras. A análise classifica as empresas pela: proporção de suas aplicações de patentes que são concedidas, o número do "quadrilátero" de patentes (aquelas concedidos na China, Europa, Japão e América), quantas vezes as patentes são citados por outras empresas; e se as patentes se relacionam com novas técnicas e/ou invenções ou são apenas aperfeiçoamentos das já existentes.
Essa abordagem pretende superar as limitações do uso do número de patentes depositadas ou concedidas como uma medida de inovação. Das 100 empresas da lista, 40 são dos EUA, 27 do Japão e 11 da França. A classificação foi feita de acordo com as atividade de patentes de 2005-2010. As empresas chinesas não foram classificadas, pois o relatório ressalta que," embora a China seja líder mundial em volume de patentes, a quantidade não equivale a influência e qualidade." Aproveite e leia o post: O dragão está aprendendo a voar?
Essa abordagem pretende superar as limitações do uso do número de patentes depositadas ou concedidas como uma medida de inovação. Das 100 empresas da lista, 40 são dos EUA, 27 do Japão e 11 da França. A classificação foi feita de acordo com as atividade de patentes de 2005-2010. As empresas chinesas não foram classificadas, pois o relatório ressalta que," embora a China seja líder mundial em volume de patentes, a quantidade não equivale a influência e qualidade." Aproveite e leia o post: O dragão está aprendendo a voar?
Filmes e Lucros 2
A temporada 2011 está chegando ao fim e Hollywood contabiliza um rombo que só poderá ser fechado fora do vermelho caso os filmes em lançamento neste mês arrecadem 44% a mais em relação a dezembro do ano passado. Uma missão praticamente impossível. A culpa pelo declínio na bilheteria estaria não apenas na pirataria, mas na concorrência com a televisão.
(...) Já há um consenso, entre os executivos dos estúdios estadunidenses que a participação do filme em 3D nas bilheterias está em queda, não sendo mais tão atrativo como antes. O ovo de ouro da galinha está gorando. É filme demais em 3D sem qualidade não apenas na conversão, mas também como produção fílmica propriamente dita.
(...) E, como é sabido, o mercado internacional tem garantido a sustentação de Hollywood nesses últimos 11 anos. "Os territórios internacionais", como chamam os analistas, respondem por dois terços das receitas dos grandes estúdios, o que está levando-os a uma maior presença em determinados mercados, como a China, onde, por exemplo, "Avatar" arrecadou US$ 204 milhões, recorde internacional. (...)
Fonte: Aqui
(...) Já há um consenso, entre os executivos dos estúdios estadunidenses que a participação do filme em 3D nas bilheterias está em queda, não sendo mais tão atrativo como antes. O ovo de ouro da galinha está gorando. É filme demais em 3D sem qualidade não apenas na conversão, mas também como produção fílmica propriamente dita.
(...) E, como é sabido, o mercado internacional tem garantido a sustentação de Hollywood nesses últimos 11 anos. "Os territórios internacionais", como chamam os analistas, respondem por dois terços das receitas dos grandes estúdios, o que está levando-os a uma maior presença em determinados mercados, como a China, onde, por exemplo, "Avatar" arrecadou US$ 204 milhões, recorde internacional. (...)
Fonte: Aqui
Filmes e Lucros
George Miller regressa a Happy Feet cinco anos após o original que recebeu o Oscar para melhor filme de animação em 2006.
Os resultados do primeiro filme nas salas de cinema foram suficientes para pagar as contas: 384 milhões de dólares para um custo de 100 milhões. Ou seja, todo o dinheiro proveniente do DVD e das televisões foi puro lucro [1].
O mesmo não se pode dizer da sequela que, até agora, só tem apresentado números fracos.
(...) Ao fim de 21 dias nas salas soma apenas 53 milhões de dólares.
Curto para um filme com um preço [2] anunciado de 140 milhões a que terá de se juntar o forte investimento em marketing feito pela Warner Bros.
A esperança de um fecho de contas positivo passou a residir nas estreias internacionais – como tantas vezes está a acontecer nos últimos tempos, mas nem aí as notícias têm sido boas. Com excepção da Rússia, os resultados da sequela têm sido inferiores em comparação com o primeiro filme.
E a prova maior de que a contabilidade da produção não está feliz [3] com os resultados veio da Austrália.
Foram 600 as pessoas despedidas nos Dr. D Studios, em Sidney. A empresa responsável pela animação digital dos dois “Happy Feet” ressentiu-se de imediato dos maus números na América do Norte e mandou para casa 600 dos seus 700 empregados. A parceria entre a empresa de produção de Miller e a Omnilab ruiu e as duas partes estão agora de candeias às avessas.
Fonte: Aqui
[1] Não é bem verdade, já que na venda de DVD existe um custo variável. Pequeno, mas existe.
[2] Deve ser "custo"
[3] Quem leva a culpa é a contabilidade.
Caixa e Lucro
Mas analistas e especialistas em contabilidade estão também preocupados com uma tendência de longo prazo que eles dizem que acende um sinal vermelho: o caixa que a Avon tem disponível para coisas como pagar dividendos, recomprar ações e reduzir dívida ficou abaixo dos lucros que ela divulgou na maioria dos últimos dez anos. A ação da Avon já caiu mais de 40% este ano.
Analistas e contadores dizem que lacunas persistentes entre caixa e lucro geralmente indicam que os investimentos da empresa não estão dando muito retorno, ou que seu lucro líquido não reflete toda a depreciação e outros custos desses investimentos. O lucro líquido representa o faturamento menos custos e a depreciação dos ativos da empresa.
Como o fluxo de caixa disponível e o lucro líquido tendem a se equilibrar no longo prazo, hiatos persistentes entre os dois podem ser um arauto de futuras baixas contábeis ou queda no lucro.
"Há algo errado", diz Charles Mulford, um professor do Instituto de Tecnologia da Georgia especializado em fluxo de caixa. "Você vê nisso um sinal de uma futura queda no lucro", diz ele.
Embora investidores tendam a prestar atenção aos lucros, especialistas em contabilidade geralmente vão mais fundo para ver se o resultado final de uma empresa reflete o dinheiro que ela de fato pode gastar. Fluxo de caixa disponível — também conhecido como fluxo de caixa livre, ou operacional — é a quantidade de dinheiro gerado pelas operações menos os gastos de capital, tais como novas fábricas, equipamentos ou sistemas de distribuição.
O fluxo de caixa disponível muitas vezes fica abaixo do lucro líquido em empresas iniciantes, porque elas estão investindo muito em seu futuro. Mas ele geralmente começa a exceder o lucro líquido conforme a empresa amadurece e seus investimentos iniciais de capital começam a gerar retornos.
A Avon já disse que segue os princípios contábeis americanos estritamente, e que a lacuna entre seu fluxo de caixa livre e o lucro líquido decorre principalmente de uma má gestão de seu estoque, de uma série de despesas não recorrentes ao longo dos anos e de investimentos, a partir de 2007, em novos centros de distribuição no Estado americano de Ohio, no Brasil e na Colômbia.
Wall Street Journal
CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deixará de ter uma postura instrutiva para atuar de maneira mais energética quanto a adoção do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, por parte das empresas brasileiras na divulgação de informações financeiras.
De acordo com o diretor da autarquia Alexsandro Broedel Lopes, há muitos pontos a serem melhorados no ano que vem. "O resultado do primeiro ano da adoção do IFRS foi melhor que esperávamos. Não tivemos nenhuma republicação de balanço. Mas há bastante coisa para melhorar", analisou ele durante conversa com jornalistas para balanço do primeiro ano de adoção do IFRS.
Um dos pontos destacados pelo diretor da CVM está relacionado à maneira como as empresas esclarecem as informações na demonstração financeira. "Grande parte das organizações repetiu o texto da norma ao invés de explicar os fatores e os critérios utilizados", ressaltou ele. Lopes disse que a CVM não está preocupada com o tamanho das notas explicativas, mas quanto à qualidade das informações.
"Há 50 ofícios de questões relevantes de explicações relacionadas à contabilidade e que trazem conteúdo das notas explicativas", informou. Segundo ele, a CVM estará mais atenta quanto ao reconhecimento de ativos contingentes, que não podem ser divulgados nas demonstrações contábeis, e as provisões passivas têm de ser feitas de maneira adequada.
"Esses pontos não valem para a totalidade das empresas neste primeiro ano, mas em 2012 se houver um caso mais relevante, podemos exigir a republicação do balanço", explicou Lopes.
Fonte: Aqui
De acordo com o diretor da autarquia Alexsandro Broedel Lopes, há muitos pontos a serem melhorados no ano que vem. "O resultado do primeiro ano da adoção do IFRS foi melhor que esperávamos. Não tivemos nenhuma republicação de balanço. Mas há bastante coisa para melhorar", analisou ele durante conversa com jornalistas para balanço do primeiro ano de adoção do IFRS.
Um dos pontos destacados pelo diretor da CVM está relacionado à maneira como as empresas esclarecem as informações na demonstração financeira. "Grande parte das organizações repetiu o texto da norma ao invés de explicar os fatores e os critérios utilizados", ressaltou ele. Lopes disse que a CVM não está preocupada com o tamanho das notas explicativas, mas quanto à qualidade das informações.
"Há 50 ofícios de questões relevantes de explicações relacionadas à contabilidade e que trazem conteúdo das notas explicativas", informou. Segundo ele, a CVM estará mais atenta quanto ao reconhecimento de ativos contingentes, que não podem ser divulgados nas demonstrações contábeis, e as provisões passivas têm de ser feitas de maneira adequada.
"Esses pontos não valem para a totalidade das empresas neste primeiro ano, mas em 2012 se houver um caso mais relevante, podemos exigir a republicação do balanço", explicou Lopes.
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Correlação e Causalidade
12 dezembro 2011
Rir é o melhor remédio
"O que MacGyver faria?"
Angus MacGyver, um agente secreto que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a conhecimentos científicos, materiais comuns e um canivete suíço que sempre carregava consigo. A capacidade inventiva do personagem, tomada como um exagero fruto de liberdade artística, é, entretanto, verossímil. Todos os truques executados por MacGyver são cientificamente viáveis
Fonte: aqui
Angus MacGyver, um agente secreto que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a conhecimentos científicos, materiais comuns e um canivete suíço que sempre carregava consigo. A capacidade inventiva do personagem, tomada como um exagero fruto de liberdade artística, é, entretanto, verossímil. Todos os truques executados por MacGyver são cientificamente viáveis
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