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04 dezembro 2011

Pós-graduação no Brasil

De acordo com relatório da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), lançado semana passada, de 2006 a 2009 houve aumento de 20,1% no número de programas de pós-graduação. Os números também mostram aumento do corpo docente e discente no mesmo período. Na UnB, de 2006 a 2010, os cursos de doutorado cresceram 24% e os de mestrado 22%. João Luiz Martins, presidente da Andifes, atribui o crescimento ao processo de expansão das universidades federais desde 2008, ano de implantação do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Para atender a essa demanda, avalia o presidente e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, foram contratados técnicos e professores. Como consequência, aumentou a procura por programas de pós-graduação para qualificação do corpo docente. O aumento da procura pela pós-graduação, especialmente pelos novos professores, permitiu aquecer a produção científica das universidades. Noventa e três por cento das pesquisas nacionais são desenvolvidas pelas universidades públicas.

"No Brasil, as universidades públicas têm função dupla, de formar graduação em volume e gerar conhecimento na pós-graduação. Já tínhamos docentes importantes, e a chegada desses novos docentes acabou favorecendo uma série de áreas de conhecimento que até então não tinham o quadro necessário para construir novos programas e ampliar a pós-graduação", explica João Luiz. "Áreas foram fortalecidas, ampliadas e intensificadas. Houve crescimento na aprovação de programas de pos na maioria das universidades", completa.
Fonte: Ana Grilo/UnB Agência (com adaptações)

Como, por causa do REUNI, houve acréscimo de alunos e consequentemente da demanda por professores qualificados, pode-se inferir que atualmente os processos seletivos para a pós-graduação estão voltados para quem possa contribuir com a academia e não necessariamente com o mercado.

Frase

"Nossos parceiros internacionais têm apoiado o processo de convergência atual entre o IASB eo FASB como uma forma de facilitar melhorias nos relatórios financeiros e sua adoção global. Ao mesmo tempo, muitos já indicaram que não apoiará a continuação indefinida." (Hans Hoogervorst, numa palestra na Austrália, 25 de novembro de 2011)

Em "Should U.S. Adopt International Accounting Standards?" Rehm, Barbara. American Banker [New York, N.Y] 01 Dec 2011

Caixa da Apple

A figura a seguir apresenta parte do balanço da empresa Apple:

Os valores estão em US$Mil e são de setembro de 2011. De um ativo de 116 bilhões, 45 bilhões (39%) são de curto prazo. Entre os ativos de longo prazo existe o item "investimento de longo prazo", com 56 bilhões (ou 48% do ativo). Observe que a empresa possui 9,8 bilhões em caixa e aplicações de curtíssimo prazo. Somado a 16,1 bilhões de investimentos de curto prazo, isto representaria 25,9 bilhões ou 22% do ativo. 

Alguns analistas consideram que o investimento de longo prazo também deveria ser incluído neste total para se ter o volume total de recursos da empresa em caixa e equivalentes. Seria, portanto, um conceito mais amplo deste termo, incorporando todas as aplicações financeiras realizadas. Isto representaria 81,5 bilhões ou 70% do ativo. 

Apesar dos investimentos de longo prazo serem passíveis de conversão em dinheiro, a maior parte deste dinheiro encontra-se no "caixa" de subsidiárias no exterior. Caso o dinheiro seja repatriado estará sujeito a uma tributação de 35%, pelas leis dos Estados Unidos. Ou seja, não podem ser considerados como caixa. 

Brasil tem participação tímida no IASB

O Brasil encaminhou pelo menos três comentários para o International Accounting Standards Board (IASB), que edita as normas internacionais de contabilidade (IFRS), durante a audiência pública sobre a agenda futura do órgão, encerrada quarta-feira.

Os comentários foram enviados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Petrobras e por uma pessoa física, segundo revelou Amaro Gomes, único representante da América do Sul no Iasb.

“Os números ainda são preliminares, mas acho que dão uma dimensão de que nossa participação ainda está sendo tímida”, disse em palestra durante o 8º Seminário Internacional CPC.

Embora o período de audiência pública já tenha sido encerrado oficialmente, o Iasb ainda está recebendo comentários para avaliação. Por enquanto, toda a América Latina só responde por seis sugestões.

Fonte: Marina Falcão Valor Economico

03 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Leitura acadêmica


Quando a professora Peg Boyle (e autora do livro “Demystifying Dissertation Writing”) ministra aulas sobre a leitura acadêmica e o fundamento de uma dissertação, ela afirma que se os alunos não tomarem notas sobre o livro ou artigo, que nem se preocupem em ler. Aliás, ao invés disso, que leiam um romance!

Isso porque o propósito da leitura acadêmica não é apenas aprender, como também possibilitar que isso seja usado como um tijolo para construir a parede, que é o seu trabalho. A professora, em estilo agradável, compartilha que se um artigo acadêmico não é interessante o suficiente para que ela tome notas, então não o lê. Simples. Ela preferiria, no lugar, reler alguns dos livros do Harry Potter. Sejamos honestos e diretos ao invés de ficar se enganando para amenizar a consciência.

As brincadeiras dão o tom para que se perceba que a leitura acadêmica tem um propósito distinto. A meta é que você estabeleça a compreensão de uma discussão, as ferramentas que fornecem evidências que você está na discussão e a base com a qual você poderá contribuir com a tal da discussão. Legal, não? Melhor que fingir que entende de contabilidade financeira nos países anglo-saxônicos é realmente entender. Dá menos trabalho. Acredite.

Anabell Lee

Não, não tem mesmo nada a ver com contabilidade, ou com pesquisa e finanças. Mas hoje é o primeiro sábado do último mês do ano (né?!) e eu senti a obrigatoriedade de colocar o meu poema favorito nesta postagem. A gente sempre precisa de um pouco mais de romance em nossas vidas. Essa é a minha contribuição.

O original é do Edgar Allan Poe. Mas o Fernando Pessoa fez uma digna tradução aqui.

It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of Annabel Lee;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.

I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.

And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.

The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know, In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.

But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.
For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;

And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so,all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling, my darling, my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.

02 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

"Eu odeio o meu trabalho" - Fonte: aqui

Links

Auditoria e Europa

PwC: Proposta da Europa irá reduzir a qualidade da auditoria
Para Albrecht foi uma boa ideia

Mundo
As fronteiras arbitrárias da África
Na Austria você pode diplomar-se em Sexo
Os países mais corruptos do mundo
Quem controla os negócios no mundo? Uma crítica a pesquisa

História

Os primeiros exercícios de matemática da história do homem
O que aconteceu com os empregados da Enron
Descobriram o segredo de um livro de 250 anos

Teste 533

Casey Mulligan, professor da Universidade de Chicago, estuda a fortuna de ditadores. Recentemente ele fez um cálculo sobre a pretensa fortuna do ditador líbio Kadafi. Segundo ele, “em minhas pesquisas eu estimo que, em média, os ditadores pegam cerca de 3% da riqueza do seu país”. Ele fez o seguinte cálculo:

A Líbia tem reservas estimadas de 46 bilhões de barris. Cada barril está cotado a cerca de US$ 100 dolares. Isto significa que a fortuna dele é de 3% x 46 bilhões x 100 = 200 bilhões. (É isto mesmo).

a) Considere que os valores estejam corretos. Quais os problemas da estimativa de Mulligan?

b) Suponha que em lugar dos barris de petróleo seja usado o PIB daquele País. Segundo a Wikipedia, o PIB da Líbia era de 67 bilhões de dólares. Qual seria a fortuna de Kadafi?

c) Existe um estado, num determinado país democrático da América Latina, que há mais de 40 anos é governado por uma família ou seus amigos. Seu PIB foi estimado em 40 bilhões de reais. Aplicando o índice de Mulligan, qual seria a fortuna estimada deste clã? (Aqui é um mero exercício fictício para os leitores)

Resposta do Anterior:

a) 35 x 5,3 milhões x (100% - 71%) = 53,795 milhões de reais; b) 45 x 5,3 milhões x 26,4% = 63 milhões, aproximadamente; c) 372,5 / 5,3 = 70 reais; d) Não, já que existe os isentos. Como a receita é de 54 milhões e o contrato é de 372,5 milhões, a diferença entre eles corresponde ao subsídio. Ou seja, 318,7 milhões.

Ebitda

A elaboração de uma nova regra para que as empresas divulguem seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) está em fase final na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), segundo Alexsandro Lopes, diretor da autarquia. O período de audiência pública para avaliar a nova regra terminou e agora o regulador está ajustando os últimos detalhes para lançar a instrução que exigirá o cálculo padrão.


“Nossas avaliações estão bem adiantadas e já estamos nas considerações finais”, afirmou Lopes, que não deu um prazo para que a nova regra entre em vigor.


Para Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros, a mudança faz sentido pois hoje cada empresa divulga seu Ebitda de uma forma, o que dificulta a análise do mercado. “Como não há padronização, as companhias divulgam o que é melhor para si.”


Lopes afirma que a nova instrução irá corrigir isso. “Hoje o Ebitda é muito usado e extremamente relevante. Tínhamos essa demanda do mercado.”


Segundo ele, a CVM pode observar durante a audiência pública que a mudança será muito bem recebida. “O caso do Ebitda teve muitos comentários, que foram surpreendentemente favoráveis”, disse.


Fonte: aqui

OPA

O gráfico mostra o número de ofertas públicas de ações no mercado brasileiro nos últimos anos. Em 2009, quando a bolsa teve um bom desempenho, o número de oferta caiu em relação a 2008, ano de melhor desempenho no número de ofertas, mas de uma queda na bolsa. Já em 2011, quando da bolsa não teve um bom desempenho, o número aumentou. Nos últimos anos não parece existir uma relação entre o desempenho da bolsa e a disposição das empresas em fazer ofertas de ações. 

Valor

O levantamento feito pela Pluri Consultoria mostra que o time do Santos possui valor de mercado de R$ 345 milhões.

Já no ranking mundial, a equipe do técnico Muricy Ramalho assume a 27º posição.

Na lista das Américas aparece em segundo lugar o São Paulo, avaliado em R$ 225 milhões, seguido pelo Internacional (R$ 197 milhões), Corinthians (R$ 172 milhões) e Vasco da Gama (R$ 160 milhões).

No ranking mundial, em primeiro lugar aparece o Barcelona com o preço de mercado em R$ 1,5 bilhão, seguido por Real Madri (R$ 1,3 bilhões) e Manchester City (R$ 1,08 bilhão).



Fonte: aqui

Necessidade Psicológica

Eu acho que é bastante obviamente um viés cognitivo para contar histórias. Da mesma forma, na década de 1930 o Alfred Cowles concluiu que os relatórios financeiros não ajudam os seus leitores a "ganhar do mercado", mas ele também assumiu que esses relatórios persistiria. Havia uma necessidade psicológica por eles.


(...)É claro que os jornalistas políticos que se dedicam a análise ainda tem um papel a desempenhar. Não têm os jornais seções de horóscopos e de estilo? 


Fonte: Aqui

Voto

Um lado pouco conhecido do capitalismo: as empresas de tecnologia garantem aos fundadores uma parcela desproporcional de poder. Cada ação dos criadores do Google dão o direito a dez votos; isto também ocorre no Facebook e no LinkdIn. Mas no Zynga e no Groupon este direito é mais injusto: 70 votos e 150, na ordem, para cada ação. Eles querem o dinheiro, mas não a interferência na gestão.

Receita analisa regime de transição

Por Laura Ignacio De São Paulo
Valor Econômico - 29/11/11

Com a demora da Receita Federal em revogar o chamado Regime Tributário de Transição (RTT) - criado para não ocorrer impacto fiscal a partir da aplicação das normas contábeis internacionais (International Financial Reporting Standards - IFRS) -, as companhias continuam buscando respostas da fiscalização para não serem autuadas.

Em consulta à Superintendência Regional da Receita Federal da 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) uma empresa do Estado buscou esclarecimentos sobre a incidência do Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na compra de máquinas com o uso de financiamento bancário. Por meio da Solução de Consulta nº 60, publicada no Diário Oficial de ontem, a Receita respondeu que não há impactos fiscais com as alterações contábeis trazidas pelas normas internacionais.

"Com as novas regras, o custo do ativo imobilizado passou a ser contabilizado de acordo com o preço de mercado", explica o advogado Júlio Augusto Oliveira, do escritório Siqueira Castro Advogados. "Mas para fins fiscais, ainda que considerando os juros do financiamento, continua a valer a interpretação antiga", acrescenta. Assim, para o cálculo do Imposto de Renda, CSLL e Cofins, deve ser usado o valor de custo do ativo imobilizado, o que inclui os juros bancários.

Em agosto, por meio do Parecer Normativo nº 1, a Receita Federal manifestou o entendimento de que, durante o processo de adaptação das companhias às normas contábeis internacionais, não haverá mudanças nas regras sobre a depreciação do ativo imobilizado

BRIC

O gráfico compara os mercados dos BRICs com os mercados mundiais. O desempenho no ano é decepcionante, a ponto de sugerirem um novo significado para sigla: Bloody ridiculous investment concept

01 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio



Brincando com a maçã

Links

Contabilidade
Melhora o resultado do Exame de Suficiência
Price diz que cometeu um erro honesto no JP Morgan
Razões para E&Y não apoiar o rodízio
Auditor da Costa Rica nunca auditou e foi condenado

Política
Dilma no New Yorker
Elite política da China é criticada
Crise chega na Itália

Empresa
Varejista usa produtos da Apple para dar mobilidade ao Caixa
Aumenta o cibercrime
Falência da AA economiza

Lista
Os melhores comerciais de 2011
As melhores fotos de 2011
Ranking das escolas de negócios no mundo

Auditorias

Sobre a questão do oligopólio no setor de auditoria, James Peterson lembra que estas empresas juntas devem ter uma receita de 102 bilhões de dólares, quase o dobro da Petrobras. Este volume de receita é uma garantia para resolução de litígios em razão dos problemas apresentados nas auditorias de empresas. Peterson observa que as multas que as empresas receberam são relativamente reduzidas: US$ 24 milhões por Countrywide, 45 milhões por New Century e 18,5 milhões por Washington Mutual.

Foster, do sítio Big 4, lembra que a atenção do papel das auditorias na crise é dos legisladores europeus. Albrecht considera que a proposta da Europa é mais suave que a dos Estados Unidos no que diz respeito ao rodízio: nove anos versus cinco.

A Reuters apresenta um aspecto interessante da proposta de Barnier: as grandes empresas afirmam que a proposta não irá melhorar a qualidade da auditoria e as pequenas acusam Barnier de recuar na proposta original:

Os políticos têm questionado os auditores, que deram um atestado de saúde para muitos bancos e que pouco depois foi necessário resgatá-los pelos contribuintes, quando a crise financeira começou a ocorrer.