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27 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Analista técnico:




Benefícios da Diversificação

Em 1971, o dólar dos EUA foi desvinculado do padrão-ouro. Desde então, o preço do ouro subiu, de forma bastante rápida.. Olhando para o preço bruto de ouro e comparando com o retorno total do mercado de ações dos EUA, você vê que os dois acabam em torno do mesmo lugar: 7,9% para ações, 7,0% para o ouro, até 2010. Mas combinado 50-50, e reponderando a cada ano, geraria um retorno de 8,4% através da menor volatilidade (média geométrica é melhor devido à sua menor volatilidade).

Fonte: aqui

Bamerindus

O antigo Bamerindus renegociou e parcelou com desconto da sua dívida com o Banco Central. A dívida, oriunda de socorro financeiro prestado pela autoridade monetária, caiu de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,5 bilhões e será paga em 15 anos. O primeiro dos 180 pagamentos mensais já foi feito no início do mês, no valor de R$ 14,2 milhões.

Exemplo emblemático da crise bancária brasileira da segunda metade da década de 1990, o Bamerindus quebrou em março de 1997, sofreu intervenção do BC e depois entrou num processo de liquidação extrajudicial que dura até hoje.

O acordo de parcelamento foi anunciado ontem pelo diretor de Administração e presidente em exercício do BC, Altamir Lopes, durante a divulgação do balanço da autarquia. A operação, segundo ele, terá impacto redutor de R$ 2 bilhões na dívida líquida do setor público. O montante corresponde ao valor presente do débito renegociado. O impacto fiscal ocorre porque, até então, esse era um ativo “podre” do governo central, que não podia entrar para o cálculo da dívida líquida. Ao deixar de ser “podre” compensará parte da dívida bruta.

No balanço do BC, o efeito será a reversão de provisões, pois o valor devido pelo Bamerindus estava integralmente provisionado. No total, o BC mantinha, em 30 de junho, provisões de R$ 32,1 bilhões para créditos de liquidação duvidosa junto a bancos liquidados, entre eles Nacional e Econômico. A dívida deles com o BC era de R$ 64,3 bilhões, incluída aí a do Bamerindus antes da renegociação.

O acordo foi firmado em 12 de agosto. Por isso, o efeito da reversão de provisões não foi capturado pelo balanço divulgado ontem, referente ao primeiro semestre de 2011. No período, a autoridade monetária registrou lucro de R$ 12,2 bilhões, proporcionado principalmente pelo rendimento de sua carteira de títulos, de emissão do Tesouro Nacional. O resultado será repassado ao próprio Tesouro em alguns dias.

Por outro lado, o Tesouro terá que entregar ao BC cerca de R$ 95,8 bilhões em novos títulos, para ressarci-lo do custo fiscal de carregamento das reservas cambiais apurado neste balanço e no anterior. Só no primeiro semestre, esse custo atingiu R$ 44,5 bilhões. A maior parte, R$ 28,8 bilhões, refere-se à queda do valor das reservas cambiais em moeda nacional, por causa da desvalorização do dólar frente ao real. Mas há também diferencial de taxa de juros, já que as reservas são aplicadas no exterior a juros mais baixos do que o custo pago pelo BC para captar recursos no país. Ignorada a correção cambial, a rentabilidade obtida lá fora foi de 1,55% no semestre. Já o custo médio de captação do BC foi de 4,56%. A diferença representa um custo de R$ 15,7 bilhões, informou Altamir Lopes.

Fonte: Mônica Izaguirre, Valor Economico

Exame de suficiência

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) vem a público comunicar e refutar a notícia veiculada na página eletrônica do Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e no Jornal Popular de Goiânia, de 26/08/2011, de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) “assegurou o direito dos formandos em Ciências Contábeis obterem registro profissional sem passar por prova do Exame de Suficiência”. Esta informação não guarda qualquer relação com o Exame de Suficiência instituído a partir da publicação da Lei nº 12.249/10.

Trata-se de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Goiás, no ano de 2003, quando da vigência da Resolução CFC n.º 853/99. Na ocasião, entendia o Ministério Público, que o Conselho de Contabilidade não poderia instituir o Exame de Suficiência com base em Resolução.

Em junho de 2010, foi publicada a Lei nº 12.249, que atribui ao Conselho Federal de Contabilidade a prerrogativa de regular sobre o Exame de Suficiência como um dos requisitos para obtenção de registro profissional.

Com a edição da Lei nº 12.249, o CFC publicou a Resolução nº 1.301/10, que regulamenta o Exame de Suficiência, revogando a Resolução nº 853/99. Portanto, desde de junho de 2010 a Resolução CFC n.º 853/99 se encontra revogada.

Pelo exposto, o CFC esclarece que a matéria veiculada pelo MPF/GO não desobriga os candidatos a se submeterem ao Exame de Suficiência como condição para obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

O CFC comunica, ainda, que as provas da segunda edição de 2011 do Exame de Suficiência, marcadas para o dia 25 de setembro próximo, estão mantidas conforme previsto no Edital de convocação, e que a inscrição vai até o dia 31 de agosto de 2011.


Fonte: CFC

26 agosto 2011

Rir é o melhor remédio





Teste 519


Veja a imagem deste anúncio:


“Nos colocamos duas barras em cada pacote. Nos queremos aumentar seu prazer em 200%”. Existe alguma coisa errada?

Resposta do Anterior; Itaipu. Fonte: aqui

Mágica


O texto a seguir é de 4 de agosto, recentemente traduzido para o português e publicado no Valor de 24 de Agosto de 2011.  É fantástico por mostrar a manipulação, pura e simples, de um resultado de uma empresa.

(...) Se você gostou desse exemplo de truque matemático tolo, vai adorar a forma bizarra de medir a rentabilidade inventada pelo Groupon, chamada de "lucro operacional de segmento consolidado ajustado", que em inglês é conhecido com CSOI ajustado. Essa atípica forma de medir exclui a maior parte das despesas operacionais da distribuidora de cupons de desconto pela internet e faz a empresa iniciante, altamente deficitária, parecer que está confortavelmente no azul. (...)


Você teria dificuldades se quisesse encontrar qualquer explanação clara no documento de registro do Groupon sobre por que o CSOI ajustado traria algum tipo de informação útil aos investidores, apesar de as regras da Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) determinarem que as empresas têm a obrigação de explicar. Não é surpresa que, segundo várias notícias na semana passada, a SEC esteja observando de perto as divulgações do Groupon, antes da tão aguardada oferta pública inicial de ações da empresa. (...)


Aqui estão os números oficiais do Groupon. A empresa divulgou prejuízo líquido em 2010 de US$ 413,4 milhões, com receita de US$ 713,4 milhões, sob os Princípios Contábeis Amplamente Aceitos (Gaap). Sob o critério CSOI ajustado, no entanto, obteve lucro de US$ 60,6 milhões. Em carta aos investidores incluída no documento de apresentação da oferta inicial, que foi emendado em 14 de julho, o executivo-chefe da empresa, Andrew Mason, disse que o critério proporciona "visibilidade crucial" sobre a empresa, embora não tenha dito de que forma.


Para chegar a esses números, o Groupon começou com a linha relativa ao resultado operacional Gaap, que mostra prejuízo de US$ 420,3 milhões. A empresa, então, excluiu três categorias de despesas: custos de marketing on-line, também conhecidos como despesas para a conquista de clientes, US$ 241,5 milhões; custos com remuneração em ações, de US$ 36,2 milhões, um item não caixa; e custos não caixa de US$ 203,2 milhões "relacionados a aquisições", após a compra em 2010 de uma empresa similar na Europa.
Da mesma forma, para o primeiro trimestre deste ano, o Groupon divulgou CSOI ajustado de US$ 81,6 milhões; enquanto o resultado operacional mostrou perda de US$ 117,1 milhões e o prejuízo líquido foi de US$ 113,9 milhões Agora, o momento da verdade. Além de exigir conciliação total de contas em relação ao Gaap, as regras de divulgação da SEC para critérios não padronizados solicitam que as empresas forneçam "um comunicado revelando os motivos pelos quais a administração do solicitante do registro acredita que a apresentação de um critério financeiro que não seja o Gaap traz informações úteis aos investidores sobre a condição financeira e resultado das operações do solicitante".


A explicação do Groupon: "Consideramos que o CSOI ajustado é um critério importante para a administração avaliar o desempenho de nossas atividades, porque exclui certas despesas não caixa e despesas opcionais de marketing on-line nas quais se incorre para adquirir novos assinantes."


Até onde posso ver, não há nada aqui ou em qualquer outro lugar na declaração de registro do Groupon que nos explique porque essa aritmética sem sentido é útil para os investidores. Tudo o que a empresa fez foi cuspir de volta a definição de CSOI ajustado e o que ela exclui. O raciocínio da explicação é inteiramente circular.


A falta de clareza é reveladora e não apenas porque o Groupon estava zombando das regras da SEC. Ninguém deveria ver qualquer utilidade nesses números, já que nem o Groupon conseguiu apresentar uma explicação para seu mérito.


Seria preciso ser maluco, por exemplo, para excluir os custos de marketing ao avaliar o desempenho operacional de uma empresa.


O único ponto útil desse critério para os investidores é que pode ajudar os atuais donos da empresa a lançar suas ações para as massas. O CSOI ajustado é um artifício de relações públicas, não uma ferramenta legítima de divulgação de balanços financeiros. Se os chefes do Groupon quisessem continuar usando-o, deveriam descrevê-lo dessa forma. (Tradução de Sabino Ahumada) - Jonathan Weil - Bloomberg News

Oferta e Procura


Um texto sobre o mercado de artes é contrário. Veja o ponto principal:

E os vendedores - colecionadores, investidores e outros negociantes - estavam dispostos a receber 20% menos do que ganhariam apenas duas semanas antes, segundo Edelman. "Acho que há um grande 'fator medo' por aí", diz Edelman, um ex-investidor de Wall Street e fundador da companhia de financiamento de arte Art Assure. "As pessoas estão com medo do que está acontecendo no mundo e querem fazer algum dinheiro com suas obras de arte."


"Sempre que você tem quedas nos preços das ações, há muitas chamadas de margem, e as pessoas buscam qualquer forma de liquidez que elas podem encontrar", diz Brian Jacobsen, principal estrategista de portfólio da Wells Fargo Advantage Funds.


Alguns proprietários de obras de arte tentam vendê-las privadamente para evitar o risco de ter uma obra encalhada em um leilão de arte. Outros estão buscando garantias financeiras de terceiros antes de leiloar peças próprias. Muitos estão usando suas coleções para obter linhas de crédito. 

Derrocada de Wall Street aquece mercado de arte - Por Katya Kazakina (Publicado no Valor Econômico - 24 Ago 2011

Notaram o título do artigo? Se as pessoas estão vendendo, o mercado de artes deveria estar apresentando uma queda de preços, como manda a lei da oferta e procura.

Contador


O texto a seguir é do Wall Street Journal. Trata-se de uma entrevista com o atual presidente da Deloitte. Vejam que interessante:

WSJ: O sr. seguiu um caminho interessante ao topo da Deloitte. O que o atraiu para a contabilidade?


Joe Echevarria: Eu trabalhava em um posto de gasolina no Bronx e tinha alguém lá que era um contador. O que me chamou a atenção foi que eu trabalhava o dia todo para ganhar o salário mínimo da época. O contador visitava o posto uma vez por mês, fazia algumas contas, e saía com muito mais dinheiro do que eu ganhava em uma semana. Não entendia muito de contabilidade, mas entendi que era uma oportunidade de talvez fazer algo diferente e fugir da pobreza em que passei a infância.


WSJ: Como foram os seus primeiros dias na Deloitte?


Echevarria: Depois da faculdade, comecei a trabalhar na Haskins & Sells, a antecessora da Deloitte. Comecei no setor de auditoria. Todas as tarefas eram hierárquicas naquela época, então você tinha que se esforçar para subir. Não vivíamos em um ambiente onde tudo é eletrônico. Tínhamos que trocar correspondência pelo correio, não por um laptop. Então, adivinha quem ficou com a responsabilidade [de cuidar da correspondência]? Não havia um cybercafé em cada esquina.

A origem e partilha dos recursos da Infraero

Por Pedro Correia
No artigo intitulado "As receitas da Infraero são suficientes para garantir aeroportos de boa qualidade?", os autores respondem a seguinte questão:as receitas geradas pela prestação de serviços hoje providos pela Infraero são suficientes para financiar investimentos em serviços aeroportuários de qualidade? A seguir destaco um trecho do estudo:

Há quase cinco anos do “apagão” ocorrido em dezembro de 2006, são reiteradas e duradouras as manifestações para melhoria da prestação dos serviços aeroportuários brasileiros.

Seja por ascensão da chamada “classe C” ao mercado de transporte aéreo, seja por sucateamento da infraestrutura existente ou, mais recentemente, pela demanda de vultosos investimentos em virtude de grandes eventos esportivos (principalmente a Copa do Mundo de 2014), o tema constantemente ocupa a pauta dos noticiários jornalísticos.

De modo geral, em todas as análises empreendidas a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é percebida como causa central de todos os males apontados. Por isso, diversas soluções vêm sendo apresentadas, sendo a principal delas associada à necessidade de aporte de capitais ao setor, seja por intermédio da abertura de capital da empresa, seja por venda do seu controle acionário, ou, mais recentemente por intermédio de concessões de aeroportos.

Independente de qual venha a ser a solução adotada, será fundamental a geração de receitas para remunerar a empresa prestadora dos serviços e para garantir investimentos em modernização e ampliação de aeroportos. Portanto, há que se responder uma questão central: as receitas geradas pela prestação de serviços hoje providos pela Infraero são suficientes para financiar investimentos em serviços aeroportuários de qualidade?

O que se mostra nesse artigo é:

(a) a Infraero gera um volume significativo de recursos (aproximadamente R$ 10 bilhões no período 2002-2010) que poderiam ser empregados em investimentos e serviços aeroportuários;

(b) esses recursos são, em sua maior parte, transferidos ao Tesouro e ao Comando da Aeronáutica, não revertendo em investimentos no setor;

(c) a Infraero obtém receita mediante a aplicação financeira desses recursos entre o momento da arrecadação e o momento da sua transferência ao Tesouro ou à Aeronáutica, o que gera distorção de foco na gestão da empresa, que passa a se preocupar mais com a gestão desse caixa do que propriamente com os serviços que deve prestar.

Microcrédito

O governo vai privilegiar, na concessão de microcrédito, a partir de hoje, os empréstimo para capital de giro e investimento, em vez do consumo. As operações contarão com uma redução radical das taxas de juros, que passarão de 60% ao ano, como praticadas hoje pelos bancos, a 8% ao ano. Além disso, a taxa de abertura de crédito será cortada de 3% para 1%. Para convencer os bancos a operarem essas linhas, o governo vai colocar à disposição um subsídio de R$ 500 milhões anuais até 2013, que devem compensar a adequação.

O novo pacote de condições para a modalidade de microcrédito faz parte do programa “Crescer- Programa Nacional de Microcrédito”, lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff. Os dispositivos e as condições para acessar os subsídios do Tesouro Nacional estão detalhados em Medida Provisória (MP) que o governo publica hoje no Diário Oficial da União. Os bancos poderão dispor da exigibilidade de 2% dos depósitos à vista deixados compulsoriamente com o Banco Central (BC). O Conselho Monetário Nacional (CMN) divulga hoje a exigibilidade de cada instituição. O limite de empréstimo é de R$ 15 mil.

Fonte:João Villaverde, Valor Economico

3 mitos sobre o capitalismo

Por Pedro Correia

O professor de Harvard, Jeff Miron, comenta sobre 3 mitos sobre o capitalismo:

1º Ser pró-capitalista é a mesma coisa que ser pró-negócios?

2ºO capitalismo gera um distribuição de renda desigual?

3º O capitalismo foi responsável pela mais recente crise financeira?




Receitas e Despesas


A partir desta temporada, os times europeus terão de se submeter às regras do Financial Fair Play, uma série de medidas impostas pela UEFA para evitar que os clubes gastem mais do que ganham. No comunicado oficial que anunciou a medida, a entidade diz estar "totalmente comprometida em assegurar que as regras sejam cumpridas com rigor". Entre as várias normas, a principal é a que determina que os clubes não podem se comprometer com despesas que superem suas receitas – o que, obviamente, limita as transações multimilionárias de jogadores.


A contabilidade desta temporada será a primeira a ser submetida às novas regras e tem revelado a força dos magnatas russos, a perda de espaço dos times europeus e até o preconceito naquele país, agora em evidência. Dois times foram multados por racismo, quando a torcida jogou bananas no jogador Roberto Carlos.


Fonte: aqui

Jeitinho Feminino e Buffett


Um dos problemas da falta do rigor técnico é fazer afirmações baseadas em um caso específico. Eis um exemplo aplicado as finanças comportamentais:

(...) É o que a natureza feminina tem demonstrado ao longo da história: as mulheres são mais avessas ao risco. As investidoras passam mais tempo que os homens estudando uma empresa antes de comprar uma ação, não tendem a concentrar demais o portfólio e tomam todas as precauções para não cair em nenhuma armadilha, movidas pelo impulso.


Há evidências de que mulheres lucram mais em investimentos em ações porque os homens tendem a confiar mais em seus tacos ("overconfidence") e, com isso, movimentam mais intensamente suas operações, obtendo piores resultados.


As mulheres e Buffett teriam então algo em comum: são melhores investidores que os homens médios [1]. Tanto isso seria verdade que o mundo dos investimentos possuiria hoje um perfil bem menos masculino que no passado. (...)


Como o perfil do Warren Buffett - comparado ao das mulheres - deu certíssimo, tornando-o milionário, provavelmente veremos nas próximas décadas um fenômeno no mercado financeiro: o do crescimento das mulheres de todas as idades entre os investidores, com seu jeito cuidadoso, sua preferência pelo planejamento e o rigor mais severo na hora de correr riscos.[2] (...)

Paulo Henrique Corrêa - O 'jeitinho feminino' e a estratégia de Warren Buffett - Valor Econômico - 23 Ago 2011

[1] A afirmação que as mulheres são melhores investidores carece que maior comprovação prática, apesar de algumas pesquisas apontarem neste sentido. Entretanto, a existência de poucas mulheres na linha de frente de uma empresa de investimento pode ser explicado por dois motivos: preconceito contra o gênero feminino ou o fato de que as melhores mulheres investidoras talvez não sejam os melhores investidores existentes no mercado.

[2] O caso de Buffett é um caso somente. Talvez seja uma anomalia, e por isto não podemos usá-lo como situação geral.

Ágio do Santander


Existe um questionamento sobre um dos benefícios que o Santander usou para aquisição do Banespa, em 2006. Mais especificamente, o abatimento do Imposto de Renda sobre o ágio:

A questão, acompanhada de perto por advogados e companhias dos mais diversos setores, trata da legalidade do ágio de R$ 7 bilhões pago, em 2006, pelo Santander na aquisição do banco Banespa.


Apesar de a legislação permitir o abatimento desse valor no cálculo do Imposto de Renda e da CSLL, o banco foi autuado, em 2008, em R$ 4 bilhões pela Receita Federal. O órgão entendeu que o valor não seria correto e que, por se tratar de investimento estrangeiro, não poderia ser utilizado no Brasil. (...)


O ágio é o valor pago a mais na aquisição de uma empresa pela renda futura que poderá gerar. No caso do Santander, seriam os juros que o banco tem a receber em razão de empréstimos realizados por clientes do Banespa, por exemplo, ou ainda o lucro gerado pelo uso dos bens intangíveis - como a marca Banespa. A Lei nº 9.532, de 1997, permite a amortização do valor pago como ágio. Ou seja, o montante é registrado na contabilidade da empresa como uma despesa, reduzindo, portanto, o lucro, que é a base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL. Essa operação possibilitou à instituição financeira reduzir em R$ 1,3 bilhão os valores devidos de IR e CSLL.


O Santander, realizou sete operações, envolvendo cinco empresas, além do Banespa. O banco espanhol queria aumentar o capital do Santander Brasil e viu na venda do Banespa uma oportunidade. Como o Banespa era um banco estatal suas ações seriam vendidas por meio de um leilão - do qual poderiam participar empresas nacionais e estrangeiras. No fim de 2000, dias após a abertura do leilão, o Santander criou uma holding no Brasil para ficar com as ações do Banespa. Os papéis foram adquiridos com recursos do Santander Espanha, mas alocadas na holding. No mês seguinte, o Banespa incorporou a holding para formar o Santander atual.


Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a holding criada pela instituição é apenas uma empresa veículo cuja finalidade foi permitir a internalização de um ágio que, na verdade, pertenceria a uma empresa espanhola e, portanto, não poderia ser usado no país. O objetivo seria apenas fazer com que o banco pagasse menos impostos com a operação. O Fisco argumenta também que não seria possível um ágio desse valor ser fundamentado apenas em rentabilidade futura. "A questão é a forma como o Santander fez o aproveitamento do ágio", diz o chefe da procuradoria da Fazenda no Carf, Paulo Riscado.


Na sustentação oral no Carf, o advogado Roberto Quiroga, que representa o Santander no processo, argumentou que a criação da holding ocorreu para não se chamar a atenção dos concorrentes no leilão do Banespa e facilitar a estruturação do Santander no Brasil. Alega ainda que a rentabilidade futura do ágio foi comprovada por laudo da KPMG. O banco e seu advogado foram procurados, mas disseram que só se manifestarão após o julgamento.


Apesar das especificidades do caso, empresas que fizeram ou pretendem fazer o uso de ágio de capital estrangeiro estão atentas ao julgamento. Isso porque a legislação não é expressa sobre a participação de capital de fora do país. Em outros casos que chegaram ao Carf, como o julgamento do ágio da Dasa e da Vivo, as operações foram realizadas de forma diferente. Assim, a decisão do Carf sobre esse caso dará mais segurança jurídica para esse tipo de operação no país.

Conselho julgará caso bilionário do Banco Santander - Laura Ignacio - Valor Econômico - 23 Ago 2011

Certamente o ágio representou um dos aspectos mais relevantes para a participação do Santander no leilão. Naquele momento, os principais concorrentes (Bradesco, Itau etc) não fizeram propostas mais interessantes por não terem mais condições de usarem ágio para abatimentos futuros do imposto. (Devemos lembrar que a diferença de preço entre a proposta do Santander e o segundo colocado foi substancial por duas razões: a grande sinergia do Santander e o ágio).

É pena que somente cinco anos depois isto começa a ser discutido.

Kadafi


Capa da revista Time com Kadafi. Ideia fantástica.

Apple como Nação

Fonte: aqui

25 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Sobre mulheres, de forma engraçada e preconceituosa (?)

Fonte: Aqui

Aqui um comercial

Teste 518

Esta empresa, com participação estatal, não pode ser auditada pelo Tribunal de Contas da União:

 Itaipu Binacional
Nuclebras
Petrobras

Resposta do Anterior: 133 milhões de 66,5 bilhões é 0,20%. Como isto era metade das ações, o volume adquirido correspondia a 0,40% do capital do Facebook. Para uma avaliação de 2 bilhões em 2006, 0,40% corresponde a 8 milhões de dólares.